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Alguns autores exigem ainda que essa coisa tenha economicidade, uma
característica normalmente associada à autonomia, mas que em algumas
hipóteses pode não estar. Assim, por exemplo, uma abelha isolada não tem
economicidade apesar de ser independente. Isto tem como consequência que
ela não pode ser objecto de Direitos Reais, salvo quando integrada num
enxame; só nessa altura é que adquire valor económico e pode ser objecto do
direito de propriedade.
2.2. Classificação das Coisas
O art. 203˚ contem um elenco não exaustivo das classificações das coisas.
Importa salientar que não inclui a distinção entre coisas corpóreas e incorpóreas
que se reveste de grande importância.
As coisas corpóreas são aquelas que têm existência física, são perceptíveis pelos
sentidos. Exemplo: a energia eléctrica porque é perceptível pelos sentidos,
muito embora o Código Civil não prever a ela.
Oliveira Ascensão (1997) advoga que o direito de autor e os direitos sobre bens
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industriais não são direitos de propriedade , nem outra espécie de direitos
reais, porque a obra intelectual, uma vez divulgada, não pode estar sujeita ao
domínio de um só sujeito.
O Código Civil prevê que tais direitos fiquem sujeitos a legislação especial e
que se lhes aplique subsidiariamente o disposto no Código Civil para as coisas
corpóreas (artigo 1303˚, nºs 1 e 2, respectivamente), a questão da natureza
jurídica dos direitos de autor e dos direitos da propriedade industrial acaba por
ter escassa utilidade prática.
O direito pessoal sobre a ideia criativa, consiste no poder de exigir que mais
ninguém falsifique o nome de outrem.
Segundo Carlos Roberto Gonçalves assenta numa relação jurídica pela qual o
sujeito activo pode exigir do sujeito passivo determinada prestação. Constitui
uma relação de pessoa a pessoa e tem como elementos, o sujeito activo, o sujeito
passivo e a prestação.
Coisas é um conjunto de normas jurídicas que rege atribuição das coisas com
eficácia real”.
Patrimonial
a) Direito Privado
Apesar de este ramo ser de natureza privada, não podemos esquecer das
projeções desta matéria jurídica no direito público. No regime dos direitos reais
se verifica a interferência de institutos próprios do direito público como
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acontece com as expropriações e a requisição .
Natureza patrimonial;
Os direitos reais constituem mesmo ao lado dos direitos de crédito, uma das
mais importantes categorias de direito patrimonial.
O direito de propriedade,
O direito de superfície,
O usufruto.
Natureza Privada;
Caracter absoluto;
Carácter patrimonial;
Nenhum dos referidos aspectos é exclusivo dos direitos reais, mas apenas estes
os possuem cumulativamente.
2º-Código Civil
Ela (inerência) estabelece uma relação com o modo por que o conteúdo do
direito real se projecta sobre a coisa corpórea determinada que constitui o seu
objecto.
O interesse do seu respectivo titular é realizado por ele mediante o aproveitamento
imediato de utilidades da própria coisa.
Por ser inerente a coisa, o direito real muda, em geral, se passar a recair sobre
coisa diversa em contrapartida acompanha a coisa nas suas vicissitudes.
Sequela
É a possibilidade de o direito real ser exercido sobre coisa que constitui seu
objecto, mesmo quando na posse ou detenção de outrem, acompanhando-a nas
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suas vicissitudes, onde quer que se encontre . Neste sentido, a sequela:
É manifestação dinâmica da inerência dos direitos reais e por isso são várias as
suas manifestações, de algum modo ligada ao particular conteúdo de cada uma
das suas modalidades.
Prevalência
Segundo Pinto Coelho A inerência não faz sentido enquanto não haver
incompatibilidade de direitos sobre a mesma coisa.
Tipicidade
Só são reais os direitos que a lei qualifica como tal nos termos do artigo 1306˚.
Perpetuidade
O tempo não enfraquece o vínculo do proprietário com sua coisa, ele é sempre
permanente;
O não uso importa na extinção do bem (ex. desapropriação do bem não usado,
usucapião, usufruto).
Exclusividade
Não pode existir dois direitos reais idênticos sobre a mesma coisa, de modo a se
excluir um deles;