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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE

DO NORTE

LUCAS HEBROM PEREIRA DA CRUZ SANTOS


MARCÍLIO MACÊDO TORRES FILHO
RUDYSON DARLAN MENDES DE OLIVEIRA

AUTOMATIZANDO AR-CONDICIONADO COM SENSOR DE TEMPERATURA E


UMIDADE
Projeto Electronic of Things (EoT) Integrando Saberes

LAJES-RN
2019
LUCAS HEBROM PEREIRA DA CRUZ SANTOS
MARCÍLIO MACÊDO TORRES FILHO
RUDYSON DARLAN MENDES DE OLIVEIRA

AUTOMATIZANDO AR-CONDICIONADO COM SENSOR DE TEMPERATURA E


UMIDADE
Projeto Electronic of Things (EoT) Integrando Saberes

Proposta de projeto técnico científico


apresentado ao curso técnico de Informática do
Instituto Federalde Educação, Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Norte, em
cumprimento às exigências legais como
requisito parcial à obtenção do título de
Técnico em Informática.

LAJES-RN
2019
RESUMO

O uso dos ar-condicionados é muitas vezes motivo de discussão durante as aulas, "liga!",
"desliga!", "aqui está muito frio", "aqui está muito quente". O objetivo do nosso projeto é
propor e desenvolver um sistema automático que tomará essas decisões, aumentando o conforto
dos usuários/pessoas nas salas de aula e talvez até mesmo reduzir os gastos do IFRN Campus
Avançado Lajes com energia elétrica. Para isso faremos uso de sensores de temperatura e
umidade ambiente, placas Arduino e um simples horário de funcionamento, usando como base
as disciplinas de Eletrônica AD, Programação e Física.
Palavras-chave: Ar-condicionado. Arduino. Sensores. Automático
ABSTRACT

The use of air conditioners is often a subject of discussion during class, "turn it on", "turn it
off", "here it is very cold", "here it is very hot". The goal of our project is to propose and
develop an automatic system that will make these decisions, increasing the comfort of users /
people in the classroom and perhaps even reducing the energy costs of the IFRN Advanced
Campus Lajes. For this we will make use of ambient temperature and humidity sensors,
Arduino boards and a simple working hours, based on the subjects of AD Electronics,
Programming and Physics.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 6
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 7
2.1 FUNCIONAMENTO DE UM AR CONDICIONADO 7
2.2 UMIDADE E A TEMPERATURA AMBIENTE 10
2.3 SENSORES DE TEMPERATURA E UMIDADE AMBIENTE 11
2.4 PLACA ARDUINO 13
3. METODOLOGIA 15
3.1 O PROJETO 15
3.1.1 SENSOR DE TEMPERATURA E UMIDADE 15
3.1.2 PLACA ARDUINO 15
3.1.2 ESTRUTURA DO SISTEMA 15
3.2 MÉTODOS 16
3.2.1 CÓDIGOS 16
3.2.2 HORÁRIOS 16
4. CONCLUSÃO 17
REFERÊNCIAS 18
1. INTRODUÇÃO
No IFRN( Instituto Federal do Rio Grande do Norte) - Campus avançado Lajes, têm
ocorrido inúmeras reclamações por parte dos discentes em relação ao ar-condicionado, onde,
segundo alguns deles, não está resfriando ou está esfriando em demasia. Somado a isso, ainda
há sempre a necessidade de contar o setor da APAC (Apoio Acadêmico) sempre que se quer
ligar, desligar ou regular algum ar-condicionado.

Este projeto, tem como principal objetivo, a criação de um sistema que automatize o
aparelho eletrônico citado anteriormente. Também, adquirir conhecimento sobre as seguintes
matérias: Eletrônica, Física e programação.

Para que o problema seja solucionado, usaremos sensores de calor e umidade junto com
uma placa Arduíno para controlar o ar-condicionado. Dessa forma, tentaremos economizar
mais dinheiro em gastos com energia elétrica e amenizar as reclamações.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 FUNCIONAMENTO DE UM AR CONDICIONADO

O ar-condicionado é um aparelho considerado essencial por muitos, principalmente


naqueles dias em que os termômetros cravam na casa dos 40º C. Criada em 1902 pelo
engenheiro mecânico norte-americano Willis Carrier, a máquina foi a primeira a conseguir
condicionar mecanicamente o ar, controlando a temperatura e a umidade do ambiente.
A invenção de Carrier sofreu muitas melhorias ao longo dos anos, em relação a tecnologia
de seus processos e equipamentos, de forma a reduzir o tamanho dos aparelhos, aumentar a sua
eficiência e disponibilizá-los com preços mais acessíveis. O princípio de ciclo de refrigeração
e tratamento do ar, no entanto, continua sendo praticamente o mesmo desde a sua invenção.
Seu funcionamento é semelhante ao de uma geladeira, combinando funções de ventilação,
aquecimento, circulação, arrefecimento e filtragem do ar.
O trabalho do ar-condicionado começa com o seu ventilador sugando o ar do ambiente e
fazendo-o passar por um conjunto de serpentinas preenchidas por uma substância líquida
formada por uma mistura de cloro, flúor e carbono, chamada R-22. Ela evapora a 7°C.
Ao absorver o calor do ar que vem do ambiente externo, este produto deixa seu estado
líquido se transformando em um gás. Em seguida, passa por um compressor, sofrendo um
aumento de pressão e aquecendo até uma temperatura aproximada de 52°C.
O R-22 em estado gasoso e aquecido é mandado para um condensador na parte externa
do aparelho, passando por um processo de troca de calor com o ambiente e tornando-se líquido
novamente. Daí, a substância refrigerante entra em uma válvula que a faz perder pressão e
retorna ao seu estado líquido inicial, reiniciando todo o seu ciclo.
Figura 1 - Esquema de funcionamento de um ar-condicionado
Fonte: msconstruindoerenovando
Durante todo este procedimento, o ar do ambiente interno para o qual o aparelho está
voltado é continuamente refrigerado e sofre gradualmente uma perda de umidade, enquanto a
parte externa do equipamento torna o ar mais quente e úmido.
Os aparelhos de ar-condicionado possuem dois sistemas de refrigeração, o de expansão
indireta e o de expansão direta. aquele que explicamos acima é do primeiro tipo e é realizado
por duas categorias de dispositivos: os compactos (chamados de “aparelhos de janela”) e os
splits. O segundo é utilizado por modelos de ar central, em que o gás resfria a água que circula
pelo aparelho.
O modelo de janela é compacto e reúne em uma só estrutura todo o seu sistema de
refrigeração e, por isso, acaba produzindo um ruído considerável. Já os do tipo split – com a
origem na palavra inglesa que significa “separado” – são compostos por duas partes distintas,
chamadas de condensadora e evaporadora. Enquanto a primeira é instalada na parte externa e
realiza todo o procedimento de refrigeração (fazendo todo o barulho do processo), a segunda é
a responsável pelo lançamento do ar gelado no ambiente interno.
Apesar de serem muito maiores e precisarem de todo um planejamento para serem
instalados, os ares-condicionados splits são bem mais silenciosos. Além disto, possuem um
consumo de energia em torno de 40% menor do que os do tipo compacto e ainda possuem
eficiência e rendimento maiores.
Porém, os aparelhos de janela ainda são os mais baratos no mercado. Comparando
modelos das melhores marcas do mercado dos dois tipos de ar condicionados com 7500 BTUs,
ideais para ambientes de mais ou menos 10 m², os compactos custam em torno de R$ 800,00
enquanto os splits saem por volta de R$ 1200,00.
Porém, à medida em que os aparelhos de janela mantiveram o mesmo design e quase não
sofreram alterações, diferentes modelos do tipo split têm sido desenvolvidos com maiores
valores nas suas potências de BTUs e em estruturas com variadas formas e desenhos de suas
evaporadoras, de maneira a melhor comporem e se esconderem nos ambientes que serão
refrigerados.

Figura 2 - Ar-condicionado tipo split

Fonte: ClimaRio
2.2 UMIDADE E A TEMPERATURA AMBIENTE

O nível de umidade em um ambiente afeta diretamente a temperatura e a sensação térmica


deste. A água, em razão de seu calor específico, tende a conservar por mais tempo as
temperaturas, fazendo com que haja uma menor variação delas, ou seja, a amplitude térmica
(diferença entre a maior e a menor temperatura) é menor quanto maior for a umidade do ar.
Além disso, em regiões mais úmidas ou que estejam mais afetadas pela umidade, o regime de
chuvas tende a ser maior, pois a saturação do ar que provoca a condensação é mais frequente.
Já os efeitos da umidade sobre a sensação térmica, quanto mais úmido for o ambiente,
maiores serão os efeitos da temperatura sobre nós. Assim sendo, onde estiver fazendo calor, se
a umidade aumentar, aumentará o “abafamento”, fazendo com que a sensação térmica seja bem
superior à temperatura real do ar. Por outro lado, se está fazendo frio e a umidade é acentuada,
os efeitos do frio tendem a ser maiores, diminuindo ainda mais a sensação térmica. O ideal,
para muitos, é o frio seco e o calor seco, embora seja importante que os níveis de umidade não
sejam extremamente baixos.
Por exemplo, correr a uma temperatura de 31° C com uma umidade relativa do ar em
40% não muda a sua sensação térmica durante o treino. Porém, se a umidade estiver em 70%,
a sensação pode chegar a 37° C. Ou seja, em uma variação e 5% no nível de umidade há uma
alteração de aproximadamente 1º C.
2.3 SENSORES DE TEMPERATURA E UMIDADE AMBIENTE

Para este projeto em específico escolhemos trabalhar com o modelo DHT22 (AM2302),
uma evolução do modelo DHT11, mais comum ao se trabalhar com Arduino. É um sensor bem
simples e prático de utilizar tanto com placas Arduino como com placas Raspberry Pi, ESP32,
ESP8266, etc.
O DHT22 é um sensor com baixo consumo de corrente (2,5 mA durante medições, e 100-
150µA em standby), e que possui internamente um sensor de umidade capacitivo e um
termistor, além de um conversor analógico/digital para comunicação com o microcontrolador.
O sensor DHT22 (datasheet) é semelhante ao DHT11 (embora um pouco maior). Ambos
utilizam apenas 1 pino de dados para conexão ao microcontrolador, mas internamente eles
possuem diferenças significativas. O DHT22, por exemplo, é mais lento do que o DHT11,
porém ele é capaz de medir uma faixa mais ampla de temperatura e umidade.

Figura 3 - DHT22 e seus pinos

Fonte: Espruino.com

Características incluem:
● Alimentação: 3,3V à 6V
● Faixa de leitura - Umidade: 0% à 100%
● Precisão - Umidade: 5%
● Faixa de leitura - Temperatura: -40 à 125º C
● Precisão - Temperatura: +/- 0,5º C
● Intervalo entre medições: 2s

Assim como seu antecessor, o DHT22 também possui 4 pinos, os quais são 1-VCC, 2-
Dados, 3-N.C e 4-GND, dos quais apenas 3 são usados para conexão ao microcontrolador,
recomenda-se deixar o pino 3 sem conexão.
2.4 PLACA ARDUINO

As placas Arduino possuem funcionamento semelhante ao de um pequeno computador,


no qual, pode-se programar a maneira como suas entradas e saídas devem se comportar em
meio aos diversos componentes externos que podem ser conectados nas mesmas.
No site oficial do Arduino se encontra a seguinte definição (traduzida do inglês):
Arduino é uma plataforma open-source de prototipagem eletrônica com
hardware e software flexíveis e fáceis de usar, destinado a artistas, designers,
hobbistas e qualquer pessoa interessada em criar objetos ou ambientes interativos.

Figura 4 - Placa Arduino

Fonte: FlipFlop.com

A maior vantagem dessa plataforma de desenvolvimento sobre as demais é a sua


facilidade de sua utilização, pois, pessoas que não são da área técnica podem aprender o básico
e criar seus próprios projetos em um intervalo de tempo relativamente curto.
Os Arduinos possuem funcionamento semelhante ao de um pequeno computador capaz
de interpretar entradas e controlar as saídas a fim de criar sistemas automáticos. Para isso, você
precisa programá-lo.
Para programar essas placas, ou seja, ensiná-las a desempenharem a as funcionalidades
que você deseja, basta utilizarmos a sua IDE (ambiente integrado de desenvolvimento), que
por sua vez, é um software onde podemos escrever um código em uma linguagem semelhante
a C/C++, o qual, será traduzido, após a compilação, em um código compreensível pela nossa
placa.
E é claro, o chamariz do Arduino é sua versatilidade, já que você como programador
pode usá-lo tanto em projetos simples como acender um led ou até os mais complexos como
construir seu próprio robô
3. METODOLOGIA

3.1 O PROJETO
O projeto em si consiste na montagem de um sistema com sensores de temperatura e
humidade para coletar dados do ambiente, tanto dentro da sala quanto em seu exterior, em
seguida os sensores irão interpretar estes dados e enviá los para a placa Arduino, que por sua
vez irá responder controlando o funcionamento do ar-condicionado. A utilização desse sistema
visa a otimização do uso de aparelhos de ar-condicionado de qualquer marca ou modelo do
mercado, reduzindo os gastos energéticos e, consequentemente, os gastos financeiros, além de
promover um maior conforto ao usuário.

3.1.1 SENSOR DE TEMPERATURA E UMIDADE


Já falamos em nossa fundamentação teórica sobre o sensor que pretendemos usar, o
DHT22, serão dois desses sensores para cada ar- condicionado, um será colocado dentro da
sala onde o ar está localizado e outro ficará no exterior. Eles serão usados para coletar os dados
necessários para determinar se o ar-condicionado será ligado, desligado ou a que temperatura
ele deve ser regulado.

3.1.2 PLACA ARDUINO


Para dar comandos ao ar-condicionado iremos conectá-lo a uma placa Arduino, nele
estarão programados os códigos para controlar o ar-condicionado. Esses códigos devem ser
capazes de, ao receberem os dados coletados pelos sensores, determinar se a máquina deve ser
ligada, se deve ser desligada e, no caso da primeira, determinar a que temperatura ela deve ser
regulada.

3.1.2 ESTRUTURA DO SISTEMA


Os sensores devem ser conectados diretamente ao Arduino. O sensor situado no exterior
(assim como sua fiação) precisa ser protegido do contato direto com o sol e a chuva, então este
pode ficar protegido embaixo do condensador do ar-condicionado ou ficar sob uma pequena
cobertura. O sensor no interior precisar ficar abaixo do nível do ar-condicionado para captar a
temperatura ea umidade, também protegido. A placa Arduino ficará junto do ar-condicionado.
3.2 MÉTODOS
Esta parte é dedicada ao processo de montagem do sistema de uma forma mais bem
explicada, principalmente quanto a programação do Arduino, além de uma explicação mais
detalhada de como o sistema deverá funcionar.

3.2.1 CÓDIGOS
Para o funcionamento do sistema, o Arduino irá pegar pegar a temperatura do exterior e
do interior da sala. Se o ar-condicionado estiver desligado durante a análise dessas
temperaturas, a temperatura do ambiente será a considerada, se esta for maior que 30º celsius
o ar-condicionado será ligado, e para saber a qual temperatura a máquina precisa ser regulada
será coletado a porcentagem da umidade no ambiente, para assim saber a sensação térmica
aproximada do ambiente. Caso o ar-condicionado já tenha sido ligado no dia, a temperatura
usada como parâmetro será a do exterior, mas o processo será o mesmo.

3.2.2 HORÁRIOS
As análises de temperatura e umidade para o funcionamento do ar-condicionado irão
ocorrer a cada 50 minutos no período das 8:40h às 12h durante a manhã e das 13h às 17h com
os seguintes horários de análise:

MANHÃ TARDE

8:40 13:00

9:30 13:50

10:20 14:40

11:10 15:30

- 16:20

O Arduino não ligará o ar-condicionado fora desse horário.


4. CONCLUSÃO
Com a execução desse projeto, conseguimos compreender mais o alcance da eletrônica
e como ela pode afetar o nosso dia a dia melhorando-o. Só com esses sensores de calor e
umidade junto de uma placa de Arduino conectados a ar-condicionado, já ajudam perante todos
os problemas citados, que ocasionam feedbacks negativos da comunidade do IFRN Campus
Avançado Lajes.
Cremos que este projeto possa ser realmente útil e até mesmo funcional para a
comunidade do nosso instituto, e que se mais bem planejado ele pode superar as expectativas
que criamos sobre ele.
Diante disso, é possível economizar além de recursos e dinheiro, também será
economizado o tempo dos membros da APAC, que não iram precisar ficar indo e vindo com
controles de ar-condicionado, junto de até uma redução do desconforto dos alunos dentro das
salas de aula.
REFERÊNCIAS

RIBEIRO, Daniel. “Como funciona o ar-condicionado convencional e o modelo split”.


2013. Disponível em: https://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2013/05/como-funciona-o-
ar-condicionado-convencional-e-o-modelo-split.html . Acesso em: 05/12/2019.

F. ALVES, Rodolfo. “Umidade do Ar”._____. Disponível em: https://mundoeducacao.bol.


uol.com.br/geografia/umidade-ar.htm. Acesso em: 05/12/2019.

CIA, Arduino. “Sensor de temperatura e umidade DHT22 (AM2302)”. 2015. Disponível


em: https://www.arduinoecia.com.br/sensor-de-temperatura-e-umidade-dht22/. Acesso em:
05/12/2019.

MOTA, Allan. “O que é Arduino e como funciona?”. 2017. Disponível em: https://portal.
vidadesilicio.com.br/o-que-e-arduino-e-como-funciona/. Acesso em: 05/12/2019.

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