Você está na página 1de 3

CAPÍTULO DOIS

O VELHO PARADIGMA

Se você não mudar a direção, terminará exatamente onde partiu.-


ANTIGO PROVÉRBIO CHINÊS
Vou começar esse resumo com uma observação de Simeão sobre John.
Simeão diz que ontem de manhã, quando se conheceram, John o
interrompeu no meio de uma frase três vezes.
Simeão disse que não o afeta, mas tem receio das mensagens que John
transmite às pessoas que lidera, quando as interrompe dessa maneira.
Simeão disse a John que quando ele interrompe as pessoas no meio de
uma frase, ele envia algumas mensagens negativas.
Simeão diz que John o interrompeu, dessa forma não valoriza a opinião
dele e que John acredita que o que ele tem a dizer é mais importante do que o
que Simeão esta dizendo.
Simeão disse a John que essas mensagens são desrespeitosas, e que
John como líder não pode enviá-las.
Entendo que Simeão está totalmente correto, pois o papel do líder é
incentivar e dar condições para que as pessoas possam executar cada vez
melhor suas funções, para isso os líderes têm que identificar as necessidades
físicas e psicológicas de sua equipe e da forma que John está agindo, acredito
que seja difícil conseguir tirar o melhor de sua equipe.
Simeão também deu um exemplo de paradigma muito interessante, onde
uma menina era vítima de um pai abusivo, e que ela poderia levar esse
paradigma para a vida toda, e no futuro ter problemas com os homens, por
pensar que todos os homens não são confiáveis, lembrado de que o mundo
exterior entra em nossa consciência através dos filtros de nossos paradigmas,
e nossos paradigmas nem sempre são corretos, por isso é importante que
desafiemos continuamente os paradigmas a respeito de nós mesmos, do mundo
em torno de nós, de nossas organizações e das outras pessoas.
Acredito que cada pessoa vê o mundo de uma forma diferente, depende
de vários fatores, então nós nunca estaremos sempre certo, com nossas
convicções.
Desafiar os velhos caminhos requer muito esforço, mas acomodar-se
nos paradigmas ultrapassados, também, o mundo está mudando tão
rapidamente que podemos ficar paralisados se não desafiarmos nossas
crenças e paradigmas.
Isso vale para as organizações também, pois se elas não estão
desafiando suas crenças e velhas maneiras de fazer as coisas, a concorrência
e o mundo simplesmente as ultrapassarão.
O progresso contínuo é fundamental tanto para as pessoas como para
as organizações, porque nada permanece igual na vida e se não
acompanharmos essas mudanças com certeza ficaremos para traz.
O homem sensato se adapta ao mundo; o insensato persiste em tentar
adaptar o mundo a si mesmo; portanto, todo o progresso depende do homem
insensato.
Esta frase está falando sobre as pessoas que movem a economia
mundial e fazem com que o dinheiro fique circulando de modo a enriquecer
quem já é podre de rico, em outras palavras, estas pessoas insensatas são
as consumidoras sem noção, e as pessoas sensatas são aquelas que
consomem apenas aquilo que é necessário para o bem estar pessoal e que
inevitavelmente precisa ser comprado, um exemplo bem simples seria as
pessoas que compram Iphone, Ipad, Ipod, essas pessoas compram esses
objetos sem uma real necessidade de possui-los, então elas não têm dinheiro
suficiente para pagar, compram em “suaves” prestações, acabam se
endividando, não têm a satisfação que realmente gostariam de ter, essas são
os insensatos e pra fechar com chave de ouro, enriquecem os donos dessas
empresas, que estão rindo da cara do povo em suas mansões de frente para o
mar.
E as pessoas que só compram aquilo que tem certeza absoluta que será
necessário, como por exemplo, um tênis quando sei que os meus já estão
desgastados demais e preciso estar bem calçado, essas pessoas são as
sensatas.
Simeão começou a escrever, exemplos de velhos e novos paradigmas.
VELHO PARADIGMA, Invencibilidade dos EUA, Administração
centralizada, Japão produtos de má qualidade, Gerenciamento, eu penso,
apego a um modelo, lucro a curto prazo, trabalho, evitar e temer mudanças,
está razoável.
NOVO PARADIGMA, Concorrência global, administração
descentralizada, Japão produtos de boa qualidade, liderança, causa e efeito,
melhoria contínua, lucro a curto e longo prazos, sócios, a mudança é uma
constante, Defeito zero.
Posso comparar o homem sensato ao velho paradigma onde se
acreditava na invencibilidade dos EUA quanto ao poder de potência mundial,
na administração centralizada num foco onde o Japão era julgado com
produtos de má qualidade e o eu era a palavra chave do gerenciamento nos
negócios e particularidades, cujo trabalho era evitar e temer mudanças e o
razoável satisfatório. Estes são paradigmas retrógrados que já não existem
mais nos dias de hoje.
O novo paradigma se adapta ao homem destemido à mudanças, o
insensato, correr riscos é uma exigência do mundo moderno que procura
melhoria continua sempre na concorrência global. Administração e
descentralização tornou-se prioridade onde o gerenciamento e o trabalho
perdeu
o lugar para os novos paradigmas da liderança e sócios que tomam as
decisões onde o cliente é o verdadeiro patrão. Na luta pela vaga no mercado
sendo os clientes os potencias chefes o velho paradigma do razoável se
transforma num mundo de exigências de defeito zero. E o gerenciamento
pressionado a ser substituído pela liderança.
Temos velhos paradigmas sobre como dirigir organizações que precisam
ser desafiados nessa entrada no novo milênio.
Estilo piramidal de administração, de cima para baixo, faça o que eu
digo, se eu quiser sua opinião, eu a darei para você, viver segundo a regra de
ouro, que diz: "Quem tem o ouro faz as regras."
Nesse estilo de administração, os colaboradores não têm vez, não
podem se expressar, nem dar opinião para a melhoria da organização, e seu
único foco é agradar o patrão e se esquece que quem devemos agradar é o
cliente.
Simeão então disse, suponham que nosso paradigma de cima para
baixo esteja de cabeça para baixo. Suponham que um modelo que serviu
perfeitamente bem num certo tempo e lugar não seja adequado hoje, e se,
invertêssemos o triângulo e colocássemos o cliente no topo, e se dissemos
que, os mais próximos do cliente fossem os associados ou empregados,
apoiados pela linha de frente dos supervisores, e a seguir todo o resto.
Em um novo paradigma onde a organização tenha seu foco principal
para servir ao cliente, como mostra a pirâmide de cabeça para baixo, uma
organização onde os empregados na linha de frente estivessem servindo aos
clientes e garantindo que suas verdadeiras necessidades estivessem sendo
satisfeitas, com o supervisor da linha de frente vendo os empregados como
clientes, se dedicasse a identificar e preencher suas necessidades e assim por
diante.
Isso iria requerer que cada gerente adotasse uma nova atitude, um novo
paradigma, reconhecendo que o papel do líder não é impor regras e dar ordens
à camada seguinte, em vez disso, o papel do líder é servir.
Um líder é alguém que identifica e satisfaz as necessidades legítimas de
seus liderados e remove todas as barreiras para que possam servir ao cliente,
para liderar, você deve servir, atendê-los.
Se o papel do líder é identificar e satisfazer as legítimas necessidades
das pessoas, deveríamos estar nos perguntando constantemente: quais são as
necessidades das pessoas que lideramos.
Os trabalhadores necessitam de máquina boas, de ferramentas
adequadas, de treinamento, de um salário justo e de um ambiente de trabalho
seguro.
A respeito de Abraham Maslow e sua hierarquia das necessidades
humanas, havia cinco níveis de necessidades, sendo o nível mais baixo
comida, água e teto, o segundo segurança e proteção, e assim por diante.
Uma vez atendidos os dois níveis básicos de necessidades, os
sentimentos de pertencer à empresa e de ser amado tornam-se necessidades
incentivadoras.
A necessidade de fazer parte de um grupo saudável, com
relacionamentos acolhedores e saudáveis.
Uma vez satisfeitas essas necessidades, o estímulo vem da auto-estima,
o que inclui a necessidade de sentir-se valorizado, tratado com respeito,
apreciado, encorajado, tendo seu trabalho reconhecido, premiado, e assim por
diante.
Uma vez satisfeitas essas necessidades, a necessidade passa a ser de
auto-realização, auto-realizar-se é tornar-se o melhor que você pode ser ou é
capaz de ser.
Nem todos podem ser presidentes da empresa ou o melhor aluno da
sala, mas todos podem ser o melhor empregado, jogador ou estudante
possível, e o líder deve incentivar e dar condições para que as pessoas se
tornem o melhor que podem ser.
Resumindo as pessoas devem alcançar sua própria excelência sendo
cada vez melhor naquilo que fazem, quebrando paradigmas e se superando a
cada dia.

Você também pode gostar