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6.

Remédios para os que sentem desinteresse


pelas circunstâncias atuais
6.1. Chestnut Bud
(Aesculus
hippocastanum)
Este floral é feito do broto da árvore
White Chestnut, botões
lustrosos com a camada externa
resinosa de 14 escamas imbricadas
que envolve tanto a flor quanto as
folhas.
O broto está associado ao início de um
aprendizado, pois dele
nascerá uma flor da qual será feito um
outro floral de Bach.
A florada ocorre em abril e maio, a
preparação é feita pelo método da
fervura.
As virtudes de Chestnut bud são o
aprendizado e a capacidade de
materialização a partir das
experiências da vida.
Sintomas devidos ao
bloqueio de energia:
As pessoas no estado negativo de Chestnut bud
têm dificuldade para aprender através
da experiência; a falta de observação das lições
da vida trazem uma consequente
necessidade de repetição.
O motivo pode ser a indiferença ou uma total
falta de observação. As pessoas Chestnut bud
tem dificuldade em fazer avaliações de uma
situação e utilizar as experiências do passado
para tomar decisões. Em vez disso, sentem a
vontade de entrar em novas aventuras, na base
da tentativa e erro, o que lhes traz
freqüentemente o fracasso. Quando finalmente
adquirem conhecimento suficiente para se
saírem bem de uma determinada circunstância
estarão livres de repetir as situações.
Características que
chamam a atenção:
• Os mesmos erros repetem-se muitas e muitas vezes,
os mesmos argumentos, os mesmos acidentes, etc.
• Freqüentemente esquece de fazer tarefas rotineiras, é
distraído e desatento.
• Parece muito lento em aprender com a vida, seja por
falta de interesse, por • Indiferença, por pressa interior,
seja por falta de observação.
• Repete doenças, como crises de enxaquecas,
amigdalites de repetição, ou crises de gastrite que
surgem sempre diante das mesmas pressões no
trabalho.
• Crianças que, apesar de serem advertidas, vivem se
esquecendo de levar o lanche da escola, escrevem
errado as mesmas palavras num ditado
• Alunos de aprendizado lento, com bloqueios mentais,
dificuldade no desenvolvimento.
Transformação
potencial:
• Começam a aprender com a própria
experiência e com a dos outros,
distanciam-se de si mesmas, e isso lhes
permite verem-se como as vêem os outros.
Nessa base, novas coisas podem ser
aprendidas.
• Observam detalhadamente todos os
acontecimentos, especialmente os erros
que se manifestam; tendem a manter sua
atenção no presente, adquirindo
conhecimento e sabedoria a cada
experiência. São pessoas que observam e
aprendem com os outros
.
Afirmações:
“Eu aprendo a observar os
padrões na minha
experiência de vida”.
“Eu sou uma alma em
evolução espiritual”
“Eu aprendo alguma coisa
nova com cada
experiência” (KAMINSKI e
KATZ, 1991)
Caso clínico

Homem, 30 anos.

Embora esse caso seja o de um paciente que interrompeu seu tratamento, considero importante apresentá-lo pela conhecida razão de que os erros
costumam deixar grandes ensinamentos.

Consultou-me porque há cinco meses tem uma úlcera duodenal, razão pela qual sofreu um sério episódio de hematêmese, que afortunadamente
cedeu com tratamento clínico. Sendo a úlcera duodenal um clássico quadro de medicina psicossomática, seu médico clínico, muito criteriosamente,
encaminhou-o a um psicanalista. Compareceu a meia dúzia de sessões e logo abandonou o tratamento "porque não tinha vontade de pensar",
segundo me disse. Um colega o encaminhou para que se tratasse com o sistema Bach.

Antes de vê-lo, registrei nele o estado mental correspondente a Impatiens, já que sua impaciência o levou a entrar em meu consultório antes que o
chamasse, enquanto eu ainda estava ocupada com outro paciente.

Na consulta, me diz que sofre de insônia. Adormece e em dez minutos acorda angustiado e inquieto. Toma regularmente psicofármacos, além da
medicação prescrita para sua úlcera. Há dez dias que anda deprimido. Quando lhe perguntei qual poderia ser a causa de sua depressão, respondeu:
"Não sei, me nego a pensar.“

Durante seu relato faz piadas e ri de seus sintomas (Agrimony). Quando lhe pergunto sobre sua infância, diz que foi normal. Ao pedir-lhe que me dê
mais detalhes, conta que seu pai faleceu quando ele tinha 7 anos. Sua mãe casou-se novamente em pouco tempo e nunca foi muito afetuosa com
ele. Na infância e adolescência passou por vários colégios; em alguns esteve interno. Quando adulto, viveu em vários países, exercendo diversas
profissões e sem ter muito claro o porquê de tantas mudanças.

Sempre foi muito ansioso e não tolera a solidão. Por algum tempo fumou maconha assiduamente (Agrimony).Trabalha atualmente em uma empresa
importante, mas está planejando ir novamente viver em outro país e fazer outra coisa.

A impaciência que eu já havia diagnosticado assim que o paciente chegou confirmouse na consulta. A insônia que descreve é uma típica insônia de
Agrimony, remédio que corresponde também aos seus antecedentes: haver fumado muita maconha, pouca tolerância à solidão e suas piadas sobre
seus sintomas durante a entrevista. Além disso, me disse que é muito sensível à influência dos outros e que capta todas as suas emoções: "Sou uma
esponja" (Walnut).

Prescrevo uma fórmula composta de Agrimony, Impatiens e Walnut, para que tome 4 gotas a cada 3 horas, mais ou menos, ou seja, 6 vezes ao dia, e
marco nova consulta para o mês seguinte. Pouco antes da data da segunda consulta fico sabendo, pelo colega que o encaminhou, que o paciente
anda muito bem. Dorme bem, abandonou os psicofármacos e diminuiu sua medicação anti-ulcerosa. Digo-lhe que ele não deve abandonar sua
medicação e nem faltar à segunda consulta. O paciente não compareceu à segunda consulta. Novamente fico sabendo, por meu colega, que ao
terminar a medicação voltaram a aparecer suas angústias, sua insônia e seus sintomas de úlcera. Não voltei a vê-lo.
Ao refletir sobre esse tratamento frustrado, me dei conta do erro que cometi. Não
registrei no paciente o estado mental Chestnut Bud apesar de, relendo minhas
anotações, perceber que aparecia com bastante clareza. Efetivamente, o primeiro
dado que me levou a pensarem Chestnut Bud foi a resistência do paciente a pensar.
Abandonou o tratamento psicanalítico "porque não queria pensar". Quando lhe pedi
que refletisse sobre sua depressão, respondeu-me: "Não sei, me nego a pensar".
Interpretei essas respostas como uma característica de Agrimony, quando na
realidade eram de Chestnut Bud. O segundo dado que deveria ter-me orientado era a
história prévia do paciente, em que o vemos mudando permanentemente de moradia e
de trabalho, não porque estivesse insatisfeito e buscasse novos horizontes, como Wild
Oat, mas porque vivia agitado e queria passar de uma experiência a outra sem
contactar-se com o presente na sua totalidade, correndo, por assim dizer, atrás de um
futuro ilusório. Finalmente, ao não comparecer à segunda consulta, depois de um mês
de tratamento bem-sucedido, mostra a dificuldade de aproveitar uma experiência
positiva, e isto confirma inteiramente o diagnóstico do medicamento.
Este caso mostra a importância de um interrogatório cuidadoso a fim de se fazer o
diagnóstico diferencial do medicamento, que em alguns casos é tão simples, e em
outros tão complicado. (PASTORINO, 1992)
6.2. Clematis
(Clematis
Vitalba)
A essência floral Clematis é
preparada pelo método solar,
floresce de julho a setembro.
Clematis é uma trepadeira
silvestre que enrosca-se nas
árvores próximas e floresce no
meio delas.
As flores perfumadas são
circundadas por 4 sépalas
penugentas,
branco-esverdeadas.
A virtude de Clematis é o
ancoramento no tempo
presente.
As pessoas que necessitam
de Clematis são muito
criativas e inteligentes,
porém encontram dificuldade
de concretizar seus sonhos,
porque estão em constante
devaneio, vivendo o futuro
em pensamento.
Sintomas devidos ao bloqueio de
energia:
Nas pessoas no estado negativo de CLEMATIS é freqüente encontrarmos um olhar
vago e perdido, indiferença, desatenção, preocupação, tendência ao devaneio e
sonolência. Dormem muito e têm uma palidez marcante, são sonhadoras e
desligadas, vivem mais em seus pensamentos do que nas ações.
Falta-lhes concentração, pois seu interesse pelas coisas do presente, e muitas
vezes pela própria vida, é apenas parcial, evitam as dificuldades ou as coisas
desagradáveis deixando vagar sua atenção e refugiando-se num mundo ilusório e
irreal, quando atravessam momentos difíceis, fecham-se mentalmente em um
mundo de fantasias e preferem ficar sozinhas com seus pensamentos. Quando
adoecem esforçam-se muito pouco para melhorar, tem um fraco interesse pela
vida.
São alunos de memória fraca, que “viajam na maionese”, olham para o professor
mas não o vêem estão com o pensamento distante, raramente se incomodam em
escutar ou lembrar o que foi dito. Podem até mesmo passar por um amigo na rua
sem reconhecê-lo, quando perdidas nos próprios sonhos.
A falta de atenção pode somatizar distúrbios nos olhos e os ouvidos, pois esses
órgãos estão sendo utilizados apenas para ver e ouvir internamente. O indivíduo
do tipo Clematis é muito sensível e sujeito a sofrer influências desfavoráveis do
meio, tem a “aura porosa”, podem sentir e absorver energias negativas do
ambiente. “Clematis é o remédio para a perda dos sentidos, para estados de coma
ou para qualquer tipo de inconsciência, pois todas essas condições indicam uma
"perda de interesse", imposta ou não pelas circunstâncias, em relação ao
presente.” (CHANCELLOR, 1995).
Características
que chamam a
atenção:
• Perdido nos seus
pensamentos, distraído,
sonha acordado, é
fantasioso.
• Nenhum interesse agudo
pela situação presente,
vive mais em seu próprio
mundo de fantasia.
• Idealista, deseja um futuro melhor,
mas como o interesse pelo presente é
indiferente, tem muita dificuldade em
realizar os sonhos e atingir seus
objetivos.
• Reage com a mesma indiferença às
boas e más notícias.
• Experimenta facilmente a sensação de
mãos e pés frios ou "mortos", ou a
sensação de vazio na cabeça, sensação
de flutuação, não raro sentindo-se
dopado, como anestesiado. Desfalece
com facilidade, tendência para
desmaiar.
• Memória fraca, não tem o sentido do
pormenor, porque, desinteressado, não
se esforça para prestar a devida
atenção.
• São muito criativos e tem dons
artísticos, mas pela dificuldade em lidar
com o lado prático da vida, acabam
exercendo atividades comuns, apenas
para subsistência.
Transformação
potencial:
• Tornam-se pessoas com vivo
interesse por tudo, com mentes
sensíveis e inspiradas.
• Decidem dar à criatividade
uma expressão material, sendo
escritores, artistas, atores,
curadores, com grande
entusiasmo pela vida do
dia-a-dia, por conseguir apreciar
o grande propósito que existe
por trás dela.
Afirmações:
“Minha missão relaciona-se
com o aqui e agora concreto”

“Estou pondo em prática


minhas aspirações”

“Estou percebendo cada vez


mais as conexões entre o
mundo interior e o exterior”
(SCHEFFER, 1997)
Caso clínico:
Paciente de 26 anos, arquiteto
Queixas : Sensação de corpo estranho na garganta; dores nas costas
depois de um acidente de moto.
Anamnese
O paciente sofre há cerca de um ano de problemas na garganta, ou seja:
ele tem a sensação de que há um fragmento ou caco de vidro na garganta.
Aos 17 anos, operação das amígdalas. Há dois anos, um acidente de moto,
a partir do qual tem sempre dores nas costas. Azia freqüente.
O paciente trabalha como arquiteto na firma do pai, com quem tem um
bom relacionamento. É filho único e teve uma juventude normal. Já
quando criança era um sonhador; vive ainda hoje no mundo da fantasia.
Diagnóstico Dores nas costas depois do trauma do acidente; sensação de
corpo estranho na garganta (a medicina ortodoxa nada descobriu).
Primeira associação floral de Bach em 13/11/1990
Clematis - é distraído, está sempre devaneando.
Chestnut Bud - encontra continuamente as mesmas
dificuldades (sempre se envolve com falsos amigos)
Holly - suspeita de que há algo negativo por trás de muitas
coisas
Impatiens - forte necessidade de independência
Mustard - ocasionais humores depressivos, sem saber o
porquê
Vervain - não consegue suportar injustiças.
Transcorrer da terapia
Na primeira semana de ingestão das essências florais, sonhos
turbulentos, com conteúdo onírico confuso e diversificado.
Depois de cada ingestão, os problemas da garganta
desaparecem por algumas horas; depois surge uma forte
comichão na garganta. Os sentimentos negativos se
solucionaram.
Segunda associação floral de Bach em 26/11/1990
Clematis - devaneios
Impatiens - está um pouco impaciente, a necessidade de
independência ainda persiste
Mustard - humor melancólico
Elm - sente-se sobrecarregado na firma
Beech - a tolice dos outros o irrita
Gorse- más experiências o tornaram resignado.
Por desejo do paciente, repetiu-se a primeira associação a partir de
10/12/1990.
Transcorrer da terapia
Menos devaneios; tornou-se mais consciente da realidade. Mais
compreensão para com os outros, não somente pensamentos
negativos. Ainda tem, de vez em quando, humores depressivos.
Agora consegue diferenciar as obrigações profissionais das
necessidades pessoais, e não se sente mais sobrecarregado.
Terceira associação floral de Bach a partir de 3/1/1991
Chestnut Bud - ainda tem a sensação de encontrar sempre as
mesmas dificuldades
Impatiens - o paciente se sente mais tranqüilo, mas ainda não
tranqüilo o suficiente.
Essências florais escolhidas espontaneamente pelo paciente:
Gorse - disposição resignada
Cerato - falta de confiança na própria capacidade
Centaury - o paciente se sente explorado, bonzinho demais.
Transcorrer da terapia
O paciente está agora em condições de aprender com seus
erros. Afastou-se totalmente do antigo círculo de amizades,
para não ser mais usado por esses "amigos". Preocupa-se
demais com o pai, que foi hospitalizado para uma operação
séria.
Quarta associação floral de Bach em 21/1/1991
Red Chestnut - preocupação excessiva com o pai.
Agrimony - por ter medo de conflitos, o paciente esconde
pensamentos perturbadores por trás de uma mascara de excessiva
alegria
Gorse - estados de resignação
Cerato - falta de confiança no próprio julgamento
Transcorrer da terapia
A preocupação com o pai se normalizou. O paciente tenta impor sua
vontade aos outros. Ele está mais confiante em si mesmo, sente que
os outros já não levam tanta vantagem sobre ele como antes. Ele
tem certeza de que algumas coisas têm de ser modificadas, e encara
essas mudanças com muito otimismo.
Quarta associação floral de Bach em 18.03.91
Crab Apple - luta por uma nova ordem
Walnut - para ajudar no novo começo
Hornbeam- contra o "cansaço mental"
Transcorrer da terapia
O paciente se sente muito bem, consegue se defender melhor,
aceita os fatos com
mais descontração. Agora conhece sua posição na vida, está
muito satisfeito com seu
"estado de ânimo". No geral, adotou uma posição positiva
diante da vida. Os problemas da garganta diminuíram, mas
ainda não desapareceram totalmente. Podese deduzir que, à
medida que a sua alma recuperar o equilíbrio, os problemas
da garganta desaparecerão paulatinamente.
Encerramento da terapia:
Controle em 9/04/1991- o paciente não tem mais
problemas na garganta e se sente muito bem. As
dores nas costas melhoraram um pouco, mas o
paciente não as considera mais tão importantes -
não se queixa delas. (SCHEFFER, 1999)
6.3. Honeysucle
(Lonicera
caprifolium)
Honeysucle é uma trepadeira
vigorosa, que floresce de junho a
agosto, a essência floral é
preparada pelo método de
fervura.
“A virtude de Honeysucle é viver
o presente, considerando o
passado como experiência e
sabedoria” (BARTOLO, 1993).
“Trata-se do medicamento
para se remover da mente as
penas e as dores do passado,
para neutralizar todas as
influências, todos os anseios
e desejos do passado,
devolvendo-nos ao presente.
Viver no passado, enquanto
estado mental, não é uma
disposição que se limite aos
idosos, embora seja mais do
que natural que os
pensamentos destes se
voltem para as lembranças
agradáveis dos anos
passados, dos amigos e
experiências de sua
mocidade.” Dr. Bach
Sintomas devidos ao
bloqueio de energia:
No estado negativo de Honeysucle, o indivíduo volta-se para o
passado, nostalgicamente relembra “os bons tempos”. Escapa
do presente com a sensação de remorso pelo que deixou de
fazer, ou de saudades pela felicidade que viveu.
Especialmente durante períodos de infortúnio, aborrecimento
ou tristeza, a mente pode voltar-se para a lembrança de um
amigo perdido ou para as ambições jamais satisfeitas. Em tais
condições, o indivíduo poderá perder seu interesse pelo
presente, deixando de fazer o mínimo esforço no sentido de
enfrentar as dificuldades existentes; o corpo deve encarregar-se
da luta travada no presente, enquanto a mente revive o
passado, sem contribuir para o bem-estar do corpo. Cria-se,
assim, um estado desarmonioso de semi-estagnação, que
impede o fluxo das forças vitais. Enquanto a mente se volta para
trás, acompanhada de medo, ansiedade ou tristeza, o corpo está
sendo consumido pelo fogo do presente, mantendo-se
petrificado com respeito à vida que está pela frente.
(CHANCELLOR, 1995)
Tanto Honeysucle quanto Clematis não se interessam pelo
presente e não vivem no aqui e agora. A diferença é que
Honeysucle foge para o passado e não espera nada de positivo
do presente nem do futuro, enquanto que Clematis foge do
presente para uma vida de fantasia, à espera de um futuro
melhor.
Características que
chamam a atenção:
• Refere-se constantemente ao
passado na conversa com os outros.
• Glorifica o passado, rememora,
melancólico, os bons velhos tempos.
• Não consegue recuperar-se da perda
de uma pessoa amada (pai, filho,
cônjuge).
• Às vezes, as lembranças da infância
são inusitadamente pobres.
• Não consegue esquecer certo
acontecimento do passado, lamenta
haver perdido oportunidades.
Transformação
potencial:
• Torna-se capaz de aprender
com as experiências do passado,
mas não se prende a elas.
• Aceita a mobilidade da vida e
as mudanças, valorizando o
passado e apreciando o
presente.
• Pode ser capaz de trabalhar
com o passado, como
arqueólogos, historiadores,
antiquários.
Afirmações:
“ Eu aprendo com o
passado, enquanto o
deixo ir.”
“Eu estou centrado em
minhas atividades
presentes”
“ Eu dedico minha
presença plena a este
mundo agora.” (KAMINSKI
E KATZ, 1991)
Caso clínico:
Homem, 35 anos.
Este homem, sem saber o porquê, foi ficando depressivo e não conseguia mais
trabalhar. Tinha insônia e, ao amanhecer, seu coração disparava e suas mãos
transpiravam. Havia se calado durante muitos anos, modificou seu comportamento
somente para manter a ilusão de uma família e um casamento seguro. Sofreu muito
com a morte do pai e, embora não tivesse demonstrado seu sofrimento na época,
sentia necessidade de falar sobre isso.
Indicou-se Honeysuckle para aliviá-lo das recordações do passado e possibilitar seu
crescimento e cura no presente. Depois de um mês, sem que fosse necessário
trabalhar essa dor em terapia, sua depressão havia passado, mas os outros sintomas
ainda persistiam.

Indicou-se Honeysuckle + Star of Bethlehem para a perda do pai. Após um mês, foi
possível trabalhar seu passado e ele se sentiu tão bem como há muito tempo.
(BARTOLO, 1993)
6.4. Mustard
(Sinapsis arvensis)
É uma planta anual, de 30 a 60 cm
de altura, de flores amarelas que
florescem em espigas, de maio a
junho.
A essência floral é preparada pelo
método da fervura.
As virtudes de Mustard são a
alegria e a serenidade.

Segundo o Dr. Bach, quem toma


Mustard tem a sensação de
despertar lentamente de
um sono escuro e pesado.
Sintomas devidos
ao bloqueio de
energia:
No estado negativo de Mustard, as pessoas
sentem-se profundamente deprimidas, de um
momento para outro, como se descesse uma
nuvem negra sobre elas, é uma
melancolia quase desesperada e
desalentadora, sem que haja nenhum motivo
para justificá-la.
O estado Mustard corresponderia ao das
depressões endógenas da psiquiatria clássica,
aparece e desaparece sem explicação, porém,
enquanto se mantém, ela envolve a pessoa
como uma nuvem negra que encobre todo o
prazer e a alegria de viver.
Trata-se de uma depressão que tira o interesse
pela rotina diária da vida, a pessoa sente-se
sem energia nem vontade de fazer
absolutamente nada, ocorre uma redução de
energia, de modo que todas as funções são
reprimidas. O indivíduo se torna lento,
sem ímpeto para realizar nada e sua percepção
ao que acontece ao seu redor é reduzida, pois
todos os seus pensamentos se voltam para ele
mesmo. A pessoa se sente imobilizada, isolada
do mundo por uma camada de desespero, sem
conexão com o mundo exterior.
Características que
chamam a atenção:
• Sentimentos melancólicos, depressivos
chegam de repente, sem que exista
um motivo claro, de um momento para
outro, envolvendo a personalidade como
uma nuvem negra.
• Não vê nenhuma condição lógica entre
essa condição e o resto de sua vida.
• Não há como esconder dos outros este
estado de espírito, e, apesar de
argumentar consigo mesmo que não há
motivo para esta melancolia, não
consegue sair dela.
• Tem medo das crises depressivas,
porque é incapaz de fazer alguma coisa
para debelá-las.
Transformação
potencial:
• Uma alegre serenidade
interior, jovialidade e
estabilidade que as
acompanha tanto nos dias
cinzentos quanto nos
ensolarados.

• Ainda vêem as nuvens


negras, mas já não se
deixam deprimir por elas.
Afirmações:
“Sinto-me cheio de alegria.“

"Estou me erguendo para a


luz.“

"Meu coração sente-se livre e


feliz.“

"Sou grato pelas horas de


dor." (SCHEFFER, 1997)
Caso clínico:
Tratamento de uma crise depressiva no contexto de uma psicose
maníaco-depressiva unipolar existente há duas décadas (Brasil).
Paciente de 62 anos, funcionária pública Anamnese e estado de saúde
Desde os 40 anos de idade, a paciente sofre de crises de depressão. Durante os
vinte e dois anos dessa doença, ela já passou por incontáveis crises, que aparecem
sem nenhuma razão aparente e com certa regularidade, e geralmente têm curta
duração.
Ela não tem vontade para nada, é totalmente desmotivada, se sente vazia e não
mostra nenhum ímpeto interior. Vê o mundo descolorido, como se uma imensa
nuvem escura o eclipsasse. Seus pensamentos são amedrontadores. Ela só pensa
na morte - não agüenta mais!
Conversar a deixa tensa; ela sofre muito com essa situação.
A paciente conta que tem uma família saudável e feliz, e também que está
totalmente satisfeita em sua vida profissional - ela não vê nenhuma razão para
esses sentimentos depressivos.
Diagnóstico
Psicose maníaco-depressiva unipolar.
Terapia até o momento Terapia alopática (além da terapia Cerletti).
Depois da última crise, foi tratada durante cinco semanas com doses diárias de 150
mg de Clomipramin® (antidepressivo tricíclico); durante esse período, sentiu-se
melhor.
Primeira associação de florais de Bach
Mustard - fases de profunda tristeza
Gorse – resignação
White Chestnut - pensamentos recorrentes.
Tratamento suplementar
Clomipramin®, doses diárias de 50 mg.
Transcorrer da terapia Depois de duas semanas, a paciente se sente um pouco
melhor: conta que está começando a ter esperança. Passadas cinco semanas, todos
os sintomas desapareceram. A paciente se sente bem
e voltou a assumir suas tarefas profissionais e familiares.
Observação
Este caso ilustra uma experiência bastante
freqüente: no caso de pacientes com doenças
psíquicas, a combinação da Terapia Floral de Bach
com os neurolépticos usuais permite-nos alcançar
bons resultados, geralmente em menos tempo e com
dosagens menores. (SCHEFFER, 1999)
6.5. Olive (Olea
europaea)
A oliveira, nativa do mediterrâneo,
é uma árvore pequena, de 5 a 15
m de altura, permanece verde
durante todo o ano
Floresce durante a primavera, a
essência floral é preparada pelo
método solar.
A inflorescência é um conjunto de
20 até 30 florzinhas brancas.

As virtudes de Olive são a


capacidade de regeneração e
restauração da paz e do
equilíbrio.
“A oliveira beneficia a
humanidade através de suas
folhas, de sua casca, de seus
frutos e da madeira de seu
tronco. Ela foi sempre o símbolo
da paz e da harmonia.
Este remédio, preparado a partir
das flores da oliveira, tem o poder
de restituir a paz à mente
cansada e fortalecer o corpo,
quando este se encontra exaurido
pelo sofrimento. É o Remédio
para os que sofreram por um
longo período em condições
adversas ou que tiveram alguma
enfermidade prolongada e
penosa que lhes tenha absorvido
a vitalidade; suas mentes
tornam-se enfraquecidas e
exauridas, enquanto sua reserva
de forças se esgota.”
(CHANCELLOR, 1995)
Sintomas devidos
ao bloqueio de
energia:
As pessoas no estado negativo de Olive
sentem-se tão cansadas que tem vontade de
sentar e chorar, se alguém lhes pede para
fazer mais alguma coisa. Geralmente são
pessoas de vida muito ativa, com tantas
obrigações e tarefas que lhes resta muito
pouco ou nenhum tempo para o lazer e o
descanso. Como trabalham até o
esgotamento, não tem nenhuma reserva de
energia, e estão sempre cansadas, tudo
se transforma em um enorme esforço e
deixam de sentir prazer de trabalhar ou de
passear, desligam-se de atividades que
gostavam de fazer no passado.
O cansaço de Olive é diferente do de
Hornbean. Hornbean tem uma fadiga
mental, incerto sobre se vai levantar da
cama e cumprir suas obrigações rotineiras,
mas depois que começa o dia, consegue
cumprir suas tarefas. Olive não, sente-se
completamente exaurido em suas forças,
sente que não consegue dar mais nem um
passo.
Características que
chamam a
atenção:
• Exaustão que se segue a um longo período de
tensão ou doença física, Olive auxilia na
convalescença de doença prolongada.
• A pessoa perde o interesse por fazer coisas que
antes gostava, por puro cansaço. Este sintoma
pode ser confundido com depressão.
• Não lhe sobraram reservas, sente-se
completamente sem forças, acabada.
• Cansaço interior profundo depois de períodos de
grande luta e transformação internas, que
gastaram muitas energias psíquicas.
• Exaustão após longo período dedicando-se ao
cuidado de pessoas doentes na família.
• Sente necessidade de dormir muito, porém não
recupera energia.
Transformação
potencial:
• Restauração da vitalidade, da força e
até mesmo do interesse pela própria
vida.
• Deixam de se apoiar no esforço
pessoal para vencer suas dificuldades,
confiam completamente na orientação
interior, e, dessa maneira, são capazes
de enfrentar até exigências extremas
com jovialidade.
Afirmações
" Peço força para
fazer o que tenho
de fazer.“
" Sinto a energia
cósmica fluir dentro
de mim."
" Reconheço as
necessidades do
meu corpo."
(SCHEFFER, 1997)
Caso clínico
Mulher, 60 anos, viúva.
Era, por natureza, uma pessoa ativa e enérgica, inclinada a abusar das próprias
forças. Nos últimos três anos, tomara conta do bebê de sua filha enquanto
esta trabalhava, encargo que a levou ao ponto da exaustão. A paciente tivera
uma vida difícil. O marido havia falecido depois de uma enfermidade
prolongada, de modo que ela precisava garantir o próprio sustento para
ajudar a filha.
Ao procurar-nos, estava à beira da exaustão total, além de cuspir sangue havia
meses. Nutria mágoas por diversas coisas, embora, como ela própria admitiu,
não houvesse razão para isso. Prescreveu-se Olive para sua exaustão, Willow
para sua mágoa e Crab Apple para limpar seu organismo das toxinas da fadiga.
Depois de tomar os Remédios por um mês, informou que não cuspia mais
sangue e que, apesar de ainda cansada, sentia-se muito menos magoada.
Prosseguiu tomando os remédios por mais dois meses. Houve, neste período,
um reaparecimento de sangue na saliva, mas apenas por pouco tempo. Ela
contou ter recuperado totalmente as suas forças, sentindo-se novamente uma
pessoa feliz e satisfeita. (CHANCELLOR, 1995)
6.6. White
Chestnut
(Aesculus
hippocastanum)
White Chestnut é uma árvore de
tronco forte e ereto, atinge até os
30m de altura, e pode viver cerca de
150 anos.
Floresce no fim de maio até o começo
de junho, tem flores masculinas e
femininas na mesma inflorescência.
As masculinas são menores e ficam
acima das femininas. As flores são
brancas e salpicadas de pontos
vermelhos e amarelos.
A essência floral é preparada pelo
método solar.
As virtudes de White Chestnut são a
tranqüilidade mental e a capacidade
de discernimento.
Quando passamos por
momentos em que
determinada preocupação
ou acontecimento se fixa
em nossa mente e em que
somos incapazes de evitar a
conversação mental.
Quando as discussões
continuam mentalmente
depois de já haverem
terminado e as palavras que
"eu devia ter dito" são
mastigadas mentalmente,
necessitamos da
tranqüilidade mental de
White Chestnut.
Sintomas devidos ao
bloqueio de energia:
As pessoas no estado negativo de White Chestnut
remoem os pensamentos e as preocupações, a
mente não descansa com pensamentos repetitivos
e desagradáveis, sobre os quais elas não têm
nenhum controle, a ponto de não conseguirem
dormir discutindo consigo mesmas.
Se este estado mental persiste por muito tempo,
pode desviar a mente da pessoa do presente, de
modo que ela nem consegue escutar o que lhe é
dito, perde a concentração e a capacidade de fixar
atenção no que está fazendo, prejudicando os
estudos e o trabalho. Alguns estudantes
confundem a dificuldade de atenção de White
Chestnut com pouca memória. Este é um dos
medicamentos indicados para dificuldade de
aprendizado, quando é detectado este estado
mental.
A falta de concentração pode ser perigosa
podendo ocasionar acidentes, pois o indivíduo está
dirigindo enquanto a sua mente não está no
presente, e sim, procurando resolver problemas
pendentes enquanto dirige. Tanto White Chestnut
quanto Clematis estão desligados do presente,
mas, enquanto o sonhador Clematis constrói
alegres castelos no ar, o torturado White Chestnut
espreme a mente discutindo consigo mesmo a
solução dos problemas.
Características que
chamam a atenção:
• Pensamentos não desejados persistem na
mente, e não podem ser detidos.
• Uma preocupação ou um acontecimento não o
deixa, consumindo-lhe a mente.
• Pensa no "que poderia ter dito" ou no "que
deveria ter dito" e também imagina o que o
interlocutor iria lhe responder.
• Repisa mentalmente os mesmos problemas,
muitas e muitas vezes, procurando algo que lhe
escapou anteriormente.
• Hiperatividade mental. Em conseqüência disso,
carece de concentração na vida de todos os dias
(por exemplo, não ouve quando alguém se dirige a
ele).
• Não desliga dos problemas do dia e vai dormir
preocupado, podendo sonhar com os problemas
ou acordar no meio da noite devido aos
pensamentos que lhe andam na cabeça.
• Cansado e deprimido durante o dia, a cabeça
dá-lhe impressão de estar cheia.
• Devido à congestão mental, pode ter dor de
cabeça frontal, dor nos olhos.
Transformação
potencial:

• A mente torna-se calma e


tranqüila, é ser capaz de usar
construtivamente os poderes
do pensamento.
• Adquire paz interior e
encontra a solução para os
problemas através de uma
mente limpa e clara.
Afirmações

“Eu estou quieto


interiormente”
“Eu sei que as respostas
que busco surgem de
uma mente silenciosa”
“Eu estou escutando
Deus; Deus fala dentro
de mim.” (KAMINSKI E
KATZ, 1991)
Caso clínico
Paciente de 35 anos, turco radicado na Alemanha.
Anamnese
O paciente foi trazido ao meu consultório pela mulher, em 2/8/1991. Ele não estava em
condições de responder às minhas perguntas e se encontrava visivelmente sob efeito
de fortes psicofármacos. Não havia barreiras idiomáticas entre nós; sua esposa é alemã
(professora) e ele próprio fala bem o alemão.
A anamnese mostrou que ele sofria, já há alguns anos, de uma crescente mania de
perseguição (alegava estar sendo perseguido pelos seus compatriotas, com terrorismo
telefônico e ameaças pessoais - mas nunca contra sua mulher). Diversas internações em clínicas
psiquiátricas, sempre recebendo altas doses de psicofármacos. Depois da última internação, em
julho de 1990, teve uma séria crise de depressão com tentativa de suicídio. Desde então,
ininterruptamente em licença de saúde; na época da primeira consulta, a empresa já pensava
em demiti-lo, a menos que ele se submetesse a uma terapia para recuperar a aptidão ao
trabalho. Recusei me a fazer essa terapia e sugeri ao paciente um tratamento temporário apenas
com os
florais de Bach. Ele e a mulher concordaram.
Diagnóstico: Psicose esquizo-afetiva.
Estado em 2/8/1991 O paciente está nitidamente lento, não mostra quaisquer reações
emocionais.
Terapia no momento Taxillan® 100-100-150, Akineton® ret. 1-1-1, ingestão temporária de
Haldol® e Truxal®.
Primeira associação de florais de Bach em 2/8/1991
Aspen - extrema sensibilidade
Cherry Plum- sentimentos reprimidos
White Chestnut - pensamentos à roda
Rescue - estado agudo
Mimulus - medos concretos
Mustard - tristeza. (Escolha intuitiva.)
Transcorrer da terapia
Cerca de uma semana depois da ingestão da primeira dose, houve uma melhora
sensível; o medo desapareceu. A partir de 30/8, reduziu-se o Taxillan® a 100 mg à
noite (depois de uma conversa com o neurologista) e foram abandonados todos os
outros medicamentos.
Desde 2/9, o paciente está trabalhando quatro horas diárias no antigo emprego. Mas
ainda não consegue dirigir seu carro.
Estado em 5/9/1991
O paciente está atento e dá respostas espontâneas e seguras; sua irradiação total é
mais ativa. Porém, persistem as dificuldades para adormecer e os distúrbios durante o
sono.
Segunda associação de florais de Bach em 5/9/1991
Chicory, Honeysuckle e Red Chestnut - forte simbiose no seu relacionamento
emocional com o passado.
White Chestnut - ver acima
Rescue - ver acima. (Escolha intuitiva.
Transcorrer da terapia e estado em 4/10/1991
O paciente está irreconhecível. Vem sozinho ao consultório e me cumprimenta com um largo sorriso e um
alegre "Olá" (não estou exagerando!). Ainda toma Taxillan® 100 à noite, mas só esporadicamente. O sono se
normalizou e ele está trabalhando já há uma semana no terceiro turno da linha de produção. A empresa optou
por não demiti-lo.
Ele voltou a ser um homem plenamente ativo, dirige seu carro e está planejando passar as férias na Turquia.
Terceira associação de florais de Bach em 04/10/1991
Chicory, Honeysuckle e Red Chestnut
(Escolha feita em conjunto com o paciente.)
Transcorrer da terapia e estado em 25/10/1991
Diante de mim está um homem totalmente equilibrado. Foi plenamente reintegrado ao trabalho, com plena
capacidade de desempenho. Não toma mais Taxillan®, seu sono se normalizou.
Hoje ele só veio ao meu consultório para buscar um novo frasco de florais. 0 último
que lhe receitei está vazio Ele próprio escolheu a nova associação de florais, seguindo sua orientação interior.
Quarta associação de florais de Bach em 25/10/1991
Chicory - ver acima
Larch - falta de sentimento de auto-valia
Olive- esgotamento depois de um período de profunda tensão emocional
Vervain - uso excessivo da força de vontade
Willow - sente-se desamparado, uma vítima.
Resultado
A esposa do paciente disse-me, no começo de dezembro de 1991, que ele me mandava calorosas lembranças,
que se sentia muito bem e estava de novo totalmente apto. (SCHEFFER, 1999)
6.7. Wild rose
(Rosa canina)
A partir desta roseira silvestre, foram
cultivadas outras espécies de roseiras. A
roseira canina é um arbusto perene que
gosta de crescer ao sol. As flores são
brancas, rosa- pálidas ou cor de rosa
escura, com cinco pétalas grandes em
forma de coração.
Florescem entre junho e julho, a essência
floral é preparada pelo método da fervura.
As virtudes de Wild Rose são a motivação
interior e a capacidade de viver a vida
plenamente.
As pessoas que precisam de Wild Rose são
as que sentem que não podem
modificar sua situação de vida e seguem,
resignadas e apáticas, cumprindo as
determinações alheias.
Sintomas devidos ao
bloqueio de energia:
As pessoas no estado negativo de Wild Rose
desistiram de lutar, se resignaram à sua
enfermidade, ao seu trabalho frustrante ou à
monotonia da vida. Não se queixam, mas também
não se esforçam por melhorar, por encontrar outra
ocupação ou por desfrutar dos prazeres simples da
vida, acreditam que seu destino é suportar as
condições que os importunam.
São os pacientes que aceitam ter que conviver com
doenças dolorosas e acreditam que vão acabar se
acostumando, não procuram outras alternativas de
tratamento, recebem um veredicto e o aceitam.
Não percebem que o poder para
alterar ou eliminar as condições adversas da vida
está em suas próprias mãos. Assim, elas
normalmente passam pela vida impermeáveis à
alegria e ao prazer.
Estas pessoas tem dificuldade em enxergar que
foram elas mesmas que criaram as situações
difíceis nas suas vidas, que as alimentaram e
sustentaram, e, portanto, também podem
modificá-las. Estão sempre cansadas; falta-lhes
vitalidade e são companhias aborrecidas.
Não apenas desistiram voluntariamente da luta,
mas estão de um certo modo satisfeitas consigo
mesmas por agir assim, acreditam que assim é que
deve ser. Não sofrem de depressão, mas sim de
falta de ambição e desejo de crescimento, estão
passivas, resignadas e apáticas.
Características que
chamam a
atenção:
• Desistiu no íntimo, embora as
circunstâncias não sejam tão
desesperadoras, nem tão negativas.
• Não sente absolutamente nenhuma
alegria na vida, e tampouco alguma
motivação interior, desistiu de se esforçar
para atingir mudanças em sua vida.
• Fatalisticamente conformado com tudo,
aceita o próprio destino - a vida
doméstica infeliz, o emprego
insatisfatório, a doença crônica, etc.
• Cronicamente entediado, parece
exausto, indiferente e vazio.
• Não se queixa do próprio estado, pois o
considera perfeitamente normal,
vegeta apaticamente.
Transformação
potencial:
• Transformam-se em
pessoas dotadas de grande
interesse em todos os
acontecimentos, mesmo os
mais rotineiros, o que lhes
traz vitalidade.

• Enfrentam as dificuldades
da vida com espírito de luta,
passam a enxergar as
oportunidades buscando as
mudanças.
Afirmações

“Posso sentir a vida


tornando-se mais interessante
e bela”

“Estou desenvolvendo
programas novos e positivos”

“Faço jus a tudo o que desejo


na vida” (SCHEFFER, 1997)
Caso clínico
Homem, 40 anos.
Era, por natureza, um indivíduo quieto e reservado, inclinado a se manter calado com
respeito a si mesmo. Não tinha interesse em conversas, nem fazia tentativa alguma
em acompanhá-las. Disse ele: "Estou exausto de tudo isso; então, para que me
incomodar tentando falar com os outros?" Estava resignado à sua condição física,
porém eventualmente "explodia", ficando tenso e irritado. Trabalhara num curtume
nos doze meses anteriores, até que lhe surgiram algumas marcas vermelhas,
inicialmente nos cotovelos, que depois se espalharam por todo o seu corpo. Ficou
hospitalizado durante três semanas, não havendo, contudo, melhora alguma. O
paciente, então, mudou de emprego. Estava gostando de seu novo trabalho, o
problema de pele havia quase desaparecido, quando as manchas voltaram a se
manifestar. A intensa irritação mantinha-o acordado durante a noite. Prescreveu-se
WILD ROSE, o Remédio básico, para seu sentimento de resignação e sua atitude do
tipo "para que me incomodar?", junto com CHERRY PLUM para a perda de controle
sobre suas emoções reprimidas, IMPATIENS para sua irritabilidade e CRAB APPLE
para limpar-lhe o organismo. Logo no primeiro mês, informou-nos que se sentia
melhor e que estava dormindo bem novamente, além de acusar uma melhora no
problema da pele; tivera uma única e branda "explosão' nesse período. Passado
um período de quatro meses, o paciente informou que estava bem sob todos os
aspectos e que a irritação da pele desaparecera por completo. Quatorze anos mais
tarde, voltou a escrever-nos, informando não ter havido recaída alguma em nenhum
de seus sintomas. (CHANCELLOR, 1995)
Próxima aula
7. Para os que sentem desânimo ou desespero

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