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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

THAYLLA RAÍSSA DE ALMEIDA

O PAPEL DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA


PARA A DEMOCRATIZAÇÃO SOCIAL

Apucarana
2020
THAYLLA RAÍSSA DE ALMEIDA

O PAPEL DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA


PARA A DEMOCRATIZAÇÃO SOCIAL

Trabalho de Licenciatura em Pedagogia apresentado


como requisito parcial para a obtenção de média
semestral nas disciplinas de Políticas Públicas da
Educação Básica, Ética, Política e Cidadania, Psicologia
da Educação e da Aprendizagem, Práticas Pedagógicas:
Gestão da Aprendizagem e Educação e Diversidade.

Orientador: Prof.

Apucarana
2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 3
2 DESENVOLVIMENTO...............................................................................................4
3 CONCLUSÃO............................................................................................................6
4 REFERÊNCIAS.........................................................................................................7
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1 INTRODUÇÃO

A sociedade brasileira é composta pelos mais diversos grupos


étnicos graças ao seu processo de formação histórica. Com isso, tornou-se uma
sociedade marcada por desigualdades sociais, condições educacionais e
socioeconômicas, que infelizmente foram se acentuando conforme a comunidade se
desenvolvia.

A educação não pode se manter alheia a essas questões, pois a


escola é um dos espaços mais relevantes para a realização da educação de
crianças e adolescentes e da expansão do conhecimento. É evidente que a escola
não é neutra, e uma de suas funções é acompanhar as mudanças da sociedade
atual.

O objetivo deste trabalho é apresentar e elaborar um texto com o


seguinte tema “A importância da cultura afro-brasileira e indígena na construção de
uma escola democrática”, construindo um post informativo sobre a cultura afro-
brasileira e indígena, consultando as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação das Relações Étnico-Raciais e analisando os conteúdos transversais a
esta temática na Base Nacional Comum Curricular. Este trabalho busca apresentar
os principais pontos sobre as disciplinas cursadas no semestre e para que isso seja
possível, a metodologia adotada na formulação deste trabalho baseou-se na
pesquisa bibliográfica, por meio de consultas a livros, revistas, manuais, artigos
publicados na internet, entre outros para que o trabalho pudesse ser concluído.
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2 DESENVOLVIMENTO

A educação democrática reconhece que os jovens não são


receptores passivos de conhecimento, mas sim agentes ativos de sua própria
aprendizagem. Eles não são produtos do sistema educacional, mas sim
participantes valiosos em uma comunidade de aprendizagem. A premissa da
educação democrática é que cada pessoa é única, então cada indivíduo aprende de
uma maneira diferente. O apoio ao desenvolvimento individual de cada jovem em
uma comunidade colabora para que os mesmos se tornem cada vez mais ativos no
ensino e aprendizado, podendo contribuir com o crescimento de todos no ambiente
educacional.

Diversos estudos apontaram que o ambiente educacional que


permite aos jovens participação ativa em sua própria aprendizagem está associado
a uma maior frequência e bom desempenho dos alunos, maior criatividade,
motivação e determinação para aprender. Além disso, pesquisas recentes apontam
para o valor de um ambiente de aprendizagem educacional democrático, incluindo
elementos-chave como projetos colaborativos, idades mistas, aprendizagem por
meio de experiências positivas e a importância de cuidar da comunidade.

Contudo, a educação democrática é importante não apenas para o


benefício dos jovens que vivenciam esse ambiente de aprendizagem. Ela carrega
consigo a capacidade de causar um impacto social mais amplo, pois indivíduos
determinados e solidários que vivenciam tal experiência serão capazes de
construírem uma sociedade mais justa. É suposto através da democracia que haja
possibilidades de participar na definição e construção de melhorias para toda a
comunidade. Portanto, a expansão contínua das oportunidades de participação
direta de todos os cidadãos nas decisões públicas em todas as áreas da vida
política, social e econômica devem ser incentivadas.

Tal modelo educacional só é possível na medida em que a escola se


torna uma cultura democrática, ou seja, uma experiência permanente de debate e
diálogo aberto onde aprender sobre nossa cultura e nossas tradições públicas se
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torna uma experiência reflexiva sobre nossa construção como pessoas autônomas
em nossa sociedade.

A construção de uma cultura democrática no ambiente escolar


implica na possibilidade dos alunos participarem da construção da vida escolar, com
oportunidades de intervir nas ações organizacionais do processo de ensino. É
evidente que somente a partir dessa participação é possível construir uma
experiência plenamente democrática nas salas de aula e a partir do compromisso do
aluno com o que deve ser sua própria formação, contando com suas experiências e
interesses, pode se desencadear um autêntico processo de reflexão que articule as
tradições públicas do conhecimento, o mundo social e natural e construindo um
significado pessoal para suas vidas. O que torna o processo algo além de apenas
uma experiência de relações democráticas. Portanto, a importância do
conhecimento não é nem mesmo se ele pode ser notavelmente copiado ou
reconstruído, mas para nos ajudar a realizar o desejo da educação: reformar nossa
compreensão subjetiva da vida e suas reivindicações. Este propósito transcende o
tema atual a partir de ideias anteriores, pois envolve as preocupações, interesses e
necessidades de alunos e professores.

Nesse sentido, o debate acadêmico e social sobre as pesquisas


acerca da história da cultura africana e dos povos indígenas se insere no contexto
histórico da formação da nação brasileira por diferentes nações, como europeus,
africanos e indígenas, reconhecendo que o processo foi marcado pela diversidade,
luta e tensão entre povos e culturas distintas. Desde a colonização portuguesa, a
educação escolar valoriza os povos e as tradições culturais de origem européia, em
detrimento das origens africanas e indígenas. O etnocentrismo eurocêntrico, assim
como a difusão da superioridade das nações, raças e culturas, de um lado
produziram uma cultura de racismo, exclusão, marginalização, mas também uma
oposição que fortaleceu os movimentos de luta e resistência.

No Brasil, comunidades quilombolas como por exemplo o Quilombo


dos Palmares, tornaram-se um símbolo nas lutas pela liberdade no Brasil. Ao longo
do século 20 e no início do século 21, o movimento negro enfrentou práticas de
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racismo e discriminação sociais disseminadas por toda a sociedade brasileira, seja


no âmbito da produção acadêmica e científica, na imprensa, no mercado de trabalho
e nos diversos espaços de convivência, seja social, político ou cultural.

Refletir sobre essa temática e seus impactos nas práticas de ensino


e aprendizagem de história, ainda que tardia no Brasil, representa uma possibilidade
de combate ao etnocentrismo europeu tão enraizado no ensino de história praticado
nas instituições de ensino brasileiras. Também significa debater e reconsiderar
alguns elementos construtivos do ensino de história, como história acadêmica,
currículo, cultura escolar, livros didáticos e outros materiais de ensino, treinamento
de professores, conhecimento de história escolar, métodos de ensino e avaliação.
Tradicionalmente, todos esses elementos foram implícita ou publicamente infiltrados
por certas ideias, valores e conceitos que podem ajudar a reduzir ou fortalecer as
práticas racistas contra negros e indígenas.
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3 CONCLUSÃO
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4 REFERÊNCIAS

BORGES, Elizabeth Maria de Fátima. A inclusão da história e da cultura


afrobrasileira e indígena nos currículos da educação básica. Vassouras. v. 12.
n. 1. p. 71-84. 2010. Disponível em:
https://www2.olimpiadadehistoria.com.br/vw/1IN8l5YjrMDY_MDA_606d5_/05A_Incl
usaodahistoriaculturaafro.pdf Acesso em: 16. ago 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a


Educação das Relações Étnico-Raciais Brasília, DF, p. 1-37, 2004. Disponível
em: http://portal.inep.gov.br/informacao-da-publicacao/
/asset_publisher/6JYIsGMAMkW1/document/id/488171 Acesso em: 16. ago.2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF.


2018. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/historico/BNCC_EnsinoMedio_embai
xa_site_110518.pdf Acesso em: 16. ago. 2020.

Lei nº 11.645 de 10 de março de 2008. Estabelece as diretrizes e bases da


educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a
obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Diário
Oficial da União, DF. 2008. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007- 2010/2008/Lei/L11645.htm Acesso
em: 16. ago.2020.

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