Curso Extensão - Inovações em

Materiais e Processos de Fabricação

Tribologia

Prof. Dr. Mário Martins de Oliveira Júnior

O que é Tribologia?

2
 Conceito de Tribologia
Definição:

“Ciência e tecnologia de superfícies interagindo

em movimento relativo e das práticas e assuntos
associados” Jost Repport - 1966

TRIBOLOGIA

DESGASTE ATRITO LUBRIFICAÇÃO

3
 Conceito de Tribologia

TRIBOLOGIA

SUPERFÍCIE CONTATO

DESGASTE ATRITO LUBRIFICAÇÃO

4
 Dia a Dia
Fio de Cabelo:

5
 Dia a Dia
Sola de sapato:

Escovação de dentes:

http://www.tribology.group.shef.ac.uk/research
6
 Tribologia: origem e passado
PRÉ-HISTÓRIA
Invenção do FOGO
 Tribologia: origem e passado
PRÉ-HISTÓRIA
Invenção da roda – 4000 aC , idade do bronze, Mesopotâmia e Cáucaso.

Susa Apadana tomb, about 2500 B. C.

 Tribologia: origem e passado
PRÉ-HISTÓRIA
3500 AC – Egito: Registros sobre lubrificação, patins, rolamentos.

9
 Tribologia: Caráter Sistêmico
Atrito e desgaste NÃO SÃO PROPRIEDADES
INTRÍNSECAS DOS MATERIAIS, mas sim do
SISTEMA TRIBOLÓGICO imposto (tribosistema).

10
 Aspecto Sistêmico da Tribologia

DESGASTE POR DESLIZAMENTO – EFEITO DO RAIO DO CONTRA-CORPO

Pinos de cobre;
Discos de aço 1045;
Carga 20 N;
Velocidade de escorregamento 1 mm/s;
ar seco
21 C

11
 Tribologia: presente
Importância Econômica:
• 1 a 5% do PNB
• 1:40 a 1:76 de economia de investimentos em pesquisa e
desenvolvimento

Progresso
Lubrificação e
lubrificantes
20%
Sistemas Mecanicos Outros
30% 10%

Materiais
40%

12
 Tribologia: presente

19

5
22 4
2
2

45

Manutencao Falhas Vida Dissipacao Investimento Lubrificantes Energia

13
 ?
Pré-História Década de 60

PROBLEMA) DEFINIÇÃO

CARÁTER MULTIDISCIPLINAR + COMPLEXIDADE

Física, Química, Matemática, Ciências dos Materiais, Todos os ramos da Engenharia, Medicina,
Odontologia.

Superficial e interfacial, normalmente evolutivo e irreversível – De difícil

reprodução, modelização virtualmente impossível.

"God made materials but surfaces were the work of the Devil." Pauli
14
 Tribologia: Propósito
• O PROPÓSITO DE PESQUISA EM TRIBOLOGIA É A
MINIMIZAÇÃO E ELIMINAÇÃO DE PERDAS DEVIDO
A ATRITO E DESGASTE A TODOS OS NÍVEIS DE
TECNOLOGIA ONDE MOVIMENTO RELATIVO DE
SUPERFÍCIES ESTEJA ENVOLVIDO.
• A PESQUISA EM TRIBOLOGIA LEVA A UMA MAIOR
EFICIÊNCIA DE UMA ‘PLANTA’, MELHOR
DESEMPENHO, MENORES QUEBRAS E
SIGNIFICATIVA ECONOMIA.
• NOVOS CONCEITOS EM MATERIAIS DE
ENGENHARIA, ENGENHARIA DE SUPERFÍCIES,
LUBRIFICAÇÃO, ETC. 15
 Simulação do Tribo-Sistema
Tribômetro é um equipamento que tem por finalidade medir atrito e/ou desgaste
com o intuito de representar os mecanismos de desgaste de uma situação real.

Características básicas de um tribômetro:

Todo tribômetro contém um par (corpo e contra-corpo) em contato. Esta é a parte

principal do equipamento. Gwidon W. Stachowiak, Andrew W. Bartchelor, Grazina B. Stachowiak, “Experimental Methods in
Tribology”, Tribology Series, Volume 44, 2004.
 TRIBOLOGIA

SUPERFÍCIE CONTATO

DESGASTE ATRITO LUBRIFICAÇÃO

17
ENGENHARIA DE SUPERFÍCIES
Revestimentos Perfilometria

Implantes dentários
 TRIBOLOGIA

SUPERFÍCIE CONTATO

DESGASTE ATRITO LUBRIFICAÇÃO

19
 Contato
Tensões de contato

Contato macroscópico e microscópico

 Contato

SUPERFÍCIE REAL  LISA E PLANA  FORMA / ONDULAÇÃO / RUGOSIDADE

CONTATO ENTRE DUAS SUPERFÍCIES  CARGA SUPORTADA POR ALGUNS PICOS

Área de Contato Aparente

( Geometria das Superfícies,
limitada pelas dimensões)

Área de Contorno
( Individual ) Ac

Área Real de Contato

( Ar =  Ac função Fn e Ac)
Contato

Poucos pontos de carga suportada

Aumento do nº de pontos e da area

dos pontos

Aumento do nº de pontos e da area

dos pontos
 TRIBOLOGIA

SUPERFÍCIE CONTATO

DESGASTE ATRITO LUBRIFICAÇÃO

23
Atrito

24
Definição de atrito

Deslizamento

Rolamento
Exemplo do motor de combustão interna
 Atrito
1495 dC - LEONARDO DA VINCI - LEIS DO ATRITO - EMPÍRICAS

27
 Atrito
ATRITO - CONCEITO

SUPERFÍCIES EM CONTATO  FORÇA TANGENCIAL NECESSÁRIA PARA O MOVIMENTO

 FORÇA DE ATRITO

28
 Atrito

LEIS DO ATRITO:

1. A força de atrito é proporcional à força normal.

2. A força de atrito independe da área aparente de

contato. (Depende da área real de contato).

3. A força de atrito independe da velocidade de

deslizamento. (Não é bem verdade!)

29
 Atrito
DE ONDE VEM A FORÇA DE ADESÃO (Fadh) ?

30
µ = 0,001 - mancal de rolamento baixas cargas.
0,1 < µ < 1 - maioria dos metais ao ar.
> 10 – superfície metálica limpa - alto vácuo.

Importante: µ = µ ( Sistema tribológico )

Grafite Atmosfera - µ = 0,1
Grafite Seco - µ = 0,5

31
Atrito

32
 Atrito
APLICAÇÕES IMPORTANTES - ATRITO

33
 Conceito de Tribologia

TRIBOLOGIA

SUPERFÍCIE CONTATO

DESGASTE ATRITO LUBRIFICAÇÃO

34
Lubrificação
Lubrificação
Limite
Coeficiente de Atrito, µ

Lubrificação Mista
Lubrificação
Hidrodinâmica

(ηU)/N

Curva de Stribeck
35
(HUTCHINGS, 1992)
Lubrificação

Posição do Pistão
PMS
Movimento Alternado

Lubrificação Limite

Lubrificação Mista

Lubrificação Hidrodinâmica

Lubrificação Mista

PMI Lubrificação Limite

Velocidade do Pistão

Adição de lubrificante sólido no volume do material

36
(OLIVEIRA JR, 2013)
 Lubrificação
Lubrificação hidrodinâmica - Mancais.

Superfície b

Filme de óleo lubrificante

Superfície a

Lubrificação hidrodinâmica

37
 Lubrificação
Lubrificação de filme misto – Ex. Usinagem

Superfície b

vcav

Superfície a

38
 Conceito de Tribologia

TRIBOLOGIA

SUPERFÍCIE CONTATO

DESGASTE ATRITO LUBRIFICAÇÃO

39
 Desgaste
DESGASTE POR DESLIZAMENTO

Contato direto entre metais - dependente da velocidade - pode ocorrer

oxidação e/ou formação de partículas na interface de desgaste.

40
 Desgaste
Remoção de debris por escovas (Seco)

Com remoção

Sem remoção
41
(VIÁFARA; SINATORA, 2011)
 Desgaste
Adição de partículas em óleo

42
(YUAN et al., 2005)
Wear Resistance of Coated SAE 305 Aluminum Alloy Under Dry Friction
Reciprocate Sliding (2018).
M. S. T. Pires · T. Doca · V. F. Steier · W. M. da Silva · M. M. Oliveira Júnior
• SAE 305
aluminum
Alloy

• Fretting

• Cabos de
aço

• Furnas

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 Effect of substrate surface finish/coating architecture on the sliding
wear of multi-layered/gradient NCrAlSi coatings (2013)
S. Victor, C. A. S de Oliveira, M. M. de Oliveira Jr and J. D. B. de Mello
• [tool steel - 0.85%C, 0.90%Si,
0.40%Mn, 8.00%Cr, 2.00%Mo,
0.50%V - 62 HRc] Temperado e
Revenido.

• Estampagem Profunda.

44
DESGASTE POR DESLIZAMENTO DO AÇO ABNT 4140 NITRETADO PELO
PROCESSO DE DESCARGAS ELÉTRICAS (NDE). (2013)
André Rezende de Figueiredo Oliveira
Mário Martins de Oliveira Júnior
Alberto Arnaldo Raslan
José Daniel Biasoli de Mello

45
EFFECT OF IRON OXIDE DEBRIS ON THE RECIPROCATING SLIDING WEAR OF
TOOL STEELS (2019)
Mario M. Oliveira Jr. ,Henara L. Costa, Washington M. da Silva Jr.,José Daniel B. de Mello.

• Conditions: Reference, Fe2O3 and Fe3O4 particles

• Tests with a contact immersed in a bed of iron
• Plint and Partners TE67 Universal Tribometer – Reciprocating oxide particles
• Controlled relative humidity (50%) and temperature (22±4°C) • Triboscopy (M.B. dos Santos, H.L. Costa, J.D.B. De Mello,
• Normal load: 22 N - Time: 60 min – 4 tests for each condition Wear, 332–333, 2015, 1134-1144).
EFFECT OF IRON OXIDE DEBRIS ON THE RECIPROCATING SLIDING WEAR OF
TOOL STEELS (2019)
Mario M. Oliveira Jr. ,Henara L. Costa, Washington M. da Silva Jr.,José Daniel B. de Mello.

Reference –
without particles

Hematite

Magnetite

SEM - SE SEM - BSE

 Desgaste
DESGASTE ABRASIVO
“Perda de matéria devido ao movimento relativo de duas superfícies e decorrente da
ação de:
Asperidades duras em uma das superfícies, ou
Partículas abrasivas livres entre as duas superfícies, ou
Partículas abrasivas engastadas em uma das superfícies”

2 corpos Deslizamento

3 corpos Rolamento
Deslizamento
Burwell, J. T., Wear 1, 1957
Trezona, R. I.; Allsopp, D. N.; Hutchings, I. M., Wear 225 – 229, 1999 48
 Mecanismos de Desgaste por abrasão

MICROMECANISMOS DE DESGASTE - ABRASÃO

Microsulcamento Microsulcamento com Microcorte

interação de sulcos

Microtrincamento Indentação
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