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Termodinâmica e Ondas
Aula 1
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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico
Conversa Inicial
Olá! Você está no primeiro encontro de Física: Termodinâmica e Ondas!
Preparado para começar esta aula e enriquecer os seus conhecimentos?
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Que tal começar com a introdução feita pelo professor Cristiano? É ele que
guiará você ao longo desta disciplina. Acompanhe no material online.
Contextualizando
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Um caso curioso, no qual as oscilações provocadas pelo vento foram
capazes de destruir uma ponte, foi o ocorrido com a ponte de Tacoma Narrows,
uma ponte pênsil de 1600 metros de comprimento, localizada no estado de
Washington, Estados Unidos. A Ponte de Tacoma, como qualquer ponte pênsil,
sempre balançava, porém, poucos meses após a sua inauguração, no dia 7 de
novembro de 1940, o vento atingiu uma velocidade de aproximadamente
70 km/h o que gerou movimentos de oscilações e de torção na ponte, fazendo
com que a estrutura viesse a desabar. Veja acessando o link:
https://www.youtube.com/watch?v=xPMwVVfaUYs
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Pesquise
A mola que você viu possui massa desprezível e pode ser comprimida ou
esticada. Quando deformada, ela aplica no bloco uma força, a qual é a única
força horizontal que atua sobre o bloco, a força vertical, força peso, é anulada
pela força normal do plano sobre o bloco.
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Para facilitar, definimos como origem do sistema de coordenadas o ponto
O, que se encontra na posição de equilíbrio quando a mola está em repouso,
neste ponto a mola não está nem esticada, nem comprimida.
O eixo coordenado x fornece o componente do vetor deslocamento a partir
da posição de equilíbrio, indicando a variação do comprimento da mola. Quando o
bloco é deslocado da posição de equilíbrio por uma força externa, a força da mola
(Fmola), chamada de força restauradora, tende a trazer o bloco novamente para
posição de equilíbrio.
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A mola agora está sofrendo compressão, a seguir ela acelera o bloco da
esquerda para direita, a sua velocidade, portanto, aumenta enquanto a mola
estica, ultrapassando novamente o ponto de equilíbrio e projetando o bloco para
o lado direito até o ponto x = +A, onde o bloco atinge o repouso e a mola
encontra-se novamente esticada pronta para iniciar o ciclo novamente.
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Amplitude, Período, Frequência e Frequência Angular
A toda vez que o oscilador realiza um ciclo completo, ou seja, quando ele
inicia na posição x = +A e depois volta a esta posição, o intervalo de tempo gasto
para realizar esse ciclo é chamado de período (T). Sua unidade no sistema
internacional de unidades é o segundo (s).
O inverso do período é chamado de frequência (f), definida como o número
de ciclos realizados pelo oscilador no intervalo de tempo, normalmente 1
segundo.
1 1
𝑇=𝑓 ou 𝑓=𝑇
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O professor Cristiano nos fala um pouco mais sobre o oscilador massa-
mola na videoaula a seguir. Confira no material online!
Onde:
k = constante de proporcionalidade
𝐹𝑚𝑜𝑙𝑎 (unidade
= − 𝑘 . 𝑥 = N/m)
x = deslocamento em relação a posição de equilíbrio O (unidade = metro).
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Repare que a aceleração depende do valor de x e esse varia a todo
momento, portanto a aceleração do movimento do bloco não será constante.
Repare também que devido ao sinal negativo a aceleração sempre terá sentido
contrário ao deslocamento x.
𝑘
𝜔= √
𝑚
E o período:
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Repare que nas equações que você viu não há relação alguma com a
amplitude (A) do movimento, portanto em um oscilador harmônico simples o
período e a frequência de oscilação não dependem da amplitude. Para iniciar o
movimento você poderia produzir um pequeno deslocamento em relação a
posição de equilíbrio ou um grande deslocamento, mas independentemente do
valor deste deslocamento as grandezas frequência e período do oscilador
seriam sempre as mesmas.
ATENÇÃO!
Sendo:
A = amplitude máxima
w = frequência angular
t = tempo
f = ângulo de fase
A constante f, ângulo de fase, indica em que ponto do ciclo de movimento
o bloco oscilante se encontrava no início do movimento quanto t = 0. Vamos
supor que quando o movimento do oscilador iniciou (t = 0) a coordenada x = xo,
substituindo esses valores na equação,
obtemos: 𝑥𝑜 = 𝐴 cos(𝜔. 0 + ϕ) Logo: 𝑥𝑜 = 𝐴 cos 𝜙 Se f = 0, então:𝑥𝑜 =
𝐴 cos 0 = 𝐴
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𝑑𝑥
Lembrando que: 𝑣𝑥 = 𝑑𝑡
𝑑𝑥 𝑑
Então: = 𝑑𝑡 [𝐴 cos(𝜔𝑡 + ϕ)]
𝑑𝑡
𝑑𝑥
Como a amplitude A é constante, ela sai do sinal de derivada, =
𝑑𝑡
𝑑
𝐴 [cos(𝜔𝑡 + ϕ)]. Sendo a derivada do cosseno igual a função seno com sinal
𝑑𝑡
𝑑𝜔𝑡
negativo, e como a derivada é na variável t, devemos derivar = 𝜔, que sai
𝑑𝑡
E o que será que o professor Cristiano tem mais a nos dizer sobre o MHS?
Assista no conteúdo online!
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No modelo de oscilador massa – mola horizontal descrito no início da aula
foi possível verificar que a força resultante é determinada por uma única força
envolvida no movimento, a força da mola. Destacamos aqui que esta força é uma
força conservativa, sendo então a energia mecânica total do sistema constante.
Considerando que a massa da mola é desprezível podemos determinar a energia
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cinética do bloco oscilante pela relação: 𝐾 = 𝑚. 𝑣 2
2
Veja a figura:
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A figura 7 que você viu na tela anterior mostra alguns deslocamentos
característicos do oscilador para as posições quando x = 0, x = + A/2 e x = + A.
Abaixo de cada desenho encontram-se os gráficos de energia mecânica com as
parcelas de energia cinética e energia potencial para cada uma dessas posições.
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TEMA 4: Pêndulo simples
Um pêndulo simples é um modelo de oscilador, ele é constituído por um
objeto, geralmente uma esfera, a qual é presa em uma das extremidades de um
fio que não estica e de massa desprezível e a outra extremidade do fio é fixa em
um suporte.
Quando a esfera é deslocada da posição de equilíbrio, determinado
ângulo q, e em seguida é solta, ela oscila em torno da posição de equilíbrio como
um balanço, descrevendo uma trajetória na forma de um arco de circunferência
que possui raio L igual ao comprimento do fio, veja:
Uma limitação para que o pêndulo simples visto na tela anterior comporte-
se promovendo um movimento harmônico simples é que o ângulo q seja
pequeno. Como vimos, no estudo do sistema massa - mola, o movimento
harmônico simples exige que a força restauradora seja proporcional à distância
x ou ao ângulo q.
A força restauradora no pêndulo simples é a força gravitacional, mostrada
na figura 8 como o produto massa pela aceleração da gravidade (mg). Em
determinado instante, que não seja na posição de equilíbrio, a força gravitacional
pode ser decomposta em componentes retangulares (mg senq e mg cosq).
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A componente (mg cosq) é anulada pela tração no fio, representado na
figura pelo vetor T, portanto a força restauradora atuante no pêndulo simples é
dada por mg senq.
𝐹𝜃 = −𝑚𝑔 𝑠𝑒𝑛𝜃
𝑘
𝜔= √
𝑚
𝑚𝑔
𝑔
Então: 𝜔 = √ 𝑚𝐿 = √ 𝐿 , logo a frequência e o período do movimento do
𝜔 1 𝑔
pêndulo simples podem ser escritos por: 𝑓 = 2𝜋 𝑓 = 2𝜋 √ 𝐿 e o período: 𝑇 =
𝐿
2𝜋√𝑔
Deve ser lembrado que as relações que você viu são válidas somente
para pequenas amplitudes, quando q for pequeno.
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Sendo válidas estas relações, repare que as grandezas, a frequência
angular, a frequência e o período do pêndulo simples não dependem da massa
da esfera posta a oscilar, mas dependem do comprimento L do fio e também da
aceleração da gravidade local.
Oscilações Amortecidas
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Verifique que a cada período de oscilação a amplitude do movimento do
oscilador diminui, quanto maior for a força de amortecimento mais rapidamente
a amplitude será reduzida. Quando a força de amortecimento for suficientemente
grande, ao ser deslocado da posição de equilíbrio e posto para oscilar, o
oscilador retorna para posição de equilíbrio sem oscilar, ocorrendo o
amortecimento crítico. E, quando além de não oscilar, o oscilador voltar para a
posição de equilíbrio, lentamente temos o superamortecimento.
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Um ponto de vista interessante em relação a oscilação forçada ocorre
quando a frequência com que a força propulsora atua no sistema é
aproximadamente igual à frequência natural das oscilações do sistema oscilante.
Quando isso ocorre dizemos que o sistema está em ressonância.
Trocando ideias
Lembra do exemplo introdutório sobre a ponte que despencou devido a
um vento de 70 km/h nos Estados Unidos? Com esta ideia, pesquise por outros
exemplos com base no que você estudou até aqui e poste para os seus colegas
no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), veja também o que postaram e
comente!
Na Prática
Hora de refletir!
Pare e olhe em volta, quais objetos do seu dia a dia têm movimentos?
Faça uma lista de 10 itens e indique qual o tipo de movimento, oscilação que
eles têm? Claro, com base no conteúdo que você aprendeu hoje.
Síntese
Chegamos ao fim deste encontro, e claro que não poderíamos deixar de
ouvir as palavras do professor Cristiano! Hoje você aprendeu sobre o modelo de
oscilador, o MHS e até como isso funciona em um pêndulo simples.
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Não deixe de fazer outras pesquisas também, desse modo você vai fixar
o conteúdo na cabeça e facilitar os próximos aprendizados. Agora, assista a
sintetização pelo professor Cristiano, a seguir.
Referências
SEARS E ZEMANSKI. Física II: Termodinâmica e Ondas. 12ª edição
– ed. Pearson. 2003.
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