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MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO
Ante a omissão da prefeitura do Município Y, com fundamento no artigo 5°, inciso LXXI,
da Constituição Federal de 1988, e artigo 24, parágrafo 3° c.c artigo 30, inciso II, ambos
da Constituição Federal de 1988, em razão da ausência de norma regulamentadora do
direito ao plano de aposentadoria dos Servidores Públicos Municipais do Município Y,
pelos fatos e motivos a seguir expostos:
Inicialmente, cumpre ressaltar que a Constituição Federal em sua plena magnitude dispõe
em seu artigo 5°, inciso LXXI, que caberá o presente instrumento sempre que houver a
falta de norma regulamentadora que possa inviabilizar o exercício de direitos e liberdades
constitucionais e prerrogativas inerentes à cidadania, soberania e nacionalidade.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Com efeito, a Colenda Corte do Supremo Tribunal Federal, delibera que o mandado de
injunção, “Writ”, poderá ser manejado pelo interessado na medida em que a busca deste
pelo “direito à legislação”, seja correspondente a um dever de prestar, desta maneira,
“uma obrigação jurídica indeclinável imposta ao poder público”. (STF, MI 5.926 AgR,
rel. Min. Celso de Mello, j. 10.04.2014, P, DJE de 2-6-2014).
Importante ressaltar que com o advento da Lei 13.300 de 2016, esta traz expressamente
no escopo de seu artigo 3°, quem detém a legitimidade ativa para o Mandado de Injunção.
Art. 3º São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes,
as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos,
das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2º e, como
impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para
editar a norma regulamentadora.
Desta forma, é perfeitamente cabível o presente remédio constitucional, haja visto, que
todo o grupo de servidores público do município Y, do Estado de São Paulo, estão sendo
prejudicados pela falta da legislação específica pertinente que os ampare em relação ao
direito constitucional ao plano de aposentadoria, e deste modo é dever do sindicato zelar
pelos direitos dos servidores, propôs-se o presente Mandado de Injunção.
IV-DO DIREITO
Imprescindível frisar, que a Lei Orgânica Municipal, a qual regulamenta o direito previsto
da Constituição Estadual, na égide do seu artigo 126, parágrafo 4°, inciso III, viabiliza o
exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais do
município y, os quais laboram em atividades que trazem malefícios à saúde ou a sua
integridade física, sendo estas últimas aquelas em que são consideradas penosas,
perigosas ou insalubres.
Vale salientar, que o referido Município tem autonomia necessária para legislar sobre o
plano de previdência especial para os seus servidores, no exercício de sua competência
supletiva, conforme prevê o artigo 24, parágrafo 3° c.c o artigo 30, inciso II, ambos da
Constituição Federal.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
Importante destacar que a competência das pessoas políticas para editar normas sobre
previdência social é concorrente, vide o artigo 24, inciso XII da Constituição Federal, em
que pese ausente à norma de caráter geral proferida pela União, haverá competência plena
do Chefe o executivo dos Estados para propositura da lei, sem que haja prejuízo da
superveniência da Lei federal.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
Explicitado que o município Y incorre em mora, haja visto, que tal lei já deveria ter sido
proposta e esta deveria estar vigente, deixando inúmeros servidores desabrigados a cerca
de sua aposentadoria, e não restando qualquer outra solução mais célere diversa da busca
da tutela jurisdicional requer que seja aplicado de forma análoga a Lei 8.213 de 1991,
para suprir a falta da legislação pertinente aos servidores prejudicados.
Aplicando-se a Lei 8.213/91 por analogia ao caso concreto que seja feia a observância do
artigo 57, parágrafo 1° da referida lei, a qual regula os casos em que se enquadre a
aposentadoria em regime especial, cuja qual é completamente cabível e pertinente ao
caso concreto em tela.
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a
carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física,
durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme
dispuser a lei.
VI-DOS PEDIDOS
VII-DAS PROVAS
Local e data
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Advogado
OAB/UF