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Orientação de trabalho:
Inicie o estudo do Capı́tulo 4: Espaços Vectoriais - secção 4.1 (pág. 171 a 182 do manual)
“+′′ : E × E −→ E
− adição de vectores
(~x, ~y ) 7−→ ~x + ~y
“α′′ : E −→ E
− multiplicação pelo escalar α
~x 7−→ α~x
• Os axiomas (A1 ) a (A4 ) dizem respeito à estrutura aditiva de E e podem ser resumidos
dizendo-se que (E, +) é um grupo aditivo comutativo.
• Os axiomas (M1 ) a (M4 ) dizem respeito à acção dos elementos de K em E.
• Se E é um espaço vectorial sobre K:
– Os elementos de E designam-se por vectores: usam-se as notações ~x, ~y , u, v, ...
– Os elementos de K designam-se por escalares: usam-se as letras α, β, a, b, k, t, ...
– Quando K = R, E diz-se um espaço vectorial real e quando ou K = C, E diz-se
um espaço vectorial complexo.
Exemplos clássicos.
1. O espaço vectorial modelo é o conjunto Rn munido da operação de adição e da multi-
plicação externa por:
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é um espaço vectorial sobre K.
• (an xn +· · ·+a1 x+a0 )+(bn xn +· · ·+b1 x+b0 ) = (an +bn )xn +· · ·+(a1 +b1 )x+(a0 +b0 )
• α(an xn + · · · + a1 x + a0 ) = (αan )xn + · · · + (αa1 )x + (αa0 )
Os conjuntos dos exemplos 1 - 4, com as operações mencionadas, são espaços vectoriais sobre
K, porque são verificados todos os axiomas (A1 ) − (A4 ) e (M1 ) − (M4 ).
• 0K v = 0E .
Competências a adquirir:
• conhecer os axiomas que definem espaço vectorial.
Notações:
• Mn×m (K) e Kn×m indicam o mesmo conjunto, a saber: o conjunto das matrizes de tipo
n × m com entradas no conjunto K.
3. Seja V = {(a, a2 ) : a ∈ R}. Define-se uma adição em V e uma multiplicação por escalar
de R em V por, respectivamente,
4. Seja E um espaço vectorial real para as operações naturais. Indique o elemento neutro
da adição 0E nos seguintes casos:
(a) E = R4 . (b) E = R2×3 = M2×3 (R). (c) E = R3 [x].
• temos uma visão de que falha algum dos axiomas e exibimos logo um contra-exemplo
para esse axioma;
ou
• corremos os axiomas tentando provar que são proposições verdadeiras e se não con-
seguimos provar algum deles tentamos encontrar um contra-exemplo.
1. Para mostrar que C é um espaço vectorial sobre R tem-se de mostrar que são satisfeitos
os axiomas (A1 ) − (A4 ) e (M1 ) − (M4 ).
2. (a) Falha (M1 ). (b) Falha (M4 ). (c) Falha (A3 ). Também falham (A4 ) e (M1 ).
6. (a) , (b) Use os axiomas de definição de espaço vectorial e/ou as proposições 4.4 e 4.5.
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Resolução detalhada de alguns exercı́cios
2. Em cada caso, vamos investigar o que se passa com os axiomas de definição de espaço
vectorial, (A1 )−(A4 ) e (M1 )−(M4 ), relativamente às operações definidas em cada alı́nea.
(a) Os axiomas (A1 ) − (A4 ) dizem respeito à adição. Neste caso, temos
(A1 ) Temos, por definição de adição, e por a adição usual em R ser comutativa
(a1 , a2 )+(b1 , b2 ) = (a1 +b1 , a2 +b2 +1) = (b1 +a1 , b2 +a2 +1) = (b1 , b2 )+(a1, a2 )
(A2 ) Temos, por definição de adição, e por a adição usual em R ser associativa e
comutativa
(a1 , a2 ) + (b1 , b2 ) + (c1 , c2 ) = (a1 + b1 , a2 + b2 + 1) + (c1 , c2 )
= ((a1 + b1 ) + c1 , (a2 + b2 + 1) + c2 + 1)
= (a1 + (b1 + c1 ), a2 + (b2 + c2 + 1) + 1)
= (a1 , a2 ) + (b1 + c1 , b2 + c2 + 1)
= (a1 , a2 ) + (b1 , b2 ) + (c1 , c2 )
= α(a1 , a2 ) + α(b1 , b2 )
Como esta operação é adição natural em R2 os axiomas (A1 ) − (A4 ) são satisfeitos.
Agora, nesta alı́nea, a multiplicação por escalar está definida da seguinte maneira:
Por exemplo,
1(1, 1) = (1, 0) 6= (1, 1).
def. de mult. por escalar
Portanto falha (M4 ) o que prova que com estas operações R2 não é um espaço
vectorial sobre R.
(c) Nesta alı́nea
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(A3 ) Temos, por definição de adição,
Por exemplo, não existe (b, c) ∈ R2 tal que (1, 1) + (b, c) = (1, 1). Portanto,
não existe elemento neutro para a adição e falha (A3 ), o que prova que com
estas operações R2 não é um espaço vectorial sobre R.
Não havendo elemento neutro para a dição também falha (A4 ).
Note-se que, atendendo a que a multiplicação por escalar está definida por:
é natural que também falhe algum dos axiomas (Mi ). Por exemplo:
(M1 ) Temos, por definição de adição e de multiplicação por escalar,
α (a1 , a2 ) + (b1 , b2 ) = α(a1 + b1 , 0) = (0, α(a1 + b1 )) = (0, αa1 + αb1 )
α(a1 , a2 ) + α(b1 , b2 ) = (0, αa1 ) + (0, αb1 ) = (0 + 0, 0) = (0, 0)
e em geral (0, αa1 + αb1 ) 6= (0, 0). Portanto também falha a distributiva (M1 ).
(A1 ) Temos, por definição de adição em V , e por a adição usual em R ser comutativa
(A2 ) Temos, por definição de adição em V , e por a adição usual em R ser associativa
Portanto (M1 ) − (M4 ) são todos verdadeiros. Segue-se que V , munido das operações
indicadas, é um espaço vectorial sobre R.
=⇒ α = 0K ∨ u − v = 0E =⇒ u − v = 0E ⇐⇒ u = v.
prop. 4.5-(4) α6=0K
=⇒ α − β = 0K ∨ u = 0E =⇒ α − β = 0K ⇐⇒ α = β.
prop. 4.5-(4) u6=0E
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