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Apoio 4 Álgebra Linear I

Orientação de trabalho:

Estudo do Capı́tulo 3: Determinantes. (pág. 117 a 152 do manual)

• Secção 3.1: Uma definição por recorrência.


Nesta secção aprenderá a noção de determinante de uma matriz quadrada
A = [aij ] ∈ Kn×n . Esta noção é dada por recorrência, quer dizer que definimos a
noção de determinante para o caso das matrizes de tipo 1×1 e no caso de n > 1 o
determinante é calculado à custa de determinantes de tipo (n − 1)×(n − 1):
(
a11 se n = 1
|A| = 1+1 1+2 1+n
(−1) a11 |A(1|1)| + (−1) a12 |A(1|2)| + · · · + (−1) a1n |A(1|n)| se n > 1

onde A(1|1), A(1|2), ..., A(1|n) são matrizes quadradas de tipo (n − 1)×(n − 1):
 
a21 · · · a2,j−1 a2,j+1 · · · a2n
 .  matriz que se obtém de A supri-
A(1|j) =  ... · · · ..
.
..
. · · · ..  = mindo a linha 1 e a coluna j
an1 · · · an,j−1 an,j+1 · · · ann
No caso 2×2, temos
|A| = a11 a22 − a12 a21
e no caso 3×3, temos
|A| = (a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a13 a21 a32 ) − (a11 a23 a323 + a12 a21 a33 + a13 a22 a31 ) .
Podemos memorizar o determinante de uma matriz 3×3 recorrendo à Regra de Sarrus:
os termos de sinal positivo são:
• os produtos dos termos da diagonal principal
• os produtos dos elementos que se dispõem nos vértices de 2 triângulos
de bases paralelas à diagonal principal
os termos de sinal negativo são:
• os produtos dos termos da diagonal secundária
• os produtos dos elementos que se dispõem nos vértices de 2 triângulos
de bases paralelas à diagonal secundária
b b b b b b
sinal “+” sinal “−”
b b b b b b

b b b b b b

Esta regra só é válida para matrizes de tipo 3×3.


O desenvolvimento de um determinante, duma matriz quadrada de tipo n×n, pode ser
obtido em relação a qualquer linha linha i ou qualquer coluna j de A - Teorema de
Laplace:
|A| = (−1)i+1 ai1 |A(i|1)| + (−1)i+2 a12 |A(i|2)| + · · · + (−1)i+n ain |A(i|n)| − linha i

|A| = (−1)1+j a1j |A(1|j)| + (−1)2+j a2j |A(2|j)| + · · · + (−1)n+j anj |A(n|j)| − coluna j

– Resolva os exercı́cios propostos nestas folhas para a secção 3.1.


• Secção 3.2: Algumas propriedades dos determinantes.
Nesta secção aprenderá várias propriedades dos determinantes: seja A = [aij ] ∈ Kn×n

• |A| = 0 se A tem uma linha nula (ou uma coluna nula)


• |A| = 0 se A tem 2 linhas iguais (ou 2 colunas iguais)
• |A| = |AT |
• | A | = |A| se A ∈ Cn×n
• |A| = a11 a22 . . . ann se A é triangular

a11 ··· a1,n a11 · · · a1n a11 · · · a1n
··· ··· ···

• ai1 + bi1 · · · ain + bin = ai1 · · · ain + bi1 · · · bin
··· ··· ···
an1 ··· ann an1 · · · ann an1 · · · ann

- ver proposições 3.8, 3.9, 3.14 e teoremas 3.10, 3.11 e 3.12 do manual.

– Resolva os exercı́cios propostos nestas folhas para a secção 3.2.

• Secção 3.3: Transformações elementares e determinantes.


Nesta secção aprenderá o efeito que cada uma das transformações elementares estudadas
tem sobre o determinante:

(Tipo I - linhas) A −→ B =⇒ |B| = −|A|


Li ↔Lj ,i6=j

(Tipo I - colunas) A −→ B =⇒ |B| = −|A|


Ci ↔Cj ,i6=j

(Tipo II - linhas) A −→ B =⇒ |B| = α|A|


αLi ,α6=0
(Tipo II - colunas) A −→ B =⇒ |B| = α|A|
αCi ,α6=0
(Tipo III - linhas) A −→ B =⇒ |B| = |A|
Li →αLj ,i6=j

(Tipo III - colunas) A −→ B =⇒ |B| = |A|


Ci →αCj ,i6=j

- ver teoremas 3.16 e 3.10 do manual (as propriedades válidas para linhas também valem
para colunas, uma vez que |A| = |AT | - teor. 3.10).
Estes resultados têm as seguintes consequências:

• |αA| = αn |A|
• se A −→ B então |A| = 0 ⇐⇒ |B| = 0
(linhas)

• A é invertı́vel ⇐⇒ |A| =
6 0

- ver proposições 3.18, 3.19 e teorema 3.20 do manual.

– Resolva os exercı́cios propostos nestas folhas para a secção 3.3.

2 ALC
• Secção 3.4: Determinante do produto de matrizes.
Nesta secção aprenderá que

deter. de um produto de matrizes quadradas


= i.e |A1 A2 ...An | = |A1 | |A2 |...|An |
produto dos deter. das matrizes factores

- ver teorema 3.22 do manual. Este resultado permite relacionar o determinante de uma
matriz invertı́vel com o determinante da sua inversa:

1
|A−1 | =
|A|

- ver proposição 3.24 do manual.

– Resolva os exercı́cios propostos nestas folhas para a secção 3.4.

• Secção 3.5: Cálculo da inversa a partir da adjunta.


Nesta secção aprenderá um processo alternativo para determinar a inversa de uma matriz
invertı́vel: se A ∈ Kn×n é invertı́vel, então

1
A−1 = adj A
|A|

onde
 T
b
A b b
A12 · · · A1n
 11 
Ab21 A b2n 
b22 · · · A
bT =  
adj A = A . . . 
 .. .. .. 
 
Abn1 A bn2 · · · A
bnn
bij = (−1)i+j |A(i|j)| − complemento algébrico da posição (i, j) de A
A
 
b= A
A bij = matriz dos complementos algébricos de A

Para qualquer matriz quadrada, independentemente de ser invertı́vel ou não, temos

A adj A = |A| In .

– Resolva os exercı́cios propostos nestas folhas para a secção 3.5.

• Secção 3.6: Regra de Cramer.


Um sistema de Cramer é um sistema AX = B cuja matriz simples A é quadrada e
invertı́vel. Este sistema tem uma única solução (α1 , . . . , αn ) dada por
 
α1
 ..  −1
 .  = A B.
αn

21002 - Álgebra Linear I 3


Esta solução pode ser obtida, alternativamente, recorrendo ao resultado seguinte, conhe-
cido pela Regra de Cramer:

a11 · · · a1,j−1 b1 a1,j+1 · · · a1n

.. .. .. .. ..
. . . . .

an1 · · · an,j−1 bn an,j+1 · · · ann
αj = , j = 1, 2, ..., n
|A|
 
b1
 .. 
- substituı́mos a coluna j de A pela coluna de B =  . .
bn

– Resolva os exercı́cios propostos nestas folhas para a secção 3.6.

Competências a adquirir:
• conhecer a definição de determinante.

• saber aplicar o Teorema de Laplace.

• conhecer e saber aplicar as propriedades estudadas sobre os determinantes.

• saber determinar a matriz adjunta de uma matriz quadrada e a sua inversa à custa da
adjunta, no caso de ser invertı́vel.

• saber resolver sistemas de Cramer pela regra de Cramer.

4 ALC
Semana 4: (capı́tulo 3) Exercı́cios

Notações:

• Mn×m (K) e Kn×m indicam o mesmo conjunto, a saber: o conjunto das matrizes de tipo
n × m com entradas no conjunto K.

• r(A) e rank A indicam caracterı́stica (= rank) duma matriz A.

• |A| e det A indicam determinante duma matriz A.

Uma definição por recorrência (secção 3.1)


1. Calcule os seguintes determinantes:

1 1 1 2 1 i
(a) (b) (c)
1 2 2 1 i −1
 
0 a a2
2. Seja A = a−1 0 a  ∈ R3×3 , com a 6= 0. Determine |A| pela regra de Sarrus.
a−2 a−1 0
 
1 0 3
3. Seja A = −1 2 4 ∈ R3×3 . Determine
3 1 2
b11
(a) A b32
(b) A b23
(c) A
 
1 0 b 0
−1 a − 1 2 0
4. Considere a matriz A = 
1
 ∈ R4×4 . Justifique que:
0 b−2 0
2 4 7b a
b43 = 0
(a) A b44 não depende de b
(b) A (c) |A| não depende de b

5. Calculando, usando o Teorema de Laplace de duas formas diferentes, os seguintes deter-


minantes:

0 −1 0
1
1 1 0 1 0 i
0 2 −1
−2
(a) 2 1 1 (b) 0 0 2 (c)
1 1 1 −i 1 −1 1
1
2 1 3
3 −6 6
 
3−λ −3 2
6. Para cada λ ∈ R, considere Aλ =  0 −2 − λ 2 . Determine os valores de λ
0 −3 3−λ
para os quais |Aλ | = 0.

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Algumas propriedades dos determinantes (secção 3.2)
7. Seja A ∈ Cn×n . Mostre que:

(a) |A∗ | = |A|.


(b) Se A é hermı́tica então |A| ∈ R.

8. Recorra ao teorema 3.12 para calcular:



1 −2 1 1 0 0 1 0 0 0 0 1

(a) 0 2 0 (b) 5 2 0 (c) 0 2 0 (d) 0 2 0
0 0 −3 −4 −2 −3 0 0 −3 −3 0 0

9. Dê exemplos de matrizes diagonais tais que:


(a) |A| = |B| =
6 0 e A 6= B. (b) |A + B| =
6 |A| + |B|.

10. Use a proposição 3.14 para mostrar que:



a b c
am + bp an + bq

(a) a + d b + e c + f = 0. (b) = (mq − np)(ad − bc).
cm + dp cn + dq
d e f

Transformações elementares e determinantes (secção 3.3)


 
a b c
11. Seja A = d e f  ∈ R3×3 tal que |A| = α. Indique, em função de α, o valor de cada
g h i
um dos seguintes determinantes:

d e f 3a 3b 3c a + g b + h c + i

(a) g h i (b) −d −e −f (c) d e f
a b c 4g 4h 4i g h i

−3a −3b −3c b e h

(d) d e f (e) a d g
g − 4d h − 4e i − 4f c f i

a + b b + c c + a

12. Sem calcular o determinante verifique que c a b = 0.
1 1 1
[Sugestão: Use a transformação L1 + L2 e use teorema 3.16.]
13. Justifique sem calcular os determinantes que

a1 + b1 x a1 x + b1 c1 a1 b1 c1

a2 + b2 x a2 x + b2 c2 = (1 − x2 ) a2 b2 c2 .

a3 + b3 x a3 x + b3 c3 a3 b3 c3

[Sugestão: Use a proposição 3.14.]



0 1 −2 2

4 −4 0 −8
14. Efectuando transformações elementares sobre as linhas calcule .
3 0 −3 9
−2 4 2 0

2 ALC
 
1 0 −1 0
 2 −1 −1 k 
15. Para cada k ∈ R, considere a matriz Ak =  0
 ∈ R4×4 . Determine o
k −k k 
−1 1 1 2
conjunto dos valores de k tais que |Ak | = 2.

1 + a1 a2 a3


16. Mostre que a1 1 + a2 a3 = 1 + a1 + a2 + a3 .
a1 a2 1 + a3
[Sugestão: Faça transformações elementares nas colunas.]
17. Determine o conjunto dos k ∈ R para os quais são invertı́veis as seguintes matrizes:
 
    1 k −1
2−k 0 1 k+1
(a) (b) (c)  2 4 −2 
5 3+k k − 1 k2 − 1
−3 −7 k + 3
2
a a 1 bcd a3 a2 a 1
2 3 2
b b 1 acd b b b 1
18. Mostre que se abcd 6= 0 então 2 = 3 2
c c c 1 .

c
2 c 1 abd
d d 1 abc d3 d2 d 1
[Sugestão: Multiplique a linha 1 por a, a linha 2 por b, a linha 3 por c e a linha 4 por d.]
19. Os números 20604, 53227, 25755, 20927 e 78421 são divisı́veis por 17. Justifique que o
2 0 6 0 4

5 3 2 2 7

mesmo acontece ao determinante 2 5 7 5 5 , sem calcular o seu valor.
2 0 9 2 7

7 8 4 2 1
[Sugestão: Efectue as transformações elementares, do tipo III, sobre as colunas,
C5 + 104 C1 + 103 C2 + 102 C3 + 10C4.]

Determinante do produto de matrizes (secção 3.4)


20. Sejam A, B, C ∈ Rn×n tais que |A| = 2, |B| = −5 e |C| = 4. Calcule
(a) |ABC| (b) |3B| (c) |B 2 C|
21. Mostre que, para quaisquer matrizes quadradas A, B ∈ Kn×n , se tem:
(a) |AB| = |BA| (b) AB invertı́vel se e só se A e B são invertı́veis.
 
  1×2 0
22. Sejam A = 1 2 ∈ R eB= ∈ R2×1 .
1
(a) Mostre que |AB| =
6 |BA|.
(b) Comente a alı́nea anterior atendendo à alı́nea (a) do exercı́cio 21.
23. Duas matrizes A, B ∈ Kn×n dizem-se semelhantes se existe uma matriz invertı́vel
P ∈ Kn×n tal que B = P −1 AP .
(a) Mostre que se A, B ∈ Kn×n são semelhantes então |A| = |B|.
(b) Indique duas matrizes A, B ∈ R2×2 tais que |A| = |B| e que não sejam semelhantes.

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24. Seja A ∈ Kn×n uma matriz tal que A2 = A. Mostre que |A| = 0 ou |A| = 1.
 
  1 1
1 0 1 
25. Considere as matrizes A = ∈R 2×3
eB= 0 1  ∈ R3×2 . Mostre que:
0 1 0
0 −1
(a) AB = I2 , mas BA 6= I3 . Há alguma contradição com a proposição 3.23 do manual?
(b) |AB| = 1 e |BA| = 0. Há alguma contradição com o exercı́cio ??.

26. Sejam A, B ∈ Kn×n tais que AB T = 2In . Justifique que A, B e B 2 são invertı́veis e
indique as respectivas matrizes inversas.

27. Sejam A, B, C ∈ Rn×n tais que |A| = 2, |B| = −5 e |C| = 4. Justifique que A, B, C são
invertı́veis e calcule |C −1 AT B −1 |.
 
1 −1 1 1  
0 2 2 1 −1
4 4
28. Considere as matrizes A =  1 3
 ∈ R4×4 e C =  1 1 1  ∈ R3×3 .
1 1
−1 0 2
0 0 −2 0
(a) Calcule |A| e |C|.
(b) Determine se A e C são invertı́veis e, em caso afirmativo, indique o determinante
da respectiva inversa.
(c) Indique, justificando, se
(i) O sistema AX = 0 é determinado. (ii) O sistema CX = 0 é determinado.

x −y z w
29. Use os determinantes e para provar que, para quaisquer x, y, z, w ∈ R,
y x −w z
vale a identidade
(x2 + y 2 )(z 2 + w 2 ) = (xz + yw)2(xw − yz)2 .

Cálculo da inversa a partir da adjunta (secção 3.5)


 
−4 −3 −3
30. Seja A =  1 0 1  ∈ R3×3 . Mostre que adj A = A.
4 4 3

31. Seja A ∈ Kn×n , com n ≥ 2. Mostre que:

(a) Se n = 2, então adj(adj A)) = A.


(b) Se n = 3, então existe uma matriz A tal que adj(adj A)) 6= A.
(c) Se A não é invertı́vel, então A adj A = 0.

32. Mostre que cada uma das seguintes matrizes é invertı́vel e determine a sua inversa a
partir da sua adjunta:
 
3 1 2  
cos α − sen α
(a) A = 1 2 1 (b) Vα = ∈ R2×2
sen α cos α
 2 2 2
z w
(c) B = ∈ C2×2 com z 6= 0 ou w 6= 0.
−w z

4 ALC
 
m 1 1
33. Seja M =  1 m 1  ∈ R3×3 .
1 1 m

(a) Calcule adj M.


(b) Determine para que valores de m a matriz M é invertı́vel.
(c) Nos casos em que M é invertı́vel, determine M −1 usando adj M.

34. Sejam A, B ∈ Kn×n , com n ≥ 2, matrizes invertı́veis. Mostre que:


1
(a) adj A é invertı́vel. (b) (adj A)−1 = |A| A = adj(A−1 ).
(c) | adj A| = |A|n−1 é invertı́vel. (d) adj(adj A) = |A|n−2 A.
(e) (adj A)T = adj(AT ). (f) (adj A)∗ = adj(A∗ ) se K = C.
(g) (adj A)A = |A|In . (h) adj(AB) = (adj A)(adj B).
[Sugestão: Use o teorema 3.27 e alı́neas já provadas.]

Regra de Cramer (secção 3.6)


   
1 2 3 14
35. Considere as matrizes A = 0 2 1 e B = 7  e considere o sistema de equações
  
1 1 1 6
lineares (S) : AX = B nas incógnitas x1 , x2 , x3 .

(a) Calcule |A| e justifique que o sistema (S) é um sistema de Cramer.


(b) Determine a solução dos sistema (S) usando a regra de Cramer.
     
1 −k 1 1 x1

36. Considere as matrizes A = 0 k  3×3  
k ∈ R , B = 0 , X = x2 . 
k k −k 0 x3

(a) Usando determinantes, indique para que valores de k a matriz A é invertı́vel.


(b) Para k = −1 justifique AX = B é um sistema de Cramer e, use a regra de Cramer,
para determinar a sua solução.

37. Sejam a, b, c, m ∈ N, com a, b, c dois a dois distintos. Justifique que o sistema de equações
lineares nas incógnitas x, y, z sobre R,


x + y + z = 1
ax + by + cz = m

 2
a x + b2 y + c2 z = m2

é um sistema de Cramer e resolva-o, usando a regra de Cramer.

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Soluções ou sugestões de resolução

1. (a) 1 (2) −3 (3) −1 − i2 = 0

2. |A| = 2
b11 = 0
3. (a) A b32 = −7
(b) A b23 = −1
(c) A
b43 = 0
4. (a) A b44 = −2a + 2
(b) A (c) |A| = −2a2 + 2a

5. (a) −1 (b) −4 (c) 3

6. λ = 3 ∨ λ = 0 ∨ λ = 1.

7. (a) Use os teoremas 3.10 e 3.11. (b) Recorra à alı́nea (a).

8. (a) −6 (b) −6 (c) −6 (d) 6


   
1 0 2 0
9. (a) , (b) Por exemplo: A = ,B= .
0 2 0 1

11. (a) α (b) −12α (c) α (d) −3α (e) −α

14. 312.

15. k ∈ {−2, 1}.

17. Use o teorema 3.21: (a) k 6= 2 ∧ k 6= −3, ou seja R \ {−3, 2} (b) ∅ (c) R \ {0, 2}

20. Use o teorema 3.22 e a proposição 3.18:


(a) |ABC| = |A||B||C| = −40 (b) |3B| = 3n |B| = 3n ·(−5) (c) |B 2 C| = |B|2 |C| = 100

0 0
22. (a) |AB| = det [2] = 2, |BA| = =0 (b) A e B não são quadradas.
1 2

23. (a) Use o teorema 3.22 e a proposição 3.24.


 
−1 0
(b) Por exemplo: A = I2 e B = .
0 −1
24. Use o teorema 3.22.

25. (a), (b) Efectue os cálculos pedidos. Não há qualquer contradição porque as 2 matrizes
não são quadradas.

26. Justifique que |A| = 6 0 e |B 2 | =


6 0, |B| = 6 0, usando os teoremas 3.10, 3.22. Tem-se
−1 1 T
A = 2 B , B = 2 A , B −2 = B −1 B −1 = 41 (A2 )T .
−1 1 T

27. São invertı́veis porque têm determinante não-nulo. Tem-se |C −1 AT B −1 | = |C −1 ||AT ||B −1 |
1 1 1
= |A| =− .
|C| |B| 10

1
28. (a) (b) |A| = −32 6= 0 - portanto A é invertı́vel e tem-se |A−1 | = − ;
32
|C| = 0 - portanto C não é invertı́vel.

6 ALC
(c) O sistema AX = 0 é um sistema de Cramer, logo determinado.
O sistema CX = 0 é possı́vel e indeterminado, pois rank C < 3.
     
a b d b d b
31. (a) Escreva A = . Verifique que adj A = e que adj = A.
c d c a c a
(b) Por exemplo A = 2I3 .
(c) Use o teorema 3.27 e o facto de |A| = 0.
 
1 1 −3/2
32. (a) |A| = 2 6= 0, logo é invertı́vel e A−1 =  0 1 −1/2.
−1 −2 5/2
 
2 2 −1 cos α sen α
(b) |Vα | = cos α + sen α = 1 6= 0, logo é invertı́vel e Vα = = V−α .
− sen α cos α
 
2 2 −1 1 z −w
(c) |B| = |z| + |w| 6= 0, logo é invertı́vel e B = |z|2+|w|2 .
w z
 2 
m −1 1−m 1−m
33. (a) adj A =  1 − m m2 − 1 1 − m .
1 − m 1 − m m2 − 1
(b) m ∈ R \ {−2, 1}.
 
m + 1 −1 −1
(c) M −1 1
= (m+2)(m−1)  −1 m + 1 −1 .
−1 −1 m + 1

35. (a) |A| = −3 (b) CS = {(1, 2, 3)}.

36. (a) k ∈ R \ {−3, 0} (b) CS = {(1, −1/2, 1/2)}.

37. (a) Supondo A a matriz simples do sistema tem-se |A| = (b − a)(c − a)(c − b) 6= 0
porque a, b, c são dois a dois distintos.
 
(b − m)(c − m) (m − a)(c − m) (m − a)(m − b)
(b) CS = , , .
(b − a)(c − a) (b − a)(c − b) (c − a)(c − b)

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Resolução detalhada de alguns exercı́cios
2. |A| = (0 · 0 · 0 + a−1 · a−1 · a2 + a · a · a−2 ) − (a−2 · 0 · a2 + a−1 · a · 0 + a−1 · a · a · 0) = 2.

2 4
3. (a) A b11 = (−1)1+1 |A(1|1)| = a a
1 2 = 0 - (retira-se a 1 linha e a 1 col. à matriz A).

1 3
b 3+2
(b) A32 = (−1) |A(3|2)| = − = −7 - (retira-se a 3a linha e a 2a col. a A).
−1 4

1 0
b 2+3
(c) A23 = (−1) |A(2|3)| = − = −1 - (retira-se a 2a linha e a 3a col. a A).
3 1

1 0 0

4. (a) A b43 = (−1) |A(4|3)| = − −1 a − 1 0 = 0
4+3

1 0 0

1 0 b

(b) Ab44 = (−1) |A(4|4)| = −1 a − 1
4+4
2 = (a − 1)(b − 2) + 0 + 0 −
regra de Sarrus
1 0 b−2
(a − 1)b − 0 − 0 = −2a + 2 − portanto não depende de b.
(c) É sempre conveniente usar Laplace numa linha linha ou coluna com mais zeros,
para se evitar calcular tantos determinantes. Como a 4a coluna tem 3 zeros vamos
fazer o desenvolvimento de Laplace em relação à 4a coluna:
|A| = 0 · Ab14 + 0 · Ab24 + 0 · A b34 + a · A
b44 = a(−2a + 2) = −2a2 + 2a,
− portanto não depende de b.
5. (a) Como temos um zero na linha 1 e na coluna 3, os desenvolvimentos de Laplce com
menos cálculos são em relação a L1 e em relação a C3 :

1 1 0

1+1 1 1

1+2 2 1

1+3 2 1

2 1 1 Laplace
L=1 1 · (−1) 1 1 +1 · (−1) 1 1 +0 · (−1) 1 1 = −1
1 1 1 | {z } | {z }
0 2−1

1 1 0
Laplace 2 1 1 1 1 1
2 1 1 = 0 · (−1) 1+3 2+3 3+3
1 1 + 1 · (−1) 1 1 +1 · (−1) 2 1 = −1
1 1 1 C3 | {z } | {z }
0 1−2

(b) Como temos 2 zeros na linha 2 e na coluna 2, os desenvolvimentos de Laplce com


menos cálculos são em relação a L2 e em relação a C2 :

1 0 i 1 0 i
Laplace 1 0 Laplace 1 i
0 0 2 = 2·(−1)2+3 = −4 , 0 0 2 = 2·(−1)3+2
L2 −i 2 C2 0 2 = −4
−i 2 1 −i 2 1

(c) Como temos 2 zeros na linha 1 e na coluna 2, os desenvolvimentos de Laplce com


menos cálculos são em relação a L1 e em relação a C2 .

1 0 −1 0
0 2 −1 −2 0 −1
−2 0 2 −1 Laplace
= 1 · (−1)1+1 1 −1 1 + (−1) · (−1)1+3 1 1 1
1 1 −1 1 L1
3 −6 6 3 3 6
3 3 −6 6
= (6 − 3 − 12) + (−12 − 3 + 3 + 6) = 3
regra de Sarrus

8 ALC
Faça o desenvolvimento em relação a C2 e confirme os resultados.

6. Temos

3 − λ −3 2
Laplace
1+1 −2 − λ 2

|Aλ | = 0 −2 − λ
2 = (3 − λ)(−1)
0 C1 −3 3 − λ
−3 3 − λ
 
= (3 − λ) (−2 − λ)(3 − λ) + 6 = (3 − λ)λ(λ − 1)

Assim
|Aλ | = 0 ⇐⇒ (3 − λ)λ(λ − 1) = 0 ⇐⇒ λ = 3 ∨ λ = 0 ∨ λ = 1.

7. (a) Temos |A∗ | = | AT | = |AT | = |A|.


teor. 3.11 teor. 3.10

(b) Se A é hermı́tica então A = A∗ . Logo |A| = |A|, o que prova que |A| é um número
(a)
real.

10. (b) Temos



am + bp an + bq an bp bq
= am
cm + dp cn + dq prop. 3.14 cm + dp cn + dq + cm + dp cn + dq

am an am an bp bq bp bq
= + + +
prop. 3.14 cm cn dp dq cm cn dp dq

m n m n p q p q
= a + a
dp dq + b cm cn + b dp dq

cm cn

m n m n p q p q
= ac +ad
p q + bc m n + bd p q

m n
| {z } | {z }
2 linhas iguais 2 linhas iguais

= 0 + ad(mq − np) + bc(np − mq) + 0 = (mq − np)(ad − bc).


 
d e f d e f a b c

11. (a) g h i = − a b c = − − d e f  = |A| = α.
a b c L2 ↔L3 g h i L1 ↔L2 g h i

3a 3b 3c a b c a b c a b c

(b) −d −e −f = 3 −d −e −f = 3 · (−1) d e f = 3 · (−1) · 4 d e f =
4g 4h 4i 4g 4h 4i 4g 4h 4i g h i
−12|A| = −12α

a + g b + h c + i a b c g h i

(c) d e f = d e f + d e f = |A| + 0 = α
g h i g h i g h i
| {z }
2 linhas iguais

−3a −3b −3c a b c a b c

(d) d e f = −3 d e f = −3  d e f +
g − 4d h − 4e i − 4f g − 4d h − 4e i − 4f g h i

a b c

d e f  = −3|A| − 3 · 0 = −3α

−4d −4e −4f
− colocando −4 em evidência o 2o det. fica com 2 linhas iguais.

21002 - Álgebra Linear I 9



b e h b a c a b c

(e) a d g = e d f = − d e f = −|A| = −α.
c f i |A|=|AT | h g i C1 ↔C2 g h i

14. Temos, por exemplo,



0 1 −2 2 3 0 −3 9 1 0 −1 3

4 −4 0 −8 4 −4 0 −8 4 −4 0 −8
= − = −3
3 0 −3 9 L1 ↔L3 0 1 −2 2 31 L1 0 1 −2 2

−2 4 2 0 −2 4 2 0 −2 4 2 0

1 0 −1 3 1 0 −1 3 1 0 −1 3

0 −4 4 −20 0 1 −1 5 0 1 −1 5
= −3 = −3 · (−4)
−1L

0 1 −2 2 L3= 12
L2 −4L1 0 1 −2 2 4 2 −L2 0 0 −1 −3
L4 +2L1 0 4 0 6 0 4 0 6 L4 −4L2 0 0 4 −14

1 0 −1 3

0 1 −1 5 
=
12 = 12 · 1 · 1 · 1 · (−1) · (−26) = 312.

L4 +4L3 0 0 −1 −3
0 0 0 −26
| {z }
matriz triangular sup.

16. Temos, por exemplo,



1 + a1 a2 a3
1 + a1 a2 1 + a1 + a3


a1 1 + a a = a1 1 + a a + a
2 3 C3 +C1 2 1 3
a1 a2 1 + a3 a1 a2 1 + a1 + a3

1 + a1 a 1 + a + a + a 1 + a1 a 1
2 1 2 3 2
= a1 1 + a2 1 + a1 + a2 + a3 = (1 + a1 + a2 + a3 ) a1 1 + a2 1
C3 +C2
a1 a2 1 + a1 + a2 + a3 a1 a2 1

1 0 1

= (1 + a1 + a2 + a3 ) 0 1 1 = 1 + a1 + a2 + a3
C1 −a1 C3 0 0 1
C2 −a2 C3
| {z }
triang. superior

19. Temos

2 0 6 0 4 2 20 6 0 4 2 20 206 0 4

5 3 2 2 7 5 53 2 2 7 5 53 532 2 7

|A| = 2 5 7 5 5 = 2
25 7 5 5 = 2 2 25 257 5 5
2 C +10C1 C +10 C2
0 9 2 7 2 2
20 9 2 7 3 2 20 209 2 7
7 8 4 2 1 7 78 4 2 1 7 78 784 2 1

2 20 206 2060 4 2 20 206 2060 20604

5 53 532 5322 7 5 53 532 5322 53227

= 2 25 257 2575 5 = 2 25 257 2575 25755
C4 +103 C3 C +104 C4
2 20 209 2092 7 5 2 20 209 2092 20927

7 78 784 7842 1 7 78 784 7842 78421
= 20604 · (−1)1+5 |A(1|5)| + 53227 · (−1)2+5 |A(2|5)| + 25755 · (−1)3+5 |A(3|5)|
+ 20927 · (−1)4+5 |A(4|5)| + 78421 · (−1)5+5 |A(5|5)|
Como os números 20604, 53227, 25755, 20927 e 78421 são múltiplos de 17, também |A|
é múltiplo de 17.

10 ALC
29. Por um lado, temos

x −y z w
2 2 2 2
y x · −w z = (x + y )(z + w )
e, por outro lado,
   
x −y z w x −y z w

y x · −w z = det y x
·
−w z

xz + yw xw − yz
= = (xz + yw)2(xw − yz)2 .
yz − xw yw + xz
30. Podemos calcular a adj A directamente pela definição ou recorrendo ao teorema 3.27,
uma vez que |A| = 1 6= 0.
1o processo: Por definição de matriz adjunta
 T

1+1 0 1 1 1
1+3 1 0
(−1) (−1) 1+2 (−1)
 4 3 4 3 4 4 
 
 −3 −3 
bT =  (−1)2+2 −4 −3 (−1)2+3 −4 −3 
adj A = A (−1)2+1 4 
 4 3 4 3 4 
 
 −3 −3 −3 
(−1)3+1 (−1)3+2 −4 −3 (−1)3+3 −4
0 1 1 1 1 0
 T  
−4 −(−1) 4 −4 −3 −3
= −3 0 −(−4) =  1 0 1  = A.
−3 −(−1) 3 4 4 3
2o processo: Como |A| = 1 6= 0 a matriz A é invertı́vel. Assim, pelo teorema 3.27:
1
A−1 = adj A ⇐⇒ adj A = |A|A−1 = A−1 = A
|A| (∗)

(∗) - efectuando os cálculos para determinar A−1 , pelo processo das transformações
elementares, obtemos A−1 = A - confirme os cálculos!
33. (a) Temos por definição de matriz adjunta







1 m T

m 1 − 1 1

 1 m 1 m 1 1 
 
 m 1 m 1 
c = −  1 1 
adj M = M T
− 
 1 m 1 m 1 1 
 
 1 1 m 1 
− m 1
m 1 1 1 1 m
 2 T  2 
m −1 1−m 1−m m −1 1−m 1−m
=  1 − m m2 − 1 1 − m  =  1 − m m2 − 1 1 − m  .
1 − m 1 − m m2 − 1 1 − m 1 − m m2 − 1
(b) Temos M é invertı́vel se e só se |M| =
6 0 . Ora

m 1 1 m − 1 1 − m 0

|M| = 1 m 1 = 1 m 1
1 L −L
1 m L3 −L2 0
1 2
1 − m m − 1
= (m − 1)2 m − (1 − m)(m − 1) − (1 − m)(m − 1) = (m − 1)2 (m + 2)
regra de Sarrus

21002 - Álgebra Linear I 11


Portanto

M é invertı́vel ⇐⇒ m 6= 1 ∧ m 6= −2 ⇐⇒ m ∈ R \ {−2, 1}.

(c) Suponhamos m ∈ R \ {−2, 1}. Temos, pelo teorema 3.27,


 2 
m −1 1−m 1−m
1 1  1 − m m2 − 1 1 − m 
M −1 = adj M = 2
|M| (m − 1) (m + 2)
1 − m 1 − m m2 − 1
 
m + 1 −1 −1
1  −1 m + 1 −1  .
=
(m − 1)(m + 2)
−1 −1 m + 1

34. (a) Se A é invertı́vel então existe A−1 e |A−1 | = |A|−1 6= 0. Pelo teorema 3.27, temos
adj A = |A|A−1 . Logo

| adj A| = | |A| A−1 | = |A|n |A−1 | 6= 0


|{z} |{z} | {z }
no real 6=0 6=0

e, portanto, adj A é invertı́vel.


(b) Temos, por um lado,
 
1 1
A adj A = |A|In ⇐⇒ (A adj A) = In ⇐⇒ A adj A = In
| {z } |A| |A|
teor. 3.27
1
⇐⇒ (adj A)−1 = A.
|A|
Por outro lado, aplicando o teorema 3.27 à matriz A−1 , obtemos
1
adj A−1 = |A−1 | (A−1)−1 = A = (adj A)−1 .
|A|

(c) Atendendo ao provado em (a)

| adj A| = |A|n |A−1 | = |A|n |A|−1 = |A|n−1 6= 0.

(d) Aplicando o teorema 3.27 à matriz adj A obtemos


1
adj(adj A) = | adj A| (adj A)−1 = |A|n−1 A = |A|n−2 A.
por (b) e (c) |A|

(e) Aplicando o teorema 3.27 à matriz AT obtemos


T
adj AT = |AT | (AT )−1 = |A| (A−1 )T = |A| (A−1 = adj AT .

(f) Aplicando o teorema 3.27 à matriz A∗ obtemos


∗
adj A∗ = |A∗ | (A∗)−1 = |A| (A−1 )∗ = |A| (A−1 = adj A∗ .

(g) Temos
T T T
(adj A)A = AT (adj A)T = AT (adj AT ) = |AT | In = |A| InT = |A| In .
teor. 3.27

12 ALC
(h) Aplicando o teorema 3.27 à matriz AB obtemos

adj(AB) = |AB| (AB)−1 = |A| |B| B −1 A−1 = (|A| A−1) (|B| B −1) = (adj A)(adj B).

35. (a) Temos |A| = −3 6= 0, donde (S) é um sistema de Cramer.


(b) Pela regra de Cramer, a solução única (α1 , α2 , α3 ) do sistema é dada por:

14 2 3 1 14 3 1 2 14

7 2 1 0 7 1 0 2 7

6 1 1 −3 1 6 1 −6 1 1 6 −9
α1 = = = 1 , α2 = = = 2 , α3 = = = 3.
|A| −3 |A| −3 |A| −3

Portanto CS = {(1, 2, 3)}.

37. Temos

1 1 1 1 1 1 1 1 1

a b c = 0 b − a c−a = 0 b−a c−a
2 2 2 L2 −aL1 L −(b+a)L
a b c 0 b2 − a2 c2 − a2 2 1 0 0 (c − b)(c − a)
L3 −a2 L2

= (b − a)(c − b)(c − a) 6= 0 − porque são distintos 2 a 2

Portanto o sistema dado é um sistema de Cramer. Procedendo como no exercı́cio 35,


obtemos que a única solução do sistema é
 
(b − m)(c − m) (m − a)(c − m) (m − a)(m − b)
CS = , , .
(b − a)(c − a) (b − a)(c − b) (c − a)(c − b)

21002 - Álgebra Linear I 13

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