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LEI Nº 13.445, DE 24 DE MAIO DE 2017.

Institui a Lei de Migração.

Art. 124. Revogam-se:

I - a Lei no 818, de 18 de setembro de 1949; e


II - a Lei no 6.815, de 19 de agosto de 1980 (Estatuto do Estrangeiro).

Art. 125. Esta Lei entra em vigor após decorridos 180 (cento e oitenta) dias de sua publicação oficial.

Remédios Constitucionais

- Visão Geral
- Histórico

HABEAS DATA

Art. 5º LXXII - conceder-se-á "habeas-data":

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou


bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;

1.Histórico
2. Base Legal
3. Finalidade
4. Legitimidade Ativa. Herdeiros.
5. Polo Passivo. Definição de “caráter público”
6. Requisito essencial

De acordo com a Súmula nº 2 do STJ: “Não cabe o habeas data se não houve recusa de informações por parte da
autoridade administrativa.”

Assim dispõe a Lei nº 9.507/97 no parágrafo único do art. 8º:

“A petição inicial deverá ser instruída com prova: I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais
de dez dias sem decisão; II - da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem deci-
são; ou III - da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2° do art. 4° ou do decurso de mais de quinze
dias sem decisão”.

“(...) O acesso ao habeas data pressupõe, dentre outras condições de admissibilidade, a existência do interesse
de agir. Ausente o interesse legitimador da ação, torna-se inviável o exercício desse remédio constitucional. A
prova do anterior indeferimento do pedido de informação de dados pessoais, ou da omissão em atendê-lo, consti-
tui requisito indispensável para que se concretize o interesse de agir no habeas data. (...)

(…) Sem que se configure situação prévia de pretensão resistida, há carência da ação constitucional do habeas
data” (RHD 22, Rel. p/ o ac. Min. Celso de Mello, j. 19.9.91, DJ 1º.9.95).

7. Hipóteses de não cabimento:

Acesso a dados públicos

Acesso a dados sobre terceiros

Acesso à certidão denegada

Acesso a informações sobre os critérios utilizados na correção de provas de concurso/ acesso à prova/ revisão de
prova

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Acesso à autoria do denunciante

8. Gratuidade

AÇÃO POPULAR

Art. 5º LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimô-
nio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patri-
mônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da su-
cumbência;

1. Histórico e conceito
2. Base Legal
3. Finalidade
4. Espécies
5. Legitimidade Ativa. O Cidadão.
6. Papel do MP
7. Gratuidade

Habeas Corpus

Art. 5º, LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violên-
cia ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

1. Histórico e conceito
2. A doutrina brasileira do habeas corpus
3. Base Legal
4. Espécies

– HC preventivo: para evitar a consumação da lesão à liberdade de locomoção, hipótese na qual é concedido o
“salvo-conduto”;
– HC repressivo, suspensivo ou liberatório: é utilizado com o propósito de liberar o paciente quando já consumada
a coação ilegal ou abusiva ou a violência à sua liberdade de locomoção. O pedido é o alvará de soltura.

5. Legitimidade Ativa

“O Código de Processo Penal, em consonância com o texto constitucional de 1988, prestigia o caráter popular do
habeas corpus ao admitir a impetração por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem. Assim não é de se exigir
habilitação legal para impetração originária do writ ou para interposição do respectivo recurso ordinário” (STF, HC
nº 80.744, Rel. Min. Nelson Jobim, DJ, 28.06.2002).

6. O paciente
7. Polo Passivo
8. Habeas Corpus e Prisão do Militar
9. Gratuidade
10. Súmulas do STF:

Súmula 690 cancelada!


Súmula 693: “Não cabe "habeas corpus" contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em
curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.”
Súmula 694: “Não cabe "habeas corpus" contra a imposição da pena de exclusão de militar ou de perda de paten-
te ou de função pública.”
Súmula 695: “Não cabe "habeas corpus" quando já extinta a pena privativa de liberdade”

Mandado de Segurança

Art. 5º: LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "ha-
beas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública
ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

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1. Histórico e conceito
2. Base Legal
3. Finalidade
4. Modalidades:

a) MS individual - O impetrante é o titular do direito líquido e certo, como por exemplo: a pessoa natural, os órgãos
públicos, as universalidades de bens (espólio, massa falida etc.), a pessoa jurídica, nacional ou estrangeira, domi-
ciliada no Brasil ou no exterior...
b) MS Coletivo (art. 5º, LXX, CF) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

– partido político com representação no Congresso Nacional, ainda que o partido esteja representado em apenas
uma das Casas Legislativas.
– organização sindical, entidade de classe e associações legalmente constituídas e em funcionamento há pelo
menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.

O requisito de um ano em funcionamento hoje só é exigido para as associações, com o intuito de evitar que sejam
criadas apenas para a impetração do remédio. Ademais, segundo jurisprudência consolidada, como se trata de
substituição processual, não há necessidade de autorização expressa de cada um dos associados.

5. Espécies

• MS preventivo – quando há séria ameaça de lesão a direito líquido e certo.


• MS repressivo - quando a lesão já ocorreu. Nesse caso, deve ser obedecido o prazo decadencial de 120 dias,
contados da ciência, pelo interessado, do ato que se deseja impugnar, na forma do art. 23, da Lei 12.016/09.

6. Hipóteses de não cabimento


7. Súmulas do STF

• Súmula nº 266 - Não cabe Mandado de Segurança contra lei em tese.


• Súmula nº 267 - Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição.
• Súmula nº 268 - Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado.
• Súmula nº 625 - Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de segurança.
• Súmula nº 629 - A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associa-
dos independe da autorização destes.
• Súmula nº 630 - A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a pretensão
veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.
• Súmula nº 632 - É constitucional lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de mandado de seguran-
ça.

Mandado de Injunção

Art. 5º LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
cidadania;

1. Natureza jurídica
2. Base Legal: art. 5º, LXXI. No dia 24 de junho de 2016 foi publicada a Lei 13.300 regulamentando o Mandado de
Injunção.
3. Modalidades

a) Mandado de injunção individual – poderá ser impetrado por pessoa natural ou jurídica, nacional ou estrangei-
ra, cujo direito esteja à míngua de uma norma que o regulamente.
b) Mandado de injunção coletivo – Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido:

I - pelo Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa da ordem jurídica,
do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis;
II - por partido político com representação no Congresso Nacional, para assegurar o exercício de direitos, liberda-
des e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade partidária;
III - por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há
pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade

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ou de parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalida-
des, dispensada, para tanto, autorização especial;
IV - pela Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a promoção dos direitos
humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5o da
Constituição Federal.

Parágrafo único. Os direitos, as liberdades e as prerrogativas protegidos por mandado de injunção coletivo são os
pertencentes, indistintamente, a uma coletividade indeterminada de pessoas ou determinada por grupo, classe ou
categoria.

4. Decisão

Art. 8° Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para:

I - determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora;
II - estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas recla-
mados ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover ação própria visando a exercê-los,
caso não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado.

Parágrafo único. Será dispensada a determinação a que se refere o inciso I do caput quando comprovado que o
impetrado deixou de atender, em mandado de injunção anterior, ao prazo estabelecido para a edição da norma.

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