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II – DO DIREITO

A aplicação da Lei 8.078/91, no Código de Defesa do Consumidor no artigo


12 relata que a o Fabricante e o Importador do produto, respondem
“independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos
causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação,
construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou
acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes
ou inadequadas sobre sua utilização e riscos”.

A Autora que é a consumidora final está amparada pelo artigo 2º do CDC,


tem-se a sua caracterização como consumidora final passando a expor todo o
ocorrido que é aplicada e assegurada pelo CDC em passe então exigir
somente da Importadora.

O Fatos causou Danos a Autora irreversíveis pois como foi citado ela não
pode comparecer o casamento de sua Filha, então venhamos a concordar
que o fato lhe trouxe não somente danos econômicos mais também físicos e
emocionais já que, se não fosse a má qualidade e as substâncias químicas e
utilizados pelo Réu, nada teria ocorrido.

1. DOS DANOS EMERGENTE

Além do Prejuízo financeiro com aplicação do produto e serviço prestado pelo


Réu que custou a Autora o valor de R$ 500,00 a Autora sofreu problemas
sérios de saúde onde ainda teve que gastar por tratamentos médicos,
pagando a quantia de R$ 1.000,00, como em documento anexo.

O artigo 402 CC - Salvo as expressões expressamente previstas em Lei, as


perdas e danos devidos ao credor abrangem, além do que ele efetivamente
perdeu o que razoavelmente deixou de lucrar.
Dano emergente é tudo aquilo que se perdeu, importando "efetiva e imediata
diminuição no patrimônio da vítima", devendo a indenização "ser suficiente
para a restitutio in integrum" (Cavalieri F.º, 2005, p. 97)

Jurisprudência TJ-RJ.

INDENIZATÓRIA. CONSUMIDOR. QUEDA DE CABELO EM


SALÃO DE BELEZA. ACIDENTE DE CONSUMO. DANO MORAL

. Ação de reparação civil movida em face de prestadora de


serviços e de fabricante de cosméticos, na qual a autora pleiteia
indenização por danos morais e estéticos decorrentes da queda
de seu cabelo durante um procedimento em salão de beleza.
Sentença de improcedência, que se mostra equivocada. A autora
produziu prova mínima do fato constitutivo do alegado direito,
tanto que as rés não negam a existência do evento danoso.
Cabia, pois, à 1ª ré produzir prova de que o serviço por ela
prestado não apresentava defeito, ou de que houve culpa
exclusiva da consumidora ou de terceiros, ônus do qual não se
desincumbiu. Logo, responde objetivamente pelo fato do serviço.
Inegável configuração de dano estético e moral. A indenização,
contudo, não pode constituir fonte de enriquecimento sem causa.
Improcedência do pedido em relação à 2ª ré, por ausência de
prova de que o produto utilizado fosse de sua fabricação. A
dinâmica dos fatos revela que o dano decorre de um fato do
serviço, e não de um vício do produto. Procedência do pedido
apenas em relação à 1ª ré. Recurso parcialmente provido, nos
termos do voto do desembargador relator.

(TJ-RJ - APL: 00251566920168190213, Relator: Des(a).


RICARDO RODRIGUES CARDOZO, Data de Julgamento:
13/10/2020, DÉCIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 16/10/2020)

assim como determina a Lei Código Civil - Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de


2002.
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as
perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele
efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.

1.2 LUCROS CESSANTES

A Autora como foi mencionada tem a profissão de Modelo, fazendo sua


imagem como ferramenta de trabalho e devido a circunstância causadas pelo
fato ocorrido ficou impossibilitada de realizar um trabalho fotográfico que lhe
foi contratada e sobre esse trabalho a Autora ganharia o valor de R$
50.000,00.

“Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o


ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da
convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver
sofrido.

A Autora exige do Réu o pagamento dessa quantia, já que deixou de realizar


o serviço de Fotografias somente pelo fato da sua aparência ter sido prejudica
com o uso do produto.

De acordo com NADER, Paulo:

Integra a noção de dano material tanto os bens que, em


decorrência de conduta alheia antijurídica, passaram a desfalcar o
patrimônio de alguém quanto os que se deixou de ganhar. No
primeiro caso, têm-se os danos emergentes e, no segundo, os
lucros cessantes. Aqueles diminuem o acervo de bens; estes
impedem o seu aumento. A perda de chance, quando concreta,
real, enquadra-se na categoria de lucros cessantes, ou seja,
danos sofridos pelo que se deixou de ganhar ou pelo que não se
evitou perder.
Se o advogado, em uma ação de ressarcimento de danos,
proposta por seu cliente e julgada improcedente em primeiro grau,
perde o prazo recursal sem motivo relevante, sujeita-se a
responder civilmente por sua omissão. Nesta nova ação, o autor
fundará o seu pleito indenizatório na perda de uma chance. Para
obter êxito, todavia, há de demonstrar que a probabilidade de
ganho em segundo grau era séria, real. Seria a hipótese, por
exemplo, em que o decisum contrariou a jurisprudência mansa e
pacífica da instância superior. Neste caso, caracterizada restará a
prática de ato ilícito com todos os seus elementos. (NADER,
Paulo. Curso de Direito Civil – Vol. 7 – Responsabilidade Civil, 6ª
edição. Forense, 12/2015, p. 79)

Código Civil - Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002.

C) AUDIENCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO.

Atendendo o disposto no artigo 319, VII do Código de Processo Civil, vem a


parte Autora informar que tem interesse na audiência de conciliação ou
mediação.

D) DOS DANOS MORAIS:

Tratando não somente do Prejuízo financeiro a Autora se encontra ainda


totalmente abalada emocionalmente tendo em vista que a Autora deixou de
comparecer o casamento de sua própria filha em razão de ficar internada para
ser tratada em um unidade de Saúde por dois dias consecutivos
impossibilitando o comparecimento de um evento que expressa a Honra para
uma Mãe e para toda sua família.

Inciso X do Artigo 5 da Constituição Federal de 1988

São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,


assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de
sua violação;

Artigo 186 da Lei nº 10.406/ 02


 “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete
ato ilícito.
“Dano moral é a dor resultante da violação de um bem juridicamente tutelado
sem repercussão patrimonial. Seja a dor física— dor - sensação como a
denominava C

arpenter—, nascida de uma lesão material; seja a dor moral— dor-sentimento


— de causa material.” (Antonio Chaves, apud Santini, p.15)

“Súmula 37. São cumuláveis as indenizações por dano material e dano


moral oriundos do mesmo fato”.

Deste modo desde já a Autora requer a Cumulação de Pedidos.

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