Você está na página 1de 7

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE PAULISTA

GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

FLÁVIA G. FORMÁGIO
GABRIELI GUIOMAR SOARES
GIOVANA CAROLINY FONSECA LAMBERTI
ISABELA NOVAIS SILVA
JULIA MACIEL
MARIANA RAMPASSO ENGLES
NARRIMAN CANDIDO SOARES
NATÁLIA TOMIAZZI FOGAÇA

A RELEVÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO MOTOR NA PRIMEIRA INFÂNCIA E


POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS

Presidente Prudente – SP
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO____________________________________________ 02

2 REFERENCIAL TEÓRICO___________________________________ 03

3 CONCLUSÃO ____________________________________________ 05

REFERÊNCIAS____________________________________________ 06
I. INTRODUÇÃO

O trabalho em epígrafe atenta-se ao desenvolvimento motor nos primeiros


anos de vida da criança, sua relevância e possíveis consequências, caso haja, de
influências negativas neste processo.
O desenvolvimento motor é um processo de mudança (caracterizado por
vários marcos) no comportamento, sendo variável de criança para criança, estando
relacionado a idade e com o modo de vida dela (aspectos sociais e culturais), mas
que existe um tempo máximo para que se dê de forma efetiva. Esse
desenvolvimento é um processo de alterações complexas e interligadas das quais
participam todos os aspectos de crescimento e maturação dos aparelhos e sistemas
do organismo.
Como salientado, é preciso que os pais ou cuidadores estejam atentos neste
período de vida da criança, de forma que seja possível realizar o diagnóstico de
doenças motoras em estágios iniciais, o que pode facilitar o tratamento e torna-lo
muito mais rápido. Um bom desenvolvimento motor repercute na vida futura da
criança, nos aspectos sociais, intelectuais e culturais.

2
II – CONCEITO DE DESENVOLVIEMNTO MOTOR, PRINCIPAIS ETAPAS ATÉ 1
ANO DE VIDA, ESTÍMULOS EXTERNOS E SINAIS DE ALERTA

Como salientado, o processo de desenvolvimento infantil inicia-se ainda na


vida uterina, sendo um processo complexo, havendo o crescimento físico
intrauterino até o parto (com todas as influencias dessa gestação), e passando pela
maturação neurológica, ou seja, a construção de habilidades relacionadas ao
comportamento e as esferas cognitiva, afetiva e social.
A primeira infância, que abrange a idade entre zero a três anos (há
estudiosos que consideram até os 5 anos), o desenvolvimento das habilidades
motoras ocorre muito rapidamente. É a fase onde a criança encontra-se mais
receptiva aos estímulos vindo do ambiente. Neste período, principalmente no
primeiro ano de vida, os primeiros marcos motores aparecem com o controle de
cabeça, o rolar, o arrastar e mais tarde o sentar, o engatinhar e a marcha no final do
primeiro ano.
Assim, fala-se que os primeiros mil dias de vida (período que soma os 270
dias da gestação aos 730 dias até que o bebê complete dois anos de idade) são os
mais importantes para o desenvolvimento físico e mental da criança e servirá de
base para toda a evolução futura da criança.
A evolução do processo motor é a observação dos marcos de
desenvolvimento. A primeira etapa motora que o bebê deve alcançar é o controle de
cabeça até três meses de vida. O rolar deve aparecer até os cinco meses e o sentar
sozinho por volta dos seis meses. Aos oito meses, a criança deve assumir a postura
sentada sozinha e aos nove meses deve engatinhar e se puxar para a postura de
pé. Em torno de 12 meses a criança começa a andar livremente. É importante
lembrar que essas etapas não devem ser seguidas como uma regra rígida e
inflexível, pois é normal haver uma variação (para menos ou para mais) na idade de
aparecimentos de cada marco motor. Contudo, são parâmetros que norteiam o
processo de desenvolvimento.
Os pais e cuidadores podem (devem) contribuir no estímulo do
desenvolvimento motor da criança oferecendo um ambiente rico em estímulos
motores e sensoriais, como: colocar a criança livre no chão para que ela possa se
movimentar e até rolar; colocar a criança de barriga para baixo quando ela estiver
3
acordada e sob supervisão; brincar com brinquedos próprios para a idade, com
várias texturas e sons, como chocalhos e bichinhos de borracha;  cantar músicas
infantis e ler histórias, proporcionado um boa relação pais-bebês. Tudo isso
favorece, de forma positiva, o processo de desenvolvimento.
Todavia, é importante que os pais e cuidadores próximos fiquem atentos a
estes marcos do desenvolvimento motor da criança e observem se eles estão
demorando muito tempo para atingi-los nas idades esperadas.
Além disso, outros sinais também são importantes de serem observados,
como: se a criança é muito “molinha” e não consegue se movimentar, nem segurar a
cabeça; ou se tem os braços e pernas muito “durinhos” que também atrapalha os
movimentos e as tarefas de higiene, tais como, a troca de fralda; não conseguir
pegar brinquedos após o sexto mês de vida e não se relacionar com as pessoas ou
com o ambiente.
Dentre as principais causas de atraso motor encontram-se: baixo peso ao
nascer, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e neurológicos, infecções
neonatais da mãe, desnutrição da mãe, baixas condições socioeconômicas, nível
educacional precário dos pais e prematuridade. Quanto maior o número de fatores
de risco atuantes, maior será a possibilidade do comprometimento do
desenvolvimento.
O desenvolvimento motor atípico não se vincula, obrigatoriamente, à
presença de alterações neurológicas ou estruturais. Mesmo crianças que não
apresentam sequelas graves podem apresentar comprometimento em algumas
áreas de seu desenvolvimento neuropsicomotor. Estudos descrevem que os
prejuízos mais comumente ligados a estes atrasos estão na memória, coordenação
visuomotora e à linguagem.
Neste sentido, crianças com desenvolvimento motor atípico, ou que se
apresentam com risco de atrasos, merecem atenção e ações específicas, já que os
problemas de coordenação e controle do movimento poderão se prolongar até a
fase adulta. Além disso, atrasos motores freqüentemente associam-se a prejuízos
secundários de ordem psicológica e social, como baixa autoestima, isolamento,
hiperatividade, entre outros, que dificultam a socialização de crianças e o seu
desempenho escolar.

4
Assim, percebendo-se os sinais de que possa estar havendo algo de errado
no desenvolvimento motor da criança, há a possibilidade de realizar-se os testes de
avaliação do desenvolvimento motor (teste de avaliação de Denver), que utilizam
critérios de seleção variados, como a idade da criança e a área a ser avaliada (força
muscular, motricidade fina, motricidade ampla, fala, ou avaliação abrangente das
capacidades funcionais) e agem facilitando o planejamento de ações precoces junto
aos pais, médicos e terapeutas.

III - CONCLUSÃO
Percebemos que a percepção está intimamente ligada ao desenvolvimento
motor, sendo que desde a gravidez até as influências culturais afetam este processo,
e que a observação e acompanhamento dos marcos de são fundamentais para o
auxílio de um desenvolvimento saudável.

5
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2009/RN
%202009%201/226%20.pdf0

https://www.scielo.br/j/fp/a/VwhrhTc3VYStmN6P3hp63TP/?lang=pt

PAPALIA, Diane E., Desenvolvimento Humano. São Paulo, McGraw-


Hill, 2009.

Você também pode gostar