Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
http://dx.doi.org/10.1590/1981-7746-sol00205
1
Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Saúde Pública,
Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.
<charles.tesser@ufsc.br>
Resumo Este ensaio analisa a sobremedicalização Abstract This essay analyzes the overmedicaliza-
(medicalização desnecessária e indesejável) gerada no tion (unnecessary and unwanted medicalization)
cuidado médico aos adoecidos na atenção primária à generated in the medical care to the ill in primary
saúde, discute como ocorre e como evitá-la. Articula na health care, and discusses how it happens and how to
análise três grupos de concepções/saberes: concepções avoid it. The analysis combines three sets of concep-
de doença (dinâmicas/ontológicas); concepções de tions/knowledge: conceptions of illness (dynamic/
causação (ascendente/multidirecional); eixos concei- ontological); conceptions of causation (ascending/
tuais estruturantes do saber médico (anatomopatológico, multidirectional); key conceptual and structuring
fisiopatológico, semiológico, epidemiológico). A sobre- ideas about medical knowledge (anatomopathologi-
medicalização deriva dos movimentos cognitivos dos cal, physiopatological, semiological, epidemiological).
profissionais na elaboração diagnóstica e terapêutica. Overmedicalization is due to the cognitive movements
Ela nasce da associação da concepção ontológica de of the professionals in the development of diagnoses
doença com causação ascendente (fluxo causal que vai and therapies. It originates from the ontological con-
dos elementos materiais mais simples a dimensões e ception of illness with ascending causation (causal
níveis mais complexos), em articulação com sobreva- flow that goes from the simplest material elements to
lorização do eixo anatomopatológico, geradora de exces- more complex levels and dimensions), in combination
sivas intervenções diagnósticas e farmacoterapêuticas. with the overestimation of the anatomopathologi-
Para evitar a sobremedicalização, propomos a associ- cal key idea, which generates excessive diagnostic
ação virtuosa da concepção dinâmica de doença, com and pharmacotherapeutic interventions. In order to
causação multidirecional e uso equilibrado dos eixos avoid overmedicalization, we propose the virtuous
conceituais das doenças. Isso facilita: escuta qualifi- association of the dynamic conception of illness, with
cada; contextualização dos casos; mais criterioso uso multidirectional causation and balanced used of the
de exames complementares; reconhecimento dos limites key conceptual ideas of the illnesses. This facilitates: a
diagnósticos biomédicos; superação da razão metonímica qualified listening; the contextualization of the cases;
(que despreza tudo o que não é saber cientificamente a more rigorous use of complementary exams; the
consagrado); amplificação da interpretação para além recognition of the limits of the biomedical diagnoses;
das ‘doenças’ e dos tratamentos para além dos fár- the overcoming of the metonymical reasoning (which
macos/cirurgias, explorando os saberes dos usuários disregards anything that is not scientifically-established
e profissionais, práticas complementares e a devolução knowledge); an expansion of the interpretation that
de problemas para o manejo autônomo apoiado. goes beyond the ‘illnesses’ and treatments that go
Palavras-chave medicalização; prevenção quaternária; beyond drugs/surgeries, exploring the knowledge
atenção primária à saúde. of the users and professionals and the return of the
problems to autonomous supported management.
Keywords mmedicalization; quaternary prevention;
primary heath care.
Este é um artigo publicado em acesso aberto sob uma licença Creative Commons.
Recebido em: 13/12/2018 Aprovado em: 07/03/2019 Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, 2019; 17(2):e0020537
2 Charles Dalcanale Tesser
Introdução
Figura 1
Figura 2
Fonte: O autor.
No século XVIII, uma mudança geral no saber médico faz nascer a medi-
cina clínica: o olhar médico e sua linguagem tornam visíveis todas as doenças,
agora fundadas no campo da percepção do médico, sobretudo no seu olhar:
muda “a relação da doença com este olhar” (Yazbeck, 2012, p. 59). “Toda a
mediação entre o olhar do médico e a essência da doença se dissolve” (Yazbe-
ck, 2012, p. 59-60), propiciando a exaustiva visibilidade dela.
Outra mutação no início do século XIX atribuiu a essência das doenças
às lesões dentro do corpo ‘físico’, com a realização sistemática da correlação
anatomo(patologia)-clínica nos hospitais, localizando no interior do corpo
doente a “doença em um órgão afetado, sua sede visível” (Foucault, 2008, p.
180). A anatomopatologia consolidou a concepção ontológica na biomedicina.
No final do século XIX, a concepção ontológica foi reforçada ainda mais pela
atribuição de causalidade aos germes, e a ambição classificatória persistiu na
biomedicina do século XX (Illich, 1975), assim como a busca de objetivação
visual das lesões/alterações patológicas corporais. Isso continuou com o de-
senvolvimento da genética (outra sede de causas) e com o desenvolvimento
tecnológico da investigação do interior do corpo vivo. No século XXI, as doenças
continuam sendo objetivadas em imagens e dosagens bioquímicas/biofísicas.
A grande valorização científica da objetivação das doenças no corpo obs-
curece o caráter grandemente construído, abstrato, artificial, modelístico e
convencional delas, reforçando a disseminação das concepções ontológicas
nas representações sociais e no ideário profissional.
Nas concepções dinâmicas de adoecimento, como o nome sugere, o
adoecimento é entendido como um desequilíbrio entre forças que per-
meiam os humanos, a natureza e a sociedade, dentro e fora das pessoas.
Há ênfase no aspecto processual e dinâmico, sendo o adoecimento visto
como relativo à unidade do ser humano, cujas ‘partes’ e funções estão in-
terligadas em processos complexos, sobre os quais múltiplas influências
(internas e externas à pessoa) coexistem. Nessas concepções, a pessoa é
vista como totalidade e unidade complexa cambiante, cujas várias di-
mensões, forças, aspectos e relações (biológicas, ambientais, psicológicas,
espirituais e sociais) são interinfluenciáveis, embora com sintomas muitas
vezes localizados (Myers e Benson, 1992; Albuquerque e Oliveira, 2002;
Norman e Tesser, 2015).
É fácil perceber que as concepções dinâmicas estão associadas a uma
abordagem clínica em que há maior abertura para os vários aspectos das vi-
das das pessoas e suas características psicossociais, suas vivências dos adoe-
cimentos, universo que vai além da especificação dos sintomas das doenças
(ou síndromes/transtornos) e suas alterações corporais/mentais, como classi-
ficadas biomedicamente. Elas pressupõem e mesmo facilitam um trabalho de
construção de interpretação contextualizada da situação e vivência do usuá-
rio, em que o profissional tem um papel mais ativo do que a identificação da
Elas são importantes para a interpretação dos problemas e mais ainda para a
ação terapêutica, facilitando ou não a sobremedicalização.
O debate filosófico ou epistemológico sobre causas não é necessário aqui
e desviaria nossa discussão. Uma diferenciação básica é suficiente para nossos
objetivos. Há uma concepção disseminada entre os profissionais, subjacente
ao saber biomédico, de que os adoecimentos são causados por desvios da nor-
ma de variáveis ou estruturas biológicas (somáticas, materiais) objetiváveis
ou mensuráveis (Engel, 1977; Borrell-Carrió, Suchman e Epstein, 2004). Nela
está embutida uma noção de fluxo causal de natureza fisicalista, materialista
e ‘ascendente’, derivada da física clássica (Camargo Jr., 2003).
O termo ‘causação ascendente’ se refere a fenômenos nos quais, em um
sistema organizado, um nível mais básico produz eventos em um nível superior
de organização (De Faria e Souza, 2014). Isso significa, na prática, um sentido
de fluxo causal do micro para o macro e do simples para o complexo. Na área
da saúde, as causas ou fluxos causais das doenças estariam em entidades ou
níveis mais simples: germes, lesões ou problemas na maquinaria biomolecular
do corpo. Assim, no processo de adoecimento, a causação iria das estruturas
materiais mais elementares e simples (gens, moléculas, sistemas bioquímicos,
células, tecidos, órgãos e sistemas do corpo e suas alterações anormais, incluin-
do seres invasores, germes e parasitas, e respectivas lesões ‘patológicas’) para
os níveis mais complexos do ser e de sua existência (sintomas, sofrimentos,
consciência, percepção, emoção, cognição etc.), progressivamente: do físico-
bioquímico para o perceptivo-corporal-mental-psicológico-espiritual.
De fato, há pouco espaço na estrutura conceital do saber biomédico
para dimensões sociais, psicológicas e comportamentais das pessoas e seus
adoecimentos. A doença costuma ser tratada como uma entidade indepen-
dente do comportamento e da sociedade, dizia Engel (1977). Hoje, uma
retificação mencionaria que o comportamento individual foi incluído, mais
nas doenças crônicas.
No processo diagnóstico, o uso da causação ascendente induz e conduz,
em coerência com a maioria das definições das doenças, a investigação (mo-
vimentos 2 e 3 da Figura 1) para o interior do corpo, afastando-a da com-
plexidade ambiental, psicológica, familiar, social e laboral do usuário. Como
consequência, produz uma pressão por objetivação visual da doença, fazendo
o profissional tender para a solicitação excessiva de exames complementares
e assim comumente desviar seu raciocínio clínico para direções pouco pro-
missoras, com alto potencial de sobremedicalização, sobretudo na APS. Na
elaboração da proposta terapêutica, a causação ascendente desvia o foco da
intervenção para os germes ou mecanismos biomoleculares fisiopatogênicos
ou semiogênicos.
A diagnose, assim dirigida, esclareceria a natureza (material-biológica) da
doença (sediada no corpo), por meio de exames complementares ou critérios
Figura 3
Figura 4
Fonte: O autor.
Figura 5
Escuta e investigação
O cuidado clínico na APS tem, dentre outras, duas faces: uma operacionalidade
vivencial experimentada pelo doente e uma face técnico-epistemológica,
Terapêutica
tros, embora haja cada vez mais necessidade de ressignificação nesse sentido,
devido à biomedicalização social.
O cuidado biomédico na APS já trabalha com uma noção de ‘não interven-
ção’ para parte dos problemas, por meio da demora permitida ou observação
assistida (whatchfull waiting) (Norman e Tesser, 2009). A consideração dessa
demora como ‘não intervenção’ está recheada de razão metonímica, como se
exames complementares e fármacos fossem as únicas intervenções dignas de
nota. A demora permitida não raramente gera um vazio terapêutico, um ‘não
fazer nada’ frustrante. O triplo movimento virtuoso aqui mencionado facilita
valorizar e propor terapêuticas não farmacológicas (incluindo ou não PICs)
em interpretações singularizadas aos usuários.
A relativa pouca tradição com outras terapêuticas (não farmacológicas) na
APS não significa que nelas não haja efetividade. O crescimento da pesquisa
científica sobre PICs e sua persistente procura por populações e profissionais
(WHO, 2013) sugere haver nelas mais potência interpretativa e terapêutica
do que supõem os manuais médicos. Podemos evitar, nesse ponto, um ‘fas-
cismo tecnológico’ (só os experts científicos decidem o que é eficaz e segu-
ro) e um ‘populismo tecnológico’ (cientistas são desconsiderados) (Collins e
Evans, 2007); e lembrar que há experts de distintas racionalidades médicas e
PICs, os quais não merecem desprezo metonímico generalizado. Além disso,
na APS, os profissionais já têm expertise biomédica e podem aprender outras
racionalidades e PICs. Sua atuação na longitudinalidade com acesso facilitado
funciona como mecanismo protetor dos usuários (Tesser, 2018), e nesse con-
texto institucional há uma grande proporção de situações em que a gravidade
clínica é pequena, com os usuários pouco se beneficiando de fármacos e exa-
mes complementares. Por fim, vários desses problemas merecem cuidados (e
se beneficiam deles) que vão além da demora permitida. Assim, a pluralização
terapêutica (Tesser e Barros, 2008) e promocional na APS (Tesser, 2009) pode
ser uma grande contribuição potencial das racionalidades médicas vitalistas
e PICs à evitação da sobremedicalização.
A legitimação científica de tais práticas (PICs) pode ser maior, menor
ou nula. Mesmo quando bem estudadas, podem não aparecer nos manuais
biomédicos. Por exemplo, a meditação não está legitimada como tratamento
da ‘hipertensão arterial’, mas já foi bem investigada e recomendada (Park e
Han, 2017). A segurança das terapêuticas singularizadas e não convencionais
é respaldada na competência técnica do profissional, no compromisso ético
e na decisão compartilhada. Essa responsabilidade sempre está sobre os om-
bros profissionais: apenas estes sentem-se isentos delas e protegidos ao usar
os fármacos (Tesser, 2007), já consagrados e de uso padronizado.
Devido ao menor poder simbólico na cultura geral, o profissional preci-
sa primeiro ele mesmo valorizar interpretações singularizadas e respectivos
tratamentos, para que possa realizá-los e injetar neles poder e legitimidade
Considerações finais
Financiamento
Referências
ALBUQUERQUE, Carlos M. S.; OLIVEIRA, SILVA JR., Aluísio G. (orgs.). Por uma sociedade
Cristina P. F. Saúde e doença: significações e cuidadora. Rio de Janeiro: Cepesc, IMS/Uerj,
perspectivas em mudança. Millenium: Revista Abrasco, 2010. p. 209-216.
do ISPV, Viseu (Portugal), n. 25, jan. 2002
[Internet]. Disponível em:<http://www.ipv.pt/ CAMARGO JR., Kenneth R. Medicalização,
millenium/Millenium25/25_27.htm>. Acesso farmacologização e imperialismo sanitário.
em: 14 nov. 2018. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro,
v. 29, n. 5, p. 844-846, 2013.
ALMEIDA, Eduardo L. V. As razões da terapêutica:
empirismo e racionalismo na medicina. Niterói: CAMPOS, Gastão W. S. Saúde Paidéia. São
EdUFF, 2002. Paulo: Hucitec, 2003.
GOSWAMI, Amit. Evolução criativa das KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções
espécies: uma resposta da nova ciência para científicas. São Paulo: Perspectiva, 1987.
as limitações da teoria de Darwin. São Paulo:
Aleph, 2009. LANCET (editorial). Water with sugar and
salt. The Lancet, Oxford, v. 312, n. 8.084, p.
GREENWOOD, Davydd J. Medicina 300-301, 1978. <http://dx.doi.org/10.1016/
intervencionista vs. medicina naturalista: s0140-6736(78)91698-7>.
história antropológica de una pugna ideológica.
Arxiu d’Etnografia de Catalunya, Tarragona, LEAVELL, Hugh; CLARK, Edwin G. Medicina
v. 3, p. 59-81, 1984. preventiva. São Paulo: McGrawHill do Brasil,
1976.
GUEDES, Carla R.; NOGUEIRA, Maria I.;
CAMARGO JR., Kenneth R. Os sofredores LUZ, Madel T. Natural, racional, social: razão
de sintomas indefinidos: um desafio para a médica e racionalidade científica moderna.
atenção médica? Physis: Revista de Saúde Rio de Janeiro: Campus, 1988.
Coletiva, Rio de Janeiro, v. 19, n. 3, p. 797-
815, 2009. LUZ, Madel T.; BARROS, Nelson F. (orgs.).
Racionalidades médicas e práticas integrativas
ILLICH, Ivan. Nêmesis da medicina: a expropriação em saúde: estudos teóricos e empíricos. Rio
da saúde. São Paulo: Nova Fronteira, 1975. de Janeiro: Uerj/IMS/Lappis, 2012.
ILLICH, Ivan. Medicalization and primary MAKARY, Martin A.; DANIEL, Michael. Medical
care. The Journal of the Royal College of General error: the third leading cause of death in the
Practitioners, London, v. 32, n. 241, p. 463- US. BMJ, London, v. 353, p. i2139, 2016.
470, 1982.
MANGIN, Dee; HEATH, Iona. Multimorbid-
ity and quaternary prevention (P4). Revista
MENDONÇA, André L. O.; CAMARGO JR., SINGH, Harminder et al. Overdiagnosis: causes
Kenneth R. Complexo médico-industrial/ and consequences in primary health care.
financeiro: os lados epistemológico e axiológico Canadian Family Physician: Le Médecin de
da balança. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Famille Canadien, Don Mills, v. 64, n. 9, p.
Rio de Janeiro, v. 22, n. 1, p. 215-238, 2012. 654-659, 2018.
TESSER, Charles D. Por que é importante a médicas. Physis: Revista de Saúde Coletiva,
prevenção quaternária na prevenção? Revista Rio de Janeiro, v. 28, n. 1, p. e280109, 2018.
de Saúde Pública, São Paulo, v. 51, n. 116,
p. 1-9, 2017. <http://dx.doi.org/10.11606/ TESSER, Charles D.; NORMAN, Armando
s1518-8787.2017051000041>. H. Differentiating clinical care from disease
prevention: a prerequisite for practicing
TESSER, Charles D. Práticas integrativas e quaternary prevention. Cadernos de Saúde
complementares e racionalidades médicas no SUS Pública, Rio de Janeiro, v. 32, n. 10, p.
e na atenção primária à saúde: possibilidades e00012316, 2016.
estratégicas de expansão. Journal of Management
& Primary Health Care, [internet], v. 8, n. 2, VAN DIJK, Wieteke et al. Medicalisation and
p. 216-232, 2018. Disponível em: <http:// overdiagnosis: what society does to medi-
www.jmphc.com.br/jmphc/article/view/528>. cine. International Journal of Health Policy
Acesso em: 14 nov. 2018. and Management, Kerman (Iran), v. 5, n. 11,
p. 619-622, 2016.
TESSER, Charles D.; BARROS, Nelson F.
Medicalização social e medicina alternativa WELCH, H. Gilbert; SCHWARTZ, Lisa;
e complementar: pluralização terapêutica do WOLOSIN, Steven. Overdiagnosed: making
Sistema Único de Saúde. Revista de Saúde people sick in the pursuit of health. Boston:
Pública, São Paulo, v. 42, n. 5, p. 914-920, 2008. Beacon Press, 2011.
TESSER, Charles D.; LUZ, Madel T. Uma WILLIAMS, Simon J.; CALNAN, Michael. The
introdução às contribuições da epistemologia ‘limits’ of medicalization? Modern medicine
contemporânea para a medicina. Ciência & and the lay populace in ‘late’ modernity. Social
Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 7, n. 2, p. Science and Medicine, Oxford, v. 42, n. 12, p.
363-372, 2002. http://dx.doi.org/10.1590/ 1.609-1.620, 1996.
S1413-81232002000200015.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO).
TESSER, Charles D.; LUZ, Madel T. Uma WHO traditional medicine strategy: 2014-2023.
categorização analítica para estudo e comparação Geneva: World Health Organization, 2013.
de práticas clínicas em distintas racionalidades
YAZBECK, André C. 10 lições sobre Foucault.
2. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.