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SOLUÇÕES

Soluções

Unidade 8
Página 8

Agentes económicos e suas funções:


Empresas portuguesas = Empresas não financeiras (produzir bens e serviços não financeiros)

Congéneres chinesas = Resto do Mundo (trocar bens, serviços e capitais)


Banca = Instituições Financeiras (prestar serviços financeiros)
Consumidores = Famílias (consumir)

Página 9

1.

FAMÍLIAS EMPRESAS

Empregos Recursos Empregos Recursos

Consumo (F) = 300 Salários (E) = 200 Salários (F) = 200 Vendas (F) = 300

Juros (E) = 50 Lucros (F) = 50

Lucros (E) = 50 Juros (F) = 50

Total = 300 Total = 300 Total = 300 Total = 300

2.
300
FAMÍLIAS EMPRESAS
300

Página 10

Empresas

150 200

Resto do
Mundo

50

Instituições
Financeiras

ECONOMIA A • 11.o Ano • Soluções 1


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Exame Nacional de 2005 – 1.ª Chamada

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A – Igualdade entre empregos e recursos.


Recursos das Famílias = Empregos das Empresas = Salários + Rendas + Lucros = 6500 u. m.
Empregos das Famílias = Recursos das Empresas = 6500 u. m.

Unidade 9
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Através da Contabilidade Nacional o Estado pode:

– Conhecer o valor da produção do país;


– Comparar o valor da produção do país com o de anos anteriores;
– Perceber que actividades económicas se encontram em crise ou em expansão;
– Comparar o desenvolvimento do país com o de outros países;
– Definir objectivos de desenvolvimento do país;
– Seleccionar políticas de desenvolvimento do país.

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a. Errada. Para se ser residente num território é necessário agir nele como agente económico, há
mais de um ano.

b. Errada. Porque para se poder constituir numa unidade institucional é necessário ter-se capacidade
de decisão no que respeita à actividade exercida.

c. Verdadeira. A TAP é uma unidade residente por ter o centro de interesse económico em Portugal
há mais de um ano.

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Na determinação do valor do Produto pela óptica da despesa, tem-se em conta o destino dado à
produção; na determinação daquele valor segundo a óptica do rendimento tem-se em conta o rendi-
mento criado durante o processo produtivo e a sua repartição pelos factores produtivos.

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VA Empresa Agrícola: 10 – 6 = 4
VA Empresa de Moagem: 18 – 10 – 3 = 5
VA Empresa de Panificação: 35 – 18 – 6 = 11
VA Empresa de Energia: 6 + 3 + 6 = 15
Valor do Produto = ΣVAs = 4 + 5 + 11 + 15 = 35
Obs. : Note-se que este valor (35) é exactamente igual ao valor do consumo final.

2 Sínteses Esquemáticas
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Sabemos que o valor do Produto de um país, em determinado ano, representa sempre a quantidade
física de bens e serviços produzidos. Todavia, podemos medi-lo de formas diferentes, facto que explica
que se obtenham valores diferentes para a mesma grandeza. No caso presente, as diferenças assentam no
facto de ter existido inflação de 2005 para 2006, pelo que o valor do Produto a preços correntes é
superior, em termos nominais, ao respectivo valor a preços de 2005. Ou seja, pelo facto de ter havido
inflação, o valor do Produto parece superior pelo que deverá ser deflacionado, passando-o para preços
constantes, para avaliar o seu valor em termos reais.

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Os valores apresentados mostram bem a necessidade da existência de um indicador de natureza


económica como o Rendimento Disponível dos Particulares, uma vez que é esta grandeza que nos
informa correctamente acerca da riqueza no seio das Famílias. De facto, enquanto que o valor das
remunerações do trabalho apenas nos dá o valor de uma das parcelas que as Famílias irão ter disponí-
veis para a aquisição dos bens e serviços de que necessitam para satisfazer as suas necessidades, o
Rendimento Disponível mostra-nos a totalidade daquele valor, pois inclui as transferências internas
(subsídios do Governo, por exemplo) e as transferências externas (remessas dos emigrantes, por exemplo)
e já vem descontado do valor dos impostos directos e das contribuições para a Segurança Social que as
Famílias têm de pagar.

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Exportações = 214 381 – 166 176 = 48 211 milhões de euros.


Importações = 214 387 – 154 160 = 60 227 milhões de euros.

No total da Procura Global (214 387 milhões de euros) estão incluídos os valores das exportações,
pelo que se devem diminuir os valores desta grandeza para ficarmos a saber em quanto é que o consu-
mo privado, público e de investimento (Procura Interna) corresponde realmente aos bens e serviços
procurados no país; por outro lado, o valor das importações deve subtrair-se ao valor da Procura Global
porque corresponde a bens e serviços não produzidos no território económico, mas incorporados nos
bens e serviços produzidos ou consumidos no território.
Dos cálculos efectuados verifica-se que o valor das importações foi superior ao das exportações.

Página 20

Produto Interno Bruto = Despesa Interna = 162 810 milhões de euros.

Página 21

Sabemos que os dois quadros nos dão importantes informações sobre a economia nacional.
Todavia, apresentam dados diferenciados, já que o QCEI informa sobre o contributo de cada agente
para a produção, enquanto que o QRE nos informa sobre os bens e serviços produzidos.

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Vantagens:
– Possibilidade de conhecer a forma como tem evoluído a produção de um país, por sectores;
– Possibilidade de comparar a economia de vários países.

Desvantagens:
– Não inclui o trabalho para proveito próprio;
– Não dá indicações sobre as condições de trabalho.

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1. Por exemplo: Actividades de auto-consumo. Correspondem ao que se designa economia informal e


corresponde à produção de bens e serviços para consumo do próprio.

2. Por exemplo: A educação. É sabido que a educação, para além de suprir a necessidade de aprender
revelada pelos indivíduos, tem efeitos importantes na forma como estes respondem às inúmeras
situações do mundo económico (mais capacidades de iniciativa, de resolução de problemas, etc.),
cultural (maior apetência para participação em actividade de produção de cultura), social (mais von-
tade de partilhar, mais sentido de responsabilidade social, etc.), política (maior sentido crítico; esco-
lhas mais conscientes dos governantes; maior vontade participação na vida política do país, etc.).

Unidade 10
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A inexistência ou insuficiência de petróleo leva à sua procura, justificando-se, assim, a sua troca por
outros bens de que os países produtores de petróleo carecem. O ciclo completa-se com a troca, entre
estes países e outros, de bens alimentares que os primeiros produzem insuficientemente ou a preços
mais elevados.

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O texto ilustra a especialização dos países na produção dos bens para a qual são mais dotados, origi-
nando e reproduzindo a DIT.

Página 26

O texto refere algumas alterações à DIT tradicional, que assentava nas trocas entre as colónias e as
metrópoles.
Actualmente, no início do século XXI, as trocas internacionais continuam a reger-se pela DIT, a qual
apresenta os seguintes protagonistas:

4 Sínteses Esquemáticas
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– Os EUA e a Europa como países dominantes;


– Os países europeus de Leste que recentemente integraram a União Europeia;
– Os NPI como a China e a Índia.

O texto não se refere aos países menos desenvolvidos.

As características das trocas baseadas na actual DIT são:

– A continuação da posição hegemónica dos EUA e Europa;


– A crescente importância dos países do Leste europeu;
– A crescente importância dos países do sudeste asiático sobretudo em serviços prestados por recur-
sos humanos altamente especializados.

O texto conclui que o início do século XXI trouxe, de facto, alterações geoestratégicas relativas ao
poder tradicional, assente nas trocas internacionais dominadas pelos países europeus ocidentais e pelos
EUA.

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Segundo a Teoria das Vantagens Absolutas, o país A deverá especializar-se na produção do bem x e o
país B na produção do bem y porque são os bens com custos de produção mais baixos, respectivamente
(100 horas contra 160 para o bem x e 150 contra 160 para o bem y).

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Segundo a Teoria das Vantagens Comparativas, o país A, mesmo produzindo os dois bens mais baratos,
deverá especializar-se na produção do bem x e o país B na produção do bem y porque são os bens com
custos de produção comparativamente mais vantajosos (100 horas contra 160 para o bem x). Já o bem y
poderá ser entregue ao país B porque é a produção com menor «prejuízo» (170 contra 160).

Página 29

O texto refere uma das políticas do comércio externo – o livre-cambismo – e uma das suas maiores
vantagens – o crescimento económico.
Todavia, segundo os autores, esta política não tem sido praticada como acontece nos países desen-
volvidos do Ocidente. Afinal, os governos destes países emergentes protegem as economias dos seus
países contra a concorrência mundial.
O texto não refere os instrumentos do proteccionismo utilizados, mas os subsídios às exportações e
o dumping têm sido referidos por outros autores, o que desvirtua o princípio e os benefícios da livre
concorrência.

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Exame Nacional de 2005 – 1.ª Chamada

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Importações = débitos
Exportações = créditos
Saldo = Crédito – débito
– 3000 = 10 000 – x
x = 10 000 + 3000
x = 13 000 u. m. (é a resposta A)

Página 31

1.
2006 2007

Exportações de mercadorias 48 000 u. m. 50 000 u. m.

Importações de mercadorias 60 000 u. m. 65 000 u. m.

Saldo da Balança de
– 12 000 u. m. – 15 000 u. m.
Mercadorias

Taxa de cobertura 80 % 77 %

2. A taxa de cobertura diminuiu porque o saldo da balança de mercadorias se tornou mais negativo.
Logo, em 2007, o país em causa comprou ainda menos bens ao Resto do Mundo do que em 2006,
com o valor das suas exportações.

Página 32

a. F (B. Serviços).
b. V.
c. V.
d. F (B. Serviços).
e. F (B.Transferências).
f. V.
g. F (B. Capital).
h. V.

Página 33

a. V.
b. V.
c. V.
d. F (B. Serviços).
e. F (B.Transferências).
f. V.
g. F (B. Capital).
h. V.

6 Sínteses Esquemáticas
Soluções

Página 35

a. F (Balança de Mercadorias).
b. V.
c. F (Balança de Serviços).
d. V.
e. F (Balança de Transferências).
f. V.
g. F (Balança de Capital).
h. F (a crédito).
i. V.

Página 36

Grande parte das exportações portuguesas (33%) assentam em bens com relativo valor acrescentado
(máquinas e aparelhos e veículos e material de transporte). As exportações de calçado, têxteis e vestuá-
rio (cerca de 15%), exportações tradicionais, têm vindo a perder importância em relação ao resto das
exportações, sem deixar de apresentar alguma evolução em termos de marcas, design, etc.

Página 37

Doha Round foi mais uma longa série de negociações da Conferência Ministerial da OMC, com o
objectivo de maximizar os benefícios da liberalização do comércio mundial e de minimizar o impacto
negativo sobre as economias mais vulneráveis, como as dos PVD.
O texto refere as vantagens do livre-cambismo – o desenvolvimento económico e a redução da
pobreza –, mas reconhece que nem todos os países têm a mesma capacidade de beneficiar da globalização,
pelo que necessitam de um estatuto particular. Cabe, por isso, à OMC, encontrar uma solução específi-
ca para a especificidade dos PVD.

Unidade 11

Página 38

1. O sector público é constituído pelo Sector Público Administrativo (SPA) e pelo Sector Empresarial
do Estado (SEE), representando a área de intervenção do Estado na sociedade, através da sua
administração, e na economia. O SPA inclui, assim, a Administração Central e Local, a Segurança
Social e os Fundos Autónomos, e o SEE as empresas públicas, mistas e intervencionadas.

2. A importância estratégica da empresa para a economia ou para a sociedade e uma possível má


gestão que possa pôr em perigo a sua produção.

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O mecanismo das crises liberais está associado a um desfasamento entre o consumo e o investimen-
to (procura) e a produção (oferta). Por exemplo, uma redução do consumo de bens de produção e
finais, originado por uma acentuada desigualdade na «distribuição do rendimento» e por uma crise na
agricultura (que como refere o texto, «estava muito deprimida»), vai provocar uma diminuição das ven-
das, da produção e a falência de muitas empresas. Esta situação gera também um aumento do desem-
prego, do investimento e do consumo e, consequentemente, uma diminuição da procura, acentuando o
desfasamento entre esta e a oferta, e revelando que o mercado, por si só, não consegue prevenir as cri-
ses.
A desigualdade na distribuição do rendimento, a situação de crise da agricultura e a especulação
bolsista, vêm demonstrar que o mercado, por si só, é incapaz de regular a economia, sendo necessária a
intervenção do Estado.

Página 40

1.
1.1 As externalidades negativas são efeitos negativos que decorrem da actividade económica, e que
não são tidos em conta pelo mercado. A figura mostra-nos a poluição atmosférica de empresas
industriais ou de centrais termoeléctricas com efeitos no ambiente como, por exemplo, as chuvas
ácidas ou o efeito de estufa.

1.2 São exemplos de externalidades negativas as lamas oleosas provenientes das actividades económi-
cas desenvolvidas em Sines, da maré negra provocada pelo navio Prestige na Galiza, em 2002, e de
peixes mortos em rios poluídos pelas descargas de empresas que não tratam os seus esgotos.

Página 41

1.
1.1 O peso do saldo orçamental (Receitas públicas – Despesas Públicas) no PIB, isto é, o valor do
saldo orçamental em % do PIB, tem vindo a diminuir entre 2006 e 2008, cumprindo, desde 2007,
os limites fixados no Pacto de Estabilidade e de Crescimento (PEC), o qual é de – 3% do PIB (o
défice orçamental não pode ser superior a 3% do PIB).

1.2 A redução das despesas públicas implica uma diminuição do investimento público, das transferên-
cias sociais, do número de funcionários públicos e o congelamento dos seus vencimentos, assim
como, um menor apoio às empresas com consequências em toda a economia (na produção, no
emprego e no consumo), pondo em causa o crescimento económico.

8 Sínteses Esquemáticas
Soluções

Página 42

O texto diz respeito às políticas conjunturais ou de estabilização, que têm efeitos a curto prazo
como, por exemplo, «a política monetária única, a cargo do Banco Central Europeu», que tem como
finalidade controlar a massa monetária e, consequentemente, a «estabilidade dos preços», e as «políticas
orçamentais». Também se refere às «políticas estruturais» que alteram as estruturas económicas e sociais
e têm efeitos no «crescimento económico a médio e longo prazo».

Página 43

1.
1.1 Os impostos mencionados são dois impostos indirectos (regressivos): Imposto sobre Produtos
Petrolíferos (ISP) e Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).

1.2 Os impostos regressivos diminuem o seu peso relativamente ao rendimento das famílias de
elevados rendimentos, penalizando, deste modo, as famílias de menores rendimentos. Por outro
lado, um aumento dos impostos em geral terá efeitos na desaceleração da procura interna
(consumo e investimento) e, consequentemente, no PIB.

Página 44

A subida da taxa de juro é considerada uma política monetária restritiva porque tem efeitos limitati-
vos sobre a actividade económica. Com a subida da taxa de juro, o preço do dinheiro fica mais alto, isto
é: pelo lado da produção, os empréstimos que poderiam dinamizar a economia, ficam mais caros, com
juros mais altos a pagar, o que leva os empresários a adiar ou cancelar investimentos; pelo lado do con-
sumo, os juros mais elevados limitarão os pedidos de crédito por parte dos consumidores, o que reforça
os efeitos negativos sobre a produção.

Página 45

A acentuação das desigualdades sociais explica a necessidade das medidas da política de redistribuição
dos rendimentos (impostos progressivos, transferências sociais e oferta de bens públicos) que têm como
finalidade reduzir as assimetrias sociais e promover a coesão social.
Página 46

1.
1.1 São os inactivos (excluindo os reformados), seguidos dos desempregados e dos reformados, que
detêm a maior fatia (percentagem) de pobres nos respectivos grupos. Porém, é também de
salientar que os empregados incluem uma fatia de pobres, relativamente elevada (14,4%, ou seja,
em cada 100 empregados 14,4 são pobres). Uma das explicações para este facto tem a ver com os
baixos salários praticados em Portugal.

ECONOMIA A • 11.o Ano • Soluções 9


Exame Nacional de 2005 – 1.ª Chamada

1.2 A protecção social baseia-se nos princípios da segurança social e da assistência social, que preten-
dem combater a pobreza e a exclusão social para garantir a coesão social. Desenvolve um conjun-
to de medidas, não só para as pessoas que previamente contribuíram para a segurança social, como
também para os que se encontram totalmente desprovidos e que vivam numa situação de grande
pobreza, indo de encontro às causas que originam essa situação.

Página 47

1.
1.1 O Governo poderia desenvolver uma política de relançamento económico (consultar o esquema),
mas teria de ter em conta os constrangimentos das suas políticas económicas e sociais (neste caso
da política orçamental), de acordo com o PEC (Pacto de Estabilidade e de Crescimento).

1.2 Os constrangimentos à política orçamental decorrem do facto de Portugal fazer parte da Zona
Euro e ter a sua margem de manobra limitada devido à imposição de limites ao défice orçamental
(que não pode ser superior a 3% do PIB), à dívida pública (que não pode ser superior a 60% do
PIB) e às taxas de inflação.

Unidade 12
Página 48

a. V.
b. F. O mercado comum, além de apresentar as características da união aduaneira, admite a livre
circulação de serviços, capitais e pessoas.
c. V.
d. F.Todos os países têm a mesma pauta aduaneira em relação a terceiros.

Página 48

1. De facto, a Europa nasceu da vontade de consolidar a paz entre os povos. Essa vontade é hoje uma
necessidade, pois o alargamento da dimensão dos mercados é um factor de crescimento económico
e de desenvolvimento, condições igualmente importantes para a manutenção da paz.
2. 1950 – Robert Schuman, inspirado em Jean Monnet, propõe os princípios para a construção de
uma Europa solidária e desenvolvida.
1951 – Assinatura do Tratado de Paris e criação da CECA.
1957 – Assinatura do Tratado de Roma e criação da CEE, da qual faziam parte a França, Bélgica,
Holanda, Luxemburgo, Itália e República Federal da Alemanha.
1968 – Constituição de uma união aduaneira entre os países fundadores da CEE.
1986 – Assinatura do Acto Único Europeu.
1992 – Assinatura do Tratado de Maastricht.
1999 – Assinatura do Tratado de Amesterdão e criação do euro enquanto moeda escritural.

10 Sínteses Esquemáticas
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2001 – Assinatura do Tratado de Nice.


2002 – O euro (moedas e notas) entra em circulação.

São também marcos da construção europeia todas as datas correspondentes aos sucessivos alarga-
mentos como:

1973 – Reino Unido, Dinamarca e Irlanda


1981 – Grécia
1986 – Portugal e Espanha
1995 – Áustria, Finlândia e Suécia
2004 – Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa, Eslováquia, Eslovénia, Hungria, Malta
e Chipre.
2007 – Bulgária e Roménia

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Embora a UE seja constituída por 27 países, naturalmente, com línguas e tradições próprias decor-
rentes da especificidade das suas culturas, a adesão à UE está dependente da aceitação de valores e de
normas comuns.Aderir à União Europeia implica, assim:

– a aceitação dos valores (Democracia, Estado de Direito, respeito pelos Direitos Humanos);
– a adopção das normas e práticas da União.

Página 51

1.
1.1 Na tomada de decisões intervêm várias instituições europeias.
– O Conselho Europeu tem poderes para decidir a orientação política da UE;
– O Conselho de Ministros e o Parlamento têm poderes de co-decisão relativamente ao processo
legislativo. Este inicia-se com a apresentação de propostas por parte da Comissão que são aprecia-
das e decididas pelo Parlamento e pelo Conselho de Ministros (processo da co-decisão). Neste
processo, o Comité Económico e Social e o Comité das Regiões dão pareceres sobre as propostas
de lei.
– O Banco Central Europeu tem plenos poderes de decisão em matéria de política monetária.

Página 53

1.
1.1 O alargamento a 27 países que se encontram em patamares económicos e culturais tão diferentes,
representa uma grande responsabilidade para todos e constitui um grande desafio para a UE.

Para se alcançar o desejado desenvolvimento e a manutenção da paz europeia, terá de haver respeito
por normas e valores comuns – de que o Acervo Comunitário é o «núcleo duro». Só deste modo as
políticas a definir e as decisões a tomar poderão ser bem aceites pelos países-membros.

ECONOMIA A • 11.o Ano • Soluções 11


Exame Nacional de 2005 – 1.ª Chamada

Têm sido feitas, igualmente, alterações aos diferentes tratados, por forma a agilizar o funcionamento
das instituições. Estas estratégias têm representado respostas ao desafio que é a construção de uma
Europa mais desenvolvida, mais unida e com mais bem-estar.

Página 54

1.
1.1 As vantagens para os consumidores decorrem da maior diversidade de bens e serviços, dos preços
mais vantajosos que a livre circulação permite. Para os produtores, as vantagens serão o
largamento dos mercados que a integração origina com as economias de escala que lhes estão
associadas e os preços mais competitivos.

1.2 A introdução da moeda única trouxe eficiência ao mercado pela possibilidade de eliminar custos
cambiais, comparar preços e ter estabilidade financeira.

Página 55

1.
1.1 Com a subida da taxa de juro, os bens tornam-se mais caros por duas vias: do crédito para
investimento empresarial, que se reflectirá não só na redução do investimento, como também nos
custos de produção e preços de venda, e pela via dos empréstimos bancários para consumo, que
afectará as disponibilidades das famílias.Assim, a subida da taxa de juro, desincentiva o
investimento, torna mais caros os bens e retrai o consumo, provocando efeitos contraccionistas na
procura, o que origina a redução da pressão inflacionista.

1.2 O principal objectivo da política monetária comum é a estabilidade dos preços.

Página 56

1.
1.1 Uma vez definidas as diferentes políticas económicas, sociais, ambientais, etc., são necessários
instrumentos para a sua implementação: os fundos europeus.
Por sua vez, é o Orçamento da UE, aprovado pelo Parlamento, que viabiliza os recursos
monetários para os Fundos.

1.2 O princípio da solidariedade financeira é assegurado, pois as transferências de fundos são feitas dos
países mais ricos para os mais pobres.

Página 57

1.
1.1 O quadro evidencia as desigualdades existentes entre alguns dos países da UE, através das
diferenças nos valores dos salários médios dos seus trabalhadores.

12 Sínteses Esquemáticas
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A política regional, cujo objectivo é a coesão económica e social, prevê o apoio às regiões menos
favorecidas através, especificamente, do Fundo de Coesão, e de outros fundos estruturais que permitem
a convergência com os países ou regiões mais desenvolvidas.

Página 58

A integração de Portugal na UE tem sido globalmente positiva. Os quadros demonstram que, tanto
ao nível económico, como demográfico e cultural, Portugal beneficiou com a sua adesão ao espaço
comunitário.
Relativamente ao PIB per capita, tanto a preços correntes como constantes, verifica-se uma aproxi-
mação aos valores médios comunitários, embora modestos. No entanto, a partir de 2002, verifica-se
alguma divergência.
Quanto à TMI, é nítida a melhoria da situação da população portuguesa em termos de saúde.
Actualmente, este indicador apresenta valores iguais aos dos países mais desenvolvidos.
Já em relação ao indicador cultural do número de famílias com acesso à Internet, verifica-se ainda
algum distanciamento relativamente à média da UE-15 e UE-25.

Página 59

Os valores do quadro evidenciam ainda grandes distâncias entre Portugal e a média dos países da
UE-15.
É no campo da educação e formação profissional que Portugal terá de investir mais, pois os seus
recursos humanos são pouco qualificados para uma economia globalizada e competitiva, como a de
hoje.
De facto, e analisando os valores da tabela, verifica-se que a produtividade do trabalho em Portugal
é de apenas 60,9% da média europeia. Para essa situação concorrem factores relativos à educação.
Portugal tem apenas 49% de população com o ensino secundário, enquanto que na UE- 15 esse valor é
da ordem dos 74,8%; a taxa de abandono escolar é de cerca de 40% contra 17,3% na UE, e a aprendi-
zagem ao longo da vida, que demonstra a necessidade de adaptação a novos processos e técnicas mais
competitivas, é cerca de um terço da UE-15.

Página 60

O texto aborda um dos principais factores de crescimento económico moderno – a inovação. Este
problema, que a economia portuguesa terá de resolver, assenta num outro – o da sociedade do conhe-
cimento.
Na economia globalizada actual, ganham os países que apresentem inovação nos bens e serviços, ou
nos processos de produção. Esta inovação tem por base mais educação e formação profissional, mais
escolaridade, maior empreendedorismo e mais investigação e desenvolvimento (I&D). Estes factores,
em articulação, poderão criar uma sociedade mais esclarecida, informada e preparada para os desafios da
competitividade global. Portugal já não conquista mercados com base nos preços baixos dos seus bens,
por sua vez conseguidos à custa de baixos salários.
Assim, os desafios que a economia portuguesa tem de vencer começam pela escola, pela aquisição
de novas competências e pela investigação científica e tecnológica, para aplicação em bens e serviços
novos e com mais qualidade e/ou tecnologias inovadoras.

ECONOMIA A • 11.o Ano • Soluções 13


Exame Nacional de 2005 – 1.ª Chamada

Página 61

O modelo de crescimento da economia portuguesa terá de evoluir para estratégias baseadas na qua-
lificação dos seus recursos humanos e físicos, e no apoio às regiões menos favorecidas.
Os gráficos mostram que os programas operacionais temáticos, incluídos no QREN para 2007-
2013, privilegiam efectivamente a valorização dos recursos humanos (factores de competitividade e
potencial humano) e a valorização do território no crescimento da economia portuguesa.
Os gráficos também ilustram a distribuição dos fundos pelas diferentes regiões, em que a região
Norte é a principal beneficiária e salientam a importância dos fundos estruturais, com destaque para o
FEDER, para o Fundo Social Europeu e para o Fundo de Coesão, no apoio ao novo modelo de
desenvolvimento.

Página 63

1. A necessidade de controlar as contas públicas tem causado alguns constrangimentos ao apoio que o
Estado poderia dar ao crescimento económico.
Portugal, como membro da UEM, obedece ao Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), que
exige obrigações aos seus membros. Os limites ao défice orçamental (3% do PIB) e à divida pública
(60 % do PIB) são duas dessas principais obrigações.
O elevado valor do défice orçamental e da dívida externa obriga o Estado a obter mais receitas e a
fazer menos despesas. Uma estratégia a seguir é de adoptar uma política fiscal mais agressiva. Mas
uma elevada carga fiscal impede, por sua vez, um investimento maior por parte das empresas, com
consequências sobre o nível do emprego. Por outro lado, os impostos diminuem o poder de compra
das famílias, limitando a sua capacidade aquisitiva e a procura interna.
Além das consequências referidas, o Estado também deverá reduzir as despesas que poderiam apoiar
empresas e famílias.
Conclui-se, assim, que o objectivo de equilibrar as contas públicas pode comprometer o apoio do
Estado ao crescimento económico.

2. A subida da taxa de juro pode acentuar o abrandamento da economia por trazer mais dificuldades
às empresas (menos investimento, menos produção, menos exportações, mais desemprego) e às
famílias (menos consumo, mais desemprego, menos bem-estar).

14 Sínteses Esquemáticas

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