Você está na página 1de 110

DIREITO PROCESSUAL PENAL

REVISÃO DE VÉSPERA
2 DE 3
2.a Fase da OAB
COMO ACERTAR O PRAZO?

1º) O prazo é penal ou processual penal?

A contagem muda.

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
PRAZO PENAL

1. Queixa-crime
2. Relaxamento de prisão por excesso de prazo
3. Extinção da punibilidade

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
PRAZO PENAL

• Queixa-crime ou representação
A partir da data da ciência da AUTORIA

• Peças de prisão
A partir da efetiva prisão

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
PRAZO PROCESSUAL PENAL

1. RA
2. Memoriais
3. Recursos

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
PRAZO PROCESSUAL PENAL

O cliente é NOTIFICADO – CITADO – INTIMADO

Começa no 1º dia ÚTIL seguinte.

Termina em dia útil.

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
Exame XXXI OAB

ENUNCIADO OFICIAL:
Os autos foram para conclusão, e foi proferida decisão
pronunciando o réu nos termos da denúncia.
Pessoalmente intimado, o Ministério Público se
manteve inerte. A defesa técnica e Rômulo foram
intimados em 10 de março de 2020, uma terça-feira.

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
Calcule o prazo

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
PRAZO PROCESSUAL PENAL

Padrão de resposta OFICIAL:


O prazo para apresentação do Recurso em Sentido
Estrito é de 05 dias, nos termos do Art. 586 do CPP,
logo se encerraria em 15 de março de 2020, domingo,
uma vez que a intimação ocorreu em 10 de março de
2020, devendo ser prorrogado para o primeiro dia útil
seguinte, qual seja, 16 de março de 2020.
Direito Processual Penal
Prof. Ivan Marques
J – Janeiro A – Abril J – Julho O - Outubro
F – Fevereiro M – Maio A – Agosto N - Novembro
M – Março J – Junho S – Setembro D - Dezembro
Prof. Ivan Marques
@prof.ivanmarques
DIREITO PROCESSUAL PENAL
QUEIXA-CRIME
2ª Fase
Queixa-crime

CONCEITO

A ação penal privada é promovida mediante queixa-


crime do ofendido ou de seu representante legal.
Trata-se, em síntese, da petição inicial da ação penal
privada e da ação penal privada subsidiária da pública.

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
Queixa-crime
Descobrindo a peça a ser feita
1º) Qual foi a infração penal praticada contra o seu
cliente (nesse caso, seu cliente é a vítima, não o
agressor).
2º) O ofendido/vítima de um crime de ação penal
privada procura você (advogado) para adotar a medida
cabível.

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
Queixa-crime

Quem pode oferecer queixa-crime?


É a petição inicial acusatória formalizada por
advogado, com poderes especiais, contratado pela
vítima ou, em caso de sua impossibilidade, por seus
representantes legais (cônjuge, ascendente,
descendente ou irmão – CADI: CPP, art. 31.

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
Queixa-crime

Prazo da peça

O prazo para o oferecimento da queixa-crime é de seis


meses, contados a partir da data do conhecimento da
autoria do crime pelo ofendido ou seu representante
legal (arts. 38 do CPP e 103 do CP).

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
Queixa-crime
Endereçamento
Vara criminal comum
Juizado Especial Criminal
• Depende da pena máxima
• Se concurso de crimes = somar as penas máximas

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
Queixa-crime
Endereçamento
Juizados de Violência Doméstica e Familiar Contra a
Mulher

Depende se a vítima é mulher e se aplica um dos


critérios do art. 5º da Lei 11.340
Cf. aula de Lei Maria da Penha:
https://www.youtube.com/watch?v=Q-ZqId0JJNo
Direito Processual Penal
Prof. Ivan Marques
Queixa-crime

Não há processo número

O processo só recebe número após o recebimento da


queixa-crime

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
Queixa-crime

Preâmbulo

Qualificação do querelante e querelado


Nome da peça
Fundamento legal
Advogado com poderes especiais

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
Queixa-crime

I - Fatos

II – Direito

Comprovar:
 o(s) crime(s) praticado e
 a autoria.
Direito Processual Penal
Prof. Ivan Marques
Queixa-crime

III - Pedido
• Recebimento e processamento da queixa
• Citação e, ao final, condenação do querelado
• Fixado um valor mínimo de indenização
• Oitiva das testemunhas abaixo arroladas

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
Queixa-crime

Termos em que,
Pede deferimento.

Local, data.

Advogado
OAB n.
Direito Processual Penal
Prof. Ivan Marques
Queixa-crime

Rol de testemunhas:

(1 a 3 ) – Jecrim
(1 a 5) – Rito sumário

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
DIREITO PROCESSUAL PENAL
RESE
2ª Fase
RESE NO RITO COMUM
Recurso em Sentido Estrito – art. 581 do CPP

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
O recurso em sentido estrito possui hipóteses de
cabimento taxativamente previstas no art. 581 do CPP.
É um recurso previsto para combater decisões
interlocutórias expressamente previstas em seu rol,
possibilitando ao próprio juiz recorrido uma nova
apreciação da questão, antes da remessa dos autos à
segunda instância. (JUÍZO DE RETRATAÇÃO – ART.
589 DO CPP)

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
NÃO CABE mais RESE nos seguintes incisos:
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
XVII - que decidir sobre a unificação de penas;
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a
sentença em julgado;
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do
art. 774;
XXII - que revogar a medida de segurança;
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em
que a lei admita a revogação;

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
NÃO CABE mais RESE nos seguintes incisos:

XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional


da pena;
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão
simples.

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
HIPÓTESES DE CABIMENTO:

I - que não receber a denúncia ou a queixa;


II - que concluir pela incompetência do juízo;
III - que julgar PROCEDENTES as exceções, salvo a de
suspeição;
IV – que pronunciar o réu;

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar
inidônea a FIANÇA, indeferir requerimento de PRISÃO
PREVENTIVA ou revogá-la, conceder LIBERDADE
PROVISÓRIA ou relaxar a PRISÃO EM FLAGRANTE
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu
valor;

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro
modo, extinta a punibilidade;
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da
prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade;
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no
todo ou em parte;

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude
de questão prejudicial;
XVIII - que decidir o incidente de falsidade;
XXV - que recusar homologação à proposta de acordo de
não persecução penal, previsto no art. 28-A desta Lei.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
PRAZO DO RESE

Interposição – 5 dias
Razões – 2 dias

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
JUÍZO DE RETRATAÇÃO (Art. 589 CPP)

O juiz, ao receber a interposição do RESE, terá dois


para se RETRATAR ou MANTER a decisão.

Caso seja mantida a decisão, o juiz deverá encaminhar


as razões para o Tribunal (TJ ou TRF).

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
FUNDAMENTO LEGAL

• Art. 581 do CPP

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
COMPETÊNCIA PARA O JULGAMENTO

Petição de interposição: endereçada ao juiz de primeiro


grau que proferiu a decisão, para que este tenha de se
pronunciar a respeito do juízo de retratação.
Razões de recurso: em anexo na petição de
interposição. Deverá contar a saudação com o nome do
Tribunal competente. (TJ ou TRF).

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
COMO DESCOBRIR A PEÇA

O enunciado irá descrever uma decisão judicial proferida


fora da sentença e antes do trânsito em julgado, com
hipótese de cabimento prevista no rol taxativo do art.
581.
Exemplos:
• o réu foi pronunciado;
• A queixa-crime foi rejeitada pelo juiz.
Direito Processual Penal
Prof. Ivan Marques
RESE NA PRIMEIRA FASE DO JÚRI

ART. 581, IV DO CPP.

Contra decisão de pronúncia

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
Identificação da peça a ser feita

Se, ao final da 1ª fase do procedimento do júri, o juiz


proferir uma decisão de pronúncia, contra essa decisão
cabe recurso em sentido estrito.

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
Exemplo de como identificar a peça extraído RESE já
cobrado pela FGV:

XI Exame “[...] Finda a instrução probatória, o juiz


competente, em decisão devidamente fundamentada,
decidiu pronunciar Jerusa pelo crime apontado na inicial
acusatória. O advogado de Jerusa é intimado da referida
decisão em 02 de agosto de 2013 (sexta-feira).”

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
FUNDAMENTO LEGAL

581, IV, DO CPP

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
Rito do Júri

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
CONTEÚDO DAS RAZÕES DE RESE

2.1 PRELIMINARES
• 419
2.2 MÉRITO
• 415
• 414
2.3 TESES SUBSIDIÁRIAS

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
PRELIMINARES

• NULIDADES (INCLUINDO O 419)

• EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
MÉRITO

• 415

• 414

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
TESES SUBSIDIÁRIAS

• AFASTAMENTO DA QUALIFICADORA

• AFASTAMENTO DE CAUSA DE AUMENTO DE


PENA

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
Pedido
Quando se trata de recursos, deve-se formular pedido de
REFORMA da decisão e PROVIMENTO do recurso.
Além disso, no campo destinado aos pedidos, deve-se
formular pedido específico para cada uma das teses
desenvolvidas ao longo da peça. Exemplos:
• Incompetência do juízo
Deve-se, ao final, formular pedido expresso no sentido de
que os autos sejam encaminhados ao juízo competente,
declarando a nulidade dos atos praticados.

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
No que tange ao mérito:
a) Impronúncia; e/ou absolvição sumária.
• Impronúncia, com base no art. 414 do Código de
Processo Penal; e/ou
• Absolvição sumária, com base no art. 415 do Código de
Processo Penal; e/ou
Quanto às teses subsidiárias:
• Afastamento da qualificadora ou causa de aumento de
pena.

Direito Processual Penal


Prof. Ivan Marques
DIREITO PROCESSUAL PENAL
AGRAVO EM EXECUÇÃO
2.a Fase - XXXI Exame de Ordem
AGRAVO EM EXECUÇÃO

Peça exclusiva para a fase de EXECUÇÃO DA PENA

O agravo em execução é o recurso utilizado para


atacar qualquer decisão judicial do Juiz da Vara das
Execuções Penais que denega pedido feito em sede de
execução de pena.

Prof. Ivan Marques


AGRAVO EM EXECUÇÃO

Por exemplo, o advogado faz um pedido simples de


progressão de regime para seu cliente – o pedido é
negado pelo juiz da Vara das Execuções Criminais –
contra essa decisão do juiz cabe agravo em execução
(art. 197 da LEP).

Prof. Ivan Marques


Entenda-se por execução, em regra, o período que vai
do início do cumprimento da pena imposta em
sentença penal condenatória transitada em julgado
até a extinção da própria reprimenda.

Prof. Ivan Marques


A execução provisória não é mais cabível!
O STF mudou o seu entendimento.
Condenação criminal só definitiva.

Prof. Ivan Marques


Progressão de regime com prisão preventiva

Tempo suficiente para que o réu, mesmo antes do


trânsito em julgado, tenha direito à progressão de
regime, do fechado para o semiaberto (cumprido 1/6
da pena para delitos comuns; 2/5 ou 3/5 para crimes
hediondos).

Prof. Ivan Marques


ATENÇÃO: Mesmo durante a ação penal, o pedido de
progressão de regime deve ser endereçado para o Juiz
das Execuções Criminais.

Súmula 716 do STF


Admite-se a progressão de regime de cumprimento da
pena ou a aplicação imediata de regime menos severo
nela determinada, antes do trânsito em julgado da
sentença condenatória.

Prof. Ivan Marques


PRAZO DO AGRAVO
5 dias para interpor
2 dias para as razões
Súmula 700 STF

Prof. Ivan Marques


Súmula 700

É de cinco dias o prazo para interposição de agravo


contra decisão do juiz da execução penal.

O Agravo segue o rito e as regras do RESE, logo:


 SÃO DUAS PEÇAS
 NÃO ESQUEÇA A RETRATAÇÃO NA INTERPOSIÇÃO
 USE O PRAZO DA INTERPOSIÇÃO

Prof. Ivan Marques


COMO IDENTIFICAR A PEÇA

O Juiz da Vara das Execuções Criminais irá NEGAR um


requerimento feito por você para a concessão de um benefício
prisional para o seu cliente, tais como:
- Progressão de regime
- Livramento condicional
- Remição de pena
- Indulto ou comutação
- Saída temporária para presos em semiaberto

Prof. Ivan Marques


FUNDAMENTO LEGAL
• 197, da LEP – Lei 7.210 de 1984

Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá


recurso de agravo, sem efeito suspensivo.

Prof. Ivan Marques


Rito e competência para o julgamento

A Lei de Execução Penal não definiu o rito a ser


seguido no agravo em execução, definindo, apenas, no
seu art. 197, que “Das decisões proferidas pelo Juiz
caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo”.

Prof. Ivan Marques


Nesse sentido, a doutrina e a jurisprudência adotam o
entendimento no sentido de que deve ser adotado o
mesmo rito do recurso em sentido estrito (RESE),
notadamente no que se refere ao prazo, ao juízo de
retratação e ao processamento.

Prof. Ivan Marques


Tal entendimento restou consagrado na Súmula 700
do STF, segundo a qual “É de cinco dias o prazo para a
interposição de agravo contra a decisão do juiz da
execução penal”.

Prof. Ivan Marques


A interposição do recurso deve ser dirigida ao juízo a
quo (1.º grau) que proferiu a decisão, para que este
possa rever a decisão, em sede de juízo de retratação.
As razões de agravo devem ser endereçadas ao
Tribunal competente (Tribunal de Justiça, se da
competência da Justiça Comum Estadual; ou Tribunal
Regional Federal, se da competência da Justiça
Federal).

Prof. Ivan Marques


A competência será determinada pelo PRESÍDIO em
que o seu cliente cumpre a pena.

• Se estiver preso em um presídio FEDERAL, a


competência será da JUSTIÇA FEDERAL.
• Se estiver preso em um presídio ESTADUAL, a
competência será da JUSTIÇA ESTADUAL.

Prof. Ivan Marques


Legitimidade

Podem interpor o recurso de agravo em execução o


Ministério Público e o condenado.
Na prova da OAB você estará atuando como advogado
do CONDENADO.
(nessa fase não existe mais a presunção de inocência).
Você deve chama-lo de AGRAVANTE ou CONDENADO.

Prof. Ivan Marques


Efeito regressivo
Assim como no recurso em sentido estrito, o agravo
em execução possui efeito regressivo, uma vez que a
interposição do recurso obriga o juiz que prolatou a
decisão recorrida a reapreciar a questão, mantendo-a
ou reformando-a, aplicando-se analogicamente o art.
589, caput, do CPP.
JUÍZO DE RETRATAÇÃO

Prof. Ivan Marques


Recebendo os autos, o juiz, dentro de dois dias,
reformará ou sustentará a sua decisão, mandando
instruir o recurso com as cópias que lhe parecerem
necessárias.
A falta de manifestação do juiz importa em nulidade,
devendo o tribunal devolver os autos para esta
providência.

Prof. Ivan Marques


Estrutura do agravo em execução

Faça DUAS peças:

1. INTERPOSIÇÃO DO RECURSO (afirmar que


pretende recorrer) e as
2. RAZÕES de recurso.

Prof. Ivan Marques


Interposição
a) Endereçamento: Juiz de Direito da Vara de
Execuções Criminais.
b) Preâmbulo: nome (desnecessário qualificar, pois já
qualificado nos autos), capacidade postulatória (por
seu procurador infra-assinado), fundamento legal (art.
197 da Lei de Execução Penal), nome da peça (agravo
em execução), frase final (pelas fatos e fundamentos
jurídicos a seguir expostos).

Prof. Ivan Marques


c) Juízo de retratação, em analogia ao art. 589 do CPP
(importante).
d) Parte final: Nesses termos, requer o processamento
do presente recurso. Pede deferimento, data,
advogado e OAB.

Prof. Ivan Marques


Razões
a) Endereçamento: Tribunal de Justiça ou TRF
b) Identificação: recorrente, recorrido, n. processo.
c) Saudação:
Justiça Estadual: Egrégio Tribunal de Justiça – Colenda Câmara
– Eméritos Julgadores – Douta Procuradoria da Justiça.

Justiça Federal: Egrégio Tribunal Regional Federal – Colenda


Turma – Eméritos Julgadores – Douta Procuradoria da
República.

Prof. Ivan Marques


d) Corpo da peça: breve relato, preliminares e mérito.

e) Pedido: reforma da decisão + provimento do


recurso + pedido específico.

f) Parte final: termos em que pede deferimento, local,


data e OAB.

Prof. Ivan Marques


EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO
DA... VARA DE EXECUÇÃO PENAL DA COMARCA...

Processo n. ...

Prof. Ivan Marques


FULANO DE TAL (não inventar dados), já qualificado
nos autos, por seu procurador infra-assinado, com
procuração anexa, vem, respeitosamente, à presença
de Vossa Excelência, inconformado com a decisão das
fls., interpor o presente AGRAVO EM EXECUÇÃO, com
base no art. 197 da Lei n. 7.210/84 (Lei de Execução
Penal).

Prof. Ivan Marques


Nesse sentido, requer seja recebido o recurso e
procedido o juízo de retratação, nos termos do art.
589 do Código de Processo Penal.
Se mantida a decisão, requer seja encaminhado o
presente recurso, já com as razões inclusas, ao
Tribunal de Justiça do Estado..., para o devido
processamento.

Prof. Ivan Marques


Nestes termos,
Pede deferimento.

Local..., data...
Advogado. OAB n. ...

Prof. Ivan Marques


RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO...


Agravante: Fulano de Tal
Agravado: Ministério Público
Processo n. ...

Prof. Ivan Marques


Egrégio Tribunal de Justiça
Colenda Câmara
Eméritos julgadores
I – DOS FATOS

II – DO DIREITO
Explicar os motivos pelos quais o seu cliente faz jus ao
benefício negado pelo juiz da VEC e contrapor os
argumentos da decisão denegatória.
Prof. Ivan Marques
III – DO PEDIDO
Ante o exposto, requer seja CONHECIDO E PROVIDO o
presente recurso, com a REFORMA DA DECISÃO DE 1º
GRAU, para o fim de que...

Termos em que,
Pede deferimento.

Local..., data...
Advogado. OAB n. ...
Prof. Ivan Marques
Prof. Ivan Marques
prof.ivanmarques
DIREITO PROCESSUAL PENAL
REVISÃO CRIMINAL
2.a Fase - XXXI Exame de Ordem
CONCEITO

É uma ação penal de natureza constitutiva e sui


generis, de competência originária dos
tribunais, destinada a rever decisão
condenatória, com trânsito em julgado, quando
ocorreu erro judiciário.

Prof. Ivan Marques


Permite-se, portanto, pela revisão criminal, que
o condenado possa pedir a qualquer tempo aos
tribunais, nos casos expressos em lei, que
reexamine o processo já findo, a fim de ser
absolvido ou beneficiado de alguma forma.

Prof. Ivan Marques


A finalidade da revisão não é apenas a de evitar o
cumprimento da pena imposta injustamente, mas,
precipuamente, a de corrigir uma injustiça,
restaurando-se, assim, com a rescisão do julgado, o
status dignitatis do condenado. Mesmo morto o
condenado poderá ser promovida a ação revisional;
nesse caso, parte legítima será seu cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão.

Prof. Ivan Marques


Pressuposto:

é pressuposto indispensável ao cabimento do


pedido que a sentença condenatória tenha
transitado em julgado, ou seja, que da decisão
não caiba qualquer recurso, inclusive
extraordinário.

Prof. Ivan Marques


FUNDAMENTO LEGAL

ART. 621 DO CPP

Prof. Ivan Marques


Art. 621. A revisão dos processos findos será admitida:
I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto
expresso da lei penal ou à evidência dos autos;
II - quando a sentença condenatória se fundar em
depoimentos, exames ou documentos comprovadamente
falsos;
III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas
de inocência do condenado ou de circunstância que
determine ou autorize diminuição especial da pena.

Prof. Ivan Marques


CABIMENTO DA REVISÃO

1. Quando a sentença condenatória for contrária ao texto


expresso da lei penal

Ex.: réu condenado por fato que não constitui crime ou


condenação a pena superior ao limite máximo previsto em
lei.
OBS – NÃO CABE POR DIVERGÊNCIA DE ENTENDIMENTO

Prof. Ivan Marques


@ivanluismarques
CABIMENTO DA REVISÃO

2. Contrariedade à evidência dos autos

Contrária à evidência dos autos é a condenação que não


tem apoio em provas idôneas, mas em meros indícios, sem
qualquer consistência lógica e real.
Para ser admissível a revisão criminal, torna-se
indispensável que a decisão condenatória proferida ofenda
100% das provas constantes nos autos.
Prof. Ivan Marques
@ivanluismarques
Ex.: seria o equivalente a dizer que todas as testemunhas
idôneas e imparciais ouvidas afirmaram não ter sido o réu
o autor do crime, mas o juiz, somente porque o acusado
confessou na fase policial, resolveu condená-lo. Não
havendo recurso, transitou em julgado a sentença.

Prof. Ivan Marques


@ivanluismarques
CABIMENTO DA REVISÃO
3. Quando a sentença condenatória se fundar em
depoimentos, exames ou documentos
comprovadamente falsos
Provada a falsidade do testemunho, colhido sob coação, da
perícia ou do documento, não se justifica manter-se aquilo
que constitui fraude à justiça, mesmo porque a CRFB prevê
a inadmissibilidade em juízo de prova ilícita.

Prof. Ivan Marques


@ivanluismarques
Atenção:

Com o pedido, o requerente deve apresentar a prova que


possua para demonstrar a falsificação, já que não se
permite na revisão a reabertura do processo para a
produção de novas provas.

Prof. Ivan Marques


@ivanluismarques
CABIMENTO DA REVISÃO

4. Quando, após a sentença, se descobrirem novas provas


de inocência do condenado ou de circunstância que
determine ou autorize diminuição especial da pena

Prof. Ivan Marques


@ivanluismarques
Surgindo novas provas que indiquem que o condenado
deveria ser absolvido, ou de existirem circunstâncias
atenuantes ou causas de diminuição de pena não
cogitadas, ou não estarem presentes circunstâncias
agravantes, qualificadoras ou causas de aumento de pena
indevidamente reconhecidas, deve ser deferido o pedido
revisional.

Prof. Ivan Marques


@ivanluismarques
Se as provas inéditas, surgidas depois da sentença
condenatória definitiva ter sido proferida, inocentarem o
acusado, seja porque negam ser ele o autor, seja porque
indicam não ter havido fato criminoso, é de se acolher a
revisão criminal.

Prof. Ivan Marques


@ivanluismarques
Revisão e extinção da pena
Permite a lei o pedido de revisão a qualquer tempo,
inclusive após a extinção da pena.
Há, na hipótese, interesse de agir, pois, além do aspecto
moral ínsito à revisão de uma condenação, pode a decisão
condenatória causar gravames ao condenado, não só na
esfera civil e administrativa, como também no campo
penal (por exemplo, caracterização da reincidência).

Prof. Ivan Marques


@ivanluismarques
Legitimidade
Trata-se de ação privativa do réu condenado, podendo ele
ser substituído por seu representante legal ou seus
sucessores, em rol taxativo – cônjuge, ascendente,
descendente ou irmão. No conceito de cônjuge, devem ser
incluídos os companheiros unidos pelo laço da união
estável (art. 226, § 3º, da CF/88).

CUIDADO: O Ministério Público não é parte legítima para


requerer revisão criminal.
Prof. Ivan Marques
@ivanluismarques
Órgão competente para o julgamento da revisão criminal
É da competência originária dos tribunais, jamais sendo
apreciada por juiz de primeira instância.

Caso a decisão provenha de câmara ou turma de tribunal


de segundo grau, cabe ao próprio tribunal o julgamento da
revisão, embora, nessa hipótese, não pela mesma câmara,
mas pelo grupo reunido de câmaras criminais.

Prof. Ivan Marques


@ivanluismarques
POSSÍVEIS PEDIDOS
A decisão em que se julgar procedente a revisão pode:
a) alterar a classificação da infração,
b) absolver o réu,
c) modificar a pena ou
d) anular o processo, tendo como único obstáculo a
impossibilidade de se agravar a pena imposta pela
decisão revista.

Prof. Ivan Marques


@ivanluismarques
ESTRUTURA DA REVISÃO CRIMINAL

a) Endereçamento: Tribunal competente – art. 624, do


CPP.
b) Preâmbulo: nome e qualificação do requerente
(qualificar, pois se trata de ação – não inventar dados),
capacidade postulatória (por seu procurador infra-
assinado), fundamento legal (art. 621, inciso..., do CPP),
nome da peça (Revisão Criminal), frase final (pelas fatos e
fundamentos jurídicos a seguir expostos).
Prof. Ivan Marques
@ivanluismarques
c) Corpo da peça (Dos fatos e do direito). Lembrem-se
que se trata de uma ação.
d) Pedidos:
(i) alteração da classificação do crime; (ii) absolvição; (iii)
modificação da pena; (iv) nulidade do processo.
Obs.: pedido conforme o fundamento invocado (ver
art. 626 do CPP)
e) Parte final: local, data, advogado e OAB.

Prof. Ivan Marques


@ivanluismarques
MODELO DE PEÇA

A) Excelentíssimo senhor doutor desembargador


presidente do egrégio tribunal de justiça do estado... (se
crime da competência da justiça estadual)
B) Excelentíssimo senhor doutor desembargador federal
presidente do egrégio tribunal regional federal da... região
(se crime da competência da justiça federal)

Prof. Ivan Marques


@ivanluismarques
(6 a 10 linhas)

FULANO DE TAL, nacionalidade, profissão, estado civil,


RG... (não inventar dados), por seu procurador infra-
assinado, vem, respeitosamente, a presença de Vossa
Excelência propor REVISÃO CRIMINAL, com base 621,
inciso ..., pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir
expostos:

Prof. Ivan Marques


@ivanluismarques
I – DOS FATOS

II – DO DIREITO

III – DO PEDIDO

Ante o exposto, requer seja julgada procedente a presente


ação de revisão criminal, a fim de que seja:

Prof. Ivan Marques


@ivanluismarques
a) alterada a classificação para o crime..., com base no art.
626 do Código de Processo Penal; e/ou
b) absolvido o revisando, com base no art. 626 do Código
de Processo Penal;
c) anulado o processo, com base no art. 626 do Código de
Processo Penal;
d) modificada a pena, a fim de que (exs.: seja afastada a
majorante; reconhecida a causa de diminuição da pena);
e) reconhecido o direito do revisando à indenização, nos
termos do art. 630 do Código de Processo Penal.
Prof. Ivan Marques
@ivanluismarques
Termos em que,
Pede deferimento.

Local, data.

Advogado
OAB n.

Prof. Ivan Marques


@ivanluismarques
REESCREVA AS PEÇAS de HOJE

@prof.ivanmarques

Prof. Ivan Marques


prof.ivanmarques

Você também pode gostar