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O QUE SÃO SERES VIVOS? ➝Iniciou em 1667 inglês Robert Hooke
➝São seres que: ➝Microscópio muito simples ➝ viu cortiça ➝ viu numerosos
compartimentos vazios que associou à palavra cella – palavra em
 Se desenvolvem;
latim que significa cavidade. ➝ célula – termo cunhado por Robert
 Nascem; Hooke em 1667.
 Crescem;
 Têm metabolismo; ➝Teoria celular: boa parte dos seres vivos são formados por células.
 Evoluem;
➝Unicelulares – bactérias, leveduras, algas, protozoários – e
 Adaptam-se
pluricelulares.
 Reproduzem
 Respondem a Estímulos; ➝O que essas células têm de diferente: Forma, tamanho, função e
 Organização celular. especialidade.

➝Não existe um ser mais evoluído que o outro. Todos eles estão no ➝Procariontes x Eucariontes
mesmo espaço\tempo, todos “evoluíram” ou estão adaptados.
A CÉLULA

➝Unidade delimitada por membrana preenchida por uma solução


aquosa concentrada de químicos – podem estar isolados ou
agregados em moléculas ou organelas ou microestruturas internas -
e com capacidade de criar cópias de si mesma.

➝Unidade estrutural e funcional básica – fábrica\estrutura  Procariontes: células menos complexas, primordiais, podem
independente. Consegue realizar funções básicas. ter formas variadas. Bactérias e cianobactérias.
 Archeobactérias: metanogênicas – metano;
➝Algumas conseguem executar todas as funções básicas da vida halófitas: ↑ sal; termoacidófilas ↑ To e ↓ pH.
– bactéria (fábrica autossustentável). Parede celular: polissacarídeos.
 Eubactérias: Extremamente resistentes. Alta
➝Células de organismos multicelulares se diferenciaram e podem capacidade reprodutiva (divisão binária) isoladas
ter atividades especializadas. Todas elas podem ter atividades ou colônias – cocos, bacilos, vibrião, espirilo. Cílios
comuns. e flagelo – locomoção. Parede celular: Gram-
positivas ou Gram-negativas.
➝Algumas podem migrar – estruturas multicelulares.
 Eucariontes – todos os demais seres vivos.
➝Células em conjunto com funções específicas vão produzir  Membranas celulares.
tecidos. Do ovo fertilizado, a partir do crescimento tem uma  Possuem vária organelas citoplasmáticas.
diferenciação celular. Células totipotentes podem se diferenciar em  Possuem núcleo organizado.
tecido epitelial, nervoso, muscular, conjuntivo (especializadas).  Possuem carioteca – membrana que delimita o
material genético.
 Animal x Vegetal: diferentes organelas.

➝O que as células têm em comum: composição química;


transmissão de informação – material genético; autoduplicação.

➝Órgãos. ➝Autotróficos (fotossíntese) – produzem compostos orgânicos e


O2 x heterotróficos (respiração celular) – utilizam compostos
➝Sistemas orgânicos. orgânicos e O2, que liberam CO2 e água.
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO Fonte: Slides Prof. Dr. Rafael Rauber

BIOLOGIA CELULAR Brenda A. Matesco K. de Mattos – TXXII Medicina FAG


COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA ÁGUA

➝Inorgânico (71%) ➝Formada por dois compostos químicos – hidrogênio


e oxigênio.
 Água (70%)
 Sais Minerais (1%) ➝Tridimensionalmente, a água assume geometria angular.

➝Orgânico (29% - 30%) - macromoléculas biológicas ou polímeros  O oxigênio apresenta dois elétrons não –
biológicos (são moléculas grandes formadas pela junção de unidades ligantes.
menores).  Dois átomos de eletronegatividade
diferente.
 Carboidratos – monossacarídeos, dissacarídeos,  Ângulo de 104,5o.
polissacarídeos (3%);
 Lipídios – ácidos graxos (3%); ➝Como um todo, a água é uma molécula neutra.
 Proteínas- aminoácidos (15%);
 Ácidos Nucleicos – nucleotídeos (DNA 1% e RNA 7%). ➝Dentro da molécula, ela tem dois polos – positivo no hidrogênio
e negativo no oxigênio.
➝3\4 daquilo que não é água se organizam para formar proteínas.
➝Possui estrutura química polarizada – polar.
LÍQUIDOS CORPORAIS
➝ Ponte de Hidrogênio: uma molécula de água consegue se ligar
➝Onde está a água. com outra molécula de água. A parte positiva (hidrogênio) se liga
com a parte negativa de outra molécula (oxigênio).
➝Líquido Intracelular (LIC)
➝É uma molécula pequena – pela massa. Existe uma grande
 2/3 da água está no líquido intercelular. quantidade de água se ligando ao mesmo tempo. Precisa de muita
 Tudo aquilo que está dentro da célula. energia para “retirar” uma molécula de água de um recipiente.

➝Líquido Extracelular (LEC) ➝Essa energia que precisa para mudar a água de estado físico se
chama calor específico. Logo, a água tem alto calor específico. “É
 Está na matriz extracelular. difícil arrancar uma molécula de água pois elas são muito unidas” –
 1/3 está fora das células. com várias ligações químicas é difícil de tirar.
 80% dele está no líquido intersticial.
➝Alta entalpia.
 20% está no plasma sanguíneo.
➝Solvente Universal – alta solubilidade, consegue se ligar a todas
➝Manter a quantidade desses líquidos mantém as reações
as moléculas polares de todo o nosso organismo – proteínas, ácidos
químicas.
nucleicos, carboidratos, sais orgânicos. Apenas 3% não interage com
➝Ao longo dos anos, o corpo perde a capacidade de manter o a água (lipídios), que são apolares (desses 3%, uma parte é polar e
apolar).
equilíbrio de líquidos.
99,9% 80% 70-60% 50% ou menos ➝Propriedades

Coesão: película Adesão: ligação específica,


resistente, ligação entre leva à capilaridade. Água
si. Tensão superficial. tem preferência de ligação
– superfícies com mais
cargas positivas ou
negativas, como em
pequenos vasos de vidro,
madeira.

➝Rugas: é a perda de proteínas na matriz extracelular da pele.


Essas proteínas são responsáveis por manter a quantidade de água
necessária para ter uma pele “saudável”.

➝Algumas correntes biológicas colocam a culpa do


envelhecimento na perda de água.

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➝Funções ➝Algumas moléculas que tem capacidade de liberar íons [H+] na
água são ácidos\base forte.
 Transporte – difusão (seres mais primitivos), sistema
circulatório (sangue), transporte de substâncias, urina  Somente em um sentido.
(eliminar toxinas), célula (estado coloidal).  Dissociação total.
 Reações Metabólicas – síntese por desidratação ou
reações de hidrólise). HCl ➝ H+ + Cl-
 Controle de Temperatura – estreita faixa de temperatura,
evita variações bruscas pelo alto calor específico, suor. NaOH ➝ Na+ + OH-
 Camada de solvatação – para tudo que precisa ser
➝Ácidos\base fraca
dissolvido.
 Lubrificante – articulações (líquido sinovial, evita atrito),  Ambos os sentidos (na dissociação de um ácido\base
lágrima (pálpebra e globo ocular). fraca, o ácido e a base conjugada vivem em equilíbrio).
 Saliva (deglutição e gustação).
➝Solução Tampão
➝Estruturas anfipáticas: possuem uma porção polar e apolar.
Exemplo: fosfolipídios.  Compostos químicos que atenuam a variação dos valores
de pH (ácido ou básico), mantendo-os aproximadamente
➝Ionização da água – caráter anfótero. constantes, mesmo com a adição de pequenas
quantidades de ácidos ou bases.
 A água tem caráter anfótero – capacidade de,  Tampão bicarbonato: H+ + HCO3  H2CO3  H2O + CO2
naturalmente, em condições normais de pressão e  Substância que consegue tanto liberar hidrogênios na
temperatura (CNTP), sofrer salto de prótons. solução para diminuir o pH, ou absorver hidrogênios para
 Um dos hidrogênios automaticamente migra para a outra aumentar o pH.
molécula, gerando duas moléculas diferentes.

Hidrônio Hidróxido
 Produto iônico da água é constante.
 Concentração de H2O na água pura 55,5M x 6,023  1023
de moléculas.
 Kw = [H+] [OH-] = 1,0 x 10-14 M2.
 [H+] maior que 10-7 M [OH-] deve ser menor que 10-7 M e SAIS MINERAIS
vice-versa.
➝A falta deles promove alguma deficiência.
 Água pura: [H+] = [OH-] = 10-7M
 pH = -log [H+] ➝ pH = -log 1,0 x 10-7 ➝ pH = 7 (água pura ➝Presentes na forma ionizada (tem cargas)
a 25oC e 1 atm).
 pH = número de íons hidrônio existente em uma solução  Mantém a pressão osmótica.
aquosa em dado momento.  Auxiliam na neurotransmissão
 Quanto menor o pH, maior a quantidade de íons hidrônio.  Cofatores enzimáticos – se ligam a uma proteína e tornam
(mais ácida a solução). ela ativa.
 Quanto maior o pH, menor a quantidade de íons hidrônio
(mais básica a solução).
Cofator: íon
➝Escala de pH metálico.
Coenzima:
Vitamina

Apoenzima Holoenzima

➝Presentes na forma não ionizada.

 Cálcio e fosfato.

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PROTEÍNAS  Estrutura terciária: com ligações de outros íons – estrutura
tridimensional. É 1 polipeptídio “dobrado”, pode ser
➝Polímero de Aminoácidos funcional ou não. Exemplo: Histonas.
 Estrutura quaternária: mais de um polipeptídio ligado.
➝Aminoácido – monômero. Exemplo: hemoglobina.

➝Produzir a proteína não a torna funcional. Precisa de um processo


Grupo Carboxila de mudança de forma que faz com que ela seja funcional. A forma
funcional pode estar inativa ou ativa
Grupo Amina
➝Vários aminoácidos ligados sem conformação funcional:
polipeptídio. Quando assumem a forma funcional podem ser
chamados de proteína.
➝Ligação peptídica: a ligação peptídica acontece com a liberação ➝Formas das proteínas:
de uma molécula de água. Faz com que a parte carboxila de um
aminoácido se ligue com a parte amina de outro  Globulares:
 Forma esférica;
 Solúveis -aa arranjados;
 Funções dinâmicas – realização de trabalho.
 Fibrosas:
 Organizadas em longas lâminas;
 Insolúveis – aa hidrofóbicos.
 Propriedades que dão força e/ou flexibilidade às
estruturas. Citoesqueleto.

➝Enzimas: polipeptídio funcional (proteína), diminui a energia de


➝Os radicais dão propriedades para cada aminoácido e também
ativação de uma reação química – aumenta a velocidade das reações,
para a própria proteína, quando os aminoácidos se ligam e os radicais
é um catalisador. Pode estar associada a um cofator (íon metálico)
interagem entre si. A posição dos aminoácidos influencia na forma
ou a uma coenzima (vitamina).
da proteína pois os radicais interagem de forma diferente
dependendo da ordem.

➝Cada proteína tem uma ordem de aminoácidos específica e,


consequentemente, uma ordem específica.

➝O único aminoácido que não possui um carbono quiral é a glicina.

➝Conformação proteica:

 Quando constrói um polipeptídio, é de forma linear. A partir


do momento que ele sai para o ambiente e os radicais
começam a interagir (ligação de hidrogênio e pontes
dissulfeto).

 Estrutura primária: sequência de aminoácidos na cadeia


polipeptídica, unidos por ligação peptídica.
 Estrutura secundária: enovelamento da estrutura primária.
 α hélice
 β folha  Modelo chave-fechadura: A forma tridimensional da
enzima precisa se encaixar e interagir perfeitamente com
o substrato. A interação química perfeita vai realizar a
reação de separação.

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 Exemplo: Uma maltose para quebrar em duas glicoses CARBOIDRATOS
precisa de uma maltase.
➝Hidratos de carbono, que quando em solução aquosa formam
estruturas cíclicas.

➝Nomenclatura: “ose”.

➝Um açúcar:
monossacarídeo.

➝Dissacarídeo: duas
unidades de açúcar ligados
por ligação glicosídica.
 pH e temperaturas ➝Oligossacarídeos: cadeias curtas de unidades de monossacarídeos,
 A desnaturação é quando uma forma proteica geralmente até 20.
funcional perde a sua forma devido a um fator
externo. Perde a conexão entre os radicais. A ➝Polissacarídeos: polímeros de açúcar com mais de 20 unidades
desnaturação é reversível dependendo da de monossacarídeos.
proteína.
 A proteína assume forma funcional em um  Homopolissacarídeos: vários carboidratos iguais.
ambiente específico. Ambiente de cargas  Heteropolissacarídeos: vários carboidratos diferentes.
químicas = pH. Quando aumenta ou diminui a
quantidade de cargas, isto é, quando varia o ➝Funções:
ambiente inicial, a interação química da proteína
muda = perde a forma funcional.  Energética: principal via de energia (fonte primária) ➝
 Temperatura: mudança na agitação térmica. organismos não fotossintéticos.
 Proteção: componentes de parede celular de plantas e
bactérias\tecido conjuntivo dos animais.
 Lubrificação: articulações esqueléticas.
 Sinalizadores: associados a proteínas e lipídeos
(glicoconjugados).

 Competição
 Inibição Não-Competitiva: um composto químico
se liga e distorce a forma da proteína, com isso
ela não funciona mais. É uma forma de inativar
a proteína.
 Inibição Competitiva: outro composto químico se LIPÍDEOS
liga e impede a ligação do substrato original.
➝Característica comum uma porção apolar. Parte da estrutura química de
um lipídeo precisa ser insolúvel em água (exemplo: fosfolipídio tem parte
polar e apolar).

 Cadeias hidrocarbonadas
 Alguns são anfipáticos.
 Gorduras e óleos: formas de armazenamento de energia.
 Fosfolipídios e esteróis: elementos estruturais da membrana
plasmática.
 Função: energética, transdução de sinal, hormonal, antioxidante,
isolamento térmico.
 Monômero de um lipídio: ácido graxo. Saturado – ligação simples
– ou insaturado – ligação dupla.
 Triglicerídeo: é um acido graxo de armazenamento do tecido
adiposo. 3 ácidos graxos + glicerol.
 Colesterol: constituinte de membrana ajuda a manter a fluidez
e permeabilidade.
 Compostos quimicamente diversos.

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CARACTERÍSTICAS GERAIS ➝Aplicação médica: cientistas de Georgetown conseguiram prever
com 90% de precisão o desenvolvimento de deficiências cognitivas
➝Filme fino com proteínas embebidas em lipídios – interações não leves ou doença de Alzheimer em pessoas idosas que tiveram níveis
covalentes. mais baixos de 10 fosfolipídios. Permite o desenvolvimento de
tratamento na fase inicial da doença.
➝Dinâmicas

➝Fluidas – Modelo Mosaico Fluido (Singer e Nicholson)

➝Movimentação - a membrana não é fixa, um componente que


está em um lugar pode se mover para outro dentro da própria
membrana.

➝Bicamada lipídica, família de lipídios – fosfolipídios.

➝Cada membrana tem sua estrutura específica, pelo tipo de


fosfolipídio e pela quantidade dos outros componentes. Depende da
função da célula.

➝Todas têm colesterol e fosfolipídios

➝Têm proteínas e carboidratos.


➝Os fosfolipídios estão associados quimicamente.
MEMBRANA PLASMÁTICA
➝Capacidade de difundir-se livremente
➝Delimita a célula, envolve a célula.
➝Movimentação - os constituintes da membrana, principalmente
➝Define limites. os fosfolipídios, têm capacidade de movimentação. Essa
movimentação, geralmente é livre na forma de:
➝Difere o que é interior da célula – meio intracelular – do que é
exterior da célula – extracelular.  Difusão lateral
➝Superfície filtrante – semipermeável.  Flexão
 Rotação
ENDOMEMBRANAS  Flip flop – para que esse movimento aconteça, precisa ter
uma proteína específica “translocador de fosfolipídio”, que
➝Delimitam as organelas. vai envolver o fosfolipídio e invertê-lo (pode acontecer
para alterar a permeabilidade ou fluidez da membrana).
➝Dentro da membrana é intraorganelar, fora é citosol.

➝Superfície filtrante.
LIPÍDIOS

➝Possuem duas porções: fosfatídica e cauda de ácidos graxos.

parte polar cabeça hidrofílica

parte apolar cauda hidrofóbica

PERMEABILIDADE DA MEMBRANA

➝Na maioria das vezes a água consegue atravessar a membrana


➝Tanto o ambiente interno quanto o ambiente externo da célula
pois ela é pequena e neutra – tem pouca força de interação. A
são ambientes aquosos. Dessa forma, a cabeça polar dos proteína canal apenas acelera o processo, permitindo que maior
fosfolipídios, que fica voltada para esses ambientes, interage com a quantidade de água passe pela membrana.
água.

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➝Os íons carregados – cátions ou ânions – não conseguem ➝Colesterol – lipídio que fica dentro da membrana (na porção
atravessar diretamente a membrana. apolar).

➝As moléculas apolares ou hidrofóbicas (lipossolúvel) pequenas e  Quanto mais colesterol na membrana, menos fluida ela é.
médias, como o CO2, conseguem atravessar graças à interação com  Quanto menos colesterol, mais fluida. – os espaços vazios
a parte apolar da membrana. são maiores.

➝Geralmente, hormônios não atravessam. ➝Temperatura

 Quanto mais temperatura, mais energia térmica no


PERMEABILIDADE ambiente e há mais movimento = a membrana fica mais
ELEVADA fluida.
 Menor temperatura = menor fluidez.
 Bactérias, leveduras e outros organismos (humanos
PERMEABILIDADE também pode).
RELATIVA
COMPOSIÇÕES DAS MONOCAMADAS
PERMEABILIDADE
BAIXA ➝A camada externa tem uma composição e a camada interna da
membrana tem outra composição, porque a composição química do
NÃO PERMEÁVEL\ meio exterior e interior são diferentes, por consequência da
membrana semipermeável que seleciona a entrada de substâncias.
QUASE NADA A concentração de substâncias no meio interno e externo são
diferentes.

OUTRAS FORMAS DE MUDAR A FLUIDEZ DA MEMBRANA ➝A composição da camada pode alterar. Porém, precisa sintetizar
o fosfolipídio no retículo endoplasmático, transportar pelo complexo
➝Tamanho da cauda do fosfolipídio de golgi e passar para a membrana.
 Fosfolipídios de caudas curtas = ↑ fluidez (menor massa,
movimenta mais, forma uma estrutura mais fluida e ➝Mudanças bruscas em matrizes extracelulares ou intracelulares
permissível – tem uma porção apolar menor então menos levam a um “bug” na célula e possível morte dela.
substâncias polares são filtradas)
 Fosfatilcolina e esfingomielina – extracelular.
 Fosfolipídios de caudas longas = ↓ fluidez.
 Fosfatidiletanolamina e fosfatidilserina – citosólica.
➝Índice de saturação

 Fosfolipídio completamente saturado = ↑ viscosidade e ↓


fluidez, os fosfolipídios ficam mais próximos e assim,
menor é a capacidade de movimentação, e,
consequentemente, mais densa ou viscosa a membrana é
(menor a capacidade de passar substâncias).
 Fosfolipídio de cauda insaturada = ↑ fluidez e ↓
viscosidade maior a capacidade de passar substâncias
CARBOIDRATOS NA MEMBRANA (GLICOCÁLICE)

➝Glicolipídios = fosfolipídios + carboidrato.

➝Glicoproteínas = proteína + carboidrato.

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➝Geralmente estão nas monocamadas exteriores. entrada de substâncias específicas. Para que a
substância passe pela proteína, ela precisa interagir
➝São importantes para: com a região interna desse poro. Algumas formam
um buraco e outras formam uma estrutura que
 Proteção contra danos químicos e mecânicos – se algo depende de interação para mudar sua forma.
gera impacto na célula, o que será atingido por primeiro é  Atravessam a bicamada lipídica – anfifílicas.
a camada espessa de carboidratos em volta dela.  Interação e ligação covalente (monocamada citosólica).
 Manutenção de distância intercelular – impede a fusão e  Receptores de superfície celular ou como transportadoras
a destruição de duas células. (o receptor associado à proteína G é um receptor
 Reconhecimento celular: diversidade dos oligossacarídeos transmembrana, ele reconhece um sinal externo, que
(reconhecimento entre as células – sistema imune) muda a conformação interna do receptor, ativando, assim
 Especificidade do sistema ABO – carboidratos a proteína G).
presentes na membrana das hemácias. O
sistema imune reconhece esse carboidrato –
antígeno (O, A ou B) como do próprio organismo.
 Células tumorais: modificações – influi na
conduta.
 Malha de retenção de nutrientes e enzimas – nas células
que são especializadas em nutrição os carboidratos fazem
com que os nutrientes parem no meio deles.

➝O glicocálice é formado por agregados de proteoglicanos.

➝Proteínas periféricas

 Tipos
 Proteínas extrínsecas – na parte externa da
membrana.
 Proteínas intrínsecas – na parte interna da
membrana.
 Podem estar ancoradas a lipídeos ou proteínas (ligações
covalentes entre as proteínas e os fosfolipídios ou ainda
ao açúcar do glicolipídio)
 Interagem com proteínas integrais.
PROTEÍNAS  Envolvidas na conversão de sinais extra em intracelulares.

➝Proteínas de membrana ➝ funções específicas (características ➝A maioria das proteínas são glicosiladas (estão ligadas a
e propriedades funcionais). carboidratos).

➝Dependendo da membrana, tem uma quantidade específica de ➝Assimetria de proteínas: tem proteínas específicas em cada tipo
proteínas. de célula.

➝Na membrana da bainha de mielina, apenas 25% da massa é ➝Aplicação clínica – fibrose cística: a fibrose cística é um distúrbio
proteína, pois a função dela depende de uma constituição lipídica, na síntese de uma
pois o lipídio atua como isolante elétrico. proteína de membrana
(regulador de
➝Membranas das mitocôndrias e cloroplastos têm 75% da massa condutância
de proteínas pelas reações que elas realizam. transmembranar de
fibrose cística) ➝
➝Proteínas transmembrana ou integrais transporte iônio do
suor, sucos digestivos
 Tipos e mucos, inclusive o
 Transmembrana multipasso atravessa a membrana pulmonar. Esse muco
várias vezes. acaba ficando mais
 Transmembrana unipasso: atravessa a membrana uma espesso e vai levar a
vez. dificuldades
 Transmembrana barril β: são proteínas canais respiratórias e infecções
formam poros na membrana que permitem a das vias respiratórias frequentes.

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TRANSPORTES ATRAVÉS DA MEMBRANA semipermeável – permeável apenas à água. A água se difundirá de
um compartimento ao outro mas não haverá difusão de soluto.
➝Transporte passivo: a favor do gradiente de concentração ou
eletroquímico. Pode acontecer através da membrana, por um poro
ou por um transportador – interação e modificação da proteína. Não
gasta energia. Esses canais podem abrir e fechar dependendo de:

 Voltagem (voltagem dependentes).


 Compostos químicos (químico dependente)
 Pressão (mecano dependente)

 Velocidade máxima: difusão simples é diretamente


proporcional à concentração “não tem limite”, na difusão
facilitada, a velocidade de tem um limite de transporte.

➝Transporte ativo: transporte contra o gradiente, com gasto


energético. A energia pode ser química, luminosa ou de gradiente.

 Bomba de sódio e potássio.

Exterior 3

Interior 2

 Transporte ativo primário: quebra direta de ATP pela


proteína.
 Transporte ativo secundário: não usa energia da quebra
direta de ATP. Usa energia do gradiente de outro íon.

➝Osmose – transporte de água, difusão. Do meio menos


concentrado para o mais concentrado de soluto. Membrana

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O QUE É BIOSSINALIZAÇÃO? ➝Todas as células estão em constante sinalização. Recebem vários
sinais ao mesmo tempo Exemplo: a teia neural.
➝É o conjunto de mecanismos que o corpo precisa para gerar
comunicação e garantir o funcionamento integrado. ➝Isso leva a uma resposta. A célula precisa do mínimo de
sinalização para que ela entenda o que ela precisa fazer e como
 Síntese de anticorpos. fazer. Quando muda os sinais, muda a resposta.
 Atração das células de defesa.
 Fagocitose.
 Multiplicação celular.
 Formação de tecidos.
 Atividades celulares.
 Coordenação de metabolismo.

➝Duas células de comunicam, mudam suas estruturas, baseado em


um sinal mútuo.

➝Organismos complexos utilizam a sinalização para realizar a


comunicação celular para coordenar processos.

➝Integração de sinais – sinais precisam ser direcionados para


acontecer uma mudança.
SINALIZAÇÃO ENTRE SERES MAIS SIMPLES

➝Bactérias.

➝Células de levedura de brotamento respondem ao fator de


acasalamento – para variabilidade e sobrevivência.
FLUXO DO SINAL
 (A) as células
normalmente ➝Quem emite o sinal é a célula sinalizadora ou estímulos sensoriais
são esféricas. externos.
 (B) em
resposta ao
fator de
acasalamento
secretado
pelas
leveduras
vizinhas, as célula alvo
célula sinalizadora
células se
preparam para ➝Quando uma célula sinaliza, ela pode usar proteínas, peptídeos,
o alguns gases dissolvidos (óxido nítrico e monóxido de carbono)
acasalamento esteroides, nucleotídeos, aminoácidos, retinoides. O objetivo é chegar
emitindo um na célula alvo. Essa célula alvo precisa reconhecer esse sinal - precisa
prolongamento ter um receptor pra esse sinal.
na direção da fonte do fator.
 A fusão de duas células haploides de "sexos" opostos ➝Sinais da célula sinalizadora podem ser liberados por exocitose,
produz uma célula diploide, a qual pode sofrer meiose e difusão ou superfície externa celular.
esporular, gerando células haploides com um novo
sortimento de genes ➝Receptores ➝ vias intracelulares de sinalização ➝ proteínas
sinalizadoras ➝ proteínas efetoras.
INTRODUÇÃO À SINALIZAÇÃO
➝Todas as células respondem por um receptor. A ligação do sinal
➝Precisa de sinalização para sobrevivência. com o receptor tem alta especificidade. Para que dois sinais
diferentes não interfiram.
➝Se a célula não recebe mais um sinal, ela não é mais útil ao
organismo. ➝Resposta = qualquer reação que esteja ao alcance da célula.

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 Proteínas transmembrana (receptor extracelular). A ➝A especificidade do sinal não depende somente da ligação com
proteína o receptor. Depende também de quais proteínas sinalizadoras e
transmembrana efetoras tem na célula.
reconhece uma
molécula sinal. CARACTERÍSTICAS DO FLUXO DE SINAL
Essa molécula,
na maior parte ➝Especificidade: o ligante ou o sinal interage especificamente com
das vezes não o receptor (modelo chave-fechadura).
entra na célula.
Moléculas ➝Integração: a célula promove uma única resposta mesmo com
lipofóbicas. muitos sinais (por exemplo, neurônios recebem várias sinapses, mas
 Receptor sua resposta é a liberação de um neurotransmissor).
intracelular. A
➝Amplificação: enzimas ativam outras enzimas, o número de
molécula sinal
moléculas afetadas aumenta (cascata de reação).
penetra na
membrana. DISTÂNCIA DE RESPOSTA
Moléculas
lipossolúveis ou ➝Distância entre o sinal e a célula alvo.
lipofílicas.
Chegam no citosol, algumas podem chegar até no núcleo. ➝É variada.
ETAPAS NA CÉLULA ALVO
➝Células em contato direto membrana-membrana (dependente de
contato).
➝Sinal ➝ receptor ➝ reconhecem especificamente o sinal ➝
promove modificação no receptor vai ser transmitida a moléculas  Exemplo: fator de crescimento epidérmico (EGF).
transmissoras na via de transdução interna de sinal ➝ mudança  Células T passam a sinalização para a célula NK por
metabólica, fisiológica ou estrutural. contato.

FLUXO DO SINAL NA CÉLULA ALVO

➝As células tem capacidade de produzir todas as proteínas de


sinalização intracelular, mas não significa que elas tenham todas. ➝Autócrina

 Sinalização autócrina.
 Alguns hormônios ou fatores de crescimento, tais como as
prostaglandinas e as interleucinas, podem atuar nas
células de origem e exercem um controle autócrino.
 O sinal afeta a própria célula.

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➝Parácrina  Depende da velocidade da corrente sanguínea.
 Lenta.
 Sinais liberados no espaço extracelular que atuam  Liberar hormônios na corrente sanguínea. Apenas as
localmente sobre células próximas. Uma pequena região. células que tem receptores pra esse hormônio vão
 As células parácrinas secretam hormônios ou fatores de responder. Mas é um número maior de células atingidas.
crescimento que atuam sobre uma célula adjacente.
 A resposta está restrita a essa região. ➝Sinalização de longa distância neuroendócrina
 Proteínas antagonistas: bloqueiam ação. restrição do
alcance.  Em resposta a um sinal neural, as células neuroendócrinas
secretam um hormônio na corrente sanguínea, que será
 Exemplo: histamina.
transportado até um órgão alvo.
 Exemplo: glucagon e somatostatina, que atuam em células
 Um exemplo é a norepinefrina que atua nos hepatócitos
adjacentes das ilhotas de Langerhans que secretam
ou nos adipócitos.
insulina.

➝Coordenação: toda vez que há sinalização, precisa de coordenação.

➝Sinalização de longa distância sináptica  Exemplo: coordenação de sinalização neuroendócrina =


coordenar sinais lentos endócrinos com os sinais rápidos
 Organismos mais complexos e maiores – sinais de longo da sináptica. Porém os outros mecanismos de sinalização
alcance. também precisam ser coordenados.
 Neurônios – viagem de um sinal distante da célula alvo, RETROALIMENTAÇÃO
pois os neurotransmissores são produzidos no corpo
celular. ➝Em alguns casos, a coordenação vai ser chamada de
 Liberação específica nas células alvo. retroalimentação – é quando uma resposta induz ou inibe a produção
 Velocidade de condução do sinal é rápida. do sinal.
 Sinalização por neurotransmissores.
➝Retroalimentação positiva: é quando a resposta amplia a
efetividade do sinal. Mesmo na ausência do sinal, a célula continua
respondendo.

➝Retroalimentação negativa: essa resposta inibiu a produção da


resposta.

➝Retroalimentação de regulação alostérica: enzima inativa


reconhece um ligante, ela se torna ativa, pega o substrato e produz
o produto. O produto se liga na própria enzima, faz com que ela
➝Sinalização de longa distância endócrina mude mais um pouco de forma e acelera a sua produção. É uma
resposta baseada no próprio produto.
 Células endócrinas.
 Algumas enzimas possuem além do sítio de ligação, um
sítio regulador que pode aumentar ou diminuir a
capacidade de produção da molécula por modificação da
estrutura tridimensional.
 Uma molécula sinalizadora intracelular (ligante) ativa
enzima
 Duas moléculas do produto da reação enzimática ligam-se
a esta enzima e a mantêm ativada. (regulação alostérica)
 A consequência é uma taxa muito baixa de síntese do
produto na ausência do ligante.
 A taxa aumenta lentamente com a concentração do
ligante até que, em um determinado nível limiar deste,

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quantidade suficiente do produto é sintetizada para ativar
a enzima de uma forma autoaceleradora.
 A concentração do produto aumenta então rapidamente
para um nível muito mais alto.
VELOCIDADE DE RESPOSTA

➝Rápida: mudanças em proteínas já existentes, secreção e


metabolismo celular.
1) A molécula sinal é reconhecida pelo receptor de superfície,
e o receptor, pela via interna de sinalização, altera a função
de algumas proteínas = alteração da maquinaria celular.

➝Lenta: expressão gênica e síntese de novas proteínas.


2) Depende de sinalização, reconhecimento no núcleo, 2. Exemplo – mesmos receptores – na glândula salivar, a
produção de RNA e síntese proteica., passa para o acetilcolina
complexo de golgi para exportação. promove a
secreção, e
na célula
muscular
cardíaca,
promove
redução na
velocidade e
na força de contração.


INTEGRAÇÃO DE SINAL

➝Integrar diferentes sinais - geralmente tem uma série de sinais


sendo reconhecidos na célula. Em geral, respondem em uma única
resposta.

➝Essa resposta da célula é importante para garantir a


sobrevivência do organismo. É normalmente uma célula especializada
que tem capacidade de resposta limitada. DESSENSIBILIZAÇÃO OU ADAPTAÇÃO
DIFERENÇAS NAS RESPOSTAS
➝Exposição prolongada ao estímulo pode levar a uma redução da
➝A resposta não depende resposta celular.
apenas do receptor, depende
também da maquinaria ➝Permite que as células reconheçam e respondam a alterações na
intracelular que integra e concentração do sinal.
interpreta esse sinal.
➝Quando tem um volume muito grande desse sinal e esse sinal
1. Exemplo – fica muito tempo na fenda ou na região da célula, a célula pode:
receptores
diferentes - 1) Endocitar o receptor – com essa endocitose, mudam-se as
acetilcolina (sinal) configurações e ele para de reconhecer um sinal em
reduz a velocidade e excesso.
a força de contração 2) Destruição do receptor.
na célula cardíaca e 3) Inativação do receptor.
estimula a contração 4) Inativação de proteínas sinalizadoras.
na célula esquelética. 5) Produção de proteínas inibidoras.

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 Ativam receptores intracelulares.
 Funções:
 Nervos do pênis – vasodilatação local ➝ ereção.
 Defesa – macrófagos e neutrófilos
(microrganismos).
 Plantas: defesa – injúria ou infecção.
 Relaxamento da musculatura lisa – o terminal
nervoso libera acetilcolina, é reconhecida, e na
célula endotelial há a produção de óxido nítrico.
Ele é difundido pela membrana e chega nas
células musculares lisas. É reconhecido
internamente,
aumenta um
RECEPTORES INTRACELULARES sinalizador
interno (GMP
➝Tem uma série de receptores que podem estar relacionados com cíclico), isso
uma resposta. promove o
relaxamento
➝Alguns receptores possuem um domínio de ligação ao DNA = das células
podem ser intranucleares. Quando tem o ligante, o receptor se musculares
conecta direto com o DNA, promovendo a transcrição – aumentando lisas. Quando
a produção de RNA, consequentemente proteínas, para uma certa tem dor no
regulação. peito, o óxido
nítrico é inserido por meio da nitroglicerina,
promove o relaxamento dos vasos e
consequentemente, redução de trabalho
cardíaco, redução na demanda de oxigênio, reduz
a dor.
RESPOSTA DOS HORMÔNIOS ESTEROIDES

➝Alguns hormônios podem fazer duas respostas diferentes –


primária ou precoce e secundária ou tardia dentro da própria célula.

SINALIZADORES LIPOFÍLICOS ➝Determinadas pela célula alvo e suas características específicas.

➝Resposta primária (precoce) ao hormônio esteroide.


➝Moléculas pequenas e hidrofóbicas (ou lipofílicas).
 Hormônio foi reconhecido pelo receptor do hormônio
➝Conseguem atravessar a membrana, pois são pequenas moléculas
esteroide, ativando as proteínas, que vão promover a
hidrofóbicas. resposta primária.
➝São reconhecidos por receptores e efetores intracelulares, e
essas podem promover uma reposta.

 Exemplo: hormônios esteroides, tireoidianos, retinóis e


vitamina D.

➝Outro exemplo de sinalizadores lipofílicos: óxido nítrico

 Molécula sinalizadora em animais e plantas.

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➝Resposta secundária (tardia) ao hormônio esteroide ➝Receptores enzimáticos ou ligados a uma enzima: tem a
capacidade de modificar algo, são enzimas ou estão associados
 Essas proteínas da resposta primária ativam genes da diretamente a uma enzima. A ligação do ligante ativa uma enzima
resposta secundária, que levam à resposta secundária. intracelular.

 Exemplo: insulina
RECEPTORES IONOTRÓPCOS

➝Sinalização
sináptica rápida:

➝Neurotransmissor se
liga, o receptor
ionotrópico reconhece
o sinal, abre o canal,
promovem uma
resposta, fecham o
canal.
RECEPTORES DE MEMBRANA
➝Curto espaço de
➝Receptor ionotrópico: a ligação do ligante (neurotransmissor) abre tempo.
ou fecham o canal (o receptor ionotrópico). Permanece fechado, RECEPTOR ASSOCIADO À PROTEÍNA G OU METABOTRÓPICO
apenas quando o sinal chega, reconhecem e abrem o canal para
passagem de íons. A resposta é rápida. ➝O receptor (GPCR) associado à proteína G é uma proteína
 Subtipos: mecanorreceptores, termorreceptores, transmembrana multipasso. Esse receptor possui uma região de
eletrorreceptores. reconhecimento de sinal na face extracelular. Na face intracelular
ele está relacionado com a proteína G (Proteína trimérica de ligação
a GTP).

➝A proteína G tem três regiões – α, β, γ. A alfa tem uma região


onde uso um nucleotídeo trifosfatado para promover um sinal.

➝São uma família de proteínas.

➝Perto da metade dos fármacos atuam por meio desses receptores


ou por vias ativadas por ele.

➝Receptores metabotrópicos (ligados à proteína G): Esses


receptores atuam indiretamente induzindo a abertura de canais ou
alterando a atividade de enzimas. A proteína G está inativada, assim
como o receptor. Quando o receptor reconhece o sinal, isso ativa a
proteína G e ela se dissocia. Essa separação promove a ativação de
outra enzima.

 Subtipos: quimiorreceptores, fotorreceptores.

➝A proteína G está
associada ao receptor. O
sinal liga-se ao GPCR,
torna o receptor ativo. O
receptor ativo muda a sua
forma, faz com que a
proteína G troque GDP por
GTP, essa ligação faz com
que a parte β e γ se
separe da α.

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➝GTPase tira o GDP e adiciona o GTP na proteína G. O GTP será IP3 E DAG
adicionado na subunidade α.
➝Existe um outros sinalizadores intracelulares – IP3 e DAG.
➝Quem ativa o resto da ação pode ser tanto a alfa, a subunidade
beta e gama ou as duas. ➝O sinal chega, é reconhecido pelo GPCR, que vai modificar a
proteína Gq, separando alfa de beta\gama, troca GDP por GTP. Alfa
➝Quando a proteína G está inativa, ela é trimérica, depois dissocia vai ter ligado um GTP. Essa ativação da proteína G vai ativar uma
e vira dimérica e monomérica. proteína – Fosfolipase C. A Fosfolipase C pega o PIP2 e quebra ele
em dois pedaços – IP3 e DAG. O DAG vai se manter na membrana,
➝GDP (guanina di fosfato) e GTP (guanina tri fosfato) são se liga à proteína cinase C. O IP3 vai ser reconhecido no receptor
nucleotídeos. ionotrópico do retículo endoplasmático, que vai fazer a liberação do
cálcio, aumentando o nível de cálcio na célula. O cálcio se liga à
AMPc proteína cinase C, ativando-a (IP3 + DAG = Proteína cinase C ativada).

➝Depois que ativa a proteína G, a proteína G ativa a proteína ➝A proteína cinase C pode ativar canais na membrana.
adenilato ciclase. A adenilato ciclase transforma o ATP em AMP.
Aumenta a concentração de AMPc. AMPc é um sinalizador
secundário (um mediador intracelular), ele vai fazer diferentes ações
dependendo do tecido alvo. Nas proteínas Gs.

CÁLCIO COMO MEDIADOR


➝AMPc pode se ligar a subunidade regulatória da proteína-cinase
A (é uma proteína que tem a capacidade de adicionar grupamentos ➝Contração deve ser controlada em uma célula.
fosfato a outra proteína), e torne ela ativa. Quando ela está ativa,
ela vai para o núcleo e fosforila (adiciona fosfato) a proteína CREB.  Contração muscular.
A proteína CREB se liga ao DNA e promove o início da transcrição  Sinapse.
gênica.
➝Cálcio indo do meio intracelular para o extracelular

 Permutador de Ca2+ dirigido por Na+.


 Bomba de Ca2+

➝Cálcio do citosol para o retículo endoplasmático – bomba de Ca2+

➝Cálcio do citosol para a mitocôndria – Permutador H+ , simporte.

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RECEPTORES ASSOCIADOS A ENZIMAS OU ENZIMÁTICOS

➝O próprio receptor já está associado diretamente a uma enzima


ou ele próprio é uma enzima (ao contrário do receptor metabotrópico
que necessita da proteína G para ativar a enzima).

➝Na maioria dos casos o receptor tem capacidade enzimática.

➝A maior parte desses receptores são diméricos Na membrana,


tem fluindo as duas partes desse receptor. Quando o sinal aparece
e os monômeros se ligam (se associam). A partir dessa dimerização,
o monômero da esquerda gasta ATP e fosforila o monômero da
direita. O monômero da direita gasta ATP e fosforila o monômero
da esquerda = transautofosforilção. Assim, se o receptor for do tipo
enzimático, ele vai fosforilar outras proteínas. Se ele for do tipo
associado a enzima, essa enzima será ativada e vai fosforilar outras
enzimas.

 Proteína transmembrana
 Domínio extracelular: interação com o ligante
 Domínio citosólico: associado a enzima

CALMODULINA

➝Existe uma proteína chamada calmodulina, está presente em


todas as célula eucariontes. Ela tem forma linear e tem sítios de
ligação ao cálcio. Quando ela está ligada ao cálcio, ela muda sua
forma e ativa a CAM-cinase II, que é um dispositivo de memória
molecular.

➝O sinal ativa o receptor, ativa proteína G, ativa Fosfolipase C,


quebra PIP2 em IP3 e DAG, o IP3 libera o cálcio do retículo. Esse
cálcio se liga à calmodulina. A calmodulina e o cálcio se liga à CAM-
cinase e ativa ela. Quando ativada, ela faz autofosforilação. A CAM-
cinase adiciona um fosfato nela mesma e promove a resposta. ➝Classes dos receptores acoplados a enzimas ou enzimáticos:

➝Com esse fosfato, ela retira o cálcio da célula.  Receptores tirosina-cinases:


fosforilação de tirosinas
➝Cálcio se separa da calmodulina e do complexo CAM-cinase. próprias e de proteínas-alvo.
 Receptores associados a
➝Mesmo sem o sinal, a CAM-cinase continua ativada, promovendo tirosina-cinase: sem atividade
resposta. catalítica, recrutam enzimas citoplasmáticas
 Receptores serintreonina-cinase: fosforilação de serinas ou
treoninas próprias e de proteínas reguladoras gênicas.
 Receptores associados à histidina-cinase: via de sinalização
– cinase fosforila histidinas próprias e transfere fosfato
para uma segunda molécula sinalizadora.
 Receptores guanilil-ciclase: catalisam a produção de GMPc
– mediador intracelular.
 Tirosina-fosfatases: similares a receptores – removem o
fosfato.

➝Receptor específico, não estão separados na membrana. Já


está dimerizado na membrana. A insulina chega, ativa síntese de
gordura, síntese de glicose, crescimento e expressão gênica,
síntese de proteína e ativa o transportador de glicose e ela entra
na célula.

➝A glicose vai para o Ciclo de Krebs.


➝Para acabar com a resposta precisa da enzima fosfatase.

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IMPORTÂNCIA E FUNÇÃO ORGANIZAÇÃO

➝Movimentação interna. ➝Três famílias de moléculas proteicas que formam o esqueleto da


célula. Cada uma constrói um tipo de filamento (um “fio”).
➝Movimentação externa.
 Filamentos de Actina ou Microfilamentos: actinas ➝
➝Resistência. polimerização. Estão próximos ou associados à membrana
plasmática, podem atravessá-la. Tem a menor espessura.
➝Função: resistência, forma e capacidade de locomoção.  Filamentos Intermediários: sustentam a estrutura do
núcleo, mas também estão presentes ao longo da célula.
➝Mantém o funcionamento adequado das células, pois organiza São polímeros de proteínas fibrosas. Espessura
tudo o que está dentro da célula no espaço e faz sua interação com intermediário.
o ambiente.
 Microtúbulos: formato estrelado que alcança toda a célula
 Conformação a e surge partir de um único local (região de origem:
correta centro organizador de microtúbulos). São polímeros de
proteínas tubulinas. São tubos ocos e tem espessura
 Fisicamente
grande. Importantes para a divisão celular, posicionamento
robustas
das organelas e movimentação cílios e flagelos.
 Estrutura
interna
adequada
CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO
 Migração e
modificação ➝O citoesqueleto precisa ser dinâmico e ter capacidade de
da forma
adaptação.
 Reorganização:
crescimento, divisão e/ou adaptação a mudança ➝Podem se modificar rapidamente.
➝Funções estruturais e mecânicas: células eucarióticas – ➝Microtúbulos
citoesqueleto
FUNÇÕES ESPEÍFICAS

➝Separa os cromossomos na mitose

➝Divide a célula em duas

➝Guia e direciona o tráfego intracelular de organelas

➝Transporta materiais de uma região à outra no citosol

➝Dá suporte à membrana plasmática  Arranjo citoplasmático em forma de estrelas > fuso
mitótico.
➝Dá suporte para resistência à estresses e esforços  Formar estruturas de locomoção denominadas cílios e
flagelos.
➝Movimentação:
 Feixes de deslizamento para materiais nos axônios.
espermatozoides
 Direcionar padrão de síntese da parede celular em
➝Deslizamento: vegetais.
leucócitos
➝Filamentos de Actina
➝Maquinaria para
 Face interna da membrana plasmática > resistência da
contração muscular
membrana.
➝Extensão dos neurônios: axônios e dendritos  Projeções na superfície celular.
 Anel contrátil da divisão celular de animal.
➝Crescimento da parede celular vegetal  Os feixes reguladores de estereocílios.
 Microvilosidades
➝Controla a diversidade de formas das células eucarióticas
➝Filamentos Intermediários

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 Cápsula protetora em volta do núcleo. ➝4 pares de protofilamentos (8 protofilamentos) se associam
 Citosol: manutenção de células epiteliais unidas. lateralmente e formam um filamento intermediário, por meio de
 Auxiliam na extensão dos longos e fortes axônios. dobra.
 Apêndices resistentes: unhas e cabelos. ➝Cabos de aço de pontes e cabos de alta tensão de energia
➝Em algumas células, porém, as estruturas precisam ser estáveis, elétrica se assemelham a filamentos intermediários pois precisam
ser resistentes.
pois são especializadas e não podem perder sua estrutura.

 Neurônios
 Epitélios do intestino e pulmões
 Células do ouvido interno (estereocílios)
MOLÉCULAS ACESSÓRIAS

➝Proteínas Reguladoras: nascimento, alongamento, encurtamento e


o desaparecimento > polímeros > unidades monométricas
(reconhecem o sinal e induzem a uma resposta).

➝Proteínas Motoras: servem para transportar macromoléculas e


organelas.

➝Proteínas Ligadoras: conectam os filamentos entre si ou com


outros componentes da célula. Proteínas internas ou transmembrana.

➝Os microtúbulos, os filamentos intermediários e os


microfilamentos não funcionam sozinhos, pois precisam das
moléculas acessórias.
OS FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOS

➝Tem diâmetro intermediário, são filamentos de 10 a 12 nm de


diâmetro.

➝Um filamento é um polímero linear (uma série de repetições que


formam uma estrutura linear). Mas cada filamento tem uma
estrutura base, um monômero base.

➝O filamento intermediário é formado por monômeros de ➝8 octâmeros ou 8 protofilamentos formam o filamento


proteínas α hélice fibrosa intermediário. O protofilamento é cada um dos 8 fiozinhos que
formam um filamento
intermediário.

➝Estão localizados em dois


principais lugares:

 Formam uma rede contínua


estendida entre a
membrana plasmática e o
envoltório nuclear
 Outra malha cobre a face
interna do envoltório nuclear

➝Essas proteínas fibrosas são associadas em dímeros ➝


tetrâmeros ➝ se conectam pelas suas extremidades ➝ formam
estruturas cilíndricas protofilamentos (são octâmeros).

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➝Os filamentos intermediários são os únicos que estão presentes  Derme fibrótica, hiperpigmentação
internamente em uma organela (o núcleo). O núcleo possui uma rede  Unhas amareladas e quebradiças
de filamentos intermediários que protegem internamente a  Aterosclerose acelerada, altos níveis de LDL
membrana, uma vez que a função do núcleo é proteger o material
 Sem função gonadal
genético.
 Cabeça grande e mandíbula pequena
➝Os filamentos intermediários tem uma composição química
diversa.

 Laminofilamentos: são os filamentos intermediários que


estão dentro do núcleo, sustentam a lâmina nuclear e até
mesmo prendem o material genético
 Lâminas A, lâminas B e lâminas C formam a rede
de filamentos intermediários dentro do núcleo
 As proteínas que constroem as lâminas A são as
lamininas ➝ A Progéria ou Síndrome de
Hutchinson-Gilford é resultado de uma mutação
no gene LMNA que afeta a lâmina A e há ➝Lipodistrofia parcial familiar do tipo Dunnigan
problemas na montagem e desmontagem do
núcleo durante a mitose. O número exagerado  Mutação do gene LMNA – lâminas A/C
de mitoses leva ao envelhecimento precoce  Desaparecimento de tecido adiposo, membros, região
 As proteínas que constroem as lâminas B são as glútea, abdome e tronco
lamininas B  Acúmulo de gordura – face, queixo, grandes lábios e região
 As proteínas que constroem as lâminas C são as intra-abdominal
lamininas C  Resistência à insulina
 Filamentos de queratina  Ovários policísticos
 20 queratinas – células epiteliais
 10 queratinas – cabelos e unhas
 Resistência mecânica
 Diagnóstico de carcinomas – células epiteliais
 Filamentos de vimentina
 Aspecto ondulado
 Comuns nas células embrionárias
 Em organismos desenvolvidos: fibroblastos,
células endoteliais, células do sangue
(mesodérmica) e células nervosas
 Proteína ligadora que une os filamentos de
vimentina no seu ponto de cruzamento é a
plactina
 Suporte e ancoragem da posição das organelas
no citosol: ligada ao núcleo celular, RE e ➝Epidermólise bolhosa simples
mitocôndria
 Filamentos de desmina  Queratinas defeituosas, fazem com que o estrato basal do
tecido epitelial se rompe e forma bolhas
 Importantes na estrutura células musculares
 Estresses mecânicos
 Filamentos gliais
 Citosol de astrócitos e de algumas células de
Schwann
 Neurofilamentos
 Principais elementos estruturais dos neurônios –
dendrito e axônio
 Resistência do axônio
CORRELAÇÕES CLÍNICAS

➝Progéria ou Síndrome de Hitchinson-Gilford

 Envelhecimento precoce
 Epiderme atrófica e desprovida de anexo (não tem pelos)

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➝Esclerose Lateral Amiotrófica ou doença de Lou Gehrig ➝Crescimento lento e rápida despolimerização = instabilidade
dinâmica.
 Acúmulo e montagem anormal de neurofilamentos no
corpo celular e axônios de neurônios motores ➝Fase de polimerização – construção ou montagem do microtúbulo
 Interfere com o transporte axonal normal (falha na
comunicação com os músculos)
 Fraqueza muscular e atrofia, coração, diafragma

➝O GTP estrutural permite a união entre a alfa e beta tubulina,


mantém elas conectadas, sempre está presente na estrutura e não
vai se desligar.

➝Esses dímeros podem apresentar um GTP intercambiável. Esse


GTP fica na ponta dos dímeros e se está presente, estimula a
montagem do microtúbulo. Enquanto os dímeros da ponta do
microtúbulo possuem a capa de GTP, esse microtúbulo está
crescendo.

➝A partir do momento que não tem mais a necessidade desse


crescimento, hidrolisa-se o GTP a um GDP. Com isso a estrutura do
MICROTÚBULOS microtúbulo se torna instável e o microtúbulo começa a perder
dímeros, a diminuir. Essa rápida polimerização e despolimerização
➝Dímeros de tubulina, duas moléculas de tubulina ligadas: importante pela sua função na mitose.
 α tubulina e β tubulina

➝O microtúbulo é construído unindo a alfa e a beta tubulina,


formando heterodímeros, depois são ligados, formando fileiras
longitudinais (protofilamentos). Esse processo é a nucleação.

➝13 protofilamentos associados lateralmente formam um cilindro


oco, o microtúbulo.

➝Diâmetro de um microtúbulo é de 25 nm.

➝São polarizados (tem dois polos)

 Extremidade mais: cresce mais rapidamente


 Extremidade menos: cresce lentamente
➝Quando o GTP intercambiável está conectado na tubulina beta
da ponta mais, o microtúbulo está mais estável ou linear e cresce
(para polimerizar deve manter a capa de GTP)

➝Quando quebra o GTP para GDP, o filamento fica encurvado e


assim ele se torna mais instável e leva à despolimerização (para
despolimerizar =
quebra o GTP)

➝Na fase de
polimerização,
quando há a
perda da capa de
GTP, chama-se
catástrofe, leva à
hidrólise do GTP
para GDP e
começa a
acontecer a
➝A gama tubulina está associada apenas ao complexo de controle, despolimerização.
organização de polimerização ou despolimerização dos microtúbulos.

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➝Quando está em fase de despolimerização e repõe-se a capa de ➝O centrossomo: centro organizador de microtúbulos
GTP chama-se resgate.
 Promove a nucleação: é o processo de polimerização das
➝Aplicação médica: medicamentos (impede a divisão celular) subunidades de tubulina, região específica que induz à
montagem dos dímeros (que é o primeiro passo para
 Colchicina: tratamento da gota – une-se às tubulinas e montar os microtúbulos)
impede sua polimerização.  O polo menos do microtúbulo geralmente está associado
 Vimblastina e derivados vindesina e vinorelbina: ao centrossomo e à γ tubulina
tratamento de câncer – ligam-se à tubulina e impedem a  Organiza os microtúbulos em unidades
formação do fuso mitótico
 Se duplica a cada ciclo celular
 Taxol: quimioterápico – impede a despolimerização – induz
seu crescimento descontrolado – incompatível com a  Possui dentro dele um par de centríolos + material
divisão celular pericentriolar e γ tubulina
 Dão origem aos corpúsculos basais: similares aos centríolos
➝Classificação dos microtúbulos de acordo com a localização – origem do crescimento dos cílios e flagelos

 Citoplasmáticos: presentes na célula em interfase


 São vias de transporte para macromoléculas e
organelas
 Assistência de duas proteínas motoras: cinesina
e dineína
 Quando estão carregadas com o material para
transporte a cinesina desliza para a extremidade
mais (+) e a dineína para a extremidade menos
(-)
 Energia para transporte: gasto de ATP pelas
proteínas motoras
 As cadeias pesadas se ligam às tubulinas
➝Microtúbulos são utilizados em cílios e flagelos

 Extensões citoplasmáticas móveis

Estabilizam os microtúbulos  Síndrome de Bardet-Biedl: doença dos corpúsculos basais


e dos cílios, leva à obesidade, moderado atraso de
Abundantes nos neurônios do SNC desenvolvimento cognitivo, hipogonadismo, polidactilia
Defeitos na TAU: não estabilização adequada dos microtúbulos  Síndrome de Kartagener: dineína ausente ou defeituosa,
impede a desobstrução mucociliar nas vias aéreas, reduz
➝ aparecimento de estados de demência ➝ Alzheimer a motilidade dos espermatozóides e transporte do ovo na
tuba uterina = esterelidade
FILAMENTOS DE ACTINA
 Mitóticos: fibras do fuso mitótico
 Ciliares: eixo dos cílios ➝Microfilamentos – 8 nm, são os filamentos mais finos.
 Centriolares: corpúsculos basais e centríolos
➝Mais flexíveis que os microtúbulos e que os filamentos
 Microtúbulos ciliares e centriolares: muito mais estáveis
intermediários.

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➝“Não conseguimos” ver os microfilamentos na microscopia ➝Alongamento: em consequência da agregação sucessiva de novos
eletronica, pois a resolução dela é de 10 nm para cima. monômeros nas extremidades (+) e (-) do filamento ainda inacabado.

➝Associados em feixes (vários microfilamentos em uma mesma ➝Os monômeros de actina ➝ sítio de ligação ATP ➝
direção), ou redes (microfilamentos entrelaçãdos). polimerização

➝Formam o esqueleto das microvilosidades. ➝Os filamentos de actina tem uma série de mecanismos internos
para controle de polimerização:
➝Fazem parte da ação contrátil das células musculares.
 Timosina
➝Possuem a extremidade mais (+), onde o filamento cresce mais  Profilina
rápido ou decresce mais rápido e a extremidade menos (-), em que  Cofilina
alongam-se e encurtam-se mais mais lentamente.
 Gelsolina
➝O filamento de actina é formado por uma única proteína: a actina  Tropomiosina: estabiliza os filamentos de actina
G. A nucleação é a junção de poucas moléculas antes de construir o  Na estrutura de contração da célula muscular,
filamento inteiro. A nucleação da actina promove homotrimerização. tem os filamentos delgados, formados por
Depois, eles são unidos para construir o filamento. filamentos de actina, troponina e tropomiosina
homotrímeros  A tropomiosina é importante pois ela estabiliza
e mantém unidos os filamentos de actina
 Os microfilamentos podem se construir e se
moldar de acordo com a necessidade, mas na
célula muscular eles precisam ficar unidos, não
pode despolimerizar pois ele é necessário para
a contração

➝Se colocar em uma célula subunidades de actina, o filamento


demora para crescer. Se colocar homotrímeros a construção inicia-
se no mesmo tempo = a nucleação é necessária para diminuir o
tempo de construção do filamento de actina.

➝Classificação dos filamentos de actina de acordo com a


distribuição na célula

 Corticais: abaixo da membrana plasmática – células


epiteliais. Sustentação em formato de rede ou feixes. São
ancorados por proteínas como a anquirina e fodrina
 Transcelulares: atravessam o citoplasma em todas as
direções, nas células conjuntiva formando fibras de tensão
e nas células epiteliais onde os filamentos de actina
➝Precisa de ATP para a construção do filamento de actina. transcelulares funcionam como vias para transportar
organelas pelo citoplasma, e a proteína motora é a miosina

➝Filamentos de actina estão presentes nas microvilosidades das


células.

➝Os filamentos de actina e miosina são utilizados no final da


mitose, na separação das duas novas células

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COMPARTIMENTOS INTRACELULARES

➝As endomembranas são membranas celulares que formam


pequenos compartimentos dentro da célula.

➝São importantes para compartimentalização de reações


bioquímicas (dentro das endomembranas há ambientes químicos
específicos). Para melhorar a eficiência da célula, uma vez que cada
um tem sua função.

 Núcleo
 Retículos
 Mitocôndrias
 Lisossomos
 Peroxissomos
 Endossomos
 Citoplasma: citosol (solução líquida) + organelas

➝O esquema evolutivo aponta para 4 famílias de compartimentos


intracelulares:

➝Relações entre volume e compartimentos intracelulares podem  Núcleo e citosol (a invaginação da membrana plasmática
variar de acordo com os tipos celulares e função, assim como a fez o núcleo ter citoesqueleto na parte interna, igual ela)
composição da membrana.  Organelas envolvias em vias secretoras (similares a meio
exterior pois derivaram do meio exterior), com o passar
ORIGEM EVOLUTIVA
dos anos elas foram se subespecializando ➝ sistema de
➝Duas principais origens evolutivas dupla bicamada fosfolipídica endomembranas
 Mitocôndria
 A primeira endomembrana surgiu na célula procariótica  Plastídeos em plantas
ancestral. A célula procariótica possui seu material
genético preso em uma região na membrana plasmática. SISTEMA DE ENDOMEMBRANAS
Aconteceram invaginações da membrana, envolvendo o
núcleo. Os ribossomos ligados à membrana participam da ➝Todas as organelas que formam cisternas, sacos e túbulos.
invaginação e formam o retículo endoplasmático. A
composição da região interna do núcleo é a mesma da ➝Comunicação direta entre si ou mediada vesículas
parte do citoplasma. Apesar disso, por consequência da
invaginação, a composição química do meio externo  Retículo endoplasmático
também passou a fazer parte do meio interno nas  Complexo de Golgi
endomembranas = dois espaços químicos na célula  Lisossomos
 O segundo passo é o surgimento das mitocôndrias e dos  Endossomos
plastídeos: eles também sofreram invaginação da  Peroxissomos
membrana.

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RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO ➝Função do Retículo Endoplasmático Liso
➝Um retículo endoplasmático na célula. Uma única organela com  Síntese de lipídeos
dois setores.  Os fosfolipídeos e o colesterol (os principais
componentes lipídicos de todas as membranas
 Retículo Endoplasmático Granular ou Rugoso: presença de celulares)
ribossomos sobre seu lado citosólico
 Os hormônios esteróides (testosterona e os
 Retículo Endoplasmático Agranular (Liso): ausência de estrógeno – hormônios sexuais)
ribossomos
 Síntese de lipídeos
➝Espaço luminal: “cavidade”  Etapas metabólicas necessárias à síntese dos
triacilglicerois (1, 2, 3 e 4A) e da fosfatidilcolina
➝Os espaços se comunicam (1 , 2, 3 e 4B).
 Reações 1 e 2 > citosol.
➝Quem mantém o retículo na sua forma é o citoesqueleto. Do lado  Reações 3, 4A e 4B >membrana do RE.
externo.
 Metabolismo do glicogênio
➝Se distribui por todo o citoplasma > núcleo até a membrana  Glicose 6-fosfatase
plasmática  Última etapa da glicogenólise
 Glicose 6-fosfato a glicose
 Presente na membrana do Retículo Liso
 Armazenamento de cálcio e armazenamento de cálcio
intracelular
 Detoxificação
APARELHO DE GOLGI

➝Posiciona-se entre o RE e a membrana plasmática.

➝Recebe o material produzido pelo retículo endoplasmático, por


meio de vesículas membranares, modifica esse material passando
pelas suas cisternas, para que elas tenham “capacidade” de atividade,
não necessariamente estão ativas, mas estão aptas a funcionar.
➝Função do Retículo Endoplasmático Rugoso
➝Além disso, tem a função de endereçamento do material
 O ribossomo tem a função de síntese de proteína pelo produzido.
reconhecimento de um RNAm, a proteína vai para dentro
do lúmen do retículo endoplasmático ➝A organela é formada por várias cisternas.
 Ribossomos ligados ao RE: proteínas transportadas ao RE
 Ribossomos livres: demais proteínas
 Polirribossomos
 A associação do ribossomo na membrana do retículo é
posterior ao início da produção da proteína.

➝Dictiossomos: unidades funcionais

 Dictiossomo é a estrutura abaixo, que possui no mínimo 5


cisternas diferentes
 Rede cis, cisterna cis, cisterna medial, cisterna trans, rede
trans de golgi
 Dependendo a célula, o número de dictiossomos varia

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MOVIMENTAÇÃO DE PROTEÍNAS NO CITOSOL
1. A maioria das proteínas, exceto algumas mitocondriais, são
produzidas nos ribossomos livres ou ligados ao RE (no
citosol)
2. Quando o ribossomo reconhece, ele começa a produzir a
primeira parte da proteína, que indica para onde ela será
utilizada, o peptídeo sinal
3. Sequência sinal: o peptídeo sinal é a porção da proteína
que sinaliza pra onde ela vai (importar para o núcleo,
importar para a mitocôndria, entre outros)
4. Quando precisa de uma proteína no retículo, o ribossomo
➝O retículo produz, usa sua membrana e produz uma vesícula, e produz a primeira parte que é o peptídeo sinal, aí a SRP
transporta para o aparelho de golgi, que as modifica e transporta (Partícula de Reconhecimento de Sinal) encaixa e a
para fora = exocitose. produção para. A SRP será então reconhecida na
membrana do retículo e a produção continua para dentro
➝As partículas envolvidas nesse processo são direcionadas para do retículo (transporte transmembrana co-traducional)
fora pois foram produzidas nas organelas que possuem ambiente
químico similar ao exterior pela origem evolutiva. ➝Três tipos de transporte de proteína na célula, que dependem da
composição química da região de produção e da região final dessa
➝Algumas proteínas podem ser produzidas e liberadas no citosol, proteína:
mas são em um número muito menor.
1. Transporte mediado:
➝Cada dictiossomo tem:  Entre o núcleo e o citosol
 Mesmo ambiente químico
 Face cis recebe as vesículas do retículo e passa para a  Os poros do núcleo impedem substâncias grandes de
região medial passar, mas a comunicação química entre o citosol
 Cisterna cis, medial e trans formam a região medial, que existe.
envia para a região trans  Todas as proteínas que tem sequência sinal para o
 Região trans está virada para a membrana plasmática, núcleo vão ser levadas para o núcleo, passa pelo poro
envia o material para o destino final nuclear, a partir de uma proteína que vai mediar esse
transporte
➝O aparelho de golgi pode modificar glicoproteínas
 A importina importa a proteína para dentro do núcleo.
Reconhece o sinal de localização nuclear, usando Ran-
GDP, entra para dentro do núcleo pelo complexo de
poro. Dentro do núcleo recebe o Ran-GTP e libera o
material, e volta para o lado de fora
 Se o material está dentro do núcleo, a exportina
reconhece o sinal de exportação, liga-se ao Ran-GTP,
passa para fora, libera o Ran-GTP e a arga, e volta
para dentro do núcleo

➝O aparelho de golgi pode modificar proteoglicanos.

➝Lipídios de membrana são produzidos no retículo e enviados ao


aparelho de golgi para modificação (maioria fosfatados).
Para que a proteína, glicoproteína, lipoproteína esteja funcional, ela
precisa passar pelo complexo de golgi.

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2. Transporte transmembrana  Retro-translocação: quando as proteínas
 Ambientes químicos diferentes devem sair do retículo para serem
 Do citosol para dentro do retículo, mitocôndria, degradadas
plastídeos, peroxissomo  É a única organela que consegue manter a
 Tem dois principais tipos: pós-traducional e co- fixação com o ribossomo
traducional
 Não envolve o retículo endoplasmático ➝ pós- 3. Transporte vesicular
traducional  Do retículo para outras organelas membranares, para
o complexo de golgi por exemplo
 Mitocôndrias, cloroplastos, peroxissomos
 Mesmo ambiente químico, a partir do RE
 O ribossomo não pode se ligar na
membrana dessas células, a proteína é  Esse transporte não permite que o material produzido
produzida no citosol encontre a composição química do citosol
 A proteína produzida no citosol, nesse  Formação em um compartimento doador, por
ambiente químico, está em uma forma brotamento da membrana, formando uma vesícula:
(proteína precursora – não é funcional) evaginação ➝ brotamento ➝ enforcamento ➝
 Precisa desdobrar a proteína, atravessar os liberação ➝ transporte
complexos translocadores (TOM, SAM, TIM,  A vesícula é transportada pelo citoesqueleto
OXA) de proteína na membrana para
 Fusão com o compartimento receptor e liberação do
dentro da região alvo e, assim, assumindo
um formato diferente e funcional devido material: ancoramento ➝ fusão ➝ liberação no
ao novo dobramento (pelo ambiente lúmen da organela alvo
químico diferente)  Tem transferência de membranas
 Algumas organelas tem até mesmo
proteínas modeladoras de proteínas
 “translocação pós-traducional”

 Formas de transporte vesicular


 Via Biosintética: via de produção e liberação
no meio extracelular (exocitose), é a via de
secreção. Acontece de duas principais
formas – a constitutiva e a regulada. A via
secretora constitutiva produz no retículo,
modifica no complexo de golgi e libera no
 Envolve o retículo endoplasmático ➝ co-traducional espaço extracelular. A via secretora
 Inicia-se a produção de proteína no regulada é controlada por um sinal, em que
ribossomo do citosol. A primeira parte da a célula produz um material, armazena em
proteína é a sequência de sinalização para vesículas e elas ficam paradas (exemplo
envio ao retículo (peptídeo sinal). A SRP ➝ neurotransmissores liberados apenas
(Partícula de Reconhecimento de Sinal) na presença de um potencial de ação)
reconhece essa sequência, encaixa e a
produção para, pois ela bloqueia a tradução
da proteína. A SRP será então reconhecida
na membrana (se liga a um receptor de
membrana do retículo), encaixa o
ribossomo na membrana e a produção
continua para dentro do retículo.
 Esse ribossomo tem a porção produtora
voltada para uma proteína translocadora e
a partir de agora, reinicia-se a tradução
 Dentro do retículo a proteína exerce sua
função ou pode ficar presa na membrana
do retículo (atravessando várias vezes são
multipasso, como o GPCR, o receptor da
proteína G), ou podem ser enviadas ao
Complexo de Golgi

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 Via Endocítica: de degradação ou ➝ATP
reciclagem (endocitose). Pega o material
do exterior da célula para o interior da
célula. O material vem do exterior, forma
um endossomo inicial, que se funde às
proteínas do aparelho de golgi, formando o
endossomo tardio ➝ início da digestão ➝
lisossomos. A fagocitose é de grandes
partículas, a pinocitose é de fluidos e
pequenas partículas. Também pode
acontecer por autofagia, para degradar
materiais do interior da célula

➝Mitocôndrias são cilindros rígidos e alongados > móveis e plásticas


> mudança constante de forma
PEROXISSOMOS
➝Associadas à microtúbulos > movimentação
➝Todas as células possuem
➝No de mitocôndrias, depende a célula, possuem muitas:
➝Sítios de utilização do oxigênio  Células musculares estriadas
➝Organela ancestral  Células nervosas
 Hepatócitos
➝Função
➝Possuem várias formas
 Lidar com oxigênio molecular que gera reações que
produzem compostos tóxicos e altamente reativos as ➝Teoria da endossimbiose
células
 As principais reações são:  Lynn Margulis (década de 60)
 bactérias endocitadas por células eucarióticas anaeróbias
> bactéria púrpura fotossintética > perdeu a função de
fotossíntese > cadeia respiratória
 Proteínas mitocondriais > genes no núcleo celular >
evolução > transferência de genes do DNA mitocondrial >
DNA nuclear

 Especialmente importante para fígado e rins

MITOCÔNDRIAS

➝Metabolismo energético

➝Células eucarióticas > essencial para evolução > respiração


anaeróbica > pouco aproveitamento energético

➝Mitocôndria: metabolismo completo dos carboidratos > CO2 +


H2O > oxidação pelo O2 > 15 x mais ATP

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➝Mitocôndria – genoma ➝É impermeável porque a função de produção de ATP depende de
gradiente de prótons
 Tamanho relativamente pequeno > 16.569 nucleotídeos
(1981) ➝Poucas proteínas produzindo a partir do genoma mitocondrial.
 Molécula de DNA circular e sem histonas Maioria das proteínas vem do genoma nuclear > síntese > ribossomos
 Apenas uma origem de replicação livres > sequência-sinal > translocação pós-traducional
 Pouco DNA regulador > empacotamento denso ➝Função das proteínas
 Códons flexíveis > 31 tRNA no citosol e 22 tRNA na
mitocôndria  Geração de energia – ATP
 Código genético variante > 4 dos 64  Descarboxilação oxidativa do piruvato
 Uniparental: origem materna > tamanho do óvulo > maior  Beta-oxidação
 fornecimento de citoplasma  Ciclo do ácido cítrico (C.K)
 Fosforilação oxidativa
➝Mitocôndria – reprodução
 Termogênese – células adiposas multiloculares >
 Hipótese de evolução a partir de bactérias termogenina
 Genoma próprio e maquinarias biossintéticas > RNA e  Remoção do Ca2+ do citosol
proteínas  Síntese de aa e esteróis
 Surgimento de novas mitocôndrias mitocôndria
➝Metabolismo energético
 Duplicação da massa e divisão de uma preexistente

➝Mitocondria – Membranas Mitocondriais


➝Mitocôndria – glicólise
 Duas membranas altamente especializadas
 Compartimentos: matriz mitocondrial (MM) e espaço  Ocorre no citosol
intermembranas (EIM)  Independente de O2
 Membrana externa (MME): porinas > canais  Balanço final: Glicose + 2ATP + 2NAD+ + 4 ADP + 2 pi > 2
aquosos > permeável > EIM quimicamente piruvato + 2ADP + 2NADH + 2H+ + 4 ATP + 2H2O = Saldo
equivalente ao citosol. Membrana derivada da final: 2 ATP e 2 NADH (diferentes destinos)
membrana plasmática
➝Mitocôndria – Ciclo De Krebs
 Membrana interna (MMI): impermeável e
altamente especializada > dobrada em cristas >  Matriz mitocondrial
cardiolipina impermeável > impermeável a íons.
Membrana do procarioto ancestral  8 etapas
 4 reações de oxidação
 NAD+ e FAD
 Serve à processos catabólicos e anabólicos
 Catabolismo de carboidratos, ácidos graxos e aa
 Precursores para vias de biossíntese
 Energia conservada na forma de 3 NADH + 1 FADH2 + GTP

➝Mitocondria – Cadeia Respiratória

 Culminação do metabolismo produtor de energia


 Catabolismo de carboidratos, ácidos graxos e aa > C.K >
fosforilação oxidativa (cadeia respiratória)

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 Ocorre nas mitocôndrias > cristas mitocondriais NÚCLEO
 Redução de O2 > H2O com elétrons doados do NADH e
FADH2 ➝Diferencia procariontes de eucariontes
 Formada por
 Complexo I: NADH-desidrogenase
 Complexo II: succinato-desidrogenase
 Complexo III: complexo de citocromo bc1
 Complexo IV: citocromo-oxidase
➝10% da célula
 Ubiquinona ou coenzima Q

➝Mitocondria – Fosforilação Oxidativa ➝Variação

 ATP-sintase:  Células Anucleadas


 Dois domínios  Mononucleada
 F1: proteína periférica de membrana  Binucleada
 FO: proteína integral de membrana  Multinucleada

➝Mitocondria – Oxidação Completa ➝Pode estar periférico ou centralizado

 Glicólise: 2 NADH+ 2 ATP


 Descarboxilação do piruvato 1 NADH (2x)
 C.K: 3 NADH (2x) + 1 FADH2 (2x) + 1 GTP (2x)
 Fosforilação oxidativa
 10 NADH > 25 ATP
 2 FADH2 > 3 ATP
 4 ATP

➝Espécies reativas de oxigênio (ero)

 O2 > afinidade por elétrons > reativo > EROs > superóxido
 Todos os compostos intermediários são altamente reativos ➝Dupla bicamada lipídica, no meio delas tem um espaço
 Interação e degradação de lipídeos e danos ao DNA perinuclear, é contínuo ao lúmen do retículo endoplasmático
 Reações de eliminação de espécies reativas podem ocorrer
na mitocôndria, retículo, peroxissoma e citosol.  ➝Poros nucleares
 EROs > doenças degenerativas Estresse oxidativo
mitocondrial Condição oxidativa inflamatória ➝Lâmina nuclear: filamentos intermediários
 Sistemas de proteção antioxidantes: Enzimáticos ➝Nucleoplasma: líquido disperso dentro do núcleo
 Superóxido-dismutase (SOD): O2- + O2- + 2H+ >
H2O2 + O2 ➝Cromatina: DNA + proteínas
 Catalase: H2O2 + H2O2 > 2H2O + O2
 Glutationa-peroxidase: H2O2 + 2GSH > 2H2O2 + ➝Envoltório nuclear ou carioteca
GSSH (tripeptídeo de glutationa – SH)
 Duas membranas
 Não enzimáticos
concêntricas > se
 Hidrofílicos unem > poros
 Glutationa nucleares
 Vitamina C (ácido ascórbico)  Espaço perinuclear:
 Indóis entre a membrana
 Catecóis externa e interna >
comunica-se com o
 Lipofílicos
RE
 Bioflavonas
 M. externa: contínua
 Carotenóides > Vitamina A ao RE > comum estar
 Vitamina E (tocoferol) associada a
 Camundongos deficientes em peróxido- ribossomos
dismutase > morte precoce  M. interna: sustentada
pela lâmina nuclear > laminofilamentos > se interrompe na
altura dos poros

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➝Laminofilamentos ➝Nucléolo

 Filamentos intermediários  Local de síntese do RNAr e da montagem das subunidades


 Estabilidade mecânica ao envelope nuclear ribossomais
 Interage com cromatina > organização tridimensional  Proteínas: flbrilarina e nucleolina > processamento do pré-
RNAr
➝Poros nucleares  Proteína: nucleostemina > interação com p53
 Centro fibrilar: cromatina contendo repetidos
 3000-4000 poros genes de RNAr e a presença da RNA-polimerase
 Nucleoporinas > complexo do poro I
 Oito colunas proteicas: parede cilíndrica > anel ou boca  Componente fibrilar denso: processamento do
interna do poro nuclear RNAr
 Proteínas de ancoragem: amarram as colunas proteicas ao  Componente granular: organização das
envoltório nuclear subunidades ribossomais > RNAr 18S e RNAr 285
 Proteínas radiais: surgem das colunas e se orientam para
o centro do poro > diafragma
 Fibrilas proteicas: nascem das aberturas interna e externa
do complexo > se projetam para o nucleoplasma e o citosol

➝Tem transporte passivo através desse poro, com as moléculas


pequenas.

➝As proteínas grandes são organizadas e transportadas pelos poros


usando as importinas e exportinas. Gastando energia GTP

➝Nucleoplasma

 Solução aquosa
 Nucléolos
 Proteínas
 RNAs
 Nucleosídeos
 Íons
 Cromatina
 Nucleotídeos

➝Material genético

 Cromatina: DNA associado a proteínas histonas ou não


histonas
 Cromossomo apenas na divisão celular

➝Cromatina – grau de atividade e compactação

 Heterocromatina: DNA enrolado e compactado, inativo para


produção transcricional
 Eucromatina: descompactado, transcricionalidade ativa

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