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JOGOS E MODELAGEM NA
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
A utilização da prática por meio dos jogos como recurso pedagógico vem
sendo explorada com o intuito de promover vários aspectos relevantes que
norteiam o ensino. Além de promover a interatividade entre os alunos, tem como
objetivo maior resgatar a ação e a reflexão sobre os conceitos específicos da
disciplina. Nessa perspectiva, a elaboração de novas estratégias e procedimentos
passa a ser uma ferramenta importante para o educador utilizar na sua prática
pedagógica.
CONTEXTUALIZANDO
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quanto ao comportamento, demonstrando ansiedade exagerada, falta de atenção
às regras estipuladas do jogo, agitação e competitividade conflitante.
Rau (2012) considera importante identificar a conduta dos alunos e refletir
sobre os procedimentos a serem adotados para que a atividade tenha início, meio
e fim, da mesma forma que os alunos correspondam em sincronia com a prática
a ser executada.
As finalidades pedagógicas recaem sempre nas estratégias
preestabelecidas, ponto determinante para que a atividade seja realizada com o
propósito de atingir os conceitos específicos. A autora destaca Maria Aparecida
Cória Sabini, pedagoga e escritora de vários livros sobre o tema, que nessa
mesma linha justifica a diferença entre o jogo apenas como uma atividade sem
intervenção, com o propósito de estabilizar o conhecimento do aluno, e o jogo
como recurso pedagógico, que sempre exigirá do professor planejamento e
previsão de etapas para alcançar os objetivos definidos, propiciando a formação
dos conceitos específicos ao educando.
Rau (2012) intensifica esse assunto apresentando como exemplo um
conteúdo da disciplina de matemática, os exercícios com operações aritméticas,
com a possibilidade de ocorrerem dificuldades quanto a raciocínio lógico, atenção,
classificação, seriação e interpretação, enfim, é um processo natural entre os
alunos. Da mesma forma, o jogo como um recurso pedagógico também vai exigir
concentração e, consequentemente, apresentar dificuldades aos educandos.
Nesse caso, o professor deve refletir sobre todos os pontos envolvidos nesse tipo
de atividade, o que vai exigir o tempo necessário para a sua exploração, e deverá
expor uma metodologia adequada e diferenciada para que todos os alunos
tenham o entendimento correto de como executar e participar dessa atividade
sobre o tema proposto por meio do jogo. São procedimentos estratégicos,
diversificados e flexíveis, que contribuem para ação pedagógica. E, quanto aos
conflitos, é reforçado pela autora como um processo decorrente; o professor
deverá estar atento e preparado para trabalhar com essas adversidades. A autora
ressalta a importância do aprimoramento do profissional na sua formação ao
trabalhar com o lúdico, por meio de experiências e trocas de informações que
enriquecem o seu contexto sobre o assunto.
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TEMA 2 – CLASSIFICAÇÃO DOS JOGOS PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA
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bem como a sua postura interagindo com o meio. A autora mostra pontos
relevantes que devem ser observados, exigindo domínio sobre o assunto e
mediação do educador.
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regras estabelecidas. O jogo de construção possui a finalidade de promover a
reconstrução de um objeto, de uma cena ou de um acontecimento, contribui para
a realidade. Para Macedo (2000), a atividade por meio do jogo define certas
características adquiridas pelo futuro cidadão:
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prol do grupo, “[...] todos cooperam e ganham, jogando uns com os outros, e não
uns contra os outros, atendem a um dos objetivos da recreação e do lazer. Esses
jogos são mais divertidos para todos, pois todos têm o sentimento de vitória, todos
participam, não havendo exclusão”.
Destaca-se que, nessa atividade, há o sentimento de cooperação,
despertando a criatividade, bem como a confiança entre os integrantes, a
descontração e interação entre todos.
É possível, por meio dos jogos, estimular a reflexão e a conscientização,
trazer à tona como devemos nos comportar, respeitar o espaço do próximo,
conviver praticando a criatividade, valorizando o ser humano.
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2.5 Dinâmicas de grupo
saber ouvir e interpretar; ter habilidade para sintetizar; estar sensível aos
movimentos do grupo; procurar fazer e manter os comentários dentro do
contexto; estabelecer uma comunicação clara e objetiva; manter
coerência; respeitar e manter sigilo; promover um relacionamento
agradável; compartilhar o comando, expectativas e inseguranças; não
subestimar o potencial do grupo; ser paciente.
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em relação aos aspectos sociais e afetivos. É importante que o educador
oportunize por meio desse recurso o autoconhecimento para que todos possam
reconhecer e respeitar as diferenças. É um aprendizado para a sua vida
acadêmica e profissional.
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no ensino médio. Trata-se do jogo “ponto a ponto”, exemplificado em seu livro,
que possui regras bem definidas e deve ser trabalhado em grupo. No primeiro
momento, é uma atividade que se restringe a uma simples pontuação, mas é
possível provocar uma análise mais aprofundada à medida que a atividade vai se
desenvolvendo, despertando a interpretação de seus participantes. Essa mesma
atividade poderá ser utilizada para os alunos do ensino médio, com a finalidade
de poder investigativo, estimulando e aprofundando a sua interpretação para
outros conceitos matemáticos, além dos critérios de divisibilidade, números pares,
ímpares e primos, conteúdos do ensino fundamental. No ensino médio, essa
mesma atividade avançaria para o conteúdo de noções de probabilidade.
Ao promover essa atividade por meio do jogo, é possível, após o seu
término, uma segunda etapa, propondo uma análise e a descrição dessa
atividade. Essa investigação possibilita descrever todas as observações sobre o
desenvolvimento do jogo à medida que se desenvolve. Algumas escolhas são
evidentes, com base nelas sua interpretação proporcionava a aplicação dos
conceitos matemáticos, não sendo apenas um simples ato de jogar.
A autora, em sua participação na produção do material do Cinfop, A
avaliação em Matemática no Ensino Fundamental, com Guérios et al. (2006),
considera:
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Essa análise propõe aos alunos a investigação em três fases, conforme a
Ribeiro descreve: “proposição de uma tarefa (investigação) aos alunos, realização
da investigação e discussão dos resultados”.
Ao realizar essa tarefa, os alunos estão desenvolvendo as suas
habilidades, pois será necessário retomar as estratégias do jogo, observar e
descrever os detalhes relevantes dessa atividade, testar hipóteses, formular e
justificar as suas argumentações, concluir e apresentar os seus resultados.
O fato de formular hipóteses, para Fernando Gewandsznajder (2010), em
seu livro O método nas ciências naturais, recai em explicar um fato; para isso, é
necessário, com o uso da criatividade, utilizar-se de situações imaginárias,
partindo de suposições para promover a solução de um problema por meio de
analogias. Nesse caso, Gewandsznajder (2010, p. 29) propõe, ao testar uma
hipótese, utilizar-se de três regras básicas: “‘testar, testar e testar’. [...] o objetivo
dessa afirmação é chamar a atenção para a importância das observações e
experimentos nas ciências naturais”.
É um procedimento comum para os educadores, tanto para análise de um
conteúdo qualquer como para explicar determinado conceito aos educandos.
Entretanto, à medida que esse meio passa a ser compartilhado, é provida a
condição ao aluno de explorar novas ideias, por meio de sua criatividade e
autonomia, proporcionando a aprendizagem significativa. Para Ribeiro, é “fazer
matemática em sala de aula”.
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participantes, e consequentemente, deflagrando as certezas e as incertezas
estabelecidas pelo conceito específico.
Sobre esse assunto, Guérios et al. (2006) destaca
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atividade do jogo produzida pelos participantes do grupo corresponde a uma
tarefa de investigação.
Ao descrever o relatório, o grupo estará expondo todo o desenvolvimento
da atividade, a finalidade do jogo e a aplicação de suas regras, os conteúdos
específicos da disciplina, o material utilizado, os resultados e conclusões finais.
É possível abordar comentários sobre o grupo, apresentar as dificuldades
envolvidas, relatar os pontos positivos e negativos dessa atividade.
A autora destaca Ponte et al. (2005) para algumas considerações sobre o
desenvolvimento do relatório:
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“Desafios e necessidades: aspectos a serem resgatados ou ressaltados na
próxima etapa; aspectos a serem avançados”.
FINALIZANDO
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LEITURA OBRIGATÓRIA
Saiba mais
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REFERÊNCIAS
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