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Por Fernando Koyanagi

Intenção dessa aula


1. Apresentar um circuito de controle e
polarização de uma ponte H usando
MOSFET’s

2. Aplicar a ponte H em uma carga para


verificar seu funcionamento.
Demonstração
Recursos usados
• Um ESP WiFi LoRa 32
• Quatro IRF1404
• Três BC337
• Um CD4011
• Resistores
• Dois capacitores eletrolíticos 1uF
• Dois diodo 1N4148
• Cabo USB para o ESP
• Fonte 12V para a carga utilizada
• Carga (usamos um motor de vidro elétrico)
• Protoboard
• Fios
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Ponte H

• A ponte H é um circuito que permite a inversão da


direção da corrente aplicada sobre uma carga.

• Usada comumente para controlar a direção de


motores DC, invertendo o sentido da corrente que
flui por seus enrolamentos.

• Como os motores tendem a ser cargas que


consomem altas correntes, a ponte H utiliza-se de
dispositivos chaveadores de potência (transistores,
relés), para controlar a direção do fluxo.
IRF1404
• A utilização de MOSFET’s de potência na comutação de cargas
apresenta vantagens, principalmente relacionadas a alta
velocidade de comutação, baixo intervalo de desligamento,
corrente de dreno (DRAIN) proporcional à tensão da porta (GATE),
baixa resistência no modo ligado permitindo altas correntes.

• O IRF1404 é um MOSFET construído com tecnologia HEXFET® da


International Retifier.

• Possui uma resistência muito baixa durante sua ativação


- RDS(on) = 0,004 ohms.

• Pode suportar uma corrente continua de 202A respeitando-se a


temperatura máxima da junção, mas é limitado em 75A para o
encapsulamento TO-220.

• Tensão máxima de dreno – fonte de 40V

• Tensão limite VGS de 2 a 4V.


Esquema
• Este é o esquema utilizado neste exemplo, nele, podemos perceber 3 blocos: o
dobrador de tensão, a lógica de controle e a ponte H em si.
Esquema - Ponte H

• A ponte H terá quatro IRF1404 dispostos de


modo que a ativação de um par deverá permitir
o fluxo de corrente em um sentido e a ativação
do par oposto deverá inverter o sentido.

• Indicamos o para que deve ser ativado ao


mesmo tempo pelas entrada DIR A e DIR B,
indicando a mudança de direção do motor
Esquema - Ponte H

• A ponte H terá quatro IRF1404 dispostos de


modo que a ativação de um par deverá permitir
o fluxo de corrente em um sentido e a ativação
do par oposto deverá inverter o sentido.

• Indicamos o para que deve ser ativado ao


mesmo tempo pelas entrada DIR A e DIR B,
indicando a mudança de direção do motor
Esquema - Ponte H

• A ponte H terá quatro IRF1404 dispostos de


modo que a ativação de um par deverá permitir
o fluxo de corrente em um sentido e a ativação
do par oposto deverá inverter o sentido.

• Indicamos o para que deve ser ativado ao


mesmo tempo pelas entrada DIR A e DIR B,
indicando a mudança de direção do motor
Esquema - Ponte H
• Outro detalhe importante é que a tensão de
ativação dos transistores devem ser maior
que o Vgs(th).
• Para Q9 e Q10, valores superiores a 4V já
deveriam ser o suficiente para iniciar a
condução. Mas para Q8 e Q11, o Vgs(th)
deve ser esses 4V a mais que as tensões nos
pontos A e B respectivamente. B A
V
V > Vgs(th) + VB
• Como na condução de Q11 a tensão em B VB
deve idealmente ser a tensão da fonte,
podemos imaginar que V deve ser de no
mínimo 16V.
• Para manter a montagem usando uma única
fonte de alimentação, vamos recorrer a um
dobrador de tensão.
Esquema – O dobrador de tensão
• Este é um circuito baseado em diodos e
capacitores bastante conhecido na eletrônica.

• Funciona basicamente como um “bomba” de


elétrons, empurrando elétrons pelos capacitores
a fim de criar uma tensão superior pelo acúmulo
de cargas.

• A princípio, um dobrador de tensão deverá


entregar em sua saída o dobro da tensão de
entrada.

• Na prática, devido às quedas de tensão, o valor


obtido foi de 21,5V aproximadamente. Mas era
o bastante para a ativa dos MOSFET’s.
Esquema – O dobrador de tensão
• Um oscilador de 1kHz, vindo do ESP (3V3) ativa Q2
que passa a ser a fonte osciladora do circuito
dobrador.

• A cada ciclo, as cargas acumuladas em C3, são


transferidas e somadas em C4.
Esquema – Ativação - Hardware
• Um detalhe muito importante em qualquer ponte H é
que os pares devem ser ativados de forma que o
caminho da corrente seja sempre pela carga (no caso
nosso motor).

• Se os dois pares forem ativados ao mesmo tempo, um


curto-circuito entre o positivo da fonte e o GND se
estabelecerá, podendo danificar a ponte H e/ou a
fonte de alimentação.

• Para evitar isso, uma lógica de ativação deve ser


implementada, seja via software, seja via hardware.
Habilitação Direção
• Aqui está uma sugestão usando portas lógicas NAND e ESP CTRL DIR 16 ESP CTRL EM 17 DIR A DIR B
sua tabela verdade. 0 0 0 0
0 1 0 0
• NÃO HÁ ATIVAÇÃO SIMULTÂNEA DE DIR A E DIR B 1 0 0 1
1 1 1 0
Esquema – Ativação - Software
• Outra forma de evitar isso, é controlar a ativação por software.
• No exemplo de código, utilizamos esta abordagem.

NÃO DEVE HAVER


ATIVAÇÃO SIMULTÂNEA
DE DIR A E DIR B

digitalWrite(pin_A, dir); //ESTE é o pino que controla o DIR A


digitalWrite(pin_B, !dir);// o DIR B sempre deve ser a negação de DIR A

• As lógicas são invertidas pelos transistores. As ativações são em nível baixo.


Código-Fonte: Constantes e variáveis

//PWM usado como oscilador do dobrador de tensão


const int freq = 1000; //Frequencia do PWM
const int canal = 0; // canal do PWM
const int resolucao = 12; // Resolução (4096 estados)
const int ciclo = 2048; //ciclo de trabalho de 50%
const int pin_osc = 21; //GPIO utilizada para o oscilador

//Pinos de atuação na ponte


const int pin_A = 16; // Direção A
const int pin_B = 17; // Direção B
const int intervalo = 2000; //Intervalo para mudança de estados

// Variável usada para alternar a direção


boolean dir = false;
Código-Fonte: Constantes e variáveis

void setup()
{
//seta a direção dos GPIO
pinMode(pin_osc, OUTPUT);
pinMode(pin_A, OUTPUT);
pinMode(pin_B, OUTPUT);

// Ajusta o PWM com as constantes


ledcSetup(canal, freq, resolucao);
ledcAttachPin(pin_osc, canal);
ledcWrite(canal, ciclo);
}
Código-Fonte: Constantes e variáveis

void loop()
{
dir = !dir; //inverte o valor da direção

//Desliga a ponte
//note que a lógica é invertida pelos transistores Q15 e Q16

digitalWrite(pin_A, HIGH); // desativa o par A


digitalWrite(pin_B, HIGH); // desativa o par B

delay(intervalo); //aguarda um intervalo

digitalWrite(pin_A, dir); //ESTE é o pino que controla o DIR A


digitalWrite(pin_B, !dir);// o DIR B sempre deve ser a NEGAÇÃO de DIR A

delay(intervalo); //aguarda um intervalo


}
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