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LEIAM ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES E INFORMAÇOES QUE SEGUEM:

1. A ATIVIDADE TEM O VALOR DE 3,0 (TRÊS) PONTOS E CADA QUESTÃO


TEM O VALOR DE 0,25 (VINTE E CINCO) DÉCIMOS. CASO A RESPOSTA
NÃO APRESENTE: RESPOSTA + ARTIGO CORRESPONDENTE, HAVERÁ
FRACIONAMENTO DA NOTA OU AUSÊNCIA DE PONTUAÇÃO.

2.CADA QUESTÃO DEVE SER DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA COM O


RESPECTIVO ARTIGO DO CC OU MENÇÃO À DOUTRINA OU
JURISPRUDÊNCIA APLICÁVEL, PARA FUNDAMENTAR SUA RESPOSTA.

3. SEJA SUCINTO E OBJETIVO EM SUAS RESPOSTAS.

4. A ATIVIDADE DEVE SER POSTADA EM NOSSA SALA VIRTUAL. BAIXEM


O DOCUMENTO, RESPONDAM E POSTEM NO CLASSROOM ATÉ 28.09.21.

5. OBSERVEM, RIGOROSAMENTE, O PRAZO FATAL PARA POSTAGEM DA


ATIVIDADE. NÃO SERÁ POSSÍVEL O RECEBIMENTO DA ATIVIDADE POR
MEIO DE E-MAIL OU FORA DO PRAZO FINAL.

1. Lúcio, comodante, celebrou contrato de comodato com Pedro, comodatário,


no dia 1º de outubro de 2016, pelo prazo de dois meses. O objeto era um carro
da marca Y no valor de R$ 30.000,00. A devolução do bem deveria ser feita na
cidade Alfa, domicílio do comodante, em 1º de dezembro de 2016.

Pedro, no entanto, não devolveu o bem na data marcada e resolveu viajar com
amigos para o litoral até a virada do ano. Em 1º de janeiro de 2017, desabou um
violento temporal sobre a cidade Alfa, e Pedro, ao voltar da viagem, encontra o
carro destruído.
Com base nos fatos narrados, sobre a posição de Lúcio, assinale a afirmativa
correta.

a) Fará jus a perdas e danos, visto que Pedro não devolveu o carro na data
prevista.
b) Nada receberá, pois o perecimento se deu em razão de fato fortuito ou de
força maior.
c) Não terá direito a perdas e danos, pois cedeu o uso do bem a Pedro.
d) Receberá 50% do valor do bem, pois, por fato inimputável a Pedro, o bem não
foi devolvido.
R= Letra A, uma vez que há um descumprimento contratual, o devedor não
não se valerá do caso fortuito ou da força maior. Conforme Código Civil,
primeira parte do artigo 399 cumulado com o 582 confirmam a questão do
devedor em mora, que responde pela impossibilidade da prestação,
embora essa impossibilidade resulte em caso fortuito ou de força maior, se
estes ocorrerem durante o atraso. Entrementes o comodatário é obrigado
a conservar, como se fosse seu, a coisa emprestada, sob pena de
responder por danos e perdas. Assim Lúcio fará jus a perdas e danos.

2. Ricardo realizou diversas obras no imóvel que Cláudia lhe emprestou: reparou
um vazamento existente na cozinha; levantou uma divisória na área de serviço
para formar um novo cômodo, destinado a servir de despensa; ampliou o número
de tomadas disponíveis; e trocou o portão manual da garagem por um eletrônico.
Quando Cláudia pediu o imóvel de volta, Ricardo exigiu o ressarcimento por
todas as benfeitorias realizadas, embora sequer a tenha consultado previamente
sobre as obras.

Somente pode-se considerar benfeitoria necessária, a justificar o direito ao


ressarcimento,
a) o reparo do vazamento na cozinha.
b) a formação de novo cômodo, destinado a servir de despensa, pelo
levantamento de divisória na área de serviço.
c) a ampliação do número de tomadas.
d) a troca do portão manual da garagem por um eletrônico.

R= Letra A, conforme artigo 35 da lei 8.245\91, nas relações de locação


urbana, as benfeitorias necessárias, ainda que não autorizadas, e as úteis,
desde que autorizadas pelo locador, quando realizadas pelo locatário, são
indenizáveis e geram direito de retenção.
Ressalta-se ainda no artigo 96, conforme abaixo que as benfeitorias podem
ser:

São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso


habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado
valor (CC, art. 96, § 1°).

São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem (CC, art. 96, § 2°).

São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se
deteriore (CC, art. 96, § 3°).

3. Jeremias e Antônio moram cada um em uma margem do rio Tatuapé. Com o


passar do tempo, as chuvas, as estiagens e a erosão do rio alteraram a área da
propriedade de cada um.

Dessa forma, Jeremias começou a se questionar sobre o tamanho atual de sua


propriedade (se houve aquisição/diminuição), o que deixou Antônio enfurecido,
pois nada havia feito para prejudicar Jeremias. Ao mesmo tempo, Antônio
também começou a notar diferenças em seu terreno na margem do rio. Ambos
questionam se não deveriam receber alguma indenização do outro.
Sobre a situação apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) Trata-se de aquisição por aluvião, uma vez que corresponde a acréscimos
trazidos pelo rio de forma sucessiva e imperceptível, não gerando indenização a
ninguém.
b)Se for formada uma ilha no meio do rio Tatuapé, pertencerá ao proprietário do
terreno de onde aquela porção de terra se deslocou.
c)Trata-se de aquisição por avulsão e cada proprietário adquirirá a terra trazida
pelo rio mediante indenização do outro ou, se ninguém tiver reclamado, após o
período de um ano.
d)Se o rio Tatuapé secar, adquirirá a propriedade da terra aquele que primeiro a
tornar produtiva de alguma maneira, seja como moradia ou como área de
trabalho.

R= letra A. A aluvião é forma de acessão, ou seja, é o acréscimo que se forma


nos terrenos nas margens das águas correntes. O Fundamento encontra-se o
artigo no 1250 Código civil, o qual estabelece que os acréscimos formados,
sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das
margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos
dos terrenos marginais, sem indenização
4. Quanto ao instituto da posse, a lei civil estabelece que
a) é assegurado ao possuidor de boa-fé o direito à indenização pelas benfeitorias
necessárias e úteis. Quanto às voluptuárias, estas, se não forem pagas, poderão
ser levantadas, desde que não prejudiquem a coisa.
b) obsta à manutenção ou à reintegração da posse a alegação de propriedade,
ou de outro direito sobre a coisa.
c) a posse pode ser adquirida por terceiro sem mandato, independentemente de
ratificação do favorecido.
d) o possuidor de má-fé tem direito à indenização pelas benfeitorias necessárias,
assistindo-lhe o direito de retenção pela importância destas.
R= Letra A, conforme artigo 1219 do Código Civil, que O possuidor de boa-
fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem
como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las,
quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de
retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.

5. Em 2/7/2021, João teve de desocupar sua casa, que fora invadida por Paulo
e Zezinho. Duas semanas após o fato, Renato procurou um advogado para se
informar a respeito da providência jurídica que poderia ser adotada nessa
situação.

Com base no que dispõe o atual Código Civil, é correto afirmar que João, na
situação hipotética apresentada,

a) pode utilizar-se do desforço imediato para defesa da sua posse.


b) deve pleitear a manutenção da posse, em razão do tempo ocorrido desde
aturbação.
c) tem direito à reintegração da posse, por tratar-se de esbulho.
d) tem direito de requerer medida assecuratória ante a violência iminente.

R= letra C é a correta, pois a reintegração de posse é admissível no caso


em que alguém perdeu a posse que tinha sobre um bem em virtude do
esbulho sofrido. Assim no artigo, 1210 do CC. O possuidor tem direito a
ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e
segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
§ 1º O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se
por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de
desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição
da posse.

6. À vista de todos e sem o emprego de qualquer tipo de violência, o pequeno


agricultor Joventino adentra terreno vazio, constrói ali sua moradia e uma
pequena horta para seu sustento, mesmo sabendo que o terreno é de
propriedade de terceiros.

Sem ser incomodado, exerce posse mansa e pacífica por 2 (dois) anos, quando
é expulso por um grupo armado comandado por Clodoaldo, proprietário do
terreno, que só tomou conhecimento da presença de Joventino no imóvel no dia
anterior à retomada.

Diante do exposto, assinale a afirmativa correta.

a) Como não houve emprego de violência, Joventino não pode ser considerado
esbulhador.
b) Clodoaldo tem o direito de retomar a posse do bem mediante o uso da força
com base no desforço imediato, eis que agiu imediatamente após a ciência do
ocorrido.
c)Tendo em vista a ocorrência do esbulho, Joventino deve ajuizar uma ação
possessória contra Clodoaldo, no intuito de recuperar a posse que exercia.
d) Na condição de possuidor de boa-fé, Joventino tem direito aos frutos e ao
ressarcimento das benfeitorias realizadas durante o período de exercício da
posse.

R= letra C, conforme art. 1.210 do Código Civil, o possuidor tem direito a


ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e
segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
Ressalta-se que parágrafo 2º, não obsta à manutenção ou reintegração na
posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa
7. Juliana, por meio de contrato de compra e venda, adquiriu de Ricardo,
profissional liberal, um carro seminovo (30.000km) da marca Y pelo preço de R$
24.000,00. Ficou acertado que Ricardo faria a revisão de 30.000km no veículo
antes de entregá-lo para Juliana no dia 23 de janeiro de 2017. Ricardo, porém,
não realizou a revisão e omitiu tal fato de Juliana, pois acreditava que não
haveria qualquer problema, já que, aparentemente, o carro funcionava bem.
No dia 23 de fevereiro de 2017, Juliana sofreu acidente em razão de defeito no
freio do carro, com a perda total do veículo. A perícia demostrou que a causa do
acidente foi falha na conservação do bem, tendo em vista que as pastilhas do
freio não tinham sido trocadas na revisão de 30.000km, o que era essencial para
a manutenção do carro.

Considerando os fatos, assinale a afirmativa correta.

a) Ricardo não tem nenhuma responsabilidade pelo dano sofrido por Juliana
(perda total do carro), tendo em vista que o carro estava aparentemente
funcionando bem no momento da tradição.
b) Ricardo deverá ressarcir o valor das pastilhas de freio, nada tendo a ver com
o acidente sofrido por Juliana.
c) Ricardo é responsável por todo o dano sofrido por Juliana, com a perda total
do carro, tendo em vista que o perecimento do bem foi devido a vício oculto já
existente ao tempo da tradição.
d) Ricardo deverá ressarcir o valor da revisão de 30.000km do carro, tendo em
vista que ela não foi realizada conforme previsto no contrato.
R=letra C, trata-se do instituto do vício redibitório. O veículo pereceu por conta
de vício oculto preexistente à tradição. O art. 443 do Código civil detalha que, se
o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com
perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais
as despesas do contrato. O art. 444 esclarece que a responsabilidade do
alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer
por vício oculto, já existente ao tempo da tradição. Neste caso, como o contrato
previa a entrega do carro com a revisão, a qual não foi realizada, Ricardo é o
responsável pelo dano sofrido por Juliana.
8. João dirigia seu veículo respeitando todas as normas de trânsito, com
velocidade inferior à permitida para o local, quando um bêbado atravessou a rua,
sem observar as condições de tráfego. João não teve condições de frear
o veículo ou desviar‐se dele, atingindo‐o e causando‐lhe graves ferimentos.

A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.

a) Houve responsabilidade civil, devendo João ser considerado culpado por sua
conduta.
b) Faltou um dos elementos da responsabilidade civil, qual seja, a conduta
humana, não ficando configurada a responsabilidade civil.

c) Inexistiu um dos requisitos essenciais para caracterizar a responsabilidade


civil: o dano indenizável e, por isso, não deve ser responsabilizado.

d) Houve rompimento do nexo de causalidade, em razão da conduta da vítima,


não restando configurada a responsabilidade civil.
R= letra D, haja vista que a teoria da responsabilidade civil adotada no Código
Civil é Subjetiva. Assim é necessário que estejam presentes os seguintes
requisitos: a) conduta; b) dano; c) nexo causal. Conforme o enunciado, existe a
conduta (atropelamento) e o dano (graves ferimentos), porem como a culpa foi
da vítima, não caracteriza -se a culpa por parte do agente, rompendo assim nexo
de causalidade.
9. Maria, menor com 14 anos de idade, filha de Henrique e Mônica, pintou flores
coloridas em um carro da Polícia Rodoviária Federal que estava estacionado em
frente à sua casa. O reparo do dano causado ao veículo custou R$ 5.000,00 aos
cofres públicos.

Considerando a situação hipotética apresentada, assinale a opção correta


acerca da responsabilidade quanto ao prejuízo causado.
a) Os pais de Maria responderão objetivamente pelo prejuízo se dispuserem de
meios suficientes para tanto.
b) Maria não poderá ser responsabilizada pelo prejuízo porquanto é incapaz de
deveres na ordem civil.
c) A responsabilidade civil é inafastável, por isso Maria será responsável pelo
prejuízo ainda que tenha de se privar do necessário a sua sobrevivência.
d) Os pais de Maria somente poderão ser responsabilizados pelo prejuízo caso
seja provado que tiveram culpa pelo dano.
R= Letra A. Conforme os artigos 932 e 933 do Código Civil enumeram uma lista
de responsabilidades civis objetivas, os quais respondem pelos atos praticados
por terceiros. O artigo 933 explicita que, as pessoas indicadas nos incisos I a V
do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos
atos praticados pelos terceiros ali referidos. Neste caso, os pais respondem.

10. Tiago celebrou contrato de empreitada com a sociedade Obras Já Ltda. para
a construção de piscina e duas quadras de esporte em sua casa de campo, pelo
preço total de R$ 50.000,00. No contrato ficou estabelecido que a empreiteira
seria responsável pelo fornecimento dos materiais necessários à execução da
obra.

Durante a obra, ocorreu uma enchente que alagou a região e parte do material
a ser usado na obra foi destruída. A empreiteira, em razão disso, entrou em
contato com Tiago cobrando um adicional de R$ 10.000,00 para adquirir os
novos materiais necessários para terminar a obra.

Diante dos fatos narrados, assinale a afirmativa correta.

a) Tiago não terá que arcar com o adicional de R$ 10.000,00, ainda que a
destruição do material não tenha ocorrido por culpa do devedor.
b) Tiago não terá que arcar com o adicional de R$ 10.000,00, porém a
empreiteira não está mais obrigada a terminar a obra, tendo em vista a
ocorrência de um fato fortuito ou de força maior.
c) Tiago terá que arcar com o adicional de R$ 10.000,00, tendo em vista que a
destruição do material não foi causada por um fato fortuito ou de força maior.
d) Tiago terá que arcar com o adicional de R$ 10.000,00 e a empreiteira não está
mais obrigada a terminar a obra, ante a ocorrência de um caso fortuito ou de
força maior.
R= A questão A é a correta. O artigo 611 do código civil deixa claro que: Quando
o empreiteiro fornece os materiais, correm por sua conta os riscos até o momento
da entrega da obra, a contento de quem a encomendou, se este não estiver em
mora de receber. Mas se estiver, por sua conta correrão os riscos.
11. André é motorista da transportadora Via Rápida Ltda. Certo dia, enquanto
dirigia um ônibus da empresa, se distraiu ao tentar se comunicar com um colega,
que dirigia outro coletivo ao seu lado, e precisou fazer uma freada brusca para
evitar um acidente. Durante a manobra, Olívia, uma passageira do ônibus, sofreu
uma queda no interior do veículo, fraturando o fêmur direito. Além do abalo
moral, a passageira teve despesas médicas e permaneceu por semanas sem
trabalhar para se recuperar da fratura. Olívia decide, então, ajuizar ação
indenizatória pelos danos morais e materiais sofridos.

Em referência ao caso narrado, assinale a afirmativa correta.


a) Olívia deve, primeiramente, ajuizar a ação em face da transportadora, e
apenas demandar André se não obtiver a reparação pretendida, pois a
responsabilidade do motorista é subsidiária.
b) Olívia pode ajuizar ação em face da transportadora e de André, simultânea ou
alternativamente, pois ambos são solidariamente responsáveis.
c) Olívia apenas pode demandar, nesse caso, a transportadora, mas esta terá
direito de regresso em face de André, se for condenada ao dever de indenizar.
d) André e a transportadora são solidariamente responsáveis e podem ser
demandados diretamente por Olívia, mas aquele que vier a pagar a indenização
não terá regresso em face do outro.
R= Letra B, Conforme Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação
do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa
tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação. O
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores
e as pessoas designadas no art. 932.

12. Acerca da responsabilidade civil fundada na alegação de erro médico,


assinale a opção correta, com fundamento na legislação em vigor, na doutrina e
na jurisprudência atual do STJ.
a) O juiz pode inverter o ônus da prova, ficando tal providência, no entanto,
condicionada à prova da verossimilhança da alegação ou da hipossuficiência,
segundo as regras ordinárias de experiência, do lesado pelo suposto erro
médico.
b) Os danos causados ao paciente devem ser ressarcidos, desde que sejam
provados a culpa do profissional e o nexo de causalidade, não sendo possível,
no entanto, a cumulação dos danos materiais e morais, visto que advêm do
mesmo fato gerador.
c) As relações do médico com o paciente não se submetem ao regime específico
do CDC, porque versam, via de regra, sobre obrigação de meio, e não de
resultado.
d) A responsabilidade pessoal do médico é objetiva, regida pelos ditames do
CDC, podendo ser afastada apenas quando comprovada a inexistência de
defeito na prestação dos serviços ou a culpa exclusiva do paciente ou de terceiro.
e) Por se tratar de responsabilidade subjetiva, o ônus da prova incumbirá sempre
ao lesado, que deverá comprovar, em caso de erro médico, a culpa do
profissional.
R= Letra A, conforme entendimento do STJ, de que a relação entre o profissional
médico e seus clientes gera um contrato de “obrigação de resultado”. Conforme
decisões do tribunal, o cirurgião plástico, ao oferecer seus serviços,
compromete-se a alcançar o resultado estético pretendido. Caso ocorram falhas
nos procedimentos ou os resultados não sejam obtidos, o cliente pode acionar a
Justiça para reparar eventuais danos morais e materiais. Ressalta-se que
conforme CDC, trata-se de inversão do ônus da prova, cabendo ao médico
provar os fatos.

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