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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVEL

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BRUNA CUNHA
GABRIELLY ALMENDRO
GABRIELE ARCELES
ISADORA VIERA
MARINA CULTOM
LETICIA DEBIAZI
JULIA BRESOLIN
VINICIUS CADORE

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO


PSICOLOGIA SAÚDE COLETIVA

CASCAVEL, 2021

BRUNA CUNHA
GABRIELLY ALMENDRO
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVEL
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ISADORA VIERA
MARINA CULTOM
LETICIA DEBIAZI
JULIA BRESOLIN
VINICIUS CADORE

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO


PSICOLOGIA SAÚDE COLETIVA

Relatório apresentado à
professora Lucimaira Cabreira,
como critério para avaliação na
disciplina de Psicologia Saúde
Coletiva.

CASCAVEL, 2021

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO………………………………………………………………………….…4
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1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ………………………………………….………….4

2. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO………………….……….….…. 9

3. LEVANTAMENTO DAS DEMANDAS IDENTIFICADAS NO LOCAL…..……...10

4. PROJETO DE INTERVENÇÃO……...……………………………………………...11

5. DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS ALCANÇADOS AO FINAL DO ESTÁGIO.22

6. DISCUSSÃO (CORRELAÇÃO TEORIA X PRÁTICA).......................................23

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS……………………………....………………………….39
REFERÊNCIAS……………………………………………………………...……………41
ANEXOS………………………………………………………………………………...…45

INTRODUÇÃO

O presente trabalho refere-se ao relatório final de estágio, do sexto período do


curso de Psicologia da Univel, que ocorreu no segundo semestre de 2021, na Unidade
de Saúde da Família do bairro Presidente (USF).
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O estágio e a matéria de Saúde Coletiva foram programado para realizar-se no


ano de 2020, no entanto, devido a pandemia do corona vírus e a necessidade de
isolamento social as práticas de estágio foram adiadas e realizadas no ano de 2021 do
dia 18/08/2021 ao dia 08/09/2021, toda semana às quartas feiras.
Realizaram-se práticas como os grupos psicoeducativos conduzidos pelos
acadêmicos, em que cada encontro abordou temas que foram pensados justamente
por se relacionarem com a realidade das mulheres residentes do bairro presidente.
Foram desenvolvidos grupos educativos sobre autoconhecimento e autocuidado,
dialogando com estas mulheres sobre a importância e métodos que auxiliam no seu
autocuidado e autoconhecimento, discussões sobre o cuidado físico e mental, de ações
de prevenção na saúde. Ações que auxiliam essas mulheres a se enxergarem além do
papel de mãe e dona de casa, a estabelecerem metas e desejos para o seu futuro,
falas sobre o mês de setembro amarelo com os pacientes da USF. Ao longo de todo os
processos de grupos psicoeducativos uma parte do grupo se alternavam aos encontros
e iam para comunidade realizar visitas domiciliares com o intuito de compreender as
demandas dos pacientes do bairro presidente e realizar os encaminhamentos
necessários
Este trabalho tem como objetivo apresentar as atividades realizadas com os
pacientes da USF Presidente, correlacionando a teoria estudada na matéria de
Psicologia de Saúde Coletiva com a práticas concretizadas no período de estágio:
Grupos participativos/psicoeducativos, levantamento das demandas identificadas no
local, como o projeto de autoconhecimento/autocuidado, manejo de emoções, a
importância do exercício físico no auxílio a depressão e ansiedade, carta para futuro,
importância do cuidado com o corpo e a saúde como um todo, fala sobre setembro
amarelo, escuta com as gestantes da comunidade, visitas domiciliares.

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1. A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA PRIMÁRIA À SAÚDE COMO PORTA DE


ENTRADA AO SUS
De acordo com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS), a Atenção
Primária à Saúde (APS) tem como intuito gerar um cuidado integrado tanto nos meios
individuais quanto nos coletivos. Não obstante, a APS por ser considerada o primeiro
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nível de atenção à saúde, toma a responsabilidade de encaminhar seus casos ao


Sistema Único de Saúde (SUS), organizando o fluxo de demandas dos mais simples
aos mais complexos, e dando assim, uma vida digna às populações das mais variadas
classes socioeconômicas e culturais, respeitando os princípios da acessibilidade,
equidade, universalidade, integralidade, humanização e continuidade. Por conseguinte,
para sua fácil aplicação, estratégias como disponibilizar serviços o mais próximo
possível da população foi criado, como exemplo, as Unidades de Saúde da Família
(USF), as quais oferecem procedimentos básicos às pessoas, como vacinação,
exames, entre outros (MINISTÉRIO DA SAÚDE [s.d]).
Dando continuidade, para a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a
importância da APS também abrange a capacidade de responder, agir e ajudar as
pessoas diante das rápidas mudanças tecnológicas, econômicas e demográficas. Além
disso, se mostram extremamente compensativas financeiramente falando, pois
trabalham em prol do tratamento e da prevenção de muitas doenças e epidemias,
sendo a consequência da dedicação à manutenção da saúde dos indivíduos e da
segurança sanitária coletiva. Isto posto, a presença e o fortalecimento da APS
oferecem mais estabilidade ao sistema de saúde brasileiro e seus habitantes, pois
tentando manter uma básica atenção à qualidade de vida, temas como pobreza,
educação, saneamento básico, fome e outros, que são defendidos pela ODS (Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável) são amenizados, construindo assim, uma resiliência
coletiva e evitando futuros choques nessa área (OPAS, 2018).
Ainda sobre os níveis de atenção à saúde, se encontram depois do nível
primário de saúde, o secundário e terciário, que respectivamente se caracterizam pela
necessidade de um médico especialista para lidar com determinada doença, sendo um
local de exemplo a ser buscado as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). Já o
segundo termo se classifica pela maior complexidade e níveis de tecnologia avançado
dentro de cada especialidade, representado por hospitais de grande porte (SANAR,
2021).
Para assegurar o funcionamento dos cuidados primários à saúde, a Conferência
de Alma Ata recomenda que os governos utilizem todas as possibilidades de teoria e
aplicação, não se restringindo à dedicação apenas do setor da saúde, para se obter os
melhores resultados. Por isso, a Conferência Internacional sobre cuidados Primários de
saúde, frisa a importância e urgência de principalmente os países em desenvolvimento
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investirem na atenção primária à saúde, e a necessidade dos governos, OMS


(Organização Mundial da Saúde), UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância)
e áreas técnicas e financeiras de participarem ativamente, a desenvolvendo e
mantendo (Alma-Ata, 1978).
A OPAS e OMS desenvolveram o relatório “30 anos de SUS – Que SUS para
2030?” no qual contém possibilidades de fortalecimento diante a APS. Nele contém a
ideia de usar da tecnologia para acelerar e aprimorar o contato e atendimento da
população, listagem de pacientes, formular carteira de serviço, investir nos profissionais
do local de atendimento, aumentar o financiamento de APS, possuir uma boa estrutura
física e tecnológica, ter apoio integral de uma equipe multidisciplinar, estabelecer
lideranças, divulgar informações à população sobre os atendimentos de forma mais
tecnológica não presencial, e de uma forma geral, reduzir as desigualdades geradas no
âmbito social, produzindo saúde à todos. Dessa forma, a OPAS desenvolveu o
“Laboratório de Inovação em Atenção Primária à Saúde – APS Forte”, para encorajar
ainda mais assuntos que levem a um maior desenvolvimento e fortalecimento da
Atenção Primária à Saúde, aspirando a identificação de experimentos motivadores e
boas gestões organizacionais, somando assim para um bom funcionamento da APS e
consequentemente do SUS. A partir disso, o laboratório diz não comparar resultados
entre entes Federativos, porém, sempre é de extremo ganho a troca de informações
sobre assuntos que podem acrescentar a um outro local, utilizando para isso visitas
técnicas e oficinas, e assistidos por profissionais, escolhidos pela APS, da Associação
Brasileira de Ciência Coletiva (ABRASCO) para formular cada experiência (OPAS,
2018).
Levando em conta a relação de influência e continuidade da Atenção Primária à
Saúde diante ao SUS e toda saúde coletiva envolvida e responsável pela organização
de serviços competentes diante a conhecimentos multidisciplinares (QUALICORP,
2021), é de direito do cidadão desfrutar desse sistema em toda sua integralidade e
qualidade, de acordo com a Constituição de 1988. Com isso, o SUS, que foi um projeto
de desenvolvimento iniciado em meio a protestos sociais, com o auxílio de entidades
comunitárias como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o
Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), e a ABRASCO, em meados de 1970,
defendia então a mudança de um sistema privatizado que estava cada vez mais se
aproximando do modelo americano de saúde, para uma democratização da saúde. Tal
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movimento ficou conhecido como RSB (Movimento Sanitário ou Movimento pela


Democratização da Saúde), o qual daria início ao SUS que se conhece hoje (PAIM,
2015). Não obstante, o SUS, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, é o
único programa de saúde pública que responde a 190 milhões de pessoas, e dentre
esse número, 80% delas são dependentes exclusivamente dele para qualquer
procedimento desejado ou necessário. Por conseguinte, o SUS é mantido com
impostos de toda população brasileira, contemplados pela seguridade social
(SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE, [s.d]).
Por fim, na VIII Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986, foram
discutidos estudos e proposições sobre a RSB, a qual inspirou o capítulo “Saúde” da
Constituição atual, e que posteriormente iria implantar o SUS como é atualmente. Logo,
o Sistema de Saúde único é uma enorme conquista da população brasileira, que foi
projetado por anos até ser desenvolvido na base que faz com que o Brasil consiga
integrar e dar suporte a qualquer pessoa que precise de atendimento e assistência
remetente à saúde (PAIM, 2015).

1.2. GRUPOS PSICOEDUCATIVOS


O indivíduo é um ser social, Zimerman e Osório (1997) afirmam que todo
indivíduo é um grupo já que em seu mundo interno existe um grupo de personagens
introjetados, como os pais, os irmãos entre outros, que convivem e interagem entre si.
Por isso, para compreender o ser humano, devemos estudar sua vida em grupo. Lewin
(1978), um grupo é mais que apenas a soma de seus membros, são um total que não
resulta apenas da soma de integrantes, têm propriedades específicas enquanto
totalidade. A essência de um grupo não é a sua interdependência. Lewin caracteriza
um grupo como um todo dinâmico, o que significa que uma mudança nas suas partes
provoca mudança no todo.
Ribeiro (1994, p.34) afirma “que o grupo tem um elemento permanente, que
chamamos matriz, e um transitório, que chamamos processo, mas ambos contêm em
si permanência e transitoriedade, ao seu modo”. De acordo com Zimerman e Osório
(1997), o grupo sofre influências externas, mas o lugar do processo é determinado
através da identidade do grupo e suas possibilidades. Schein (1982, p.128) afirma que
os grupos funcionam a partir dos “padrões de comunicação, métodos de tomada de
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decisão, técnicas de resolução de problemas, atividades formadoras de normas,


sentimentos e percepções interpessoais e formação de simpatias e antipatias.”
Amado e Guittet (1982, p.99) defendem que “os grupos nascem da tomada de
consciência de indivíduos isolados de seus interesses comuns e de sua
interdependência”. Já Pagès (1975) define os grupos como um conjunto de pessoas
que, por conta de sua história individual, de relações interpessoais anteriores ou
cultura, demonstram conflito efetivo e sentido por um conjunto maior de pessoas do
qual fazem parte, destaca assim a composição como categoria importante de análise
da eficácia grupal.
Segundo Afonso (2006) o objetivo dos grupos psicoeducativos é conhecer as
crenças, ideias e sentimentos dos seus participantes, visa reflexão das experiências e
mudança de realidade, através de aspectos educativos da estimulação da
aprendizagem e da comunicação no grupo. Ele ainda afirma que o foco de trabalho de
um grupo psicoeducativo é o enfrentamento de uma problemática. Segundo Cerdeira e
Villela eles se constituem pelo compartilhamento das problemáticas dos membros, já
que:

[....] vão além da transmissão de informação, criando um ambiente que acolhe


os diversos sentimentos que surgem ao lidar com um indivíduo portador de
uma doença, e que considera as questões econômicas, sociais, culturais que
influenciam as decisões. (Benute et al., 2001, citado por Cerdeira & Villela,
2011, p. 7).

Indivíduos como seres sociais pertencem a inúmeros grupos desde seu


nascimento, quando falamos em grupo psicoeducativo percebemos que os integrantes
costumam se organizar por um perfil parecido e demandas em comum, com isso ele se
faz importante para troca de conhecimentos e experiências visando um crescimento
dos seus integrantes.

1.3. O desafio da terceira idade


Com a chegada da terceira idade, acabamos diminuído o ritmo de muitas
atividades do dia a dia, essa mudança de hábitos em nossas vidas acaba nos
impactando muito, por conta do tempo que precisamos para executar certa atividade
que antigamente se fazia rápido, mas nem todos quando chega nessa idade consegue
fazer atividades sozinhas, e dendê a sempre está com alguém para lhe auxiliar,
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contudo não são todos que conseguem ter alguém do seu lado, e acabam realizando
tarefas que podem trazer risco para a sua saúde, segundo Medina (1998) estudos
revelam que aproximadamente 40% das pessoas com 65 anos ou mais necessita de
ajuda para realização de pelo menos uma atividade, como por exemplo, limpar a casa,
fazer compras e preparar refeições, mas uma pequena parte de 10% precisa de ajuda
para tarefas básicas, ir ao banheiro, tomar banho e se vestir.
A importância de estar perto dos familiares na chegada dessa fase, está na
relação de como a família ajuda de uma forma extremamente positiva para a saúde
mental quanto na física, a conversa que pode haver entre eles pode auxiliar no
entendimento de realizar certas atividades com cuidado e falar o que está sentindo,
pode trazer uma aproximação maior entre eles, fazendo com que o idoso se sinta
acolhido e seguro no lugar que está, de acordo com Burant, Peters e Pruchno (1997) o
suporte fornecido pelos familiares na saúde dos idosos faz com que reduz os efeitos
negativos no estresse na saúde mental, isso na medida que é dada contribui no
aumento do sentido do controle pessoa, influenciando de forma positiva no bem estar
psicológico.
O profissional atua para estabelecer o equilíbrio entre o ambiente e o indivíduo,
para isso é necessário conhecer a realidade das famílias que moram na área ao redor,
colocando seus aspectos físicos e mentais, analisando os problemas de saúde e
identificar, e com isso construir juntamente com os familiares diagnósticos
psicossociais que detecte situações de vulnerabilidade familiar Silvestre e Costa neto
(2003).
É de fato importante fazer essa visita de campo, pois nela pode se observar
fatores que não são vistos dentro da UBS, conhecer a realidade desses indivíduos faz
com que diagnósticos sejam feitos de formas muito mais assertivas, e fazer esses
levantamentos ajuda a entender a demanda que a população tem e o que pode ser
feito para que aumente a qualidade de vida de todos, a visita domiciliar pode trazer
enormes benefícios aos indivíduos que vivem naquela residência, trazendo
informações de como se cuidarem, entender a realidade daquela família e fazer
levantamento para os outros profissionais de como funciona a dinâmica daquela
família.
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Borges e D’Oliveira (2011) relata que os profissionais mais se deparam com


problemas na visita domiciliar não estão apenas no contexto do enfrentamento da
doença em si, contudo na situação relacionado a contextos culturais e sociais nas
quais essa família se encontra, sendo assim a necessidade de se conhecer os limites
dos profissionais e reconhecer que as alternativas para os problemas passam, pela
participação do usuário a sua família.

É visto de forma muito claro que não é só a parte física que se adoece nas pessoas,
pois quando vamos fazer as visitas a domicílio e nítido como as pessoas também
passa por diversas outras dificuldades, onde se não fosse feito o encontro na casa
delas nunca íamos saber como essa família se comporta, como o fato de receitar um
alimentação rico em um determinado alimento, às vezes temos condições para
comprar tal alimento, mas nunca olhamos para o próximo se as condições dele tem a
possibilidade de fazer a compra desse alimento, dessa forma quando vamos até a casa
da pessoas a gente olha a dinâmica familiar e assim vemos o que pode ser possível
feito e o que pode ajudar para que essa pessoa tenha uma vida saudável.

2. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DO ESTÁGIO

O local do estágio foi desenvolvido na USF localizado na Rua Saldanha


Marinho, 431 no bairro Jardim Presidente, Cascavel - PR. Seu objetivo é atender as
famílias que residem nos arredores da USF e do Bairro Tem como característica
fundamental o foco nas ações em saúde voltadas para o atendimento integral do
indivíduo, da família e da comunidade. Tem como objetivo olhar o ser e o meio familiar
que lhe cerca de forma ampla, onde um médico está responsável por cuidar e zelar por
aquele indivíduo como uma figura digna prevenindo patologias e prognósticos, além é
claro de diagnosticar riscos e patologias já em desenvolvimento, dando agnósticos e
zelando pela não evolução do mesmo.
A necessidade de saúde mental foi algo preocupante nos casos atendidos pela
USF foi onde foi procurado por ajuda do Centro Universitário Univel cujo os estudantes
de psicologia do quinto e sexto período de Psicologia – Univel, onde os alunos
promovessem grupos psicoeducativo com o objetivo de promover qualidade de vida,
autocuidado e autoconhecimento dos indivíduos atendidos pela USF Presidente.
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Atingindo um dos objetivos da USF: apoiar todas as Iniciativas de caráter cultural,


social e profissional.
O bairro foi analisado como um bairro vulnerável em condições econômicas em
relação às famílias, baixa infraestrutura, violência familiar, falta de investimento de
verbas públicas, condições de falta de saúde mental, podendo levar em conta que
investimentos em espaços públicos de lazer e projetos sociais. Sendo assim, por ser
considerado um bairro dramático, acabam que as pessoas que moram neste local são
vulneráveis.

3. LEVANTAMENTO DAS DEMANDAS IDENTIFICADAS NO LOCAL

Auto cuidado
Foi o tema principal inicial do estágio, o autocuidado é uma das formas de
promover saúde mental e qualidade de vida, reconhecendo seus limites, pontos fortes
e fracos um assunto que ao analisar o público atendido foi uma demanda, o público
atendido foram mulheres em trabalhando, donas de casa e também em conjunto nas
duas situações, mulheres que cuidam da família e seus múltiplos assuntos: familiares,
pessoais. O intuito foi promover saúde física com base em atividades físicas e técnicas
mentais, valorizando a perspectiva de vida. O autocuidado foi demonstrado como um
dos assuntos que precisavam de melhor análise das participantes, as mesmas se
preocupam tanto em cuidar da família que estavam se esquecendo de si, dos seus
limites em como se ajudar nos encontros puderam perceber qual era o momento que
tiravam para si? Tem algum momento? Quais são as práticas que faço para me ajudar?
Eu tenho hobbie? Eu ando praticando? O que eu posso melhorar na minha vida ?
Essas foram perguntas que puderam se perguntar, neste encontro foi analisado que
para cuidar da família precisa-se estar bem, pode ser resolvido em família com ajuda
de todos e suas perspectivas.

Autoconhecimento
Para que o autocuidado seja de grande valia o autoconhecimento se demonstra
primordial, as mulheres atendidas tinham grande conhecimento de problemas
familiares, mas o autoconhecimento de si estava precisando de uma análise, às
mesmas em momentos do dia a dia parecem se esquecer de si, como se não se
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recordam dos seus gostos, limites, prazeres, sonhos, ao decorrer dos encontros
tivemos alguns momentos que proporcionaram rever esta situação, para que seja
possível de cuidar de si, o autoconhecimento foi proposto em cima de dinâmicas e
rodas de conversa alguns momentos até com escuta emergencial.

Manejo das emoções


Foi possível ver que as emoções das mulheres estavam sendo canalizadas de
forma não assertiva, projetando muitas vezes no encontro e nas diversas, muitas das
vezes nos encontros a necessidade de contar os acontecimentos foram visíveis e
expostos por meio de relatos, mas em meio dos relatos muitas vezes não nomeavam
seus sentimentos, sensações e emoções mesmo quando solicitado pelas facilitadoras
do encontro como se o reconhecimento da emoção não foi parado para analisar por
elas, com tudo foi necessário fazer análise das emoções e nomeá-las além de
identificar durante os encontros foram disponibilizadas técnicas para o alívio dessas
emoções, como técnica de respiração e atividades físicas.

Depressão
As participantes vieram com queixas de depressão, falta de ânimo, dias que
passam sem vontade de levantar da cama ou participar de um meio social sendo ele ir
ao mercado ou participar de algum evento familiar, o autocuidado é uma prática que
auxilia nos sentimentos depressivos, também veio a demanda de uso de
medicamentos de forma irresponsável, cujo as participantes relataram tomar apenas
quando não se sentiam bem.

4. PROJETO DE INTERVENÇÃO
A proposta de intervenção para USF (Unidade de Saúde da Família), foi
realizada a partir de grupos psicoeducativos, onde um grupo ficou responsável pelo
grupo de idosos e outro grupo pelo das mulheres, tendo uma hora de encontro para
cada grupo. Além disso, também foram realizadas visitas domiciliares na comunidade.
Segundo Afonso (2006), os grupos psicoeducativos têm como foco de trabalho
o enfrentamento de uma dada problemática. Tal enfrentamento se dá principalmente
pelos aspectos educativos que proporcionam novas informações, questionamentos dos
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mitos, preconceitos e a reflexão da experiência, podendo culminar na mudança das


representações que as pessoas fazem da problemática.
Os grupos são realizados em um ambiente seguro, com sigilo cujo todos os
participantes devem manter, a ideia é criar uma teia de amizades novas que podem se
apoiar e ajudar quando e como for possível, além de promover um ambiente onde as
pessoas se sintam confortáveis em dividir experiências, problemáticas e demais
demandas como foco o autocuidado. Têm como objetivo conhecer as crenças, ideias e
sentimentos de seus participantes, visando à reflexão das experiências e a mudança
da realidade, por meio de aspectos educativos e da estimulação de novas
aprendizagens e da comunicação no grupo (AFONSO, 2006).
A partir disso, nosso primeiro encontro foi realizado juntamente com a professora
Lucimaira, para organização dos planejamentos, separação de grupos e sobre como
nossas práticas iriam acontecer. Tendo em vista do que foi combinado, os
projetos/planejamentos aconteceram da seguinte forma:

2° PROJETO: AUTOCONHECIMENTO/AUTOCUIDADO

OBJETIVO
Acolher, apresentar o projeto, promover momento de fortalecimento de novos
vínculos, manejo de autoconhecimento para promoção de autocuidado, troca de
experiências. Lembrando sobre a importância do autoconhecimento, de que devemos
cuidar de nós mesmos antes de qualquer outra coisa, pois precisamos estar bem
consigo mesmo, para estar bem com outras pessoas.

PÚBLICO
Nosso público alvo foi para as mulheres, em todos os encontros realizados.

METODOLOGIA UTILIZADA
O segundo encontro foi realizado no dia 25/08/2021, foram entregues bombons
promovendo o início de acolhimento, em seguida foi apresentado nós estagiários e
também sobre o intuito do grupo psicoeducativo, explicando o tema a ser trabalhado
em foco, onde, cujo foco é a promoção do autocuidado, dando ênfase que o grupo tem
caráter psicoeducativo com o método de roda de conversa e troca de experiências.
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Concluída a primeira parte, foi apresentado o contrato entre o grupo, dando ênfase no
sigilo que todos os integrantes devem manter, além de acolher, não julgar, não
discriminar ou promover desconforto ao próximo para que todos possam se sentir à
vontade e possam experienciar os momentos de crescimento, esclarecer os dias e
horários dos encontros, lembrando que a continuidade do grupo seria organizada pela
equipe de referência, após o encerramento do projeto proposto pelos estagiários.
Posteriormente foi dividido o grupo em duplas nos quais conversaram, trocaram
informações relevantes sobre cada um, como, nome, ocupação, hobbies, o que
entendem por autocuidado e quais são os autocuidados que praticam. Após uma
pessoa da dupla apresentar o outro, tendo assim uma dinâmica de apresentação.
Depois disso, foi realizada a dinâmica "Caixinha de Surpresas", onde, em uma caixinha
com tampa, havia fixado um espelho na tampa pelo lado de dentro. As pessoas do
grupo sentaram em círculo. E os condutores explicaram, que dentro da caixa tem a foto
de uma pessoa muito importante, depois passaram para uma pessoa e pediram para
que falassem sobre a pessoa da foto, e não deixassem claro que a pessoa importante
é ela própria, para causar uma emoção para as outras integrantes também. Ao final, o
condutor deve provocar para que as pessoas digam como se sentiram falando da
pessoa importante que estava na foto.

3° PROJETO: AUTOCUIDADO

OBJETIVO
Como percebemos que teve uma grande demanda sobre o autoconhecimento,
achamos importante reforçar sobre a importância do autocuidado também, o objetivo
foi trazer reflexões sobre o tema e estratégias de como se cuidar mais.

METODOLOGIA UTILIZADA
O terceiro encontro realizado 01/09/2021, assim como no primeiro, realizamos
uma apresentação de quem somos e uma breve introdução sobre o tema. Logo após,
foi realizada a dinâmica do “Copo Descartável”. Essa dinâmica tinha como o objetivo de
fomentar reflexões e proporcionar autocuidado/auto/conhecimento, onde, a dinâmica
do copo descartável pode ser usada em diversos contextos e com várias temáticas.
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Pois, seu objetivo também é fazer com que as mulheres identificam alguns pontos em
que elas têm negligenciado a si mesmo.
Antes do começo da brincadeira, escreveremos algumas perguntas relacionadas
ao universo feminino, principalmente no sentido de relembrar coisas agradáveis que
frequentemente são deixadas de lado, como por exemplo: “Eu tenho cuidado da minha
saúde?”, “Você tem dedicado um tempo a você mesmo? A sua saúde física e mental?”,
“Estou vivendo somente para o trabalho ou tenho passando tempo com as pessoas
que amo?”, “Você se sente bem consigo mesmo?”, “Você tem praticado exercício
físico?”, “Quando foi a última vez que tirou um tempo só para você?”, “Tem dado
atenção suficiente para os sinais do seu corpo?”, “Você se considera a pessoa mais
importante de sua vida?”
Os papéis com as frases foram colocados dentro de um recipiente e foram
retirados um por um. E a cada leitura, se a resposta da participante fosse negativa, ela
tinha que retirar uma fita do copinho descartável. Quando terminou todas as perguntas,
os copos estavam em tiras. Então, oferecemos água para as participantes, tentando
servir nos copos despedaçados, o que, obviamente, foi impossível, da mesma forma
acontece com as pessoas. Após isso, damos um novo copo (inteiro), com o intuito
delas refletirem que elas podem recomeçar sempre que quiserem, e que é necessário
aprender a valorizar as pequenas coisas que nos completam, aprender a nos cuidar e a
reparar aquilo que nos faz mal.
Então, após a dinâmica, fizemos uma reflexão falando como é importante adotar
hábitos para a própria vida que zelam pela saúde física e mental de cada um. Além
disso, lembramos a elas que, nós somos as pessoas mais importantes das nossas
vidas, que temos que gostar de nós mesmas primeiro para depois sim, conseguir dar
amor aos outros. Não obstante, se faz necessário validar todos os conhecimentos de
cada uma, e mostrar que sem eles não teriam toda experiência e força que já criaram
até hoje. E que se existe algo que elas não gostam, também pode ser modificado aos
poucos, e assim conseguem se fortalecer a cada dia que passa.
Para facilitar esse processo de mudança, colocamos pra ela dicas/práticas de
autocuidado:
1 – Desenvolva o autocuidado com exercícios físicos: uma caminhada pode ser
uma excelente escolha para quem quer começar a atividade física.
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2 – Autocuidado com bons hábitos de higiene: sempre que puder, tome um


banho relaxante, sem pressa. Isso também é uma forma agradável e gostosa de cuidar
de si mesmo.
3 – Autocuidado é ter uma vida social: lembre-se sempre que o autocuidado é
para o corpo e a mente, por isso, divirta-se e tenha uma vida social ativa. Procure fazer
programas que te agradem e com pessoas que lhe fazem bem. Ter momentos de
alegria com pessoas queridas é algo que contribui muito com o bem-estar.
4° PROJETO: IMPORTÂNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO NO AUXÍLIO A DEPRESSÃO
E ANSIEDADE

OBJETIVO
Motivar as participantes do grupo a buscarem um tempo em suas rotinas onde
possam encaixar uma prática de exercício físico. Ainda, que utilizem o tempo destinado
a ela para pensarem em si e cuidarem delas mesmas.

METODOLOGIA UTILIZADA
O quarto encontro foi realizado no dia 08/09/2021, tendo em vista que as
maiores demandas das mulheres encaminhadas pelos médicos da USF para o grupo
são a depressão e ansiedade, e, levando em consideração o tema do autocuidado, a
proposta do grupo foi trabalhar sobre a importância do exercício físico, pois o exercício
físico além de ser uma prática de autocuidado, é importante tanto no âmbito físico
como no mental.
Foi abordado o tema e explicaram sobre sua importância, questionando e
buscando entender dentro da vida das participantes quais as possibilidades delas para
a realização de alguma prática. Além disso, ainda fizeram um alongamento com as
participantes, com a finalidade de descontração e de demonstrar que o alongamento
pode ser feito em qualquer lugar e traz ótimos benefícios.

5° PROJETO: CARTA PARA O FUTURO

OBJETIVO
Auxiliar os participantes estabelecerem uma nova direção em sua vida. Muitas
mulheres colocam seus planos e objetivos em segundo plano, priorizando seu papel
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como mãe e esposa. Sendo assim, essa dinâmica tem o objetivo de ressignificar seus
sonhos, metas e o que esperam do futuro.

METODOLOGIA UTILIZADA
O quinto encontro foi realizado no dia 17/10/2021, onde foi feita uma reflexão
também sobre o tema e feito também uma dinâmica. A dinâmica utilizada, foi a
dinâmica “Carta para o Futuro”, onde distribuímos folhas, papel e envelope para cada
participante, orientando-as a escreverem ou desenharem aquilo que mais desejam
realizar, sentimentos que talvez estavam guardados, sonhos e metas para o futuro e o
que elas podem fazer para ficar mais perto deles. Assim que finalizadas, teve um
momento de trocas, onde cada uma falou o que esperava do futuro e como se via
daqui 10 anos, orientamos elas também, para que guardasse e levassem para suas
respectivas casas, para quando se sentirem cansadas ou desmotivadas, tornam-se a
lê-las, para que possam lembrar que tudo é possível alcançar e que por mais que não
estejam nos melhores momentos de suas vidas, tudo passa.
Fizemos então, uma reflexão sobre a importância de acreditarmos em nossos
sonhos e metas, e também sobre a importância de realizar as ações que nos
aproximem desses objetivos. Que o percurso até a chegada pode ser árduo, porém
traz um futuro gratificante para elas e seus familiares.

6° PROJETO: IMPORTÂNCIA DO CUIDADO COM O CORPO E A SAÚDE COMO UM


TODO

OBJETIVO
O objetivo foi explicar sobre a necessidade do cuidado com o corpo, uso
adequado da medicação, visitas regulares ao médico, cuidado com o sono e realização
de atividade física.

METODOLOGIA UTILIZADA
Quando pensamos em autocuidado precisamos cuidar do corpo como um todo,
devemos manter a mente e corpo funcionando de forma adequada. A proposta do
grupo nesse encontro foi trabalhar não apenas o aspecto mental e sim a importância de
cuidar do corpo fisicamente. Na atividade do dia 22/09 as acadêmicas abordaram o
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tema e explicaram sobre a necessidade da inclusão de práticas saudáveis no cuidado


com o corpo e visitas ao médico para a prevenção da saúde.
Então, o objetivo principal era fazer com que as mulheres entendessem o que
está em déficits na rotina de cuidados e como devem cuidar de si mesmas dentro do
possível e acessível a elas. Além disso, também aplicaram a “Dinâmica do Balão”,
onde encheram vários balões e deram para as participantes segurarem, até não dar
mais e todos caírem. O objetivo era mostrar que não podemos carregar tudo sozinhas
e que não damos conta de tudo, precisamos entender os nossos limites e respeitar,
pois, às vezes querer dar conta de tudo o tempo todo, nos leva a não conseguir fazer
nada.

PROJETO: LIGAÇÃO PARA AS MULHERES GESTANTES


Também fazemos ligações para as mulheres gestantes que moram na
comunidade, com o objetivo de saber como elas estavam se sentindo nos últimos anos,
saber como andava a gestação e saber um pouco mais sobre a história delas, para
poder ter uma aproximação.

PROJETO: SETEMBRO AMARELO


Foi realizado no último dia dos encontros no dia 22/09/2021, onde a metodologia
adotada foi através da entrega de panfletos sobre o Setembro Amarelo, na qual o
público era as pessoas que se encontravam na USF naquele dia, também falamos para
eles um pouco sobre a história e sobre a importância.

PROJETO: VISITAS DOMICILIARES


OBJETIVO
As visitas domiciliares tem como objetivo conhecer a vida da pessoa, conhecer o
território, ver a realidade que ele habita e estabelecer vínculos com aquela família e
através disso olhar para aquela realidade e se aproximar, onde cria-se um
reconhecimento, a visita é também uma perspectiva de aproximação, confiança. A
proposta dessa visita é de olhar para todos que compõem aquele ambiente também,
onde os profissionais saem do consultório, gabinetes e vai até a comunidade,
lembrando que o profissional precisa se colocar igual, pois, essas famílias e essa
comunidade tem saberes, histórias, significados e é preciso compreender isso, mas
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precisa compreender também o que essas famílias entendem sobre esse conceito
saúde, doença e a partir do que elas acreditam, de suas verdades, representações
sociais e que daí de fato vai desenvolver intervenções de saúde. Sendo assim, quando
vai a domicílio, através da escuta dessa família, é possível perceber qual a percepção
dessa família sobre saúde e qual a sua dinamicidade.

METODOLOGIA UTILIZADA
Realização das visitas domiciliares, se deslocando até a casa do paciente,
conforme os profissionais da USF solicitaram.

PÚBLICO
As visitas foram direcionadas às mulheres: Dona Maria Madalena, de 76 anos, a
Karine de 25 anos e Janete de aproximadamente 40 anos.

5. DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS ALCANÇADOS AO FINAL DO ESTÁGIO

Os acadêmicos planejaram dois projetos de intervenção, um de psicoeducação


destinado a um grupo de mulheres selecionadas pela USF e o outro com a realização
de visitas domiciliares, bem como uma ação sobre o setembro amarelo, conforme
citado no item 4 do presente relatório.
Foram realizados 5 encontros de psicoeducação com o grupo abordando
diferentes temas, mas todos relacionados ao autocuidado. A média de participação foi
de 3/4 mulheres. O primeiro encontro teve a presença de 7 mulheres, todavia o grupo
inicial não se manteve, com exceção da Lucileia que participou de 4 dos 5 encontros.
Os objetivos estipulados pelos acadêmicos com relação ao grupo de
psicoeducação foram alcançados, mesmo que sem a presença do grupo inicial
completo, foi possível trabalhar todos os temas planejados de forma satisfatória.
No decorrer da uma hora de encontro era perceptível pelos acadêmicos como as
mulheres que participaram conseguiam se sentir acolhidas e expor seus sentimentos,
compartilhar questões pessoais e, de certa forma, ajudar as outras a lidarem com suas
questões.
Analisando a participação de Lucileia – que foi de mais encontros - é nítida sua
mudança de comportamento e pensamento. Nos primeiros encontros não falava muito,
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dizia que não tinha problemas e que estava tudo bem, contudo na terceira ida ao grupo
expôs questões muito pessoais que envolviam sua filha e ela mesma.
No último dia de grupo somente ela foi, desta forma os acadêmicos conseguiram
ter uma conversa e uma escuta mais acolhedora e pessoal, buscando formas de ajudar
a ela e sua filha.
Os acadêmicos desenvolveram uma ação referente ao setembro amarelo, que
teve seu objetivo concluído com a entrega de panfletos aos colaboradores e pacientes
da USF.
Foram realizadas também visitas domiciliares, onde os acadêmicos puderam
oferecer sua escuta ativa e coletar informações importantes sobre as pessoas
visitadas, para contribuir com o trabalho realizado pela USF.
Por fim, foi realizada uma escuta a uma mãe e sua filha, que procuravam ajuda
psicológica para a menina. A escuta se deu de forma separada e as informações
obtidas foram repassadas aos profissionais da USF.
Todas as informações coletadas no grupo, nas visitas domiciliares e nas escutas
foram repassadas aos profissionais da USF, com alguns encaminhamentos específicos
de casos mais delicados e que precisavam de uma atenção especial.
Em relação ao grupo foi possível observar que todas as temáticas abordadas
foram relevantes e proporcionaram conhecimento e evolução as mulheres que se
As visitas domiciliares puderam levar ajuda tanto na saúde mental como física.
Os acadêmicos puderam conversar e escutar as queixas das pessoas, com uma
escuta ativa e com posterior encaminhamento de suas demandas às pessoas
competentes.
Diante do exposto os acadêmicos acreditam que todos os objetivos propostos
para o grupo, as visitas e a ação foram alcançadas e com resultados satisfatórios. É
unânime a sensação de contentamento e dever cumprido, com a convicção de que foi
possível ajudar muitas vidas.

6. DISCUSSÃO

Acadêmica: Bruna da Silva Cunha

Análise: feita a partir da visita domiciliar para a Maria Madalena.


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Diante das nossas visitas domiciliares, pude perceber o quanto a visita domiciliar
é importante para determinadas pessoas, infelizmente fizemos apenas duas visitas
para a Dona Maria Madalena, pois ela teve que viajar para casa do outro filho e não
pudemos fazer mais visitas a ela. Embora ela seja uma pessoa bem lúcida, foi notório o
quanto ela se sente sozinha, pois como ela apresenta um problema na perna, ela não
consegue se locomover, então sua rotina é ficar sentada numa cadeira em seu quarto e
ficar por ali, pois precisa e depende de outras pessoas para poder sair dali, e por seu
filho trabalhar, acaba não tendo tanto tempo para dar atenção a mãe a todo momento e
as pessoas que ficam com ela acabam não dando conta de fazer isso sozinhas.
Geralmente, também não costuma receber visitas tanto no seu filho que mora em
Cascavel, como no seu outro filho que mora em outra cidade, é uma das coisas que
mais sente falta, pois ela disse que adora receber visitas.

Dona Maria Madalena, nos contou um pouco sobre sua história de vida, além de
nos mostrar também sua perna, que foi o que nos chamou mais atenção e nos deixou
bastante preocupados, aparentemente sua perna está entrando em processo de
necrotério, pois ela apresenta problemas como a diabete. Através de seu filho, também
ficamos sabendo que ela precisava tomar insulina e remédios contínuos, mas disse
que por teimosia ela acaba não tomando e também não procura ir ver o porque da
perna dela ficou daquele jeito. Dessa forma, por isso a importância da visita domiciliar
para essas pessoas, pois através da visita o profissional pode ter uma aproximação da
realidade do sujeito e da família, e quando se olha para essa realidade de fato a
conhece e pode olhar de maneira mais apropriada, podendo até ajudar com que o
sujeito mude sua percepção sobre a saúde.

A intencionalidade da visita domiciliar na saúde básica se desdobra em muitas


finalidades, a visita de avaliação tem como objetivo de conhecer a vida da pessoa,
conhecer o território, ver a realidade que ele habita e estabelecer vínculos com aquela
família e através disso olhar para aquela realidade e se aproximar, onde cria-se um
reconhecimento, também uma perspectiva de aproximação, confiança. A proposta
dessa visita é de olhar para todos que compõem aquele ambiente também, é o ato de
ir ao local de moradia do usuário com o objetivo de apreender aspectos do cotidiano
que facilmente podem escapar dos procedimentos realizados em âmbito institucional.
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Quando a gente vai a domicilio e escuta essa família, a gente consegue perceber qual
a percepção dessa família sobre saúde e qual a sua dinâmica.

A visita domiciliar é considerada uma atividade externa à unidade de saúde


mais desenvolvida pelas equipes de saúde. Ela se caracteriza por utilizar uma
tecnologia leve, permitindo o cuidado da saúde de forma mais humana,
acolhedora, estabelecendo laços de confiança entre os profissionais e os
usuários, a família e a comunidade, ampliando o acesso da população às
ações da Saúde em um dos pontos de sua rede de atenção: o domicílio, a
unidade residencial de determinada família. (ANDRADE, 2014, p. 1)

Pensando nisso, a visita domiciliar é um instrumento importante para Atenção


Básica e é através dessa visita que entendemos como o sujeito vive e é preciso estar
com a escuta aberta, olhar aberto, porque tem muitas pessoas que não se sentem em
casa (CRUZ, 2010). Que é o que acontece no caso de Dona Maria Madalena, que
sente muito sozinha, pois sempre está em um lugar diferente (cada mês na casa de um
filho), onde não recebe visitas e nem pode ter contato com os seus parentes, pois seus
filhos não deixam ela ligar para eles para conversar, ela ressaltou bastante vezes que
sente falta do passado e de ter contato com outras pessoas. Além disso, também
percebemos que o processo do seu envelhecimento tem sido algo difícil para ela, pois
sempre foi uma pessoa muito ativa.

Delimitar a velhice (envelhecimento) através de conceituações não é algo fácil,


pois requer um conhecimento amplo de como os idosos estão inseridos no processo de
construção social. A velhice, do ponto de vista biológico, é percebida como um
desgaste natural das estruturas orgânicas que, com isso, passam por transformações
com o progredir da idade, prevalecendo os processos degenerativos (Caldas, 2002).
Embora, os níveis de envelhecimentos sejam níveis diferentes, o envelhecimento não é
único para cada pessoa, varia de pessoa para pessoa porque vai depender dos fatores
externos que influenciam e a caracterização funcional, por isso não há como dizer que
todos idosos tem os mesmos problemas e mesmo ritmo de envelhecimento.

Dessa forma, vale ressaltar que o envelhecimento tem múltiplas teorias, e é


considerado multifatorial porque não é uma única causa que faz com que a pessoa
envelheça e é uma somação de efeitos, porque vai depender do estilo/qualidade de
vida, da sociedade, alimentação. É um processo dinâmico e progressivo, onde os
familiares sofrem bastante também, por isso a visita domiciliar é uma prática importante
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porque quando propomos a visita, ela não pode ter um punho só de fiscalizar a família,
ela tem o principal objetivo de aproximar o profissional daquela família, aquela
realidade e de fato a conhece com mais apropriação, então quando se faz uma visita
domiciliar ela facilita que a gente entenda e compreendo o modo de vida das pessoas,
pois quando isso é reconhecido o que é proposto, é muito mais eficiente.

Também é importante pensar que sempre que estamos adentrando a domicilio,


aquele espaço não é público, ele é privado, porque algumas primeiras visitas
domiciliares feitas em saúde pública eram visitas nas práticas higienistas e centravam
nas casas das pessoas para eliminar as doenças e eram famílias que foram tirados do
centro da cidade, utilizando esse critério para entrar na casa e fazendo o que queriam,
considerando um espaço público. Mas, quando se discute visita domiciliar na saúde
coletiva, ela se preocupa muito que o profissional que está adentrando num espaço
privado, o espaço é daquela família, é de outro indivíduo, a visita domiciliar é
justamente para fortalecer um vínculo, além da possibilidade que nós temos de
conhecer de fato a realidade para realizar intervenções mais eficientes, lembrando que
o espaço daquele sujeito é privado e não público.

Contudo, a partir dessa análise, a minha percepção é que seria interessante que
a Dona Maria Madalena continuasse recebendo visitas domiciliares, pois como
percebemos, ela se sente muito sozinha e além disso, investigar para que seja
encaminhada para um médico o mais rápido possível, por conta da sua perna. Pois,
pela visita que realizamos, ela tem um certo receio de ir em médicos e beber os
remédios que deveria, pensando na sua qualidade de vida, penso que através da visita
domiciliares, pode ser um recomeço para ela e para sua família, onde tanto ela quanto
a família podem ter um suporte e uma aproximação dos profissionais, facilitando
práticas para melhora tanto do seu envelhecimento, quanto da qualidade de vida e do
convívio de ambas partes.

Acadêmica: Isadora Vieira

Análise: Feita a partir do grupo desenvolvido com as mulheres no dia 15/09/2021

O tema desse encontro especificado na análise acima foi “Autoconhecimento e


vontades para o futuro”, no qual eu e o grupo do qual eu fiz parte desenvolvemos uma
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dinâmica de escrita e expressão, com o objetivo de relembrá-las não apenas de quem


elas são, mas também quais são os princípios e vontade que elas possuem diante o
presente e futuro. Pois, quando sabemos onde queremos chegar, muitas vezes nos
fortalecemos diante aos desafios da vida.

Por conseguinte, foi entendido de forma grupal, que muitas vezes por toda correria
diária e compromissos a serem completados, vimos que essas mulheres deixavam de
lado os seus propósitos de vida e se focaram apenas no problema atual que as deixam
tristes, ansiosas e realmente em um estado de sofrimento que tirava energia delas para
qualquer outro planejamento. Logo, ficou mais claro ainda que o tema discutido no
encontro se faz realmente importante, sendo uma forma de relembrar as pessoas de
quais são seus objetivos e prioridades na vida, trazendo novamente a vontade de
continuar pois possuem a esperança de que no futuro as coisas possam ser melhores.
Dando continuidade, segundo o Hospital Santa Monica, é muito necessário cada
indivíduo dar espaço para sua individualidade, descobrir suas preferências pessoais,
buscar um propósito, focar em coisas que realmente são funcionais e prestar atenção
aos detalhes. Pois assim, se conseguiria “olhar para dentro” de si e descobrir quais os
passos você gostaria de dar diante a infinita possibilidade do seu futuro, que te traria
força mesmo em momentos de fraquezas.

Ademais, trazendo mais um exemplo de explicação do porque ter um foco de vida


ajuda na saúde dos indivíduos, o livro “Em busca de sentido”, escrito por Viktor Frankl,
traz histórias de como algumas pessoas sobreviveram em quesito à resistência a um
confinamento em um campo de concentração alemão e outras não, e explica que as
pessoas que possuíam um sentido para a vida conseguiram se manter vivos pela
esperança do amanhã. Não obstante, o autor diz que uma tentativa de ação
psicoterapêutica diante a pessoas com tais traumas, seria a reconstrução completa da
identidade pessoal que se perdeu dentro do isolamento, a fazendo se orientar para o
futuro, procurar um caminho em algo que faça sentido e que de alguma forma traga
esperança para as pessoas. (Viktor Frankl, 1984).

Não obstante, além do tema principal comentado em grupo, que foi então esse
propósito de vida, assuntos como ansiedade, medo do futuro, violência física,
psicológica e de abuso sexual foram compartilhados pelas mulheres que participaram
da sessão, que será retratado aqui bem detalhadamente o que foi compartilhado
durante o encontro:

Elenilda, uma das quatro participantes daquele dia, contou que foi abandonada pelos
pais e abusada quando era criança, inclusive por um dentre os 6 irmãos. Disse que tem
pensamentos desorganizados e ruins, que não consegue nem pôr em ordem o que
sente. Ela se diz preocupada com o filho mais velho, que tem 30 anos e é casado
desde os 17, mas não tem juízo, e além disso, sua esposa tem irmãos que mexem com
droga, e ele entrou nesse meio. Tem mais dois filhos e uma sobrinha que adotou, a
qual se diz ter muito orgulho, mesmo não sendo sua filha de sangue. É muito feliz com
seu esposo, disse que foi ele quem trouxe alguma paz e alegria para sua vida. Chora
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muito, a pressão fica alta, desconta na comida, conversa sozinha e reza bastante para
que as coisas melhorem. Daqui 10 anos deseja que Deus tenha ajudado seu filho para
ela ter paz e felicidade.
Keila, está passando por um momento muito complicado, porque descobriu uma
traição, e além disso tem uma filha de 10 anos. Viveu com esse marido de forma
abusiva por 12 anos, mas fala que por mais que não fosse perfeito, se acostumou com
a presença dele e sofreu muito com a traição e o afastamento. Disse que isso está
fazendo muito mal porque ela não para de pensar nesse assunto, e também porque ele
abandonou a filha para morar em Paranaguá para morar com a outra mulher. Diz que
daqui 10 anos deseja estar feliz, casada com outra pessoa boa e que sua filha também
esteja feliz. Para isso, ela diz colocar nas mãos de Deus, e ela ir fazendo o que pode
para melhorar. Além disso, falou que perdoou o marido, pois a raiva só estava fazendo
mal para ela e para a filha.
Cleice tem uma filha de 11 anos e uma de 5 meses. Teve depressão pós parto e crises
de pânico, por exemplo, com 36 semanas de gravidez não conseguiu abrir a porta da
sua casa, teve um ataque de pânico e quebrou toda a janela com um martelo, seu tio
precisou estourar a fechadura da porta para ela conseguir sair. Teve outra crise em um
engarrafamento no trevo Cataratas, teve que pedir ajuda aos policiais que estavam na
BR porque achou que ia ter um ataque cardíaco. Além disso, diz que seu marido ajuda
muito nesses momentos, pois ele é muito paciente. Já tomou fluoxetina e está tomando
sertralina (ainda está amamentando), foi receitado 150 mg mas está tomando 100mg
porque achou muito. Não teve mais crise de pânico, logo, está conseguindo controlar,
indo caminhar no lago e fazendo outras atividades para conseguir seguir mais feliz e
saudável em sua vida. Daqui 10 anos quer que as filhas estejam felizes com a vida, e
em 2022 irão construir uma casa, está planejando o projeto, o que a anima. Não
obstante, afirma que sua vida era muito difícil quando era divorciada e com sua filha
mais velha, e agora sua vida desacelerou e por isso acha que começaram as crises,
mas sua vida está muito mais alegre, e por isso fica incomodada por estar se sentindo
mal. Disse também que aprendeu a se dar valor, pois antigamente se deixava de lado.
E por fim, Janete, que chegou por último, não quis compartilhar nada, apenas fez a
dinâmica e escutou.
A partir do relato descrito detalhadamente do que ocorreu um pouquinho com cada
uma, percebe-se que o sofrimento delas vem de vários locais, épocas e causas
diferentes, mas um dos quais todas vivenciaram foi terem sofrido algum tipo de
violência.
Segundo o IMP (Instituto Maria da Penha) estão pressupostos cinco tipos de violência
contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. Além disso, o Instituto
afirma que muitas vezes, um tipo de violência nunca é aplicado de forma isolada,
podendo chegar na mulher mais de uma forma de uma vez só. Trazendo assim,
inúmeras consequências maléficas às vítimas, não deixando o fato de que é uma
violação aos direitos humanos de acordo com a Constituição de 1988 e precisa ser
denunciada a qualquer custo.
A violência física diz respeito a qualquer atitude que afete a saúde corporal da mulher,
podendo ser por formas de espancamento, atirar objetos, sufocamento, lesões,
queimaduras ou outros. Já a violência psicológica é qualquer ação que gere dano na
saúde emocional da mulher, trave seu desenvolvimento ou abaixe sua autoestima,
podendo ser direcionada por ameaças, humilhação, manipulação, chantagem e muitos
outros. Outro tipo de violência é a sexual, sendo denominada por quaisquer
comportamento de outra pessoa que intimide, ameaçe, coaja ou que tenha uso de
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força relacionando com algum ato de cunho sexual não desejado, e isso pode ser feito
a partir de estupro, impedir a mulher de se reproduzir ou de abortar, força-lá ao
matrimônio ou a um ato sexual que a cause repulsa ou desconforto, impedir o uso de
anticoncepcionais, e outros. O próximo tipo de violência é a patrimonial, que se mostra
a partir do controle de um terceiro diante aos bens que a mulher possui, exemplos
disso é o controle financeiro, estelionato, negar pensão, furtos, a privar de bens que ela
tem direito, causar danos a objetos que a mulher tenha apreço, e muitos outros. Por
fim, se encontra a violência moral, que se classifica por qualquer ação que demonstre
calúnia, injúria ou difamação, que se mostra por acusações de traições, criticar sem ser
verdade, apenas para machucar a mulher, expor a vida íntima da pessoa, xingamentos
que afetam a índole e consequentemente a autosegurança dessa mulher, desvalorizá-
la por seu modo de se vestir, entre outros (Instituto Maria da Penha).
Além das violências, a ansiedade foi tema que se fez muito presente no encontro. Por
conseguinte, a ansiedade que na sociedade atual também está sendo extremamente
comentado pela grande incidência de casos em todo mundo, se caracteriza por
preocupações normais de rotina, de uma forma que deixe a pessoa mais alerta e
conseguindo assim responder às demandas diárias do mundo de forma efetiva, porém,
essa ansiedade se torna um transtorno quando as preocupações são excessivas,
fazendo a pessoa fugir de todo momento presente por medo do que vai acontecer,
geralmente associado a um pensamento ruim em vários momentos, mesmo quando
não é algo que deveria pedir por alerta. Além da sensação de tensão e agonia
absoluta, a ansiedade acarreta muitas vezes em sintomas físicos, como sudorese e
arritmia. Não obstante, de 2017 para cá, o Brasil possui o maior índice de transtornos
de ansiedade no mundo (SANTOS, 2021).

Acadêmica: Leticia Debiazi

Análise: Manejo das emoções: neste encontro foi nomeado as emoções e sensações
das participantes.

É importante relatar que o intuito dos grupos psicoeducativos era que as participantes
compareceram em todos os encontros porém na praticas ultimamos os encontros com
início e fim de objetivo em um único encontro, pois as participantes de um encontro não
participavam necessariamente de um ou dois encontros seguidos nem tinham previsão
de volta por parte delas, pois os convites sempre foram refeitos no final de cada
encontro.

Uma dinâmica de reflexão de reconhecimento de pensamentos que fazem as mesmas


se sentirem bem e pensamentos que fazem se sentir mal. Em seguida, caso elas se
sentissem bem poderiam compartilhar com o grupo.
Keyla foi a primeira a terminar e relatou que se sentia ansiosa em esperar as demais
terminarem. Relatou se sentir um poço de ansiedade

Segundo (Miguel, 2015 aproud Dumont, Yzerbyt, Wigboldus, & Gordijn,


2003; Ekman & Cordaro, 2011; Hodiamont, 1991; Plutchik, 2002; Thalmann,
2013) O medo é despertado frente a um evento causado pelo ambiente ou por
outra pessoa, e que é avaliado como ameaçador, gerando a interpretação de
incerteza ou falta de controle em relação ao que pode ocorrer, tipicamente
resultando numa resposta de fuga que objetiva colocar o indivíduo de volta em
segurança. Alguns modelos localizam a ansiedade dentro da categoria medo,
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pois, em ambos os casos, considera-se a emoção como uma resposta a um


perigo, presente ou não.

A mesma relatou que os pensamentos ruins estão relacionados com o ex-marido


relatou que ele foi preso ́ p
́ orque Deus é bom, ele estava com cocaína´´ a mesma teve
outras falas de como ele não era uma ‘’boa pessoa’’, relatou que ‘’sofro por ter
entregado tudo de mim para ele’’ ‘’sofro porque gosto dele e quero me livrar disso’’
relata que tem dificuldade de dormir a noite. A estagiária perguntou oque esses
pensamentos geram nela e ela respondeu que raiva, quanto aos bons pensamentos
estão relacionados com os filhos e netos, fazendo se sentir alegre.  

A alegria é expressa com sorriso, raiva com franzimento das sobrancelhas e


tensão dos lábios, e assim por diante. Esses dados levaram à consideração da
existência de emoções básicas ou primárias características da espécie
humana. Nesse sentido, as emoções humanas teriam evoluído de um conjunto
finito de estados emocionais, sendo que cada um deles possuía sua
funcionalidade adaptativa e expressão típica (Miguel, 2004 aproud Ekman,
2003; Gazzaniga, Ivry, & Mangun, 2006; Lundqvist & Öhman, 2005; Markham &
Wang, 1996; Plutchik, 2002)

A raiva surge ao se deparar com um obstáculo avaliado como hostil,


interferindo no que se está fazendo ou intencionando fazer. Se se tem a
percepção de que a interferência é intencional, em vez de acidental, de modo a
parecer que a pessoa interferindo escolheu essa ação, o nível de raiva pode
ser ainda maior. Além de pessoas, a frustração com objetos inanimados
também pode causar raiva. Essa emoção gera uma tendência de ataque que
visa remover aquele impedimento e mudar a situação atual, frequentemente de
modo que destrua ou prejudique o alvo (Miguel, 2004 aproud Ekman &
Cordaro, 2011; Galati et al., 2001; Plutchik, 2002; Thalmann, 2013).

Vanessa relata que teve parto prematuro e que isso deixa insegura com os filhos, a
mesma acredita que teve depressão pós parto a mesma relata ter síndrome nefrótica,
relata se sentir mal para sair de casa levando a ter sintomas psicossomáticos, como
vontade de vomitar, aperto no peito, calafrios. Relata ter sofrido bullying na escola e foi
abusada pelo pai durante a infância. Disse ́ ́quero fazer tantas coisas, mas to travada”
me sinto bem quando vejo que meus filhos estão bem, sair com eles, fazer algo
diferente.
Foi perguntado como se sentia; “não me sinto capaz de fazer nada diferente”

Segundo Del Porto (1999) enquanto doença, a depressão tem sido classificada


de várias formas, na dependência do período histórico, da preferência dos
autores e do ponto de vista adotado. Entre os quadros mencionados na
literatura atual encontram-se: transtorno depressivo maior, melancolia, distimia,
depressão integrante do transtorno bipolar tipos I e II, depressão como parte da
ciclotimia, etc.

Lucileia: “não estou me sentindo bem, a semana foi ruim, estou me sentindo
desanimada”
Foi questionado de onde vem esse sentimento, vem a partir de quais sentimentos, a
mesma relatou ter descoberto que a filha sofreu abuso de um parente próximo e
que estava com medo de perder a filha. Disse ela mesma já sofreu abuso de um
parente próximo e que é uma luta para melhorar”
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Segundo Miguel (2004) aproud Denham, Mason, & Couchoud, 1995; Ekman &
Cordaro, 2011; Plutchik, 2002; Thalmann, 2013. São diversos os tipos de perda
que podem eliciar a tristeza, desde a rejeição de uma pessoa querida ou
importante, a perda da saúde ou parte do corpo, e até a perda de um objeto
valorizado. Trata-se de uma das emoções mais duradouras. A angústia pode
ser incluída nesse grupo, e inclui agitação associada à desesperança.

Dinâmica 2: Identificação de emoções


Escreva momentos que já ocorreram na sua vida que desencadearam emoções
escritas
Emoções: alegria, tristeza, raiva, nojo, medo, surpresa.
Keyla relatou se sentir ansiosa, muito insegura com o futuro, medo e tristeza.
Vanessa relatou se sentir com medo, triste, relatou que quando criança cantava
para se acalmar, mas quando sentia com muita raiva se batia, relatou que seu
esposo sempre está jogando e não ajuda quando ela precisa. Oque a distrai é
costurar, mas é algo que toma muito o tempo dela pois também é sua forma de
ganhar dinheiro e isso faz com que ela não tenha tempo para si mesmo nem para
brincar com a filha oque aparentemente te frustra e a mesma disse que isto te deixa
ansiosa.
Lucileia relatou estar com medo da filha se suicidar, disse que o acontecido com a
filha de 15 anos fez com que ela tivesse dificuldade de deixar o marido a tocá-la,
aparentemente ela reviveu o acontecido com ela a partir do relato de desabafo da
filha.
Segundo Miguel (2004) aproud Denham, Mason, & Couchoud, 1995; Ekman &
Cordaro, 2011; Plutchik, 2002; Thalmann, 2013).O senso comum até hoje dita
que as expressões emocionais têm origem em algum evento interno, ou seja,
nós sentimos alguma coisa e então expressamos uma emoção. A ordem
desses fatores, porém, pode não ser exatamente essa. Uma das primeiras
referências nesse sentido foi, que afirmava que os humanos primeiro percebem
o estímulo, havendo uma reação do organismo, e a percepção desse
movimento das vísceras seria, então, o próprio sentimento. Segundo os
exemplos do próprio autor, nós não correríamos porque sentimos medo, mas
sim sentiríamos medo porque começamos a correr. 

Foi então que a estagiária conduziu para que todas refletissem que existia uma
semelhança entre elas, que todas ficam bem ao ver seus filhos bem mas que elas tem
esquecido de ver que a qualidade de vida e saúde mental tem que vir de si, que todas
precisam estar bem para conseguir cuidar do próximo.

Por último foi repassado um material para que elas soubessem de estratégias para
lidar com as emoções, sentimentos e sensações. Frisando que é importante para e
olhar de onde vem todas emoções, pensamentos e sentimento, por que elas vêm e
quando isso acontece, após essa reflexão foi apresentado o material.

Foi possível ver que as participantes tinham dificuldade de falar o que estavam
sentindo e facilidade de expor os acontecidos em suas vidas, podendo ser uma
negação ou mecanismo de defesa para não se colocarem na situação de sentir. Porém
quando foi proposto este encontro foi um momento de reflexão para que elas se
permitissem sentir, raiva, nojo, tristeza, medo mesmo que resistissem em alguns
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momentos em outros se permitiram. Existiu uma dificuldade de que elas nomeassem


os sentimentos e se focassem neles, mas ao final da dinâmica o feedback das
participantes se demonstrou positivo em relação ao objetivo principal do tema do dia,
além de nomear foi feito dinâmica de como permitir que esses sentimentos fossem
depositados em algum lugar como cantar, ler, caminhar, das mais diversas formas
exposto por elas mesmas do que gostavam de fazer e poderiam fazer para que esse
sentimento não as acompanhassem para o resto do dia.

Segundo Schwartz, Lopes e Veronez, (2016) aproud Del Prette & Del Prette,
1999; Eisenberg, Fabes, & Murphy, 1996. Falcone, 1998. Eisenberg &
cols., 1996 e Del Prette & Del Prette, 2013. A habilidade de identificar e
expressar emoções tem sido relacionada com a competência social, em razão
de ser considerada pré-requisito para outras habilidades, como a empatia. A
experiência interpessoal também é apontada, sugerindo que esta pode
maximizar a habilidade de identificar e nomear emoções. Muito estudada por
psicólogos e educadores, a competência social é um indicador considerado
bastante preciso do ajustamento psicossocial e de um desenvolvimento
positivo, enquanto que um baixo repertório social pode ser um indicador ou até
um sintoma de problemas psicológicos.

A partir deste encontro foi possível perceber a fragilidade que todas estão, e quanto é
importante o grupo de socioeducação. as participantes se encontravam e tão pra baixo
que no final do encontro ainda não tinha sido possível que elas se sentissem um pouco
melhor. As participantes raramente voltam para o segundo encontro, apenas quem
voltou todos os encontros ate o momento foi a Lucileia, isto pode demostrar uma
fragilidade tão grande que as mesmas não estão preparadas para olharem pra si,
tentar lutar pela qualidade de vida e saúde mental, nem tanto pela a autoestima.
Refletindo então sobre a realidade atual, que as taxas de transtornos psicológicos
estão aumentando em um nível que não sabemos mensurar no momento, seria a
pandemia? Ou a pandemia só fez com que as pessoas de modo geral esquecessem
dos objetivos de vida? Ou será que isso sempre esteve diante de todos? A resposta? É
muito subjetivo, mas nem uma dessas alternativas devem ser descartadas no momento
até serem analisadas a fundo.
Segundo Melo, Filho e Chaves (2014) A necessidade de controle se refere ao
estabelecimento de relações de comando e de autoridade (poder). Diz respeito
ao domínio e aos termos do processo decisório entre as pessoas. Na fase de
controle, a necessidade de relacionamento implica no respeito pela
competência e pela responsabilidade dos outros e a consideração dos outros
por sua própria competência e responsabilidade. As pessoas que têm alto
índice de controle gostam de influir, de liderar, de persuadir e de chefiar. As
pessoas que expressam controle negativo não dominam, pelo contrário, ou são
submissas e seguidoras, ou são rebeldes e resistentes. Isto é, ou se submetem
ao controle dos outros ou a ele se opõem, mas não assumem o controle delas
próprias.

Acadêmica: Marina Machado Cultom


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Análise: Feita a partir do grupo desenvolvido das mulheres do dia 15/09/2021

No decorrer dos encontros, no mínimo uma mulher relatou ter sido vítima de
violência, seja ela física, psicológica ou sexual. De acordo com a Convenção de Belém
do Pará (Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra
a Mulher, adotada pela OEA em 1994) violência contra a mulher é qualquer ação ou
conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou
psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado.

No dia 15/09/2021 estavam presentes quatro mulheres no encontro realizado,


onde a temática psicoeducativa principal foi a idealização de planos para o futuro, pois
observamos que em diversos encontros mulheres diferentes relataram que suas
respectivas prioridades eram como mãe e esposa, deixando de lado sua
individualidade como mulher, com planos e sonhos próprios e individualizados. Então,
a atividade realizada foi a “Cartas para o Futuro” onde cada uma recebeu folhas,
canetas, lápis para que desenhassem ou escrevessem uma carta idealizando projetos
pensando no futuro.

Apesar de não ser o foco da atividade, duas de quatro mulheres relataram ter
sofrido violência no passado. A primeira foi Elenilda, a mesma foi abusada
sexualmente quando criança pelo seu pai. Atualmente apesar de viver bem e feliz, a
mesma relata possuir “pensamentos ruins”, porém mudou de assunto e não quis mais
falar sobre.

A violência sexual segundo Hasse (2016) consiste em qualquer conduta que


obrigue a mulher a assistir, manter ou praticar ato sexual não consentido, mediante a
força ou chantagem. A violência sexual ainda é muito recorrente no mundo,
principalmente pelo pensamento machista e de posse que os homens acreditam obter
sobre a mulher.

A outra mulher do encontro a relatar ter sido vítima de violência foi a Keila, a
mesma relatou sofrer violência física e psicológica de seu ex-marido, recém divorciada
a mesma descobriu uma traição. Em um dos episódios relatados pela mesma, o ex-
cônjuge tentou matá-la ateando fogo na mesma, além de, segundo a mesma, praticar
violência psicológica e alienação parental com a filha de dez anos.
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A violência física ocorre quando ofende a integridade ou saúde corporal da vítima, não
acidental, por meio do uso da força ou armas. Essa violência pode se manifestar de
várias formas como socos, tapas, empurrões, chutes, estrangulamento, tirar de casa a
força, e também danos à integridade corporal como omissão de cuidados, alimentos
etc.

Além disso, uma das violências físicas contra a mulher é o feminicídio, a morte da
mulher pelo simples fato de ser mulher, não se restringe apenas em relações íntimas,
ocorre inclusive quando o agressor é um desconhecido. “O feminicídio é quando ocorre
morte de mulheres por violência de gênero, ou seja, é o assassinato da mulher pela
circunstância dela ser mulher”. (OLIVEIRA, RODRIGUES, AGUIAR, 2016).

Já a violência psicológica se caracteriza por toda ação que causa dano ao emocional
da mulher, verbal ou física. Inclui insultos, desvalorização, humilhação, chantagem,
isolamentos de amigos e familiares, confinamento doméstico, entre outros abusos
verbais. A violência psicológica é geralmente negligenciada até por quem sofre, por ser
muito mascarada e pelo agressor após inúmeros insultos se desculpar afirmando que
aquela atitude é do temperamento forte do mesmo. Porém esse tipo de agressão não
deve ser tolerada, pois é reforçada com esse tipo de aceitação. Keila relatou que o ex-
marido havia lhe enviado flores e uma cesta de café da manhã, mesmo após o divórcio
e não deixava a mesma seguir em frente.

O constante sofrimento das vítimas podem desencadear doenças psicológicas,


como transtorno de ansiedade generalizada (TAG), depressão e estresse pós-
traumático. “O sofrimento psíquico e seu efeito cumulativo podem vir a desenvolver
doenças psicossomáticas variadas; a depressão, por exemplo, é a mais comum.”
(FONSECA; RIBEIRO; LEAL, 2012).

Keila relatou estar sofrendo com todos os acontecimentos passados, mas que
perdoou o ex-cônjuge e para seu futuro deseja ser feliz com sua filha.

Apesar de entendermos que as vítimas do encontro analisado vivenciaram os


tipos de violência citados acima, a violência contra a mulher possui ramificações além
das comentadas anteriormente. Podemos destacar as seguintes, segundo Brasão e
Dias (2016):
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Violência de gênero: qualquer conduta que se baseie no gênero, que cause dor,
sofrimento físico ou psicológico. Uma classificação de poder masculino sobre o
feminino.

Violência intrafamiliar: qualquer ação que prejudique o bem-estar, a integridade física


ou psicológica, liberdade de outro membro da família. Pode ocorrer dentro de casa ou
não, por membros de sangue ou não.

Violência doméstica: se distingue da intrafamiliar pois não é necessariamente feita


por membros familiares. Consiste de uma violência feita em âmbito domestico ou não,
que pode ser efetuada por familiares, empregados, conhecidos que frequentam a casa,
incluem: abuso sexual, físico e psicológico, negligencia e abandono.

Violência econômica ou financeira: abuso do poder do cônjuge que possui maior


autonomia financeira. Inclui: roubo, chantagem, destruição de bens pessoais, recusa de
arcar com a pensão alimentícia ou ajudar com gastos básicos para sobrevivência da
família.

Por fim, em decorrência ao meu isolado devido ao COVID-19, realizamos uma


campanha de arrecadação de doces para reposição dos encontros que me ausentei,
em conjunto com o estágio do 4º período de Psicologia, na Pastoral da Criança do
Santa Cruz, no dia 06/11/2021 às 15:00.

Acadêmico: Vinicius Cadore

Analise: a partir da visita a casa Maria Madalena

Dona Maria Madalena, uma senhora muito simpática, e que gosta de conversar, nas
duas visitas que fizemos a sua casa em ambas apresentava um sorriso contagioso,
falava devagar, mas com a fala organizada, lembrava com clareza nome dos seus
filhos, com quem ela morava, as coisas que fazia no dia a dia, contou da sua infância,
da sua vida de casada e diversas outras coisas. Maria não podia circular na casa
devido ao seu pé está muito inchado e segundo ela tem vezes que não aguenta de dor
pelo fato de a pele estar extremamente sensível, mas ao conversar com ela, dá para
entender que ela nega o fato de ter um diagnóstico sobre o pé e diz que não é aquilo e
fala que vai ir em outro médico pedir um exame específico, ela possui crenças muito
forte em sua vida e foi possível observar na questão do seu pé. Como mora com um de
seus filhos, a família dela decidiu fazer um revezamento com ela, fica 1 mês na casa de
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um e no outro mês na casa do outro filho e assim um cuida um pouco e não gera uma
sobrecarga para somente um membro da família, como ela não pode andar acaba
ficando o dia inteiro em um quartinho, onde passa tempo favorito é assistir as novelas.
Já na questão de sua alimentação, pode se observar que não é muito rico em
variedade e que de manhã toma um cafezinho com casca de pão, no almoço come
macarrão, e de lanche da tarde come frutinhas e a partir disso se observa que não
possui uma alimentação rica em variedade e que o fato de não poder se movimentar a
família optou por alimentos que não acelera o metabolismo, para que não tenha
necessidade de trocar ela mais que uma vez por dia. O filho de dona Maria relata que
ela não toma os remédios que os médicos indicam para ela, e quando fomos conversar
sobre isso ela disse que tem que ir à USF buscar remédios, pois os que havia em sua
casa teriam acaba, e devido essa negação de tomar as medicações seu pé não
melhora pelo fato de ela não fazer o uso da medicação indicada para ela. Segundo
Janini, Bessler e Vargas(2015), as informações acerca da alimentação saudável
reforça um distanciamento entre a informação que foi adquirido e o conhecimento
executado, sendo fundamental o conhecimento de toda população de ambas as
informações por meio da educação em saúde. A partir disso se observa na Maria que
ela tem conhecimento de que se comer certos alimentos lhe fara bem, mas devido a
condições das quais ela se encontra de não poder se movimentar e sempre precisar da
ajuda de alguém para fazer suas necessidades físicas, ela deixa de comer diversos
alimentos.

Acadêmica: Gabrielly Almendro Silva

Análise: Feita a partir do grupo de mulheres desenvolvido no dia 08/09/2021


O encontro do grupo de mulheres que vivem no bairro e utilizam os serviços da USF
Presidente, referente ao dia 8 setembro ocorreu inicialmente como planejado uma
discussão sobre o tema de autocuidado, compreensão acerca dos sentimentos e
emoções. O tema em questão desencadeou uma serie de relatos das participantes
onde apresentaram episódios de violência psicológica, violência física, violência sexual
com elas, violência sexual infantil intrafamiliar e as sequelas, bullying, depressão pós
parto e culpa materna.

O primeiro caso é da Keyla que chegou até nosso espaço de encontro em grupo, muito
ansiosa, com a filha mais nova junto e dizendo por várias vezes que as duas
precisavam de atendimento. No iniciou da discussão em grupo Keyla contou sobre o
marido usuário de cocaína que foi preso, teve vários casos extraconjugais e trouxe
relatos que retratam violência física e psicológica. De acordo com a Organização das
Nações unidas (ONU), a violência contra mulher é “qualquer ato de violência baseada
no gênero que resulte ou possa resultar em dano físico, sexual ou psíquico, incluindo
ameaças, coação ou privação da liberdade, quer ocorram em público ou em privado”
(Conselho Social e Econômico das Nações Unidas, 1992, p. 26). O contexto histórico
social de uma sociedade patriarcal onde a mulher recebeu por anos o papel de cuidar
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da casa, gerar filhos e ser submissa ao marido em toda e qualquer situação, torna-se
fator agravante que influencia na violência como demonstração de poder e nas
consequências psicológicas sofridas após vivenciar violência, em suas palavras Keyla
narrou “Sofro por ter entregado tudo de mim para ele”, “Sofro por gostar dele, quero me
livrar disso”, relatou os pensamentos de raiva, sensação de ansiedade e dificuldade
para dormir. Pesce (2009) e Magalhães et al (2017) fomentam que a violência em
todos seus âmbitos, viola os direitos humanos, nega dignidade, liberdade excluindo o
respeito a vítima e contribuindo ao crescimento do ambiente favorável a
vulnerabilidade, vítimas de violência psicológica são expostas a traumas psicológicos
ao sofrerem humilhações, depreciações, injurias, calunias deixando sequelas como
medo e ansiedade. Conforme Lourenço e Costa et al. (2020) destacam-se como
principais além das consequências físicas, as consequências psicológicas e
desenvolvimento de psicopatologias após a Violencia entre Parceiros Intimos (VPI), são
recorrentes sequelas como baixa autoestima, comportamentos agressivos, solidão,
medo, tristeza, solidão, ataques de pânico, quadros de depressão, de ansiedade,
Transtorno de Estresse Pós-Traumatico (TEPT), deixando marcas que afetam não só a
vítima mas todos os envolvidos, mesmo após se libertar do relacionamento abusivo.

O segundo caso é o da Vanessa que nos contou sua história, onde teve um parto
prematuro que afetou muito seu psicológico e que acredita ter tido depressão pós-
parto, sente medo de sair de casa por imaginar que o filho possa passar mal e quando
acontece de fato ela apresenta sintomas psicossomáticos. Ao aplicar a atividade
identificação das emoções, Vanessa descreve sentir medo, tristeza, com raiva pelo
marido ficar jogando enquanto ela precisa de ajuda com o filho de 9 anos, trouxe
relatos como: “Quero fazer tanta coisa, mas me sinto travada”, que retratam como a
sua trajetória e história de vida influenciam até hoje na sua autoestima.

Analogamente (Klaus et al., 2000; Maldonado, 1990; Szejer & Stewart, 1997, Cooper &
Murray, 1995; Reading & Reynolds, 2001)) apontam que eventos combinados como o
nascimento do primeiro filho, questões biopsicossociais, a falta de amparo por parte
dos parceiros e de outras pessoas como rede apoio, tornam-se fatores que influenciam
surgimento de problemas emocionais para a mãe, especificamente a depressão pós-
parto, que incluem sintomas como manifestações psicossomáticas, choro frequente,
sentimento de desamparo, desesperança, de incapacidade, falta de energia,
irritabilidade e desinteresse sexual.

Contrária às ideias de que a maternidade só comporta o amor irrestrito e


apoiando a perspectiva das teorias do gênero, segundo a qual a maternidade é
construída e não instintiva, a maternidade e a maternagem, segundo os
antropólogos e sociólogos, é um constructo social e cultural que decide não só
como criar os filhos, mas também, quem é responsável por eles (Forna, 1999).
Culturalmente, as representações sociais da maternidade estão fortemente
calcadas no mito de mãe perfeita. Esta concepção assume proporções
insustentáveis, segundo as quais acredita-se que a maternidade é inata à
mulher. É a ideia de que a maternidade é parte inerente ao ciclo evolutivo vital
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feminino. Neste sentido, supõe-se que a mulher, por ser quem gera os filhos,
desenvolve um amor inato pelas crianças e fica sendo a pessoa melhor
capacitada para cuidar delas (Falcke & Wagner, 2000)

Tanto Vanessa sofreu violência sexual pelo pai quanto Lucileia a terceira participante
da mesma forma sofreu violência sexual por parte do padrasto e do tio. Ambas
participantes demonstram ao longo da do encontro as sequelas da violência sexual em
suas vidas. Lucilei relatou que não conseguia dormir a semanas e que nada ia bem,
que além dela ter sofrido abuso, descobriu que sua filha de 16 anos estava sendo
abusada pelo avô, pai do seu marido e que nenhuma das duas receberam o suporte
esperado, nem a filha pelo pai e nem ela pelo marido. O fato de ter ocorrido com a filha
o mesmo que ocorreu com ela desencadeou gatilhos, Lucileia relatou que não
conseguia deixar que seu marido a tocasse, que a filha não se sentia amada pelo pai
que mesmo sabendo o que aconteceu não esboçou nenhum tipo de reação, não a
acolheu de nenhuma forma, a filha anda depressiva, não expressa vontade alguma de
comer, sair de casa, fazer atividades que antes ela demonstrava interesse, ela ainda
trouxe relatos como: “parece que minha filha quer se esconder do mundo, ela ta com
tanta dor que eu sinto medo de perder ela”.

(BRASIL, 2005, p.70), (HEISE et al, 1994, p.255) e (DREZETT, 2000, p.128) sob o
mesmo ponto de vista discorrem sobre como as sequelas físicas e psicológicas que
vitimas de violência sexual sofrem causam anos de danos, impedindo a plena vivencia
de uma vida saudável, as deixam mais vulneráveis a problemas de saúde, causando
danos devastadores e por vezes irreparáveis, tanto para vitima quanto para sua família.

A violência tem como definição uma relação de dominação, submissão do outro por
meio da força e contra vontade, retirando do outro a condição humana de liberdade, ao
se abordar de violência sexual a concepção de liberdade tomada se torna mais
evidente ao forçar o outro contra os seus desejos sexuais e do seu corpo, de forma
ainda mais contundente e criminosa a violencia sexual infantil refere-se ao desrespeito
e relação de poder sobre o gênero e a geração. Ainda Hélia Barbosa apud Hisgail (200,
p. 21), afirmam que a violência sexual é caracterizada como: “utilização pelo adulto, do
corpo da criança ou do adolescente para fins sexuais sem o consentimento da vítima,
que sofre coação física, emocional ou psicológica”.

Nas situações onde o abusador é o provedor do lar ou uma figura de influência no


contexto familiar de uma família com baixo poder econômico, estas característica se
tornam facilitadoras para o abuso e o abusador se encontra em uma posição de poder
sem limites para travar seus comportamentos de violência sexual, justamente essa
posição de poder torna a família e a vítima reféns, fazendo do abuso um segredo
familiar em prol da sobrevivência no âmbito financeiro dos integrantes

Em seus relatos Habigzang et al (2005, p. 342-345) afirmam que fatores como a


frequência dos abusos, quão intrusivos eles são, a reação negativa da família e dos
outros ao descobrirem o abuso, a própria responsabilização da vítima, todos estes itens
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vão influenciar nas consequências negativas e nas sequelas após o abuso, o


acolhimento familiar e de profissionais especializados para lidar com a vítima, são
cruciais para minimizar a culpa, os traumas, os sofrimentos psicológicos atuais e
posteriores.

Como Lucileia, sua filha também é uma vítima do abuso intrafamiliar apresenta
comportamentos introspectivos, depressivos e excluso de suas atividades do dia a dia,
relatos que reforçam e sustentam as afirmações de Habigzang et al (2005, p. 345) a
vítima de abuso sexual intrafamiliar tem grandes probabilidade de apresentar
problemas no âmbito da sexualidade, inibição afetiva e social (introversão ou
isolamento), sintomatologia psicológica, agressividade confrontativa, falta de limites,
dificuldades na escola, em casos mais extremos tentativa de suicídio. Esse momento
do abuso é de tamanha proporção traumática que por vezes a vítima como um meio de
se afastar dessa realidade se dissocia criando a ideia de que não foi ela a vítima
abusada e outros métodos pra dissociar, o que facilita que o segredo da violência
sexual intrafamiliar permaneça.

Visto que atualmente ainda vivemos em uma sociedade com valores patriarcais que
culpabilizam a mãe por toda e qualquer coisa que o ocorra com a criança, ausentando
ao pai e a sociedade a responsabilidade do cuidado, contudo, como ocorreu com
Lucileia que expressou sentimento de impotência, tristeza por não ter visto o que
estava acontecendo com a família e da mesma forma ser uma vítima de violência
intrafamiliar, há um sentimento próprio e também construído socialmente de culpa
materna, o que torna essencial para além da vítima essa mãe também ser acolhida e
passar pelo processo terapêutico. Em épocas não tão distantes as mães eram
culpadas pelo abuso que seu cônjuge tenha praticado. De forma assertiva expos
Sattler (2011, p. 235):

Essa perspectiva decorre do vício social de culpar as mulheres por tudo o que
acontece de errado na família. Foi construída uma imagem idealizada da figura
materna que supõe que, ao tornar-se mãe, a mulher seja instantaneamente
ungida com a capacidade de intuir e de prover as necessidades de seus filhos,
independentemente de sua condição humana, de sua própria história, vivências
na infância, modelo de figura materna ou de suas próprias necessidades como
pessoa adulta.

A violência sexual intrafamiliar confunde a vítima e torna-se uma síndrome do segredo


visto que para ela é difícil associar que seu genitor/padrasto ou familiar muito próximo é
também seu abusador juntamente aa negação de que aquilo é real e a dissociação da
realidade, visto que ao executar rituais de entrada e saída o próprio abusador se
“transforma” durante o ato violador, não é o mesmo que a vítima conhece do dia a dia
do âmbito familiar, prejudicando de forma seria a capacidade da vítima de e relacionar
socialmente ou amorosamente, desenvolvendo problemas de confiança, se o seu
próprio genitor, alguém da sua família que deveria te proteger violou você e sua
liberdade, como voltar a confiar em qualquer outra pessoa.
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Também é comum relatos de inibição afetiva e social por parte da vítima. De fato, como
o abuso foi praticado por pessoa de confiança da vítima (pai/padrasto), ela terá sérias
dificuldades nos relacionamentos amorosos e sociais, já que não conseguirá confiar em
mais ninguém.

Misaka (2014), afirma que o abusador sabe que seu comportamento é proibido, bem
como que ele é prejudicial à vítima. Mas a criança está para o abusador como um
objeto de alívio de suas tensões, ela não passa de um instrumento de satisfação
sexual.

Mediante ao exposto, compreende-se a necessidade de acolhimento,


acompanhamento psicológico e empoderamento feminino para com estas mulheres
que a todo momento, mesmo com histórias de dor e trauma expressavam o amor e o
desejo de ver seu filho vivendo vidas plenas e de qualidade. Após os relatos é possível
ver quão necessária é a demanda para trabalhar autoestima, autoconhecimento,
educação sexual, mais do que isso, trabalhar saúde mental, implementar na USF
Presidente ações de acolhimento e escuta psicológica.

Como forma de reposição do estágio, participamos da ação na Pastoral da Criança no


Bairro Santa Cruz onde realizamos um ação de arrecadação de doces para as crianças
da Pastoral, no total foram confeccionados 50 pacotes com diferentes doces
arrecadados pelas universitárias e distribuídos às crianças.

Acadêmico: Julia Luiza Bresolin

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS


Dessa forma, desfrutamos de ótimas experiências com o estágio realizado.
Compreendemos de forma mais clara e prática como as Unidades de Saúde da Família
funcionam, com suas características, desafios, demandas e organizações. Graças ao
nosso grupo de atendimento com mulheres adultas enxergamos como as diferenças
sociais influenciam na vida de cada mulher na atualidade, porém o machismo e a
violência ainda estão presentes na vida de grande parte delas.
A partir de todas as atividades desenvolvidas pelo nosso grupo foram surgindo
assuntos como violências, lutos, uso de medicamentos, estruturas familiares,
patologias e observamos a importância de levar em consideração as condições das
participantes do grupo ao colocar em pauta as práticas de autocuidado. Sendo assim,
realizamos as atividades psicoeducativas sobre o autoconhecimento, saúde física e
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mental, manejo das emoções, sempre que possível buscando principalmente a


promoção da saúde e proporcionar um momento de fortalecimento de novos vínculos.
Por mais que o objetivo inicial era que o grupo inicial se mantivesse, infelizmente
isso não aconteceu e por isso realizamos atividades com início e fim no mesmo
encontro. Ao final de cada encontro realizado, solicitávamos que as participantes que
se sentissem confortáveis, comentassem seu feedback sobre o encontro e acreditamos
que alcançamos resultados positivos pela fala de cada uma.
Pensando em nossos colegas que irão realizar estágios na USF do Jardim
Presidente nos próximos anos, deixamos como sugestão a realização de escuta
individual com as participantes dos projetos, pois verificamos a necessidade que elas
possuíam de falarem e serem ouvidas. Outra atividade pensada que infelizmente não
foi realizada por conta do pouco tempo que possuíamos e de grande importância para
os moradores do bairro é a arrecadação de produtos de higiene, principalmente
absorventes.
Por fim, as aprendizagens concebidas com esse estágio foram essenciais para
nosso trabalho como futuros psicólogos, conhecimentos esses que nos agregam
inclusive como pessoas e gostaríamos de agradecer a nossa professora Lucimaira
Cabreira que sempre esteve disposta a nos auxiliar em todos os momentos.
Agradecemos também a toda equipe da USF do Jardim Presidente, por nos abrirem as
portas e conceder-nos a oportunidade.

REFERÊNCIAS

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ANEXOS

Figura 1 - Acadêmicos do 6º período noturno no primeiro encontro realizado, dia


18/08/2021

Fonte: Compilação dos autores.


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Figura 2 - Primeiro encontro do grupo de mulheres realizado no dia 25/08/2021.

Fonte: Compilação dos autores.

Figura 3 - Acadêmicos Bruna Cunha, Isadora Vieira, Marina Cultom e Vinicius Cadore
realizando visita domiciliar.
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Fonte: Compilação dos autores.

Figura 4 - Acadêmicos Bruna Cunha, Gabrielly Almendro, Isadora Vieira, Marina


Cultom e Vinicius Cadore em ação desenvolvida pelo grupo sobre o Setembro
Amarelo.

Fonte: Compilação dos autores.

Figura 5 - Folder desenvolvido pelos acadêmicos sobre o Setembro Amarelo.


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Fonte: Compilação dos autores.

Figura 6 - Ação desenvolvida sobre o Setembro Amarelo.


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Fonte: Compilação dos autores.

Figura 7 - Ação desenvolvida sobre o Setembro Amarelo.

Fonte: Compilação dos autores.


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Figura 8 - Ação desenvolvida sobre o Setembro Amarelo.

Fonte: Compilação dos autores.

Figura 9 - Ação desenvolvida sobre o Setembro Amarelo.


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Fonte: Compilação dos autores.


Figura 10 - Acadêmicos em orientação com a Professora Lucimaira Cabreira.

Fonte: Compilação dos autores.


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Figura 11 - Acadêmicos em orientação com a Professora Lucimaira Cabreira.

Fonte: Compilação dos autores.

RELATÓRIOS SEMANAIS
Acadêmico: Vinicius cadore

RELATÓRIO DE VISITA

Campo de estágio: Unidade de saúde da família

Acadêmico: Vinicius Cadore

Data: 18/08/2021

Horário início: 13:00 hrs

Horário término:15:00 hrs


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1. Nome do local do estágio:

Unidade de saúde da família, que está localizada no bairro Presidente.

2. Objetivo da visita:

O objetivo desta visita teve como objetivo conhecer o lugar do estágio, nele
conversamos com a professora Maira de como iria acontecer as visitas e como
funcionaria, o que íamos fazer naquele campo de estágio e como teríamos que
organizar para aplicar as dinâmicas.

3. Procedimento/Metodologia utilizada nesta visita:

A metodologia que utilizamos foi de sentar-se em um círculo onde a professora


ia falando o que íamos fazer, como seria feita as abordagens, explicou como
seria divididos as atividades que vamos realizar em no campo.

4. Avaliação do estagiário acerca das atividades realizadas durante a visita:

Estou empolgado para realizar as visitas domiciliares e conhecer de perto a


realidade de outras pessoas para que assim eu tenha um conhecimento mais
amplo sobre a condição de vida de outras pessoas, é importante saímos de
nossas bolhas sociais e tirar alguns preconceitos que existem infelizmente em
nossa sociedade.

5. Conclusão:

Concluo que tem uma grande importância esse estágio para minha vida, nele
poderei observar muitas coisas que irão agregar em minha vida profissional e
ver como realmente as pessoas estão necessitadas de saúde mental
atualmente.

6. Bibliografia base:

Quando falamos de atenção básica de saúde temos que analisar a sua


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importância na vida das pessoas. A sua importância está relacionada ao


direcionamento de pessoas que estão necessitados de atendimento, nele será
observado em qual área da saúde tal indivíduo deve se deslocar para ter uma
otimização de seu tempo, em que muitos caso o tempo pode vir a decidir a
vida da pessoa, pois será levado para o devido lugar. O autocuidado vem a ser
de extrema importância para que algumas doenças não venham se agravar e
conhecendo o lugar onde o indivíduo mora conseguimos identificar a sua
realidade a nos adaptar a ele, pois nem todos têm acesso à informação ou
reconhecimento que certas atitudes podem vir a ser prejudiciais a nós
mesmos.

Silva, Irene de Jesus et al. Cuidado, autocuidado e cuidado de si: uma


compreensão paradigmática para o cuidado de enfermagem. Revista da
Escola de Enfermagem da USP. 2009, v. 43, n. 3, pp. 697-703.

Tanaka, Oswaldo Yoshimi Avaliação da atenção básica em saúde: uma nova


proposta. Saúde e Sociedade. 2011, v. 20, n. 4, pp. 927-934.

RELATÓRIO DE VISITA

Campo de estágio: Unidade de saúde da família

Acadêmico: Vinicius Cadore

Data: 25/08/2021

Horário início: 13:00 hrs

Horário término:15:00 hrs

1. Nome do local do estágio:

Unidade de saúde da família, que está localizada no Bairro Presidente.

2. Objetivo da visita:
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A visita teve como objetivo de visitar uma senhora de idade em sua residência,
pois ela não conseguia se direcionar até a Unidade de Saúde, nessa visita
inicial foi para saber como ela estava, se apresentava um raciocínio
organizado e diversas outras observações, mas também tem como objetivo
socializar com esse público, pois muitas vezes acabam sendo esquecido e não
conversam com muitas pessoas.

3. Procedimento/Metodologia utilizada nesta visita:

A metodologia que veio a ser utilizada foi a de conhecer o indivíduo, onde foi
feito perguntas para saber como é sua vida, com quem mora, a idade, idade
dos parentes que passam a maior parte do tempo, o que gosta de fazer. Essas
perguntas foram feitas como uma forma de introduzir e nos apresentar quem
éramos nos

4. Avaliação do estagiário acerca das atividades realizadas durante a visita:

Foi interessante conhecer a realidade de perto e ver a importância de sempre


dar atenção às pessoas que estão à nossa volta, estar entendendo o próximo
e a realidade que se encontra e de algum modo contribuir positivamente com a
pessoa é muito satisfatório.

5. Conclusão:

Concluo que a visita em domicílio é de extrema importância, pois quando se


tem dificuldades motoras a ida do profissional até o paciente ajuda muito a
vida da pessoa e que às vezes não gera um stress tão grande para aqueles
que cuidam.

6. Bibliografia base:

A chegada na última fase da vida vem acompanhado de muitas dificuldades,


como a mudança de hábito, algumas atividades não podem ser feita, por conta
que o corpo já não aguenta mais, amigos e parentes acabam falecendo e
essas pessoas acabam ficando sozinhas e adoecendo por não ter alguém de
seu lado para conversar fazer atividades físicas, por isso a importância de se
manter ativo nessa idade para que alguns problemas psicológicos não venham
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a surgir e que é de extrema importância atividade física tanto para o corpo e


tanto para a mente, pois assim mantemos nosso corpo ativo e as vezes não há
necessidade de utilizar medicações, pois o próprio corpo irá produzir em uma
caminhada, conversar com os amigos, dar risada, conhecer novas pessoas,
manter ativo nessa faixa etária é muito importante para a saúde de nosso
corpo.

Mittelmann C. Efeitos da atividade física na saúde mental do idoso: estudo de


revisão de artigos científicos. Porto alegre: Universidade Federal

RELATÓRIO DE VISITA

Campo de estágio: Unidade de saúde da família

Acadêmico: Vinicius Cadore

Data: 01/09/2021

Horário início: 13:00 hrs

Horário término:15:00 hrs

1. Nome do local do estágio:

Unidade de saúde da família, que está localizada no bairro Presidente.

2. Objetivo da visita:

A visita em domicílio tem como objetivo, saber como o indivíduo está e como
está sua saúde mental e fazer uma escuta ativa, e já no grupo das mulheres o
foco e fazer uma dinâmica e falar sobre cuidados pessoas e também um
espaço de escuta ativa

3. Procedimento/Metodologia utilizada nesta visita:

A metodologia que utilizamos na dinâmica em grupos foi a do copo, onde


consiste na pessoa rasgar o copo a partir da pergunta, um ex: você já parou
para se amar? Caso não tenha acontecido isso a pessoa rasga uma parte do
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corpo e no final a pessoa coloca água e observa que o copo não vai se encher
porque sua parede está toda rasgada e a água não consegue permanecer no
recipiente

4. Avaliação do estagiário acerca das atividades realizadas durante a visita:

Tanto na dinâmica em grupo quanto na visita, ambas aconteceram de forma


muito eficiente e com resultado muito bem, teve bastante desenvolvimento por
parte das pessoas estavam interessadas nas perguntas e contaram o que lhe
incomodavam, mas na dinâmica nem todas tiveram um destaque tão grande
respondia as perguntas, mas não com grandes detalhes, pareciam que não
estavam muito à vontade como as outras que conseguiam contar qual era
suas angústias , o que estavam incomodando elas, e para finalizar o encontro
falamos a necessidade do cuidado pessoal e a sua importância .

5. Conclusão:

Concluo que é de extrema importância falar sobre saúde mental e quais são
suas consequências em nossas vidas, falar de cuidado pessoas e como isso
pode melhorar nossas vidas, muitas delas não param para refletir as
consequências que isso tem na sua vida e a importância de um psicólogo
nessas regiões onde as pessoas não têm muitas condições.

6. Bibliografia base:

Quando chegamos na última fase da vida, perdemos muitas das coisas que
conquistamos, como a fala pode vir apresentar dificuldades, fazer força já não
se tem as mesma condições quando jovem , perda de uma pessoa especial,
são diversos outros fatores que encontramos na última fase de nossas vidas,
não saber o que fazer e não conseguir se ocupar com as coisas que gostava,
faz com que o indivíduo tenha preocupações de impotência e de preocupação
de que não poderá fazer nada e só vai ficar deitado, a limitação e um dos
fatores das quais deixam as pessoas de idade com certa preocupação, existe
uma fala muito comum que é a “ não vou falar que está doendo porque não
quero incomodar” como dependem muitas vezes de alguém para realizar
atividades do dia-dia não querem relatar algumas coisas para que não geram
stress para aquele que cuida dele, muitas vezes esse ideia de não contar o
que está lhe incomodando vem de muito antes, pelo jeito que ele foi criado,
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onde não podia falar aquilo que incomodava ou não gostava, pois poderia
acabar apanhando, muitas famílias acabam brigando, pois querem saber qual
dos parentes irão cuidar daquele que precisa de ajuda e isso reflete que a
pessoa que um dia precisar de ajuda não irá contar aos familiares próximo e
poderá agravar o seu caso.

Paulo, Débora Lee Vianna e Yassuda, Mônica SanchesQueixas de memória


de idosos e sua relação com escolaridade, desempenho cognitivo e sintomas
de depressão e ansiedade. Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo) [online].
2010, v. 37, n. 1, pp. 23-26.

RELATÓRIO DE VISITA

Campo de estágio: Unidade de saúde da família

Acadêmico: Vinicius Cadore

Data: 08/09/2021

Horário início: 13:00 hrs

Horário término:15:00 hrs

1. Nome do local do estágio:

Unidade de saúde da família, que está localizada no bairro presidente

2. Objetivo da visita:

A visita foi em um lugar fechado, onde estávamos impossibilitados de visitar as


famílias por conta da chuva, então ficamos sentados e discutindo acerca dos
encontros passados, e depois ligamos para as gestantes para saber como
está o bebe, perguntas para saber como elas estavam.

3. Procedimento/Metodologia utilizada nesta visita:

A metodologia utilizada foi a de ficarmos sentado em círculo e darmos uma


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devolutiva para os colegas sobre as visitas e relatar o que observamos sobre


os idosos que estávamos conversando, e nessa conversa destacamos pontos
muito importante das quais geraram muitas questionamentos e o que esses
idosos passam para sobreviver, muitas vezes sem alguém com condições
melhores para observar o mesmo, relatar nossas experiências faz com que
tanto a nossa quanto as dos colegas abra mais questionamentos e diferentes
realidade das quais eles vivenciaram. Depois disso ligamos para gestantes e
fizemos perguntas sobre, como estava a alimentação, está conseguindo
dormir, está sentindo algo diferente e outras perguntas, nas quais era para
saber o cuidado que a gestante estava tendo e o como ela estava se sentindo
com a chegada de uma nova vida

4. Avaliação do estagiário acerca das atividades realizadas durante a visita:

A devolutiva é de extrema importância para que os questionamentos venha


com um pensamento muito mais crítico e com a professora faz com que
nossas ideias se organize muito melhor e abre novas portas para coisas que
não havíamos pensado, e com outras pessoas e outras ideias faz com que
entendemos diversas outras realidade e não limitamos somente aquelas que
estava em nossas frentes, ter pensamento crítico e novas ideias faz com que a
nossa mente não se limite apenas aquilo que está em nossa volta é
necessário saímos de nossas realidades e entendermos que tem pessoas que
estão em questão de vulnerabilidade e precisam de ajuda para que consigam
direitos para viver.

5. Conclusão:

Concluo que se limitarmos a somente aquilo que está em nossa volta, nosso
círculo de convívio, não fará abrir nossas ideias e como tem pessoas que
precisam de ajuda, compreender o próximo para que possamos fazer um
trabalho mais assertivo, a prática, o convívio e o estudo nos torna profissionais
muito mais preparados, ficar sentado em uma mesa e tentar deduzir o que o
outro pensa não adianta de nada, é necessário irmos até aquele que está
necessitado e olhar o que acontece em sua volta

6. Bibliografia base:

Chegar na última fase da vida para aquele que se tornou independente e que
agora precisa de ajuda para fazer algumas atividades é muito difícil de aceitar,
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mas o pior é ser abandonado por seus familiares e ter que se virar sozinho.
O sono já não é mais o mesmo, alimentação tem que ter mais cuidado e
problemas com a saúde deve ter muito mais atenção, mas muitas dessas
questões deve ter alguém ao seu lado para que possa auxiliar e ajudar para
que tenha uma qualidade de vida boa, mas não é em todas as famílias que
acontecem isso, muitas abandonam seus idosos, pois não querem ter a
obrigação de cuidar daquele que um dia cuidou do próximo, em alguns casos
a ajuda parte de vizinhos que ajudam como podem e em outros casos o
próprio casal de idosos cuidam um do outro, mas como estão sozinhos
acabam realizando atividades em excesso e pode trazer um risco muito
grande para a saúde ou até mesmo com a própria vida e como não tem
alguém com uma mobilidade muito boa a solicitação de ajuda pode acabar
demorando.
É preciso um cuidado mais que especial com os idosos, um dia eles cuidaram
de nós agora e eles que precisam de cuidado, atenção e carinho, quando
éramos nós eles tinham paciência, abandono afetivo de idoso é crime.

BERTOLIN, Giuliana; VIECILI, Mariza. Abandono Afetivo do Idoso:


Reparação Civil ao Ato de (não) Amar. Revista Eletrônica de Iniciação
Científica. Itajaí, Centro de Ciências Sociais e Jurídicas da UNIVALI, v.
5, n. 1, p. 338-360, 2014.

RELATÓRIO DE VISITA

Campo de estágio: Unidade de saúde da família

Acadêmico: Vinicius Cadore

Data: 15/09/2021

Horário início: 13:00 hrs

Horário término:15:00 hrs


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1. Nome do local do estágio:

Unidade de saúde da família, que está localizada no bairro


Presidente.

2. Objetivo da visita:

A visita teve como objetivo o foco no autoconhecimento,


promovendo suas expectativas futuras e como elas lidam com seus
sentimentos.

3. Procedimento/Metodologia utilizada nesta visita:

A metodologia utilizada foi a de as mulheres escreverem em um


papel de como elas se viam no futuro, quais eram seus objetivos,
escrever os sentimentos que estavam sentindo naqueles dias, para
que no futuro elas olharem para essa carta e analisar tudo que elas
passaram, e que a vida tem seus altos e baixos, a metodologia tem
como um objetivo olhar para aquilo que elas já fizeram, o que estão
sentindo naquele momento, para que no futuro elas tenham uma
visão voltado para si mesmo e observar as lutas que elas já
passaram.

4. Avaliação do estagiário acerca das atividades realizadas durante a


visita:

A atividade foi realizada com muito sucesso, todas as mulheres


falaram sobre suas angústias, suas dores e o que estão passando
em suas vidas naquele instante, elas conversam entre si relatando
suas histórias e complementando com questões pessoas na
histórias das outras buscando ajudar as outras, isso mostra que elas
mesmo com dificuldades, ajudavam umas às outras e que no final do
encontro as falas delas foram de motivação, no sentido em que a
vida é uma montanha russa e que em momentos estamos no topo e
outra hora lá embaixo, foram relatados histórias muito fortes e com
muita emoção envolvido, onde uma das mulheres chegou a chorar,
mas mesmo diante de todas essas questões elas seguiam firmes
para as lutas do dia dia e que precisavam somente organizar suas
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ideias e colocar tudo que estavam sentindo para fora

5. Conclusão:

Vejo agora em prática a importância de nos colocarmos para fora o


que estamos sentindo, de compartilhar com alguém as questões que
nos incomoda e que não há um olhar de julgamento do próximo
conseguimos contar aquilo que está nos angustiando, e que quando
estamos querendo tirar as sensações ruins de dentro de nós ajuda
ainda mais falar, compartilhar e entender as dores do próximos faz
com que a gente também observe como funciona a vida do próximo
e que apesar de termos poucas motivações quando estamos
debilitados precisamos seguir em frente e seguir um passo de cada
vez.

6. Bibliografia base:

A falta de uma boa saúde mental reflete diretamente em nosso


corpo, nas nossas atitudes e nos nossos pensamentos, saúde
mental vai muito além de sentir um sentimento e de entender como
aquilo nos afeta e como podemos lidar. E de extrema importância ter
psicólogos e psiquiatras a disposição da população carente,
entendendo sua realidade, explicando o que está passando com ela,
ter um espaço para falar o que está sentindo, dar um ressignificado
para o que ela ta passando e como devemos lidar com nossos
sentimentos fazer um espaço acolhedor, com isso podemos ajudar
muitas pessoas que estão passando por sofrimento e se encontram
perdidos sem saber o que fazem com aquilo que estão sentido, não
sabem que aquilo pode ser entendido e aliviar seus sentimentos e
angústias em uma profissional qualificado e que não precisa passar
por tudo aquilo sozinho e que tem alguém para lhe ajudar naquele
momento difícil de sua vida, por isso quando a Alessandra diz A
produção coletiva da vida se faz no território e o trabalho em saúde
mental se concretiza quando a equipe acolhe e interage, em sua
prática, com a realidade de vivenciada pelo usuário. Ela está falando
da importância do acolhimento das comunidade e que ali com
psicólogo podem encontrar um alívio para seus sentimentos um
lugar de fala sem julgamento
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DOS SANTOS SCHNEIDER, Alessandra Ritzel. A rede de atenção em


saúde mental: a importância da interação entre a atenção primária e os
serviços de saúde mental. Ciência & Saúde, v. 2, n. 2, p. 78-84, 2009.

RELATÓRIO DE VISITA

Campo de estágio: Unidade de saúde da família

Acadêmico: Vinicius Cadore

Data: 22/09/2021

Horário início: 13:00 hrs

Horário término:15:00 hrs

1. Nome do local do estágio:

Unidade de saúde da família, que está localizada no bairro


Presidente.

2. Objetivo da visita:

A visita teve como objetivo relatar os casos mais importantes e


encaminhar para a USF e também entregamos panfletos para a
população sobre o setembro amarelo e uma pequena fala sobre o
mesmo.

3. Procedimento/Metodologia utilizada nesta visita:

A metodologia utilizada foi a entrega de panfletos para que a


população fica ligados como identificar uma pessoa que está com
tentativa de suicídio e depressão, depois juntamente com a
professora escrevemos um relatório dos idosos que precisavam ter
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uma intervenção mais focada e que será passado para USF, onde
vão analisar e passar para os profissionais, para que assim essas
pessoas tenha as devidas condições para se viver, e isso foi feito a
mesma coisa com o grupo das mulheres, onde tivemos que fazer os
mesmos procedimentos.

4. Avaliação do estagiário acerca das atividades realizadas durante a


visita:

A atividade teve muito sucesso, a fala sobre o setembro amarelo é


importante, para as pessoas, pois assim elas podem ajudar uma
pessoa que está precisando de ajuda, faz com que a pessoa fique
mais ligada com a fala de seus familiares e amigos, nem todos tem o
conhecimento que a gente tem, então é importante falarmos para as
pessoas que muitas vezes não tem esse conhecimento e não sabe
quais são os sinais que a pessoa tem, em relação a devolutiva que
demos para a USF, vejo que foi necessário, porque tem pessoas
que estão em questão de vulnerabilidade e quando fazemos essas
atividades interventivas vemos como algumas pessoas estão
precisando de ajuda e cuidados de profissionais.

5. Conclusão:

Vejo a importância do nosso trabalho dentro da USF e como isso vai


contribuir e ajudar as pessoas envolvidas, este estágio fez com que
nos aproximassemos da população carente e como isso é
importante para nós formar profissionais e vermos como ainda tem
muitas coisas acontecendo que a teoria não nos mostra.

6. Bibliografia base:

Saímos da nossa bolha social não é fácil, ainda mais tentar entender
a realidade do indivíduo, pois muitas vezes achamos fácil, mesmo
com as teorias as vezes não é o necessário para entender aquele
que está em questão de vulnerabilidade, mas quando saímos das
salas de aula e vamos diretamente conversar com aquele que
precisa de ajuda, vemos o quando as pessoas precisam de ajuda e
elas não vê da mesma forma, pois já estão acostumado com tais
condições que aquilo se torna irrelevante, muitas vezes essas
pessoas estão no automático com outras coisas na cabeça que
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acaba se esquecendo de si mesmo e acaba adoecendo tanto


psiquicamente quando fisicamente, trazer o indivíduo para a sua
realidade olhar as coisas em sua volta, pode e muito melhorar sua
saúde, pode se sentir mais motivado e é por isso que a psicologia
tem um papel muito importante na vida das pessoas que têm uma
vulnerabilidade e assim como disse Maciel a Psicologia Social
Comunitária emerge de uma psicologia preocupada com a cidadania
e tem se constituído ao longo das últimas décadas a partir de um
esforço de intervenção com os diversos grupos sociais. Devemos
nos preocupar mais com que está em nossa volta, pois todos devem
ter uma vida justa e digna de se viver

MACIEL, Tania Maria de Freitas Barros; ALVES, Monalisa


Barbosa. A importância da psicologia social
comunitária para o desenvolvimento sustentável. Revista
Pesquisas e Práticas Psicossociais, v. 10, n. 2, p. 272-
282, 2015

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