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AULAS PRÁTICAS: TESTE

PALOGRÁFICO

CORREÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS


RESULTADOS QUANTITATIVOS
 Os dois primeiros dados obtidos na avaliação do
Palográfico são a Produtividade e o Nível de Oscilação
Rítmica ( NOR).

 A produtividade é calculada da seguinte forma:


Conta-se o número de traços ( palos) realizados em cada
tempo de um minuto da 2ª parte do teste, abaixo da linha
que separa o treinamento do teste propriamente dito, e
anota-se no local apropriado, no lado superior direito da
folha de aplicação. Somam-se os cinco totais encontrados
em cada tempo e anota-se o valor no espaço indicado na
folha.
 Para o Nível do Oscilação Rítmica ( NOR) calcula-se as
diferenças existentes entre cada um dos cinco intervalos
consecutivos e anotam-se os resultados obtidos nos
quadradinhos abaixo dos tempos obtidos. Somam-se as
quatro diferenças ( sem sinal) e coloca-se o total no
último quadradinho da direita.
 O NOR é obtido multiplicando-se o total das diferenças
por 100 e dividindo pelo total de palos realizados no
teste. A divisão considera apenas a primeira casa
decimal, como pode ser observado no exemplo abaixo.

TEMPO 1º 2º 3º 4º 5º TOTAL
Nº de 120 130 125 133 142 650
Traços
Diferenças 10 5 8 9 32
 No exemplo da tabela NOR = 4,9

A fórmula para calcular o NOR é:


Soma das diferenças x 100 Dividido pelo total de
palos
32x100/650 = 4,9

1 - PRODUTIVIDADE
 A produtividade no Palográfico é avaliada pelo número
de traços executados durante o teste. Ela se refere à
quantidade de trabalho que o examinando é capaz de
fazer, tanto em termos profissionais como em outros
tipos de atividade
 Para obter a classificação do resultado é necessário
verificar, dentre as tabelas normativas disponíveis, a que
melhor corresponde à região, escolaridade e sexo do
examinando.
 Para a avaliação qualitativa da Produtividade
consulte o Capítulo 5 – Avaliação e Interpretação das
Características Qualitativas.

GUIA PARA CONSULTA DOS RESULTADOS NAS TABELAS


NORMATIVAS
REGIÃO SUL – PÁGINAS DE 169 A 171
AMOSTRA TOTAL – PÁGINAS 200 - 202
2 - RITMO – NOR
 O ritmo no Palográfico é avaliado pelo Nível de Oscilação
Rítmica ( NOR), que verifica a variabilidade da
produtividade no trabalho do indivíduo nos diferentes
tempos dos teste, reproduzindo as possíveis flutuações
de produtividade no desenvolvimento das tarefas.

GUIA PARA CONSULTA DOS RESULTADOS NAS TABELAS


NORMATIVAS
REGIÃO SUL – PÁGINA 172
AMOSTRA TOTAL – PG 203
3 - DISTÂNCIA ENTRE PALOS – Pg 172
 Mede-se em milímetros a distância do primeiro ao último
palo por intervalo de tempo e divide-se pelo número de
palos realizados em cada um dos tempos, obtendo-se a
média da distância entre os traçados em cada intervalo
de tempo.
 Por fim, somar os cinco valores obtidos, um para cada
tempo, e dividir por 5 para obter a média final.
 Quando o sujeito utilizar mais de uma linha para fazer
um intervalo de tempo, deve-se medir a distância do
primeiro palo daquele intervalo até o final da linha e
continuar a mensuração nas linhas seguintes até o final
desse intervalo, seguindo este mesmo procedimento para
todos os tempos.
Distância do 1º ao último palo do tempo
Quantidade de palos do tempo
4 - TAMANHO DOS PALOS – Pg 173 - 174
 Para avaliar o tamanho mede-se em milímetros o
comprimento dos palos maiores e dos menores em cada
intervalo de tempo.
 A partir desses valores calcular a média dos maiores e
dos menores e a média do tamanho dos palos.
 Para obter as médias dos palos maiores somar os valores
obtidos nos 5 tempos e dividir por 5.
 Fazer o mesmo procedimento para os palos menores.
 A média do tamanho dos palos é obtida somando a média
dos maiores e dos menores palos e dividindo por 2.
EXEMPLO:
Palos maiores: 12 + 10 + 8 + 9 + 10 = 49/5 = 9,8
Palos menores: 7 + 6 + 5 + 6 + 8 = 32/5 = 6,4
Média = 9,8 + 6,4 = 8,1
2
5 - IMPULSIVIDADE – PG 174
 Para avaliação dessa característica deve-se obter a
diferença entre as medidas do maior e do menor palo de
todo o teste.
 Essas medidas já foram obtidas quando foi avaliado o
tamanho do maior e do menor palo por intervalo de
tempo.

Maior tamanho de palo do teste ( MENOS –) Menor tamanho de palo do


teste

Exemplo

12 – 5 = 7
6 - DISTÂNCIA ENTRE LINHAS – PG 175
 Para avaliar a distância entre as linhas, obtém-se uma
média com os dados do início e do final da linha, para se
obter um resultado mais fidedigno.
 Assim, mede-se a distância entre o ponto inferior do
PRIMEIRO palo e do ÚLTIMO palo de uma linha até o
ponto mais alto do palo correspondente da linha
seguinte, tomada verticalmente, mesmo que um dos
palos esteja um pouco deslocado para o lado.
 Somam-se esses valores e divide-se pelo número de
espaços entre as linhas multiplicado por 2.
 Se a última linha não estiver completa, não se considera
este espaço.
 Pode-se também obter a média das distâncias iniciais e
finais, somando-se os respectivos valores e dividindo por
2.
 As medidas devem ter uma aproximação máxima de 0,5
mm, uma vez que é difícil medir frações de milímetros
menores.

CONSULTAR A FIGURA 12 DE
EXEMPLO NA PG 47
EXEMPLO
Medidas das distâncias em cada espaço entre as linhas em um
protocolo de seis linhas

Espaço Entre Primeiro Último


Linhas
1 7 8
2 8,5 9
3 7,5 9
4 9 10
5 7 11
Soma 39/2 47/2
Média 7,8 9,4

Média = 39+47 = 86 10 = 8,6 ou 7,8+9,4 = 17,2 = 8,6


5x2 2 2
MARGENS - PG 175
 No Palográfico as margens esquerda, direita e superior são consideradas, não é possível
avaliar a margem inferior, pois normalmente a folha não é preenchida até o final.

7 - MARGEM ESQUERDA - PG 175


 Para avaliar quantitativamente a margem esquerda mede-se em milímetros a distância
da borda esquerda da folha até o ponto médio do primeiro palo de cada linha. Se ao
invés de Palo iniciar com o “sinal”, medir no início do sinal.
 Somam-se os valores obtidos e divide-se pelo número de linhas.

Soma das medidas entre a borda esquerda da folha até o ponto médio do primeiro palo das linhas
Total do valores considerados
8 - MARGEM DIREITA - PG176
 Para a margem direita usa-se o mesmo procedimento. Normalmente não se mede a
margem direita da última linha, porque esta é interrompida ao completar o limite de
tempo do teste. Se ao invés de Palo iniciar com o “sinal”, medir no início do sinal.

Soma das medidas entre a borda esquerda da folha até o ponto médio do primeiro palo das linhas
Total do valores considerados

9 - MARGEM SUPERIOR – PG 176


 Para avaliar a margem superior mede-se em milímetros a distância da parte superior do
primeiro palo da primeira linha, até a linha divisória entre a primeira e segunda partes do
teste, fazendo-se o mesmo com o último palo.
 Depois obtém-se a média somando os dois resultados e dividindo por 2.
Distância entre a parte superior do primeiro palo da primeira linha até a linha divisória
+
Distância entre a parte superior do último palo da primeira linha até a linha divisória
2
10 – TOTAL DE GANCHOS - PG 211

 Tendo em vista que o número de ganchos num


protocolo é variável, é necessário estabelecer quando
sua presença passa a ser significativa, comparando-se
com os resultados da amostra normativa.
Foram estabelecidas as seguintes medidas:
 Porcentagem entre o total de ganchos e o total de
palos;
 Porcentagem entre o total de ganchos e palos por
intervalo de tempo;
 Porcentagem de cada tipo de gancho para o total de
palos.
 Para obter essas 2 porcentagens, deve ser contado o
número de ganchos para cada intervalo de tempo e para
todo o protocolo.
 A porcentagem entre o total de ganchos e o total de
palos é obtida dividindo-se o total de ganchos pelo total
de palos no teste e multiplicando-se por 100.
POR EXEMPLO: Se forem feitos 200 ganchos em um total de
1000 palos a porcentagem será:

200x100 = 20
1000
 A porcentagem entre o total de ganchos por intervalo de
tempo em relação ao número total de palos por intervalo
de tempo é obtida da mesma forma que a anterior,
considerando o total de palos em cada intervalo.

 Este último resultado permite saber se existe uma


uniformidade ou variação do número de ganchos entre os
vários intervalos de tempo do teste.
 Como esses resultados foram construídas as tabelas
de proporção do total de ganchos em relação ao
total de palos por intervalo de tempo e para o teste
total.

 Foi calculada também a porcentagem do tipo de


gancho em relação ao total de palos. A porcentagem
entre o tipo de gancho e o total de palos foi obtida
somando-se o número de ganchos para cada tipo
para o teste total, dividindo-se pelo total de palos
do protocolo e multiplicando-se por 100.
INCLINAÇÃO DOS PALOS – PG 177 - 178
 Para avaliação da inclinação é medido o ângulo do traço
em relação à horizontal. Assim, um traço vertical
apresenta um ângulo de 90º em relação à horizontal,
enquanto os valores maiores que 90º apresentam uma
inclinação para a direita e os menores que 90º para a
esquerda.
 Fazer uma reta bem sutil abaixo do palo que foi
considerado de maior e menor inclinação em cada
intervalo e utilizar a reta como uma apoio.

Valores MAIORES que 90º Inclinação para a DIREITA


Valores MENORES que 90º Inclinação para a ESQUERDA
 Tendo em vista que pode haver uma maior ou menor
variação na inclinação dos traçados durante o teste,
mede-se em cada tempo do teste a inclinação MAIOR e a
MENOR e depois obtém-se uma média, que deve
representar a inclinação predominante no traçado

 Somar a MAIOR e MENOR inclinação de cada intervalo e


dividir por 2 para encontrar a MÉDIA de cada intervalo.

 Após feito isso, somar as 5 médias encontradas e dividir


por 5 para encontrar a MÉDIA TOTAL.
DIREÇÃO DAS LINHAS OU ALINHAMENTO – PG 178
 Para avaliar a direção das linhas, traçam-se linhas retas
horizontais passando pela base do primeiro palo de cada
linha.
 Partindo desse ponto, mede-se a angulação ( ascendente
ou descendente) de cada linha do teste, tendo como
referencial a base do último palo de cada linha.
 Com essas medidas foram obtidos os valores médios da
direção das linhas de cada sujeito, segundo a seguinte
convenção:

 Em caso de linha Ascendente ( para cima) Valores Positivos


 Em caso de linha Descendente ( para baixo) Valores Negativos
OBS: Se a última linha não estiver completa, não
considerar esta linha.

 Não considera-se os intervalos de tempos, mas sim a


linha completa, mesmo que aja o sinal em uma linha ele
não vai interferir nas suas medidas.

 A primeira reta ( que é feita com base no primeiro palo


de cada linha) serve como base para sabermos como
seria a direção se todos os traços tivessem a mesma
direção do primeiro – Fazemos uma linha sutil de
aproximadamente 7 cm abaixo dos palos.
 A segunda reta (que é feita com base no primeiro e no
último palo de cada linha) corresponde ao ângulo que
queremos encontrar.

 Após feito as retas, posicione o transferidor na base do 1º


palo de cada linha e verifique quantos graus houveram
de deslocamento entre elas ( para cima ou para baixo).

 Se ambas as retas se sobrepuserem então não houve


deslocamento e o resultado é 0 ( zero).

 Caso a reta maior esteja acima da menor o resultado é


POSITIVO. Indica que a linha teve uma ascendência.
 Quando a reta maior fica abaixo da reta menor o
resultado é NEGATIVO e será negativo porque houve uma
descendência.

 Pode acontecer de no mesmo teste existir linhas com


ângulo zero quanto com resultados positivos e negativos,
devido a isso faz-se necessário realizar a seguinte
equação:
 Somar separadamente os resultados de mesmo sinal ( positivos
com positivos e negativos com negativos) e após isso subtrair
os 2 resultados encontrados.

 Depois de encontrado esse resultado, divide-se pela


quantidade de linhas utilizadas.

 O resultado final considerará o sinal do número de maior valor


da subtração.

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