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2JEFAZPUB
2º Juizado Especial da Fazenda Pública do DF
Número do processo: 0740457-81.2021.8.07.0016
Classe judicial: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
(436)
AUTOR: GUALBERTO ROCHA DE OLIVEIRA
REU: DISTRITO FEDERAL
SENTENÇA
GUALBERTO ROCHA DE OLIVEIRA ajuizou
ação de conhecimento c/c obrigação de fazer em
desfavor do DISTRITO FEDERAL.
i l d lí i i il d i i
1 - Se o Diretor-Geral da Polícia Civil do Distrito
Federal, por força de lei distrital, é elevado à
categoria de Secretário de Estado, resulta evidente
que a competência para o julgamento de mandados
de segurança contra ele impetrado é do eg.
Conselho Especial deste Tribunal, nos termos do
art. 8º, inciso I, letra "c" do Regimento Interno da
Casa.
2 - Já é assente na jurisprudência deste eg. Tribunal,
que o servidor do Distrito Federal, aprovado em
concurso público para cargo público federal, ainda
que em estágio probatório, tem direito líquido e
certo de afastar-se de suas funções para freqüentar
o respectivo curso de formação, com dispensa do
ponto e mediante paga de sua remuneração. A
falta de norma regulamentadora específica
não impede o reconhecimento desse direito,
pois deve o intérprete, diante do silêncio do
diploma legal regente, buscar o direito em
outra legislação, quando esta for compatível,
contemplando assim o sistema normativo
como um todo. Na hipótese presente, aplicam-
se as disposições da Lei 8.112/90, inclusive com
suas alterações posteriores, como é o caso das
que advieram da Lei 9.527/97, porquanto a Lei
Distrital 197/91, que a incorporou em seu
ordenamento jurídico, não faz qualquer
ressalva a esse aspecto, permitindo concluir
que qualquer modificação havida naquele
diploma legal tem incidência imediata aos
servidores do Distrito Federal.
(20060020087062MSG, Relator NATANAEL
CAETANO, Conselho Especial, julgado em
27/02/2007, DJ 17/04/2007 p. 106)
[negritei]
Acerca da gratificação natalina, disciplina a Lei nº
8.112/90:
D t t f h
Destarte, forçoso reconhecer que o
Auxílio/Etapa-Alimentação e o Auxílio-Moradia não
fazem parte da base de cálculo da remuneração e não
devem integrar a base de cálculo da gratificação
natalina.
l j i l i ã ú i d
que almeja incluir na conversão em pecúnia da
licença especial, deve-se ressaltar que o
regramento dos militares se distingue dos
civis por conta do auxílio-alimentação e
auxílio-moradia ora em análise não estarem
incluídos no conceito de "remuneração", não
sendo admita a interpretação legal para
incluir como remuneração as rubricas que
constam expressamente como direitos
pecuniários. III. Assim, e face a ausência de
previsão expressa da base de cálculo para a
conversão da licença-especial em pecúnia, mostra-
se correto o entendimento adotado pela
Administração Pública no âmbito administrativo
quando promoveu os cálculos para o pagamento da
conversão com fulcro nos proventos a serem
auferidos pelo autor quando passou para a
inatividade. Neste ponto, convém destacar a
distinção estabelecida pela Lei 10.486/02 quanto
aos proventos da inatividade, visto que o seu artigo
21, VI, inclui o auxílio-moradia, enquanto inexiste o
pagamento do auxílio-alimentação. Portanto,
devem ser mantidos os cálculos efetuados quando
do pagamento no âmbito administrativo da
conversão em pecúnia da licença-especial, visto ter
incluído o valor recebido a título de auxílio-
moradia e excluído aquele referente ao auxílio-
alimentação. IV. Enfim, constatada a exatidão dos
pagamentos efetuados pela administração pública,
deve a sentença ser reformada para julgar
improcedentes os pedidos elencados na inicial. V.
Recurso da parte autora conhecido e não provido.
Recurso da parte ré conhecido e provido para
julgar improcedentes os pedidos formulados na
inicial. VI. Condeno a parte autora vencida ao
pagamento das custas processuais e dos
honorários advocatícios que fixo em 10% do valor
corrigido da causa, contudo suspendo a
exigibilidade na forma do art. 98, § 3º, do NCPC,
que ora defiro.
(Acórdão 1216477, 07374002620198070016,
Relator: GABRIELA JARDON GUIMARAES DE
FARIA, Segunda Turma Recursal, data de
j l 20/11/2019 bli d PJ
julgamento: 20/11/2019, publicado no PJe:
22/11/2019. Pág.: Sem Página Cadastrada.)
i j ídi d id úbli i i d
regime jurídicos dos servidores públicos civis do
Distrito Federal, a remuneração é constituída de
parcelas e compreende os vencimentos; as
vantagens relativas às peculiaridades de trabalho;
as vantagens pessoais; as vantagens de natureza
periódica ou eventual; e, inclusive as vantagens de
caráter indenizatório. Já os artigos 1º e 2º da Lei n.
10.486, de 4 de julho de 2002, que dispõe sobre a
remuneração dos militares do Distrito Federal,
excluem da remuneração os direitos pecuniários,
dentre eles o auxílio-moradia e auxílio-
alimentação. 5. Ademais, a Lei n. 7.479, de 2 de
junho de 1986, que aprova o Estatuto dos
Bombeiros-Militares do Corpo de Bombeiros do
Distrito Federal, teve a sua redação alterada pela
Lei n. 10.486/2002, excluindo as indenizações da
remuneração dos Bombeiros-militares do Distrito
Federal. 6. Também não se aplica aos militares a
norma contida no artigo 41 da Lei n. 8.112/1990,
aplicável aos servidores civis, de que a
remuneração é o vencimento do cargo efetivo,
acrescido das vantagens pecuniárias permanentes
estabelecidas em lei. 7. Evidenciadas as referidas
distinções, não se aplica à situação em contexto os
precedentes relacionados à licença-prêmio dos
servidores públicos civis. 8. De acordo com a nova
redação do artigo 54 da Lei n. 7.479/1986 e com os
ditames dos artigos 1º e 2º da Lei n. 10.486, de 4 de
julho de 2002, verifica-se a opção do legislador
por excluir o auxílio-alimentação e o auxílio-
moradia da composição da remuneração dos
militares do Distrito Federal. 9. Nesse contexto,
não merece prosperar a tese do autor de que o
Auxílio/Etapa-Alimentação e o Auxílio-Moradia
fazem parte da base de cálculo da sua última
remuneração, devendo integrar a base de cálculo
da indenização da conversão da sua licença
especial em pecúnia. 10. Sentença reformada para
julgar improcedentes os pedidos iniciais.
11. Recurso conhecido e provido. 12. Sem
condenação ao pagamento de custas processuais e
honorários advocatícios, ante a ausência de
recorrente vencido (art. 55 da Lei nº 9099/95). 13. A
ú l d j l i á d ó dã
súmula de julgamento servirá de acórdão,
conforme inteligência dos artigos 2º e 46 da Lei n.
9.099/95, e em observância aos princípios
informadores dos Juizados Especiais.
(Acórdão 1221356, 07435251020198070016,
Relator: CARLOS ALBERTO MARTINS FILHO,
Terceira Turma Recursal, data de julgamento:
10/12/2019, publicado no PJe: 12/12/2019. Pág.:
Sem Página Cadastrada.)
[negritei]
BRASÍLIA, DF, 8 de outubro de
ACÁCIA REGINA SOARES D
Juíza de Direito Substitu
https://pje.tjdft.jus.br:443/consultapublica/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
ID do documento:
211008214438778000000
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