Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PREFÁCIO ......................................................................................... 3
PARA INÍCIO DE CONVERSA ....................................................... 6
A FAMÍLIA MUDA DE SANTA MARIA PARA GIRUÁ ............ 10
MORANDO EM TERRA ALHEIA................................................. 27
TRABALHO E GÊNERO ................................................................ 32
IR À ESCOLA, TRABALHAR REMUNERADO E CASAR ........ 51
SEGUE A VIDA DE FAMÍLIA AGREGADA ............................... 56
TORNAR-SE MÃE .......................................................................... 64
O SUSTENTO MATERIAL DA FAMÍLIA .................................... 73
A VIDA SOCIAL E O COMPADRIO............................................. 82
O PREPARO DE ALIMENTOS, A COSTURA DE ROUPA E O
ARTESANATO ............................................................................... 90
A EDUCAÇÃO DOS FILHOS ........................................................ 94
A VIDA RELIGIOSA ...................................................................... 99
A VIDA DE CASADA .................................................................. 107
HISTÓRIAS FABULOSAS ........................................................... 112
APOSENTADORIA E VIUVEZ ................................................... 116
NETOS E NORAS ......................................................................... 119
O REENCONTRO COM O PASSADO ........................................ 123
E O SISTEMA DE AGREGADOS? .............................................. 126
EXPECTATIVAS .......................................................................... 129
PREFÁCIO
1 Disponível em <<https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:3QSQ-G944-
FBZF?i=84&wc=QZS2-
L1C%3A264201201%2C1588926247%3Fcc%3D1985805&cc=1985805>>.
Acesso em 06/11/2016.
Cópia da Certidão de Casamento de Antonio Manoel e Maria Eponina.
Arquivo familiar.
2Há dúvidas acerca do ano de nascimento de Manoel Ignácio, pois seu registro
de batismo indica o ano de 1950, mas na certidão de casamento de Antonio
Manoel e de Punica consta que, em 1920, ele estaria com 71 anos, tendo
nascido, por isso, em 1949.
português, a partir da última década do século XV, que teriam
migrado para diversas partes do mundo.
Maria Eponina casou-se com Antonio Manoel no dia
16 de outubro de 1920, em Santa Maria. Na época Antonio
Manoel Sortica estava com 28 anos de idade. Maria Eponina de
Lima tinha 16 anos.
Antonio Manoel era agricultor, filho mais jovem de
Manoel Ignácio Sortica, à época do casamento com 71 anos de
idade, e de Maria Geralda Sortica, com 70 anos, segundo
indica sua certidão de casamento. Seus outros irmãos eram
Favorino, Almedorino e Francisca. Por não saber assinar, no
dia da união matrimonial Maria Eponina teve de contar com a
assinatura de testemunhas. Tanto os pais do noivo quanto os da
noiva residiam no Quarto Distrito de Cachoeira.
Punica era filha de Manoel João de Lima, com feições
bem africanizadas, e de Maria Constância de Lima, mestiça, ou
de cor ‘mista’ como era costume registrar nos documentos de
nascimento e óbito da época. Das quatro irmãs, Maria Eponina
era a mais velha. Suas outras irmãs eram Vicentina, Minervina
e Coraldina. Os irmãos eram Orlandino, Manoel Antonio
(Neco) e Pedro. Logo após a mudança de Antonio Manoel e
Maria Eponina para Giruá, também os seguiram os irmãos de
Punica Orlandino e, mais tarde, Neco. Alguns anos depois,
ambos retornaram para a região de Santa Maria, estabelecendo
residência em Júlio de Castilhos.
Outro motivo da mudança da família Sortica para
Giruá está relacionado à própria ocupação territorial do Rio
Grande do Sul e à colonização tardia de algumas regiões, como
da região das Missões. E ela tem a ver, também, com a
construção da Linha Férrea. Definitivamente, a Viação Férrea
foi um dos principais fatores de ocupação não indígena da
região, pois interligava comercial e comunicativamente
espaços antes considerados inóspitos. É possível afirmar que a
linha férrea foi o principal instrumento de interiorização do
estado do Rio Grande do Sul no século XIX e na primeira
metade do século XX.
Diadema (tiara) que Malvina ganhou de Lília Fett em 1962, e que guarda
como relíquia. Arquivo familiar.
Seu pretendente, Marcos, logo depois de Malvina tê-lo
contrariado, acabou se casando com outra mulher. No entanto,
nas palavras de Malvina, teve pouca sorte no relacionamento,
pois a perdeu logo após o parto do primeiro filho. Como a
esposa deu à luz a seu filho na cidade, no retorno para casa,
quando esperava carona, tomou chuva e acabou tendo
‘recolhida’ e morrendo. Malvina conserva a foto de Marcos até
o presente, embora João Carlos nunca tenha sabido dela.
Crisma de Valdir José. Da esquerda para a direita, atrás: Valdir José, João
Carlos, Malvina, Lori Luiz; a frente: Antonio Dari e Carlos Alberto.
Arquivo familiar
Sites consultados:
<<www.familysearch.org>>. Acesso em 21/10/2016.
<<https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:3QSQ-G944-
FBZF?i=84&wc=QZS2-
L1C%3A264201201%2C1588926247%3Fcc%3D1985805&cc
=1985805 >>. Acesso em 06/11/2016.
<<http://vfco.brazilia.jor.br/livros/preserfe-RFFSA-Centro-
Preservacao-Historia-Ferroviaria-Rio-Grande-Sul.shtml>>.
Acesso em 21/10/2016.