Você está na página 1de 16

INTRODUÇÃO

Equipa Multidisciplinar é a junção de esforços e interesse de um grupo de


profissionais que reconhecem a interdependência com os outros componentes e se
identificam com um trabalho de carácter cooperativo e não competitivo, com o fim de
alcançar um objectivo comum cuja actividade sincronizada e coordenada caracteriza um
grupo estritamente ligado.

Quando as acções são integradas, as realizações se multiplicam e os perigos são


reduzidos. Se a cura do enfermo depende não só do esforço de um e sim de vários
profissionais, por que então trabalhar isolado. Por que não unir todas as forças e
potencialidades em grupo que visa atingir o mesmo fim que é a assistência ao paciente.

1
A IMPORTÂNCIA DA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR NA
EXECUÇÃO DO DOENTE

Quando um grupo de profissionais trabalha conjuntamente, a percepção de


problemas clínicos é maior, visto que cada um deles avalia o paciente objectiva e
subjectivamente. Isso possibilita diferentes abordagens de questões específicas e ajuda
na escolha das terapias mais adequadas.

Logo, quando a equipe é formada por muitos profissionais, maiores serão as


chances de que o paciente tenha seu caso investigado de um modo mais detalhado e
com mais critério nas decisões. Por consequência, essa forma de trabalho eleva a
qualidade da assistência e possibilita o alcance de melhores resultados nos tratamentos.

Sob o âmbito hierárquico, a multidisciplinaridade é vista como uma


excelente estratégia para optimizar serviços e processos. Essa equipa precisa ser
composta por profissionais de diferentes áreas, mas que possam somar habilidades e
competências para assegurar mais qualidade aos serviços oferecidos.

As equipas multidisciplinar de uma instituição de saúde podem trabalhar


diversas iniciativas em prol da prevenção e da promoção da saúde. Vale destacar,
porém, que o paciente precisa ser visto sob um contexto biopsicossocial, já que a
interacção mente e corpo influencia bastante os resultados do tratamento.

Por isso, os profissionais que integram essas equipas devem manter-se


constantemente actualizados por meio de cursos de capacitação técnica, simpósios,
congressos e similares. Dessa maneira, eles estarão mais aptos à identificação dos
problemas que aumentam a demanda, obstruem o sistema e lotam hospitais. Muitas
vezes, isso acontece por falta de atenção e cuidado na escolha das intervenções.

Assim, é de suma importância uma interacção singular e o envolvimento de


todos na adopção de medidas mais eficazes. O trabalho em equipa pode se tornar
diferenciado ao ponto de olhar para o paciente como um todo e proporcionar um
atendimento mais humanizado.

A expansão histórica das necessidades sociais do ser humano e a contínua


evolução científico-tecnológica no campo da saúde, têm exigido uma crescente
especialização dos profissionais que exercem a sua actividade nesta área. Este processo

2
tem contribuído para aprofundar o conhecimento e as intervenções do saber específico
de cada profissão.

Na construção de caminhos que visam abarcar a eficácia e a qualidade na área da


saúde, vários estudos têm demonstrado significativas limitações na abordagem
unidirecional e fragmentada de qualquer vertente, ressaltando a importância dos
múltiplos factores envolvidos e de uma visão global e integral, seja na prevenção, no
diagnóstico, na intervenção/tratamento, seja na reabilitação dos doentes.

Impõe-se, assim, a crescente formação de equipas multidisciplinares que


sistematizem os conhecimentos das diferentes áreas para melhorar a efectividade das
intervenções e aprimorar os serviços a serem prestados.

Nas equipas multidisciplinares existe uma inter-relação entre os diferentes


profissionais envolvidos, os quais devem considerar o doente como um todo, numa
atitude humanizada e uma abordagem mais ampla e resolutiva do cuidado.

QUEM É A EQUIPA MULTIDISCIPLINAR

É um grupo de profissionais clínicos que trabalham unidos em prol do


diagnóstico, tratamento e recuperação do paciente. Assim, é priorizado um consenso nas
decisões de cada intervenção. A meta é que os resultados alcançados sejam os melhores
possíveis.

A quantidade de profissionais na equipa e a formação académica de cada um


depende da demanda clínica, dos recursos financeiros e do número de pacientes. Cada
equipa estabelece normas e critérios de direcionamento e as melhores estratégias. O
objectivo é seguir os protocolos da Saúde Pública e superar os gargalos mais comuns
entre os desafios enfrentados pela instituição em que trabalham.

Imediatamente após a avaliação do paciente, a equipa se reúne e discute as


principais estratégias de intervenção. O principal critério é o nível de gravidade da
doença, o risco para o paciente e as ferramentas terapêuticas disponíveis. Desse modo,
as diferentes especialidades se integram em prol de objectivos em comum: a melhoria
da qualidade no atendimento e a reabilitação do paciente.

3
QUAIS SÃO OS SEUS ELEMENTOS

Basicamente, a equipa de profissionais actua em conjunto, mas em suas


respectivas áreas de formação. Esse trabalho integrado evita o protagonismo de alguns
especialistas e reduz o risco de falhas na avaliação diagnóstica e na conduta terapêutica.

Destacamos os profissionais que devem compor uma equipe


multidisciplinar de saúde:

1. Médicos

Actuam em diversas frentes e conseguem prestar assistência em consultórios,


clínicas, ambulatórios e hospitais. Também podem compor as equipes de Saúde da
Família, cujo trabalho é voltado para a atenção à saúde domiciliar, durante o
acompanhamento de pacientes com doenças crónicas e dificuldade de locomoção.

2. Enfermeiros

São os profissionais habilitados para trabalharem em diferentes áreas e funções,


eles variam desde auxiliares a enfermeiros-chefes. Esses especialistas apoiam os
médicos em procedimentos mais específicos, como intervenções cirúrgicas. Também
são aptos para prestar suporte directamente aos pacientes que necessitam de cuidados
básicos ou especializados, tanto em instituições como em domicílio.

3. Psicólogos

São especialistas que dão o suporte necessário à saúde mental. Eles actuam no
atendimento de crianças, adultos e idosos por meio de dinâmicas de apoio e de
reabilitação da saúde emocional.

4. Fisioterapeutas

Orientam e oferecem exercícios para o tratamento e reabilitação de variados


problemas de saúde. Entre suas atribuições, esses profissionais ajudam na recuperação
de lesões e na prevenção de doenças relacionadas aos vícios de postura ou decorrentes
de má-formação ou de acidentes.

4
5. Farmacêuticos

Eles podem prestar apoio à equipe multidisciplinar na elaboração de medicações


específicas e no controle de qualidade dos produtos oferecidos pela farmácia. Também
são responsáveis pela supervisão e higiene dos ambientes hospitalares.

6. Nutricionistas

Esse integrante pode actuar junto ao médico para a definição de um diagnóstico


nutricional ou integrado ao educador físico, psicólogo ou aos demais profissionais da
equipe. Sua função é investigar as condições clínicas do paciente, avaliar o impacto de
seus hábitos alimentares sobre a saúde e propor as intervenções mais adequadas nesse
quesito.

7. Assistentes sociais

Esse profissional consegue trabalhar em várias frentes de acção dentro de uma


unidade hospitalar, posto de saúde ou mesmo nos ambulatórios. O assistente social
actua integrado à equipe multidisciplinar no amparo de pacientes em condição de
vulnerabilidade social.

Muitos modelos de equipa são sugeridos, havendo um grande debate quanto à


sua composição, sendo aconselhável grupos pequenos para evitar insatisfações,
divergências, indiferentismo e desintegração, o que possibilita a formação de núcleos.

Estas equipes são compostas para uma estrutura de organização onde a


assistência é primária, o que vale dizer, funcionam em torno das necessidades da
população particular de enfermos e de recursos disponíveis que, antes de qualquer
noção do que deva ser a estrutura da equipe ideal de assistência básica.

CARACTERIZAÇÃO DAS EQUIPAS MULTIDISCIPLINARES


Para que as equipas multidisciplinares efectivem o trabalho de modo
democrático, agregador, cooperativo, com qualidade e eficiência, devem ser
considerados três factores: capacitação profissional, a interface do trabalho dos
profissionais e a autonomia dos profissionais (Veloso, 2005):

 A capacitação profissional: Está directamente relacionada com a formação


académica, com a qualidade das instituições de ensino, com os projectos

5
pedagógicos dos cursos e com o controle social que deve ser exercido sobre os
profissionais.
 A interface do trabalho dos profissionais: Diz respeito às áreas de
competências de cada profissional, que são claras na grande maioria dos
procedimentos e não geram dúvidas ou sobreposições. Há, entretanto, áreas de
competências que são comuns a várias profissões, algumas que são
complementares, algumas que são interdependentes e algumas que são de difícil
especificação. A este propósito, Nogueira (2004) salienta que é essencial que
todos os profissionais reconheçam o papel e a importância dos outros, para que
seja possível trabalhar no seio destas equipas. No entanto, por vezes há um
entendimento incompleto das capacidades dos outros membros da equipa, assim
como dos limites de actuação de cada um.
 Autonomia dos profissionais: Cada elemento da equipa deve ter absoluta
autonomia de trabalho naquilo que é claramente a sua área de competência.

Para além do exposto, cada equipa multidisciplinar pode possuir características


próprias e o seu próprio fluxo de trabalho, porém a troca de experiências, o diálogo, o
comprometimento e participação activa são elementos fundamentais para o
aprimoramento individual e colectivo de todos os membros da equipa.

Preisler, Borba, Battirola (2001) descrevem as competências necessárias para um


bom desempenho:

 Cooperar: participar voluntariamente, apoiar as decisões da equipa, fazer a sua


parte do trabalho;
 Compartilhar informações: manter as pessoas informadas e actualizadas sobre
o processo do grupo;
 Expressar expectativas positivas: esperar o melhor das capacidades dos outros
membros do grupo, falando dos membros da equipa para os outros com
aprovação. Apelar para a racionalidade em situações de conflito e não assumir
posição polémica nesses casos;
 Estar disposto a aprender com os restantes profissionais: valorizar a
experiência dos outros, solicitar dados e interagir pedindo e valorizando ideias;
 Encorajar e motivar os outros profissionais: dar crédito aos colegas que
tiveram bom desempenho tanto dentro como fora da equipa;
6
 Construir um espírito de equipa: tomar atitudes que promovam um clima
amigável e cooperação entre os membros da equipa; com cumplicidade
partilhada de responsabilidades;
 Resolver conflitos: encorajar ou facilitar soluções construtivas para a equipa.
Não esconder ou evitar o problema, mas tentar resolvê-lo da forma proveitosa.

Todas estas competências precisam ser estimuladas e trabalhadas, pois, apesar


de estudos evidenciarem que o trabalho nestas equipas é determinante para a melhor
qualidade do cuidado, o ensino das actividades para o trabalho em equipa não existe na
Enfermagem e na Medicina, focando-se o treino exclusivamente nas habilidades
técnicas individuais (Sexton et al, 2000).

RISCOS, PROBLEMAS E DIFICULDADES

Apesar dos benefícios apontados, algumas dificuldades e problemas têm sido


identificadas no seio de equipas multidisciplinar, nomeadamente:

 Intensa divisão social e técnica do trabalho na área da saúde;


 Processo de alta especialização e compartimentação do saber na formação
académica dos profissionais;
 A crença de que competência de cada profissional isoladamente será suficiente
para a complexidade do atendimento das necessidades de saúde do doente e da
comunidade;
 Visão reducionista e fragmentada do ser humano;
 Ausência de comunicação entre os elementos integrantes da equipa;
 Alta rotatividade dos profissionais de saúde;
 Falta de supervisão, acompanhamento e formação;
 Hierarquia entre profissões e competição no mercado de trabalho.

Segundo Pinho (2006), na maioria das equipas multidisciplinares na área da


saúde, não se configuram apenas trabalhos tecnicamente diferentes, mas também
desiguais quanto à sua valorização social. As diferenças técnicas dizem respeito às
especializações dos saberes e das intervenções, entre as variadas áreas profissionais. As
desigualdades referem-se à existência de valores e normas sociais, hierarquizando e
disciplinando as diferenças técnicas entre as profissões.

7
Araújo e Rocha (2007) referem que, no seio destas equipas, são frequentes
relações de poder hierarquizado, estabelecidas entre profissionais, fortalecendo a
situação de status de algumas profissões sobre outras e garantindo posições de liderança
na equipa. Impera, pois, redefinir o quotidiano, assim com responsabilidades e
competências dos elementos integrantes na equipa de saúde.

Por outro lado, devido à variedade de competências e backgrounds profissionais,


a diversidade de pontos de vista e diferenças de opinião são também inevitáveis
podendo dificultar a compreensão mútua e a possibilidade de uma tarefa uniforme, tanto
em nível do conhecimento em si, como da própria tarefa.

É comum ocorrerem conflitos em equipas compostas por profissionais com


distintas funções, sendo que o potencial conflito torna-se aumentado se não houver
compreensão das capacidades dos membros, se o profissional visualizar a tarefa como
invasão de terreno dos outros profissionais, se assumir um comportamento defensivo
em prol das prerrogativas profissionais e se acreditar na falha de utilização plena das
qualificações dos outros membros (Chiattone, 2004).

É importante reconhecer que o conflito é necessário e desejável, a fim de


proporcionar o crescimento e desenvolvimento da equipa, desde que sejam respeitados
os valores anteriormente descritos.

SOLUÇÕES INTEGRADORAS NAS EQUIPAS MULTIDISCIPLINARES


Pinho (2006) sugere algumas práticas que devem prevalecer nas equipas para
minimizar os problemas e dificuldades referidas:

 Clarificar a percepção de papéis e expectativas;


 Estabelecimento de metas;
 Organização da liderança;
 Processo de grupo,
 Comunicação;
 Capacidade de adaptação à mudança e a situações complexas;
 Respeito pelo sistema de valores e normas;
 Auto-desenvolvimento;
 Promover feedback sobre o funcionamento da equipa;
 Exame regular do trabalho.

8
Além do campo da responsabilidade e do saber específico de cada profissão, há
um campo de competência e responsabilidade partilhado e, como tal, é necessário
desenvolver práticas que contribuam para a qualidade do trabalho quotidiano, para a
troca de conhecimentos entre os membros da equipa e entre estes e os doentes, na
atenção individual e colectiva (Vasconcelos, Gillo e Soares, 2009).

A compreensão e a definição clara dos papéis profissionais associados à


determinada tarefa são indispensáveis nas instituições de saúde. Principalmente porque
a indefinição ou a ambiguidade relativa ao papel profissional pode gerar conflitos na
equipa, ao acumularem-se expectativas inadequadas ou mal delimitadas entre os seus
membros (Chiattone, 2004).

Para além da noção de papéis, a equipa deve funcionar de maneira uniforme e


colaboradora, respeitando as normas e valores que devem prevalecer entre os vários
profissionais.

Por outro lado, uma equipa que se denomina multidisciplinar deve promover a
sua formação contínua, através do estudo e da pesquisa. Seminários de cunho científico,
grupos de estudo e de discussão de casos específicos devem ser realizados
periodicamente, no sentido de gerar conhecimento original, disseminar ideias, discutir
temas relevantes, compartilhar conhecimento, contribuir para a formação de recursos
humanos.

Tendo como objectivo, ajudar o paciente a comer sozinho, cada profissional


deve fazer o que estiver dentro de sua área de formação para alcançar esse objectivo em
comum.

Assim, o médico pode receitar medicamentos que combatam a dor, o enfermeiro


pode aplicar as injecções e tratar da higiene bucal, o fisioterapeuta pode ensinar
exercícios para fortalecer os músculos dos braços, mãos e os da mastigação.

FUNÇÃO DA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR

A equipe multidisciplinar é um eficiente recurso para elevar a eficácia e a


qualidade dos serviços relacionados aos cuidados na saúde. Porém, o sucesso dessa
estratégia depende da capacitação dos profissionais, da habilidade de gestão e do
investimento em inovações tecnológicas para acompanhar a constante evolução nesse
campo tão importante.

9
Existem diversos factores relacionados ao quadro clínico do paciente, sendo
necessário ter uma visão integral do caso por meio da união de actuação de diversos
profissionais da área da saúde. Como consequência, a presença de uma equipe
multidisciplinar traz muitos benefícios.

Veja alguns deles:

1. Ajuda a solucionar casos simples e complexos

Por ter a autuação voltada para as necessidades do pacientes, a equipe é capaz de


cuidar daqueles com diferentes níveis de complexidade. Assim, após verificarem e
diagnosticarem as necessidades que eles apresentam, os profissionais da saúde se
reúnem em busca da recuperação e bem-estar de quem está sendo tratado,
independentemente da gravidade.

2. Oferece conforto e segurança aos pacientes

Quando trabalham em conjunto, os profissionais conseguem oferecer mais


conforto para o paciente, possibilitando também que ele fique menos tempo internado.
Em geral, as equipes conseguem elaborar um tratamento melhor e mais completo para
quem está sob cuidados.

FUNCIONAMENTO DA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR

Formada por profissionais de diferentes áreas, a equipe multidisciplinar na saúde


trabalha em busca de um único objectivo. Para alcançá-lo, essas pessoas se inter-
relacionam e promovem um tratamento diferenciado, enxergando o paciente como um
todo e proporcionando um atendimento humanizado. Assim, o quadro clínico é visto de
uma forma mais ampla, possibilitando que o cuidado seja verdadeiramente resolutivo.

Basicamente a equipa é composta de fisioterapeutas, médicos, enfermeiros,


nutricionistas, fonoaudiólogos e outros especialistas que o estabelecimento médico
julgar necessário. Dessa forma, todos eles decidem, em conjunto, o principal objectivo
destinado ao paciente que está sendo tratado (que pode ser comer ou andar sozinho, por
exemplo).

Então, para que a equipe multidisciplinar na saúde possa funcionar da forma


correcta, cada profissional vai actuar de acordo com a sua formação em relação ao caso,
sem interferir directamente na responsabilidade e tarefa do outro.

10
Como exemplo temos: o enfermeiro aplica as injecções, o fisioterapeuta oferece
exercícios de fortalecimento, o médico receita medicamentos, o nutricionista monta uma
dieta e o fonoaudiólogo cuida da parte da boca e da mastigação.

VANTAGENS DO TRABALHO EM EQUIPA MULTIDISCIPLINAR


Da noção de interdependência a influência bilateral da conduta do grupo
interprofissional, surgem os resultados esperados de qualquer função em equipa: a ideia
do sinergismo.

Sobre o assunto, assim se expressa DE FELICE (1976), "os pacientes


consideram a equipe como seu médico". E quanto ao grau de satisfação obtida pelo
paciente com relação ao trabalho de equipa, o autor citou SILVER, o qual observou que
94% dos pacientes expressaram satisfação com a assistência combinada, considerando-a
melhor do que recebida por um médico somente e, S0% dos pacientes consideraram a
associação de um médico e um profissional afim de área de saúde, como uma tendência
inevitável na prática da medicina.

Evidenciado está, que o trabalho realizado por equipa multidisciplinar


constitui importância relevante com as seguintes vantagens:

 Assegura a participação de toda a equipe através de um trabalho integrado;


 Propicia uma assistência mais condigna e humana ao paciente por meio da
interacção multidisciplinar;
 Centra as responsabilidades através do trabalho có-praticado;
 Fortalece as relações entre os profissionais, paciente e família para o alcance
dos objectivos;
 Aumenta o aproveitamento da capacidade profissional pela coesão do
trabalho;
 Favorece o relacionamento interprofissional.

CONCLUSÃO

A presença da equipa multidisciplinar na saúde é importante no cuidado com os


pacientes. Além disso, como pode se ver, não é muito complexo montar um grupo de
trabalho com esse foco. Essa modalidade de trabalho só tende a crescer nos
estabelecimentos médicos.

11
O hospital na época actual, com o avanço tecnológico e científico, sofre as
contingências de grupos sociais, não podendo dissociar-se do desenvolvimento que vem
ocorrendo em outros sectores. Ele precisa ser a expressão quantitativa e qualitativa da
assistência ao paciente.

O desenvolvimento do trabalho da equipa multidisciplinar obedece a dinâmica


uniforme e coerente de um plano bem estudado e não simplesmente o resultado da
composição de diversos profissionais inter-disciplinares para prestarem uma assistência
eficiente e condigna ao paciente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Ceccim, Ricardo Burg. Prefácio. In: Silva, Angela Cristina Ferreira da.; Viccari,
Eunice Maria.; Klafke, Teresinha Eduardes. (Orgs.) Marcas do Trabalho em equipe
na saúde: formação e atenção. 1. ed. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2011.         

12
2. Chiattone, Heloísa Benevides de C. A significação da psicologia nos contexto
hospitalar. In: Argemani-Camon, Valdemar Augusto. Psicologia da Saúde: um novo
significado para a prática clínica. (Org.) São Paulo: Pioneira, 2000.         
3. Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal. Prontuário Médico do Paciente:
guia para uso prático. Brasília: Conselho Regional de Medicina, 2006.         
4. Minayo, Maria Cecília de Souza. (Org.) Pesquisa Social: teoria, método e
criatividade. 22. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.         
5. Oliveira, Edileine Barreto S de.; Sommermem, Renata Dias G. A família
hospitalizada. In: Belkiss, W. Romano (Org.). Manual de Psicologia Clínica para
Hospitais. 1º ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2008.         
6. TONETTO, Aline M.; GOMES, William B. Competências e habilidades necessárias
à prática psicológica hospitalar. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 59, n. 1, p.
38-50, 2007. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/arbp/v59n1/v59n1a05.pdf
7. TAVARES, Suyane Oliveira; VENDRÚSCOLO, Cláudia Tomasi; KOSTULSKI,
Camila Almeida.

ÍNDICE

INTRODUÇÃO.................................................................................................................1

13
A IMPORTÂNCIA DA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR NA EXECUÇÃO DO
DOENTE...........................................................................................................................2

QUEM É A EQUIPA MULTIDISCIPLINAR..............................................................3

QUAIS SÃO OS SEUS ELEMENTOS.........................................................................4

CARACTERIZAÇÃO DAS EQUIPAS MULTIDISCIPLINARES.............................5

RISCOS, PROBLEMAS E DIFICULDADES..............................................................7

SOLUÇÕES INTEGRADORAS NAS EQUIPAS MULTIDISCIPLINARES............8

FUNÇÃO DA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR........................................................10

FUNCIONAMENTO DA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR......................................10

VANTAGENS DO TRABALHO EM EQUIPA MULTIDISCIPLINAR..................11

CONCLUSÃO.................................................................................................................12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................13

República de Angola
Ministério da Educação/Saúde
Governo Província de Luanda
14
Escola de Formação de Técnicos de Saúde de Luanda (EFTSL)

Docente

José Joveta

Luanda/2021

República de Angola
Ministério da Educação/Saúde

15
Governo Província de Luanda
Escola de Formação de Técnicos de Saúde de Luanda (EFTSL)

Mecanismos Gerais de Fármacos


Nº: 31
Nome: Helena Sumbelelo Zumo
Classe: 12ª
Sala: 09
Turma: M
Período: Tarde
Curso: Farmácia

Docente

José Joveta

Luanda/2021

16

Você também pode gostar