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As indicações clínicas selecionadas neste protocolo foram baseadas na maior prevalência de doenças na área de Psiquiatria.
Importante salientar que o acompanhamento realizado pelo especialista, não substitui e sim complementa o atendimento realizado
pela UBS, sendo necessário manter o acompanhamento da equipe da área de abrangência.
Manifestamos que, as condições mais importantes de saúde foram contempladas nestasorientações. Contudo, podem existir outras
situações clínicas que precisem ser consideradas, sendo responsabilidade do médico assistente e da equipe de saúde, conforme
avaliação, a decisão do encaminhamento do paciente ao serviço adequado.
v TRANSTORNOS DEPRESSIVOS
- Pacientes em episódio depressivo refratário (considerar ausência de resposta ou resposta parcial a pelo menos duas estratégias
terapêuticas farmacológicas por pelo menos 8 semanas cada); ou episódio depressivo associado a sintomas psicóticos; ou episódio
depressivo em paciente com episódios prévios graves (sintomas psicóticos, tentativa de suicídio ou hospitalização psiquiátrica); ou
episódio depressivo associado a transtorno grave por uso de substâncias (Seis ou mais sintomas como: fissura, abandono ou
redução das atividades diárias importantes, uso recorrente mesmo apresentando perigo para integridade física ou que resulta no
fracasso do desempenho das atividades diárias importantes, síndrome de abstinência, maior tolerância ao uso da substancia, dentre
outros); ou paciente com ideação suicida persistente.
v TRANSTORNO BIPOLAR
-Paciente com presença de sintomas sugestivos de episódio maníaco ou hipomaníaco atual (após tratamento iniciado na APS); ou
transtorno bipolar em tratamento e apresenta recidivas frequentes ou sintomas mal controlados; ou transtorno bipolar em
mulheres grávidas; ou transtorno bipolar associado a transtorno grave por uso de substâncias (Na presença de seis ou mais
sintomas); ou paciente com ideação suicida persistente.
v OUTRAS CONDIÇÕES
- Pacientes que apresentam transtornos moderado/graves devido ao uso de múltiplas substancias, sem melhora ao tratamento
otimizado na APS. Usuários apresentando quadro de TDAH sem tratamento ou em tratamento, com sintomas persistentes, sem
sinais de melhora ou com ideação suicida. Casos de Disforia de Gênero que não desejam tratamento hormonal ou cirúrgico.
- Descrição detalhada do quadro psiquiátrico atual no prontuário junto à hipótese diagnostica, antecedentes patológicos
relevantes, tratamentos realizados e medicamentos em uso.
- Anexar ao prontuário copia de laudos médicos associados à doença (Ex. Laudo Psiquiátrico, laudo Médico, se tiver).
- Os casos serão posteriormente discutidos junto ao especialista no matriciamento, conforme necessidade.
Fonte: Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica, 2016. Adaptação dos Protocolos de Encaminhamento da Atenção Básica para a Atenção Especializada.