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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA


Colégio Politécnico da UFSM
Área de Geoprocessamento

Curso de Cartografia Básica,


GPS e ArcGIS

Versão: Outubro 2010

MATERIAL DIDÁTICO
Elódio Sebem
Prof. de Ensino Médio, Técnico e Tecnológico / Colégio Politécnico da UFSM

Michele Monguilhott
Prof.ª de Ensino Superior / Colégio Politécnico da UFSM

Curso de Cartografia Básica,


GPS e ArcGIS

Santa Maria / RS
2010
Ministério da Educação
Universidade Federal de Santa Maria
Colégio Politécnico da UFSM

Endereço:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
Colégio Politécnico da UFSM - Prédio 70
Campus Universitário – Camobi
97105-900 – SANTA MARIA – RS
Telefone: (0xx55) 3220 9419 Ramal 222
Fax: (0xx55) 3220 8273

Capa e Projeto Gráfico: Elódio Sebem (UFSM)


Editoração Eletrônica: Michele Monguilhott (UFSM)
Elódio Sebem (UFSM)

S443c Sebem, Elódio

Curso de cartografia básica, GPS e ArcGIS / Elódio Sebem,


Michele Monguilhott. – Santa Maria : Colégio Politécnico da
UFSM, 2010.
228 p. : il.

1. Cartografia 2. GNSS 3. Sistemas de informações geográ-


ficas 4. ArcGIS 5. Software 6. Material didático I. Sebem, Elódio
II. Monghilhott, Michele III. Título

CDU: 528
528.9

Ficha catalográfica elaborada por Patrícia da Rosa Corrêa CRB-10/1652

iv
PREFÁCIO

O ArcGIS 9.3 é um dos softwares de Sistema de Informações Geo-


gráficas – SIG, amplamente utilizado por profissionais na área de geopro-
cessamento por possuir uma interface completa que permite a inserção,
visualização e manipulação de dados geográficos relacionais e ainda uma
impressão final de qualidade profissional.
É objetivo desta apostila, capacitar e treinar estudantes e profissio-
nais interessados na utilização do software ArcGIS 9.3 além de permitir ao
aluno conhecimentos de cartografia e uso de equipamento GPS de navega-
ção. Busca-se através do incentivo de aprendizado, atender demandas
institucionais, elevando a qualidade do ensino e estimulando a pesquisa,
colaborando na formação e no aperfeiçoamento profissional.
Esta apostila é uma edição compilada do polígrafo escrito com ba-
se nas experiências desenvolvidas por profissionais integrantes da equipe
do Laboratório de Geodésia (LAGEO), do Departamento de Geodésia, do
Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
No seu preparo foram elaborados exercícios que permitem o pleno
domínio das funcionalidades básicas do programa. Por ser um curso básico,
não se pretendeu detalhar todos os recursos do software, mas apenas uma
rápida familiarização com o geoprocessamento de dados geográficos.
Para finalizar, aproveita-se esta oportunidade para agradecer as
críticas e sugestões recebidas dos colegas, incentivando-nos a continuar a
proporcionar o acesso da comunidade universitária às aplicações de softwa-
res.
EQUIPE TÉCNICA
ÁREA DE GEOPROCESSAMENTO

Coordenador: Prof. Dr. Elódio Sebem

Docentes: Prof. Dr. Adão Robson Elias


Prof. M. Sc. Aier Tadeu Gabriel Morcelli
Prof. M. Sc. Alessandro Carvalho Miola
Prof. M. Sc. Antoninho João Pegoraro
Prof. M. Sc. Claire Delfine Viana Cardoso
Prof. Dr. Erni José Milani
Prof. Dr. Elódio Sebem
Prof. Dr.ª Liane de Souza Weber
Prof. M. Sc. Luiz Felipe Diaz de Carvalho
Prof. M. Sc. Luiz Patric Kayzer
Prof. M. Sc. Michele Monguilhott
Prof. M. Sc. Marinêz da Silva

vi
SUMÁRIO

0B1 FUNDAMENTOS DE CARTOGRAFIA ................................................................................ 15 

7B1.1 Introdução a Cartografia ............................................................................................... 15 

8B1.2 Princípios Teóricos ....................................................................................................... 17 

9B1.3 Localização ................................................................................................................... 25 


37B1.3.1 Sistema de Coordenadas Geográficas ................................................................ 26 
38B1.3.2 Sistema de Coordenadas Tridimensionais (X, Y e Z) .......................................... 28 
39B1.3.3 Sistemas de Coordenadas Planas Cartesianas ................................................... 28 
40B1.3.4 Sistema de Projeção Cartográfica ........................................................................ 29 
1.3.4.1 Tipo de Superfície Adotada .......................................................................... 30 
10BU1.3.4.2 Grau de Deformação da Superfície .............................................................. 31 

10B1.4 Sistema de Coordenadas UTM .................................................................................... 33 

1B1.5 Norte de quadricula, magnético e geográfico. .............................................................. 38 

12B1.6 Mapeamento Sistemático Nacional .............................................................................. 39 

13B1.7 Conversões entre sistemas de referência .................................................................... 40 

13B1.8 Uso de sistemas de coordenadas nas regiões polares................................................ 42 

13B1.9 Precisão e acurácia ...................................................................................................... 44 


40B1.9.1 Precisão ................................................................................................................ 45 
40B1.9.2 Acurácia ................................................................................................................ 46 

13B1.10 Novos avanços no mapeamento da superfície terrestre ............................................ 46 

2B2 INTRODUÇÃO A TECNOLOGIA GNSS ............................................................................. 49 

16B2.1 O Conceito GNSS ........................................................................................................ 49 

17B2.2 Como o GNSS funciona ............................................................................................... 49 

18B2.3 Aplicações do GNSS .................................................................................................... 49 

19B2.4 Sistemas GNSS ............................................................................................................ 50 


41B2.4.1 GPS ...................................................................................................................... 51 
42B2.4.2 GLONASS ............................................................................................................ 53 
43B2.4.3 GALILEO .............................................................................................................. 54 
43B2.4.4 COMPASS ............................................................................................................ 54 

20B2.5 Sistemas de Aumentação............................................................................................. 55 


4B2.5.1 Sistema de Cobertura para Navegação Geoestacionário Europeu - EGNOS ..... 56 

21B2.6 Aplicações GNSS ......................................................................................................... 56 


45B2.6.1 Agricultura e Pesca .............................................................................................. 56 
46B2.6.2 Pulverização Química........................................................................................... 57 
47B2.6.3 Monitoração de Rendimento de Safras ................................................................ 58 
48B2.6.4 Extensão de Safras e Rastreamento de Gado..................................................... 58 
49B2.6.5 Navegação e Monitoramento de Barcos de Pesca .............................................. 59 
50B2.6.6 Engenharia Civil ................................................................................................... 59 
51B2.6.7 Monitoramento de Estruturas ............................................................................... 59 
52B2.6.8 Orientação de Máquinas ...................................................................................... 60 
53B2.6.9 Logística e Gerenciamento de Canteiros de Obras ............................................. 60 
54B2.6.10 Manutenção da Infraestrutura de Rodovias e Ferrovias .................................... 61 
5B2.6.11 Energia ............................................................................................................... 61 
56B2.6.12 Sincronização de Redes para Geração e Distribuição de Energia .................... 62 
57B2.6.13 Mapeamento de Infra-estrutura .......................................................................... 62 
58B2.6.14 Meio-Ambiente ................................................................................................... 63 
59B2.6.15 Monitoramento Ambiental................................................................................... 63 
60B2.6.16 Ciências Naturais ............................................................................................... 64 
61B2.6.17 Proteção de Recursos Marinhos ........................................................................ 64 
62B2.6.18 Segurança Ambiental ......................................................................................... 65 
63B2.6.19 Seguros .............................................................................................................. 65 
64B2.6.20 Telecomunicações.............................................................................................. 65 
65B2.6.21 Localização de Telefones Móveis ...................................................................... 66 
6B2.6.22 Rede de Comunicações ..................................................................................... 66 
67B2.6.23 Aviação ............................................................................................................... 67 
68B2.6.24 Operações em Portos......................................................................................... 67 
69B2.6.25 Navegação em Hidrovias ................................................................................... 68 
70B2.6.26 Aplicações em Rodovias .................................................................................... 68 
71B2.6.27 Aplicações em Ferrovias .................................................................................... 69 

3B3 SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL GPS ............................................................ 71 

2B3.1 Um breve histórico ........................................................................................................ 71 

23B3.2 Definição ....................................................................................................................... 73 

viii
24B3.3 Sistema de referência do GPS ..................................................................................... 73 

25B3.4 Composição ou segmentos do sistema........................................................................ 75 


72B3.4.1 Segmento do Espaço ........................................................................................... 75 
10BU3.4.1.1 Satélites GPS ............................................................................................... 76 
102BU3.4.1.2 O tempo GPS ............................................................................................... 77 
103BU3.4.1.3 Estrutura do Sinal dos Satélites GPS ........................................................... 77 
73B3.4.2 Segmento de Controle e Monitoramento ............................................................. 79 
74B3.4.3 Segmento do Usuário ........................................................................................... 81 
104BU3.4.3.1 Serviços Oferecidos e Tipos de Usuários .................................................... 81 
105BU3.4.3.2 Receptores GPS ........................................................................................... 82 
15B3.4.3.2.1 Componentes........................................................................................ 82 
156B3.4.3.2.2 Tipos de Receptores ............................................................................. 82 
179B3.4.3.2.2.1 Quanto ao Número de Freqüências ............................................. 82 
180B3.4.3.2.2.2 Quanto ao Número de Canais ...................................................... 83 
18B3.4.3.2.2.3 Quanto ao Tipo de Canais ............................................................ 83 
182B3.4.3.2.2.4 Quanto ao Tipo de Sinal Observado ............................................ 83 
183B3.4.3.2.2.5 Quanto ao Tipo de Levantamento ................................................ 84 

26B3.5 Princípio Básico do Posicionamento ............................................................................ 85 


75B3.5.1 O processo de trilateração a partir de satélites .................................................... 86 
76B3.5.2 Medição da Distância Satélite-Receptor .............................................................. 88 
106BU3.5.2.1 Pelo Tempo de Propagação - Código C/A ou P ........................................... 88 
107BU3.5.2.2 Pela Diferença de Fase - Portadora L1 ou L2 .............................................. 89 
7B3.5.3 Coordenadas dos Satélites Xs, Ys e Zs ............................................................... 90 
108BU3.5.3.1 Efemérides Transmitidas .............................................................................. 90 
78B3.5.4 Cálculo das Coordenadas do Receptor X, Y e Z ................................................. 90 

27B3.6 Fatores que Afetam a Precisão do Posicionamento por Ponto.................................... 91 


79B3.6.1 Erros relacionados aos satélites .......................................................................... 91 
109BU3.6.1.1 Não Sincronização do Relógio do Satélite com Tempo GPS ...................... 91 
10BU3.6.1.2 Forma de Cálculo das Coordenadas dos Satélites ...................................... 92 
1BU3.6.1.3 Atraso Entre as Portadoras no Hardware do Satélite .................................. 92 
12BU3.6.1.4 Distribuição Geométrica dos Satélites - DOP............................................... 93 
13BU3.6.1.5 Disponibilidade Seletiva - SA ....................................................................... 94 
80B3.6.2 Erros relacionados à propagação do sinal ........................................................... 94 
14BU3.6.2.1 Atraso na lonosfera U( ΔI ) .............................................................................. 94 
15BU3.6.2.2 Atraso na Troposfera ( ΔT ) .......................................................................... 95 
16BU3.6.2.3 Multicaminhamento....................................................................................... 97 
17BU3.6.2.4 Perda de Ciclos ............................................................................................ 97 

ix
81B3.6.3 Erros relacionados ao receptor/ antena ............................................................... 98 
18BU3.6.3.1 Erro do Relógio ............................................................................................. 98 
19BU3.6.3.2 Erro entre os Canais ..................................................................................... 98 
120BU3.6.3.3 Centro de Fase da Antena ........................................................................... 98 
82B3.6.4 Erros relacionados à estação ............................................................................... 99 
12BU3.6.4.1 Coordenadas da Estação ............................................................................. 99 
12BU3.6.4.2 Estacionamento da Antena no Ponto de Coleta .......................................... 99 
123BU3.6.4.3 Erro Grosseiro Devido a Diferença de Datum .............................................. 99 
83B3.6.5 Comparação das Diversas Fontes de Erros nas Medidas ................................. 100 

28B3.7 Altimetria com GPS .................................................................................................... 101 


84B3.7.1 Modelo de Ondulação Geoidal (No) ................................................................... 101 

29B3.8 Método Diferencial ...................................................................................................... 102 


85B3.8.1 Com o Código (DGPS) ....................................................................................... 102 
86B3.8.2 Com a Fase da Portadora .................................................................................. 104 

30B3.9 Posicionamento Relativo ............................................................................................ 104 


87B3.9.1 Modelos Utilizados na Solução da Diferença de Fase ....................................... 105 
124BU3.9.1.1 Dupla diferença de fase .............................................................................. 105 
8B3.9.2 Tipos de Posicionamento Relativo ..................................................................... 106 
125BU3.9.2.1 Posicionamento Relativo Estático .............................................................. 106 
126BU3.9.2.2 Método Relativo Estático Rápido ............................................................... 106 
127BU3.9.2.3 Método Reocupação................................................................................... 107 
128BU3.9.2.4 Método Relativo Semi-cinemático (Stop and Go) ...................................... 107 
129BU3.9.2.5 Método Relativo Cinemático ....................................................................... 108 
130BU3.9.2.6 Cinemático Pós-Processado ...................................................................... 108 
13BU3.9.2.7 Cinemático em Tempo Real ....................................................................... 108 

31B3.10 Redes de Apoio ao Posicionamento ........................................................................ 109 


89B3.10.1 Estação de Controle Ativo ................................................................................ 109 
132BU3.10.1.1 Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC) ............................. 109 
13BU3.10.1.2 Rede INCRA de Bases Comunitárias do GNSS - (RIBaC) ...................... 111 
134BU3.10.1.3 Rede Faróis da Marinha ........................................................................... 113 
135BU3.10.1.4 Redes de Estações Ativas Particulares.................................................... 114 
90B3.10.2 Estação de Controle Passivo ........................................................................... 115 
136BU3.10.2.1 Rede Estadual de Pontos GPS - Rio Grande do Sul ............................... 115 

4B4 AULAS PRÁTICAS DE GPS ............................................................................................. 119 

32B4.1 Modelos de Receptores GPS de navegação ............................................................. 119 

x
3B4.2 Manual Garmin eTrex Vista ........................................................................................ 120 
91B4.2.1 Introdução: página dos satélites ......................................................................... 120 
92B4.2.2 Métodos de Navegação...................................................................................... 122 
93B4.2.3 Página do Mapa ................................................................................................. 123 
137BU4.2.3.1 Opções da Página do Mapa ....................................................................... 124 
138BU4.2.3.2 Instruções Passo a Passo .......................................................................... 125 
94B4.2.4 Página de Navegação ........................................................................................ 126 
139BU4.2.4.1 Opções da página de navegação ............................................................... 126 
140BU4.2.4.2 Instruções passo a passo ........................................................................... 127 
95B4.2.5 Página do Computador de Navegação .............................................................. 128 
14BU4.2.5.1 Opções da página do computador de navegação ...................................... 128 
142BU4.2.5.2 Instruções passo a passo ........................................................................... 128 
96B4.2.6 Página do Menu Principal................................................................................... 129 
143BU4.2.6.1 Página Marcar Ponto .................................................................................. 130 
14BU4.2.6.2 Menu de Procura ........................................................................................ 132 
145BU4.2.6.3 Criando e usando uma rota ........................................................................ 133 
146BU4.2.6.4 Usando Registro de Trilhas ou Trajetos ..................................................... 136 
147BU4.2.6.5 Menu de Definições .................................................................................... 137 
157B4.2.6.5.1 Página do Horário ............................................................................... 138 
158B4.2.6.5.2 Página de Unidades ........................................................................... 139 
159B4.2.6.5.3 Página de Acessórios ......................................................................... 140 
96B4.2.7 Página do Altímetro ............................................................................................ 141 

34B4.3 Aplicativos................................................................................................................... 143 


97B4.3.1 GPS TrackMaker ................................................................................................ 143 
148BU4.3.1.1 Informações Importantes ............................................................................ 143 
149BU4.3.1.2 Tutorial do GPS TrackMaker ...................................................................... 145 
4.3.1.2.1 Barra de Ferramentas Horizontal ....................................................... 145 
16B4.3.1.2.2 Barra de Ferramentas Vertical............................................................ 147 
162B4.3.1.2.3 Criando um Ponto ............................................................................... 147 
163B4.3.1.2.4 Transferindo pontos do computador para o GPS e vice versa........... 148 
164B4.3.1.2.5 Configurando menu ferramentas, opções do Software GTM ............. 149 
184B4.3.1.2.5.1 Opções Gerais ............................................................................ 149 
185B4.3.1.2.5.2 Opções de Unidades .................................................................. 151 
186B4.3.1.2.5.3 Opções de Coordenadas ............................................................ 151 
187B4.3.1.2.5.4 Opções de Datum ....................................................................... 152 
98B4.3.2 Google Earth ...................................................................................................... 153 
150BU4.3.2.1 Introdução ao Google Earth ....................................................................... 153 
15BU4.3.2.2 O que é o Google Earth? ............................................................................ 153 

xi
152BU4.3.2.3 Requisitos do Sistema ................................................................................ 154 
165B4.3.2.3.1 Requisitos Mínimos ............................................................................ 154 
16B4.3.2.3.2 Configuração Recomendada .............................................................. 155 
153BU4.3.2.4 Instalação ................................................................................................... 155 
154BU4.3.2.5 Iniciando o Google Earth ............................................................................ 156 
167B4.3.2.5.1 Controles de Navegação .................................................................... 156 
168B4.3.2.5.2 Funções do Menu ............................................................................... 158 
18B4.3.2.5.2.1 Arquivo ........................................................................................ 158 
189B4.3.2.5.2.2 Editar ........................................................................................... 158 
190B4.3.2.5.2.3 Visualizar .................................................................................... 159 
19B4.3.2.5.2.4 Ferramentas ................................................................................ 160 
192B4.3.2.5.2.5 Adicionar ..................................................................................... 161 
193B4.3.2.5.2.6 Ajuda ........................................................................................... 164 
169B4.3.2.5.3 Painel Pesquisar ................................................................................. 164 
194B4.3.2.5.3.1 Voar Para .................................................................................... 164 
195B4.3.2.5.3.2 Localizar Empresas .................................................................... 165 
196B4.3.2.5.3.3 Trajeto ......................................................................................... 165 
170B4.3.2.5.4 Painel Lugares .................................................................................... 165 
17B4.3.2.5.5 Painel Camadas ................................................................................. 166 
172B4.3.2.5.6 Comunidade Google Earth ................................................................. 167 
173B4.3.2.5.7 Navegação do Google Earth .............................................................. 168 
174B4.3.2.5.8 Barra de Atalhos ................................................................................. 168 
175B4.3.2.5.9 Latitude e Longitude ........................................................................... 169 
197B4.3.2.5.9.1 Tabela de Conversão.................................................................. 170 
176B4.3.2.5.10 Arquivos KML e KMZ ........................................................................ 170 
17B4.3.2.5.11 Visualizando o Espaço ..................................................................... 171 
178B4.3.2.5.12 Agradecimentos à equipe da Google. .............................................. 172 

4.4 Exercício ..................................................................................................................... 173 

6B5 ARCGIS DESKTOP 9.3 BÁSICO ...................................................................................... 175 

5.1 Introdução ................................................................................................................... 175 


5.1.1 O ArcCatalog ...................................................................................................... 176 
5.1.2 O ArcMap ........................................................................................................... 177 
5.1.3 O ArcToolbox ...................................................................................................... 179 

5.2 Características do ArcGIS .......................................................................................... 180 


5.2.1 Conceitos Gerais ................................................................................................ 180 

5.3 Trabalhando com o ArcCatalog .................................................................................. 182 


xii
5.3.1 Exercício 1 – Explorando o ArcCatalog ................................................................... 183 
5.3.1.1 Iniciar ArcCatalog ....................................................................................... 183 
5.3.1.2 Visualizando Pastas No Arccatalog............................................................ 185 
5.3.1.3 Olhando uma pasta qualquer no ArcCatalog: ............................................ 185 
5.3.1.4 Localizando a pasta tutorial e criando uma cópia ...................................... 186 
5.3.1.5 Visualizando dados no ArcCatalog............................................................. 187 
5.3.1.6 Trabalhando com a ferramenta de visualização “Preview” ........................ 188 
5.3.1.7 Explorando o conteúdo da tabela ............................................................... 189 

5.4 Trabalhando com o ArcMAP ...................................................................................... 190 


5.4.1 Visualizando Informações .................................................................................. 190 
5.4.2 Trabalhando Geograficamente ........................................................................... 191 
5.4.3 Mostrando Relações........................................................................................... 192 
5.4.4 Solucionando Problemas.................................................................................... 192 
5.4.5 Criando e Atualizando dados ............................................................................. 192 
5.4.6 Apresentando os Resultados ............................................................................. 192 
5.4.7 Iniciando o ArcMAP ............................................................................................ 193 
5.4.7.1 Modos Básicos de Visualização ................................................................. 195 
5.4.7.2 Exercício 2 - Trabalhando com Formato Raster......................................... 196 
5.4.8 Cartas Topográficas ........................................................................................... 197 
5.4.9 Sistema de Referência ....................................................................................... 198 
5.4.9.1 Exercício 3 – Inserindo Imagens sem Referência ...................................... 198 
5.4.10 Criando Pirâmides em Arquivos Raster no ArcMAP ........................................ 198 
5.4.11 Definindo o Sistema de Referência no Arc Catalog. ........................................ 200 
5.4.12 Georreferenciamento........................................................................................ 202 
5.4.12.1 Exercício 4 – Georreferenciando no ArcMap ........................................... 204 
5.4.13 Sistema de Coordenadas Geográfico (GCS) ................................................... 206 
5.4.14 Sistema de Coordenadas Projetado (PRJ) ...................................................... 207 
5.4.15 Cartografia Digital ............................................................................................. 207 
5.4.16 Arquivos Vetoriais............................................................................................. 208 
5.4.16.1 Exercício 5 – criando novos arquivos .SHP ............................................. 208 
5.4.17 Organizando a Pasta Projeto_Aluno para o Mapa Final .................................. 209 
5.4.18 Exercícios ......................................................................................................... 211 
5.4.18.1 Exercício 6 – Edição Vetorial .................................................................... 211 
5.4.18.2 Exercício 7 - Trabalhando com elementos do mapa ................................ 214 
5.4.18.3 Exercício 8 – Opções avançadas para edição e visualização de dados no
ArcMap.................................................................................................................... 218 
5.4.18.4 Exercício 9 – Funções de análise espacial .............................................. 224 
5.4.18.4.1 Seleção interativa ............................................................................. 224 

xiii
5.4.18.4.2 Sintaxe SQL ...................................................................................... 224 
5.4.18.4.3 Seleção por atributos ........................................................................ 224 
5.4.18.4.4 Inquirição espacial – Aplicação de vizinhança ................................. 225 
5.4.18.4.5 Sobreposição de temas - CLIP ......................................................... 226 

5B6 BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................. 227 

xiv
1 FUNDAMENTOS DE CARTOGRAFIA
0B

Uma vez que o produto final da operação de


receptores de sinal GPS são coordenadas, cabe ao
operador possuir o conhecimento básico dos elemen-
tos de Cartografia envolvidos, para que possa fazer
uma leitura correta do dado gerado, bem como, ava-
liar se a informação que está sendo fornecida pelo
aparelho supre suas necessidades.
Cada um dos tópicos aqui apresentados não
tem a intenção de abordar a plenitude do conheci-
mento existente sobre a referida área. No entanto,
acredita-se que o texto apresentado irá proporcionar
o conhecimento básico necessário para a manipula-
ção adequada da tecnologia de Posicionamento
Global.
A Cartografia trata de representar na forma
de mapas e plantas o conhecimento humano sobre a
superfície do planeta. Uma vez que estas represen-
tações se dão em elementos planos (mapas e cartas), o homem criou meto-
dologias e conceitos para transcrever aquilo que observamos em uma su-
perfície não plana (a Terra), para estes documentos.

1.1 Introdução a Cartografia


7B

O objeto da Cartografia consiste em reunir e analisar dados das di-


versas regiões da terra, e representar graficamente em escala reduzida, os
elementos da configuração que possam ser claramente visíveis. Para pôr
em evidência a configuração da superfície terrestre, o instrumento principal
do cartógrafo é o mapa. Mas, outras representações, tais como modelos de
relevo, globos, fotografias aéreas, imagens de satélite e cartogramas, são
assuntos próprios para serem tratados em Cartografia.
Definimos um mapa como uma representação convencional da
configuração da superfície da terra. Toda a representação está numa pro-
porção definida com o objeto representado. Esta proporção é chamada de
escala. Ou ainda, pode-se definir um mapa como um desenho seletivo,
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

convencionado e generalizado de uma região com grande área, comumente


da superfície terrestre, como se fosse vista de cima e numa escala muito
reduzida. A maioria dos mapas recebe inscrições, isto é, são dados nomes
as feições representadas, e são relacionados a um sistema de coordena-
das.
Em geral, os mapas têm as seguintes finalidades:
⇒ obter informações sobre a distribuição espacial dos fenômenos,
como solos, precipitação, uso da terra, densidade demográfica, etc.;
⇒ discernir relações espaciais entre os vários fenômenos;
⇒ coletar, através de medições, dados necessários às análises
geográficas, propiciando informações para a descrição e análises estatísti-
cas.
Atualmente, outros produtos são considerados valiosos em Carto-
grafia, tais como:
Globo - representação cartográfica sobre uma superfície esférica,
em escala pequena, dos aspectos naturais e artificiais de uma figura plane-
tária, com finalidade cultural e ilustrativa.
Mapa - representação no plano, geralmente em escala pequena,
dos aspectos geográficos, naturais, culturais e artificiais de uma área toma-
da na superfície de uma figura planetária, delimitada por elementos físicos,
político-administrativos, destinada aos mais variados usos, temáticos, cultu-
rais e ilustrativos.
Carta - representação no plano, em escala média ou grande, dos
aspectos artificiais e naturais de uma área tomada de uma superfície plane-
tária, subdividida em folhas delimitadas por linhas convencionais (paralelos
e meridianos) com a finalidade de possibilitar a avaliação de pormenores,
com grau de precisão compatível com a escala.
Planta - é um caso particular de carta. A representação se restrin-
ge a uma área muito limitada e a escala é grande, consequentemente o
número de detalhes é bem maior.
Fotografia Aérea - são produtos obtidos ao nível suborbital, muito
utilizados para elaboração e ou atualização de documentos cartográficos de
média a grande escala.
Mosaico - é o conjunto de fotos de uma determinada área, recor-
tadas e montadas técnica e artisticamente, de forma a dar a impressão que
todo o conjunto é uma única fotografia.
Ortofotocarta - é uma fotografia resultante da transformação de
uma foto original, que é uma perspectiva central do terreno, em uma proje-

16
Fundamentos de Cartografia

ção ortogonal sobre um plano, complementada por símbolos, linhas e qua-


driculagem, com ou sem legenda, podendo conter informações planimétri-
cas.
Fotoíndice - montagem por superposição das fotografias, geral-
mente em escala reduzida. Normalmente a escala do fotoíndice é reduzida
de 3 a 4 vezes em relação a escala de vôo.
Imagem de Satélite - são produtos obtidos ao nível orbital, muito
utilizados para elaboração e ou atualização de documentos cartográficos em
escalas variadas.
Carta-Imagem - são imagens de satélite montadas no formato de
folhas de carta, onde informações de coordenadas e toponímia é acrescen-
tada sobre a imagem.
Atlas - Uma coleção de mapas comumente publicados em uma
linguagem com as mesmas convenções e projeções, mas não necessaria-
mente na mesma escala é chamada de "Atlas". Um tipo de Atlas que mere-
ce destaque é o escolar. Estes Atlas apresentam uma grande diversidade
de mapas; aspectos geológicos, geomorfológicos, solos, climáticos, políti-
cos, estrutura viária e econômicos, etc. Este tipo de Atlas tem três funções
básicas: fonte de informação, fornecer as configurações geográficas e esti-
mular o interesse dos alunos.

1.2 Princípios Teóricos


8B

Apesar de se assumir que a forma da Terra é redonda, em estudos


onde se exige precisão de posicionamento, como é o caso da maioria das
representações da superfície terrestre em mapas e cartas, deve-se conside-
rar mais cuidadosamente as pequenas diferenciações da sua forma.
No século XVII, Isaac Newton demonstrou que não sendo a Terra
um corpo rígido e estando animada de um movimento de rotação, ela não
deveria possuir uma forma esférica e sim, a de um elipsóide de revolução,
sendo achatada nos pólos.
Por meio de triangulações geodésicas, pôde-se verificar que a Ter-
ra não possuía uma forma elipsoidal perfeita, mas sim a de um geóide, que
não pode ser descrita de forma matemática simples, mas que pode ser
determinada a partir de medidas da aceleração da gravidade nos mais di-
versos pontos da superfície da Terra. Numa primeira aproximação, o geóide
seria a forma que a Terra teria se sua superfície fosse completamente co-

17
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

berta com água, pois esta se molda de acordo com a aceleração da gravi-
dade em cada ponto.
Com o lançamento de satélites artificiais foi possível determinar
com melhor precisão o geóide, através das anomalias observadas no movi-
mento destes satélites e provocadas pela distribuição não uniforme da mas-
sa terrestre. O geóide difere muito pouco das formas elipsoidal e esférica,
quando se considera que o valor do raio terrestre é muito maior do que a
diferença entre o geóide e estas duas formas. Por isto, pode-se sem muito
erro dizer que a Terra é praticamente esférica.
A forma da Terra, girando em torno de seu eixo e movendo-se den-
tro do Sistema Solar do qual faz parte, é resultado da interação de forças
internas e externas tais como: gravidade, força centrífuga, constituição dife-
rente dos materiais que a formam, etc.
As forças tectônicas, por exemplo, são forças internas que provo-
cam modificações na superfície do globo terrestre tais como: dobramentos,
falhamentos, terremotos, surgimento de vulcões. A ação dessas forças
produz sobre a superfície terrestre uma série de irregularidades como: mon-
tanhas, vales, planaltos, etc. que formam a superfície topográfica da Terra.
Essas irregularidades são muito pequenas se comparadas ao tamanho e
volume total da Terra, entretanto, essa superfície aparente é de grande
importância para o topógrafo, geodesista, etc., pois é sobre essa superfície
que são realizadas as medições e os estudos para as diversas finalidades.
Devido a esses acidentes e irregularidades, a superfície da Terra
não tem uma forma simples que possa ser expressa em termos matemáti-
cos. A fim de simplificar o cálculo de coordenadas da superfície terrestre,
foram adotadas algumas superfícies matemáticas simples que se aproxi-
mam em maior ou menor grau do real. Uma primeira aproximação seria uma
esfera. Porém, a esfera seria suficientemente aproximada para solucionar
com a precisão requerida, alguns problemas como, por exemplo: cálculos
astronômicos, navegação e solução de cálculos geodésicos usando a trigo-
nometria esférica. Entretanto, a Terra não é exatamente uma esfera, sendo
achatada nos pólos e abaloada próximo ao Equador.
Segundo GAUSS (1777-1855), a forma do planeta, em uma defini-
ção mais rudimentar, é representada pela superfície delimitada pelo nível
médio dos mares, não perturbados por ventos e correntezas, já que estes,
ocupam aproximadamente 72% da superfície do planeta. Esta superfície é
denominada geóide, o qual é definido como o sólido formado pelo nível
médio dos mares supostamente prolongado por sob os continentes.

18
Fundamentos de Cartografia

As diversas matérias que compõem a superfície possuem diferen-


tes densidades, fazendo com que, em função disso, a força gravitacional
atue com maior ou menor intensidade em locais diferentes. As águas do
oceano procuram uma situação de equilíbrio, ajustando-se às forças que
atuam sobre elas, inclusive no seu suposto prolongamento. A interação de
forças buscando equilíbrio faz com que o geóide tenha o mesmo potencial
gravimétrico em todos os pontos de sua superfície, resultando em ondula-
ções e depressões.
Considerando a necessidade de se definir matematicamente a for-
ma do planeta, para as diferentes aplicações das atividades humanas, surge
como problema o alto grau de complexidade da representação matemática
do geóide, assim, por não ser uma superfície perfeitamente lisa, que possa
ser definida matematicamente, o geóide também não serve para que se
defina a forma do planeta, sendo utilizado apenas para nivelamento geodé-
sico.
É preciso então buscar um modelo mais simples para representar o
nosso planeta. Para contornar o problema lançou-se mão de uma figura
geométrica chamada elipse que ao girar em torno do seu eixo menor forma
um volume, o elipsóide de revolução. Assim, o elipsóide é a superfície de
referência utilizada em todos os cálculos básicos que fornecem subsídios
para a elaboração de uma representação cartográfica. Essa é então a su-
perfície matemática que mais se aproxima da superfície real da Terra (Figu-
ras 1.1, 1.2 e 1.3).

Figura 1.1. Diferentes modelos de representação da superfície terrestre.

19
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

O geóide é, então, a forma adotada para a Terra, sendo sobre esta


superfície realizada todas as medições. Como o geóide é uma superfície
irregular, de difícil tratamento matemático, foi necessário adotar, para efeito
de cálculos, uma superfície regular que possa ser matematicamente defini-
da. A forma matemática assumida para cálculos sobre o geóide é o elipsói-
de de revolução, gerado por uma elipse rotacionada em torno do eixo menor
do geóide.

Figura 1.2. Superfície da Terra, Geóide e Elipsóide

Figura 1.3. A terra e os modelos de representação.

O geóide (Figura 1.4) tem sua forma definida a partir de estudos


gravimétricos, sendo por definição uma superfície onde todos os pontos têm
igual valor de aceleração da gravidade, ou seja, superfícies equipotenciais
(Figura 1.5). O fio de prumo é atraído pela força gravitacional terrestre sen-
do perpendicular ao geóide sob o ponto da superfície onde se encontra.
Como vimos, medições e levantamentos feitos na superfície terres-
tre (geóide) são matematicamente solucionados no elipsóide. Os sistemas
geodésicos buscam uma melhor correlação entre o geóide e o elipsóide,
elegendo um elipsóide de revolução que melhor se ajuste ao geóide local,

20
Fundamentos de Cartografia

estabelecendo a origem para as coordenadas geodésicas referenciadas a


este elipsóide, através dos datum horizontal e vertical.

Figura 1.5. Superfícies equipo-


tenciais.

Figura 1.4. Superfície irregular do geóide.


(http://www.esteio.com.br , 12/07/2009)

Em geral, cada país ou grupo de países adotou um elipsóide (Figu-


ra 1.6) como referência para os trabalhos geodésicos e topográficos. São
usados elipsóides que mais se adaptem às necessidades de representação
das regiões ou continentes.

Figura 1.6. Representação do Elipsóide.

Para definir um elipsóide necessita-se conhecer os seus parâme-


tros, ou seja, o seu semi-eixo maior (a) e o semi-eixo menor (b) ou o acha-
tamento (e). O achatamento pode ser calculado por: e = a-b/a. A posição
deste elipsóide em relação à Terra, bem como sua forma e tamanho, consti-
tuem um conjunto de parâmetros que são usualmente denominados Datum
Geodésico.

21
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Datum - É um conjunto de pontos e seus respectivos valores de


coordenadas, que definem as condições iniciais para o estabelecimento de
um sistema geodésico. Com base nessas condições iniciais, um sistema
geodésico é estabelecido através dos levantamentos geodésicos. Um sis-
tema geodésico é um conjunto de estações geodésicas (marcos) e suas
coordenadas.
Um Datum (pl. Data) é constituído pela adoção de um elipsóide de
referência que representará a figura matemática da Terra, um Ponto Geo-
désico Origem e um Azimute inicial para fixar o sistema de coordenadas na
Terra e servir como marco inicial das medidas de latitudes e longitudes. O
critério para a escolha do Ponto Geodésico Origem é a máxima coincidência
entre a superfície do geóide e do elipsóide. Portanto, um mesmo ponto do
terreno terá valores de coordenadas diferentes quando referido aos diferen-
tes Data.
Datum Planimétrico (horizontal) - é o ponto de referência geodésico
inicial que representa a base dos levantamentos horizontais, ou seja, é
definido por um conjunto de parâmetros, e é um ponto de referência para
todos os levantamentos cartográficos sobre uma determinada área. A locali-
zação ideal do ponto seria onde houvesse coincidência entre o geóide e o
elipsóide (h=0).
Existem dois tipos de Data horizontais: Globais - quando o elipsói-
de for global e não tiver ponto de amarração sobre a superfície terrestre que
não os definidos no sistema. Os Locais - quando o elipsóide for local, neste
caso deve possuir parâmetros diferenciais.
Existem muitos elipsóides representativos da forma da Terra, que
foram definidos em diferentes ocasiões e por diferentes autores. Dentre eles
os mais comuns são:
No Brasil são quatro os Data mais utilizados: SAD69, SIRGAS
2000 são os data planimétricos oficiais; Córrego Alegre, que é o datum local
mais antigo, sendo comum encontrar trabalhos neste sistema, como por
exemplo, as cartas na escala 1:50.000 do mapeamento sistemático; e o
WGS84, que é o datum mundial (global) utilizado pelo sistema GPS.
O WGS84 é dito um Datum global e geocêntrico, pois o elipsóide
adotado (GRS80) ajusta-se à Terra como um todo e a origem dos seus
eixos coordenados é no centro de massa da Terra. No datum global o elip-
sóide é fixado à Terra pelo Equador e o Meridiano de Greenwich (não ne-
cessita de Ponto Geodésico Origem nem de Azimute inicial). Veja o Quadro
01 para alguns Data.

22
Fundamentos de Cartografia

Ao longo do tempo foram testados vários elipsóides de revolução


para melhor definir a Terra. Com instrumentos geodésicos cada vez mais
precisos, a cada reunião da UGGI, novos valores de elipsóide são propostos
para melhor definir a Terra como um todo. Entretanto, cada parte da Terra
possui suas particularidades físicas. Assim, definem-se elipsóides globais
que melhor representam a Terra como um todo e elipsóides locais que me-
lhor se ajustam a determinados continentes ou parte da Terra.

Quadro 01. Data usuais.


Semi-eixo Semi-eixo Local de
Elipsóide Datum
maior a (m) menor b (m) Adoção

Bessel 1841 Bukit Rimpah 6.377.484 6.356.165 Alemanha


American Sa-
Clarke 1866 6.378.206 6.356.584 EUA
moa 1962
Krassovsky
Afgooye 6.378.245 6.356.863 Russia
1940
Hayford Inter-
Córrego Alegre 6.378.388 6.356.912 Brasil (Antigo)
nacional 1924
UGGI-67 SAD-69 6.378.160 6.356.775 Brasil (Atual)
UGGI-79 WGS-84 6.378.137 6.356.752 Globo
GRS80 SIRGAS 2000 6.378.137 6.356.752 Américas

Coordenadas definidas em elipsóide globais são menos ajustadas


a determinados locais da Terra que as coordenadas definidas em elipsóides
locais. Porém, para outros continentes, coordenadas definidas em elipsói-
des locais podem produzir grandes distorções. A definição de um elipsóide
internacional seria um absurdo, se a tal definição tivesse qualquer importân-
cia prática. Na realidade a substituição de um elipsóide por outro modifica
muito pouco as cartas e mapas de escala pequena (menor do que
1:100.000).
Datum Altimétrico (vertical) - é a superfície formada pelo nível mé-
dio do mar, definida através de um marégrafo estável, a partir de longos
períodos de observação para estabelecer a altitude zero. As altitudes são
calculadas partindo-se do Datum Altimétrico.
No Brasil - Marégrafo de Imbituba (SC) - 1958 - A altitude do ponto
de origem (RN 4X) em relação ao nível médio do mar local: 8,6362 m.
O Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) é constituído por cerca de
70.000 estações implantadas pelo IBGE em todo o Território Brasileiro,
divididas em três redes:

23
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

- Planimétrica: latitude e longitude de alta precisão


- Altimétrica: altitudes de alta precisão
- Gravimétrica: valores precisos de aceleração gravimétrica
É importante estar sempre atento às informações constantes nas
legendas dos mapas utilizados, pois para uma mesma área podem existir
mapas em sistemas geodésicos diferentes, já que muitos mapas utilizados
ainda hoje, no Brasil, são anteriores a década de 1980 e, portanto estão
referenciados ao Datum Córrego Alegre.
Apesar da proximidade entre os sistemas Córrego Alegre e SAD-69
ser grande, o fato de não se efetuar as transformações devidas para a com-
patibilização dos documentos utilizados, pode introduzir erros da ordem de
10 a 80 metros, o que pode ser significativo dependendo do objetivo do
trabalho e/ou escala utilizada.
A transformação de um datum para outro, pode ser realizada atra-
vés de rotinas computacionais que estão incluídas, atualmente, na maioria
dos sistemas computacionais em uso.
Convém também destacar, que é necessária muita atenção, quan-
do da utilização de GPS na aquisição de dados, para que o equipamento
esteja corretamente configurado. Normalmente o GPS está configurado
para um sistema global, de uso internacional, como é o caso do WGS-84.
Sendo o geóide um modelo matemático de desenvolvimento com-
plexo, pois sua forma exata depende de características gravimétricas, foi
novamente conveniente adotar-se a figura do elipsóide de revolução. No
entanto, deve se levar em consideração que ambos não são totalmente
coincidentes, o que leva a necessidade de se conhecer a ondulação geoidal
N de cada local (Figura 1.7), onde se deseje determinar a altitude local a
partir de um ou de outro modelo.

Figura 1.7. Representação aproximada da ondulação geoidal.


24
Fundamentos de Cartografia

A relação N= h-H é utilizada para determinar o valor de N quando


se conhece a altitude elipsoidal h (sobre o elipsóide) e a altitude ortométrica
H (sobre o geóide) do ponto considerado.

1.3 Localização
9B

A Terra possui um movimento de rotação que se processa em tor-


no de um eixo imaginário. Os pontos de interseção deste eixo de rotação
com a superfície terrestre são os pólos geográficos. Podemos traçar na
Terra um círculo perpendicular ao eixo de rotação e que divide a Terra em
duas metades iguais ou hemisférios. Este círculo máximo é chamado de
equador terrestre ou equador geográfico. Todos os círculos menores que
podemos traçar na Terra, paralelos ao equador, são denominados paralelos
de latitude terrestre ou geográfica. É possível também traçar outros círculos
máximos (que dividem também a Terra em hemisférios), perpendiculares ao
equador terrestre. Estes círculos são chamados de meridianos terrestres ou
geográficos. Através destes círculos, podemos determinar as coordenadas
geográficas de um lugar.
Assim como as pessoas se utilizam de pontos de referência para
se localizar, foi criado um sistema de pontos de referência para localizar
qualquer lugar da Terra em um globo ou mapa, que são os sistemas de
coordenadas. Eles resultam do desenvolvimento de técnicas cartográficas
para a elaboração de mapas, e são linhas neles traçadas com o objetivo de
determinar a posição absoluta dos diversos lugares da Terra.
O Sistema de coordenadas da Terra baseia-se na rede de coorde-
nadas cartesianas. Este sistema foi traçado considerando a Terra como
uma esfera perfeita. Assim, os pólos foram definidos como os pontos de
interseção do eixo de rotação da Terra com a sua superfície e o equador é o
raio máximo do planeta.
Para que cada ponto da superfície terrestre possa ser localizado,
existe um sistema de coordenadas (linhas imaginárias), que são represen-
tadas em um mapa ou carta. Um objeto geográfico qualquer somente pode-
rá ser localizado se pudermos descrevê-lo em relação a outro objeto cuja
posição seja previamente conhecida.
Os meridianos são as linhas que passam através dos pólos e ao
redor da Terra, ou seja, são círculos máximos da esfera cujos planos con-
têm o eixo de rotação ou eixo dos pólos. Decidiu -se que o ponto de partida
para a numeração dos meridianos seria o meridiano que passa pelo obser-

25
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

vatório de Greenwich, na Inglaterra. Portanto, o meridiano de Greenwich é o


meridiano principal (Figura 1.8). A leste de Greenwich os meridianos são
medidos por valores crescentes até 180º e, a oeste, suas medidas são de-
crescentes até o limite de – 180º.
Os paralelos são círculos da esfera cujo plano é perpendicular ao
eixo dos pólos. O equador é o paralelo que divide a Terra em dois hemisfé-
rios. O 0º corresponde ao equador, o 90º ao pólo norte e o – 90º ao pólo sul
(Figura 1.9).

Figura 1.8. Meridianos. Figura 1.9 Paralelos.

O valor da circunferência dos paralelos varia conforme a latitude


geográfica. A mesma pode ser determinada por: C P = C E Cos Φ, onde C P é
R R R R R R

o valor da circunferência no paralelo desejado, C E é o valor da circunferên-


R R

cia no equador terrestre (40.000 km) e Φ é a latitude geográfica do lugar.

1.3.1 Sistema de Coordenadas Geográficas


37B

O sistema de coordenadas geográficas constitui-se um sistema efi-


ciente para a localização inequívoca da posição de objetos, fenômenos e
acidentes geográficos na superfície terrestre. Neste sistema a Terra é divi-
dida em círculos paralelos ao equador chamados Paralelos e em elipses
que passam pelos pólos terrestres (perpendiculares aos paralelos) chama-
das Meridianos. Cada ponto da Terra tem um único conjunto de coordena-
das geodésicas definidas por Latitude e Longitude (Figuras 1.10 e 1.11).

26
Fundamentos de Cartografia

Figura 1.10. Origem das coordenadas geodésicas.


(http://pt.wikipedia.org , 30/05/2009)

Figura 1.11. Sistema de coordenadas geográficas. (Rosa, 2004)

Latitude Geográfica ou Geodésica (ϕ): é o ângulo entre a normal


ao elipsóide no ponto considerado e sua projeção no plano equatorial. Dito
de outra maneira, latitude geográfica é o ângulo (medido ao longo do meri-
diano que passa pelo lugar) formado entre o equador terrestre e o ponto
considerado.
Todos os pontos do equador terrestre têm latitude geográfica igual
a 0º. Pontos situados ao norte do equador têm latitudes maiores que 0º
variando até 90º que é a latitude do pólo geográfico norte. Da mesma forma
varia as latitudes ao sul do equador terrestre, desde 0º a 90º, latitude do
pólo geográfico sul. Para se diferenciar os valores, atribui-se sinal positivo
para as latitudes norte e negativo para as latitudes sul.
A latitude é um elemento importante para explicar as diferenças
térmicas, isto é, as diferenças de temperatura na superfície terrestre. As

27
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

temperaturas diminuem do Equador para os pólos. Assim, quando menor a


latitude, maior a temperatura.
Longitude Geográfica ou Geodésica (λ): é o ângulo entre os pla-
nos do meridiano de Greenwich e do meridiano que passa pelo ponto consi-
derado, sendo positiva a Leste (0 a +180°) e negativa a Oeste (0 a -180°).

1.3.2 Sistema de Coordenadas Tridimensionais (X, Y e Z)


38B

O sistema de coordenadas tridimensionais é constituído de três ei-


xos cartesianos ortogonais (X, Y e Z), muito utilizados pelos satélites artifici-
ais (GPS) para cálculo de posições, utilizando geometria tridimensional
(Figura 1.12). As principais características do sistema são:
a) Origem dos eixos no centro de massa da Terra (Geocêntrico);
b) Eixo X coincidente com o traço do meridiano de Greenwich no
plano do Equador;
c) Eixo Y ortogonal a X no plano do Equador 90° anti-horário;
d) Eixo Z coincide com o eixo de rotação da Terra.

Figura 1.12. Eixos cartesianos X, Y e Z.


(http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/image19/19_71a_01.gif , 30/05/2009)

1.3.3 Sistemas de Coordenadas Planas Cartesianas


39B

O sistema de coordenadas esféricas, apesar de localizar pontos i-


nequivocamente na superfície elipsóidica, se mostrou pouco prático para
trabalhar com mapas planos, e assim foram estabelecidos sistemas de
coordenadas planas cartesianas associadas às projeções cartográficas. Os
sistemas de coordenadas planas cartesianas têm a origem dos eixos coor-
28
Fundamentos de Cartografia

denados estabelecidas em certos paralelos e meridianos terrestres e as


coordenadas do sistema são medidas em metros, e não em graus. A coor-
denada X é chamada falso Este (E) e a coordenada Y é chamada falso
Norte (N). Cabe ressaltar que as coordenadas planas estão estritamente
associadas ao sistema de projeção do mapa. Cada coordenada plana cor-
responde a uma coordenada geográfica que foi transformada pelas equa-
ções do sistema de projeção.

1.3.4 Sistema de Projeção Cartográfica


40B

Para entender o que são projeções cartográficas, é necessário


lembrar de que o planeta tem a forma arredondada e que o mapa é dese-
nhado sobre uma folha de papel, isto é, numa superfície plana. Por isso
foram criadas as projeções cartográficas, que permitem representar uma
realidade esférica numa superfície plana. A Terra é redonda, mas os papéis
são planos. Representar em um desenho a superfície do planeta obriga,
então, a admitir imperfeições (Figura 1.13).
As projeções cartográficas são, portanto, formas ou técnicas de re-
presentar a superfície terrestre em mapas. Essas técnicas ajudam os cartó-
grafos a amenizar o problema do arredondamento do planeta na elaboração
de mapas. Quando representamos uma área pequena, por exemplo, uma
cidade, um bairro, uma fazenda, a projeção cartográfica não é tão importan-
te, no entanto, não podemos ignorá-la quando da representação de grandes
áreas, como por exemplo, um estado um país.
Uma projeção cartográfica consiste
num conjunto de linhas (paralelos e meridia-
nos), que formam uma rede, sobre a qual são
representados os elementos do mapa.
Todos os mapas e/ou cartas são re-
presentações aproximadas da superfície ter-
restre, uma vez, que a forma esférica da Terra
é desenhada sobre uma superfície plana. A
elaboração de um mapa/carta consiste em um
método pelo qual se faz corresponder a cada
ponto da superfície terrestre, como sendo a
um ponto no mapa. Para se obter esta cor- Figura 1.13. Planificação
respondência utilizam-se os sistemas de pro- da superfície terrestre.
(http://www.esteio.com.br ,
jeções cartográficas. Os sistemas de proje-
12/07/2009)

29
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

ções cartográficas são classificados quanto ao tipo de superfície adotada e


pelo grau de deformação da superfície.

1.3.4.1 Tipo de Superfície Adotada

Quanto ao tipo de superfície adotada, são classificadas em: cilín-


dricas, planas ou azimutais e cônicas, segundo representem a superfície
curva da Terra sobre um cilindro, um plano, um cone ou um poliedro tangen-
te ou secante à esfera terrestre (Figura 1.14).
Projeção Plana ou Azimutal - o mapa é construído imaginando-o
situado num plano tangente ou secante a um ponto na superfície da Terra.
Ex. Projeção Esterográfica Polar.
Projeção Cônica - o mapa é construído imaginando-o desenhado
num cone que envolve a esfera terrestre, que é em seguida desenrolado. As
projeções cônicas podem ser também tangentes ou secantes. Nas proje-
ções cônicas os meridianos são retas que convergem em um ponto e todos
os paralelos, circunferências concêntricas a esse ponto. Ex. Projeção Côni-
ca de Lambert.
Projeção Cilíndrica - o mapa é construído imaginando-o desenha-
do num cilindro tangente ou secante à superfície da Terra, que é depois
desenrolado. Pode-se verificar que em todas as projeções cilíndricas, os
meridianos bem como os paralelos são representados por retas perpendicu-
lares. Ex. Projeção Mercator.

Figura 1.14. Classificação das projeções quanto ao tipo de superfície adota-


da. (http://www.esteio.com.br , 12/07/2008)

30
Fundamentos de Cartografia

1.3.4.2 Grau de Deformação da Superfície


10BU

Quanto ao grau de deformação das superfícies representadas, são


classificadas em: conformes ou isogonais, equivalentes ou isométricas e
eqüidistantes.
Projeções Conformes ou Isogonais - possuem a propriedade de
não deformar os ângulos de pequenas áreas. Nestas projeções os paralelos
e os meridianos se cruzam em ângulos retos, e a escala em torno de um
ponto se mantém para qualquer direção. Porém, ao se manter a precisão
dos ângulos, distorce-se a forma dos objetos no mapa. Ex. Mercator
Projeções Equivalentes ou Isométricas - não deformam áreas,
conservando uma relação constante, em termos de área, com a superfície
terrestre. Devido a suas deformações não são adequadas à Cartografia de
base, porém são muito utilizadas para a Cartografia temática. Ex. Azimutal
de Lambert
Projeções Eqüidistantes - são as projeções que não apresentam
deformações lineares, ou seja, os comprimentos são representados em
escala uniforme. Esta condição só é conseguida em determinada direção.
Estas projeções são menos empregadas que as projeções conformes e
equivalentes, porque raramente é desejável um mapa com distâncias corre-
tas apenas em uma direção. Ex. Cilíndrica Eqüidistante.
Projeções Afiláticas - não possui nenhuma das propriedades dos
outros tipos, isto é, equivalência, conformidade e equidistância, ou seja, as
projeções em que as áreas, os ângulos e os comprimentos não são conser-
vados.
Todos os sistemas de projeções apresentam deformações, já que
não é possível "achatar" uma superfície esférica em uma superfície plana
sem a deformar. Estas deformações podem ser lineares, angulares, superfi-
ciais ou, uma combinação destas três.
O importante é ter-se a capacidade de decidir a melhor projeção
para a aplicação que se deseja, analisando-se as propriedades geométricas
oferecidas por cada projeção, de modo a preservar as características mais
importantes para cada tipo de uso, pois, freqüentemente precisamos conhe-
cer a distância entre lugares, a área de cidades, estados, países, ou outras
parcelas de terra.
Todo o mapa apresenta algum tipo de distorção, que depende da
natureza do processo de projeção. Dependendo do objetivo do mapa, estas
distorções podem ser minimizadas quanto à forma, área, distância ou dire-

31
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

ção. Portanto, quando utilizamos mapas, devemos procurar escolher as


projeções que preservem as características mais importantes para o nosso
estudo e que minimizem as outras distorções.
Normalmente em um país, é utilizado um conjunto padrão de proje-
ções, previamente definido, para atender às demandas específicas de utili-
zação e à representação em escala. No Brasil, para o mapeamento sistemá-
tico, utiliza-se o seguinte padrão para projeções:
⇒ Escala 1:25.000 a 1:250.000 - Projeção UTM
⇒ Escala 1:500.000 a 1:1.000.000 - Projeção Conforme de Lam-
bert
⇒ Escala 1:5.000.000 - Projeção Policônica.
A seguir apresentamos alguns tipos de projeções cartográficas
mais usadas na elaboração de mapas:
Projeção de Mercator (conforme) - Também conhecida como Pro-
jeção Cilíndrica de Mercator, procura traçar um mapa de toda a superfície
terrestre. Ela reproduz bem o tamanho e o formato das áreas situadas na
zona intertropical, mas exagera na representação das áreas temperadas e
polares. Para se ter uma idéia desses exageros, basta observarmos um
Mapa Mundi, onde a Groenlândia, parece ter a mesma área que a do Brasil,
quando na verdade é cerca de quatro vezes menor.
Projeção de Peters - Essa projeção tem como objetivo fazer uma
projeção oposta a de Mercator. Procura fazer um retrato mais ou menos fiel
do tamanho das áreas, só que acaba muitas vezes distorcendo as formas.
Na verdade, essa projeção não se preocupa com a forma, mas com a pro-
porção, isto é, com o tamanho relativo de cada área, trata-se de uma proje-
ção equivalente.
Projeção Plana ou Polar - Segundo esta projeção, as diversas
partes da superfície terrestre estariam supostamente dispostas num plano,
que está centrado num ponto qualquer do globo. Esta projeção tem a van-
tagem nas áreas próximas do centro ficam muito bem representadas, bem
detalhadas, mas as áreas distantes vão ficando cada vez mais distorcidas.
Projeção de Aittof - Essa projeção é um meio termo entre as pro-
jeções de Mercator e Peters. Essa projeção é muito usada na representação
dos mapas mundi.
Projeção Policônica (afilática) - Apropriada para uso em países ou
regiões de extensão predominantemente norte-sul e reduzida extensão
este-oeste. É amplamente utilizada nos EUA. No Brasil é utilizada em ma-
pas da série Brasil, regionais, estaduais e temáticos. Não é conforme nem

32
Fundamentos de Cartografia

equivalente, só tem essas características próxima ao Meridiano Central.


Apresenta pequena deformação próxima ao centro do sistema, mas aumen-
ta rapidamente para a periferia.
Projeção Cônica Conforme de Lambert (conforme) - A existência
de duas linhas de contato com a superfície nos fornece uma área maior com
baixo nível de deformação. Isto faz com que esta projeção seja bastante útil
para regiões que se estendam na direção leste-oeste, porém pode ser utili-
zada em quaisquer latitudes. A partir de 1962, foi adotada para a Carta
Internacional do Mundo ao Milionésimo.
Existem ainda outros tipos de projeções, mas estas são as mais
usadas atualmente, embora todas tenham aspectos positivos e negativos.
Nenhuma projeção é melhor ou pior que as outras. A escolha de uma delas
vai depender da finalidade do mapa: viajar, comparar áreas, navegar, etc.

1.4 Sistema de Coordenadas UTM


10B

A projeção adotada no Mapeamento Sistemático Brasileiro é o Sis-


tema Universal Transverso de Mercator (UTM), que é também um do mais
utilizados no mundo inteiro para cartografia sistemática recomendada pela
União da Geodésia e Geofísica Internacional (UGGI). A projeção UTM é um
caso particular da Projeção Transversa de Mercator com as características
abaixo:
a) A superfície de projeção é um cilindro cujo eixo é perpendicular
ao eixo polar terrestre. É uma projeção conforme, portanto mantém os ângu-
los e a forma das pequenas áreas.
b) O Cilindro de projeção é secante ao elipsóide de revolução, se-
gundo os meridianos, ao longo dos quais não ocorrem deformações de
projeção (K=1). As áreas entre os meridianos de secância sofrem reduções
de escala (K<1), enquanto as áreas fora dos meridianos de secância apre-
sentam escalas ampliadas (K>1). Desta forma permite-se que as distorções
de escala sejam distribuídas ao longo do fuso de 6° (Figura 1.15).

33
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 1.15. Cilindro secante a Terra.


(http://www.swisstopo.admin.ch/internet/swisstopo/en/home/products/maps ,
10/06/2008)

c) O elipsóide terrestre é dividido em 60 fusos parciais com 6° de


amplitude cada um. O coeficiente de redução máxima ocorre ao longo do
meridiano central do fuso (MC) e tem o valor constante K=0,9996.
d) O Equador é uma linha reta horizontal, o Meridiano Central é
uma linha reta vertical, os paralelos são curvas de concavidade voltada para
os pólos e os meridianos são curvas de concavidade voltadas para o MC.
e) A origem do sistema cartesiano de coordenadas é formada pelo
meridiano central do fuso (eixo Y) cujo valor é E=500.000,00 metros, e pelo
Equador (eixo X) que tem valor N=0,00 metros, para coordenadas no hemis-
fério norte e N= 10.000.000,00 metros, para coordenadas no hemisfério sul.
f) As constantes de E=500.000 m e N= 10.000.000 m chamadas,
respectivamente, de Falso Este e Falso Norte visam evitar coordenadas
negativas.
Todas estas características estão representadas nas Figuras 1.16
e 1.17.

34
Fundamentos de Cartografia

Figura 1.16. Fusos UTM e sobreposição de fusos nos pólos.

Em latitude, os fusos são limitados ao paralelo de 80 N e 80 S,


porque as deformações tornar-se muito acentuadas para latitudes superio-
res. As regiões polares devem ser representadas pela projeção Universal
Polar Estereográfica.
Como são 60 fusos para toda a Terra, cada fuso é numerado a par-
tir do antimeridiano de Greenwich para a direita. No Brasil estão os fusos de
numeração de 18 a 25, com ordem crescente do Acre para o Oceano Atlân-
tico (Figura 1.18).

35
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 1.17. Características do fuso UTM.

A simbologia adotada para as coordenadas UTM é: N - para as co-


ordenadas norte-sul; e E - para as coordenadas leste-oeste. Logo, uma
localidade qualquer será definida no sistema UTM pelo par de coordenadas
E e N.
Cada fuso UTM possui meridiano central com uma taxa de defor-
mação em escala o fator K = 0,9996 para pontos sobre o meridiano central
o qual recebe a designação de Ko. Para qualquer outro ponto dentro do
fuso o coeficiente de deformação linear é dado pela seguinte formulação:
B = cos(φ ) sen (λ − λ 0 ) K = K 0 /(1 − B 2 )1 / 2

36
Fundamentos de Cartografia

Onde: λ0 é o meridiano central do fuso UTM, λ é o meridiano do


lugar, Φ é a latitude do lugar, K0 é o coeficiente de deformação linear no
meridiano central e K é o coeficiente de deformação linear do lugar.
Os sistemas de coordenadas comumente usados para representar
os dados espaciais são: latitude/longitude e UTM (Universal Transversa de
Mercator).
O conhecimento acerca do fuso é fundamental para o posiciona-
mento correto das coordenadas do sistema UTM. O seu cálculo pode ser
efetuado facilmente através da seguinte fórmula:

Fuso = inteiro((180 ± λ )/6) + 1

Usa-se o sinal (+) para longitudes leste de Greenwich e (-) para


longitudes oeste de Greenwich.

Figura 1.18. Folhas na escala 1:1.000.000 que abrangem o Brasil.

37
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

1.5 Norte de quadricula, magnético e geográfico.


1B

Os meridianos do fuso ou zona da projeção formam um ângulo


com as linhas verticais da quadricula. Esse ângulo é nulo para o meridiano
central, mas vai aumentando com a diferença de longitude e também com a
latitude. Este ângulo foi chamado de convergência meridiana, a qual é
variável em relação à situação a cada ponto dentro da zona e representa,
para cada ponto, o ângulo formado entre as linhas que indicam o norte
geográfico e o norte da quadricula (Figura 1.19).

Figura 1.19. Tipos de Norte.


(http://www.vector.agr.br/rovane/faq/faq.htm ,12/08/2009)

Norte Geográfico: é a direção determinada pelo meridiano do pon-


to considerado.
Norte de Quadrícula: é a direção determinada por uma paralela
ao meridiano central no ponto considerado.
Norte Magnético: é a direção determinada pelo meridiano magné-
tico no ponto considerado. A agulha da bússola aponta para esta direção
quando está sobre o ponto.
O ângulo formado entre o norte geográfico e o norte magnético é
chamado de declinação magnética. O ângulo formado entre o norte geográ-
fico e o norte de quadrícula é chamado de convergência meridiana.

38
Fundamentos de Cartografia

1.6 Mapeamento Sistemático Nacional


12B

O sistema de referência utilizado para as folhas topográficas e ge-


ográficas é baseado no sistema da Carta do Brasil ao Milionésimo. A Carta
do Brasil ao Milionésimo faz parte da Carta Internacional do Mundo (CIM),
na escala 1:1.000.000, para a qual foi adotada a Projeção Cônica Conforme
de Lambert, até as latitudes de 84º N e 80º S. Para as regiões polares foi
utilizada a Projeção Estereográfica Polar. Como sabemos, o sistema todo
abrange um fuso de 6º de longitude por 4º de latitude. Sabemos também
que os fusos são numerados em ordem crescente a partir do antimeridiano
de Greenwich de 0 até 60 e são escalonados para o sul em SA, SB, SC, etc.
e para o norte em NA, NB, NC, etc. Assim sendo, uma carta do mundo ao
milionésimo será denominada, por exemplo, como SA-23, NB-22, etc.
Porém, a área abrangida por uma carta na escala de 1:1.000.000
oferece poucos detalhes da superfície. Como solução, para aumentar os
detalhes, as escalas das cartas são ampliadas, para as escalas de:
1:500.000, 1:250.000, 1:100.000, 1:50.000, 1:25.000, etc executadas pelo
método aerofotogramétrico, segundo uma articulação sistemática padrão
formando uma grande série cartográfica.. Ampliando-se a escala os graus
de arco abrangidos pela carta/folha são diminuídos
Os mapas sistemáticos até a escala de 1:25.000, são considerados
um pré-requisito para o desenvolvimento do país. No Brasil os principais
órgãos executores de mapeamento sistemático são o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística - IBGE e a Diretoria do Serviço Geográfico do Exer-
cito - DSG. As escalas e articulações das folhas oficiais do mapeamento
sistemático são mostradas no Quadro 02.

Quadro 02. Características das Cartas Topográficas.


Medidas da Folhas Contidas
Escala Área φ x λ Folha no na Carta ao Nomenclatura
Terreno (Km) Milionésimo
1.000.000 4° x 6° 444,48 x 666,72 1 -
500.00 2° x 4° 222,24 x 333,36 4 V, X, Y, ou Z
250.000 1° x 1,5° 111,12 x 166,68 16 A, B, C, ou D
100.000 30' x 30' 55,56 x 55,56 96 I,II,III,IV,V ou VI
50.000 15' x 15' 27,78 x 27,78 384 1 ,2,3 ou 4
25.000 7,5' x 7,5' 13,89 x 13,89 1.536 NE, NO, SE ou SO

39
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

A Figura 1.20 seguir mostra a articulação das folhas UTM para


Camobi desde a escala de 1:1.000.000 até a escala de 1:25.000.

Figura 1.20 Exemplo de articulação das folhas UTM. (Sebem, 2008).

1.7 Conversões entre sistemas de referência


13B

O registro de dados da superfície a partir do sistema de coordena-


da UTM é um processo relativamente simples, sendo, portanto o sistema
mais utilizado. No entanto, todos os dados devem ser registrados no mesmo
sistema de coordenadas, caso contrário não será possível a sobreposição
e/ou cruzamento dos mesmos por meio de um SIG. A relação existente

40
Fundamentos de Cartografia

entre os dois Data muito usuais no Brasil, o SAD69 e o WG84 está demons-
trada na Figura 1.21.

Figura 1.21. Paralelismo entre os eixos cartesianos dos Data SAD69 e


WGS84.

Desta forma, para que uma coordenada tomada em WGS84 seja


plotada sobre uma carta em SAD69, ou vice-versa, esta coordenada deve
sofrer uma conversão de Datum.
Na obtenção de coordenadas em outros sistemas a partir de
SAD69, utilizam-se os seguintes parâmetros de transição apresentados no
Quadro 03.

Quadro 03: Diferenças entre os Data. (IBGE, 2005)

Parâmetros / Sistemas (m) Córrego Alegre SIRGAS 2000 / WGS-84

∆X 138 -67,35
∆Y -164,4 3,88
∆Z -34 -38,22

Estes parâmetros devem ser computados junto às coordenadas


cartesianas X, Y e Z no momento da conversão. Processo que é executado
automaticamente nos programas de posicionamento por GPS. O usuário
deverá ficar atento para o valor correto dos parâmetros acima, sobre prejuí-
zo de um posicionamento incorreto com demonstra a Figura 1.22.

41
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 1.22. Erro de posicionamento. (http://www.esteio.com.br , 12/07/2008)

1.8 Uso de sistemas de coordenadas nas regiões polares


13B

A projeção UTM e seu sistema de coordenadas é utilizado entre as


latitudes 80° S e 84° N. Estes limites permitem o uso do sistema UTM na
quase totalidade das áreas continentais do hemisfério norte e na totalidade
das áreas continentais do hemisfério sul, com exceção da Antártida. Expor
detalhadamente os motivos desta diferença, além de extenso, seria tedioso
– geógrafos, geodesistas e cartógrafos discutiram bastante até adotarem
esta convenção que, como todas as convenções, mesmo tendo referências
técnicas, é, até certo ponto, arbitrária. Fica, porém, uma sugestão de fácil
realização: num globo terrestre de uso didático ou mesmo no Google Earth,
o leitor poderá observar que, no hemisfério norte, as terras continentais se
estendem até muito mais perto do respectivo pólo do que na corresponden-
te situação no hemisfério sul. É este o principal motivo.
Para as latitudes superiores, o que equivale a dizer regiões polares
extremas, usa-se a projeção UPS (Universal Polar Stereographic). A
projeção UPS pode ser descrita como um sistema de coordenadas retangu-
lares desenvolvido para uso nas regiões polares e que, na forma de expres-
são das coordenadas, se assemelha à projeção UTM. Num receptor GPS
de navegação configurado para indicação de coordenadas no formato
UTM/UPS, entre 80° S e 84° N a indicação será em coordenadas UTM.
Entre estas latitudes e os pólos, a indicação será em coordenadas UPS.
No sistema UPS, que é semelhante no Pólo Norte e no Pólo Sul, a
superfície de projeção é um plano perpendicular ao eixo de rotação da Terra
e os pólos são usados como origem das coordenadas. A fim de evitar o uso

42
Fundamentos de Cartografia

de coordenadas negativas, atribui-se, para a origem, o valor 2.000.000 mE


(East / Leste) e 2.000.000 mN (North / Norte). Conforme figura 1.23.

Figura 1.23. Esquematização da origem das coordenadas UPS.

Na projeção UPS, N e E são uma mera convenção cartográfica pa-


ra nomear os eixos. As duas projeções UPS estão centradas nos pólos e
apenas uma regra de memorização é suficiente para determinar a disposi-
ção dos eixos: nos dois pólos, o eixo E da Projeção UPS cresce na direção
do meridiano 90°. Com isso, a amarração dos eixos aos outros meridianos
fica completamente definida.

43
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Exatamente no Pólo Sul, a indicação de um receptor GPS configu-


rado para indicação em coordenadas UTM/UPS seria UPS, 2.000.000 mE e
2.000.000 mN. Configurado para coordenadas geográficas, indicaria
90°00’00” S para latitude (se for selecionada o formato de coordenadas ddd
mm ss.s – indicação de graus, minutos, segundos e décimos de segundo).
A indicação de longitude dependeria do modelo e do fabricante mas, de
qualquer forma, seria irrelevante (como todos os meridianos se encontram
no Pólo Sul e no Pólo Norte, qualquer valor de longitude estaria correto).
Cabe ressaltar que a distância equivalente a um arco de 1° de lati-
tude é praticamente constante, mas que a distância equivalente a 1° de
longitude diminui a medida que aumentam as latitudes. Isto afeta o tamanho
de diversas cartas topográficas. Por exemplo, cartas em escala 1:50.000
(cobertura 15’ X 15’ no Mapeamento Sistemático Terrestre Brasileiro) que
representam áreas próximas ao Equador são praticamente “quadradas” ,
enquanto que cartas de latitudes maiores se parecem com retângulos com a
base mais estreita que a altura. Em áreas em latitudes bastante elevadas, é
comum a existência de cartas em escala 1:50.000 e na projeção UTM que
cubram, por exemplo, 15’ X 30’, 15’ X 45’ e até mesmo 15’ X 1°00’ – em
geral, dentro de um mesmo fuso UTM. Obviamente, em outras escalas
também pode ocorrer a ampliação da cobertura longitudinal.

1.9 Precisão e acurácia


13B

Para muitas pessoas, acurácia e precisão significam a mesma coi-


sa. Para alguém envolvido em medições estes dois termos têm significados
bem diferentes. Medições por sua natureza, são inexatas, a dimensão desta
falta de exatidão é o erro. Isto é diferente do erro sistemático, o qual é a
introdução de um erro que pode ser rastreado até sua fonte, podendo ser
detectado, quantificado e corrigido. Um erro sistemático é uma espécie de
engano na técnica de medição, como ler de maneira errada uma escala ou
ajustar erroneamente o aparelho que será utilizado para tomar as medidas.
Erros são inerentes ao processo de medição, e incorporam coisas como a
precisão dos instrumentos de medida, seu correto ajustamento, e uso ade-
quado do equipamento.
Uma analogia utilizada para explicar as diferenças entre precisão e
acurácia, é a de um atirador e suas tentativas em acertar o centro do alvo
(Figura 1.24).

44
Fundamentos de Cartografia

Figura 1.24. Precisão e acurácia. Adaptada de


(http://sampa.if.usp.br/~suaide/LabFlex/blog/files/acuracia.jpg , 30/05/2009)

1.9.1 Precisão
40B

Precisão é o grau de refinamento da execução de uma operação,


ou o grau de perfeição dos instrumentos e métodos utilizados para obter os
resultados. Uma indicação da uniformidade ou reprodutibilidade dos resulta-
dos. Precisão está relacionada com a qualidade de uma operação na qual
um resultado é obtido, diferindo da acurácia, que por sua vez, está relacio-
nada com a qualidade do resultado.
Na Figura 1.23, o alvo n°1 demonstra que o atirador obtém resulta-
dos muito ruins na tentativa de acertar o centro do alvo, não havendo qual-
quer tipo de uniformidade na distribuição de seus resultados. O atirador é
impreciso e nada acurado.
Já no segundo alvo, o atirador consegue uniformidade, no entanto,
sem acurácia. Esta uniformidade pode ter sido alcançada utilizando-se uma
luneta, ou um estabilizador para a arma. Com o conhecimento adquirido
observando os resultados, o atirador poderá aplicar um ajuste sistemático,
do tipo, apontar um pouco para o lado ou ajustar o equipamento (luneta),

45
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

buscando alcançar resultados mais acurados, além da já alcançada preci-


são.

1.9.2 Acurácia
40B

É o grau de conformidade com uma verdade padrão. Acurácia está


relacionada com a qualidade dos resultados, sendo, portanto, diferente de
precisão como já exposto acima. No alvo n°3, o atirador aproxima-se do
objetivo, no entanto sem grande precisão. Talvez tenha de trocar o equipa-
mento ou de metodologia utilizada, se o objetivo for alcançar uma precisão
ainda maior, uma vez que através desta metodologia utilizada até então, foi
alcançado o limite da técnica ou do equipamento.
No alvo n°4 estão representados resultados associados a acurácia
e precisão. Diferente do alvo n°2, pois o atirador deve ter feito algum tipo de
ajuste sistemático após avaliar a posição dos tiros precisos, mas sem acu-
rácia. A precisão não melhorou muito, mas a conformidade com um valor
verdadeiro, aumentou bastante.

1.10 Novos avanços no mapeamento da superfície terrestre


13B

Em março de 2009, o satélite GOCE (Gravity field and steady-state


Ocean Circulation Explorer) desenvolvido pela Agência Espacial Europeia
(ESA) foi colocado numa órbita baixa da Terra, quase heliossíncrona, por
um lançador Rockot, a partir do cosmódromo de Plesetsk , no norte da Rús-
sia.
O GOCE é o primeiro de uma nova família de satélites da ESA
concebidos para estudar o nosso planeta e o seu ambiente, a fim de melho-
rar o conhecimento e compreensão dos processos do sistema da Terra e a
sua evolução, para que possamos enfrentar os desafios das alterações
climáticas globais. Em particular, o GOCE irá medir as diferenças de minu-
tos no campo de gravidade da Terra a nível global.
Durante 24 meses, o satélite irá recolher dados de gravidade tridi-
mensionais em todo o planeta. Os dados brutos serão processados em terra
para produzir o mapa mais preciso do campo gravitacional da Terra e aper-
feiçoar o geóide: a verdadeira forma de referência do nosso planeta. O
conhecimento preciso do geóide, que pode ser considerado como a superfí-
cie de um oceano global ideal em repouso, terá um papel muito importante
em estudos futuros do nosso planeta, dos oceanos e da atmosfera. Servirá

46
Fundamentos de Cartografia

de modelo de referência para medir e modelar as alterações do nível do


mar, a circulação dos oceanos e a dinâmica das calotas de gelo polares.
Os dados recolhidos pelo GOCE irão fornecer uma precisão de 1 a
2 cm na altitude do geóide e 1 mGal para a detecção de anomalias do cam-
po de gravidade (as montanhas, por exemplo, costumam provocar variações
gravitacionais locais que vão desde dezenas de miligal a aproximadamente
uma centena). A resolução espacial será melhorada de várias centenas ou
milhares de quilômetros em missões anteriores para 100 km com o GOCE.
A cartografia do campo de gravidade da Terra com esta precisão
será útil para todas as áreas das ciências da Terra.
Para a Geodesia, irá proporcionar um modelo de referência unifi-
cado para medições de altura em todo o mundo, eliminando as descontinui-
dades entre os sistemas de altura para as diversas massas terrestres, paí-
ses e continentes. O mapa geoidal preciso permitirá uma melhor determina-
ção orbital para satélites que monitorizam o manto de gelo e, assim, uma
maior precisão das medições.
Para a Geofísica, combinando os resultados do GOCE com os da-
dos do magnetismo, da Topografia e da Sismologia, irá ajudar a produzir
mapas detalhados em 3D das variações de densidade na crosta terrestre e
no manto superior. Este será uma importante contribuição para a melhoria
de toda a modelagem de bacias sedimentares, fendas, movimentos tectôni-
cos e alterações verticais do mar/terra, melhorando a nossa compreensão
dos processos responsáveis pelas catástrofes naturais. A Figura 1.25 a
seguir mostra uma ilustração do satélite GOCE.

Figura 1.25. Satélite GOCE. (http://www.mundogeo.com.br , 12/05/2009)

47
2 INTRODUÇÃO A TECNOLOGIA GNSS
2B

2.1 O Conceito GNSS


16B

O terno GNSS (Global Navigation Satellite System) surgiu em 1991


e inicialmente era chamado de GNSS-1 englobando os sistemas GPS e
GLONASS, posteriormente passou a ser designado de GNSS-2 quando
agregou o sistema Galileo. Um Sistema Global de Navegação por Satélite é
formado por uma constelação de satélites com cobertura global que envia
sinais de posicionamento e tempo para usuários localizados em solo, aero-
naves, ou transporte marítimo. Há vários sistemas GNSS como o GPS (dos
EUA), GLONASS (da Rússia), o Galileo (da Europa) e COMPASS (China),
sendo que, os dois últimos sistemas encontram-se em implantação.
A constelação de satélites é distribuída de tal forma que pode pro-
ver seus serviços em todo o mundo e com um número de satélites que
permita o fornecimento de serviços de alta qualidade.

2.2 Como o GNSS funciona


17B

Os satélites da constelação são equipados com um relógio atômico


(que é muito preciso na ordem de nano segundos). Os satélites emitem um
sinal de tempo para os receptores, que calculam o tempo passado desde
quando o sinal foi enviado pelo satélite até quando ele foi recebido. Os
satélites também enviam informações sobre suas posições quando eles
transmitiram o registro de tempo. O receptor é capaz de calcular sua locali-
zação usando o sinal de três satélites e a posição de um deles. Se o sinal
de um quarto satélite é usado, o receptor pode calcular sua localização sem
a necessidade de um relógio atômico.
A Figura 2.1 mostra este conceito; onde um receptor automotivo
calcula sua posição corrente (latitude, longitude e altitude).

2.3 Aplicações do GNSS


18B

Ser capaz de calcular nossa posição corrente nos dá a possibilida-


de de aplicar este conhecimento de muitas formas. Esta informação é usada
para navegação de carros, aeronaves e embarcações. Nós também pode-
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

mos usá-la para propósitos de mapeamento, tanto pela obtenção direta em


campo como pelo processamento de imagens de satélites ou aéreas que
devem ser georreferenciadas usando pontos de controle. Nós também po-
demos usar informação localizacional para praticar esportes como caminha-
da ou ciclismo, ou ainda em missões de resgate. Recentemente, o GNSS
tem sido usado para agricultura de precisão, para aperfeiçoar o rendimento
de safras. Há mais aplicações onde o GNSS pode ser usado, como será
apresentado mais adiante.

Figura 2.1. Recebendo Sinais de Satélites para calcular a posição corrente.


(http://www.defenseindustrydaily.com/images/SPACSatelliteGalileoSystemConceptlg.j
pg , 30/05/2009)

2.4 Sistemas GNSS


19B

Como a necessidade pelo GNSS aumenta diferentes nações co-


meçaram a trabalhar no desenvolvimento de seus próprios sistemas. Este
desenvolvimento iniciou com uma orientação militar como no caso do
NAVSTAR-GPS, sistema dos Estados Unidos da América que passou a ser
completamente operacional em 1994. O governo russo completou a conste-
lação GLONASS em 1995, mas este sistema precisa atualmente de repa-
ros, mas está programado para estar totalmente operacional e com cobertu-
ra global em 2010. A União Européia está trabalhando no desenvolvimento
do sistema GALILEO, que está previsto para estar operacional em 2013.
Outros países também preparam seus próprios sistemas de nave-
gação por satélite, como é o caso, da China com o denominado COMPASS
50
Introdução a Tecnologia GNSS

que já lançou seus primeiros satélites e pretende lançar mais 10 nos próxi-
mos dois anos. Também a Índia que possui grande tradição no lançamento
de satélites imagiadores, anunciou recentemente que está desenvolvendo o
seu próprio sistema de navegação por satélites e deverá lançar 7 satélites
nos próximos seis anos, sendo que o primeiro satélite da futura constelação
deverá ser enviado ao espaço em 2009.

2.4.1 GPS
41B

A constelação de satélites GPS iniciou sua operação em Dezembro


de 1993. Com uma configuração de 24 satélites organizados em 6 planos
orbitais e mais 3 satélites de reserva, os quais possuem uma inclinação de
55 graus e uma altitude de 22.200 Km, que fornecem serviços em todo o
mundo. Os satélites GPS transmitem informações em duas freqüências
denominadas L1, a 1.575,42 Mhz, e L2, a 1.227,6 Mhz, usando o protocolo
de comunicação Code Division Multiple Access (CDMA). A informação
transmitida pelos satélites é usada para calcular a posição de receptores no
momento da transmissão do sinal. O GPS fornece dois serviços, o Serviço
de Posição Padrão (Standard Positioning Service - SPS) e o Serviço de
Posicionamento Preciso (Precise Positioning Service - PPS). O SPS fornece
uma precisão de 100 m horizontal e 156 m vertical (estas precisões referem-
se a SA ativada), e este é o serviço que pode ser usado gratuitamente. O
PPS fornece uma precisão de 22 m horizontal e 27,7 m vertical, e foi proje-
tado para serviços militares. É por isso que ele também tem um sistema
Anti-Imitação (AntiSpoofing - AS) que replica o código de distância até o
satélite, e um sistema de Disponibilidade Seletiva (Selective Availability -
SA) que nega a precisão total do sistema para usuários do serviço SPS.
Estes sistemas de proteção são removidos para usuários do serviço PPS
através de criptografia. O plano de modernização para o Sistema GPS inclu-
iu o novo código civil L2C (mais penetrante) e a terceira portadora (L5) que
será usada livremente pelos usuários.
O novo código L2C já está disponível 6 satélites, e permitirá melhor
acurácia nos posicionamentos dentro de construções e, principalmente, em
áreas arborizadas. Sendo mais robusto e com mais potência que o código
C/A, que foi concebido na década de 70, será essencial para o uso em
telefones celulares (E911) indoor GPS, obtendo melhor qualidade nas me-
didas de pseudodistâncias e poderá ser rastreado em ângulos de elevação
próximos de zero. Além de ter uma potência mais baixa em relação aos

51
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

demais sinais, o que oferece vantagens nas aplicações, principalmente para


os operadores que utilizam baterias.
Foi lançado no dia 24 de março de 2009 o satélite GPS denomina-
do IIR-20 (M), o qual serve de referência, pois será o primeiro satélite a
transmitir a nova freqüência L5, e desta forma, dará acesso prioritário sobre
a mesma ao Sistema GPS. A nova portadora L5 (1176,45 MHz) foi especifi-
cada para ser melhor que a L1 em várias formas: mais potente (6 dB); mais
resistente à interferência; tem uma componente desprovida de dados, o que
melhora a capacidade de rastreio; melhor acurácia, mesmo com a presença
de multicaminho; está localizada numa porção do spectrum reservado para
os serviços aeronáuticos de radio-navegação (ARNS), sendo essencial para
a aviação. Com a L5 teremos a possibilidade de montar combinações que
possibilitarão lidar muito melhor com ambiguidade e com os efeitos da io-
nosfera. Isso quer dizer resolver ambiguidades mais rápido, e sob condições
mais difíceis.
Atualmente o Sistema GPS conta com 31 SVs (Space Vehicle) o-
peracionais em órbita. A Figura 2.2 mostra um satélite GPS.

Figura 2.2. Concepção Artística de um Satélite GPS.


(http://wiki.sj.cefetsc.edu.br/wiki/index.php , 12/08/2009)

52
Introdução a Tecnologia GNSS

2.4.2 GLONASS
42B

O GNSS criado pela Rússia é o GLONASS, que foi projetado para


ter 24 satélites (incluindo 3 satélites de reserva) distribuídos em 3 planos
orbitais separados em 110° com 8 satélites por plano. O GLONASS esteve
perto de sua configuração final por volta da metade dos anos 90, mas devi-
do a problemas econômicos e de manutenção nem todos os satélites conti-
nuaram trabalhando. Há atualmente um programa de modernização que
será finalizado por volta de 2012. O GLONASS foi projetado para uso mili-
tar, mas também tem um serviço civil gratuito. Ele usa 2 bandas L e usará 3
no futuro. O GLONASS transmite informações usando o protocolo Fre-
quency Division Code Multiple Access (FDMA), também chamado de FYS.
Trabalha com dois níveis de precisão, um para uso militar com aproxima-
damente 20 m horizontal e 34 m vertical, e outro para uso civil com precisão
de 100 m horizontal e 150 m vertical. O serviço militar é também protegido
por um sistema antispoofíng.
A constelação GLONASS conta hoje com 20 satélites, sendo 19
em operação e um em fase de manutenção. O grupo de veículos provê
serviços ininterruptos de navegação em todo o território russo. A partir dos
lançamentos de novos satélites em 2009 e 2010, o sistema contará com o
número mínimo de 24 veículos para oferecer serviços em todo o globo. Na
Figura 2.3. podemos ver um satélite GLONASS.

Figura 2.3. Um Satélite GLONASS.


(http://www.spacetoday.org/Satellites/GLONASS.html , 30/05/2009)

53
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

2.4.3 GALILEO
43B

O GALILEO é um Sistema Europeu de Navegação por Satélites


que está em construção e está estimado para ser finalizado em 2013, mas
seu cronograma de implantação vem sofrendo constantes atrasos. Teve o
primeiro satélite do sistema lançado em 18 de dezembro de 2005, o qual foi
chamado de GIOVE A, sendo posteriormente lançado o GIOVE B. O seg-
mento espacial está planejado com a seguinte configuração 30 satélites
(sendo 27 em uso e 3 de reserva), distribuídos em três planos orbitais de
56° e altitude de operação em 23.616 Km. O GALILEO vai fornecer 5 servi-
ços: Serviço Aberto (Open Service - OS), Segurança de Vida (Safety Of Life
- SOL), Serviço Comercial, Serviço Público Regulado (Public Regulated
Service - PRS), e Busca e Resgate (Search And Rescue - SAR).
A Figura 2.4 mostra uma concepção artística do satélite GSTB-
V2/A (ou GIOVE-A) em órbita, que foi o primeiro satélite lançado da conste-
lação GALILEO.

Figura 2.4. Uma Concepção Artística do GSTB-V2/A em órbita.


(http://www.esa.int/esaCP/SEM10V638FE_index_1.html , 12/08/2009)

2.4.4 COMPASS
43B

A China também está desenvolvendo seu próprio sistema global de


navegação por satélites, o denominado Beidou (ou Compass em inglês)
teve seu primeiro satélite enviado ao espaço em abril de 2007, sendo que,
em 15 de abril de 2009 foi lançado o segundo veículo. Para que, o sistema

54
Introdução a Tecnologia GNSS

esteja completamente operacional são necessários 30 satélites, o que está


previsto para ocorrer em 2015.

2.5 Sistemas de Aumentação


20B

Algumas aplicações requerem informações mais precisas do que


as fornecidas pelos sistemas GNSS atuais. A forma com que se consegue
isso é pela implementação de sistemas de aumentação que não apenas
incrementam a precisão, mas também a integridade e disponibilidade. Isto é
feito com a incorporação de estações base cujas posições são conhecidas
com precisão de tal forma que os erros dos satélites podem ser calculados e
corrigidos. Há Sistemas de Aumentação Baseados em Solo (Ground Based
Augmentation Systems - GBAS) como Sistema de Áreas Locais de Aumen-
tação (Local Área Augmentation System - LAAS) ou GPS Diferencial (Diffe-
rential GPS - DGPS), e também Sistemas de Aumentação Baseados em
Satélites (Satellite Based Augmentation Systems - SBAS). Dentre os siste-
mas SBAS, há os Sistemas de Aumentação de Grande Alcance de Área
(Wide Área Augmentation System - WAAS) nos EUA, o Sistema de Aumen-
tação de Satélite Multi-funcional (Multi-functional Satellite Augmentation
System - MSAS) no Japão e o Serviço de Cobertura para Navegação Geo-
estacionário Europeu (European Geostationary Navigation Overlay Service -
EGNOS).
Neste capítulo, apresentamos uma breve descrição do EGNOS.
Uma das mais importantes aplicações na qual um sistema de aumentação é
necessário é a aviação civil, particularmente durante a fase de aproximação
do vôo (pouso)
Os sistemas atuais de aumentação são mostrados na Figura 2.5.

55
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 2.5. Cobertura Atual dos Sistemas de Aumentação.


(http://www.netmap.de/domain/192.168.2.200/oe-nav.com/WAAS/waas%20cover.jpg ,
30/05/2009)

2.5.1 Sistema de Cobertura para Navegação Geoestacionário


4B

Europeu - EGNOS

EGNOS é um projeto em conjunto da ESA, da Comissão Européia


e EUROCONTROL (a Organização Européia para a segurança da Navega-
ção Aérea). O EGNOS é projetado para adequar-se aos requisitos extre-
mamente desafiantes do pouso de aeronaves, então ele também é adequa-
do para a maioria dos requisitos dos usuários. O EGNOS é o sistema de
aumentação baseado em satélites da Europa. Foi criado para incrementar o
sinal dos sistemas GPS (fornecido pelos Estados Unidos) e do GLONASS
(fornecido pela Rússia) com o objetivo de fornecer precisão diferencial e
informações sobre integridade, de tal forma que o novo sinal pode ser usado
para aplicações críticas como pouso de aeronaves, que requerem grande
precisão.

2.6 Aplicações GNSS


21B

2.6.1 Agricultura e Pesca


45B

Tomar conta da segurança da produção de alimento é uma grande


prioridade para evitar doenças como a Encefalopatia Bovina Espongiforme
(Bovine Spongiform Encephalopathy - BSE), também conhecida como a
56
Introdução a Tecnologia GNSS

doença da "Vaca Louca", a doença do "Pé-e-boca", ou produtos que têm


sido modificados geneticamente. É por isto que medidas de controle são
tomadas com o objetivo de aumentar a qualidade da produção de comida e
ao mesmo tempo conservar o meio-ambiente. Por
outro lado, no setor de pesca, há um grande territó-
rio a ser protegido de práticas ilegais, para a im-
plementação de regras internacionais, e finalmen-
te, é necessário fornecer uma navegação segura
para qualquer tipo de embarcação. Nesta seção,
mencionamos alguns exemplos de aplicações nos
setores de agricultura e pesca.

2.6.2 Pulverização Química


46B

Como sabemos, produtos


químicos são usados para incrementar
a produtividade, através do controle
de pestes e infestação de ervas-
daninhas em safras. O problema é
que estes químicos contaminam nos-
so ambiente e algumas vezes são
lançados em áreas onde não são real-
mente necessários, com um grande impacto econômico. Uma forma como o
GNSS pode ajudar é com o posicionamento preciso de aeronaves, de forma
que o piloto possa pulverizar herbicidas, inseticidas ou fertilizantes nos
lugares corretos e com quantidades apropriadas. Este controle automático
vai permitir uma distribuição mais homogênea de produtos, que vai resultar
em uma redução da quantidade necessária. Para esta aplicação, um posi-
cionamento preciso de menos do que 1 metro é requerido, e uma precisão
de 1 centímetro seria a ideal. Assim, se conectarmos um receptor GNSS a
um veículo de pulverização e a uma base de dados, provavelmente também
a um Sistema de Informações Geográficas (SIG) e também usar dados de
campo, poderemos controlar o processo de pulverização.

57
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

2.6.3 Monitoração de Rendimento de Safras


47B

Esta é outra importante aplicação


na qual necessitamos de um efetivo geren-
ciamento de recursos. Fazendeiros podem
identificar suas safras como áreas com
maior ou menor rendimento nos seus cam-
pos, então eles podem variar a aplicação de
produtos químicos com o objetivo de au-
mentar o rendimento com o menor impacto possível no ambiente e menor
custo. Para isso, é necessário um monitoramento contínuo de parcelas de
terra. Receptores GNSS podem ser instalados em colhedeiras, de forma
que elas possam ser rastreadas em campo, escolher áreas específicas para
tomar como exemplos, registrar os dados e produzir mapas de rendimento
(a partir da análise dos dados).

2.6.4 Extensão de Safras e Rastreamento de Gado


48B

Organizações podem fornecer suporte a fazendeiros que precisam


saber qual terra agriculturável está em safra e sua área exata. Estas infor-
mações são necessárias para fixar valores ou para pagar um seguro em
caso de um evento natural que destrua a safra. Assim, medidas precisas
das parcelas agrícolas são necessárias. Fazendeiros geralmente usam
documentos cadastrais históricos mostrando as linhas da propriedade para
declarar sua área plantada, mas as parcelas atuais mudam a cada estação
e a informação não é precisa. É aqui que o GNSS poderia ser usado para
obter uma área precisa de safras. As medidas obtidas com o GNSS poderi-
am ser integradas a um GIS, assim a informação poderia ser re-utilizada
para diferentes propósitos.
Fazendeiros poderiam também ser
capazes de rastrear o gado através do uso
de transponders que poderiam ser ligados a
um sistema que os monitora (tipicamente
isto é feito com um mapa da área que mos-
tra a posição dos alvos).

Isto pode ser feito para o gado, mas também para qualquer tipo de
produto, em qualquer estágio deste produto, como produção, preparação,
transporte e venda.

58
Introdução a Tecnologia GNSS

2.6.5 Navegação e Monitoramento de Barcos de Pesca


49B

Uma navegação segura de


barcos de pesca pode ser alcançada
pelo uso de um sistema de navega-
ção eletrônica, para saber a área
onde estão localizados, combinando
os dados de uma carta de navega-
ção e sua posição obtida com preci-
são (isto pode ser obtido com o
GNSS).
Barcos de pesca também precisam de transmissão periódica de
suas posições (posição, distância e denominação) para os centros de con-
trole, para mantê-los em segurança e também para verificar que eles não
estejam localizados em uma zona proibida. Se leis internacionais não estão
sendo seguidas, há multas caras e até mesmo a suspensão de direitos de
pesca.

2.6.6 Engenharia Civil


50B

A Engenharia Civil é uma á-


rea que tem requisitos de grande
precisão e confiabilidade, onde o
GNSS pode ser usado em combina-
ção com mapas digitais de diferentes
fontes, desde o planejamento de
estruturas até a manutenção e ma-
peamento de construções existentes.
Aqui mostramos alguns dos usos do
GNSS na Engenharia Civil.

2.6.7 Monitoramento de Estruturas


51B

Receptores GNSS podem ser usados para detectar qualquer mo-


vimento em uma estrutura como um edifício, uma ponte, ou um monumento
histórico. Também podem ser usados para medir os níveis de rios e lagos. A
transmissão desses eventos para um centro de monitoramento vai ajudar a
detecção em tempo real de qualquer movimento. Por exemplo, muitas pon-

59
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

pontes têm uma carga maior do que o


especificado em seus parâmetros de pro-
jeto, e seu monitoramento é necessário. O
uso da tecnologia de receptores de satéli-
tes e softwares de processamento em
tempo real são ferramentas com bom
custo-benefício, que podem ser usadas
para automatizar os sistemas de monito-
ramento.

2.6.8 Orientação de Máquinas


52B

Receptores GNSS junto com técnicas ci-


nemáticas em tempo real podem também ser
usadas para guiar maquinário pesado em vários
tipos de obras. Também é de grande interesse a
orientação automática de máquinas para traba-
lhar em ambientes perigosos.

2.6.9 Logística e Gerenciamento de Canteiros de Obras


53B

Para locais com grandes cons-


truções, as rotas de acesso e as áreas
de trabalho nas estruturas mudam cons-
tantemente, ao mesmo tempo em que
muitos veículos estão se movendo. Es-
tas atividades devem ser eficientemente
gerenciadas com o objetivo de evitar
confusões que poderiam ser perigosas e
resultar em perda de tempo; assim, o GNSS poderia ser usado para forne-
cer informações altamente precisas e contínuas para o canteiro de obras.

60
Introdução a Tecnologia GNSS

2.6.10 Manutenção da Infraestrutura de Rodovias e Ferrovias


54B

A grande rede de rodovias


e ferrovias do mundo precisa de
engenheiros civis para fazer sua
manutenção. Estas rodovias e
ferrovias devem ser monitoradas
para a percepção de qualquer
mudança na superfície ou nas
cargas. O GNSS vai ajudar com
medidas precisas como inclinação
ou alinhamentos, junto com infor-
mações de data e posição.
O processamento desta informação poderia ser feito off-line, evi-
tando interrupções de tráfego, e poderiam ser originadas por veículos de
manutenção trabalhando para obter informações fornecidas automaticamen-
te pela tecnologia GNSS.

2.6.11 Energia
5B

Aplicações em energia envol-


vem projeto, construção, e operação
de grandes redes. Por exemplo, a
eletricidade deve ser distribuída ao
longo de grandes distâncias e a rede
dedicada a isto deve ser continuamen-
te monitorada com o objetivo de de-
tectar qualquer quebra de linha e
fazendo os reparos o mais breve pos-
sível. Uma abordagem similar é se-
guida nos setores de óleo e gás, onde
diferentes tipos de riscos devem ser
monitorados para dar o alerta e para
aumentar a segurança em caso de
trabalho em lugares perigosos (por
exemplo, riscos geo-morfológicos e
geofísicos).

61
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

2.6.12 Sincronização de Redes para Geração e Distribuição


56B

de Energia

Há atualmente um cresci-
mento necessário para integrar redes
de distribuição de energia, o qual
enfatiza a economia de energia e
eficiência, e requer sincronização
precisa e acurada. O GNSS pode ser
usado para sincronização e permite
um transporte eficiente de força.
Como um exemplo desta aplicação nós temos que medidas de per-
turbações devem ser registradas no tempo com erros de menos do que
0,001 segundos (o que pode ser feito com o GNSS). Porém, energia elétrica
não é facilmente estocada e quando aparece um erro de funcionamento,
uma onda de corrente ou voltagem se propaga ao longo das linhas, danifi-
cando equipamentos e causando longas interrupções de serviço. Uma indi-
cação remota de metros poderia poupar custos. Outra aplicação onde o
registro preciso de tempo de eventos é necessário é o rastreamento da
origem de problemas, de forma que uma ação corretiva possa ser tomada.

2.6.13 Mapeamento de Infra-estrutura


57B

Um sistema de mapeamento
eletrônico poderia beneficiar a opera-
ção de uma instalação elétrica, porque
poderia guardar localizações precisas
de pólos de produção, transformado-
res, ou até mesmo consumidores,
onde a precisão poderia ser alcançada
usando o GNSS. Com esta ferramenta
de mapeamento, uma falha na infra-
estrutura poderia se identificada imedi-
atamente, serviços de manutenção po-
deriam ser planejados, e tempo poderia ser economizado. O mesmo tipo de
aplicação pode ser usado para água, desperdício de água, e instalações de
gás.

62
Introdução a Tecnologia GNSS

2.6.14 Meio-Ambiente
58B

O sistema GNSS vai também


ser usado para proteger o meio-
ambiente. Pode ser usado para rastre-
ar poluentes, cargas perigosas e ice-
bergs, mapeamento dos oceanos e da
criosfera, e estudo de marés, correntes
e nível dos mares. Também será usa-
do para monitorar a atmosfera, vapor
de água para previsão do tempo e
estudos climáticos, e a ionosfera para
comunicações por rádio, ciência espa-
cial e também previsão de terremotos.
Na natureza, pode ser usado para rastrear animais selvagens para tornar
possível sua preservação.

2.6.15 Monitoramento Ambiental


59B

O sistema GNSS tem mui-


tas aplicações para o monitoramento
ambiental. Conhecendo e estudando
os sinais da constelação de satélites
disponível no sistema GNSS, pode-
mos determinar com precisão perfis
atmosféricos sobre grandes áreas,
incluindo densidade, pressão, umi-
dade e padrões de vento. Medidas
contínuas de parâmetros atmosféri-
cos vão ajudar na previsão do tempo
e no monitoramento do clima. Tam-
bém será possível fazer estudos dos
mares e oceanos, incluindo mapea-
mento de correntes e marés com
bóias flutuantes.
Podemos também estudar calotas de gelo e icebergs. Estudos têm
sido feitos para rastrear o derretimento do gelo causado pela erupção de um
vulcão sob a placa de gelo. Dados como estes podem ajudar a prever o

63
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

movimento do gelo e da água. A sistematização do GNSS pode também ser


usada em vulcanologia, para estudar movimentos tectônicos e prever terre-
motos.

2.6.16 Ciências Naturais


60B

Pode ser usado em biologia


e proteção animal, pois permitirá o
rastreio contínuo de animais selva-
gens. Um pequeno receptor pode ser
preso a animais protegidos, para
seguir seus movimentos e a migra-
ção de espécies que possam estar
em perigo. Vai ajudar a monitorar,
estudar o comportamento, e preser-
var habitats.

2.6.17 Proteção de Recursos Marinhos


61B

Também pode ser usado para


pesquisa relacionada a recursos mari-
nhos. Por exemplo, pode ser aplicado
em oceanologia, hidrografia, e ecologia
marinha. Uma aplicação seria o estudo
de estoques de peixes, onde dados
poderiam ser coletados (mapeados) para
ajudar no gerenciamento de pescarias,
aumentando o rendimento, e melhoran-
do a sustentabilidade. Áreas com restri-
ções à pesca poderiam também ser
monitoradas, assim espécies protegidas
não estariam em perigo, até mesmo
estas áreas a serem protegidas poderi-
am ser identificadas com a coleta de
dados pela comunidade científica. Aqui,
o sistema GNSS junto com a coleta de dados e técnicas de análise de da-
dos vai contribuir para uma abordagem harmonizada para a avaliação de
estoques globais.

64
Introdução a Tecnologia GNSS

2.6.18 Segurança Ambiental


62B

Há também aplicações pa-


ra proteger o ambiente e fazer
nossas vidas mais seguras, de uma
forma mais efetiva. Um exemplo
seria o gerenciamento do transpor-
te de óleo, onde os responsáveis
por um vazamento de óleo (aciden-
tal ou intencional) poderiam ser fa-
cilmente identificados. Da mesma forma, um transporte seguro de carga
nuclear ou qualquer outro material perigoso vai aumentar a segurança das
pessoas e do ambiente.

2.6.19 Seguros
63B

Nesta aplicação, os serviços do


GNSS vão permitir a inovação em termos de
condições de política. Pode ser usado efeti-
vamente para controlar e monitorar bens
valiosos como o caso de ouro, dinheiro, ou
qualquer outro item segurado. Estes bens
podem estar mais seguros se estiverem
continuamente rastreados, com o benefício
direto para a companhia seguradora e os consumidores. O GNSS vai forne-
cer um suporte legal para o setor de seguros e ao mesmo tempo disponibili-
zar um número de novos serviços (por exemplo, para seguros de carros e
imóveis).

2.6.20 Telecomunicações
64B

Serviços de comunicação, combinados com sistemas de localiza-


ção, têm um grande número de aplicações em posicionamento, busca por
endereços, informações sobre tráfego em tempo real, entre outras.

65
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

2.6.21 Localização de Telefones Móveis


65B

Há duas razões principais para


localizar uma chamada. A primeira para
chamadas de emergência (E-l 12 na Euro-
pa e E-911 nos EUA) que têm uma nova
legislação em alguns países para aumen-
tar a eficiência de serviços de emergência
para os cidadãos com a resposta precisa e
rápida a chamados de socorro. A segunda,
para disponibilizar novos serviços baseados na localização dos consumido-
res. A localização de uma chamada pode ser conseguida (tecnicamente)
pela integração de um receptor GNSS em um telefone celular (ou solução
de mão) ou pelo uso de urna rede de comunicação. Uma vez que a localiza-
ção da chamada é conhecida, uma série de serviços, conhecidos como
Serviços Baseados em Localização (Location Based Services - LBS) pode
ser oferecida.

2.6.22 Rede de Comunicações


6B

À medida que novas tecnologias digi-


tais fornecem mais serviços de tempo (vídeo
em tempo real, vídeo conferência, transações
encriptadas banco-a-banco) é necessária uma
arquitetura em rede confiável (GSM, UMTS,
Internet, ATM). O aumento do número de con-
sumidores desses serviços faz com que os
operadores aumentem a qualidade, confiabili-
dade, e amplitude dos serviços. É por isso que
há a necessidade de resolver todos os problemas de tempo e sincronização
em redes, relacionados com estes serviços. O GNSS vai ser usado para
fornecer informações altamente precisas sobre tempo e freqüência, sem a
necessidade de investimento em caros relógios atômicos.

66
Introdução a Tecnologia GNSS

2.6.23 Aviação
67B

A navegação por satélites tem


sido durante muito tempo um meio alter-
nativo de localização. O GPS tem sido
usado como um serviço de posiciona-
mento complementar em diferentes
fases de vôo, tanto em lazer como em
transporte comercial. No sistema Galileo
é utilizado como um recurso o EGNOS
que permite ajudar a refinar e melhorar a
navegação por satélites e auxiliar pilotos
em todas as fases de vôo, além de prover a segurança requerida para esse
tipo de aplicação.
A disponibilidade do Galileo e do GPS (sendo eles compatíveis) vai
fornecer robustez (através da redundância e alta confiabilidade do serviço)
para todas as fases de vôo.
É previsível que a melhora na precisão e a integridade do serviço
vai permitir a redução na separação entre aeronaves no congestionado
espaço aéreo, com o objetivo de acompanhar o crescimento do tráfego, o
qual tem crescido aproximadamente 4% por ano em todo o mundo nos anos
recentes e com uma tendência de dobrar o número de vôos em 20 anos. O
GNSS vai contribuir para fornecer sistemas de posicionamento confiáveis e
precisos para fazer isso possível.

2.6.24 Operações em Portos


68B

Entre as mais difíceis mano-


bras de barcos estão à aproximação
em portos e o posicionamento nas
docas, particularmente sob condições
climáticas ruins. É por isso que a
assistência local com navegação por
satélites é uma ferramenta funda-
mental para todos os tipos de opera-
ções em portos e posicionamento em docas. A disponibilidade aumentada
de satélites vai ajudar a fornecer os serviços até mesmo em ambientes com
visibilidade limitada do céu.

67
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

2.6.25 Navegação em Hidrovias


69B

Satélites também fornecem na-


vegação precisa ao longo de hidrovias,
especialmente em ambientes geográficos
críticos ou condições meteorológicas
severas. É assim que barcos navegam
ao longo de rios e canais, onde a preci-
são e integridade de dados de navega-
ção são essenciais para automatizar
manobras em hidrovias estreitas.
O GNSS vai contribuir para aumentar a disponibilidade de navega-
ção por satélites e, através do serviço de integridade, vai contribuir para a
confiabilidade e uso seguro de navegação de barcos automatizada e contro-
le de tráfego.

2.6.26 Aplicações em Rodovias


70B

No setor de rodovias há mui-


tas aplicações para o GNSS à medida
que o número de veículos aumenta.
Em 2010 haverá mais do que 670
milhões de carros, 33 milhões de ôni-
bus e caminhões, e 200 milhões de
veículos comerciais leves em todo o
mundo.
Receptores de navegação por satélites são hoje comumente insta-
lados em carros novos como uma ferramenta para fornecer novos serviços
para motoristas como informações de tráfego em tempo real, chamadas de
emergência, orientação em rotas, gerenciamento de frotas, e Sistemas de
Assistência Avançados a Motoristas. Além disso, o GNSS vai oferecer aos
turistas urbanos uma disponibilidade adicional de sinais de satélites, redu-
zindo o efeito de sombreamento de edifícios.

68
Introdução a Tecnologia GNSS

2.6.27 Aplicações em Ferrovias


71B

Revitalizar as ferrovias é uma das prioridades de muitos países do


mundo na área de Transportes. O compartilhamento do transporte de carga
por ferrovias tem declinado de 21%
em 1970 para 8% em 1998. É por
isso que o GNSS vai ter um impor-
tante papel para reverter estes
números e melhorar a competitivi-
dade do setor de ferrovias.

69
3 SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL GPS
3B

3.1 Um breve histórico


2B

Embora hoje a localização espacial seja uma tarefa relativamente


simples para o usuário de posicionamento por satélite, ela foi um dos primei-
ros problemas científicos que o ser humano procurou solucionar. O homem
sempre teve interesse em saber onde estava. Inicialmente restrita à vizi-
nhança imediata de seu lar, mais tarde a curiosidade ampliou-se para locais
do comércio e por fim, com o desenvolvimento da navegação marítima,
praticamente alcançou o mundo todo. Conquistar novas fronteiras, com
deslocamento seguro, exigia o domínio sobre a arte de navegar, saber ir e
voltar de um local a outro, com conhecimento de seu posicionamento, du-
rante todo o trajeto, tanto na terra como no mar ou no ar.
Por muito tempo o Sol, os planetas e as estrelas foram pontos de
referência na orientação. Mas além da necessária habilidade do navegador,
as condições climáticas podiam significar a diferença entre o sucesso e o
fracasso de uma expedição. Por isto, a navegação exigiu, desde seu início,
o desenvolvimento de instrumental de apoio à orientação. Um dos primeiros
instrumentos de navegação foi a bússola, invento chinês que proporcionou
uma verdadeira revolução na arte de navegar. Mas ainda perdurava um
problema: como determinar a posição de uma embarcação em alto-mar? A
indicação norte-sul da bússola não é suficiente. O astrolábio a despeito de
seu peso e tamanho, possibilitava apenas a obtenção da latitude, sujeita a
grande margem de erro. A medição com esse instrumento só podia ser
realizada à noite e com boa visibilidade. Melhorias ocorreram, no transcorrer
dos anos, com a introdução de novos instrumentos, tais como o quadrante
de Davis e o sextante. Este último foi utilizado pelo navegador brasileiro,
Amyr Klink, em sua viagem solitária de travessia do oceano Atlântico a
remo, desde a Namíbia situada na costa sul da África até a costa nordeste
brasileira, realizada no segundo semestre de 1984 e narrada no livro do
navegador "Cem Dias entre Céu e Mar".
A determinação da longitude foi considerada o maior problema ci-
entífico do século XVIII. De qualquer forma, mesmo com os melhores ins-
trumentos, a navegação celeste só proporcionava valores aproximados da
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

posição, o que nem sempre eram apropriados para encontrar um porto


durante a noite.
Com o lançamento do primeiro satélite artificial da Terra, os soviéti-
cos iniciaram a corrida espacial. Foram pioneiros com o lançamento do
SPUTNIK I em 4 de outubro de 1957. O rastreamento orbital do SPUTNIK
era feito principalmente a partir do conhecimento das coordenadas das
estações terrestres de rastreamento e do desvio Doppler dos sinais, gerado
no próprio satélite. Este princípio permitiu a determinação da órbita do saté-
lite e foi concebido pelos físicos W. Guier e G. Weiffenbach, pesquisadores
do laboratório Johns Hopkins. O processo inverso, ou seja, a idéia de se
determinar as coordenadas de pontos sobre a superfície terrestre (que é o
objetivo básico do atual GPS), a partir do conhecimento da posição de saté-
lites no espaço, em um determinado instante, deve-se a um outro pesquisa-
dor do mesmo instituto, Dr. McLure.
Dentre os primeiros resultados do lançamento de satélites artifici-
ais, com benefícios diretos para a Geodésia, destaca-se a verificação da
influência do achatamento terrestre no movimento orbital dos satélites. Con-
cebido por Newton no século XVIII e comprovado através de medidas efetu-
adas sobre a superfície terrestre, a forma não esférica da Terra, pode ser
detectada a partir de anomalias nas órbitas previstas, reflexo direto de vari-
ações do campo de gravidade terrestre. No que diz respeito às aplicações
da Geodésia, o estudo do campo de gravidade terrestre a partir do movi-
mento dos satélites, permitiu avanços significativos.
Outros setores tecnológicos contribuíram expressivamente para o
desenvolvimento do GPS, entre eles, a micro eletrônica e a comunicação
via satélites.
Mesmo fundamentados em altas tecnologias, os primeiros sistemas
de navegação desenvolvidos, apresentavam algum tipo de problema. Entre
estes sistemas, o predecessor imediato do atual GPS, foi o NNSS (Navy
Navigational Satellite System). Originalmente idealizado para localização e
navegação de navios de guerra americanos, este sistema foi amplamente
utilizado para aplicações geodésicas, em todo o mundo. O geoposiciona-
mento propiciado pelo NNSS já era realizado por meio de ondas eletromag-
néticas e o sistema era suportado por uma constelação de 8 satélites ativos,
em órbitas polares elípticas (quase circulares), a uma altitude média de
1.100 km. O NNSS: que ficou em operação até meados de 1993, tinha dois
grandes problemas: não provia cobertura mundial total e havia um lapso de
tempo considerável, entre passagens sucessivas dos satélites para um

72
Sistema de Posicionamento Global GPS

mesmo ponto na superfície terrestre. Para se obter uma posição acurada,


necessitava-se de dois a três dias estacionado num mesmo ponto.
No entanto, como em qualquer área da evolução humana, as expe-
riências foram se acumulando ao longo do tempo, o processo evolutivo
culminou com o atual GPS, que é o assunto principal do presente curso.

3.2 Definição
23B

A denominação oficial desse sistema de posicionamento é conhe-


cida pela sigla NAVSTAR GPS, cujo significado é NAVigation Satellite with
Timing And Ranging - Global Positioning System.
O Sistema de Posicionamento Global (GPS) é um sistema espacial
de posicionamento, baseado em radionavegação, que vem sendo desen-
volvido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América (DoD
- Department of Defense), que pode ser usado para determinar a posição,
em relação a um sistema de referência, de um ponto qualquer sobre ou
próximo à superfície da Terra.

3.3 Sistema de referência do GPS


24B

O GPS permite aos usuários determinar suas posições em coorde-


nadas cartesianas retangulares X, Y, Z em relação ao centro de massa da
Terra (0, 0, 0) e posteriormente convertê-las coordenadas elipsoidais ex-
pressas em latitude, longitude e altura elipsoidal h (Figura 3.1).

Figura 3.1. GPS e o sistema de coordenada cartesiano. (Robaina, 2006)

73
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

O sistema de referência usado pelo GPS é conhecido como World


Geodetic System (WGS 84). Além de coordenadas, o sistema fornece uma
medida de tempo, cujo controle é feita por relógios atômicos. Existem 3
escalas de tempo envolvidos no sistema: o tempo na escala de tempo do
satélite, o tempo na escala de tempo do receptor e o tempo na escala de
tempo controlada pelo segmento de monitoramento e controle, considerada
como a referência de tempo ou o padrão (tempo "oficial do sistema GPS),
para o qual os relógios dos satélites e dos receptores deverão ser corrigi-
dos.
As especificações de uso do sistema de posicionamento global pa-
ra usuários civis do sistema são:
• Disponibilidade contínua 24 horas/dia
• Cobertura Global
• Latitude/Longitude/Altitude/Data/hora
• Precisão absoluta 100/156 metros (HV) sob SA (10 vezes melhor
após maio de 2001)
• Precisão relativa 5m - 0,005m
As principais vantagens do sistema, em relação aos métodos tradi-
cionais de levantamento são: Visada:
• Dispensa intervisibilidade entre as estações;
• Permite determinar linhas mais longas. Precisão:
• Métodos que cumpre normas do IBGE e INCRA. Rapidez:
• Automatização na coleta, processamento por programas específi-
cos, Coordenadas tridimensionais - 3D:
• Transporte plamaltimétrico simultâneo.
As principais desvantagens do sistema, em relação aos métodos
tradicionais de levantamento são:
Visada aos satélites:
- problemas com vegetação densa, úmida e alta;
- vetado para túneis/minas subterrâneas.
Área urbana alta:
- multicaminhamento;
- poucos satélites GPS disponíveis (obstrução do sinal).
Custo (ainda) alto:
- equipamentos e suprimentos;
- operadores;
Não realiza nivelamento:
- necessita informação "geoidal".

74
Sistema de Posicionamento Global GPS

3.4 Composição ou segmentos do sistema


25B

A estrutura do Sistema de Posicionamento Global é dividida em


três entidades principais: segmento do espaço ou espacial, segmento de
controle e monitoramento e segmento dos usuários (Figura 3.2).

Figura 3.2. Os três segmentos. (Robaina, 2006)

3.4.1 Segmento do Espaço


72B

A estrutura final do sistema compreende 27 satélites (24 operacio-


nais e 3 de reserva) distribuídos em 6 planos orbitais, com 4 satélites opera-
cionais por plano, inclinados de 55° em relação ao plano do equador e
uma altura dos satélites de aproximadamente 20.000 km (Figura 3.3). Esta
configuração implica num período de 12 horas para completar uma volta em
torno da Terra.
O objetivo dessa forma de distribuição dos satélites (configuração
da constelação) é assegurar, que em qualquer ponto sobre a superfície da
Terra ou próxima a ela, a disponibilidade mínima de 4 satélites acima do
horizonte durante as 24 horas do dia.

75
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 3.3. Distribuição do segmento espacial. (Robaina, 2006)

O segmento do espaço é formado pelos satélites que possuem as


seguintes funções:
a) Manter uma escala de tempo bastante precisa. Para isso cada
satélite possui dois relógios de césio e de rubídio;
b) Emitir dois sinais ultra-sensíveis em freqüência, modulados em
fase através dos códigos denominados pseudo-aleatórios, sobre as duas
freqüências especificas do sistema L1 = 1.57542 GHz e L2 = 1.22760 GHz;
c) Receber e armazenar as informações oriundas do segmento de
controle;
d) Efetuar manobras orbitais para guardar a sua posição definida
na constelação ou para substituir um outro satélite defeituoso;
e) Retransmitir informações (mensagens de navegação) ao solo.

3.4.1.1 Satélites GPS


10BU

Os satélites GPS (Figura 3.4) são transmissores de sinais de radio,


gerados a partir de uma freqüência fundamental de 10,23 MHz, a partir de
osciladores de Césio ou de Rubídio e todas as outras freqüências são deri-
vadas da fundamental. Sua identificação pode ser feita de várias maneiras,
mas a forma mais utilizada é através do seu PRN (Pseudo Random-Noise -
em português poderia ser traduzido como ruído falsamente aleatório) ou
SVID (Space Vehicle Identification - identificação do veículo espacial). Este
é o número que aparece no visor da maioria dos aparelhos receptores GPS,
para identificar os satélites que estão sendo rastreados. Publicações e dis-
tribuição de informações técnicas sobre os satélites, inclusive na internet,
normalmente utilizam o PRN como identificador.

76
Sistema de Posicionamento Global GPS

Figura 3.4. Satélite GPS. (Robaina, 2006)

3.4.1.2 O tempo GPS


102BU

O sincronismo do tempo entre os relógios dos satélites e dos re-


ceptores é de extrema importância no processo de posicionamento. Portan-
to, cada satélite carrega padrões de freqüência altamente estáveis (basea-
dos nos pulsos atômicos do Césio e do Rubídio), com estabilidade entre 10-
12 e 10-13 segundos por dia, constituindo uma referência de tempo extre-
mamente precisa, denominada de tempo GPS. Originalmente quatro conjun-
tos de satélites fizeram parte do projeto NAVSTAR-GPS. São denominados
satélites dos blocos I, II, MA e IIR. Os satélites dos blocos II e IIA estão
equipados com dois osciladores atômicos de Césio e dois de Rubídio, en-
quanto os do bloco I eram equipados apenas com osciladores de quartzo,
muito menos precisos. Os satélites do bloco IIR estão sendo equipados com
osciladores de Rubídio, e os do bloco IIF poderão utilizar o MASER de hi-
drogênio (Microwave Amplification by Stimulated Emisson of Radiation), o
que há de melhor nos dias atuais, em termos de padrão de freqüência.

3.4.1.3 Estrutura do Sinal dos Satélites GPS


103BU

Os satélites transmitem duas ondas de rádio denominados portado-


ras, obtidas pela multiplicação eletrônica da freqüência fundamental pelo
fator 154 e 120 (Figura 3.5).

77
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 3.5. Estrutura do sinal GPS.

Como as freqüências obtidas estão na faixa da banda L de radio-


freqüências (1000 a 2000 MHz), as portadoras transmitidas são conhecidas
como L1 e L2, com freqüências f1 = 1575,42 e f2 = 1227,60 MHz, respecti-
vamente. Os comprimentos de onda calculados por X - c / f são, aproxima-
damente X\ = 19,0 cm e XI = 24,4 cm, adotando-se para a velocidade da luz
( c ) o valor de 299.792.458 m/s.
Os satélites transmitem continuamente dois códigos modulados em
fase sobre as portadoras L1 e L2. Sobre a L1, modula-se o código C/A (Cle-
ar Access ou Course Aquisition) e sobre as portadoras L1 e L2, modula-se o
código P (Precise Code).
O código C/A apresenta uma freqüência de 1,023 MHz e um com-
primento de onda de 300m, enquanto que o código P é gerado na freqüên-
cia fundamental de 10,23 MHz, apresentando um comprimento de onda de
30m.
Sobre as portadoras L1 e L2 é modulado também o Código D o
qual carrega as mensagens de navegação contendo as efemérides, corre-
ções dos relógios dos satélites e "saúde" dos satélites que são utilizados
pelos receptores (Quadro 04).
As Efemérides são parte das mensagens transmitidas (broadcas-
ting) pelos satélites, em tempo real, com informações de sua órbita e do seu

78
Sistema de Posicionamento Global GPS

sistema de tempo, a partir das quais pode-se calcular as coordenadas dos


satélites no sistema de referência WGS 84.

Quadro 04. Arquivo de Navegação - Efemérides transmitidas pelo satélite


em tempo real.

3.4.2 Segmento de Controle e Monitoramento


73B

O segmento de controle tem a função de realizar o monitoramento


contínuo dos satélites, calcular suas posições, transmitir os dados e execu-
tar a supervisão necessária para o controle de todos os satélites do sistema.
Os componentes desse segmento do sistema GPS são: estação de
controle central, estações de monitoramento e controle e antenas terrestres.
O sistema de controle (Figura 3.6) é composto de: 1 estação de
controle central (MCS - Master Control Station), localizada em Colorado
Springs, Colorado; 5 estações monitoras (Hawaii, Colorado Springs, Ascen-
sion Island, Diego Garcia e Kwajalein), as 3 últimas possuem antenas para
transmissão de dados para os satélites. As 5 estações de monitoramento
pertencem à AAF (American Air Force). Adicionalmente, um conjunto de 7
estações do NIMA (National Imagery and Mapping Agency), formam, com
79
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

as 5 anteriormente mencionadas, o conjunto total das estações monitoras


do GPS.

Figura 3.6. Segmento de controle.


(http://www.faa.gov/about/officeorg/headquartersoffices/ato/serviceunits/techops/navs
ervices/gnss/gps/controlsegments /media/controlSegment.jpg , 30/05/2009)

Cada estação monitora é equipada com oscilador externo de alta


precisão e receptor de dupla freqüência, que rastreia todos os satélites
visíveis e transmite os dados para a MCS, via sistema de comunicação. Os
dados são processados na MCS para determinação das órbitas dos satéli-
tes, que, juntamente com as correções dos relógios dos satélites, são
transmitidos, para fins de atualização periódica das mensagens de navega-
ção. Os dados de determinação das órbitas são denominados efemérides.
O IGS (International GPS Service - Serviço GPS Internacional), estabelecido
pela IAG (International As-sociation of Geodesy - Associação Internacional
de Geodésia), tem capacidade de produzir efemérides com precisão da
ordem de poucos centímetros em cada uma das coordenadas do satélite,
permitindo atender à maioria das aplicações que exige alta precisão. Essas
efemérides ficam disponíveis aos usuários no prazo de 1 semana a partir da
coleta dos dados. O IGS produz também efemérides preditas, com precisão
da ordem de 1 m, disponibilizando-as, para a comunidade de usuários,
poucas horas antes do início de sua validade.
Uma vez que satélites dão uma volta completa em torno do planeta
a cada 12 horas, os satélites do GPS passam sobre algumas estações de

80
Sistema de Posicionamento Global GPS

monitoramento do Segmento de Controle, duas vezes ao dia possibilitando


medir a sua altitude, posição e velocidade. As variações encontradas são,
geralmente, causadas por fatores tais como: atração gravitacional da Lua e
do Sol e pressão da radiação solar sobre o satélite. Uma vez obtida a posi-
ção do satélite, a Estação Mestre devolve essa informação para o próprio
satélite que a transmitirá para os receptores.
A comunicação dos satélites é bidirecional com as antenas terres-
tres, tanto recebem como enviam dados enquanto a comunicação dos re-
ceptores com os satélites é unidirecional, isto é, somente os satélites envi-
am dados (Figura 3.7).

Figura 3.7. Direção da comunicação em cada segmento.


(http://www.garmin.com/aboutGPS , 15/06/2008)

3.4.3 Segmento do Usuário


74B

Este segmento compreende os usuários do sistema, os tipos de re-


ceptores e os serviços de informações de apoio disponíveis.

3.4.3.1 Serviços Oferecidos e Tipos de Usuários


104BU

Os serviços oferecidos pelo sistema GPS são de dois tipos, de a-


cordo com o acesso do usuário às informações:
O SERVIÇO DE POSICIONAMENTO PADRÃO - SPS: os usuários
desse tipo de serviço têm acesso aos dados do GPS como são transmitidos,
com todo tipo de degradação (SA) e criptografia do código P (AS), sendo
composta da comunidade civil com acesso ao código C/A sem restrição. O
81
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

uso civil é caracterizado pela não obtenção de coordenadas precisas, em


tempo real, por um único receptor.
O SERVIÇO DE POSICIONAMENTO PRECISO - PPS: os usuários
deste tipo de serviço tem acesso aos dados do GPS, como os dados dos
relógios dos satélites não adulterados (sem SA) e ao código P sem cripto-
grafia (sem AS), sendo composto dos militares dos EUA e usuários autori-
zados.

3.4.3.2 Receptores GPS


105BU

3.4.3.2.1 Componentes
15B

Os principais componentes dos receptores de sinais GPS, são a


ANTENA com pré-amplificador, uma SECÇÃO DE RADIOFREQÜÊNCIA
(RF) para identificação e processamento do sinal, MICROPROCESSADOR
para controle do receptor, amostragem e processamento dos dados,
OSCILADOR, responsável pela geração da freqüência interna do receptor,
INTERFACE com o usuário, como painel de exibição de dados e comandos
de operação, que permitem a configuração do receptor antes dos levanta-
mentos, FONTE DE ENERGIA e MEMÓRIA para armazenar os dados cole-
tados.
Sob o ponto de vista prático, especial interesse reside na antena u-
tilizada, que deve garantir estabilidade do seu centro de fase em relação ao
seu centro geométrico e proteção ao multicaminhamento, sendo que esse
efeito é atenuado com a instalação da antena sobre um disco de metal
(ground plane) ou pelo uso de dispositivos compostos por faixas condutoras
concêntricas com o eixo vertical da antena e fixado ao disco (choke ring),
cuja função é de impedir que a maioria dos sinais refletidos sejam recebidos
pela antena.

3.4.3.2.2 Tipos de Receptores


156B

Os receptores podem ser divididos segundo vários critérios, dentre


os quais se destacam os seguintes:

3.4.3.2.2.1 Quanto ao Número de Freqüências


179B

Podem-se encontrar receptores de:

82
Sistema de Posicionamento Global GPS

a) SIMPLES FREQÜÊNCIA: nos quais a antena desses receptores


recebem somente a freqüência L1 e o acesso para o código C/A é dado
pela correlação entre o sinal do satélite com uma réplica gerada no receptor.
b) DUPLA FREQÜÊNCIA: que recebem duas freqüências L1 e L2 e
podem ter acesso ao código C/A e ao código P.

3.4.3.2.2.2 Quanto ao Número de Canais


180B

a) MONOCANAIS: que são os receptores que possuem apenas um


canal que se move rapidamente de um satélite para outro. Estes tipos de
receptores são construídos com um número reduzido de circuitos e por isso
são mais baratos. São mais lentos na atualização das coordenadas, impre-
cisos e são mais susceptíveis a perda de ciclo durante a observação;
b) MULTICANAIS: possuem vários canais independentes para ras-
trear, simultaneamente, cada satélite visível no horizonte.

3.4.3.2.2.3 Quanto ao Tipo de Canais


18B

Nesta categoria podem-se encontrar os receptores com canais do


tipo:
a) SEQÜENCIAIS ou INDEPENDENTES: nos quais cada canal
rastreia um único satélite de cada vez, passando a captar dados de outro
satélite tão logo tenha armazenado dados suficiente para o cálculo das
coordenadas do ponto;
b) MULTIPLEXADOS: que tem funcionamento semelhante aos re-
ceptores de canais seqüenciais, mas apresentam a vantagem de serem
mais rápidos na mudança para a captação dos dados de outros satélites.
Possuem circuitos mais complexos, sendo mais precisos e mais caros.

3.4.3.2.2.4 Quanto ao Tipo de Sinal Observado


182B

Existem receptores que rastreiam:


- Apenas código C/A;
- Código C/A e a portadora L1;
- Código C/A e as portadoras L1e L2;
- Códigos C/A e P e as portadoras L1 e L2;
- Somente a portadora LI;
- Portadoras L1 e L2 (receptores sem código).

83
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

3.4.3.2.2.5 Quanto ao Tipo de Levantamento


183B

a) NAVEGAÇÃO: São os equipamentos que fornecem o posicio-


namento em tempo real baseado no código C/A ou P. A distância satélite-
receptor é medida através do tempo de propagação com precisão no SPS
da ordem de 3 a 10m e precisão PPS na ordem de 0.3 a 1 m, com a AS
desativada. Os aparelhos que usam o código P estão restritos ao uso militar
ou usuários atualizados. Se dotados de link de rádio podem receber corre-
ções diferenciais provenientes de uma estação base;
b) TOPOGRÁFICOS: Estes equipamentos trabalham com a fase
da portadora L1, com pós-processamento dos dados em software específico
e auxiliados por acessórios de apoio (tripés e bastões com nível de cala-
gem) atingem uma precisão da ordem de 1cm. Existe ainda outros recepto-
res, denominados de cadastrais que se distinguem dos anteriores pela sua
capacidade de armazenamento de dados alfanuméricos associados às
feições levantadas (ponto, linha, área). Uma vez que trabalham com o códi-
go ou com a fase apresentam precisões de 10 cm a 1m;
c) GEODÉSICOS: que são receptores de dupla freqüência (L1 e
L2). Os receptores de dupla freqüência com seus recursos eletrônicos sofis-
ticados sofrem menos os efeitos da ionosfera e conseguem resolver a am-
bigüidade mais rapidamente, de modo que pode-se conseguir precisões em
pós-processamento da ordem de 5mm + 1 ppm com metade do tempo que
um receptor topográfico. São indicados para atividades como transporte de
coordenadas e controle de redes. Quando utilizados em trabalhos topográfi-
cos conseguem-se produtos de escala melhor que 1:1000. Os receptores
L1/L2 que rastreiam o código C/A e o código P em ambas as portadoras,
quando dotados de link de rádio podem ser utilizados para a determinação
de coordenadas em tempo real e competem com as modernas estações
totais na locação de obras;
d) HÍBRIDOS: que são receptores capazes de rastrear satélites da
constelação GPS, de origem norte americana com da constelação
GLONASS (Global Navigation Satellite System), de origem russa. São pou-
cos receptores disponíveis no mercado e atualmente não apresentam van-
tagens significativas pela fraca manutenção dada ao sistema russo.
Independentemente do tipo de classificação, o que realmente é im-
portante para o usuário é a precisão desejada para a aplicação requerida,
lembrando que esta é função de outros elementos, como por exemplo, o
tipo de posicionamento, a observável utilizada, o comprimento da linha

84
Sistema de Posicionamento Global GPS

base, o número, a geometria e a condição dos satélites observados, o tem-


po de observação, dentre outros.

3.5 Princípio Básico do Posicionamento


26B

Posicionamento consiste na determinação da posição de objetos


em relação a um referencial específico. Embora o GPS empregue alguns
dos equipamentos da mais alta tecnologia já construídos e softwares sofisti-
cados, o princípio básico do posicionamento por satélite é relativamente
simples.
O cálculo de posicionamento do receptor GPS está baseado nas
distâncias entre o receptor e os satélites e, ainda, da posição de cada satéli-
te no espaço cartesiano. Isso significa que se determina a posição na terra
medindo as distâncias para um grupo de satélites localizados no espaço. Os
satélites atuam, na realidade, como pontos de referência precisa.
O principio básico do posicionamento usado pelo GPS é conhecido
como trilateração eletrônica: determinando as distâncias de um ponto de
posição desconhecida a 3 outros pontos de posições conhecidas, então se
determina a posição do ponto desconhecido.
Para ilustrar, suponha
que na Figura 3.8 A, B e C
sejam 3 radiofaróis instalados
em uma região costeira em
posições conhecidas (latitude,
longitude e altitude) e que o
barco receba mensagem dos
radiofaróis informando suas
posições. Se algum equipamen-
to no barco conseguir calcular
as distâncias aos 3 radiofaróis,
então, usando essas distâncias
juntamente com as coordena-
das dos radiofaróis, é possível Figura 3.8. Trilateração.
(http://blogs.businessmobile.fr/wp-
calcular as coordenadas do
content/i/2006/05/bt2-5.jpg , 30/05/2009)
barco.
Para o caso de GPS então, sendo dado um sistema cartesiano de
referência, no caso WGS 84, um ponto A pode ser determinado por suas
coordenadas X, Y e Z (Figura 3.9).

85
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 3.9. Trilateração por satélite. (Robaina, 2006)

A idéia básica do posicionamento por satélites GPS, consiste em 3


procedimentos fundamentais:
Medir as distâncias satélite-receptor.
Determinar as coordenadas dos satélites Xs. Ys e Zs.
Calcular as coordenadas do receptor no ponto A (XA, YA e ZA).

3.5.1 O processo de trilateração a partir de satélites


75B

Inicialmente é conhecida a
localização de alguns satélites no
espaço. Se um objeto encontra-se a
certa distância do satélite 1, em
torno de 20.000 km, isso significa
que estará em algum lugar sobre
uma superfície esférica imaginária
que está centrada no satélite 1, cuja
esfera tem um raio de 20 000km
(Figura 3.10).
Sabendo que o mesmo ob- Figura 3.10. Superfície de contorno em
jeto está também a 21.000km de um satélite.
um outro satélite 2, então estará ao
mesmo tempo sobre uma outra
superfície esférica imaginária com o
raio de 21.000 km com centro no

86
Sistema de Posicionamento Global GPS

satélite 2. Entretanto, somente um


lugar no universo poderá conter
esta posição, que fica, ao mesmo
tempo, a 20.000 km do satélite 1 e
a 21.000 km do satélite 2. Este
lugar é a circunferência formada
pela interseção das duas superfí-
cies esféricas (Figura 3.11).
Sabendo que a distância
do objeto para um terceiro satélite é
de 22.000 km, da mesma forma que Figura 3.11. Superfície de contato entre
nos dois satélites anteriores, o obje- dois satélites.
to estará na superfície esférica com
raio de 22.000 km centrada no 3o
satélite. Nestas condições, existirão
somente dois pontos, no espaço,
onde o objeto poderá estar. Estes
dois pontos são aqueles onde a
superfície esférica de 22.000 km
corta a circunferência formada pela
interseção das superfícies esféricas
de 21.000 km e de 20.000 km.
Pela medição da distância
ao terceiro satélite fica reduzida a
área de incerteza à apenas dois
pontos no espaço (Figura 3.12).
A posição correta do objeto Figura 3.12. Superfície de contato entre
é determinada a partir do fato de três satélites.
que uma dessas é impossível de se
aceitar, normalmente localizado a
uma grande distância da Terra.
Os programas de cálculo dos receptores GPS possuem técnicas
que permitem identificar com segurança o ponto correto de nossa localiza-
ção.
Os receptores GPS utilizam este princípio, usando satélites como
pontos de referência, para triangular a sua posição na superfície da Terra.
Embora em movimento, os satélites podem ser considerados como âncoras

87
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

no processo de amarração do posicionamento, pois os receptores realizam


cálculos instantâneos a cada segundo.

3.5.2 Medição da Distância Satélite-Receptor


76B

Existem duas formas utilizadas para a medição da distância do sa-


télite ao receptor: através do tempo de propagação do sinal e através da
medida de fase da portadora.

3.5.2.1 Pelo Tempo de Propagação - Código C/A ou P


106BU

A necessidade de posicionamento instantâneo em algumas aplica-


ções de GPS é satisfeita através do posicionamento por pseudo-distância
ou também conhecida por posicionamento por código. A peseudodistância
nada mais é que a distância do receptor a um satélite, calculada com base
no tempo de trânsito do sinal, desde o satélite até o receptor. O tempo de
trânsito (dt) é obtido mediante comparação, entre o código recebido do
satélite e uma réplica deste, gerada no receptor (Figura 3.13). A defasagem
entre os dois códigos (o recebido e o gerado no receptor), possibilita deter-
minar o tempo de trânsito do sinal transmitido pelo satélite, desde que haja
um perfeito sincronismo entre os relógios do satélite e o do receptor.

Figura 3.13. Defasagem do código C/A. (Robaina, 2006)

O posicionamento do receptor GPS é calculado com base na sua


distância para os satélites no espaço. Portanto, precisamos de um método
para calcular essa distância. Surpreendentemente, a idéia básica está na
velha fórmula D = V · T (Distância é igual a Velocidade multiplicada pelo
Tempo), das aulas de Física.
Como visto anteriormente cada satélite transmite, simultaneamen-
te, (em acurado sincronismo), duas ondas portadoras, a L1 e a L2. As ondas
(eletromagnéticas) destas portadoras, se deslocam a velocidade da luz que

88
Sistema de Posicionamento Global GPS

é de 300.000 km/s (valor aproximado). Assim, de posse do tempo de trânsi-


to do sinal e multiplicando este tempo, expresso em segundos, por 300.000
km/s, obtém-se a nossa distância para o satélite. Na equação D = V.T se
conhece a velocidade que é de 300.000 km/s, sendo o tempo T determina-
do na seqüência.
Os relógios necessitam ser muito precisos de modo a registrar es-
paços de tempo muito curtos, uma vez que a onda eletromagnética move-se
muito rapidamente. Para se ter uma idéia: um satélite que estivesse a uma
distância de 20.200km, uma mensagem transmitida por ele levaria aproxi-
madamente 0,066 segundos para alcançar a superfície da Terra. Este tipo
de acuracidade só é possível por meio de relógios eletrônicos muito preci-
sos. Os relógios de pulso marcam o tempo com razoável precisão, mas,
mesmo assim, são inaceitáveis para os cálculos do GPS. Os relógios dos
receptores GPS são muito mais precisos. A maioria dos receptores pode
9
medir o tempo com uma acuracidade de nano segundos (10 segundos).

3.5.2.2 Pela Diferença de Fase - Portadora L1 ou L2


107BU

A distância satélite-receptor é determinada pela medida da fase a


(parte fracionária do comprimento de onda λ) adicionada à contagem de
ciclos inteiros de comprimentos de onda β) e o número inteiro de ciclos de
onda desconhecidos N (ambigüidade) (Figura 3.14).
Distância: R = (φ + N ).λ

Figura 3.14. Posicionamento pela portadora. (Robaina, 2006)


89
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Sendo φ = α + β na qual α é a medida de fase (fração do compri-


mento de onda) e β é o número de ciclos inteiros contados a partir do "lock-
on" com o satélite e λ o comprimento de onda (L1 = 19,0 cm e L2 = 24,4
cm).

3.5.3 Coordenadas dos Satélites Xs, Ys e Zs


7B

A obtenção das coordenadas dos satélites pode ser obtida por du-
as diferentes alternativas, através das efemérides transmitidas pelos satéli-
tes ou as efemérides precisas, as quais podem ser obtidas com diferentes
níveis de precisão.

3.5.3.1 Efemérides Transmitidas


108BU

Os sinais transmitidos pelos satélites GPS fornecem através da


mensagem de navegação (Código D) os elementos orbitais necessários
para o cálculo das coordenadas de cada satélite (XSl Ys e Zs), bem como
os coeficientes para a correção do relógio dos satélites. As coordenadas
obtidas estão associadas ao WGS 84 e são as utilizadas para a determina-
ção das coordenadas do receptor (XA, YA e ZA) em tempo real ou pós
processadas (Quadros 04, 05 e 06).

Quadro 05. Tipos de efemérides precisas.


Acurácia
Coordenadas Relógio
Tipo Disponibilidade
(cm) (ns)

IGS - Precisas 5 0,3 De 7 a 10 dias após o rastreio

IGR - Rápidas 10 0,5 Até 48 horas após o rastreio

IGP - Preditas 50 150 Horas antes do dia a que se refere

3.5.4 Cálculo das Coordenadas do Receptor X, Y e Z


78B

O cálculo das coordenadas da antena do receptor envolve tipos de


medidas efetuadas, modelos matemáticos empregados e modos de posicio-
namento utilizados.

90
Sistema de Posicionamento Global GPS

Quadro 06. Exemplo do arquivo de efemérides precisas - coordenadas X s , R R

Y s , Z s e δ j (t ) .
R R R R

3.6 Fatores que Afetam a Precisão do Posicionamento por


27B

Ponto

3.6.1 Erros relacionados aos satélites


79B

3.6.1.1 Não Sincronização do Relógio do Satélite com Tempo


109BU

GPS

A mensagem de navegação traz os coeficientes necessários para o


cálculo da correção do relógio dos satélites, na época da realização das
medidas.
A expressão utilizada para realizar correção ou a sincronização do
tempo no relógio do satélite com o tempo GPS é dada por:

91
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Na qual a 0 , a 1 , a 2 e t oc são obtidas na mensagem de navegação,


R R R R R R R R

sendo ts = Ts + δ o tempo na escala GPS, na qual, t s é o tempo na escala


j
R R

do relógio do satélite.

3.6.1.2 Forma de Cálculo das Coordenadas dos Satélites


10BU

As informações orbitais podem ser obtidas a partir das efemérides


transmitidas pelos satélites ou a partir das pós-processadas pelo segmento
de controle do sistema GPS, denominadas efemérides precisas ou ainda
pelo uso das efemérides preditas pelo IGS (Internacional GPS Service).
O Quadro 07 demonstra o erro esperado na determinação de uma
linha base de diferentes comprimentos utilizando diferentes fontes para o
cálculo das coordenadas dos satélites (X s , Y s e Z s ).
R R R R R R

Quadro 07. Erro em função da fonte de coordenadas para os satélites.


Efemérides Erro orbital (m) Linha base (km) Erro linha base (cm)
10 0,5
Transmitidas 10 100 5
1000 50
10 1
Transmitidas 20 100 10
1000 100
10 0,05
IGS - Preditas 1 100 0.5
1000 5
10 0,005
IGS - Precisas 0,1 100 0,05
1000 0,5

3.6.1.3 Atraso Entre as Portadoras no Hardware do Satélite


1BU

Esse tipo de erro é função dos diferentes caminhos eletrônicos


percorridos através do hardware do satélite. Durante a fase de teste do
satélite, a grandeza desse atraso é determinada e caracterizada por um
valor corretivo, designado por Tgd, que é introduzido na mensagem de
navegação para ser transmitida ao receptor do usuário.

92
Sistema de Posicionamento Global GPS

Os softwares dos receptores devem corrigir o erro do relógio do sa-

télite, para o caso da portadora L1 através de e


para o caso dos receptores que rastreiam também
a portadora L2.

3.6.1.4 Distribuição Geométrica dos Satélites - DOP


12BU

A relação entre o desvio padrão das observações ρ r , e o desvio


padrão associado à posição ρ , é descrito por um escalar que é usado na
navegação: o Dilution Of Precision (DOP). O fator DOP descreve o efeito da
distribuição dos satélites no espaço sobre a precisão obtida na solução de
navegação, sendo estimado por ρ = DOP.ρ r . O melhor valor possível para o
DOP é igual a 1 e o pior é igual a infinito.
O fator DOP tem diferentes definições, tais como ρ H = HDOP.ρ r pa-
ra o posicionamento horizontal, ρV = VDOP.ρ r para o posicionamento verti-
cal, ρ P = PDOP.ρ r para o posicionamento em 3D e ρ T = TDOP.ρ r para a
determinação do tempo.
A combinação do PDOP e TDOP cria uma nova designação para o
DOP que é o GDOP (Geometric Dilution Of Precision), sendo
GDOP = ( PDOP) 2 + (TDOP) 2 .
O GDOP é interpretado como sendo a razão entre o erro no posi-
cionamento e o erro inerente do sistema GPS. O valor de GDOP deve ser
pequeno (inferior a 6) (Figura 3.15).

Figura 3.15. Posição dos satélites e GDOP.

93
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

(http://www.javad.com /jns/gpstutorial/images/GDOP3.gif , 31/05/2009)


O GDOP expressa a influência da
geometria e do tempo na qualidade das ob-
servações, onde pequenos valores indicam
boa geometria para os satélites selecionados
e também pequenos erros no posicionamento
e na determinação da medida do tempo.
Nos visores dos receptores GPS de
navegação é informada a precisão associada
a atual posição do aparelho (Figura 3.16).
Esta precisão é fornecida a partir de
equações as quais levam em consideração o
HDOP para o momento, informações de pre- Figura 3.16. Visor de um
cisão enviadas através do sinal de navegação receptor de navegação.
(efemérides) pelo satélite e ainda, o nível de
precisão que está sendo adotado para o posicionamento, se de 1 desvio
padrão (68%), 2 desvios padrões (95%) ou 3 desvios padrões (99%). O
desvio padrão adotado é determinado pelo fabricante do aparelho. Sendo
que, por exemplo, se estiver sendo adotado um nível de 68% para o posi-
cionamento da Figura 4.16, isso quer dizer que há uma chance de ter a
coordenada dada pelo aparelho em algum lugar em um raio de 9 metros no
entorno do aparelho, fixada em 68%.

3.6.1.5 Disponibilidade Seletiva - SA


13BU

O objetivo é o de degradar, propositalmente, a obtenção de coor-


denadas precisas com um único receptor pelos usuários do SPS. Existem
duas formas de implementar a SA: alteração da freqüência fundamental do
oscilador do satélite, afetando tanto as portadoras como os códigos; e, o
truncamento das informações transmitidas na mensagem de navegação
necessárias (efemérides) para o cálculo das coordenadas dos satélites.

3.6.2 Erros relacionados à propagação do sinal


80B

3.6.2.1 Atraso na lonosfera ( ΔI )


14BU U

O atraso no tempo de propagação do sinal devido a sua passagem


na ionosfera pode ser medido, modelado ou ignorado, sendo que o efeito de

94
Sistema de Posicionamento Global GPS

cada atitude tem reflexo direto nos cálculos das coordenadas do receptor
(Figura 3.17).
A medida do atraso ionosférico
é realizada por receptores de dupla
freqüência, sendo o principal motivo do
uso da portadora L2 nos receptores. Nos
receptores de uma freqüência L1, o
atraso ionosférico é obtido através de
modelos específicos, sendo que para a
sua utilização os coeficientes do modelo
são transmitidos na mensagem de nave-
gação. Dentre os modelos da ionosfera
existentes, destaca-se o modelo de
Klobuchar.
O cálculo do atraso ionosférico
é feito a partir do conhecimento do azi-
mute Az e da elevação E do satélite (Zo Figura 3.17. Atraso ionosférico.
(Robaina, 2006)
= 90° - E), em relação ao horizonte da
antena do receptor.

3.6.2.2 Atraso na Troposfera ( ΔT )


15BU

O atraso do sinal na troposfera pode modelado ou ignorado, sendo


que o efeito de cada atitude tem reflexo direto no cálculo das coordenadas
do receptor, tal como no caso da ionosfera, sendo a diferença fundamental
que esse efeito não pode ser medido pelo receptor. Os modelos de cálculo
disponíveis, utilizam valores padrão para a temperatura T = 20° C, para a
pressão atmosférica P = 1000 hPa e para a umidade relativa do ar Ur = 50%
ou valores dessas variáveis medidos no local e na hora do rastreio. Dentre
os vários modelos desenvolvidos, apresenta-se o modelo da troposfera de
Hopfield.
O atraso na propagação do sinal GPS na troposfera pode ser divi-
dida em duas componentes: a componente seca e a componente úmida,
sendo que a componente seca pode ser modelada pela expressão matemá-
tica em função da temperatura, da pressão atmosférica e do ângulo de
elevação do satélite em relação ao plano do horizonte do receptor:

95
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Na Figura 3.18 pode-se observar o efeito do ângulo de elevação E


do satélite sobre o atraso na componente seca e na componente úmida
quando na sua passagem na camada da atmosfera denominada de tropos-
fera.

Figura 3.18. Efeito da posição do satélite. (Robaina, 2006)

Na Figura 3.19 pode-se observar o esquema ilustrativo de um sinal


de radiofreqüência propagando-se na atmosfera, desde um satélite até um
receptor localizado na superfície terrestre. O Atraso Zenital Troposférico é a
diferença entre a trajetória curva (traço contínuo) e a distância geométrica
(traço intermitente) devido à diminuição da velocidade de propagação e o
aumento da curvatura da trajetória do sinal causados pela influência dos
gases que se concentram na baixa atmosfera terrestre.

Figura 3.19. Efeito do Atraso Zenital Troposférico


(http://pituna.cptec.inpe.br /zenital/img/imagem1.jpg , 31/05/2009)

96
Sistema de Posicionamento Global GPS

3.6.2.3 Multicaminhamento
16BU

O sinal pode chegar à antena do receptor por caminhos diferentes,


direto e indireto (Figura 3.20). O caminho indireto causado pela reflexão em
superfícies vizinhas à antena, tais como construções, carros, árvores, mas-
sas de água e cercas, dentre outros, produz distorções na fase da portadora
e no código modulado sobre a portadora, degradando a qualidade do posi-
cionamento. Em geral, não há um modelo para tratar o efeito do multicami-
nhamento, pois as situações geométricas dos diferentes locais variam de
forma arbitrária. A forma de atenuação do efeito é aumentar o tempo de
coleta, o uso de antenas capazes de atenuar o efeito do multicaminhamento
(antenas chok-ring) e evitar os fatores que podem causar esse efeito, como
não posicionar a antena do receptor próximo a edificações, por exemplo.

Figura 3.20. Representação do multicaminho do sinal.


(http://www8.garmin.com/aboutGPS , 15/06/2008)

3.6.2.4 Perda de Ciclos


17BU

Esse tipo de problema ocorre devido à obstrução do sinal de um ou


mais satélites, de modo que não sejam captados pela antena do receptor. A
perda do sinal acarreta a perda na contagem do número inteiro de ciclos
medidos pelo receptor, sendo que a ocorrência deste problema é denomi-
nada de perda de ciclos (cycle slips), a qual produz uma descontinuidade
das medidas. As causas não são restritas somente as obstruções, mas

97
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

também podem ser causadas por aceleração da antena, variações bruscas


na atmosfera, interferências de outras fontes de rádio e problemas com o
hardware do receptor. A localização desse tipo de ocorrência e a determina-
ção de sua magnitude é denominado de correção de perdas de ciclos (cycle
slip fixing).

3.6.3 Erros relacionados ao receptor/ antena


81B

3.6.3.1 Erro do Relógio


18BU

Os receptores são equipados com osciladores de quartzo, que


possuem boa estabilidade e são de custo relativamente baixo. Cada recep-
tor possui a sua própria escala de tempo, definida pelo oscilador interno, a
qual difere da escala de tempo GPS. Alguns receptores permitem a utiliza-
ção de padrões externos de tempo, de custo muito elevado, normalmente
utilizados na pesquisa ou em determinações de redes de alta precisão. No
caso do posicionamento relativo, os erros dos relógios é praticamente elimi-
nado, sendo suficiente a utilização dos osciladores de quartzo. Os recepto-
res devem estar sincronizados entre eles na ordem de 1 milisegundo e em
relação a escala de tempo GPS deve apresentar uma diferença da ordem
de 1 micro segundo.

3.6.3.2 Erro entre os Canais


19BU

No caso de receptores multicanais, existe a possibilidade de ocor-


rer erro sistemático entre os canais, uma vez que o sinal de cada satélite
percorrerá um caminho eletrônico diferente. Para corrigi-lo, o receptor dis-
põe de um dispositivo que realiza uma calibração no inicio de cada levanta-
mento. Cada canal rastreia, simultaneamente, um satélite em estudo e de-
termina os erros em relação a um canal tomado como padrão e todas as
medidas posteriores serão corrigidas desse valor.

3.6.3.3 Centro de Fase da Antena


120BU

O centro de fase eletrônico da antena é o ponto onde as medidas


dos sinais são referenciados e nem sempre coincide com o centro geométri-
co da antena. A diferença varia com a intensidade do sinal, com a direção
do sinal e não é igual para as duas portadoras. Para levantamentos de alta

98
Sistema de Posicionamento Global GPS

precisão, todas as antenas devem ser calibradas e as antenas iguais orien-


tadas na mesma direção não apresentam maiores problemas, uma vez que
as discrepâncias são praticamente iguais e, de certa forma, eliminadas no
posicionamento relativo.

3.6.4 Erros relacionados à estação


82B

3.6.4.1 Coordenadas da Estação


12BU

O posicionamento relativo determina a diferença entre as coorde-


nadas dos pontos da base e as coordenadas do ponto de interesse, signifi-
cando que o comprimento e a orientação da linha base podem estar corre-
tos. A informação errada das coordenadas da estação de referência se
propagará para as coordenadas da outra estação, induzindo a um erro de
localização. Erros da ordem de 5 m nas coordenadas da base podem pro-
duzir erros de 1 ppm, aproximadamente, nas coordenadas geodésicas (ϕ,l
e h).

3.6.4.2 Estacionamento da Antena no Ponto de Coleta


12BU

A atividade de identificação do ponto, centragem, nivelamento e


medição do centro de fase da antena do receptor pode se constituir em
fontes de erros nas operações com GPS a campo. Por isso, é importante
adotar-se alguns procedimentos de segurança, principalmente porque os
erros ocorridos nesta fase só poderão ser detectados se houver repetição
das medidas da linha base. O nivelamento e a centragem da antena devem
ser verificados antes e depois de cada sessão de observação. A medição da
altura do centro de fase da antena sobre o marco deve ser realizada antes e
depois de cada sessão, efetuando-se a medida ao nível do milímetro e
registrando-se os valores no relatório de ocupação. Alguns modelos de
antena requerem sua orientação para o norte verdadeiro (ou magnético),
sendo dotadas de uma indicação (seta) que deverá ser direcionada para o
norte.

3.6.4.3 Erro Grosseiro Devido a Diferença de Datum


123BU

Atualmente as cartas no Brasil, utilizam um sistema de referencia


do tipo local, denominado SAD 69 (South American Datum 69), por com-

99
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

promissos internacionais. As cartas mais antigas utilizavam o sistema de


referência local denominado Córrego Alegre.
Se, por exemplo, na locação de uma estrada municipal, que foi a-
berta depois da carta confeccionada, cujo datum horizontal é SAD 69, deve
se tomar cuidado para que as coordenadas a serem plotadas sobre a carta,
estejam no mesmo sistema de referência, a fim de se evitar esse tipo de
erro grosseiro (Figura 3.21).

Figura 3.21. Erro de posicionamento devido ao Datum. (Robaina, 2006)

3.6.5 Comparação das Diversas Fontes de Erros nas Medidas


83B

Na Figura 3.22 es-


tão representadas as fon-
tes de erro de maior influ-
ência no posicionamento
absoluto.
Por determinação
do governo norte america-
no a SA foi desativada em
maio de 2000.
Figura 3.22. Dimensão se cada uma das
fontes de erro em metros. (Robaina, 2006)

100
Sistema de Posicionamento Global GPS

3.7 Altimetria com GPS


28B

Existe uma grande expectativa no uso do GPS no levantamento ai-


timétrico do terreno para implantação de diferentes tipos de projetos de
engenharia, que envolve grande quantidade de pontos a ser levantados
para gerar um modelo digital da elevação do terreno.
O levantamento do terreno por métodos convencionais (nivelamen-
to geométrico ou trigonométrico) envolve altitudes em relação ao nível mé-
dio dos mares denominada de altura ortométrica H, diferença entre o ponto
na superfície real e o geóide. A altitude determinada no levantamento de
pontos no terreno com o GPS é denominada de altura elipsoidal ou geomé-
trica h, diferença de altitude do ponto na superfície real e o elipsóide, tem
significado apenas matemático e sem significado físico (Figura 3.23).
O modelo matemático que relaciona os dois tipos de altitudes, pode
ser expresso por:
H = h - No
Onde, No denomina-se de ondulação geoidal, sendo uma relação
aproximada em virtude das grandezas envolvidas não serem co-lineares.

Figura 3.23. Relação entre a altitude elipsoidal e geoidal. (Robaina, 2006)

3.7.1 Modelo de Ondulação Geoidal (No)


84B

Existem modelos matemáticos denominados de modelos de ondu-


lação geoidal globais e mesmo modelos de ondulação de caráter regional
que deixam muito a desejar quanto a acurácia na determinação da altitude
ortométrica de pontos do terreno, a partir da altitude geométrica fornecida
pelo GPS, dentre os quais aparecem os modelos geoidais globais OSU

101
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

(Ohio State University 1991) e o EGM 96 (Earth Goddard Model 96) (Figura
3.24) bem como o mapa geoidal MGB-92 (IBGE/EPUSP), adotado oficial-
mente no Brasil, que proporciona ondulação geoidal com precisão absoluta
da ordem de 3m e relativa da ordem de 1 cm/km.

Figura 3.24. Ondulação geoidal. (Robaina, 2006)

Os resultados que os modelos anteriores podem proporcionar, de-


ve-se buscar trabalhar com modelos de ondulação geoidal locais, gerados
para cada local onde houver a necessidade.

3.8 Método Diferencial


29B

3.8.1 Com o Código (DGPS)


85B

O DGPS - Differencial
Global Positioning System - é
uma técnica de medição basea-
da no código C/A, cujo principal
objetivo desse método é a eli-
minação dos erros sistemáticos
de navegação, sobretudo em
função do SA. Com a alternativa
do DGPS o erro fica na ordem
de 1 a 3 metros no receptor
móvel (Figura 3.25). Figura 3.25. Correção diferencial.

102
Sistema de Posicionamento Global GPS

Um receptor GPS é colocado fixo num ponto com coordenadas


previamente determinadas. Através da comparação de valores obtidos pelo
rastreio dos satélites com os valores conhecidos, são obtidas as correções a
serem aplicadas.
Existem duas formas de obtenção das correções a serem aplica-
das: diferenças de pseudodistâncias (R) e diferenças de coordenadas (X, Y
e Z), sendo as correções que utilizam a diferença de pseudodistâncias a
forma mais precisa. Em relação à época de aplicação das correções, esta
pode ser em tempo real ou pós-processada.
Quando se exige a posição da antena do receptor móvel em tempo
real é necessário que o receptor da estação de referência (ou base) deter-
mine as correções (pseudodistâncias ou coordenadas) e as transmitam, via
rádio, para que sejam recebidas e aplicadas as pseudodistâncias ou as
coordenadas do receptor móvel (DGPS por rádio) (Figura 3.26).

Figura 3.26. Envio da correção por link de rádio.


(http://www8.garmin.com/aboutGPS , 15/06/2008)

No Brasil, empresas privadas como a RACAL, a FUGRO e a


OMNISTAR estão explorando o DGPS, via satélite, através de redes de
estações no Brasil e na América do Sul (DGPS por satélite) (Figura 3.27).
Quando não é exigida a posição da antena do receptor móvel em
tempo real é necessário que o receptor da estação base determine as cor-
reções (pseudodistâncias ou coordenadas) e as armazene para serem usa-
das posteriormente por um programa computacional de processamento
(pós-processamento).

103
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 3.27. Envio da correção por satélite. (Robaina, 2006)

3.8.2 Com a Fase da Portadora


86B

Se a solução das ambigüidades for realizada em movimento (OTF)


e a transmissão das correções for em tempo real para um receptor em mo-
vimento o método de posicionamento é denominado de Real Time Kinema-
tic (RTK).
Tanto maior a precisão desse tipo de processamento, quanto me-
nor for a latência dos dados e se caso a latência for nula, tem-se uma solu-
ção de pós-processamento, o que também é válido para o caso do DGPS
com código.

3.9 Posicionamento Relativo


30B

O posicionamento relativo é semelhante ao diferencial quanto ao


uso de um dos receptores fixo servindo como referência ou base e o outro
(ou outros) como móvel (ou móveis), mas difere daquele por não receberem
correções a serem aplicadas em tempo real. Normalmente, são utilizados
quando se quer maior precisão, tanto estáticos quanto cinemáticos, sendo
as coordenadas desconhecidas determinadas a partir da combinação dos
dados das estações envolvidas em programas de pós-processamento. Ape-
sar de o código poder ser utilizado, preferencialmente é utilizada a diferença
de fase da portadora.
Neste tipo de posicionamento, o modelo matemático utilizado, pe-
los programas comerciais de pós-processamento é obtido pela combinação
104
Sistema de Posicionamento Global GPS

dos dados entre estações e satélites, denominada de dupla diferença de


fase. Ainda os programas comerciais lançam mão da combinação chamada
tripla diferença de fase, cuja principal aplicação é na detecção e correção de
perdas de ciclo da portadora.

3.9.1 Modelos Utilizados na Solução da Diferença de Fase


87B

A partir do modelo matemático do posicionamento absoluto com a


diferença de fase da portadora (diferença de fase pura) podem se obter os
modelos matemáticos: o das simples diferenças, o das duplas diferenças e
o das triplas diferenças de fase.

3.9.1.1 Dupla diferença de fase


124BU

A dupla diferença de fase consiste na diferença entre duas simples


diferenças de fase, envolvendo dois receptores e dois satélites (Figura
3.28).

Figura 3.28. Dupla diferença de fase. (Robaina, 2006).

Sejam dois receptores A e B, onde a posição A tem suas coorde-


nadas conhecidas, rastreando dois satélites J e K, simultaneamente. A
equação resultante dessa combinação mostra que a influência do erro cor-
respondente ao relógio do satélite foi eliminado e a influência da refração
atmosférica (troposfera e ionosfera) foi reduzida e podem até desaparece-
rem se forem iguais nas duas estações A e B, bem como foram cancelados
os erros do relógio dos receptores.

105
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

O modelo da dupla diferença de fase, na forma condensada, é re-


presentado pela expressão:

O termo é denominado de ambigüidade da dupla diferença e


a equação da dupla diferença é normalmente a combinação utilizada na
maioria dos programas computacionais de pós-processamento, em virtude
da eliminação dos erros sistemáticos envolvidos nos modelos originais.

3.9.2 Tipos de Posicionamento Relativo


8B

Dentre os métodos de posicionamento relativo, quanto ao estado


do receptor (parado ou se movimentando), na época da coleta (gravação ou
armazenamento) pode-se destacar dois métodos: o posicionamento estático
e suas variações e o posicionamento relativo cinemático.

3.9.2.1 Posicionamento Relativo Estático


125BU

Técnica tradicional de medição GPS, onde cada estação é ocupa-


da até que uma quantidade suficiente de dados tenha sido coletada para
quatro ou mais satélites.
O tempo de observação varia de acordo com a quantidade de saté-
lites, as condições atmosféricas, o tipo de receptor e o comprimento da linha
base. Experiências com GPS geodésico mostram que esse método exige de
1 a 4 horas. No caso de GPS de freqüência simples os tempos de ocupação
poderão ser duas vezes maiores.
O método estático é ideal para distâncias maiores que 15km, sen-
do utilizado para implantação, controle e densificação de redes geodésicas,
estabelecimento de pontos de controle para aerofotogrametria e para vários
outros trabalhos de precisão.

3.9.2.2 Método Relativo Estático Rápido


126BU

Esse método é uma variação do método estático, que foi desenvol-


vida para bases curtas, menores que 15 km, mas segue as mesmas diretri-
zes do método estático.

106
Sistema de Posicionamento Global GPS

Para bases curtas e com uma boa geometria da constelação, um


receptor geodésico (dupla freqüência), pode resolver a ambigüidade em um
tempo menor que o método estático. O tempo de observação com recepto-
res de dupla freqüência é variável, mas da ordem de 10 a 20 minutos e os
receptores podem ser desligados entre uma estação e outra. Esse método é
muito utilizado para adensamento de redes e outros trabalhos geodésicos
que requerem alta precisão com um tempo menor.

3.9.2.3 Método Reocupação


127BU

Esse método é outra variação do método estático, sendo especial-


mente desenvolvido para situações em que se tem menos de 4 satélites
disponíveis.
O método consiste em ocupar as mesmas estações várias vezes e
utilizar todos os dados coletados para calcular as coordenadas das esta-
ções.
Se, por exemplo, em uma dada situação, na primeira etapa de me-
dição, houver apenas 3 satélites disponíveis e, na segunda etapa, também
houver apenas 3 satélites, o processamento será realizado como se tives-
sem sido observados 6 satélites. O tempo recomendado para reocupar uma
mesma estação é no mínimo 1 hora após a ocupação precedente.
O método reocupação é ideal para levantamentos em situações em
que se tem uma configuração pouco privilegiada para a operação de um
sistema GPS.

3.9.2.4 Método Relativo Semi-cinemático (Stop and Go)


128BU

A idéia básica do método é que inicialmente as ambigüidades de-


vem ser resolvidas com um tempo de 10 a 20 minutos, sendo esse processo
conhecido como INICIALIZAÇÃO, para num segundo momento, movimen-
tar-se (go) um dos receptores para um ponto de interesse para realizar uma
coleta estática (stop) por um curto intervalo de tempo e mantendo-se o outro
em uma estação fixa. A inicialização pode ser feita por 3 modos de iniciali-
zação:
1- determinação de uma base com longo período de ocupação;
2 - curto período de ocupação sobre uma base conhecida e
3 - troca de antenas, este último menos utilizado.

107
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

O método exige que se mantenha a comunicação em modo contí-


nuo com os satélites durante todo o processo de medição, sendo a sua
principal limitação. Cada vez que ocorre uma perda de ciclo (cycle slip) é
necessário permanecer no próximo ponto até que a ambigüidade seja resol-
vida novamente (aproximadamente 2 minutos). Os GPS topográficos e
cadastrais indicam que esse método exige tempo de medição de ordem de
10 a 20 minutos para cada estação, sendo um método ideal para ser utiliza-
do em cadastros e serviços topográficos rotineiros, em áreas com poucas
obstruções.

3.9.2.5 Método Relativo Cinemático


129BU

O método cinemático tem sua maior aplicação na determinação de


trajetória de objetos em movimento. Pode também ser utilizado para o le-
vantamento de perfis (estradas), determinação de posição de barcos e avi-
ões. Os dados desse tipo de posicionamento podem ser processados após
a coleta (pós-processados) ou durante a coleta (tempo real).

3.9.2.6 Cinemático Pós-Processado


130BU

No método cinemático mede-se a posição relativa dos pontos le-


vantados em um intervalo de tempo pré-definido pelo usuário, com o recep-
tor deslocando-se continuamente, mantendo-se a sintonia com os satélites.
Os dados que descrevem o objeto em movimento são armazena-
dos para posterior pós-processamento no escritório, sendo que existem
duas opções para a solução das ambigüidades: solucioná-lo antes de iniciar
o movimento ou estimá-lo em conjunto com os dados coletados em movi-
mento.

3.9.2.7 Cinemático em Tempo Real


13BU

Existem algumas aplicações que necessitam que se conheça as


coordenadas da antena do receptor em tempo real e para que esse objetivo
seja alcançado é necessário que o receptor em movimento receba e aplique
correções transmitidas por uma estação de referência, o que requer um link
de rádio para essa finalidade.
Esse método é conhecido como Real Time Kinematic ou RTK,
sendo constituído por dois receptores de (dupla ou simples freqüência) com

108
Sistema de Posicionamento Global GPS

suas antenas e dotados de um link de rádio, sendo uma das limitações


desse método a distância entre os receptores, que deve ser da ordem de 4
km, devido a transmissão das correções serem feitas em VHF ou UHF.
Uma exigência desse método é a necessidade de resolver as am-
bigüidades em movimento (OTF), o que pode se traduzir numa grande van-
tagem se esse método for utilizado em aplicações estáticas, reduzindo o
tempo de observação.
A partir de cada um dos métodos discutido e das características i-
nerentes a estes na busca da solução para as coordenadas de um levanta-
mento, pode-se traçar a seguinte tabela do tempo mínimo em função da
precisão, Quadro 08.

Quadro 08. Métodos de levantamento e seu respectivo tempo e precisão


esperada.
Método de medição Tempo de Observação Precisão
Absoluto 30 - 60 seg 30m - 100m
DGPS Tempo Real 1m - 3m
Cinemático 1 seg 10cm - 1m
Stop and Go 10 a 20 seg 10cm - 20cm
Rápido Estático 10 a 20 min 1cm + 1ppm
Estático 1 - 4 horas 5mm + 1ppm

3.10 Redes de Apoio ao Posicionamento


31B

3.10.1 Estação de Controle Ativo


89B

Essas estações funcionam, dê modo permanente e contínuo, como


um ponto de coordenadas conhecidas para serem utilizadas no processa-
mento diferencial, possibilitando aos usuários que possuam apenas um
receptor, desenvolver suas atividades de posicionamento dentro da região
atendida, adquirindo posteriormente o arquivo coletado pela ECA na esta-
ção mais próxima do seu local de interesse.

3.10.1.1 Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC)


132BU

O IBGE, dentro de suas atribuições de gerenciamento do SGB im-


plantou uma rede de estações GPS, com coordenadas de precisão geodé-
sica, melhor do que 1:100.000 (Figura 3.29).

109
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

As estações, com raio de ação de 500 km, equipadas com recepto-


res de dupla freqüência, funcionam de forma permanente coletando e arma-
zenando dados dos satélites. Os arquivos de dados podem ser obtidos pela
INTERNET, sendo que o caminho para acesso inicia no endereço eletrônico
www.ibge.gov.br, após procura-se Geociências e depois Geodésia e depois
H H

RBMC - Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo.


São fornecidos dois tipos de arquivos. Um com as informações da
estação solicitada tais como coordenadas geodésicas e altura da antena
cujo nome é XXXX.PDF e tem aproximadamente 6Kb, sendo XXXX o códi-
go da estação e outro arquivo que contém as informações para cada dia,
identificados como XXXXDDD1.ZIP (aproximadamente 1,6 Mb) e DDD signi-
fica o dia Juliano do ano e 1 significando arquivo único (24 horas).

Figura 3.29. Rede RBMC. (http://www.ibge.gov.br, 30/05/2009)

Cada arquivo compactado contém 2 arquivos no formato RINEX: o


arquivo de observações (XXXXDDDD.AAO) e o arquivo de navegação
(XXXXDDDD.AAN).
Por exemplo, o arquivo de informações da estação de Santa Maria
- RS é SMARSAD.PDF e os dados serão encontrados dentro de um arqui-
vo, baixado (download) para o computador do usuário de nome
SMAR0891.ZIP após a digitação da data desejada. Os arquivos a serem
110
Sistema de Posicionamento Global GPS

extraídos terão o nome SMAR0891.09o e SMAR0891.09n, que correspon-


dem aos arquivos RINEX dos dados de observação no dia 30 de março de
2009, gravados a uma taxa de 15 segundos e o arquivo dos dados de na-
vegação correspondente, ver o exemplo do Quadro 09.

Quadro 09: Arquivo de observação - Bases da RBMC – IBGE.

3.10.1.2 Rede INCRA de Bases Comunitárias do GNSS - (RI-


13BU

BaC)

A Rede INCRA de Bases Comunitárias do GNSS - RIBaC é um


conjunto de estações ativas de referência do GNSS, implantadas em diver-
sos pontos do território brasileiro e tem o propósito auxiliar a execução dos
serviços de georreferenciamento, fornecendo correções relativa e diferencial
das observações coletadas pelos receptores de sinais do GNSS, em qual-
quer dia, a qualquer hora, permitindo que correções pós-processadas sejam
efetuadas, por qualquer usuário, sem ter que se deslocar para o ponto de
referência escolhido (Figura 3.30).
Projetada inicialmente para funcionar com 80 estações, 45 já insta-
ladas, das quais 32 se encontram em operação plena, homologadas pelo
IBGE, órgão gestor do Sistema Geodésico Brasileiro. Ao final da instalação
111
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

de todas as 80 estações, a distância média entre as mesmas será de 250


km.
A RIBaC é constituída por receptores próprios do INCRA, de dupla
freqüência (L1/L2), que acessam observações do GPS (15 estações), inclu-
indo as observáveis L2C e L5 e do GLONASS também (65 estações).As
observáveis do GPS/GLONASS são acumuladas discretamente (a cada
segundo) por cada uma das estações de referência e são publicadas a cada
hora plena, pelo servidor da RIBaC, com taxa de gravação de 5 segundos.
Cada arquivo publicado, após a compactação (.zip), ocupa, em média, um
espaço de 260 kb e são disponibilizados no formato RINEX.

Figura 3.30. Rede RIBaC. (http://ribac.incra.gov.br/ribac , 30/05/2009)

Os arquivos de dados podem ser obtidos pela INTERNET, no en-


dereço eletrônico http://ribac.incra.gov.br/ribac, sendo que, os dados das
H H

estações de referência da RIBaC, são armazenados com uma taxa de gra-


vação de 5 segundos, com a seguinte nomenclatura dos arquivos:

112
Sistema de Posicionamento Global GPS

AAMMDDHH.ZIP, onde AA são os últimos algarismos do ano cor-


rente; MM é o mês corrente; DD é o dia corrente e HH é a hora Greenwich
em que o arquivo foi gerado.
Neste arquivo, encontram-se três outros arquivos: o arquivo de da-
dos de observação, com o nome AAMMDDHH.AAo e os arquivos dos dados
de navegação com os nomes de AAMMDDHH.AAn e AAMMDDHH.AAg,
respectivamente para os sistemas GPS e GLONASS. Lembrando que cada
arquivo corresponde a uma hora de observação e portanto deverão existir
24 arquivos para cada dia de coleta de dados dos satélites.
Exemplo: 09033113.zip é um arquivo contendo uma hora de obser-
vações, iniciado às 13 horas (horário de Greenwich) do dia 31 de março do
ano 2009. O Quadro 10 abaixo traz um exemplo da configuração do arquivo
de observação feito pela RIBaC.

Quadro 10: Arquivo de observação - Bases da RIBaC – INCRA.

3.10.1.3 Rede Faróis da Marinha


134BU

A rede é composta de 13 estações estão distribuídas ao longo do


litoral brasileiro, que transmitem sinais continuamente com correções para
113
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

DGPS, no formato RTMC-SC104 (Radio Technical for Marine Services


Communications Special Commitee 104). O alcance é de 1000 km no mar e
de 300 km no continente, dependendo da topografia. A transmissão dos
sinais ocorre na freqüência de transmissão na faixa exclusiva de 285-315
kHz, sendo gratuito e no caso do GPS, exige receptor específico de sinais
RTMC (Figura 3.31).
São dados utilizados para o posicionamento diferencial em tempo
real com a utilização do código C/A.

Figura 3.31. Faróis da marinha. (Robaina, 2006)

3.10.1.4 Redes de Estações Ativas Particulares


135BU

São pontos distribuídos pelo território nacional cujo gerenciamento


é realizado por firmas particulares para darem suporte aos seus clientes,
servindo como estações de referência ou estações base rastreando os
satélites GPS durante 24 horas e fornecendo os arquivos através do acesso
pela INTERNET aos clientes autorizados.
Um exemplo é rede da Santiago & Cintra composta de 25 estações
de referência, com raio de ação de 300 km, que poderão servir de suporte
aos levantamentos para atender a lei de Registro de Imóveis e que segundo
a empresa terão seus pontos homologados pelo IBGE para fazerem parte
das Estações de Controle Ativo do Sistema Geodésico Brasileiro.

114
Sistema de Posicionamento Global GPS

3.10.2 Estação de Controle Passivo


90B

Essas estações funcionam de maneira similar às redes clássicas


ou convencionais (marco ou RN), como um ponto de coordenadas conheci-
das para serem utilizadas no processamento diferencial ou relativo, mas
existe a necessidade de ocupar a estação de referência com um receptor
para coletar e armazenar os sinais dos satélites.
Até dezembro de 2006 tinham sido estabelecidas 13 redes GPS
estaduais (abrangendo 18 estados): São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rio Grande do
Sul, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Acre e a rede Nordeste. A rede Nordeste
foi um caso a parte, pois foi estabelecida em uma única campanha de medi-
ção contemplando os estados de Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Paraíba e
Rio Grande do Norte.
A localização de cada marco é previamente escolhida juntamente
com representantes de instituições federais, estaduais e municipais de for-
ma a zelar pela integridade física do marco, isto é, evitar abalos que possam
interferir nas coordenadas do mesmo ou até mesmo a sua destruição.
A implantação de uma rede geodésica estadual vem a colaborar na
elaboração dos seguintes produtos e informações:
- Confecção de mapas e cartas;
- Referência para obras de engenharia tais como: construção e pa-
vimentação de rodovias e estradas, construção de pontes, viadutos e túneis;
- Demarcação de unidades estaduais, unidades municipais, áreas
indígenas, áreas de proteção ambiental;
- Regulamentação fundiária;
- Transmissão de energia;
- Abastecimento de água, etc.

3.10.2.1 Rede Estadual de Pontos GPS - Rio Grande do Sul


136BU

A rede de pontos GPS no Rio Grande do Sul deverá ser composta


de 45 (quarenta e cinco) estações, recobrirá todo o território estadual e que
servirá de referência tanto para a topografia clássica como para os recepto-
res de sinais GPS (Figura 3.32).

115
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 3.32. Rede de marcos passivos no Rio Grande do Sul. (Robaina, 2006)

As estações distam entre si aproximadamente 70 km. Fazem parte


desta rede as estações de Porto Alegre e de Santa Maria, que integram a
Rede Brasileira de Monitoramento contínuo do sistema - RBMC. A escolha
dos locais para a implantação das estações levou em conta aspectos sócio-
econômicos e a configuração geométrica da rede. Cada vértice passivo da
rede é constituído de um marco de precisão e de um marco de azimute
(Figura 3.33) com as informações do mesmo descritas em uma monografia,
Quadro 11.

Figura 3.33. Marco de Precisão, ou de centragem forçada (à esquerda) e de


azimute. (http://www.ibge.gov.br, 30/05/2009)

116
Sistema de Posicionamento Global GPS

Quadro 11: Exemplo de monografia do ponto.

117
4 AULAS PRÁTICAS DE GPS∗
4B

4.1 Modelos de Receptores GPS de navegação


32B

São popularmente chamados de receptores de navegação possu-


em 12 canais, recebem a freqüência L1, mas não possuem estrutura para
armazená-la. Desde modo, oferecem posicionamento somente pela solução
de código em tempo real e de modo absoluto com uma precisão de < 15
metros RMSm 95% (segundo o fabricante). Também podem oferecer uma
solução de código pelo método diferencial (precisão de 3 a 5 metros 95%),
necessitando para isto de acessórios complementares. Serão abordados os
receptores GPS da marca Garmin modelos eTrex Legend e eTrex Vista, que
possuem as seguintes características.
Modelo eTrex Legend:
U

• Armazenagem de 500 Waypoints com nome e símbolo gráfico.


• Um Registro de Trilha automático com capacidade de armaze-
namento para 10 trilhas com 250 pontos cada.
• Capacidade de processar rotas, com armazenamento para 20
Rotas com 50 Waypoints cada.
• Um Computador de Navegação que fornece uma variedade de
dados de navegação tais como velocidade, ETA, ETE, rumo, odômetro, etc.
• Uma Função de Localização para encontrar Waypoints, Cida-
des, Saídas de Rodovias Interestaduais, Pontos de Interesse, Endereça-
mento de Ruas e Interseções.
• 8 MB de armazenamento de dados cartográficos detalhados.
Modelo eTrex Vista:
U

Apresenta as cinco primeiras características do modelo anterior


mais as funções listadas abaixo:
• Um Computador de Elevação para fornecer o valor total de su-
bida/ descida, a média de subida/descida, a subida/descida máxima, a ten-
dência de pressão por 12 horas, e a elevação máxima/mínima.
• 24 MB de armazenamento de dados cartográficos detalhados.
• Capacidade de usar o Sistema de Correção Diferencial de Área
Ampla (WAAS).


As figuras apresentadas neste capítulo foram obtidas pelos autores, a partir da captura dos
displays de um receptor Garmin modelo Etrex Vista pelo software G7TOWin. Além disso, também
foram capturadas as telas dos softwares TrackMaker e Google Earth.
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

4.2 Manual Garmin eTrex Vista∗


3B

4.2.1 Introdução: página dos satélites


91B

Uma vez que o eTrex Vista apoia-se nos sinais de satélite para for-
necer a você orientação náutica, a visão do céu acima da unidade determi-
nará quão rapidamente você atingirá o estado adequado à navegação. Os
sinais GPS não se propagam através de rochas, edifícios, pessoas, metais
ou cobertura espessa de árvores. Assim, mantenha a unidade com visão
clara do céu para melhores resultados.
A Página dos Satélites (Figura 4.1) fornece a situação do acompa-
nhamento dos sinais de satélite e diz a você quando a unidade está pronta
para navegação. Pelo menos três sinais de satélite são necessários para
achar sua localização. O gráfico do Céu representa uma vista do céu dire-
tamente acima de sua localização atual mostrando os satélites e seus nú-
meros. O aro externo representa o horizonte à sua volta e o círculo interno,
uma posição no céu a um ângulo de 45° a partir de sua localização. Uma
barra de intensidade de sinal para cada satélite é mostrada logo abaixo. Os
satélites e seus sinais aparecem como imagens em contorno até que um
sinal seja recebido e, então, eles aparecem escurecidos. Quanto mais forte
for o sinal, maior a barra correspondente.
Se a unidade não pode inicialmente (quando ligada pela primeira
vez) determinar sua localização, ela mostrará uma mensagem “Aguarde
rastreio de satélites” com quatro opções. Cada uma oferece uma explicação
breve quando selecionada, para orientar sua decisão. Quando em casa ou
onde uma clara visão do céu está obstruída, ou você quer poupar a energia
das pilhas, selecione a opção ‘Use com GPS desligado’ (Figura 4.2), que faz
parte do Menu de opções da Página dos Satélites (Satellite Page Option
Menu). Você pode inserir dados, criar rotas, etc., mas não pode navegar
neste modo. Você pode orientar a visão do céu selecionando a opção ‘Track
Up’ (sua direção de viagem) ou ‘North Up’, direcionando o gráfico do céu
para o Norte. Você pode inserir manualmente uma nova elevação, mais
correta, caso seja conhecida, para aumentar a eficácia da posição. Se você
moveu-se mais do que 600 milhas desde quando usou a unidade pela últi-
ma vez, pode precisar usar a opção ‘New Location’ que ajuda a unidade a
se localizar e apressa a obtenção da posição.


As telas do Garmin modelo Etrex Vista são iguais às telas do modelo Etrex Legend com exce-
ção do item 4.2.7 (página do altímetro), que somente o modelo Vista possui.
120
Aulas Práticas de GPS

Figura 4.1. Página dos satélites (5 Figura 4.2. Opções de menu da


satélites estão sendo acompanhados). página dos satélites.

Uma vez que os satélites tenham sido sintonizados, as coordena-


das e a elevação de sua localização são mostradas na parte inferior da
Página dos Satélites.
a) Como selecionar a opção ‘Use
com GPS desligado’:
1. Use o CLICK STICK para selecionar
o botão Menu de Opções no alto da página e
então pressione-o para acionar o Menu de
Opções (Figura 4.2).
2. Use o CLICK STICK para selecionar
a opção ‘Use com GPS desligado’ então pres-
sione-o para ativar esta opção.
3. Observe que o bloco de título da
Página dos Satélites agora especifica “GPS
Desligado” (Figura 4.3).
4. O eTrex Vista agora parará de a-
companhar satélites e não deve ser usado para Figura 4.3. Mensagem
navegação. Sempre que a unidade for religada GPS desligado.
ela retorna à operação GPS normal.
b) Como selecionar ‘Track Up’ ou ‘North Up’:
1. Siga os procedimentos para acionar o Menu de Opções.

121
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

2. Selecione opção ‘Track Up’ ou a ‘North Up’ (dependendo da op-


ção que está no momento em uso), e pressione o CLICK
STICK para ativar.
c) Como inserir uma nova elevação:
1. Use o CLICK STICK para acionar o Menu de Opções.
2. Selecione ‘Nova Elevação’ e então pressione o CLICK STICK.
Observe o primeiro dígito selecionado no campo de elevação e a tecla nu-
mérica na parte inferior da Página dos Satélites.
3. Entre com a elevação desejada usando o CLICK STICK para se-
lecionar os números adequados e então pressione-o. Selecione ‘OK’ e pres-
sione para completar a entrada de dados.
d) Como inserir uma nova localização:
1. Siga os procedimentos para acionar o Menu de Opções.
2. Selecione ‘Nova Localização’ e pressione o CLICK STICK para
mostrar as alternativas ‘Auto’ ou ‘Use o Mapa’.
3. Se você escolher ‘Auto’ o eTrex Vista determinará sua nova lo-
calização automaticamente.
4. Se você escolher ‘Use o Mapa’ uma página de mapa aparecerá
com instruções dizendo “Point to your approximate location and press Enter”
(Aponte para sua localização aproximada e pressione ENTER). Use o
CLICK STICK para mover o Ponteiro do Mapa até sua localização no mapa
e pressione-o.

4.2.2 Métodos de Navegação


92B

Métodos de Navegação usando o


eTrex Vista
Existem quatro métodos de navegação
quando se utiliza o eTrex Vista e cada um deles
é mostrado graficamente na Página do Mapa.
Goto – Um caminho direto a uma loca-
lização no mapa, (waypoint, cidade, endereço,
etc.) (Figura 4.4).
Track – Um caminho de uma viagem
anterior que ficou armazenado no eTrex Vista.
Um Track permite a você repetir um caminho ou
retornar ao seu ponto de partida pelo mesmo
caminho, usando a função TrackBack da Figura 4.4. Goto.

122
Aulas Práticas de GPS

GARMIN.
Route – Um caminho para um destino
consistindo de pontos notáveis ao longo do
mesmo (waypoints, cidades, saídas de rodovi-
as, pontos de interesse, pontos de interseções,
etc.) (Figura 4.5).
Viagem sem utilizar Goto, Track ou
Route – Esta circunstância é melhor descrita
como viagem sem introduzir um destino no
eTrex Vista. A Página do Mapa mostra seu
movimento em tempo real, à medida que você
viaja com a unidade ligada e recebendo satéli-
Figura 4.5. Route.
tes.
A Navegação ativa é auxiliada por três das cinco Páginas Princi-
pais:
A Página do Mapa mostra a você, graficamente, detalhes do mapa,
sua localização atual, sua elevação, marca sua rota para o destino com uma
linha de rota, e deixa uma trilha (Registro de Trilha) dos lugares por onde
passou.
A Página de Navegação diz a você qual a direção seguir e a dire-
ção que você está viajando.
A Página do Computador de Navegação registra e mostra dados
da viagem, como, por exemplo, sua velocidade, a distância que você viajou,
ou a distância que vai viajar e a hora do dia ou o tempo que falta para che-
gar a um destino, além de outras informações.

4.2.3 Página do Mapa


93B

A Página do Mapa (Figura 4.6) mostra sua posição atual e a dire-


ção de movimentação através de um ‘Ícone de Posição’ triangular, no centro
do mapa. À medida que você viaja, o equipamento deixa uma “trilha” (Regis-
tro de Trilha) desenhado no mapa, de onde você esteve. A tela também
mostra a escala do mapa e detalhes geográficos tais como lagos, rios, es-
tradas, e cidades.
Use os botões ZOOM IN e OUT para mudar a escala do mapa a
fim de mostrar mais áreas do mapa com menos detalhes ou menos áreas
do mapa com mais detalhes. Pressione e segure o ZOOM para mudar rapi-
damente a escala do mapa.

123
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Em muitas circunstâncias o mapa mos-


trará um ‘Círculo de Incerteza’ circundando o
‘Ícone de Posição’. O eTrex Vista usa tanto as
resoluções do mapa quanto a exatidão GPS ao
definir sua localização para um ponto dentro do
círculo. Quanto menor o círculo, mais exata a
sua localização. Para informações mais exatas
quanto à localização, refira-se à Página dos
Satélites.
Quando estiver usando a função ‘Pan
Map’, uma pequena seta (Ponteiro do Mapa)
pode ser movimentada pela página para sele-
cionar e identificar itens do mapa ou para rolar
o mapa para áreas de visão que não aparecem Figura 4.6. Página do
na tela de visualização. Mapa.
Um Campo de Status no alto da página fornece o acompanhamen-
to dos satélites e informação sobre a exatidão de sua localização.
Dois campos de dados na parte inferior da página podem ser pro-
gramados para fornecer uma variedade de informações de viagem e nave-
gação.
Feições cartográficas mais detalhadas bem como informações so-
bre essas feições podem ser baixadas para a unidade, a partir de um CD-
ROM MapSource GARMIN. Quando estiver usando dados do MapSource, a
palavra ‘mapsource’ aparecerá abaixo da escala do mapa toda vez que
você usar o zoom para ver seus detalhes.
O Menu de Opções da Página do Mapa permite que você mude a
disposição das características da página, pare a navegação ativa, acione a
visão panorâmica do mapa, e personalize o mapa propriamente dito para
mostrar características que atendam às suas preferências pessoais.

4.2.3.1 Opções da Página do Mapa


137BU

As opções da Página do Mapa (Figura 4.7) permitem uma varieda-


de de características de operação e personalizam características para o seu
eTrex Vista.
Nem todas as opções da Página do Mapa estão disponíveis ao
mesmo tempo. Muitas são substituídas por uma opção oposta quando são

124
Aulas Práticas de GPS

selecionadas, tais como Hide Data Fields/Show Data Fields. As opções da


Página do Mapa são:
Percorrer Mapa – Permite que você
movimente a Seta panorâmica (Ponteiro do
Mapa) pelo mapa.
Parar Navegação – Interrompe a na-
vegação para um destino.
Esconda Estado de Navegação –
Remove a janela do status da navegação para
ampliar a área do mapa ou insere a referida
janela.
Esconda Campos de Dados – Remo-
ve ou insere dois campos de dados programá-
veis na parte inferior da página e amplia ou
reduz a área do mapa.
Mapa de definições – Mostra as Pá-
ginas de Configuração do Mapa, as quais per-
mitem que você adapte seu mapa às suas ne- Figura 4.7. Opções da
cessidades, tais como mudar o tamanho do página do mapa.
texto, a orientação do mapa, e o seu detalha-
mento.
Repor Dados iniciais – Retorna a Página do Mapa aos ajustes o-
riginais de fábrica (defaults).

4.2.3.2 Instruções Passo a Passo


138BU

a) Para selecionar uma opção da página do mapa:


1. Selecione o Menu Option no botão no alto da tela e então pres-
sione o CLICK STICK para abrir o menu.
2. Selecione a opção desejada no menu e então pressione o
CLICK STICK para ativar a opção.
3. Para fechar sem fazer uma seleção, mova o CLICK STICK para
a direita.

125
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

4.2.4 Página de Navegação


94B

A Página de Navegação fornece orien-


tação ativa com uma bússola giratória que mos-
tra seu rumo em relação ao solo (trilha) enquan-
to você está se movimentando, e uma seta de
direção para indicar a direção atual até o seu
destino (bearing) relativa ao seu caminho pelo
solo (Figura 4.8).
A Bússola e o Indicador de Rumo fun-
cionam independentemente, indicando a dire-
ção da sua movimentação e a direção até o seu
destino. Por exemplo: se a seta está apontando
direto para o alto, você está indo diretamente
para seu destino. Se ela aponta para qualquer
direção que não seja para cima, volte-se na
Figura 4.8. Página de
direção da seta até que ela aponte para cima e,
Navegação.
então, continue naquela direção.
Se você, em vez disso, está usando a opção ‘Course Pointer’ e se
afasta da linha de viagem do seu destino (Course Deviation Indicator – CDI),
a seta dá a indicação gráfica de afastamento (para a direita ou para a es-
querda) e expõe a distância de afastamento do rumo. A bússola somente é
exata quando você está se movendo.
A Página de Navegação também expõe um campo ‘Waypoint’ aci-
ma da Bússola ou da Estrada com o nome do próximo waypoint na sua rota,
ou de seu destino final. As coordenadas geográficas para aquele item apa-
recem logo abaixo do nome.

4.2.4.1 Opções da página de navegação


139BU

Um botão na tela, no alto da página, aciona o Menu de Opções pa-


ra esta página. As opções incluem: ‘Parar Navegação’, ‘Ponteiro de Rumo,
‘Números grandes, e ‘Repor dados iniciais. ‘Números Grandes’ converte
informações nos campos de dados para mostrar um formato de texto grande
enquanto reduz o tamanho da Bússola (Figura 4.9).
Na parte inferior da página estão dois campos de dados que são
programáveis pelo usuário com diferentes opções de dados (Figura 4.10).

126
Aulas Práticas de GPS

Figura 4.9. Menu de opções da Figura 4.10. Opções de dados da


página de navegação. página de navegação.

4.2.4.2 Instruções passo a passo


140BU

a) Usando opções para configurar a Página de Navegação:


1. Com a Navigation Page ativa, use o CLICK STICK para selecio-
nar o botão do Menu de Opções no alto da página.
Pressione esse botão para abrir o menu.
2. Observe o Options Menu: Se você está navegando nesse mo-
mento em um Goto, Trajeto, ou Rota, a opção ‘Parar Navegação’ estará
ativa, de outra maneira ela estará “acinzentada”. A opção seguinte da lista
será ‘Ponteiro de Azimute’, o ponteiro que é mostrado na bússola. A próxi-
ma opção da lista será ‘Números Grandes’ que expõe informação em dois
campos de dados com números grandes, acima e abaixo da bússola en-
quanto mostra a bússola em uma escala menor. A última opção da lista é
‘Repôr Dados Iniciais’.
3. Use o CLICK STICK para destacar sua seleção e então pressio-
ne-o para ativar.
b) Para mudar os campos de dados:
1. Use o CLICK STICK para destacar o campo de dados desejado
e então pressione-o para expor a lista de opções.
2. Selecione a opção desejada da lista e pressione o CLICK
STICK.

127
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

3. Você pode abrir novamente os campos de dados a qualquer


momento para mudar o tipo de dados visualizados enquanto estiver nave-
gando.

4.2.5 Página do Computador de Navegação


95B

O Computador de Navegação fornece uma variedade de campos e


dados com leituras atualizadas à medida que você viaja. Oito campos mos-
tram informações de navegação e são programáveis pelo usuário. As op-
ções iniciais para esses campos são mostradas na ilustração à direita.

4.2.5.1 Opções da página do computador de navegação


14BU

O Menu Opções para a página fornece as seguintes opções: Rede-


finindo, Números Grandes, e Repor dados iniciais.

4.2.5.2 Instruções passo a passo


142BU

a) Para programar um campo de da-


dos:
1. Use o CLICK STICK para selecionar
o campo de dados desejado e então pressione-
o para abrir o menu de opções daquele campo.
2. Use o CLICK STICK para mover o
menu para cima ou para baixo, a fim de sele-
cionar a opção de dados desejada.
3. Pressione o CLICK STICK para se-
lecionar a opção e colocá-la no campo de da-
dos (Figura 4.11).
b) Para acessar a página Menu Op-
ções:
1. Use o CLICK STICK para selecionar
Figura 4.11. Computa-
o botão Menu Opções na tela e pressione-o
dor de navegação.
para acionar o menu de opções.
2. Selecione a opção desejada e então pressione o CLICK STICK
para ativar.

128
Aulas Práticas de GPS

3. Para ativar opções individuais de ‘Redefinindo’, selecione o item


da lista e então pressione o CLICK STICK para colocar ou remover a marca
de seleção.

4.2.6 Página do Menu Principal


96B

O Menu Principal permite acessar as


páginas de características adicionais do eTrex
Vista. As páginas relacionadas abaixo permitem
melhorar a operação do eTrex Vista.
Pressione o botão PAGE repetidamen-
te para chegar ao Menu Principal... Ou selecio-
ne-o a partir da lista de páginas no alto de cada
página principal (Figura 4.12).
Marcar um ponto – Permite que se
marque e armazene como ponto a sua localiza-
ção atual ou a posição da seta de localização
do mapa.
Procura – Permite que você localize,
execute Goto, ou use como parte de uma Rota:
Pontos, Localizações Favoritas, Cidades, Saí- Figura 4.12. Menu prin-
das Interestaduais, Pontos de Interesse, Ende- cipal com ícones de
reços, e Interseções. funções e janela de
Rota – Permite que você crie e arma- status da alimentação,
zene rotas para serem usadas repetidas vezes. data/hora e iluminação
Trajetos – Fornece acesso ao Registro da tela.
de Trilha e às trilhas memorizadas.
Definições – Permite adaptação de itens tais como formato do re-
lógio, unidade de medida, tempo de duração da iluminação da tela e ajuste
de contraste, configurações de interfaces, seleção de direções e informa-
ções de software do sistema.
Acessórios – Permite acessar dados do Sol e da Lua, um Calen-
dário, e dados sobre Caça e Pesca.
Informações acerca do status da iluminação da tela, hora e data, e
energia das pilhas são mostrados na janela, na parte inferior da Página do
Menu Principal.
O ícone da pilha mostrará a quantidade aproximada de reserva de
energia disponível. Quando a unidade tem energia fornecida por um adap-

129
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

tador de acendedor de cigarro, um ícone de tomada de energia substituirá o


ícone da pilha. A data e a hora estão expostas no centro da janela e quando
a iluminação de fundo está ativa, a lâmpada à direita aparecerá iluminada.

4.2.6.1 Página Marcar Ponto


143BU

A Página marcar ponto (Figura 4.13)


permite que você marque e registre sua locali-
zação atual como um ponto, e mostra uma
imagem (homem com uma bandeira) com o
número designado para aquele ponto e o seu
símbolo.
a) Para marcar sua localização atual
como um waypoint:
1. Pressione e mantenha pressionado
o CLICK STICK até que a Página Marcar Ponto
apareça. Você pode também acessar esta pá-
gina selecionando o Ícone Marca na Página do
Menu Principal e, então, pressionando o CLICK
STICK. Automaticamente será atribuído (ao
Figura 4.13. Página
ponto) um número com 3 dígitos.
Marcar Ponto.
2. Para mudar o nome do ponto, use o
CLICK STICK para selecionar o campo corres-
pondente.
3. Para atribuir um símbolo identifican-
do um ponto, use o CLICK STICK para selecio-
nar o bloco de símbolo logo acima do nome do
ponto (Figura 4.14).
4. Para salvar o ponto, selecione ‘OK’
e pressione o CLICK STICK.
5. Se você não quiser salvá-lo como
um novo ponto, basta apertar o botão PAGE
antes de pressionar qualquer outro botão, para
poder cancelá-lo.
b) Para criar um ponto usando a se-
ta panorâmica do mapa:
1. Com a característica Pan Map ativa, Figura 4.14. Lista de
mova a seta panorâmica (Ponteiro do Mapa) símbolos cartográficos.

130
Aulas Práticas de GPS

para o item do mapa que você quer e selecio-


ne-o.
2. Pressione e solte o CLICK STICK
para mostrar a página de informação do item.
3. Com a Página de Informação expos-
ta, selecione o botão de opões do menu no alto
da página e então pressione o CLICK STICK
para abrir o menu.
4. Selecione a opção ‘Save como pon-
to’ e pressione o CLICK STICK para salvar o
item do mapa como um ponto.
c) Para criar um ponto usando a se-
ta panorâmica quando o item do mapa não
está selecionado:
Com a função Pan Map ativa, mova a
Figura 4.15. Marcando
seta panorâmica (Ponteiro do Mapa) sobre o
um ponto no mapa sem
mapa até a localização que você quer marcar e,
selecionar um item do
então, pressione o CLICK STICK, soltando-o
mapa.
em seguida (Figura 4.15).
A Página Marcar Ponto aparecerá, au-
tomaticamente, designando um número para o
ponto.
Esteja certo de que pressionou e em
seguida soltou o CLICK STICK para esta ope-
ração. Ao pressionar e manter pressionada a
tecla será marcado um ponto para sua localiza-
ção atual.
d) Para criar um ponto inserindo
manualmente suas coordenadas (lat/lon):
1. Pressione e mantenha o CLICK
STICK pressionado para acessar a Página
Marcar Ponto (Figura 4.16).
2. Selecione o Campo de Localização
Figura 4.16. Criando um
na Página Marcar Ponto e introduza as novas
ponto pela introdução
coordenadas usando o teclado numérico. Sele-
manual de suas coor-
cione e pressione ‘OK’ quando tiver terminado.
denadas.
3. Você também pode mudar o nome
e/ou o símbolo do ponto.

131
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

e) Para mover um waypoint arrastando-o no mapa:


1. Use o Menu Procura para expor a Página Ponto para o ponto
que você quer mover. Refira-se à seção intitulada “Usando o Menu Procu-
ra”.
2. Selecione e pressione o botão ‘Mapa’, na tela, para expor o ma-
pa para o ponto.
3. Com o ponto selecionado pela seta panorâmica, pressione e sol-
te o CLICK STICK. Aparece a palavra ‘Mova’ abaixo da seta.
4. Use a seta panorâmica para arrastar o ponto até a nova localiza-
ção e então pressione o CLICK STICK para coloca-lo aí.
5. Pressione o botão PAGE antes de pressionar o CLICK STICK
para cancelar a movimentação do ponto e retornar às Páginas Principais.

4.2.6.2 Menu de Procura


14BU

O Menu Procura (Figura 4.17) permite


que você ache localizações armazenadas (pon-
tos) e itens do mapa (cidades, saídas, etc.).
Eles podem ser encontrados pelo nome ou por
aqueles mais próximos da sua localização atual
(Ícone de Posição). Se você estiver usando
dados do MapSource MetroGuide, a lista locali-
zações será aumentada para incluir categorias
como Pontos de Interesse, Endereços de Rua e
Interseções.
Pressione e solte o botão Procura pa-
ra acessar o Menu Procura.
O Menu Procura permite que você lo-
calize e viaje para: Figura 4.17. Página de
Pontos – Localizações marcadas e procura usando sua
salvas no mapa, usadas como um destino, ou localização atual como
um ponto no caminho para um destino. Referir- ponto de referência.
se à página 89 para marcar ou criar um ponto.
Favoritos – Uma lista de pontos fami-
liares e usados muitas vezes.
Cidades – Uma lista de cidades no
mapa básico. Figura 4.18. Opções de
Saídas – Uma lista de todas as Saídas procura de pontos.

132
Aulas Práticas de GPS

na Rodovia Interestadual mais próxima, categorizada como “Todos os Ti-


pos”, “Serviços”, “Áreas de Descanso”, “Outras”, tais como “estações de
pesagem”, etc.
Pontos de interesse – Uma lista de restaurantes, museus, hospi-
tais, etc.
Endereços – Uma página com campos de entrada de dados para
número de endereço, nome de rua, cidade e código postal, usados para
definir um endereço.
Cruzamentos – Uma página com campos de entrada de dados pa-
ra duas ruas, uma cidade, códigos postais. Usados para definir uma interse-
ção.
Para algumas categorias, existem dois
métodos de listagem (Figura 4.18 acima). A
lista “Por nome” contém todos os itens no ban-
co de dados do mapa para a categoria selecio-
nada, enquanto que a lista “Mais próxima” con-
tém somente aqueles itens que estão perto da
sua localização atual ou do Ponteiro do Mapa
(Figura 4.19). As categorias listadas por qual-
quer um destes métodos mostrarão uma sele-
ção imediata.
Essas páginas estão estruturadas com
um conjunto de submenus e páginas informati-
vas que guiarão você através do processo de
achar localizações. Use-as para construir uma
Figura 4.19. Resultado
Rota, estabelecer uma linha direta de viagem
da procura por cidades
(Goto), ou quando estiver coletando informa-
mais próximas.
ções.

4.2.6.3 Criando e usando uma rota


145BU

A navegação por rota permite que você crie uma seqüência de


pontos intermediários que levam ao seu destino final. O eTrex Vista arma-
zena 20 rotas, cada uma com até 50 pontos. Uma rota pode ser criada e
modificada a partir da Página de Rotas, e pontos podem ser adicionados a
uma rota a partir do Menu Procura. Rotas mais complexas podem ser cria-
das usando um PC e programas de mapeamento MapSource e, então,

133
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

transferidas para a memória da unidade. Você pode adicionar um ponto ou


item do mapa a uma rota existente a qualquer instante (Figura 4.20).
a) Para criar uma rota
1. Acesse a página ‘Rotas” do Menu
Principal. A página tem um botão ‘Nova’, uma
lista de rotas, e o número de rotas não usadas.
2. Use o CLICK STICK para selecionar
o botão ‘Nova’ e pressione-o para visualizar a
página de configuração de rota.
3. Selecione uma coluna vazia (trace-
jada) na lista de rotas e pressione o CLICK
STICK para acionar o Menu Procura.
4. Use o Menu Procura para selecionar
um ponto de uma das categorias existentes
nesse Menu e abra a Página de informação
para o ponto, cidade, saída, ponto de interesse,
etc. escolhido. Figura 4.20. Página de
Selecione o botão ‘OK’ na tela e pres- rotas com uma lista de
sione o CLICK rotas e o número de
STICK para colocar o ponto seleciona- rotas não utilizadas.
do na Lista de Rotas.
5. Para acrescentar mais pontos à rota, repita o processo dos itens
3 e 4. A rota receberá o nome do primeiro e último pontos.
Você pode acrescentar pontos ao fim de uma rota existente a qual-
quer momento usando o Menu Procura.
b) Para acrescentar um item do Menu Procura à rota:
1. Selecione um item do Menu Procura e acione sua Página de in-
formação.
2. Abrir a página Menu Opções e selecione a opção ‘Adicianar Ro-
ta’ para expor a Lista de Rotas.
Destaque e selecione a rota desejada e então pressione o CLICK
STICK. Uma mensagem “ponto acrescentado com sucesso” aparecerá.
c) Editando uma Rota - Para remover todos os pontos:
1. Selecione o botão da página de opções na tela da Página Rota e
pressione o CLICK STICK para acessar o menu de opções (Figura 4.21).
2. Selecione a opção ‘Retire Todos’ e então pressione o CLICK
STICK para remover todos os pontos da lista. Aparecerá a pergunta “Você
quer realmente remover todos os pontos da rota?”, selecione “Sim”.

134
Aulas Práticas de GPS

d) Editando uma Rota - Para inverter


a rota:
1. Selecione o botão página de opções
na tela da Página Rota e pressione o CLICK
STICK para acessar o menu de opções.
2. Selecione a opção ‘Rota Inversa’ e
então pressione o CLICK STICK para inverter a
ordem dos pontos da lista.
Para mudar novamente a rota para a
sua ordem original, repita este processo.
e) Editando uma Rota - Para copiar a
rota:
1. Selecione o botão página de opções
na tela da Página Rota e pressione o CLICK
Figura 4.21. Menu de
STICK a fim de acessar o menu de opções.
opções de rota.
2. Selecione a opção ‘Copiar Rota’ e
então pressione o CLICK STICK para copiar. A rota copiada aparecerá na
Página de Rotas e a rota original receberá o mesmo nome, mas seguida do
número 1. Você pode então trocar o nome e/ou modificar a rota copiada.
f) Editando uma Rota - Para apagar a rota:
1. Selecione o botão página de opções na tela da Página Rota e
pressione o CLICK STICK a fim de acessar o menu de opções.
2. Selecione ‘Apagar’ e então pressione o CLICK STICK. Aparece-
rá a pergunta “Você quer realmente remover a rota?”, selecione “Sim”.
g) Editando uma Rota - Para restaurar as configurações origi-
nais de fábrica para a rota:
1. Selecione botão página de opções na tela da Página Rota e
pressione o CLICK STICK para acessar o menu de opções.
2. Selecione ‘Repor Dados Iniciais’ e então pressione o CLICK
STICK para restaurar as configurações de fábrica.
h) Editando uma Rota - Para rever um ponto:
1. Selecione o ponto da Lista pontos da rota e pressione o CLICK
STICK para acessar o menu de opções para aquele ponto.
2. Selecione ‘Revisão’ e então pressione o CLICK STICK para a-
cionar a Página de informação para o ponto (Figura 4.22).
3. Selecione o botão ‘OK’ na tela e então pressione o CLICK
STICK para retornar à Lista de Rotas.
i) Editando uma Rota - Inserir um novo ponto na lista da rota:

135
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

1. Selecione a linha em que você quer


inserir o novo ponto.
Pressione o CLICK STICK para aces-
sar o menu de opções.
2. Selecione ‘Inserir’, pressione o
CLICK STICK para abrir o Menu Procura e
selecione um novo ponto, cidade, saída, ponto
de interesse, etc.
3. Com o novo ponto selecionado,
pressione o CLICK STICK para acionar a Pági-
na de informação para o novo ponto e então
selecione o botão ‘OK’ na tela para adicioná-lo
à rota.
j) Editando uma Rota - Para remover
Figura 4.22. Menu de
um ponto da lista de rota:
opções de um ponto da
1. Selecione o ponto que você quer
rota.
remover da Lista Pontos da Rota e pressione o
CLICK STICK para mostrar o menu de opções para o pontos.
2. Selecione ‘Retire’ e pressione o CLICK STICK para remover o
pontos da lista.
l) Editando uma Rota - Para mudar um ponto da rota:
1. Selecione o ponto que você quer mudar da Lista de Pontos da
Rota e pressione o CLICK STICK para abrir o menu de opções para o pon-
to.
2. Selecione ‘Alterar’ e pressione o CLICK STICK para abrir o Me-
nu Procura ou criar um novo ponto e adicioná-lo à lista pontos.
3. Selecione o novo ponto, acesse sua Página de informação e
pressione o botão ‘OK’ na tela para substituir o antigo ponto da rota.

4.2.6.4 Usando Registro de Trilhas ou Trajetos


146BU

O eTrex Vista desenha uma trilha eletrônica “de miolo de pão” na


Página do Mapa, à medida que você se desloca. Esta trilha de “miolo de
pão” é o ‘Track Log’ (Registro de Trilha). O Track Log contém informação
sobre pontos ao longo de seu caminho, incluindo tempo e posição. O eTrex
Vista pode usar esta informação para permitir que você navegue usando a
trilha que foi salva (Figura 4.23).

136
Aulas Práticas de GPS

A característica ‘TracBack’ permite que


você retorne ao longo de um caminho viajado
sem marcar quaisquer pontos. Quando você
está pronto para voltar ao ponto de partida, o
eTrex Vista o levará de volta, seguindo o ‘Track
Log’ que você deixou atrás. Você pode salvar
um total de dez trilhas na memória da unidade.
O Track Log começa a ser gravado assim que a
unidade obtém uma localização fixa de satélite
e a função Track Log está ligada.
Se você quer manter gravado um Re-
gistro de Trilha específico ou usar a caracterís-
tica ‘TracBack’, recomenda-se que você limpe o
Registro de Trilha antes de começar a viajar. A Figura 4.23. Página de
porcentagem de memória usada pelo atual re- trajetos.
gistro de trilha é mostrada em uma janela no alto da página. Depois que o
Track Log tiver sido apagado o valor mostrado será zero. Quando a tela
mostra 99%, os pontos mais recentes da trilha começarão a sobreporse aos
mais antigos. Para evitar perder pontos necessários da trilha, salve o Track
Log antes que ele chegue à marca dos 99%.
A Página Saved Track mostra a trilha, e ela pode também ser vista
na Página Main Map enquanto você navega.
A função ‘TracBack’ permite que você percorra sua trilha em am-
bas as direções. As trilhas são marcadas com BEGIN e END (Início e Fim).
Você pode estabelecer um intervalo de registro de trilha com base
em Distância, Horário, ou Automático. Você pode estabelecer a resolução
da imagem da trilha para High, Medium, Low e Lowest (Alta, Média, Baixa e
Mínima). Você também pode usar o menu de opções para apagar todas as
trilhas que foram salvas.

4.2.6.5 Menu de Definições


147BU

As páginas de configuração permitem que você personalize seu


eTrex Legend de acordo com suas preferências pessoais. Você pode esco-
lher ajustes de horário, unidades de medida, iluminação da tela e ajustes de
contraste, medida de rumo, opções de interface e modo de operação (Figu-
ra 4.24).

137
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Selecionando os ícones do Menu de Definições e, em seguida,


pressionando o CLICK STICK, você pode abrir a página de configuração
para cada um dos itens do menu.

4.2.6.5.1 Página do Horário


157B

Você pode estabelecer o horário cor-


respondente à sua localização ou para uma
localização projetada em qualquer lugar do
mundo (Figura 4.25).
Formato de hora – Permite que você
escolha o horário de 12 ou 24 horas. Quando
você seleciona o horário de 12 horas, o relógio
será como um relógio padrão com ciclos de 12
horas AM e PM. A opção de 24 horas define o
relógio com um ciclo de 24 horas (Horário Mili-
tar).
Fuso horário – Pode ser estabelecido
um dos oito Fusos Horários Norte Americano,
ou 24 Fusos Horários Internacionais (a região
Figura 4.24. Página de
geográfica ou cidade mais próxima). Quando
definições.
seleciona ‘Outro’ você pode inserir a diferença
horária em relação ao Tempo Universal Coor-
denado (UTC Time Offset) para qualquer outro
fuso horário.
Horário de verão – (Horário de Verão)
pode ser acionado (Sim), desligado (Não) ou
ficar no modo automático (Auto).
a) Passos para definir o horário:
1. Use o botão PAGE para acessar o
Menu Principal.
2. Use o CLICK STICK para selecionar
o Ícone de Configuração e então pressione-o
para abrir o Menu de Definições.
3. Use o CLICK STICK para selecionar
o ícone Hora e então pressione-o para mostrar
Figura 4.25. Página de
a Página de Hora.
configuração da hora.
4. Use o CLICK STICK para selecionar

138
Aulas Práticas de GPS

o campo ‘Fuso Horário’ e então pressione-o para mostrar a lista de opções


de fuso horário.
5. Selecione o fuso horário da lista de 8 fusos horários Norte Ame-
ricanos ou os 24 fusos horários internacionais (definidas pela cidade mais
próxima ou geograficamente) e, então, pressione o CLICK STICK.
Observe o horário correto que aparece na parte inferior da página.

4.2.6.5.2 Página de Unidades


158B

As opções de configuração são as seguintes (Figura 4.26):


Formato da Posição – Permite que
você escolha diferentes sistemas de coordena-
das. O formato de posição inicial
‘hddd°mm.mmm’ mostra a latitude e longitude
em graus e minutos é habitualmente o mais
usado.
Datum de Mapa – Oferece uma sele-
ção de praticamente todos os datums comu-
mente usados. Todo mapa está baseado em
um datum (um modelo de referência da forma
da terra) que está usualmente listado no bloco
de título do mapa. Se você está comparando as
coordenadas GPS com um mapa impresso, ou
outra referência, o datum do mapa neste campo
Figura 4.26. Página das
precisa coincidir com o datum horizontal usado
Unidades.
para gerar o mapa ou a referência em questão.
O datum inicial é o WGS 84 (World Geodetic Survey 1984) e só deveria ser
mudado quando se estiver usando mapas ou cartas especificando um da-
tum diferente. Se um mapa não especifica um datum, use a lista de opções
para achar datums aplicáveis à região do mapa, selecionando aquele que
fornece o melhor posicionamento em um ponto conhecido. Você pode tam-
bém escolher o datum ‘User’ para sistemas de coordenadas personalizados.
Distância/Velocidade – Você pode escolher uma de três unidades
de medida para mostrar sua taxa de deslocamento.
Elevação/Velocidade vertical – Você pode escolher uma de duas
unidades de medida para registrar sua elevação e razão de subida.
a) Para selecionar opções da Página de Unidades

139
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

1. Para todos os campos nesta página, selecione o campo e então


pressione o CLICK STICK para abrir o menu de opções para o mesmo.
2. Selecione a opção desejada no menu e então pressione o
CLICK STICK para colocá-la no campo.

4.2.6.5.3 Página de Acessórios


159B

Existem três páginas de acessórios


(funções que melhoram a operação da unidade,
mas não são essenciais): a posição do sol e da
lua relativa à uma localização, um calendário
mensal, e um registro das melhores ocasiões
para caça e pesca (Figura 4.27). Selecione o
ícone apropriado e então pressione o CLICK
STICK para abrir a página desejada.
O Sol e a Lua
Esta característica fornece a você um
gráfico das posições do sol e da lua para uma
determinada data, horário e localização, com
horários do nascer e pôr do sol e da lua (Figura
4.28). Figura 4.27. Página de
Os botões na tela, que aparecem na Acessórios.
parte inferior dessa página, permitem que você
anime o movimento do sol e da lua e pare esse
movimento quando chegue a uma data estabe-
lecida. O primeiro botão à esquerda anima os
movimentos do sol e da lua representados
acima, e você pode ver posições para qualquer
data estabelecida, observando o campo de data
e parando o movimento quando a data deseja-
da aparecer. Você pode também ver as fases
diferentes da lua pressionando o botão central
e, então, o botão de parada, mais à direita,
quando a data deseja aparecer.
a) Página Sol e Lua - Para estabele-
cer data e hora:
1. Para a data e hora atuais, selecione
Figura 4.28. Página do
cada campo e então pressione o CLICK STICK
Sol e Lua.

140
Aulas Práticas de GPS

para introduzir os caracteres individuais.


2. Para abrir a data atual e o horário, selecione a página Menu de
opções e pressione o CLICK STICK para abrir a opção
‘Use Current Time’ e, então, pressione o CLICK STICK para ativar.
b) Página Sol e Lua - Para estabelecer a localização:
1. Selecione o campo Localização e então pressione o CLICK
STICK para abrir a lista de opções ‘Nova Localização’.
2. Selecione a opção desejada e então pressione o CLICK STICK
para ativar. Se você escolher ‘Localização Atual’ os valores do campo aber-
to nesta página corresponderão à sua localização atual. Se você escolher a
função ‘Use Mapa, uma página de mapa aparecerá. Use a seta de mapa
para identificar a localização desejada e então pressione o CLICK STICK.
Se você escolher ‘Use Menu de Busca’ siga mesmas instruções para a
utilização do Menu de Procura (páginas anteriores).

4.2.7 Página do Altímetro


96B

A Página Altímetro fornece a você uma


variedade de informações sobre altitude: Uma
janela de status mostra a elevação atual junto
com a média atual de subida/descida, um perfil
de mudanças de elevação relativas à distância
ou tempo, um perfil de mudanças de pressão
relativas o tempo, e dois campos de dados
selecionáveis pelo usuário (Figura 4.29).
A janela de status está localizada no
alto da página e mostra a elevação atual e a
média atual de subida ou descida quando você
está se movendo. Ela também pode mostrar a
pressão ambiente.
O campo de perfil gráfico está localiza-
do no centro da página e pode ser configurado
para expor os gráficos de elevação ou de pres- Figura 4.29. Página do
são atmosférica, a partir do menu de opções da Altímetro com o gráfico
Página do Altímetro. de elevação ativo.
Campos de Dados na parte inferior da
página são selecionáveis pelo usuário e permi-
tem visualizar uma variedade de dados regis-

141
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

trados ou atuais.
Calibração do Altímetro: Introdução
Uma vez que o eTrex Vista baseia-se
na pressão barométrica para determinar a alti-
tude e a pressão em uma elevação qualquer
pode flutuar, você pode calibrar o altímetro para
melhorar sua precisão. A fim de que isto ocorra,
você precisa saber a altitude de sua atual loca-
lização. Você pode obter esta informação em
um mapa ou em outra fonte confiável. Claro
que, se aquela informação concorda com a
informação de e elevação apresentada pela
unidade, a calibração não é necessária.
Para calibrar o altímetro Figura 4.30. Página de
1. Use o CLICK STICK para acessar a Calibração.
página Menu de Opções.
2. Selecione a opção ‘Calibrar Altíme-
tro’ e pressione o CLICK STICK para abrir a
Página de calibração.
3. A página mostrará uma mensagem
dizendo “Você Sabe a Elevação Correta?” (Fi-
gura 4.30).
Selecione, na tela, o botão ‘Sim’ e
pressione o CLICK STICK.
4. Aparecerá um teclado numérico.
Use o CLICK STICK para indicar a nova eleva-
ção, selecione ‘OK’ e pressione-o para voltar à
página Altímetro (Figura 4.31).
5. Se você selecionou ‘Não’, também
voltará à página Altímetro, mas sem nenhuma
mudança na elevação. Figura 4.31. Teclado
numérico.

142
Aulas Práticas de GPS

4.3 Aplicativos
34B

4.3.1 GPS TrackMaker


97B

4.3.1.1 Informações Importantes


148BU

O GTM PRO® destina-se a


T T

uma parcela de usuários que utiliza o


programa profissionalmente, ou seja,
necessitam de cálculo de área,
transferência de dados dos recepto-
res de navegação Garmin, Megallan,
entre outros. Realiza também trans-
ferências de dados para o Excel®,
expor tação para o AutoCad® e
ArcView®, e outras funções avança-
das.
Geralmente são empresas, engenheiros, agrimensores, peritos ju-
diciais ou pessoas que querem utilizar o GPS de mão como ferramenta
auxiliar a levantamentos topográficos mais precisos, realizados com teodoli-
to, estação total ou outros equipamentos topográficos de precisão.
O GTM PRO® é o mesmo GPS TrackMaker® gratuito disponí-
vel na Internet, com os seguintes acréscimos:
• Permite criar projetos completos de Mapas (arquivos MAP e
PJC)
• Rotação de imagens para uma calibração precisa
• Recorte de Imagem
• Função Expandir Zona que permite calibrar mapas localizados
em duas ou mais zonas
• Suporte pata imagens GeoTiff (TIFF geocodificado)
• Suporte para arquivos DRG (Digital Raster Graphic)
• Abre e grava imagens BMP, JPG, GIF, TIFF, PNG, PCX
• Suporte para Plano Cartográfico e Plano Topográfico
• Calculo de áreas cartográficas delimitadas por Trilhas
• Cálculo da áreas locais topográficas delimitadas por Trilhas
• Cálculo de distâncias topográficas locais

143
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

• Cálculo de distâncias da projeção horizontal ou considerando


as altitudes
• Função de conversão topográficas dos dados obtidos do GPS
• Importação e exportação para o AutoCad®, no formato DXF
• Importação e exportação para o ArcView®, no formato SHP
• Tratamento de dados em tabelas semelhantes ao Microsoft Ex-
cel®
• Exportação de arquivos no formato XLS (Excel® 95)
• Exportação de arquivos no formato DBF (dBase® IV)
• Exportação de arquivos MIF/MID (MapInfo®)
• Função Visualizar Impressão
• Importação e exportação de dados para editores de texto
• Criação de múltiplos estilos de Waypoints, para mapas mais de-
talhados
• Datum definido pelo usuário
• Grade Retangular definida pelo Usuário (User Grid)
• Sistemas LTM e RTM de coordenadas
• Ferramenta de União de Trilhas
• Cálculo de média da posição geodésica de Waypoints, Trilhas e
Rotas
• Rotação de dados
• Perfil de Altitudes com funções avançadas
• Ferramenta para aplicar altitudes em curvas de nível
• Criação de Trilhas de perfil de altitudes a partir de curvas de ní-
vel
• Ferramenta de remoção de acentos
• Ferramenta de Recorte Retangular para mapeamentos avança-
dos
• Fator de escala e Convergência Meridiana UTM
• Tabela de azimutes, velocidades e distâncias
• Cálculo de azimutes com precisão de centésimos de segundo
• Permite restaurar o aspecto original de imagens
• Rastreamento de múltiplos veículos com o Tracker II
• Relatórios completos de endereço por onde o veículo passou

144
Aulas Práticas de GPS

NOTAS IMPORTANTES: O GTM PRO® não substitui o trabalho


de profissionais de agrimensura, tendo em vista que o programa foi desen-
volvido para trabalhar com GPS de navegação que possui uma precisão de
5 a 10 metros depois da retirada da degradação intencional (SA) pelo go-
verno dos Estados Unidos.
Para obter precisão no cálculo de área, o GPS de navegação não é
o instrumento mais adequado. A precisão somente será conseguida com a
contratação de um profissional habilitado que utilize equipamentos mais
precisos e de custo muito superior aos GPS de navegação, como é o caso
das Estações Totais e GPS Diferencial.
O programa não é indicado para trabalhos que exijam precisão in-
ferior a 10 metros, como por exemplo, demarcações de terras e avaliação
de pequenos lotes urbanos. Levantamentos planialtimétricos devem ser
realizados com cautela, pois o erro de altitude do GPS de mão é superior a
10 metros.

4.3.1.2 Tutorial do GPS TrackMaker


149BU

Este Tutorial tem por objetivo trazer


um resumo das principais ferramentas do
software GPS TrackMaker Free, versão 13.3
disponível na internet, de modo que o mesmo
possa auxiliar o usuário nas mais diversas
aplicações de levantamentos com o sistema
GPS, através de receptores de navegação.

4.3.1.2.1 Barra de Ferramentas Horizontal

1- Novo Arquivo – Fecha o arquivo que está aberto e fica com a te-
la limpa.
2- Abrir Arquivo – Fecha o arquivo que está aberto e abre um novo
arquivo.
3- Unir Arquivo – Mantém o arquivo aberto e uni com o novo arqui-
vo.
145
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

4- Salvar Arquivo – Salva o arquivo com o nome do primeiro arqui-


vo aberto – Cuidado – Usar :” Salvar Como”
5- Imprimir a tela
6-Visão Geral – Zoom mínimo.
7- Ferramenta Zoom
8- Zoom - Aproximar.
9- Zoom - Afastar.
10-Opção de exibição
11-Ver trilhas por cores. A trilha fica na cor original e com linha fina.
12-Perfil de altitude.
13-Velocidade da trilha.
14-Cartográfico.
15-Fragmentar trilhas.
16-Inverter trilhas e rotas.
17-Inverter pontos selecionados.
18-Selecionar pontos pelos ícones.
19-Selecionar trilhas por estilo.
20-Modificar Waypoints selecionados.
21-Modificar estilo da trilha.
22-Ferramenta de Waypoint repetido.
23-Selecionar trilhas/rotas repetidos.
24-Redutor de trilhas.
25-Inserir imagem de mapa.
26-Abrir catalogo de imagem.
27-Visão 3D no Google Earth.
28-Abrir mapa na Internet.
29-Ajuda.
30-Escala.
31-Selecionar mapas.
32-Mapa em branco e preto.
33-Pesquisar waypoints.
34-Mostrar coordenadas.

146
Aulas Práticas de GPS

4.3.1.2.2 Barra de Ferramentas Vertical


16B

1 - Detectar elementos (deve ficar ligado)


2 - Abrir janela quando criar novo elemento
3 - Arrastar vértices ou waypoints.
4 - Selecionar dados
5 - Trazer para frente
6 - Enviar para traz
7 - Ferramenta lápis
8 - Criar Rotas
9 - Desenho a mão livre
10 - Linha continua
11 - Retângulo
12 - Retângulo com borda arredondada
13 - Elipse
14 - Triângulo
15 - Pentágono
16 - Hexagono
17 - Círculo

4.3.1.2.3 Criando um Ponto


162B

1 - Acender o lápis (ícone 7 na vertical).


2 - Em qualquer local da tela clicar com o botão esquerdo do mou-
se, que aparecera um WAY numero tal.
3 - Colocar o lápis a esquerda da palavra WAY que aparecera um
circulo, clicar com o botão direito do mouse que será aberta uma nova tela
(Editar Waypoint).
4 - No quadro acima a esquerda, escolha o ícone que deseja apre-
sentar. Clique sobre o ícone com o botão esquerdo que ele aparecera no
circulo abaixo.
5 - Na parte direita da tela, apagar a latitude que esta grafada e in-
serir a latitude do ponto que esta sendo criado (use o sinal negativo para o
SUL) + 2 dígitos para os graus + espaço + 2 dígitos para os minutos + apos-
trofo + espaço + 2 dígitos para os segundos + ponto (vírgula no teclado) + 1
digito para o décimo de segundo + apostrofo duplo. Faça da mesma forma

147
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

com a longitude. Na altitude, digite a altitude em metros. Ex: Latitude -29


32' 23,45398''.
6 - Na parte abaixo e à esquerda da tela, clicar em editar estilo do
waypoint e outra tela se abrirá. Clicar em símbolo com nome e em seguida
editar fonte. Em Fonte, colocar o tipo de letra desejada; em estilo da fonte,
selecionar opção desejada (negrito é o normal); em tamanho o tamanho de
letra desejada (o usual é entre 8 a 12). Clicar OK em tudo e estará criado o
ponto (Figura 4.32).

Figura 4.32. Tela de edição do estilo do Waypoint.

4.3.1.2.4 Transferindo pontos do computador para o GPS e vice


163B

versa

1 - Clicar no ícone 2 horizontal (abrir arquivo)


2 - Verificar na janela superior (examinar) se aparece o nome do
subdiretório “Atualização”; caso não apareça, clicar na seta à direita e se
dentre as opções abertas não estiver, clicar em disco local C e procurar o
diretório “Arquivos Trackmaker e subdiretório “Atualização”.
3 - Procurar o arquivo que vai ser transferido para o GPS. Se preci-
sar unir mais de um arquivo, clicar no ícone 3 horizontal ( Unir arquivos ) e
proceder da mesma forma que o item anterior.

148
Aulas Práticas de GPS

4 - Faça isso com quantos arquivos for necessário. Verifique no ro-


dapé da tela, para saber quantos Wpts estão na tela, e compare com a
capacidade da memória USER do seu GPS.
5 - Ligue o GPS, coloque-o em modo simulador, conecte o GPS ao
computador com o cabo Serial ou USB. Delete os Wpts da memória.
6 - Clique em Interface (na régua superior ). Escolha a interface
do seu GPS (por exemplo interface Garmin). Abrirá uma janela “GPS
TrackMaker – Interface Garmin” . Clique em Identificar. Olhe no quadro
preto, deverá aparecer a identificação do seu GPS. Caso isso não ocorra, é
que a conexão não foi feita e deverá ser resolvido o problema do computa-
dor.
7 - Clique em “Enviar dados ao GPS” e em “Waypoints”. A trans-
ferência será feita em alguns segundos. Clique em “Sair”. Verifique no GPS
se os pontos estão na memória “USER”.
8 - Da mesma forma você poderá transferir rotas, trilhas, waypoins,
tudo, tanto do computador para o GPS ( Enviar dados para o GPS ), como
do GPS para o computador (Capturar dados do GPS) (Figura 4.33).

4.3.1.2.5 Configurando menu ferramentas, opções do Software


164B

GTM

4.3.1.2.5.1 Opções Gerais


184B

Através do menu “ferramentas” encontrado na parte superior da te-


la do programa, podemos configurar portas de comunicação do computador
com o Receptor GPS, bem como fontes, opções de coloração dos grids
através da aba “General”. O usual é deixar a configuração padrão nesta
aba, ou seja, não mudar as configurações que estão selecionadas. Como
mostra a Figura 4.34.

149
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 4.33. Interfase Garmin, utilizada para transferências de dados do


GPS e o computador.

Figura 4.34. Tela de menu “ferramentas”, “opções”, “aba configurações


gerais”.

150
Aulas Práticas de GPS

4.3.1.2.5.2 Opções de Unidades


185B

Quando se trabalha em levantamentos onde serão coletadas coor-


denadas é muito importante configurar as unidades em que será dimensio-
nado o projeto para não haver nenhum erro grosseiro. A opção de configu-
ração de unidades é encontrada no menu ferramentas através da aba “U-
nits” , nesta aba vamos encontrar as configurações da “unidades de com-
primentos”, “altitude” e “fuso horário local”. A Figura 4.35 abaixo mostra com
mais detalhes a configuração das unidades de trabalho.

Figura 4.35. Tela de menu “ferramentas”, “opções”, “aba Unidades”.

4.3.1.2.5.3 Opções de Coordenadas


186B

Uma das configurações que devemos ter mais atenção é a configu-


ração das coordenadas que será projetado o levantamento, esta configura-
ção deve estar de acordo com a configuração que o usuário configurou o
GPS, ou seja, as coordenadas podem ser levantadas através de grades
retangulares conhecidas como coordenadas UTM, em Graus, Graus/Min e
Graus/Min/Seg, como mostra a Figura 5.36 apresentada a abaixo:

151
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 4.36. Tela de menu “ferramentas”, “opções”, “aba Coodenadas”.

4.3.1.2.5.4 Opções de Datum


187B

Das 8 abas encontradas no caminho “menu ferramentas”, “Op-


ções”, as 4 que merecem maiores atenções na parte de configuração são as
abas “General”, “Units”, “Coordinates” e por ultimo a aba “Datum” que
será vista neste item. Um Datum como vimos durante o curso é constituído
pela adoção de um elipsóide de referência que representará a figura mate-
mática da Terra, um Ponto Geodésico Origem e um Azimute inicial para
fixar o sistema de coordenadas na Terra e servir como marco inicial das
medidas de latitudes e longitudes. O Datum utilizado nas configurações do
GPS deverá ser igual ao configurado no programa para evitar o erro gros-
seiro de diferentes dada. Atualmente o Brasil adotou o Datum SIRGAS 2000
que é idêntico ao WGS-84 utilizado pelos americanos. Aconselha-se utilizar
o mesmo citado acima. A Figura 4.37 mostra as opções de configuração dos
diferentes dada suportados no Receptor GPS.

152
Aulas Práticas de GPS

Figura 4.37. Tela de menu “ferramentas”, “opções”, “aba Datum”.

4.3.2 Google Earth


98B

4.3.2.1 Introdução ao Google Earth


150BU

Pense em praticamente ter o mundo dentro da tela do seu PC? Na


possibilidade ver imagens dos locais mais importantes do mundo? Conhecer
lugares, monumentos históricos, tudo isso viajando sem sair da cadeira do
computador? Pensou em tudo o que falamos? Pois pare de pensar e come-
ce agora a ação, porque isso tudo é possível de um jeito muito simples:
Google Earth.
Você não sabe ou faz idéia de como usar o programa? Não se pre-
ocupe, o Makaeh Cult criou um Tutorial simples e fácil para você saber
dominar as principais funções e características do Google Earth.

4.3.2.2 O que é o Google Earth?


15BU

Num mundo onde saber se localizar torna-se cada vez mais impor-
tante e aonde aparelhos de GPS já vêm embutidos em celulares e veículos,
viajar ou se locomover já não pode mais depender apenas de pontos de

153
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

referência e paradas na estrada para obter informação com pessoas nati-


vas.
O Google Earth é um programa desenvolvido e distribuído pelo
Google no qual sua principal função é apresentar um modelo tridimensional
do globo terrestre, constituído a partir de imagens de satélite obtidas em
fontes diversas, uma delas a NASA.
Desta forma, o programa pode ser usado simplesmente como um
gerador de mapas bidimensionais e fotos de satélite ou até como um fiel
simulador das diversas paisagens presentes no Planeta Terra. Com isso, é
possível identificar lugares, construções, cidades, paisagens, entre outros
elementos presentes na geografia do mundo.
Atualmente, o programa permite dar zoom para visualizar detalhes,
inclinar ou girar uma imagem, marcar os locais que você conseguiu
identificar para visitá-los posteriormente, medir a distância entre dois pontos,
traçar trajetos ou rotas e até mesmo ter uma visão tridimensional de uma
determinada localidade.
Ele faz a cartografia do planeta, agregando imagens obtidas de
várias fontes, incluindo imagens de satélite, fotografia aérea e sistemas de
informação geográfica (SIG), e sobre um globo em 3D. Também é possível
ver mapas antigos do planeta todo.
A nova versão 4.2 do Google Earth, torna possível visualizar até
mesmo o espaço, suas galáxias e planetas.

4.3.2.3 Requisitos do Sistema


152BU

Bom, todo e qualquer programa necessita de uma configuração


mínima para que se possa funcionar e uma configuração recomendada
onde você possa aproveitar o máximo dele. Com o Google Earth não é
diferente, existe os dois tipos, e uma unanimidade entre as configurações:
internet de banda larga é imprescindível.

4.3.2.3.1 Requisitos Mínimos


165B

Windows 2000 ou superior, Mac OSX ou Linux


Processador Pentium III 500 Mhz
Memória RAM 128 Mb
HD com 400 Mb de espaço livre
Placa de Vídeo 3D com 16 Mb

154
Aulas Práticas de GPS

Monitor com resolução 1028x768 - 16 bits


Conexão com a internet

4.3.2.3.2 Configuração Recomendada


16B

Windows XP ou superior, Mac OSX ou Linux


Processador Pentium 4 2,4 Ghz ou Athlon XP 2400+
Memória RAM 512 Mb
HD com 2 Gb de espaço livre
Placa de Vídeo 3D com 32 Mb
Monitor com resolução 1280x1024 - 32 Bits
Conexão com banda larga
Não importa se a sua configuração seja a mínim imposta ou a re-
comendada pelo Google, de qualquer forma você aproveitará pra valer esse
fantástico programa.
A versão que explicaremos neste manual é a do Google Earth 4.2
Beta e serve tanto para o Windows, quanto para o Mac OSX e o Linux.Não
há grandes diferenças entre eles.

4.3.2.4 Instalação
153BU

Execute o arquivo executável que você acabou de baixar do pro-


grama Google Earth para iniciar a instalação. Agora irá se abrir a janela do
Assistente de instalação do Google Earth, clique no botão Avançar para
iniciar a instalação.
Depois irão aparecer os termos de compromisso, o contrato de uti-
lização do programa. Caso deseje prosseguir, marque a opção "Eu aceito
os termos do contrato de licença" e depois aperte Avançar.
Após isso o software estará sendo instalando, cabendo a você u-
suário apenas aguardar o fim do processo. Depois aparecerá a janela infor-
mando que o processo de instalação foi terminado com êxito, então clique
no botão Concluir.
Parabéns, você acabou de instalar o Google Earth e está pronto
para utilizá-lo. O programa está pronto para ser utilizado, ele ocupa aproxi-
madamente 35 Mb de espaço no disco.

155
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

4.3.2.5 Iniciando o Google Earth


154BU

Pronto, agora você pode iniciar o programa e começar a explorá-lo.


Para isso clique duas vezes sobre o ícone localizado na área de trabalho ou
vá ao Menu Iniciar>Programas>Google Earth>Iniciar o Google Earth.
Note que haverá duas opções de inicialização, iniciar no Modo Di-
rectX ou iniciar no modo OpenGL. Isso depende da sua placa de vídeo, em
qual dos dois padrões ele suporta o início e executa melhor o programa.
Para usuários do Windows, recomendamos sempre iniciar o soft-
ware no modo DirectX pela maior chance de compatibilidade e melhor qua-
lidade gráfica. Usuários de Mac ou Linux devem obrigatoriamente usar o
padrão OpenGL.
Uma vez que o programa esteja carregado, aparecerá a tela inicial
com o Globo Terrestre direcionado perpendicularmente ao Brasil, em nosso
caso.
A visão geral que você está tendo é a interface do programa, todos
os comandos estão distribuídos na tela, cada um com a sua função, e são
esses comandos dos quais falaremos a seguir.

4.3.2.5.1 Controles de Navegação


167B

Bom, para iniciarmos a utilização do Google Earth devemos saber


de seu principal instrumento de navegação. Com o auxílio dele, faremos a
tarefa mais importante do programa que é navegar pelo espaço terrestre.
Os controles de navegação ficam no canto superior direito da tela.
Eles mais se parecem com uma bússola de navegação e são a parte mais
importante para a movimentação do usuário pelo Globo.
Esses controles exercem diversas funções como fazer movimento
de rotação, indicar o Norte, inclinar, aumentar e diminuir zoom, e se movi-
mentar em várias direções pelos mapas.
Para visualizar estes controles, basta que o usuário mova o cursor
sobre a área onde fica localizada a ferramenta para que ela pareça. Quando
você mover o cursor para ouro lugar, os controles desaparecerão e ficarão
ocultos até você passar sobre eles novamente.
Eles oferecem o mesmo tipo de ação da navegação de um mouse.
Você ainda pode usá-los para inclinar a visualização de um local, e assim
obter outra perspectiva de visualização do terreno. A Figura 4.38 abaixo
apresenta todos os controles e suas respectivas funções:

156
Aulas Práticas de GPS

Figura 4.38. Controles de navegação do Google Earth.

(1) Regulador de Inclinação – Esta ferramenta possibilita inclinar o


terreno e obter uma visualização semelhante ao horizonte. Para regular e
conseguir uma visualização de cima para baixo, mova o regulador para a
esquerda. Se preferir uma visualização mais próxima de um horizonte, mova
o regulador para a direita.
(2) Botão Central – Use o joystick para mover o botão central, ar-
raste ele para qualquer direção em busca de um determinado ponto-
objetivo.
(3) Teclas Direcionais – Utilize as setas de direção para se mover
Nara os para os lados correspondentes a elas. Para cima, baixo, direita ou
esquerda.
(4) Marcador do Norte – Clique no botão com a letra N para redefi-
nir a visualização de modo que o ponto Norte fique na parte superior da tela.
(5) Zoom – Use o regulador de zoom para aumentar ou diminuir o
zoom (+ e –). Clique duas vezes nos sinais para aumentar ou diminuir o
zoom totalmente. Note que sempre quanto o maior o zoom, menor irá fican-
do a qualidade da imagem.
(6) Anel de Navegação – Clique em cima e arraste para os lados o
anel de navegação a modo de que ele gire a visualização chegando até
360º de ângulo. Assim você poderá observar determinado local com rumo
para outros pontos cardeais além do Norte.

157
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

4.3.2.5.2 Funções do Menu


168B

O Menu do Google Earth é bem simples. Ele se assemelha aos


menus de outros programas como o Office e o Picasa, por exemplo. O me-
nu permite que o usuário acesse as funcionalidades mais relevantes do
Google Earth.
A seguir, listaremos todas as guias e sua funções que estão conti-
das dentro do menu do Google Earth (Figura 4.39):

Figura 4.39. Menus do Google Earth

4.3.2.5.2.1 Arquivo
18B

Esta guia lhe dá acesso a várias funções entre elas:


- Abrir... Permite abrir um arquivo de localização no Google Earth.
Você verá isso mais detalhadamente depois. (Atalho: Ctrl+O)
- Salvar: Permite salvar em formato JPEG (.jpg) a imagem que está
sendo mostrada no momento e que também permite salvar um arquivo de
localização dessa imagem. Para que no futuro você possa visitar este ponto
novamente, basta clicar em Abrir e selecionar o arquivo que você salvou.
- Enviar por e-mail: Permite ao usuário que ele envie pelo Gmail ou
conta padrão do Outlook Express, imagens, marcadores e visualizações
para amigos.
- Compartilhar/Postar: Permite que você envie para a comunidade
online do Google Earth o ponto marcado por você mesmo para que todos no
mundo possam ter acesso a ele.
- Visualizar no Google Maps: Permite que você visualize o ponto
atualmente onde você está no site do Google Maps. (Atalho: Ctrl+Alt+M)
- Imprimir: Permite que você imprima em papel o local que está vi-
sualizando no Google Earth. A qualidade depende das imagens de satélite
do local. (Atalho: Ctrl+P)

4.3.2.5.2.2 Editar
189B

Lista que dá acesso as opções de recorte e colagem dos pontos e


imagens do Google Earth. As funções deste menu são aplicáveis quando
você seleciona um ponto ou clica em cima dele na área Lugares.

158
Aulas Práticas de GPS

- Recortar: Recorta um ponto ou imagem para ser copiado para


qualquer lugar dentro e fora do programa Google Earth. (Atalho: Ctrl+X)
- Copiar: Copia e duplica uma imagem ou marcador presente nas
suas configurações do Google Earth. (Atalho: Imagem Ctrl+Alt+C e Marca-
dor Ctrl+C)
- Colar: Cola imagem ou ponto que você havia copiado ou recorta-
do de dentro ou fora do Google Earth. (Atalho: Ctrl+V)
- Excluir: Apaga uma imagem ou marcador que você havia adicio-
nado ou do próprio Google Earth. (Atalho: Backspace)
- Localizar: Abre uma caixa de pesquisa em Lugares para que você
digite o nome do marcador para encontrá-lo dentro dos pontos disponíveis
em seus locais salvos. (Atalho: Ctrl+F)
- Atualizar: Atualiza as informações quando o carregamento for efe-
tuado de maneira errada ou quando sequer for carregado as imagens do
local. (Atalho: Ctrl+R)
- Renomear: Renomeia o ponto marcado ou imagem selecionada
adicionando outro nome no lugar. (Atalho: Ctrl+Alt+R)
- Limpar Histórico de Pesquisa: Exclui todos os nomes pesquisados
e resultados mostrados anteriormente. Assim o recurso de autocompletar
ficará limpo.
- Propriedades: Mostra as propriedades do ponto selecionado. Nela
você pode inserir ou editar a descrição, mudar o estilo ou cor do marcador e
saber a latitude e longitude do ponto em questão. (Atalho: Alt+Enter)

4.3.2.5.2.3 Visualizar
190B

Menu que permite acessar todas as opções de visualização e cus-


tomização da interface do Google Earth, adicionando e eliminando recursos
visuais.
Nele você pode incluir ou retirar a barra de ferramentas, a barra la-
teral. Mostrar o programa em tela cheia ou escolher o tamanho de visualiza-
ção. Pode mostrar ou ocultar a bússola, os controles de navegação e a
barra de status.
Pode também inserir uma grade na imagem, legenda de escala
cartográfica, mudar a visualização para o espaço e utilizar o local em ques-
tão para que o Google Earth sempre inicie direcionado para ele. Este menu
praticamente cuida de todos os recursos visuais.

159
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

4.3.2.5.2.4 Ferramentas
19B

O menu de Ferramentas permite alterar as suas configurações do


Google Earth e acessar recursos adicionais do programa.
- Web: Quando você clica nele, o seu navegador de internet abre
uma página inicial do Google Search (Pesquisa Google).
- Régua: Recurso bem interessante que permite você traçar um
caminho ou medir a distância entre dois pontos. Você ainda pode converter
a medidas de distância, entre milhas, metros, quilômetros, jardas e etc.
(Figura 4.40).

Figura 4.40. Imagem mostra o traçado de um caminho feito com a Régua, a


medida está em metros.

- GPS: Recurso disponível apenas para assinantes do Google Ear-


th Plus (versão paga do Google Earth). Ele te dá as localizações em tempo
real de onde você está sobrevoando.
- Reproduzir Passeio: Ele exibe automaticamente todos os pontos
marcados em Lugares. Tipo, quando você seleciona esta opção, ele auto-
maticamente sobrevoa ponto por ponto, fica alguns segundos parado sobre
o local e voa novamente para o próximo ponto. Muito divertido! (Atalho:
Ctrl+Alt+P)
160
Aulas Práticas de GPS

- Opções: Local onde permite que você altere e ajuste as configu-


rações do programa Google Earth de acordo com a sua necessidade e a
capacidade do computador.
A janela de opções conta com várias abas de configurações. Nelas
você pode alterar a seguintes opções: Visualização em 3D, Cache, Pas-
seio, Navegação e Geral.
Você pode fazer as alterações e salvá-las, a qualquer momento cli-
que em Restaurar Padrão para voltar às configurações originais (Figura
4.41).

Figura 4.41. Caixa de Opções: Mude e ajuste as configurações do Google


Earth.

4.3.2.5.2.5 Adicionar
192B

Este menu permite adicionar marcadores em locais escolhidos pelo


próprio usuário. É o menu que trata das modificações feitas pelo usuário.
Assim você pode localizar e visualizar facilmente os seus locais preferidos.
Este menu está diretamente ligado a caixa Lugares (Figura 4.42).
- Pasta: Com esta opção você pode criar uma pasta onde irá reunir
os pontos marcados e imagens de seu interesse. Um exemplo é você criar
uma pasta chamada "Praias" e reunir todos os marcadores que se referem a
praia. (Atalho: Ctrl+Shift+N).

161
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

- Marcador: Esta opção é a mais importante do software Google


Earth. Ela é quem demarca o local exato onde a pessoa deseja guardar. Por
exemplo, você encontrou a sua casa e quer gravá-la no programa? Basta
adicionar um marcador, arraste o ícone para o local adequado.
Depois é só preencher os dados da janela como nome e descrição.
Clique no botão do alfinete amarelo para mudar o desenho do marcador,
você pode criar um próprio. Selecione a aba Estilo/Cor e assim poderá per-
sonalizar a marcação, alterando a cor, o tamanho e etc. (Atalho: C-
trl+Shift+P).

Figura 4.42. Marcador: Arraste o alfinete para o local exato e depois edite as
informações do ponto.

- Caminho: Permite guardar o traçado de um caminho sobre a ima-


gem. A função é uma das opções presentes na Régua, só que a possibili-
dade de salvar. Para guardar o trajeto, basta marcá-lo, ir em Adicionar e
depois selecionar a opção Caminho. Depois nomeie o caminho e clique em
Ok. Pronto! Ele estará guardado na caixa Lugares. (Atalho: Ctrl+Shift+T).
- Polígono: Permite a utilização de polígonos para definir áreas e
marcações com um maior detalhe. Assim você pode definir as marcações e
medidas de um terreno com melhor precisão. (Atalho: Ctrl+Shift+G)

162
Aulas Práticas de GPS

- Modelo: Recurso avançado do Google Earth. Permite que o usuá-


rio adicione um conjunto de informações vetoriais para realizar produções
3D em cima da imagem exibida, por exemplo. (Atalho: Ctrl+Shift+M)
- Foto: Permite adicionar fotos e imagens dos locais onde possuem
marcador. Suponha que você encontrou sua escola no programa. Você
pode adicionar uma fotografia desse ponto usando esta opção.
Quando ativar este item, clique no botão Navegar para procurar a
imagem. Logo em seguida clique na aba Foto para fazer ajustes na fotogra-
fia.
- Superposição de Imagem: Você pode adicionar uma imagem so-
bre o mapa. Ao contrário da foto, esta opção não adiciona uma imagem ao
marcador e sim no próprio mapa. Você pode colocar um logotipo seu sobre
determinado local. Suporta imagens em .jpg, .bmp, .tif, .png, .tga ou .gif.
(Atalho: Ctrl+Shift+O) (Figura 4.43).

Figura 4.43. Superposição de imagens orbitais, Campus da UFSM.

- Link de Rede: Permite adicionar um link que redirecione para um


site ou um arquivo na internet. Assim você pode colocar o endereço da
página de internet de determinada empresa, por exemplo.

163
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

4.3.2.5.2.6 Ajuda
193B

Neste menu você pode encontrar informações sobre a versão do


programa, colocar uma licença e assim fazer o upgrade para o Google Earth
Plus ou tirar algumas das dúvidas mais freqüentes.

4.3.2.5.3 Painel Pesquisar


169B

A caixa pesquisar é umas das ferramentas fundamentais para loca-


lizar, lugares, cidades e pontos no software Google Earth e marcá-los.
Ela está dividida em 3 abas (Figura 4.44). São elas: Voar Para, Lo-
calizar Empresas e Trajeto.

Figura 4.44. Ferramenta de localização do Google Earth.

4.3.2.5.3.1 Voar Para


194B

Com esta opção você pode localizar países, cidades, estados,


hospitais, pontos turísticos e etc. Suponha que queira localizar a cidade de
Macaé, no Rio de janeiro. Para isso basta digitar o nome da cidade no cam-
po de pesquisa do Voar Para e clicar no botão da lupa.
Quando o Google Earth localizar a cidade, irá direcionar o visuali-
zador no campo total da cidade. Caso haja mais de um local com o mesmo
nome, experimente digitar mais informações para eliminar as outras alterna-
tivas.
Dependendo do local, o Google Earth lista as possíveis localidades
da qual você quis falar. Então basta escolher uma delas para ir voando até a
planta-baixa do local.

164
Aulas Práticas de GPS

Note que você também pode localizar lugares através de suas co-
ordenadas geográficas, mais precisamente a latitude e a longitude do local.
Essa questão da latitude e longitude será tratada com mais detalhe adiante.

4.3.2.5.3.2 Localizar Empresas


195B

Imagine que você esteja em Macaé e irá viajar para o Rio de janei-
ro assistir um show numa casa de espetáculos? Você não conhece o lugar e
então decide visualizar no Google Earth onde e como é o local.
Para isso, basta mudar a opção de pesquisa para Localizar Empre-
sas. Esta opção não serve apenas para localizar empresas, mas sim qual-
quer tipo de estabelecimento.
Digite no campo O que o nome do estabelecimento que deseja lo-
calizar de no campo Onde, escreva o nome do lugar onde ele fica – Rio de
Janeiro neste caso. Perceba que o programa irá exibir as imagens do ponto
onde o estabelecimento se encontra, caso o programa consiga localizá-lo.

4.3.2.5.3.3 Trajeto
196B

Você necessita saber com ir da Prefeitura, no Centro da cidade, até


a orla da Praia dos Cavaleiros. Para isso você deve abrir a aba chamada
Trajeto no Painel Pesquisar.
No campo De, informe o ponto de origem (Prefeitura de Macaé,
Macaé) e no campo Para, coloque o destino (Praia dos Cavaleiros, Macaé).
Caso consiga traçar o caminho, o programa irá lhe mostrar as coordenadas.
Lembre-se que você pode pedir informação de trajetos entre cidades, usar
número nas ruas, utilizar pontos de referência, entre outras coisas.
Esses recursos vão sempre sendo aprimorados pela equipe de de-
senvolvimento do Google Earth. Portanto se numa primeira vez você não
obter sucesso com sua pesquisa com uma dessas ferramentas, lembre-se
de que no futuro próximo, você terá sucesso na procura. De qualquer forma
tente melhorar sua pesquisa adicionando mais informações específicas.

4.3.2.5.4 Painel Lugares


170B

Esta é a segunda ferramenta essencial para poder utilizar o Google


Earth. É nela que ficam armazenadas todos os pontos marcados no mapa,
tanto os do Google Earth quanto os criados por você mesmo. Esta caixa
funciona como uma espécie de arquivo de marcadores, realmente todos
estarão armazenados lá.

165
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Quando se tem muito esforço para localizar algo ou você tem cer-
teza de que usará aquele ponto muitas vezes e por isso necessita guardá-lo
para ter sempre à mão, você utiliza as funções deste painel.
Bom, seria legal existir uma forma de sempre acessar este lugar
sem precisar ficar procurando várias vezes. Para isso você pode fazer isso
colocando os marcadores existentes no menu Adicionar.
Quando você cria um marcador, uma pasta, um caminho ou uma
imagem, é lá na caixa de Lugares que eles ficam guardados (Figura 4.45).
Portanto basta acessar essa área para ver a lista de todos os pontos exis-
tentes. Caso queira fazer alguma alteração nos marcadores, basta clicar
com o botão direito do mouse e selecionar a opção de sua escolha.

Figura 4.45. Guia Eletrônico Makaeh Cult armazenado no painel Lugares.

4.3.2.5.5 Painel Camadas


17B

Se você tem interesse em aproveitar o Google Earth ao máximo,


você deve deixar habilitado a função Camadas. É neste painel que estão
organizados e divididos por categoria, todos os recursos que aprimoram e
adicionam informações às imagens visualizadas por você no mapa do Goo-
gle Earth.
Para você ver estas informações do próprio programa, basta mar-
car a opções na caixa. Por exemplo, se você que ver os nomes das ruas e
estradas do local onde está, basta ativar clicando no item Rodovias.
Você localizar outras coisas como Transporte, Praças, Utilidades
Pública e várias outras coisas, bastando ativar os itens correspondentes na

166
Aulas Práticas de GPS

caixa de camadas. É só você escolher o tipo de ponto desejado que o pro-


grama mostre a marcação para você (Figura 4.46).

Figura 4.46. Banco de dados principais de locais de interesse.

Repare que o Painel Camadas está recheado de itens e que o Go-


ogle está constantemente adicionando novos recursos. Obviamente que
dependendo do lugar, um item não oferecerá detalhe algum, mas o número
de informações no Google Earth. Não pára de crescer, o que significa que
as camadas podem se tornar úteis no futuro em determinados locais e quem
hoje elas não têm serventia.
Nunca deixe de explorar os itens da caixa de Camadas, pois com
certeza alguns deles vão lhe ser muito úteis.

4.3.2.5.6 Comunidade Google Earth


172B

Uma opção muito útil é a Google Earth Community, uma espécie


de comunidade onde qualquer usuário pode disponibilizar seus marcadores
para qualquer pessoa do mundo utilizar. Elas exibem informações de de-
terminados locais, que os próprios usuários do Google Earth inserem.
Graças a isso, alguns lugares que não têm muita informação dos
desenvolvedores do programa, acabam sendo beneficiados pelos próprios
usuários. Essa opção é representada por um ícone em forma de "i" nos
mapas.

167
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

4.3.2.5.7 Navegação do Google Earth


173B

A área de navegação é onde, de fato, você verá as imagens dos


lugares. Utilizar essa área é muito fácil, especialmente com o auxílio do
mouse. Com esse dispositivo você pode se aproximar ou distanciar do pon-
to em questão.
Basta usar o botão de rolagem (Scroll) para movimentar a tela com
a ajuda do mouse. Se você mantiver pressionado o botão esquerdo do
mouse sob qualquer ponto do mapa e movimentá-lo, o foco do Google Earth
se moverá de acordo com a direção do movimento.
Caso queira que o programa se aproxime automaticamente de al-
gum ponto, basta clicar duas vezes seguidas sobre ele. Mas os recursos de
navegação não param por aí. Por padrão, o Google Earth exibe na área de
imagens, uma bússola no canto superior direito. Ao se aproximar dela, a
bússola dá lugar aos controles de navegação, descritos anteriormente.

4.3.2.5.8 Barra de Atalhos


174B

A seguir, mostraremos a barra de atalhos localizada acima da área


de visualização do globo. Ela contém atalhos que economizam tempo no
acesso de algumas funções. A descrição será na ordem respectiva aos
ícones que aparecem da esquerda para a direita (Figura 4.47).

Figura 4.47. Barra de atalhos.

Ocultar Barra Lateral – Esconde o Painel de Pesquisa, de Lugares


e Camadas, proporcionando assim uma maior área de visualização do ma-
pa,
Adicionar Marcador – Atalho que facilita bastante o processo de in-
serir um marcador no mapa.
Adicionar Polígono – Atalho para o recurso de demarcação deta-
lhada disponível no menu Adicionar.
Adicionar Caminho – Atalho feito para o recurso adicionar caminho,
facilita o processo de marcar o trajeto e salvar no painel Lugares.
Adicionar Superposição de Imagem – Adiciona imagens sobre o
mapa de satélite do Google Earth.

168
Aulas Práticas de GPS

Mostrar Régua – Abre a régua para facilitar a medição de distanci-


as entre dois ou mais pontos.
Enviar por e-mail – Facilita a tarefa de enviar um ponto marcado
em anexo por e-mail a um conhecido.
Imprimir – Atalho para imprimir em papel a imagem visualizada no
painel de navegação do Google Earth.
Visualizar no Google Maps – Encurta o caminho da imagem do
Google Earth convertida para os mapas do Google Maps disponibilizados na
internet.
Alternar entre Céu e a Terra – Atalho super simples para mudar o
modo de visualização entre o terrestre e o espacial.

4.3.2.5.9 Latitude e Longitude


175B

Quem nunca aprendeu na quinta série sobre os conceitos de Lati-


tude e Longitude? Pois é, você deve ter pensado que isto nunca seria útil,
que nunca utilizaria isso na vida.
Porém você está redondamente enganado. Uma das maneiras
mais fáceis e precisas de se localizar um lugar no Google Earth é através
das coordenadas de latitude e longitude. E você vai gosta disso...
A localização exata de um determinado ponto na Terra é único e
depende do confronto de sua latitude e sua longitude. Vale penas dizer que
as medições desses parâmetros são mais precisos no software do que na
aula de Geografia.
Por padrão, elas são dadas respectivamente em graus (º), minutos
(') e segundos ("). Como exemplo, digite as coordenadas de latitude
22°54'28.76"S e longitude 43° 7'33.28"O no campo Voar Para (Não precisa
digitar com os símbolos). Veja que o Google Earth exibirá o Museu de Arte
Contemporânea, em Niterói, local correspondente às coordenadas dadas.
Você pode compartilhar isso com amigos. Caso você encontrou
aquele restaurante para sair no fim de semana com a sua turma e quer
mostrar onde fica para algum conhecido, anote as informações de latitude e
longitude que se localizam no rodapé da área de navegação (Figura 4.48).
Mas como fazer isso de forma prática? Basta simular que irá adi-
cionar um marcador, quando abrir a janela de edição de informações, copie
as coordenadas e cancele o ponto. Agora você possui as coordenadas do
lugar em mãos, se a necessidade de ficar anotando manualmente (Figura
4.49).

169
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 4.48. Informações no rodapé da área de navegação.

Figura 4.49. Adicionar marcador através de coordenadas conhecidas.

Atenção: Caso alguém use as coordenadas para fazer uma pes-


quisa através do Voar para no Google Earth, vale lembrar que deve traduzir
os pontos cardeais do português para o inglês caso o contrário o programa
irá dizer que o ponto indicado não foi encontrado.

4.3.2.5.9.1 Tabela de Conversão


197B

Sul (S) traduzido para o inglês fica South (S).


Norte (N) traduzido para o inglês North (N).
Leste (L) traduzido para o inglês East (E).
Oeste (O) traduzido para o inglês West (W).
Exemplo: antes 22º23'41.33"S 41º46'53.21"O
depois 22º23'41.33"S 41º46'53.21"W

4.3.2.5.10 Arquivos KML e KMZ


176B

Como dissemos agora a pouco, você pode fornecer a latitude e a


longitude de um ponto para ser visualizado no Google Earth. Além do modo
que ensinamos anteriormente, também há outro muito melhor e mais com-
pleto.
Você também pode utilizar arquivos.kml e .kmz para compartilhar
marcações de locais. Esses arquivos são gerados pelo Google Earth para

170
Aulas Práticas de GPS

que quando você envie uma marcação para algum conhecido. Além das
coordenadas, esse arquivo guarda o nome, a descrição, o estilo e cor e etc.
Arquivo .kmz é na verdade um arquivo .kml compactado. Quando
você possui o programa Google Earth instalado no computador e recebe um
arquivo desses, basta clicar duas vezes e o software irá abrir mostrando os
pontos contidos dentro dele.
Eles guardam informações como latitude, longitude, escala, textura,
links, descrições entre outros. Um exemplo de arquivo .kmz são os dados
fornecidos pelo IBGE – MAPAS, onde disponibiliza para download todas as
cidades e limites do Brasil. O guia reúne todas as informações de municí-
pios localizados no Brasil e esta disponível no link
http://www.quoos.com.br/geomatica/.
Para criar algo parecido, basta você reunir todos os pontos que de-
seja dentro de uma pasta e depois clicar com o botão direito do mouse e
selecionar a opção Salvar Como... e escolher entre o .kml e o .kmz a sua
escolha. Se o arquivo for pequeno o .kml é ideal, deixando o .kmz para
arquivos grandes.
Você pode, por exemplo, criar um arquivo que contém todas as fili-
ais de sua empresa, criar um guia de praias, reunir as utilidades públicas,
mostrar todos os pontos de ônibus e etc.
Você pode carregar acessando o menu Arquivo e selecionando a
opção Abrir e escolher o arquivo. Depois selecione a opção Reproduzir
Passeio, uma dica bem legal que falamos lá no início.

4.3.2.5.11 Visualizando o Espaço


17B

Com certeza vocês devem estar maravilhados com isso tudo que
descrevemos sobre o Google Earth. Imagine se além de visualizar a Terra,
você tivesse a possibilidade de visualizar o céu, mais especificamente o
espaço com as suas galáxias, planetas e constelações. Esse é o Google
Sky.
Para isso você deve ir até o menu Visualizar e selecionar a opção
Mudar para Céu. O Google Earth irá carregar as informações, exatamente
quando você inicia o programa para poder lhe mostrar todos os detalhes do
espaço. Em vários pontos da visualização é possível obter explicações
sobre as constelações, galáxias e outras partes da astronomia. A navega-
ção é a mesma que no modo de visualização da Terra. Mas é extremamen-

171
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

te recomendável se orientar pelo painel de Camadas, visto que o espaço é


infinito e pouco explorado (Figura 4.50).

Figura 4.50. Visualização do Céu pelo Google Earth.

4.3.2.5.12 Agradecimentos à equipe da Google.


178B

É inegável que o software é vasto e recheado de recursos, as fina-


lidades nas quais se pode utilizá-lo são incalculáveis. Não é fácil ou, quem
sabe, possível ensinar e explicar de forma detalhada todos os recursos,
funcionalidades e possibilidades do programa. Por isso, por mais que exis-
tam ou criem tutoriais que auxiliem na utilização do programa, nada substitui
a curiosidade e exploração com afinco do Google Earth pelo próprio usuário.
Isso porque ele está sempre sendo atualizado e com isso vão sur-
gindo novos recursos e possibilidades. Para saber sobre atualizações e
novidades sempre é bom dar uma olhada em sites de download ou na pró-
pria página do Google Earth. Por todas essas vantagens agradecemos o
desempenho da Google em trazer esta inovação tecnológica ao público em
geral.

172
Aulas Práticas de GPS

4.4 Exercício

1) Com o RECEPTOR GPS, configure-o com o sistema de coorde-


nadas UTM e o Datum South American 1969;

2) Localize, com receptor GPS os pontos no campus da UFSM cu-


jas coordenadas UTM (em metros) são as seguintes:
Coordenada E Coordenada N
237166 6708973
237485 6709145
237198 6709218
237274 6709125
237123 6708962
237142 6709095

3) Georreferencie 3 postes ,1 lixeira e 3 árvores (com os devidos


nomes);
4) Faça um trajeto no campus, calcule sua área e perímetro;
5) Descarregue os dados nos softwares: Campeiro 7 ou no Track-
Maker.

173
5 ARCGIS DESKTOP 9.3 BÁSICO
6B

5.1 Introdução

O ArcGIS (A Figura 5.1 mostra a tela de abertura do programa) é


um SIG que consta de 5 componentes fundamentais:

Figura 5.1. Tela Inicial do ArcMap.

ArcGIS Desktop: Nome coletivo dado para três produtos que são
ArcView, ArcEditor e ArcInfo
Server GIS: ArcSDE, ArcIMS e ArcGIS Server - Esses produtos
são usados para criar e gerenciar aplicações baseadas em servidores (ser-
ver-based GIS) que compartilham conhecimento dentro de organizações
maiores e com muitos outros usuários por meio da Intranet.
Mobile GIS – ArcPad: É a expansão de um GIS de escritório para
o Campo. É semelhante ao Arc GIS Desktop feito para “Handhelds”.
ArcGIS Engine: Ferramenta para customização do software.
GIS Web Services: Ferramenta para facilitar a leitura de dados
espacial (conjunto) pra grupo de usuários via internet.
A Figura 5.2 mostra a representação esquemática de todo o siste-
ma ArcGIS.
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 5.2 Representação esquemática do sistema ARCGIS. (Fonte:


www.esriportugal.pt/produtos/produtos_sig_desktop_arcview.html)

O ArcGis Desktop é composto pelos seguintes aplicativos: Arc-


MAP, ArcCATALOG e ArcTOOLBOX. Podemos ver na figura 5.2 que o
mesmo apresenta algumas subdivisões. Essas subdivisões são as diversas
formas em que são comercializados, em que as principais são: ArcInfo,
ArcView e ArcEditor. Esses três conjuntos de programas funcionam todos
em uma mesma plataforma (ou núcleo de atividades), diferindo apenas por
apresentarem funções simples (ArcView) até o que apresenta funções com-
pletas (ArcInfo) cada uma dessas versões comercializadas é composta
pelos três aplicativos citados acima.

5.1.1 O ArcCatalog

O ArcCatalog é um aplicativo do ArcGis que permite o acesso e ge-


renciamento do conteúdo de dados geográficos. O acesso aos dados se dá
através de conexões, estas juntas formam o catálogo de origem dos dados
geográficos (Figura 5.3).
Ao acessar pela primeira vez o ArcCatalog mostra a entrada do
disco rígido do seu computador. Para acessar dados externos armazenados
em um CD, disco flexível, ou em outro computador na rede, você deve adi-
cionar conexões para estas posições.

176
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

Figura 5.3. Tela de inicialização do ArcCatalog.

Quando se acessa uma pasta conectada visualizam-se os itens


que ela contém. Ao contrário do Explorer do Windows, o ArcCatalog não
lista todos os arquivos armazenados no disco.
Ao se conectar a uma pasta tem-se acesso ao conteúdo geográfico
desta, o caminho de um determinado arquivo aparece na caixa de localiza-
ção e na barra de título do ArcCatalog (Figura 5.4). Recomenda-se desco-
nectar pastas que não estão sendo usadas na árvore de localização, pois
uma nova conexão não será adicionada no ArcCatalog se já houver a mes-
ma conexão ativa. Uma pasta pode aparecer vazia no ArcCatalog mesmo
que contenha outros arquivos, somente extensões pré-definidas serão visu-
alizadas no conteúdo das pastas conectadas.
Quando se quer acessar um local conhecido na rede é mais fácil a
conexão, digitando diretamente o endereço na caixa de localização.
Um ponto de exclamação vermelho ou um ícone junto a uma cone-
xão significa que esta não está acessível para visualização, ou foi desco-
nectada, sendo necessário o seu restabelecimento.

5.1.2 O ArcMap

ArcMap (Figura 5.5) é um programa (software) muito utilizado para


manipulação/geração de mapas digitais. É um programa criado para mape-
amento digital. No ArcMap é possível visualizar e também associar vários
tipos de informações não gráficas em conjunto com as informações gráficas,
seja vetorial (ex: shp ou CAD) ou raster (imagens).

177
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 5.4. Tela do ArcCatalog – Conexão com pastas.

O ArcMap permite ainda a criação de mapas resultantes de análi-


ses geográficas. O ArcMap pode muito bem ser utilizado para entender as
relações existentes nos vários tipos de informações que estão sendo inte-
gradas em ambiente digital (informação espacial geográfica), para a tomada
de decisões.
Por último, normalmente temos a apresentação dos resultados de
forma profissional utilizando-se de mapas, cartas, gráficos, tabelas, etc.

178
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

Figura 5.5. Tela de inicialização do ArcMap.

5.1.3 O ArcToolbox

O ArcToolbox
é um aplicativo simples
que contém muitas
ferramentas GIS usa-
das para geoproces-
samento de dados.
Conforme a licença
adquirida, do pacote
de softwares da ESRI
(ARCINFO, VIEW ou
EDITOR), este aplica-
tivo apresenta mais ou
menos ferramentas,
sendo o ARCINFO a
versão mais completa,
com mais de 150 tipos
de ferramentas, dentre
elas a conversão de
dados, cruzamento de
planos de informações
(PI), sistemas de pro-
Figura 5.6. ArcToolbox – acoplado no ArcMap.
jeção, e muitas outras
(Figura 5.6).

179
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

5.2 Características do ArcGIS

Simplicidade na manipulação/uso: Ferramentas de mapeamen-


to, análise e gerenciamento de dados, utilizadas em todos os níveis da
família ArcGIS e facilmente customizadas;
Extremamente funcional: incorpora poderosas ferramentas de e-
dição, cartografia avançada, administração de dados aprimorada e análises
espaciais sofisticadas;
Escalonável: desenvolvido em estruturas modernas de componen-
tes orientados a objetos, permitindo que os softwares que compõem a famí-
lia ArcGIS, compartilhem os mesmos aplicativos, interfaces de usuário e
conceitos de operação;
Habilitado para a Internet: o ArcGIS pode ser utilizado para a ob-
tenção de dados geográficos pela Internet ou Intranet;
Facilidade de customização: construído sob padrões abertos de
mercado, o ArcGIS é rico em funcionalidades, com extensa documentação e
completamente customizável com as linguagens padrões mais utilizadas
pelos profissionais de informática.

5.2.1 Conceitos Gerais

Tema ou Plano de Informação: é representado por um layer, nor-


malmente representando algum elemento geográfico do mundo real. Exem-
plo: Eixo de ruas, bairros, nascentes, órgãos de interesse, departamentos,
etc. Quando temos a combinação de um conjunto de temas (li-
nhas/polígonos/pontos/imagens) podemos chamar esse conjunto de “com-
posição de mapas”.
Feature: Elementos de um Tema, normalmente apresentam-se na
forma de polígonos, linhas e pontos, ex:
⇒ Polígonos: Divisa de bairros, bacias hidrográficas, zonas
urbanas, mapa qualitativos (uso do solo), etc.
⇒ Linhas: Ruas, redes de água, rios, etc.
⇒ Pontos: Nascentes, postos de saúde, escolas e creches,
departamentos municipais, etc.
View ou Vista: Interface gráfica de ArcMap onde se pode visuali-
zar os mapas ou conjunto de mapas.
Layout: Interface gráfica de ArcMap usada principalmente quando
se deseja plotar mapas finais.

180
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

Vetor: Localização exata de objetos geográficos na terra. Objetos


geográficos são representados como pontos, linhas ou polígonos. Normal-
mente tem-se a posição dos objetos geográficos na terra referenciada em
algum sistema de projeção cartográfica com coordenadas x, y.
Raster: Consiste de um conjunto de dados apresentados na forma
de imagens. São imagens digitais, normalmente representadas em quadrí-
culas ou células quadradas, onde temos o menor elemento dessas imagens,
conhecidos como pixel (do inglês picture element). Cada célula, ou pixel é
referida no ambiente digital a um numero de linha e coluna, devendo ainda
apresentar um atributo geográfico e também correspondente a uma área da
superfície da terra.
Coverage: Modelo de dato geográfico, também conhecido como o
modelo de datos georrelacional, da ESRI introduzido em 1981 com o ArcIn-
fo.
Shape: formato de datos geográficos do ArcView. Arquivos ‘shape’
podem representar objetos geográficos como linhas, pontos e áreas (polí-
gonos).
Geodatabase: É a unidade primária, ou seja, corresponde ao nível
mais alto das classes de dados geográficos. É uma coleção de classe de
dados, classes geográficas, objetos geográficos e classes de relações.

a) Classes de dados: Conhecida como Geographic Datasets representam


três modelos de dados geográficos: vetor, raster e triangulação (TIN). No
Geodatabase pode existir classe geográfica (feature dataset), classes raster
(raster dataset) e também classe TIN (TIN dataset).
Classe geográfica: Conhecida como Feature dataset é represen-
tado por uma coleção de classes geométricas, pontos, linhas e polígonos,
que possuem o mesmo sistema de coordenadas.
⇒ Classe geométrica: Conhecida como Feature class é uma
coleção de objetos geográficos com o mesmo tipo de ge-
ometria, ponto, linha ou polígono
⇒ Objeto geográfico: conhecido como Feature é qualquer
elemento do mundo real representado no mapa.
Classe raster: Pode ser uma simples classe ou uma série de clas-
ses composta por mais de uma “banda”, contendo diferentes espectros e
valores.

181
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Classe TIN: contém uma série de triângulos que cobrem uma área
contendo além das coordenadas “X” e “Y”, um valor de elevação/ou cota
(coordenada z) em cada nó que representa algum tipo de superfície.

b) Objeto classes: É uma tabela dentro de um Geodatabase. Os objetos


classes possuem informações descritivas dos objetos, porém sem apresen-
tar nenhuma representação geométrica no mapa.

5.3 Trabalhando com o ArcCatalog

O ArcGIS pode trabalhar com diversos tipos de arquivos e também


integrar diversos tipos de dados em layers separados. As figuras abaixo
representam ícones (formatos) como eles aparecem no ArcGIS (Cata-
log/Map/Toolbox), onde tem-se (Figura 5.7):

Arquivos de Imagens (raster) ex: JPEG; TIF; GRID; BMP, etc)


Arquivo TIN
Arquivo shape (shapefile) de pontos;
Arquivo shape (shapefile) de linhas;
Arquivo shape (shapefile) de polígonos;
Árvore de Layer de pontos
Árvore de Layer de linhas
Árvore de Layer de polígonos
Árvore de Layer de imagens (raster)
Árvore de Layer de arquivos TIN
Arquivo em formato tabular (tabela *.DBF)
Arquivo Geodatabase
Arquivo CAD (*.DWG, *.DXF, *.DGN)
Arquivo cad de pontos
Arquivo cad de linhas
Arquivo cad de polígonos.
Figura 5.7. Ícones dos arquivos visualizados no ArcCatalog

182
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

As atividades que aqui serão desenvolvidas buscarão mostrar co-


mo procurar, gerenciar e visualizar os arquivos de forma rápida e fácil, antes
mesmo de iniciar o trabalho com o ArcMap.
O ArcCatalog permite que você procure o mapa que deseja visuali-
zar, e plotar, consultar valores e informações na tabela, sistema de projeção
de arquivos, dentre outras utilizações.

5.3.1 Exercício 1 – Explorando o ArcCatalog

5.3.1.1 Iniciar ArcCatalog

Antes de iniciar as tarefas é necessário iniciar o aplicativo ArcCata-


log, que pode ser iniciado seguindo os seguintes passos:
– Click no botão “Iniciar” do Windows;
– Selecione Programas;
– Selecione ArcGis;
– Click em ArcCatalog que abrirá uma janela de inicialização do a-
plicativo (Figura 5.8).

Figura 5.8. Inicialização do ArcCatalog.

Depois de inicializado, o ArcCatalog apresenta a forma da Figura


5.9.
Se observarmos no canto superior esquerdo, temos os menus em
cascata no formato do windows (File, Edit, View, Tools, etc...) (Figura 5.10).

183
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 5.9. Janela da árvore de arquivos visualizados no ArcCatalog.

Figura 5.10 Detalhe do ArcCatalog.

Abaixo dos menus temos alguns botões de acesso rápido às pas-


tas, acima, formas de visualização dos arquivos (ícones grandes, pequeno,
listados, detalhes, figuras) (Figura 5.11).

Figura 5.11. Botões de visualização de conteúdos.

184
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

Temos ainda atalhos para ArcMap, ArcCatalog e ArcToolbox, além


da ajuda.
Ainda na Figura 5.10 temos do lado direito (como no Windows Ex-
plorer) o que chamamos de Catálogo em Árvore (Catalog Tree), mostrando
de forma rápida e simples todas as pastas do Disco Rígido (HD).

5.3.1.2 Visualizando Pastas No Arccatalog

Quando utilizamos o mouse para visualizar pastas no catálogo em


árvore “catalog tree”, ele mostra o conteúdo da pasta do lado direito, de
forma semelhante ao Windows Explorer, permitindo ainda a forma de visua-
lização desses arquivos, conforme mostrado na figura anterior.

5.3.1.3 Olhando uma pasta qualquer no ArcCatalog:

Click na pasta desejada no Catalog Tree. Os itens que estão dentro


da pasta selecionada, serão mostrados no lado direito.
Clicando duas vezes na pasta selecionada ou no símbolo “+” abrirá
no catálogo em arvore as subpastas que estão dentro da pasta selecionada
(Figura 5.12).

Figura 5.12. Visualização de uma pasta no ArcCatalog.

185
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

5.3.1.4 Localizando a pasta tutorial e criando uma cópia

Antes de começar a explorar dados do tutorial deste exercício é


necessário selecionar a pasta onde os dados estão localizados. Essa tarefa
no ArcCatalog é bastante rápida e simples. Primeiramente vamos localizar a
pasta.
1) Clique na caixa de localização (location) e digite “
C:\Arcgis\ArcTutor” ou então vá no Catálogo e selecione a pasta e vá até o
local indicado (Figura 5.13).

Figura 5.13. Caixa de localização.

2) Para Criar uma cópia da pasta vamos inicialmente criar uma


pasta no disco rígido. Ex: “C:\Curso_Extensao\Met_Informacionais\Arc_Gis”.
Para isto vá ao catálogo e selecione o local “C:\” e então você pode criar
uma pasta selecionando o menu “File / New / Folder” (Figura 5.14).

Figura 5.14. Criando uma nova pasta no ArcCatalog.

Logo após clicar em “New Folder” aparecerá a nova pasta criada


com nome “newfolder” que deve ser renomeado simplesmente editando o
texto, conforme pode ser visto na Figura 5.15.

186
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

Figura 5.15 Renomeando a nova pasta no ArcCatalog.

Para copiar o conteúdo da pasta “____________” para a pasta cri-


ada, selecione o local “C:\Curso_Extensao\Met_Informacionais\Arc_Gis” no
comando “location”e logo após selecione o botão “copy” na barra de ferra-
mentas, como mostra a Figura 5.16.

Figura 5.16. Botões de atalho na barra de ferramentas.

Para completar a operação vá à nova pasta criada para o exercício


e cole os arquivos copiados anteriormente, utilizando o botão “paste” na
barra de ferramentas.

5.3.1.5 Visualizando dados no ArcCatalog

Como já criamos anteriormente uma pasta, para exercitar utiliza-


remos os arquivos contidos nela para visualização. Para tal tarefa vá ao
local onde foi criada a pasta e selecione a pasta “ArcGIS” (Figura 5.17).

187
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 5.17. Formas de visualização para thumbmails no ArcCatalog.

A Figura acima mostra no detalhe em vermelho uma das quatro


formas de apresentação do conteúdo das pastas na parte da direita.
As formas de apresentação dos arquivos podem ser: ícones gran-
des/listados/detalhes/miniatura (list/large icon/details/thumbnails). Na parte
sinalizada em azul temos outras formas de apresentação dos dados (Con-
tents/Preview/Metadata).

5.3.1.6 Trabalhando com a ferramenta de visualização “Preview”

Esta é a ferramenta do ArcCatalog que permite ao usuário visuali-


zar os arquivos em pré-visualização. A interface de visualização e ferramen-
tas são as mesmas utilizadas no ArcMap. Essa ferramenta permite ainda
trabalhar com dados no formato de tabelas, ou seja, permite o trabalho
diretamente na tabela de atributos dos arquivos.
Se os dados são, por exemplo, arquivos *.shp, é possível selecio-
nar em Preview se você deseja trabalhar na Tabela de atributos ou em
ambiente gráfico (visualização espacial) (Figura 5.18).
As ferramentas para navegação, aproximação (zoom) e identifica-
ção de dados, são mostradas na Figura 5.19.

188
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

Figura 5.18. Opções de visualização.

Figura 5.19. Menu de ferramentas “Standard”.

5.3.1.7 Explorando o conteúdo da tabela

Se o arquivo que está sendo utilizado é um “shp” ou simplesmente


uma tabela, é possível também, utilizando o ArcCatalog, trabalhar com os
dados na tabela de atributos. Para abrir a tabela de atributos desses tipos
de arquivos basta:
Escolha um arquivo no “catalog tree” e selecione o modo de exibi-
ção “Preview”. Abaixo, onde temos a opção preview (Geográfico/Tabela),
selecione tabela (Figura 5.20).
Com esta opção é possível localizar elementos na tabela de atribu-
tos, adicionar novos campos, exportar dados. Para tal tarefa basta ir ao
botão “options”, conforme indicado na (Figura 5.21).
Selecione C:\Curso_Extensao\Met_Informacionais\Arc_Gis\Shape”,
no catálogo em árvore, e selecione o arquivo de polígonos “hidrografi-
a_poligonos_lambert.shp”.

Figura 5.20. Visualização Preview/tabela.

189
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 5.21. Options/Find.

Clique com o botão direito do mouse em cima do campo “Tipo” e


aparecerá uma nova caixa de diálogo com opções para mostrar os dados
em ordem crescente, decrescente, apresentar resultados estatísticos, con-
gelar/descongelar e até mesmo “excluir” (deletar) um campo inteiro. Veja
Figura 5.22.

Figura 5.22. Removendo um campo da tabela.

5.4 Trabalhando com o ArcMAP

5.4.1 Visualizando Informações

Algumas vezes trabalhamos com mapas com objetivos simples e


direto de interpretar as informações gráficas e geográficas. Mas mapas não
são apenas simples representações de onde estão localizados geografica-
mente certos objetos de estudo, mas também informações específicas so-
bre cada um desses objetos analisados. A Figura 5.23 mostra, por exemplo,
o mapa dos Estados Unidos com informações sobre a densidade populacio-
nal, facilitando a identificação das regiões metropolitanas.

190
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

Figura 5.23. Mapa de densidade populacional.

5.4.2 Trabalhando Geograficamente

Trabalhar com ArcMap em “ambiente digital”, não é o mesmo que


trabalhar em mapas plotados, cartas. etc. Você pode pré-visualizar um ma-
pa e, quando necessitar analisar com maior detalhe uma área em particular,
você pode ampliar a forma de visualização (através de “zoom”), Figura 5.24.

Figura 5.24. Mapa Temático.

191
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

5.4.3 Mostrando Relações

Trabalhar com o ArcView permite a você mostrar relações entre


planos de informações abrindo tabelas, criando gráficos e adicionando es-
ses elementos no mapa (Figura 5.25).

Figura 5.25. Mapa com diferentes layers e edição de layout.

5.4.4 Solucionando Problemas

Ao trabalhar com o ArcMap e visualizar informações sobre regiões


de estudo, você pode estabelecer critérios para cada área, como por exem-
plo, proximidade, nome, medidas, e outras informações, que são importan-
tes na tomada de decisões (Figura 5.26).

5.4.5 Criando e Atualizando dados

Você pode adicionar informações ao mapa de trabalho, trabalhan-


do com a tabela de atributos. Para essas tarefas o ArcMap possui ferramen-
tas avançadas de edição que ajudam a criação de novos dados e atualiza-
ção dos dados existentes.

5.4.6 Apresentando os Resultados

Você pode criar mapas a serem apresentados como resultados em


alta qualidade e também em diferentes formatos. Os mapas podem ser
192
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

apresentados em relatórios, para publicação na WEB, exportado para for-


matos mais utilizados, ou impressos em (A4, A0, A1, etc...)

Figura 5.26. Mapas de florestas com buffer.

Os exercícios a serem desenvolvidos durante o curso são exercí-


cios onde você aprenderá a utilizar o ArcMap para obter informações a partir
de dados georreferenciados obtidos na internet e também algumas tarefas
para geração de seu próprios mapas utilizando diferentes bases cartográfi-
cas.
Será possível ainda compreender o formato dos arquivos, desen-
volvendo atividades de manipulação dos dados em formato de tabelas, ou
seja, manipular informações espaciais através da tabela de atributos dos
arquivos, podendo inserir ou suprimir informações nessas tabelas (ou ma-
pas). Será possível também criar leiaute para impressão de qualquer região
de interesse, podendo ainda adicionar legendas, escalas, grids, textos adi-
cionais e outros elementos.

5.4.7 Iniciando o ArcMAP

Para iniciar o ArcMAP clicar em Iniciar/ Programas /ArcGIS / Arc-


Map como mostra a Figura 5.27.

193
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 5.27. Abrindo o ArcMap.

Após carregar todo programa, a tela inicial apresenta algumas op-


ções para iniciar, seja um projeto já existente ou mesmo um novo mapa
(Figura 5.28).

Um novo mapa vazio

Um mapa já existente

Layouts prontos
para serem utiliza-
dos em mapas
bases de várias
regiões geográficas

Figura 5.28. Abrindo um arquivo no ArcMap.

Como foi visto anteriormente, o ArcMap é um aplicativo onde se faz


a inserção e manipulação de dados. As ferramentas mais usadas estão
dispostas como ícones e carregam na abertura do programa (Figura 5.29).

194
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

Ferramentas padrão
do windows. Ferramentas do
Arc View

Arc Tool box


Ferramentas de Adicionar Arc Catalog
Visualização dados
Arc Editor

5.29. Ferramentas de visualização mais utilizadas no ArcMAP.

5.4.7.1 Modos Básicos de Visualização

O ArcMAP permite duas formas básicas de visualização dos dados.


Àquela em que visualizo os layers dispostos na área de trabalho na forma
de DataView (Figura 5.30) e a visualização layout (Figura 5.31).

Figura 5.30. Modo de visualização DataView.

195
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 5.31. Modo de visualização layout.

A tela em modo de visualização layout é usada principalmente para


a plotagem e edição de mapas e a tela no modo dataview para melhor visu-
alização durante a manipulação dos dados geográficos.

5.4.7.2 Exercício 2 - Trabalhando com Formato Raster

Para inserir uma imagem raster (Carta Topográfica de Santa Mari-


a), retificada e georreferenciada, siga os seguintes passos:
– Clique no ícone ;
– Abre-se a janela Add Data (Figura 5.32);
– Abra a pasta Arc_Gis;
– Selecione a imagem (SantaMaria5011) / clique em Add;
– A Imagem será inserida georreferenciada. Arraste o mouse sobre
a figura e observe os valores em coordenadas UTM, idênticos aos valores
da carta;
– No quadro de layers selecione (SantaMaria5011), clique com o
botão direito do mouse;
– Abre-se a janela (layer properties), observe o sistema de referên-
cia espacial que acompanha o arquivo da imagem (Figura 5.33).

196
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

Figura 5.32. Janela de adição de dados.

Figura 5.33. Acessando a referência espacial.

5.4.8 Cartas Topográficas

As Cartas Topográficas são representações dos aspectos naturais


e artificiais da Terra, destinadas a fins práticos da atividade humana, permi-
tindo a avaliação precisa de distâncias, direções e a localização geográfica
de pontos, áreas e detalhes (BAKKER, 1965). Geralmente estão em média
e grande escala e encontram-se subdivididas em folhas, de forma sistemáti-
ca obedecendo a um plano nacional ou internacional (DUARTE,1994).
Elaboradas nas décadas de 60 e 70, ainda são em termos de base
geográfica uma referência, no que se refere a confiabilidade de dados e
orientação no terreno. Embora o Estado do Rio Grande do Sul ainda não
197
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

tenha uma política de atualização, na grande maioria dos projetos os dados


obtidos nas cartas ainda são muito utilizados. Portanto é ainda recomendá-
vel que ao se iniciar um projeto temático, mesmo com o advento de imagens
de alta resolução, se mantenha uma imagem da carta da área sobrepondo-
se as outras imagens. Esse procedimento garantirá que os produtos adqui-
ridos ou os dados obtidos por outros meios estejam, ao menos, compatíveis
com a precisão da carta, evitando-se assim chegar a um final do projeto e
verificar que parte ou todo o trabalho está comprometido.

5.4.9 Sistema de Referência

É um conjunto de informações que fazem parte de um sistema que


contém: um determinado elipsóide de revolução (figura matemática calcula-
da que se aproxima da forma da terra com parâmetros de achatamento e
raio conhecidos); um meridiano principal que ao cruzar com o equador de-
termina a origem das coordenadas; um ponto referenciado por seus valores
de latitude e longitude e o azimute desse ponto (datum).

5.4.9.1 Exercício 3 – Inserindo Imagens sem Referência

Para inserir imagens ou arquivos vetoriais criados no ArcCatalog


ou em outros softwares, em formatos reconhecidos pelo ArcView: usamos o
botão Add Data.

Na janela Add Data , clicar na pasta Arc_Gis onde aparecerão


outras sub-pastas e um ícone característico de imagem raster (Arquivos de

imagens raster ex: JPEG; TIF; GRID; BMP, etc., ícone tipo ).
Após pressionar o botão “Add Data” procure a imagem com o nome
Camobi_50. Após selecionar a imagem, pressione o botão Add. Como foi
demonstrado na Figura 5.32.

5.4.10 Criando Pirâmides em Arquivos Raster no ArcMAP

Por padrão, do programa ArcMAP, quando se dá, o preview na i-


magem digital no ArcCatalog ou quando se adiciona uma imagem em um
mapa, e, esta imagem for maior que 1024x1024 pixels, o programa pergun-
tará se deseja criar pirâmide (Figura 5.34). Em softwares que mantém a
mesma resolução original de cada célula, dependendo da resolução em que

198
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

foram digitalizadas, podem exigir maior tempo para visualização quando se


dá o zoom, uma vez que ocupam maior espaço no disco.
Quando se cria pirâmides visualiza-se primeiramente a imagem em
baixa resolução e a medida que você dá zoom acessa áreas sucessivamen-
te menores e obtém-se níveis de resolução maiores, mantendo o mesmo
tipo de visualização. Ao mesmo tempo no arquivo da imagem digital, um
arquivo de resolução reduzida da série de dados é criado RRD- Reduced
Resolution Datasets. Para um raster não comprimido o tamanho desse
arquivo é de aproximadamente 8% da série de dados original. Em determi-
nadas situações, entretanto, um arquivo RRD pode ser maior do que o ar-
quivo original, dependendo da técnica de compressão utilizada. Normalmen-
te este arquivo está armazenado dentro do arquivo da imagem se o formato
permitir, ou pode-se criar arquivos auxiliares ao lado da imagem.

Figura 5.34. Janela de construção da pirâmide.

Pressione o botão YES e o programa criará a composição de três


bandas para a imagem inserida. Porém, antes de aparecer a imagem a
mensagem da Figura 5.35 aparecerá.

Figura 5.35. Mensagem de alerta.


I
s
Abre-se a janela informando que não encontrou informações sobre
a referência espacial da imagem, portanto os dados não podem ser projeta-
dos. Para solucionar isso o Arc Map utiliza o sistema de coordenadas da
primeira série de dados (primeiro layer adicionado) e transforma todos os
outros dados para este sistema de coordenadas. Para que o Arc Map reco-
nheça o sistema de coordenadas, ele deve ser definido como um arquivo

199
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

.PRJ (criado no Arc Catalog ou importado do conjunto já existente no pro-


grama).

5.4.11 Definindo o Sistema de Referência no Arc Catalog.

Vamos atribuir a imagem Camobi_50 a referência espacial e adi-


cionar essa referência na imagem SantaMaria5011.
– Abra o ArcCatalog;
– Selecione o arquivo da imagem (Camobi_50.jpg). Clique na ima-
gem com o botão do mouse direito (Figura 5.36);

Figura 5.36. Acessando Propriedades da Imagem no ArcCatalog.

– Selecionar Propriedades;
– Abrirá a janela Raster Dataset Properties, mova a barra de rola-
gem até Spatial Reference / Clique Edit;
– Abrirá a janela Propriedades de Spatial Reference com as se-
guintes opções:
Select: Seleciona um sistema de coordenadas pré-definido
Import: seleciona um sistema de coordenadas à partir de uma i-
magem ou arquivo antes definidos.
New, modify: Cria um novo SR e modifica um pré-existente à partir
de parâmetros fornecidos pelo usuário.
– No quadro Propriedades de Spatial Reference, selecione a opção
Select (Figura 5.37);
– A janela Browse for Dataset será aberta;

200
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

Figura 5.37. Janela de propriedades da referência espacial.

– Abra a pasta Projected Coordinate Systems, selecione (UTM


ÆSouth America Æ SAD69 Æ 22S) e clique em Add (Figura 5.38);
– Clique em Aplicar e OK para fechar a janela.

Figura 5.38. Janela de Aplicação da referência espacial importada.

Como podemos observar agora a imagem possui uma referência


espacial. Vamos novamente inserir a imagem, observe que a mensagem
anterior não reaparece (Figura 5.39).

201
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 5.39. A imagem agora com referência espacial.

5.4.12 Georreferenciamento

Se sua imagem raster não contiver nenhum sistema de coordena-


das associado a ela (Coordenadas Geodésicas ou Planas Retangulares -
UTM), você pode georreferenciar no ArcMap. O processo de georreferenci-
amento de uma imagem, definirá como os dados estão situados através de
coordenadas, associando esses dados a uma posição específica na super-
fície terrestre. O ArcMAP necessita de no mínimo três pontos de controle
para a transformação de primeira ordem (polinômio), de seis para a de se-
gunda ordem e 10 para a de terceira ordem. Se os coeficientes a, e b, dos
polinômios são conhecidos, então os polinômios de mapeamento podem ser
usados para relacionar qualquer ponto no mapa, com seu correspondente
na imagem. No entanto, estes coeficientes são desconhecidos, e seus valo-
res podem ser estimados através da identificação de conjuntos de feições
sobre o mapa, as quais devem também ser identificáveis na imagem. Estas
feições, chamadas de pontos de controle no terreno devem ser bem defini-
das, espacialmente pequenas, podendo constituir-se de intersecções de
estradas, intersecções de pistas de aeroportos, curvas de rios, feições pro-
eminentes na linha de costa, etc. Como procedimentos, são escolhidas
várias destas feições (em pares sobre o mapa e a imagem), de modo que
os coeficientes do polinômio possam ser estimados pela substituição dos
valores dos coeficientes do polinômio de mapeamento, para produzir o
conjunto de equações. Através das equações definidas anteriormente, po-
de-se verificar que o número mínimo de pontos de controle requeridos para
mapeamentos polinomiais de segunda ordem é seis, da mesma maneira

202
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

que para polinômios de terceira ordem é dez. Na prática, escolhe-se um


número muito maior de pontos de controle, os quais são avaliados usando a
estimativa dos mínimos quadrados. Os pontos de controle devem ser sele-
cionados em um número de pares que seja significativo, e eles devem estar
bem distribuídos na cena, de modo a assegurar a geração de polinômios de
mapeamento bastante acurados, quando da retificação de uma imagem.
Entretanto, deve-se ter cuidado na escolha desses pontos e ter em mente
que eles devem estar distribuídos na periferia da imagem a ser corrigida,
bem como deve haver um espalhamento de pontos também no centro da
imagem.
A aplicação de uma transformação de primeira ordem mantém in-
variante o paralelismo entre as respectivas linhas da figura, mas altera a
forma, pois introduzem duas escalas, essa transformação atende a maioria
do georreferenciamento para análises temáticas. Quanto mais elevada a
ordem de transformação, mais complexa será a correção. Esses modificam
a geometria da imagem de uma maneira não linear, independente das duas
direções. Aqui, nem a colinearidade é mantida, isto é, a geometria fica inde-
finida pelo conjunto de pontos dos vértices de uma imagem. A distância
entre dois pontos de ligação é o erro residual. O erro total é a soma do qua-
drado da média de todos os erros residuais. Resampling é o mesmo que
reamostragem e é utilizado para retificação de imagem. É o processo que
determina o valor do pixel na imagem retificada. O resampling no ArcMAP
utiliza três técnicas de interpolação: vizinho mais próximo (técnica mais
rápida e é apropriado para dados temáticos), atribui o valor da célula mais
próxima para a célula que será transformada; bilinear e convolução cúbica
(para superfícies com elevação, inclinação e fotos aéreas, adequado para
imagens que necessitam ser dobradas ou curvadas). A interpolação bilinear
combina o valor das quatro células mais próxima para atribuir um valor a
célula transformada. Interpolação pelo método da convolução cúbica combi-
na com as dezesseis células mais próximas. Essas duas técnicas são de
intensa ou pesada computação e podem exigir mais tempo de processa-
mento do computador. O resampling é parte do processo de georreferenci-
amento no ArcMap, mas também pode ser parte de uma operação de geo-
processamento para alterar o valor dos pixels no ArcToolBox .
Usa-se também a retificação quando se deseja exportar a imagem
corrigida e georreferenciada para um outro software qualquer .
Os formatos mais comuns para exportação são: .TIF e .IMG

203
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Você pode também adicionar os dados através do ArcCatalog na


tabela de conteúdos do ArcMap diretamente.
Clique simplesmente sobre o nome do arquivo na árvore dos dados
no ArcCatalog e arraste-o em qualquer lugar dentro da tabela de conteúdos
do ArcMap.
Os arquivos adicionados podem ainda ter sua sequência alterada.
Se você não conseguir visualizar a informação de um dos layers da
tabela de conteúdos, você pode alterar a seqüência de adição dos dados
diretamente pela tabela de conteúdos no ArcMap, para isso clique com o
botão esquerdo do mouse sobre o nome do layer (arquivo) e arraste para a
nova posição na tabela de conteúdos.
No exemplo usamos um arquivo raster e um shape. Note que a se-
qüência dos dados na tabela de conteúdos foi alterada permitindo a visuali-
zação do arquivo vetorial sobre a imagem do campus.

5.4.12.1 Exercício 4 – Georreferenciando no ArcMap

Pontos de Controle ou Control Points: Para georreferenciar no


ArcMAP necessito de no mínimo três pontos de controle. Utiliza-se da barra
de ferramentas Georeferencing (Figura 5.40). Se essa não estiver ativa
busque em: View Toollbox Æ georreferencing.

Figura 5.40. Ferramenta Georeferencing.

Observe os valores das coordenadas antes do georreferenciamen-


to. Dê um zoom sobre os pontos marcados na carta, vamos atribuir a esses
pontos os valores das coordenadas conhecidas.
P1 - Canto Superior Esquerdo: ________________________;
P2 - Canto Inferior Direito: ________________________;
P3 - Canto Superior Direito: ________________________;
P4 - Canto Inferior Esquerdo: ________________________;
As coordenadas também poderiam ser obtidas no terreno com re-
ceptor GPS de navegação.
Pressione o botão Add Control Points identificado na figura abai-
xo: A ferramenta está habilitada, dê sucessivos zooms sobre a imagem até

204
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

encontrar o ponto exato, depois clique com o botão esquerdo do mouse


sobre ele em seguida com o botão direito.
Na janela de edição substitua os valores pelos indicados no quadro
e dê OK (Figura 5.41).

Figura 5.41. Adicionando pontos de controle e coordenadas.

Após apertar o OK, a imagem desaparecerá da tela, pressionando


o zoom geral ou o botão full extent a imagem reaparece. Você notará que
no canto inferior direito os valores da barra de rolagem foram modificados
após a inserção do primeiro ponto.
Antes de inserir valores de P1:

Após inserir valores de P1:

Repita este procedimento para o P2, P3 e P4. Você pode conferir


os valores dos pontos atribuídos e o erro residual em (Figura 5.42): georre-
ferencing/ view link table.

Carrega um
arquivo de
georreferenci-
amento já
existente

Por padrão o programa executa a transfor-


mação em polinômio de 1° ordem

Figura 5.42. Tabela dos pontos de controle.

205
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Se os pontos estiverem corretamente digitados, e o erro admissí-


vel, vá na barra de ferramentas Georeferencing e pressione a opção rec-
tify.
Abre-se a janela da Figura 5.43.

Figura 5.43. Retificando a Imagem.

A imagem agora está georreferenciada e foi salva na pasta


C:\Curso_Extensao\Met_Informacionais\Arc_Gis.
Para sobrepor um layer qualquer da tabela de conteúdos deve-se
alterar a sequência de visualização, para isso clique com o botão esquerdo
do mouse sobre o nome do layer (arquivo) selecionando-o e arraste para a
nova posição na tabela de conteúdos.

5.4.13 Sistema de Coordenadas Geográfico (GCS)

Usa uma superfície esférica tridimensional para definir posições na


Terra. Usa um sistema de referência espacial e valores de latitude e longitu-
de em graus decimais ou graus minutos e segundos. Embora a latitude e
longitude possam encontrar a posição exata no globo, não é o grau uma
unidade de medida uniforme em todo o globo, sendo esse sistema inade-
quado para medidas de áreas e distâncias.

206
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

5.4.14 Sistema de Coordenadas Projetado (PRJ)

Utiliza um sistema de coordenadas geográfico como referência e


uma projeção cartográfica, que projeta o elipsóide no plano. Embora esse
sistema se utilize de superfícies de apoio (cilindro cone, ...) provoca deter-
minadas distorções (em áreas, distâncias e ângulos), dependendo do tipo
de representação que se queira, deve-se escolher qual sistema de projeção
pode ser mais adequado para a elaboração de um mapa.

5.4.15 Cartografia Digital

Com o desenvolvimento da cartografia digital já é possível visuali-


zar e trabalhar no computador com mais de uma fonte de dados. Hoje é
possível sobrepor uma imagem com outra, dar zoom, recortar, traçar veto-
res, entrar diretamente com dados coletados através de GPS, e obter dados
através de links da Internet. Vivemos enfim uma revolução digital que trans-
formou muito as técnicas de elaboração de mapas.
No meio digital é possível a visualização de dados em diferentes
escalas, contribuindo assim com enorme gama de opções e aumentando os
recursos para a elaboração de análise geográfica. Contudo é importante
salientar que essa facilidade de trabalhar com imagens e dados digitais no
computador, não modifica a origem e a escala em que o dado foi obtido. Por
exemplo: na elaboração de um mapa temático você geralmente usa dados
coletados com GPS de navegação, que a precisão dos dias atuais 5 a 15m
nos remete as escalas de 1:25.000 à 1:50.000 aproximadamente; as cartas
topográfica estão disponíveis em nosso estado na escala 1:50.000; uma
fotografia aérea geralmente está na escala de 1:20.000 ou 1:40.000; ima-
gens de satélite de alta resolução correspondem a uma escala entre 1:1.000
e 1:2.000. Geralmente em uma análise geográfica que resulte em um mapa
temático é possível trabalhar com essas fontes de dados, ressaltando que a
origem dos dados será sempre a fonte original. Para trabalhos que exigem
maior precisão, as fontes de dados, o georreferenciamento, e a retificação
vistos até aqui, não são suficientes; métodos mais complexos de correções
de imagens (ortorretificação) e GPS de precisão (topográficos e geodésicos)
e equipamentos como teodolitos e estação total devem ser utilizados. È
importante que o leitor do mapa tenha em local visível as referências sobre
as origens dos dados tal como data, escala e fonte.

207
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

5.4.16 Arquivos Vetoriais

Vetores são definidos matematicamente como um conjunto forma-


do por pontos e linhas, cada um constituído de características diferentes
como cor, formato, tamanho, posição, área entre outros aspectos.
A vantagem de se trabalhar com arquivos vetoriais em relação aos
arquivos rasters, é que no arquivo vetorial você pode: editar, mover e alterar
esses vetores de maneira simples facilitando a criação e manipulação do
leiaute, enquanto que no raster, essa manipulação requer mais memória e
espaço em disco além de conhecimentos específicos para tratamento e
interpretação de imagens.

5.4.16.1 Exercício 5 – criando novos arquivos .SHP

Utilizando o ArcCatalog pode-se ainda fazer uma série de tarefas,


como por exemplo: criar Layers, Metadados, novos arquivos *.shp, grupo de
layers, tabelas, etc...
Abra o ArcCatalog e crie uma nova pasta
(C:\Curso_Extensao\Met_Informacionais\Arc_Gis\Projeto_Aluno1) e de o
seu nome ao projeto. Salve os arquivos vetoriais que você criar nesta nova
pasta.
A mesma rotina deve ser utilizada para criar novos arquivos “sha-
pefile”. Abre-se a janela “create/new/shapefile” e no campo “Name” e “Fea-
ture Type” crie os arquivos constantes da Tabela 1 (Figura 5.44).

Figura 5.44. Criando arquivos shapefile.

208
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

Tabela 1 – Novos arquivos shapefile.


Nome do arquivo característica
Ponto
polyline
Polyline
Polyline
Polygon
Polygon
Polygon
Polygon
Raster
CAMOBI_501.TIF Raster

5.4.17 Organizando a Pasta Projeto_Aluno para o Mapa Final

O produto final deste curso será um mapa temático com a extensão


(.MXD) do ArcMap. Todos os arquivos utilizados para elaboração do mapa
final devem estar organizados na pasta projeto_Aluno do ArcCatalog. Ao
entrar com dados externos oriundos de mídia removível, verifique se a op-
ção somente leitura está desmarcada (com o Windows Explore, utilize o
botão do mouse direito), utilize o ArcCatalog para inserção dos dados na
pasta antes de inserir no ArcMap. Todos os arquivos a serem acrescenta-
dos a tabela de conteúdos do projeto devem estar localizados nesta nova
pasta, principalmente os dados de bases externas utilizados.
Em seguida clique na opção EDIT para importar os dados de refe-
rência espacial da imagem rectify campus do vale.tif – como vimos inicial-
mente na inserção de arquivos raster.
Adicione ao projeto_aluno criado (.mxd) os novos arquivos shape
(.shp).
Agora selecione na barra de ferramentas EDITOR a opção Start
Editing conforme a figura abaixo e as ferramentas de vetorização serão
habilitadas (Figura 5.45).

209
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Selecione a ferramenta
lápis clicando com o mou-
se sobre o ícone.

Figura 5.45. Ferramentas de vetorização.

Quando você vetoriza um shape, observe que quando pressionar o


start editing, habilita a opção target nela você deverá selecionar o tipo de
feição que você vai vetorizar: Polígonos, Linhas ou Pontos.
Clique sobre o ponto inicial a ser vetorizado na imagem, note que é
habilitado o cursor em forma de quadrado. Clique com o mouse esquerdo
para iniciar a vetorização e arraste o mouse sobre o segmento da estrada a
ser vetorizada conforme o exemplo abaixo e assim sucessivamente até o
final do trajeto quando você deverá clicar com o mouse direito e selecionar a
opção finish sketch. O traçado adquire a cor azul em destaque na Figura
5.46.

Figura 5.46. Concluindo a vetorização.

210
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

Feito isto, clique no Editor na barra de ferramentas, selecione a op-


ção save edit e stop edit.
Repita o mesmo procedimento também para as linhas e polígonos
dos arquivos criados no ArcCatalog na sua pasta.

5.4.18 Exercícios

5.4.18.1 Exercício 6 – Edição Vetorial

O Display (tabela de conteúdos do projeto/ao lado esquerdo da te-


la) mostra os layers inseridos, e como os mesmos estão editados, esta
configuração é padrão do programa.
Você notará no display (tabela de conteúdos) símbolos abaixo do
nome dos arquivos identificando de imediato o estilo do layer: ponto, linha,
polígono, imagem.....
Para editar o vetor com cor, tamanho e símbolos diferentes do pa-
drão do programa temos que selecionar o arquivo pelo nome no display e
com o botão direito clicar em propriedades (Figura 5.47).

Figura 5.47. Visualizando a janela ‘layer properties’.

211
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Selecione a opção symbology para editar a cor do polígono, a lar-


gura do contorno do mesmo e o tamanho da letra. Nesta janela você tem a
opção também de editar o nome que você quer que conste na legenda bem
como, a descrição do layer.
Se você clicar com o botão esquerdo no símbolo do layer aparece-
rá imediatamente a janela de edição do mesmo como na Figura 5.48.

Figura 5.48. Edição Fonte e símbolos.

Isto permite que você selecione diferentes formatos para exibição


do layer no mapa, inclusive com categorias padronizadas internacionalmen-
te (convenções) que são encontradas na opção More symbols.
Você poderá definir sua própria paleta de cores na opção color se-
lector (Figura 5.49).

Figura 5.49. Definindo as cores.

No exemplo temos uma barragem editada com diferentes cores,


dimensões de bordas e hachuras em categorias distintas (Figura 5.50).
212
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

Figura 5.50. Editando a barragem.

As múltiplas opções de símbolos possibilitam a aplicação em dife-


rentes áreas (Figura 5.51).

Figura 5.51. Escolha de símbolos por categoria.

Além da vetorização na tela você também pode inserir arquivos ve-


toriais nos formatos reconhecidos pelo ArcView (.dxf, .shp) e editá-los.
Também com o auxílio de um programa de transferência você pode inserir
dados coletados em campo com o GPS.
Você pode abrir arquivos em diferentes formatos com a opção add
data. Um dos programas que permite a transferência de dados do GPS para
o computador é o Campeiro e o TrackMaker. Com estes softwares também
é possível salvar nos formatos .shp que é o formato proprietário do ArcView
ou em .dxf que é o formato proprietário de transferência do AutoCad para
dados vetoriais.
213
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

5.4.18.2 Exercício 7 - Trabalhando com elementos do mapa

Neste exercício, você irá inserir elementos adicionais ao mapa para


completar seu leiaute e imprimir o mapa temático.
– No menu View, clique sobre a opção Layout View (Figura 5.52).

Figura 5.52. Acessando as propriedades do quadro de dados (frame) do


Mapa.

– Clique com o botão direito do mouse sobre a moldura e posteri-


ormente sobre a opção Properties.
– Clique na guia Frame. Clique no dropdown Background e sele-
cione o fundo Sand. Clique sobre o botão OK (Figura 5.53).
– No menu Insert, clique sobre a opção Title (Figura 5.54).
– Digite “Curso Metodologias_Informacionais_ArcGis – Mapa
final” na caixa de texto e pressione Enter.
– Clique no dropdow da opção Text Size da barra de ferramentas
Draw e selecione o valor 36 (Figura 5.55).

214
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

Figura 5.53. Inserindo uma cor de fundo.

Figura 5.55. Determinando o tama-


nho da fonte.
Figura 5.54. Janela de inserção de
texto.

– Clique sobre a caixa de texto e arraste o título para a parte supe-


rior do lay-out.
– No menu Insert, clique sobre a opção Legend (Figura 5.56). O
construtor de legenda irá aparecer.
– Clique sobre o botão Next várias vezes aceitando os parâmetros
padrões de legenda. Clique sobre o botão Finish para fechar o construtor
de legenda.

215
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Figura 5.56.Inserindo a legenda.

– Arraste a legenda elaborada para o canto inferior esquerdo do la-


yout. Diminua um pouco o tamanho da legenda clicando em uma das alças
diagonais e arrastando-a para o centro.
– No menu Insert, clique sobre a opção Scale Bar (Figura 5.57).

Figura 5.57. Inserindo a Escala.

– Clique em Scale Line 1 e clique em OK. Arraste a barra de esca-


la para baixo da legenda (Figura 5.58).

Figura 5.58. Escolhendo a barra de escala.

216
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

– Agora, adicione uma seta norte para o mapa. No menu Insert,


clique sobre a seta de norte, arraste-a para a parte superior direita da pági-
na de layout, aumentando seu tamanho em diagonal (Figura 5.59).

Figura 5.59. Escolhendo um símbolo de Norte.

– Agora, vamos adicionar o GRID ao projeto. Clique com o botão


esquerdo no data frame, em seguida com o botão direito selecione a opção
propriedades.
– Selecione na janela Grids/New Grid, a Figura 5.60 representa as
três opções de grades para inserção.

Figura 5.60. Opções de grids.


217
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Selecione a projeção que você vai utilizar no seu projeto e clique


avançar/concluir/aplicar (Figura 5.61).

Figura 5.61. Opções de aparência do grid.

– Após selecionar o Grid para o seu projeto o usuário poderá definir


a formatação conforme o espaço disponível no seu leiaute.

5.4.18.3 Exercício 8 – Opções avançadas para edição e visualiza-


ção de dados no ArcMap

– Na tabela de conteúdos, clique com o botão direito do mouse so-


bre a layer tracts e posteriormente clique sobre a opção Open Attribute
Table para visualizar esta tabela (Figura 5.62).

Acrescentando um novo campo a uma tabela de atributo:


Para você acrescentar um novo campo à tabela de atributo do ar-
quivo trilhascopy:
– Clique sobre o botão Options abaixo da tabela Attributes trilhas
copy e posteriormente sobre a opção Add Field (Figura 5.63).

218
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

Figura 5.62. Abrindo tabela de dados .

Figura 5.63. Adicionando campo na tabela de atributos.

Se alguma mensagem aparecer indicando que esta tabela está


sendo usada por outro aplicativo, tenha certeza de que você fechou anteri-
ormente o ArcCatalog.
– Na caixa de diálogo que aparece, digite predios para opção Na-
me.
– No dropdow da opção Type selecione a opção text.
– Clique sobre o botão OK.
Neste momento, você pode visualizar o novo campo da tabela de
atributos e adicionar dados (nome dos prédios) através do menu editor.
219
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Manipulação de Tabelas:
Os arquivos gerados e manipulados no ARCGIS tem como parte
integrante de sua constituição uma tabela (.dbf) onde estão armazenadas
todas as informações referentes ao arquivo quer sejam nativa ou inserida de
alguma forma.
Para visualizar a tabela de um arquivo devemos selecionar o layer
e clicar com o botão da direta abrindo uma janela com o comando open
attibute table (Figura 5.64).

Figura 5.64. Visualizando dados da tabela.

Para excluirmos uma coluna na tabela é necessário selecionar a


coluna a ser excluída e clicar com o botão direito do mouse, abrirá uma
janela com varia informações selecione deletar campo (delet field) (Figura
5.65).
Para adicionar uma coluna basta abrir a tabela e clicar sobre a op-
ção options no final da tabela que abrira uma janela com a opção para
adicionar campo (add field) (Figura 5.66).

220
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

Figura 5.65. Excluindo colunas e linhas da tabela.

Figura 5.66. Adicionando campos na tabela.

Podemos alterar as informações na tabela campo a campo a partir


desta estar em modulo de edição. Para editar uma tabela é necessário
utilizar a barra de ferramenta EDITOR (Figura 5.67).

221
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

Ao clicar no início
da edição (start
editing) esta fun-
ção vai permitir a
modificação dos
campos da tabela.

Figura 5.67. Editando campos na tabela.

Depois de estar em modulo de edição o campo pode ser alterado


clicando no campo que se deseja editar.
Após efetuar as mudanças é necessário salvar a edição (save) e
depois finalizar a edição (stop) (Figura 5.68).

Figura 5.68. Finalizando edição da tabela.

As manipulações da lista anterior são permitidas na tabela que está


associada ao arquivo. Mas, se o usuário tiver uma informação em outra
tabela (cvs, txt, xls ou dbf) independente, sem vinculo com o arquivo, é
possível associá-la ao vetor através da junção de tabelas.
222
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

Para que se possa unir as tabelas é necessário que as duas te-


nham um campo idêntico, ou seja, um campo chamado chave que possa
servir para identificar as informações entre as tabelas e que seja correspon-
dente a feição associada.
No ARCMAP utiliza-se a função join para fazer este linck entre ta-
belas. Para ativá-la é preciso seleciona o layer que se deseja realizar a
junção e clicar com o botão da direita, isso abrirá a janela da Figura 5.69.

Figura 5.69. Função join.

Ao selecionar a função join abrirá a janela acima que deverá ser


preenchida conforme as informações necessárias.
Ao se associar a tabela
encolhida e o critério de junção e só
clicar em ok (Figura 5.70).
O arquivo ao qual foi unida
a nova informação não vai muda
graficamente, mas vai ter uma car-
ga maior de dados na sua tabela
que poderá ser permanente ou não.

Figura 5.70. Definindo critérios.

223
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

5.4.18.4 Exercício 9 – Funções de análise espacial

A análise espacial tem como objetivo encontrar objetos que satis-


fazem a determinadas condições impostas tanto pelo usuário, quanto por
fatores externos (modelo, situação ou cenário). Um procedimento comum ao
lidar com informações espaciais consiste primeiramente em selecionar os
objetos que satisfaçam a estas condições, para em seguida realizar opera-
ções sobre estes objetos, como recuperar informações a respeito deles,
convertê-los a um novo layer ou shapefile, ou ainda realizar operações
geométricas como união e intersecção, quando em modo de edição.
A consulta espacial pode ser efetuada interativamente, onde o u-
suário vai indicando com o mouse os objetos que satisfazem a determinada
condição, e através de uma consulta por atributos, onde por meio de ex-
pressões SQL (uma linguagem padrão de consultas a banco de dados) o
usuário constrói a expressão que irá selecionar os dados.

5.4.18.4.1 Seleção interativa


Para selecionar interativamente um objeto (isto é, indicando com o
mouse) é necessário primeiro saber se o layer ao qual pertence o objeto é
selecionável.

5.4.18.4.2 Sintaxe SQL


Para construir expressões usando a sintaxe SQL (Structured Query
Language, ou linguagem estruturada de consultas) é necessário que o usu-
ário seja sempre bastante explícito naquilo que ele deseja.
Por uma questão de formalidade é importante dizer que as expres-
sões utilizadas no ArcGIS não são SQL, mas bastante semelhantes. Você
pode ver exemplos de expressões usadas no ArcGIS em seleção por atribu-
tos (Figura 5.71).

5.4.18.4.3 Seleção por atributos


Usando-se o construtor de expressões é possível estabelecer con-
dições simples ou complexas para a seleção dos dados (Figura 5.72).

224
ArcGIS 9.3 Desktop Básico

Figura 5.71. Construtor de expressões.

Figura 5.72. Seleção por atributos.

5.4.18.4.4 Inquirição espacial – Aplicação de vizinhança


As operações utilizando BUFFER são as mais simples e frequen-
temente utilizadas.
Desta forma é necessário definir o que um é BUFFER que é uma
feição criada para representar uma distância uniforme em volta de uma
determinado feição (objeto geográfico).
Esse tipo de analise é comumente utilizado para delimitação de á-
reas em torno de determinada feição, podendo ser um polígono único ou
divido em distâncias proporcionais. Pode ser utilizado para a delimitação de
APPs (Áreas de Proteção Permanente) de recursos hídricos, área de prote-

225
Curso de Cartografia Básica, GPS e ArcGIS

ção ao longo de rodovias, reserva legal, área de influencia ou abrangência


de determinado estabelecimento entre outras possibilidades.
Para gerar um BUFFER é necessário selecionar a feição (objeto)
no qual se deseja criar essa informação à distância e a forma como ela será
apresentada. Dependendo da escolha da forma de representação, da quan-
tidade de objetos e da proximidade das feições a serem analisados os
BUFFERS podem ser sobrepostos.
No exercício a seguir vamos criar um BUFFER de 500m em torno
do arquivo ___________________.
O exercício envolve a criação de arquivos independente com dife-
rentes formas de acordo com a opção escolhida.
– Abra o ARCMAP e adicione os arquivos vetoriais:
____________.shp
____________.shp.
Depois de adicionar os arquivos é necessário verificar se a Caixa
de Ferramentas ARCTOOLBOX está ativada. Caso não esteja é necessário
ativar clicado sobre o ícone
Para executar a operação de BUFFER, o usuário deve selecionar a
seguinte seqüência de ferramentas Analysis Tools ÎProximity Î Buffer.
Para ativar a ferramenta Buffer é preciso dar um duplo click. E com isso
abrirá uma janela de dialogo que será preenchida.

5.4.18.4.5 Sobreposição de temas - CLIP


Ao realizarmos um trabalho, por vezes, os dados disponíveis são
maiores que á área de interesse. Assim faz-se necessário recortar informa-
ções no tamanho da área de interesse. Para tanto é necessário ter um layer
ou arquivo tipo polígono que será usado como “mascara” ou limite de sua
área de estudo.
Para acessar a rotina CLIP é necessário ir para Analysis Tools
ÎExtract Î Clip. Para ativar a rotina clip dê duplo click e abrirá a janela
de dialogo. Esta janela será ser preenchida.

226
6 BIBLIOGRAFIA
5B

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