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Olá! Meu nome é Rafael Nery!

Sou professor de música há mais


de 15 anos, sou formado em educação musical há dez anos, sou
guitarrista e também sou compositor.
Como você poderá perceber, neste e-book terá uma introdução
sobre os modos gregos da escala maior!
O meu curso Universo dos Modos é indicado para quem já toca e
quer estudar a fundo sobre modos gregos, harmonia e improvisação. É
o meu melhor trabalho como professor e nele dou 110% de mim. O
curso envolve o estudo de cada modo individualmente e falo sobre
todas as possibilidades harmônicas e sobre todas as ferramentas que
você pode usar em cada modo. Vale ressaltar que o conteúdo deste e-
book é apenas uma breve introdução sobre cada modo e sua nota
característica, ok? O estudo sobre modos gregos vai muito além disso.
Para entender melhor sobre modos gregos, é necessário um estudo
sobre o período artístico da época antes do TONALISMO.
O conteúdo desse e-book foi retirado dos meus vídeos gratuitos
no meu canal do YouTube. Apesar de lá ter muito conteúdo didático, o
estudo deve ser acompanhado de um professor.
MODO JÔNIO
O modo jônio é o primeiro modo da escala que todos estão
habituados: modo jônio, C7M e a escala maior. Esse modo tem uma
sonoridade “sem sal” e existe uma razão por trás desse modo não
funcionar de uma forma como queremos.

No acorde de C7M, quando você coloca a quarta justa – nota


característica –, você vai ter um choque.

O choque está acontecendo entre a nota Si e a nota Fá. Essas


duas notas são um “trítono”: um intervalo que pede uma resolução. Isso
faz com que você seja levado muito provavelmente para uma situação
tonal porque você estará gerando uma necessidade de resolução.
Música modal para o modo Jônio no ambiente da guitarra vai ficar
difícil para aplicar na prática. Existem exemplos com o modo Jônio na
música erudita e na música sacra. Lá atrás você irá encontrar coisas
assim, mas para o nosso propósito real, não é um modo que irá
demandar uma grande atenção. Estamos presos em uma escala
diatônica que irá pedir uma resolução o tempo todo, até porque, o
sistema tonal já é muito forte na nossa cabeça.

Pode ser interpretado como: feliz e popular.


MODO DÓRICO
O modo Dórico é o segundo da escala maior. Por ter a sexta maior
– sua nota característica, ele foge do modo menor mais engessado,
mais travado; ele vai trabalhar com um modo menor que geralmente é
mais swingado naturalmente, na sua essência, algo mais groovado.
Geralmente é encontrado no tipo de contexto do funk, fusion, etc.
Se você não está acostumado a tocar nos contextos funkeados, é
natural que você estranhe a quantidade de informação que vamos lidar
agora, e vamos falar um pouco sobre o ritmo que é algo essencial para
fazer soar nesse modo.

Para lembrar bem do som característico do modo, use o acorde


Am7 e, logo após, toque o F#.

O comando imediato mais básico é você dar um bend de meio tom


na sexta maior.
Pode ser interpretado como: Dançante e Swing.
MODO FRÍGIO
O modo Frígio é o terceiro modo do campo harmônico maior e um
dos modos mais fáceis de entoar a sua sonoridade porque o intervalo
na segunda menor – sua nota característica – está muito próximo da
fundamental. Se for tocado em uma colcheia, por exemplo, já colocará
o ouvinte no contexto desejado.
Muito comum no heavy metal e muito diferente do modo Dórico
onde você deverá colocar o ouvinte no contexto. No caso do modo
Frígio, basta tocar a tônica e o intervalo característico do modo para
colocar o ouvinte no contexto.

Pode ser interpretado como: Enigmático, flamenco e denso.

MÚSICAS NO MODO FRÍGIO:

- Wherever I May Roam – Metallica


- Introdução de Lisbon – Angra

- In the Name of God – Dream Theater


MODO LÍDIO
O modo está sobre o quarto grau da escala e no caso teremos
uma quarta aumentada como nota característica – aqui não há a tensão
presente no modo Jônio que tem a quarta justa. Como o modo tem uma
sonoridade mais suspensa, quando estivermos trabalhando com um
acorde maior com sétima maior, muito provavelmente iremos utilizar o
modo Lídio, diferente do modo Jônio.

Pode ser interpretado como: Imponente, Inesperado e é muito


comum em músicas instrumentais.

MÚSICAS NO MODO LÍDIO:


- Flying in a Blue Dream – Joe Satriani

- Answers – Steve Vai

- Overture 1928 e a introdução de Strange Deja Vu – Dream Theater


MODO
MIXOLÍDIO
O modo Mixolídio está no quinto grau da escala maior e é um
modo maior com a sétima menor – sua nota característica. Muito
comum no baião e no blues, o modo não tem muito segredo, pois basta
evidenciar a nota característica para extrair a cor do modo.

Pode ser interpretado como: Blues, baião e músicas regionais.

MÚSICAS NO MODO MIXOLIDIO:

- Pride and Joy – Steve Ray Vaughan


- Baião – Luiz Gonzaga
MODO EÓLIO
O modo Eólio é o melhor exemplo de como é feita uma música do
Iron Maiden! O modo está no sexto grau da escala maior e sua nota
característica é a sexta menor e o mais importante é não ter uma
resolução muito clara – muito comum nas cadências de Em, D e C.

Pode ser interpretado como: Introspectivo, triste e reflexivo.

MÚSICAS NO MODO EÓLIO:

- Hallowed Be Thy Name – Iron Maiden


- Fear of the Dark – Iron Maiden
MODO LÓCRIO
O modo Lócrio é o último modo da escala maior e é uma ficção
teórica. O acorde meio diminuto é, na verdade, um acorde maior com a
sétima menor sem a tônica. Portanto, é muito difícil extrair uma
sonoridade do modo Lócrio. O que pode ser feito é extrair a sonoridade
do arpejo diminuto, mas não há uma sonoridade tão marcante quanto a
dos outros modos.
Resumindo... não foque nos desenhos, pense nas notas
características e valorize a nota que você quer para o modo. Os
desenhos das escalas servirão para te dar uma boa referência de
localização de notas e um bom exercício prático, porém, podemos
extrair a sonoridade do modo em qualquer lugar do braço do
instrumento.

Espero que você tenha gostado e que o e-book tenha despertado


o seu interesse no estudo dos modos gregos! Se quiser saber mais
sobre o curso, me chame no WhatsApp: 11 96599-8610.

Obrigado!

Um grande abraço,

Rafael Nery.

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