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Procedimentos Técnicos de Dimensionamento Da Microdrenagem Do Município de Santo André
Procedimentos Técnicos de Dimensionamento Da Microdrenagem Do Município de Santo André
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Brasil – Tel: +55 (11) 4433-9983 – e-mail: alexanpm@semasa.sp.gov.br.
RESUMO
INTRODUÇÃO/OBJETIVOS
Existem três níveis de projetos: Anteprojeto, projeto básico e projeto executivo. O anteprojeto é
um estudo preliminar, contendo somente a escolha do material, diâmetro e encaminhamento das
redes, bem como, as quantidades de dispositivos e sua locação. Projeto básico é um estudo
fundamental tendo além dos elementos anteriores, a declividade e a velocidade das redes. O
projeto executivo é um estudo detalhado, com a diferença dos tipos de escoramento e o projeto
estrutural.
O presente trabalho tem como objetivo estabelecer a padronização dos procedimentos técnicos
para a elaboração de estudos e projetos para implantação de sistemas de microdrenagem no
Município de Santo André, oferecendo aos usuários condições favoráveis de conforto e
segurança, evitando a ocorrência de inundações.
METODOLOGIA
Os dispositivos são elementos de captação das águas pluviais que escoam nas vias e sarjetas,
podendo ser: Boca de lobo, boca de leão, grelha, combinação entre elas (Boca de lobo e leão) e
suas variações: Simples, duplas, triplas, entre outras.
A capacidade de absorção de uma boca de lobo de acordo com estudos hidráulicos é de 60 l/s.
Para a boca de leão a capacidade é de 70 l/s. Para a combinação de boca de lobo e boca de leão
a capacidade é de 120 l/s.
O dispositivo de boca de lobo combinada com boca de leão simples é apresentado em laranja na
Figura 01:
Figura 01 – Desenho do dispositivo de boca de lobo combinada com boca de leão simples.
Os ramais são tubulações que fazem a ligação entre os dispositivos e as caixas de drenagens. O
diâmetro mínimo para os ramais deve ser de 500 mm e a especificação do material é em concreto
armado.
Na Figura 02, os ramais são mostrados em laranja, seguindo o mesmo desenho anterior:
As caixas de drenagens são câmaras visitáveis que tem como finalidade facilitar a manutenção,
além de serem utilizados em entroncamentos, conexões, mudança de direção e declividade das
redes.
As redes de drenagem são galerias que captam águas pluviais dos ramais e conduzem ao corpo
d’água. Geralmente, são canalizações fechadas em seção circular e concreto armado, podendo
ter os seguintes diâmetros: 600, 800, 1.000, 1.200 e 1.500 mm.
As válvulas são dispositivos que impedem o retorno das águas pluviais às regiões mais baixas,
quando o córrego estiver cheio, conforme mostrado na figura abaixo:
RESULTADOS
ܳா௦.ௌ௨. = ܭξ݅
A intensidade média de precipitação (I) é obtida pela altura precipitada (h) dividida pelo tempo de
concentração (t c ), tem-se que:
݄
=ܫ
ݐ
Onde: h = Altura precipitada (mm): altura que a água alcançaria em um recipiente de área de 1,0
m², conforme equação:
ܶோ
݄ = (ݐ െ 6),ଶଷ଼ ൜12,9 െ 4,22݈݊ ݈݊ ൬ ൰൨ൠ
ܶோ െ 1
Equação de Chuva para o Município de Santo André
t c = Tempo de concentração (min): tempo que a água leva para percorrer a maior distância
dentro da bacia delimitada (Como aproximação de cálculo, adota-se t c = 10 min)
T R = Tempo de recorrência (anos): com base em dados estatísticos determina-se a chance
de uma determinada intensidade de chuva ocorrer em um dado espaço de tempo,
conforme tabela 03:
T R (anos) 10 25 50 100
Inicialmente, adota-se o diâmetro mínimo e a declividade do terreno, por ser mais econômico. Em
seguida, determina-se a capacidade da rede utilizando a equação da continuidade:
ܳ = ܸ. ܣ
1 ଶ
ܸ = ܴ ଷ ξ݅
݊
ܣ
ܴ =
ܲ
݊ ொ
ௗ௦௦.ୀ ೝ್.
ொௗ௦௦.
Recomenda-se projetar as redes no eixo das vias, porém no caso de avenidas, as redes deverão
preferencialmente ser projetadas sob o canteiro central. As conexões dos ramais poderão ser
feitas em caixas de drenagem em número máximo de 04 (quatro). Os pontos baixos nos greides
das vias devem ser providos de dispositivos de captação, sempre antes da faixa de passagem dos
pedestres.
DISCUSSÃO
ܳா௦.ௌ௨. = ܭξ݅
Obtêm-se pela Tabela 01 o valor do coeficiente de simplificação (K) em função da largura da via
que neste caso será igual a 1,795, considerando uma largura da via de 10 metros.
A declividade da via é obtida em cartas planialtimétricas, a partir das cotas do terreno divididas
pela diferença de sua distância, conforme mostrado abaixo:
3º Passo: Calcula-se a vazão da área de contribuição através do Método Racional (Para bacias de
até 2,0 km²), utilizando a expressão abaixo (m³/s):
Considerando que a região da bacia de contribuição tem edificação muito densa, adotou-se 0,90
para o valor de C, obtido na Tabela 02, e como para microdrenagem utiliza-se T R de 10 anos,
adotou-se 5,19.10-5 para o valor de l, obtido na Tabela 03. Logo, substituindo as incógnitas da
fórmula acima, tem-se que:
Portanto, para o cálculo do raio hidráulico da GAP, considerando o diâmetro mínimo de 0,60 m e
utilizando as fórmulas acima, tem-se que:
1 ଶ
ܸ = ܴ ଷ ξ݅
݊
ܳ = ܸ. ܣ
Substituindo as incógnitas e utilizando a fórmula da área molhada que está na Tabela 04, tem-se
que:
݊ ொೝ್.
ௗ௦௦.ୀொௗ௦௦.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Especificações Gerais dos Serviços para Obras de Redes de Água, de Esgoto e de Drenagem, no
Município de Santo André, junho de 1998, SEMASA, Santo André;
Plano Municipal de Drenagem do Município de Santo André, março de 1999, SEMASA, Santo
André.