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Bell Hooks coloca que numa sala de aula não existe uma competição de quem tem o poder,

mesmo que cada um ocupa seu espaço, todos que estão ali envolvidos tem o propósito de
aprender, e devem aprender juntos.

Tradicionalmente existe uma ideia de quem tem o poder na sala de aula é o professor, pois
este é o responsável por dar as notas, ela coloca que numa sala de aula bem-sucedida, dar
nota não significa ter poder.

 “O poder da sala de aula libertadora é, na verdade, o poder do processo de


aprendizado, o trabalho que fazemos para criar uma comunidade.” (HOOKS, 2013, p.
205)

 “Nem toda dor é dano e nem todo prazer é bom.” (hooks, 2013, p. 206) 

A autora coloca que na educação bancária no final do semestre sempre se avalia o professor
sendo este bom ou ruim, na pedagogia engajada, surgirão situações difíceis para os alunos,
mas cabe ao professor mostrar que aquele momento é uma fase e que os frutos virão
posteriormente, que para alcançar a alegria as vezes é necessário um trabalho duro , e muitas
vezes aprender é sim doloroso.

 A sala de aula como lugar de entusiasmo;

A autora coloca que para o aprendizado acontecer não se deve esta totalmente fechado, é
necessário que corpo, mente e alma estejam interligados entre si;

 A importância das emoções;

Se os alunos não estiverem dispostos a aprender determinado assunto, não adianta o


professor utilizar o material correto os alunos sairão da sala sem nenhuma informação.
Quando se preocupa em simplesmente passar todo o material, o professor está caindo numa
educação bancária. E isso acontece se os professores ignorarem o estado de humor dos
alunos, o simples ato de buscar saber o que está acontecendo pode tornar o aprendizado
empolgante.

 Dificuldade de mudar o cronograma pré-determinado;

No que se refere a isso, muitas vezes os professores não querem mudar o que planejou para
conseguir passar todo o assunto e muitas vezes isso acaba sendo pior, pois não aprendem
nada.

 Processo de avaliação flexível;

Nesse sentido muitos professores têm medo da discussão da sala de aula se desviar e acabar
atrapalhando a avaliação. A avaliação deve ser flexível, a sala de aula deve andar de mãos
dadas com as notas, não precisa necessariamente seguir uma única regra. A nota não deve ser
temida, ela deve ser buscada de forma prazerosa, e cabe ao professor engajado levar o aluno a
compreender isso.
Muitas vezes as boas notas se refletem por medo de fracassar. Tanto dos alunos, quanto dos
professores.

Quem seria o bom professo? Aquele que segue rigorosamente os padrões, ou o que está
profundamente engajado com a arte de ensinar.

 A sala de aula está em constante transformação;

“Para mim, a sala de aula engajada está sempre mudando. Mas essa noção de
engajamento ameaça as práticas institucionalizadas de dominação. Quando a sala de
aula é realmente engajada, ela é dinâmica. É fluida. Está sempre mudando.” (HOOKS,
2013, p. 212)

Nesse sentido consegue-se alcançar os objetivos esperados, que são alunos com pensamentos
críticos, entusiasmados

 A pedagogia engajada é fisicamente esgotante;

Por conta do medo de questionar, isso dá muito trabalho. Quando nos deparamos com
qualquer situação complicada na sala de aula muitas vezes preferimos ficar calados. A autora
yusa o exemplo de um professor que ia dar aulas bêbado, mas que tinha autoridade, os alunos
tinham medo de questioná-lo e ficavam calados.

 Classes superlotadas correm o risco de se tornar lugar de diversão;

Nesse sentido as salas superlotadas também acabam sendo um problema, pois é como se
fosse um prédio superlotado, sua estrutura pode ruir. Quando isso acontece afeta
consideravelmente a qualidade de ensino, e isso é uma situação constante nas escolas públicas
do Brasil. A autora coloca que temos que resistir em nos tornarmos um espetáculo. Se der
tempo quero contar o meu caso de quando peguei a turma do 3 ano em aroeiras, retornando
de meu resguardo)

 Criação de uma estrutura de educação onde os professores pudessem mudar de


instituição;

A autora sugere que se os professores pudessem mudar de instituição voltariam mais


entusiasmados para lecionar. E conservariam o entusiasmo pelo trabalho, muitas vezes nas
escolas cada professor já tem seu espaço garantido. (exemplo da escola de aroeiras)
Se os professores trabalhassem em locais diversos aumentariam sua capacidade de ensinar.
Ela coloca que se coubesse a ela reformar o sistema educacional ela faria isso.

 Diferentes formas de engajar as aulas;

As aulas não devem acontecer necessariamente nas salas de aula, existem muitos espaços
que podem facilitar o aprendizado, não caindo na mesmice

 Necessidade dos professores de afastarem por certo tempo;

E por fim ela fala da importância de os professores se afastarem da sala de aula por um tempo,
cerca de 2 a 3 anos onde esses professores poderiam ceder o espaço para outros ter a
oportunidade de trabalhar, ela diz que muitos professores não se interessam pela pedagogia
engajada pelo medo de estafar-se , ela diz que a falta de férias fez mal ao ensino dela , se
acontecesse a troca de postos de trabalho e a partilha a pedagogia engajada poderia se
sustentar.

“Se os professores forem indivíduos feridos, lesados, pessoas que não se


autoatualizaram, eles buscarão na academia um asilo, não buscarão torná-la um local de
desafio, crescimento e intercâmbio dialético. Essa é uma das tragédias da educação hoje
um monte de gente não reconhece que ser professor é estar com as pessoas.” (HOOKS,
2013, p. 221-222)

Quando os professores são efetivados eles se escondem.

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