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VYGOTSKI
A construção de uma
psicologia marxista
2ª Edição
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Maringá
2008
Copyright © 2002 para Silvana Calvo Tuleski
2ª Edição 2008
lª Reimpressão 2009
2ª Reimpressão 2013
Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo
mecânico, eletrônico, reprográfico etc., sem a autorização, por escrito, da autora.
207 p.
ISBN 978-85-7628-104-7
Editora filiada à
111111
Assocfaçlo Brasileira
das Editoras Untversttárlas
Marx e Engels
Como pode uma coisa criar outra coisa, a
não ser que a outra coisa crie a primeira?
Ü· L. Moreno).
INTRODUÇÃO.................................................................... 21
CAPÍTULO 1
As interpretações ocidentais da obra de Vygotski . . .... . ..... .. .... 29
CAPÍTULO 2
Da revolução material à revolução psicológica - as bases da
psicologia comunista de Vygotski.......................................... 71
CAPÍTULO 3
Formação da consciência: um salto da evolução à revolução no
comportamento humano....................................................... 119
Considerações finais ...... . .. . ....... .. ....... . . . .. . .... . ....... ............ . ..... 191
Referências .... ..... . . . .... . .. ... .. . .. .. .. . . . ............ ... .. . . . .. . . . ..... ..... .. . ... 199
Prefácio da
primeira edição
13 • SIL V A N A C A L V O T U L E S K I
Prefácio da
segunda edição
Zélia Leonel
19 • S I L V A N A C A L V O T U L E S K I
Introdução
27 • S 1 L V A N A C A LV O T U L E S K 1
1 Asinterpretações
ocidentais da obra
de Vygotski
35 a S 1 L V A N A C A LV O T U L E S K 1
• V Y G O T S K I
•
1 - As interpreta ções ocidentais da o bra de V ygo tski •
65 • S 1 L V A N A C A L V O T U L E S K 1
• V Y G O T S K I
67 • S 1 L V A N A C A L V O T U L E S K 1
• V Y G O T S K I
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Da revol ução material à
2
revol ução ps icológ ica -
as bases da ps icologia
com u n ista de Vygotski
análise pode e deve ser estendida à sua própria teoria, o que grande
parte das leituras atuais de Vygotski não tem realizado.
As tendências antagônicas, ou seja, a luta de classes,
permanecem durante a NEP e tornam-se acirradas após a crise da
"coleta" de 1 927 ; as contradições tornam-se evidentes exprimindo
as dificuldades de se construir o socialismo mesmo em um só país. A
sociedade soviética estava sendo "forçada" a saltar a etapa de pleno
desenvolvimento capitalista para a organização do socialismo.
Estimular e organizar a produção fora dos moldes capitalistas
era um desafio, principalmente com a permanência de relações
burguesas no interior da sociedade. Vygotski parece apontar
quanto a mudança terminológica é insignificante: de nada adianta
trocar o nome capitalismo por socialismo, se as relações sociais que
dão significado a estas concepções não forem transformadas.
Quando ele se refere à "velha psicologia" como psicologia
burguesa, está referindo-se à psicologia que reflete e referenda
as relações burguesas, isto é, que explica o homem burguês, seus
sentimentos, seu funcionamento mental e sua ação no mundo.
Quando se coloca na luta com o objetivo de superar a psicologia
burguesa, posiciona-se no sentido de mostrar a necessidade
de superação das relações burguesas no interior da sociedade,
as quais dão base material a esta psicologia. A construção da
sociedade comunista e, conseqüentemente, do homem comunista,
necessitaria de uma nova psicologia que fosse capaz de explicar o
funcionamento mental deste novo homem.
Coerente com suas concepções, Vygotski postula que, estando
a sociedade comunista em construção, não é possível existir uma
psicologia comunista acabada. Esta só será capaz de se completar
com a existência real da sociedade comunista, com a concretização
desta forma de organização social e com a transformação das
relações sociais.
S I LV A N A C A LV O T U L E S K I • 1 18
Formação da
3
consciência: um salto da
evol ução à revol ução no
com portamento h umano
l 23 • S 1 LV A N A C A L V O T U L E S K 1
• V Y G O T S K I
[ . . . ] o desenvolvimento do comportamento do
homem é sempre desenvolvimento condicionado
primordialmente não pelas leis da evolução biológica,
mas pelas leis do desenvolvimento histórico da
sociedade. Aperfeiçoar os 'meios de trabalho' e os
'meios de comportamento' sob a forma de linguagem e
de outros sistemas de signos, ou seja, de instrumentos
auxiliares no processo de dominar o comportamento,
ocupa o primeiro lugar, superando o desenvolvimento
'[d]a mão nua e [d]o intelecto entregues a si mesmos'
(VYGOTSKY; LURlA, 1996, p. 91).
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3 - F o rma çã o da consciência •
1 89 • S 1 L V A N A C A L V O T U L E S K 1
Considerações finais
1 97 • S I LV A N A C A LV O T U L E S K I
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Referências •
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