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Curso: Educação Especial – Neuroaprendizagem

Disciplina: Fundamentos Conceituais e Prática Clínica da Neuroeducação


Aula 1

Introdução a Disciplina

É com satisfação que inicia-se esse texto sobre Fundamentos Conceituais


e Prática Clínica da Neuroeducação. Através dessa disciplina, você terá mais
subsídios para atuar na área neuroeducativa, tendo em vista que tais saberes
são o alicerce para um desempenho profissional satisfatório.
O objetivo com essa temática é ampliar o seu conteúdo acerca da
neurociência cognitiva e, para tanto, serão apresentadas conteúdos como: a
evolução filogenética, ontogenética do sistema nervoso e do cérebro e suas
implicações no processo de ensino-aprendizagem, assim como práticas de
atuação clínica voltadas à neurociência cognitiva.
Antes de iniciar o diálogo é necessário colocar para você algumas
afirmações que, no primeiro momento, podem até não ser inovadoras, mas
importante rever, pois são frutos de investigações neurológicas sobre o
funcionamento cerebral:

A emoção interfere no processo de retenção de informação;


É preciso motivação para aprender;
A atenção é fundamental na aprendizagem;
O cérebro se modifica em contato com o meio durante toda a vida;
A formação da memória é mais efetiva quando a nova informação é associada
a um conhecimento prévio.

Diante do que foi pontuado acima, gostaria que você percebesse como
atualmente a Neurociência defende o processo de aprendizagem que se
assemelha ao que os teóricos mostravam por diferentes caminhos. O avanço
das metodologias de pesquisa e da tecnologia permitiu que novos estudos se
tornassem possíveis. Mas é preciso refletir antes de aplicar as ideias
neurocientíficas, pois esses estudos acontecem por meio de experimentos
comportamentais e uso de aparelhos como os de ressonância magnética e de
tomografia, que permitem observar as alterações no cérebro durante o seu
funcionamento.
Essa área permite entender de forma abrangente o desenvolvimento da
criança. É provavelmente de seu conhecimento, por exemplo, com base em
evidências neurocientíficas, que há uma correlação entre um ambiente rico e o
aumento das sinapses (conexões entre as células cerebrais).

Importante
Mas quem define o que é um meio estimulante para cada tipo
de aprendizado? Quais devem ser as intervenções para
intensificar o efeito do meio? Como o aluno irá reagir? Como,
o professor pode enriquecer o processo de ensino e
aprendizagem usando as contribuições da
Neurociência? Essa é a parte dos profissionais da educação.

Neste sentido, ao profissional da educação, cabe se alimentar das


informações que surgem, buscando fontes seguras para apoiar-se teoricamente.
Dentro dessa perspectiva, para tornar ainda mais claro pra você alguns
processos será elucidado as diferenças entre:

Neurociência

Neuropsicologia

Neuroeducação
A neurociência busca compreender o funcionamento do sistema nervoso,
integrando suas diversas funções (movimento, sensação, emoção, pensamento
etc). Sabe-se que o sistema nervoso é plástico, ou seja, é capaz de se modificar
sob a ação de estímulos ambientais. Esse movimento é denominado de
plasticidade do sistema nervoso que ocorre graças à formação de novos circuitos
neurais, e à alteração na atividade sináptica de um determinado circuito ou grupo
de neurônio. É essa característica de constante transformação do sistema
nervoso que nos permite adquirir novas habilidades motoras, cognitivas e
emocionais que aperfeiçoam as já existentes.
O sistema nervoso é responsável por regular os mecanismos que garantem
a sobrevivência do ser humano, como: respiração, digestão, liberação de
hormônios, regulação da pressão arterial. Assim como é responsável também
pela movimentação voluntária, nossas sensações e nossos comportamentos
(pensamento, imaginação, emoção).
Por essa razão, você pode perceber que o estudo da Neurociência não é algo
simples, não somente pela complexidade de cada uma dessas funções, mas
principalmente pelo fato delas ocorrerem na maior parte das vezes,
simultaneamente.

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A neuropsicologia é uma interface ou aplicação da psicologia e da


neurologia que estuda as relações entre o cérebro e o comportamento humano.
Sua principal área de atuação é na compreensão de como lesões,
malformações, alterações genéticas ou qualquer agravo que afete o sistema
nervoso causando déficits (alterações) em diversas áreas do comportamento e
da cognição humana. Em outras palavras, a neuropsicologia atua mais
frequentemente no estudo das funções mentais superiores, sem deixar de
estudar áreas como agressividade, sexualidade, que tradicionalmente são
investigadas por abordagens fisiológicas e biológicas. Desse modo, a
neuropsicologia compõe de maneira marcante o campo das neurociências.
A Neuroeducação é um campo interdisciplinar que combina os dois
elementos: neurociência, psicologia e a educação para criar melhores métodos
de ensino e currículos.
Para refletir:
Nesse momento é necessário chamar sua atenção para tornar
mais claro a importância dessa disciplina e até mesmo de
algumas funções cerebrais tratadas nas suas aulas.
Na verdade, durante sua atuação em sala de aula e dentro de
seus ambientes profissionais torna-se relevante conhecer a
máquina cerebral que move cada ser humano a
qual instiga a tomar consciência de suas
aprendizagens. Portanto, é importante conhecer o
funcionamento cerebral e trabalhar com o aluno
e/ou sujeito a tomada de consciência.
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As pesquisas e iniciativas da neuroeducação têm crescido diariamente, não
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humano%252F%3B680%3B234

apenas no Brasil, mas no mundo nos últimos anos; e com essas pesquisas
tentam usar descobertas sobre aprendizagem, memória, linguagem, e outras
áreas da neurociência cognitiva para informar os educadores sobre as melhores
estratégias de ensino e aprendizagem.
Cada vez mais, os professores querem e precisam saber sobre como os seus
alunos aprendem e memorizam as informações ensinadas. Os neurocientistas,
por outro lado, querem saber como essas indagações dos professores podem
sugerir novas pesquisas em neurociência.
Aprofunde seus conhecimentos:
Para você conhecer mais sobre a neurociência leia o
livro de Concenza e Guerra que tem uma linguagem
acessível e faz algumas relações importantes com a
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educação e a prática do professor. ?q=c%C3%A9rebro+humano&rlz
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Outra linha de abordagem na neuroeducação é compreender quais e
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como os distúrbios e doenças nervosas e mentais podem afetar o aprendizado


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dos alunos e como os professores podem colaborar com outros profissionais
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para ajudar a identificar problemas em sala de aula, de modo a enfrentá-loscosenza-ramon-m-
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novos métodos de educação que pode ser especial dependendo do caso,12-3f-


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a inclusão dos seus alunos. %252Fneurociencia-e-educacao-
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Atenção
Vale reafirmar que o professor tem como papel detectar qualquer
dificuldade do aluno, porém atuar com diagnósticos e
tratamentos, apenas o médico pode fazer, pois essa
particularidade não cabe ao professor por razões de formação e
conhecimento.

Neste sentido, a neuroeducação foi desenvolvida pensando em tornar o ato


de estudar, frequentar a escola, ler livros, prestar atenção nas aulas, pensar,
aprender, em algo muito interessante, fácil, prazeroso e dentro do alcance de
todos.
Muitas pessoas tem sido acompanhadas por meio desse trabalho para
superar suas limitações no ato de aprender, como para expandir seus
conhecimentos específicos.
A ideia de neuroeducar as dificuldades de aprendizagem é sugerida na
medida em que se constata diferentes estudos sobre a inteligência, tais como a
neurolinguística. Neste sentido, surge a neuroeducação, com o objetivo de
dignificar o ser humano, reorganizando as matrizes lógicas do seu sistema
mental com as ferramentas do modelo de intervenções, que o ser humano
desenvolve para este fim.
As relações entre o cérebro e a aprendizagem se aproximam cada vez mais
e a somatória da neurociência e áreas afins, permite uma melhor compreensão
quando se trata da atuação do profissional da educação na clínica, de forma
sistemática, sobre prevenção precoce das dificuldades na aprendizagem. A
educação reconhece que cada vez mais precisam da neurociência.

Importante
Um parêntese a se fazer aqui, é pontuar pra você aluno a
importância da neurociência para as questões do aprender,
porque essa ciência tem ligação direta com o funcionamento
cerebral, o qual toma conta de todas as ligações,
interrupções e avanços realizados a nível de cérebro. Ou
seja, para a aprendizagem acontecer se algo acontecer no
caminho, no caso de comprometimentos é indicado que o
aluno consulte por um neurologista.

Agora para exemplificar um pouco de como o cérebro funciona e de maneira


simplificada é:

Imagine que uma criança está brincando no jardim


e vê uma linda borboleta passando na sua frente. Em
seguida sente o cheirinho daquele bolo maravilhoso
que só a sua mãe sabe fazer, ela até sente o gosto,
mas como ainda não dá para saboreá-lo, ouve seu
amigo chamar e sai correndo na direção dele, ao se
aproximar, seu amigo mostra uma caixa de brinquedo
e pede que descubra qual é este brinquedo através
do tato.
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São muitas sensações ao mesmo tempo e o sujeito só consegue captar todas
elas através dos órgãos dos sentidos, estruturas complexas que ajudam a
perceber o meio em que cada um vive, os quais são essenciais para a maioria
das tarefas que o ser humano realiza.
Os seres humanos têm cinco sentidos: audição, olfato, tato, paladar e visão.
Eles nos garantem a percepção do ambiente em que estamos inseridos,
reconhecendo tudo que está ao nosso redor, identificando se algo oferece perigo
ou não à nossa sobrevivência.

Qual a finalidade dos sentidos?

1. A visão permite o ser humano


distinguir pessoas, objetos, formas,
cores e muito mais. Por meio do tato,
pegamos um objeto, sentimos como
é sua textura, temperatura, etc.

4. Pela audição capta-se os


sons, que passam através do
2. O paladar garante que 3. O olfato permite que as tímpano do sujeito e chegam
perceba os diferentes partículas dispersas no ar até o ouvido interno e, depois,
sabores e se o alimento sejam captadas e levadas ao cérebro.
está bom ou não, ao cérebro, reconhecendo
assegurando a sua saúde. os diferentes cheiros ou
odores.

Existem evidências significativas de outros órgãos sensoriais tais como o


sentido de direção e orientação – comumente apurado nos machos –
equilíbrio e coordenação. (Ratey, 2002).
Para que os sentidos exerçam suas funções é necessário que as
informações captadas cheguem ao cérebro, pois é ele quem decodifica e
interpreta os dados. Para isso, você irá conhecer como se deu a evolução do
sistema nervoso do cérebro e entender sobre a história da neurociência.

Evolução Neurobiológica do Ser Humano


Um destaque que pode ser dado é a necessidade do profissional presente
em sala de aula conhecer e compreender como acontece o processo da
aprendizagem para que ele tenha subsídios de como intervir nas diversas
situações que o aluno vai apresentar durante sua prática; e isso depende muito
do conhecimento sobre a evolução neurobiológica do ser humano. Ou seja, o
profissional da educação que não tiver o conhecimento sobre essas formas de
evolução pode apresentar um déficit ao lidar com a aprendizagem de seus
alunos em razão da lacuna que terá para orientá-los, por exemplo, na troca de
uma estratégia.
Para refletir:
Vale refletir que apenas o professor tendo o conhecimento
neurobiológico do ser humano não é o suficiente para atender as
questões envolvidas no processo de aprendizagem do aluno,
porém se ele conhecer e souber como conduzir e encaminhar as
situações apresentadas em sala de aula já contribui com a
potencialização do aprender e do processo, caso o aluno tenha algum
dificuldade.

Dessa forma, nesse momento você tem a oportunidade de compreender


o significado da filogênese e ontogênese, as quais estudam a evolução humana.
Enquanto uma se dedica ao estudo da evolução da espécie humana, a outra se
ocupa do estudo da evolução de cada indivíduo desde o embrião até à velhice.
A evolução filogenética estuda a evolução da espécie humana e a
constituição dos seres humanos como sujeitos cognitivos (que aprendem). O
sentido filogenético está presente quando a palavra evolução nos remete ao
processo da espécie humana, ocorrido desde as origens da vida até a forma
humana da atualidade.
Neste sentido, numa abordagem filogenética, Darwin tendo como base de
seus estudos a evolução das espécies, mencionou as diferenças entre os seres
humanos, apesar de pertencerem à mesma espécie, já que os sujeitos
apresentam características que os individualizam uns dos outros. (Darwin, 1973)
No caso da ontogênese, o conhecimento é encarado como um processo
de modificações e adaptações ao meio, que desde o nascimento ocorre em
todos os seres vivos. Portanto, verifica-se a definição ontogenética, quando o
termo evolução faz menção ao desenvolvimento do indivíduo (sujeito
singular), desde sua concepção no ventre materno até a velhice – o fim de sua
vida.
Quando se fala em desenvolvimento do indivíduo, Jean Piaget (1962), pai
da Psicologia genética, defende que a capacidade do ser humano raciocinar não
está presente desde o nascimento de uma criança, mas deriva de um processo
adquirido ao longo da vida e é produto das suas experiências, em seus
relacionamentos e com o meio, passando por vários estágios.

Evolução Filogenética

Atenção
Quais foram os ancestrais dos répteis
(lagartos, cobras) que vivem na Terra
atualmente? Essas são algumas perguntas
relativas à origem dos grandes grupos de seres
vivos que eram difíceis de serem respondidas
até surgir, no século XIX, a Teoria da Evolução Biológica por
Seleção Natural, proposta por Charles Darwin.
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Com a compreensão de "como" a evolução biológica ocorre, os biólogos
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passaram a sugerir hipóteses para explicar a possível relação de parentesco


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entre os diversos grupos de seres vivos. A principal evidência5rsFEZ9-
teórica para
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explicar a evolução das espécies no mundo ocidental é, o então chamado


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Darwinismo e sua implicação nos estudos do meio ambiente, tersaurus.blogspot.com%252F2011%
do processo
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evolutivo dos seres vivos e da própria organização da vida no planeta. (Darwin,
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1973).
A teoria proposta por Darwin propõe, em resumo, que, na luta pela
sobrevivência, os indivíduos portadores de variações (características)
adaptativas às condições ambientais levam vantagem competitiva sobre os
indivíduos que não as possuem. Os adaptados deixam mais descendentes, e os
não adaptados são eliminados. (Darwin, 1973).
A essa eliminação diferencial dos indivíduos de uma espécie, Darwin
denominou seleção natural. A seleção natural, atuando continuamente sobre
uma espécie, pode modificá-la gradualmente, a ponto de originar uma nova
espécie. (Darwin, 1973)
Os primeiros seres vivos em nosso planeta foram organismos unicelulares
e a ocorrência de mecanismos de associação entre dois seres vivos fez surgir
os primeiros organismos multicelulares há cerca de 700 milhões de anos.
(Brenot, 1992)
Com a evolução dos seres vivos, as suas funções evidentemente foram
se tornando mais complexas, surgindo células especializadas para cada função.
Antropólogos e arqueólogos mais renomados da atualidade afirmam que
os indícios fósseis dos primeiros hominídeos, nossos ancestrais humanos,
surgiram há cerca de 4,5 milhões de anos, e que o homem moderno tenha
aparecido com esse cérebro há cerca de 200 mil anos, e seus códigos genéticos
de escrita tenham surgido há apenas 10 mil anos (Kolb, Whishaw, 2002).

Hominídeos

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Acredita-se que as primeiras formas de vida na Terra tenham sido as
plantas microscópicas, as quais encontraram condições de existência favoráveis
em um planeta que era formado por água. Assim, os indícios mais fortes
apontam para a formação da vida a partir da água.

Para refletir:
Neste momento gostaria de instigar você a seguinte reflexão:
Será que crianças com sintomas de desidratação otimizam seu
potencial de aprendizagem? E a combinação de desidratação
com desnutrição? Esses dois elementos são devastadores para
o processo de aprendizagem. Esse é um pequeno exemplo do
quanto as evidências filogenéticas possibilitam formas eficazes de potencializar
a aprendizagem.

Sobre a evolução do cérebro humano, que se fez de forma


desproporcional em relação ao restante do corpo, é importante destacar pra você
que entre todas as formas de evolução, sem dúvida a que mais se sobressai é a
aquisição da linguagem. Esta habilidade tornou-se possível durante todo o
desenvolvimento do homem e da evolução humana “que deixou de ser biológica
e passou a ser cultural”, como menciona Chomsky em sua obra “Novos
horizontes no estudo da linguagem e da mente”. (Chomsky, 2005)
Nos seus primórdios, a escrita dizia a respeito da utilização de símbolos
que visavam constituir numerações. É o que traz Burke em seu estudo intitulado
“O presente do fazedor de machados”. (Burke, 1995)
Segundo esse autor, a civilização egípcia, que se iniciou há cerca de
5.000 anos, criou uma escrita ideográfica, ainda não composta de sons. Essa
forma de registros era composta por duas versões, sendo uma utilizada para
textos religiosos e oficiais e a outra mais popular. A sua difusão foi permitida por
conta da existência das folhas de papiro, que cresciam profusamente ao longo
do Rio Nilo, e pelo comércio proporcionado por este rio. (Burke, 1995)
Burke (1995) menciona que coube aos fenícios, motivados pelo comércio,
a criação da primeira escrita alfabética. Posteriormente, os gregos
desenvolveram a escrita que, por sua vez, deu origem ao alfabeto latino (Burke,
1995).
A questão cerebral do ser humano atualmente tem assumido um papel de
grande importância. Por exemplo, se você acompanha a evolução educacional
é possível que esteja antenado aos progressos da neurociência, a qual vai
compreender várias funções e conexões que o aprendiz realiza no ato de
aprender e que instiga outros aspectos cognitivos, como a linguagem, memória,
atenção, entre outros.
Como consequência da origem da escrita a linguagem proporciona o
nascimento da filosofia.

Síntese da Disciplina

Nesta aula foi abordado alguns aspectos fundamentais para a sua


compreensão do início da criação humana, evolução do homem, a ciência que
envolve a mente e o corpo, a cognição no ato de aprender e a evolução do
cérebro e suas interferências.
Para atingir esse objetivo foi necessário você acompanhar o histórico
dessa evolução, dos principais autores como Darwin e sua teoria e assim
prosseguir nas próximas leituras nessa importante viagem que é a descoberta
do ser humano no seu ciclo vital.

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