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INSTITUIÇÃO DE ENSINO FAVENI

ANA MARIA APARECIDA DOS SANTOS

A CONTRIBUIÇÃO DO NEUROPSICOPEDAGOGO NO PROCESSO ENSINO


APRENDIZAGEM.

INDIANÓPOLIS - MG
INSTITUIÇÃO DE ENSINO FAVENI

ANA MARIA APARECIDA DOS SANTOS

A CONTRIBUIÇÃO DO NEUROPSICOPEDAGOGO NO PROCESSO ENSINO


APRENDIZAGEM.

Trabalho de conclusão de
curso apresentado como
requisito parcial à obtenção
do título especialista em
Neuropsicopedagogia
Clínica

INDIANÓPOLIS - MG
A CONTRIBUIÇÃO DO NEUROPSICOPEDAGOGO NO PROCESSO ENSINO
APRENDIZAGEM.

Autor1, Ana Maria Aparecida dos Santos

Declaro que sou autora¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro


também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo
sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de
nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas
ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações
empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.

Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis,
penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o
crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do
Contrato de Prestação de Serviços).

1
anamariaindi@hotmail.com

RESUMO

Os temas ligados ao sistema neurológico e como o ser humano aprende, organiza e retém esse
aprendizado está cada vez mais em pauta na área educacional, entre outras. Nesse contexto
surgiu a Neuropsicopedagia que uniu a pedagogia, a psicologia e a neurociência no intuito de
analisar a relação entre cérebro e aprendizagem. Devido à importância desses estudos para o
desenvolvimento e aprendizagem humana, tornou-se necessário que se fizesse pesquisas acerca
dessa área bem como da importância do neuropsicopedagogo na área educacional. O presente
Trabalho de Conclusão de Curso procurou abordar a atuação e contribuição desse profissional
junto ás crianças com dificuldades de aprendizagem. Assim sendo, buscou-se pesquisar o
conceito de neuropsicopedagogia e consequentemente o papel desempenhado pelos profissionais
que atuam nesta área. Através de pesquisas, leituras e reflexões de diferentes textos e autores,
contatou-se o quão importante se faz o trabalho do neuropsicopedagogo no auxílio aos alunos
com dificuldades de aprendizagem.

Palavras-chave: Neuropsicopedagogia, Neuropsicopedagogo, Aprendizagem, Contribuição.


INTRODUÇÃO

Tendo como objetivo a pesquisa bibliográfica, o presente Trabalho de


Conclusão de Curso utilizou-se de diferentes fontes para realizar as devidas
leituras como materiais já elaborados sobre o tema em questão publicados na
forma de livros, periódicos, revistas eletrônicas, blogs, artigos, entre outros.
A presente pesquisa bibliográfica dividiu-se em 2 (duas) partes. Na primeira
buscou-se entender o papel na neurociência e sua relação com a
neuropsicopedagogia. Em um segundo momento, o papel do
neuropsicopedagogo e sua importância para a área educacional.
Durante muitos anos, os transtornos de aprendizagem foram tidos como
responsáveis pelo fracasso escolar. Profissionais despreparados para enfrentar
transtornos de aprendizagem e a falta de estudos científicos relativos ao
funcionamento do cérebro geraram alunos indisciplinados e com baixa auto-
estima.
O fracasso escolar é um tema que caminha lado a lado com a educação
através do tempo. Porém, os estudos acerca do cérebro humano e do
funcionamento do sistema nervoso como um dos requisitos para se entender esse
fracasso é relativamente novo.
Sendo assim, diversos autores dedicaram-se ao estudo dessa área do
conhecimento no intuito de entender como o processo de assimilação do
conhecimento e aprendizagem se dá, podendo assim, auxiliar a criança a se livrar
desse estigma de “fracassado”. Nesse contexto surgiu o presente artigo, no
intuito de investigar a importância do trabalho desempenhado pelo
neuropsicopedagogo no auxílio às dificuldades de aprendizagem.

DESENVOLVIMENTO:

A investigação de como ocorre o processo ensino aprendizagem é motivo


de estudos há décadas e o estudo do cérebro e do seu funcionamento fazem
parte desses estudos, pois o conhecimento se dá através estímulos captados e
processados por esse órgão. Nesse contexto surgiu a neurociência, cujo objeto
de estudo é o sistema nervoso dos seres humanos e seu funcionamento. Essa
ciência veio somar estudos no intuito de entender a mente humana e como ela
processa as informações que recebe e as assimila.
Para Bartoszeck, 2012, p.4, “A neurociência oferece um grande potencial
para nortear a pesquisa educacional e futura aplicação em sala de aula”. Nesse
sentido, quando entendemos como o cérebro funciona, podemos entender
também o processo de aprendizagem do ser humano. Nesse contexto, a
neurociência é uma grande aliada da educação, pois fornece meios que auxiliam
a aprendizagem, já que entende seu processo.
Conforme Gomez; Teran, 2010, p 93, “os transtornos de aprendizagem
podem afetar a habilidade da pessoa para falar, escutar, ler, escrever, soletrar,
raciocinar, recordar, organizar a informação ou aprender matemática. Diante do
exposto entende-se que a neurociência auxilia a desvendar a mente humana e
compreender suas dificuldades no processo educacional.
Segundo estudos, a neurociência possibilita, deslindar os segredos de
como ocorre os processos cerebrais e como o meio externo e interno interferem
no funcionamento do cérebro. Nesse sentido, entende-se que esta ciência auxilia
na busca de informações a respeito do sistema nervoso e de como ele interfere
na organização dos pensamentos.
Entende-se que somente a neurociência não poderá resolver os
transtornos ligados á aprendizagem, porém, poderão auxiliar a ação pedagógica.
Segundo alguns autores, os planejamentos de ensino que priorizam a forma como
o cérebro funciona são mais eficazes no processo de aprendizagem.
Nesse contexto surgiu a neuropsicopedagia, que veio unir a neurociência, a
psicologia e a pedagogia no intuito de analisar a relação entre cérebro e
aprendizagem a partir da análise dos processos cognitivos e emocionais do ser
humano, conforme Fonseca (2016).
O intuito da neuropsicopedagogia, nesse contexto, foi de estabelecer
estudos levando em consideração os diferentes fatores que interferem no
aprendizado, mas que outrora eram observados em separados, ou seja, cérebro,
emoções e memória.
Segundo FERNANDES; MARINS, 2015, a neuropsicopedagogia é um
termo relativamente novo, pois está relacionada á Neurociência, cujos estudos
surgiram recentemente. Estando uma ligada à outra, fez-se necessário algumas
leituras acerca desses temas para vislumbrar o papel desempenhado pelo
neuropsicopedagogo na sua área de atuação.
Durante toda a vida, o ser humano sofre transformações que interferirem
em seu aprendizado de maneira significativa. Essas transformações são
decorrentes das relações que desempenha através dos fatores psicológicos,
culturais, biológicos e ambientais. Quanto mais ele se relaciona com outras
pessoas e com o meio, mais informação assimila e, consequentemente, mais
modificações acontecem em seu cérebro.
Sabendo-se que a neuropsicopedagogia é uma ciência transdisciplinar
relacionada á neurociência aliada á educação, pedagogia e psicologia ela possui
um papel muito importante no estudo do funcionamento do sistema nervoso e
como o ser humano aprende.
Diante do exposto, percebe-se que a qualidade que se espera na área
educacional, dar-se-á, entre outros, através de investigações científicas acerca
do organismo humano e de seu funcionamento como um todo, levando em
consideração, a saúde total da pessoa. Por isso, a necessidade de integrar a
neurociência cognitiva, a pedagogia cognitiva e a psicopedagogia para
estabelecer dados no intuito de melhor desenvolver o trabalho educacional.
Nesse cenário, a atuação do neuropsicopedagogo tornou-se de suma
importância, devido ao auxílio que poderá prestar aos profissionais ligados á área
educacional no que se refere a resolução de problemas ligados a aprendizagem,
pois agirá na dimensão pessoal, social e emocional, subsidiando professores e
alunos em suas dificuldades. (SIMÃO, 2022).
A função do neuropsicopedagogo, segundo alguns autores, deve estar
pautada também na ética profissional, pois se entende que seu trabalho não se
desenvolve sozinho. Esse profissional deverá estar em constante diálogo com
psicólogos, terapeutas ocupacionais, pedagogos, entre outros, para que o
resultado de seu trabalho seja alcançado.

O neuropsicopedagogo detém o conhecimento necessário para


colaborar de maneira categórica nesse processo de transformação. Esse
profissional tem ciência que, quem ensina, ensina um "alguém", fato
esse de vital importância. Portanto, o docente precisa ajustar o seu modo
de ensinar à melhor forma de como esse "alguém" aprende. Pensando
nesse indivíduo de maneira especial, ou seja, de maneira particular. E a
área que traz o conhecimento necessário para identificar as melhores
práticas é justamente a Neurociência, área essa de especialização de
um neuropsicopedagogo. (MACÊDO, 2019, p.7).

Assim sendo, o neuropsicopedagogo deverá ter conhecimentos específicos


sobre o cérebro humano, sobre o funcionamento sistema nervoso como um todo,
conforme já citado anteriormente. A partir do momento em que esse profissional
passa a entender o desenvolvimento neurológico do ser humano, poderá agir e
intervir, auxiliando alunos e professores na jornada do aprendizado.
Cada ser humano é especial e possui características peculiares, sendo
assim, não aprendem da mesma forma. Aprendemos desde o dia em que
nascemos até o dia em que morremos independentemente dos problemas que
possamos vir a ter durante a vida. Portanto, para cada pessoa, aprender é um
processo diferenciado.
Cabe ao neuropsicopedagogo entender o processo em que se dá o
aprendizado de acordo com cada pessoa e suas necessidades cognitivas para,
com isso, poder intervir de maneira satisfatória, desenvolvendo atividades
individualizadas, de acordo com as características apresentadas por cada aluno.
Além de outras funções, o intuito desse profissional, é mostrar ao aluno
que a responsabilidade em aprender não é só dele, que existem muitos fatores
externos contribuindo para sua dificuldade. Com isso, poderá evitar que as
frustrações e os rótulos sejam impregnados em seu intimo, prejudicando para
sempre o lado psicológico deste aluno.
O ser humano precisa ser entendido como multifacetário, porém, é cérebro
o responsável por funções vitais do organismo como o pensamento,
memorização, captação de sensações, movimentos, linguagem, entre outros.
Nesse contexto o papel do neuropsicopedagogo tornou-se de suma importância,
pois através da sua atuação poderá sugerir atividades que possibilitarão gerar
estímulos cerebrais no aluno, com foco nas dificuldades, mas também nas
estratégias de ensino, levando em consideração as diferentes formas de aprender
ligadas as questões cognitivas.
De acordo com a RESOLUÇÃO SBNPp n° 04 de 04 de maio de 2020 que
dispõe sobre o CÓDIGO DE ÉTICA TÉCNICO PROFISSIONAL DA
NEUROPSICOPEDAGOGIA uma das funções do neuropsicopedagogo na área
educacional seria:

Observação, identificação e análise dos ambientes e dos grupos de


pessoas atendidas, focando nas questões relacionadas a aprendizagem
e ao desenvolvimento humano nas áreas 6 motoras, cognitivas e
comportamentais, considerando os preceitos da Neurociência aplicada a
Educação, em interface com a Pedagogia e Psicologia Cognitiva
(SBNPp, 2020, p. 5).

Diante do exposto, torna-se de suma importância que haja a presença de


um neuropsicopedagogo nos espaços educacionais para que o mesmo possa
realizar testes, juntamente com professores e pedagogos, no intuito de ajudar no
processo de aprendizagem dos alunos, dando oportunidade de aprender a todos
e diminuindo assim a evasão escolar e a discriminação.

CONCLUSÃO

As pesquisas realizadas para elaboração do presente TCC (Trabalho de


Conclusão de Curso) tiveram como objetivo identificar as principais contribuições
do neuropsicopedagogo no processo educacional e nas dificuldades de
aprendizagem dos alunos. Dessa forma, inicialmente, os estudos voltaram-se
para a neuropsicopedagogia e sua relação com a neurociência, com a psicologia
e a pedagogia.
Como citado diversas vezes nesse Trabalho de Conclusão de Curso, a
neuropsicopedagogia é algo relativamente novo que engloba estudos das 3 (três)
áreas acima citadas. Portanto, o neuropsicopedagogo deve estar em constante
busca por aperfeiçoamento dentro da sua área de atuação quanto ao cérebro
humano e seu desenvolvimento. Suas pesquisas demandam muitos estudos
acerca das síndromes, distúrbios e outras doenças ligadas ao aprendizado
humano. Entender como se processa esse aprendizado em cada pessoa tem-se
mostrado um grande desafio para a neuropsicopedagia.
O presente trabalho possibilitou que fosse percebida a importância, por
parte dos educadores, do conhecimento do cérebro humano e seu
funcionamento, pois eles estão na linha de frente, trabalhando com o aluno no
intuito de acabar com os estigmas de indisciplinado, mal educado, ou outros.
Esses termos precisam ser abolidos da pauta educacional no que se refere aos
alunos que possuem dificuldades de aprendizagem, pois todos podem aprender
de uma forma ou de outra.
Há anos se estuda o cérebro humano e seu desenvolvimento. Porém, a
neuropsicopedagogia é uma área considerada nova pelos estudiosos. Mesmo
com diferentes estudos acerca do sistema nervoso, do cérebro e do seu
funcionamento para a aprendizagem humana, os estudos eram realizados em
separado, tendo a psicologia de um lado e a pedagogia do outro.
Segundo estudos, a neuropsicopedagogia surgiu para unir as áreas em
questão com a neurociência e através de estudos em conjunto, analisar a mente
humana no intuito de entender as funções executadas pelo cérebro, o que
consequentemente poderá auxiliar as investigações acerca das dificuldades de
aprendizagem.
Diante do exposto percebe-se a importância da atuação do
neuropsicopedagogo nas instituições de ensino e o quanto ela se faz necessária.
Sua atuação será somada a dos outros profissionais no intuito de dar mais
atenção à aprendizagem dos alunos, através de investigações mais aprofundadas
acerca do cérebro humano.
No entanto, segundo estudos, a presença desse profissional nos
estabelecimentos de ensino não se resume apenas a orientar a abertura de salas
de educação especial ou de recursos, mas de se proporcionar aos alunos, um
profissional que entenda como se dá o aprendizado, respeitando a biologia de
cada aluno enquanto fornece orientações para os demais profissionais que estão
em contato direto com o aluno com defasagem de aprendizagem.
A partir das leituras realizadas foi possível perceber a importância do
neuropsicopedagogo na compreensão da aprendizagem e das limitações
impostas por diferentes distúrbios de aprendizagem. Porém, para que o trabalho
desse profissional aconteça de maneira favorável faz-se necessário a união dos
envolvidos na aprendizagem do aluno como professores, família, entre outros
para que o trabalho desse profissional possa se desenvolver. Dessa união
resultará o conhecimento do aluno em todos os seus aspectos, ou seja, biológico,
social, psicológico e emocional.
Assim sendo, concluiu-se que o neuropsicopedagogo tem a capacidade de
auxiliar o processo ensino aprendizagem, pois juntamente com outros
profissionais pode atuar de maneira a identificar e minimizar as dificuldades de
aprendizagens através de estratégias e técnicas aprendidas através das
disciplinas e práticas presentes no curso de sua formação.
Constatou-se ao final do presente trabalho que dentro do espaço escolar, o
papel do neuropsicopedagogo se faz imprescindível, à medida que respeita o
indivíduo, seu tempo de aprendizagem e seu processo neurobiológico, podendo
identificar causas e sugerindo estratégias de ensino para sanar as dificuldades
encontradas.

REFERÊNCIAS

BARTOSZECK, A. B. Neurociência na educação. Universidade Federal do


Paraná, Laboratório de Neurociência & Educação, 2012. Disponível em:
https://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com/. Acesso em:12/04/2023.

CONSENZA, R. M.; GUERRA, L. B. Neurociências e Educação: como o


cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed, 2011.

CORRÊA, TIAGO HENRIQUE BARNABÉ; FERRANDI, LILIENE MARIA; SIMÃO,


GUILHERME FAQUIM. Contribuições da Neuropsicopedagogia no Contexto
Educacional: Um novo olhar para a Instituição Escolar. Educere et Educare,
Vol.15, n. 36. Out. 2020, p.1- 21. Disponível em:
http://erevista.unioeste.br/index.php/educereeteducare/article/view/15756/13561
Acesso em 12/04/2023.

FERNANDES, R. M.; MARINS, J. H. N. Estudo das bases neuropedagógicas e


o papel do educador na construção da aprendizagem frente à educação
emocional e cognitiva do aluno. EFDeportes.com, Revista Digital, Buenos
Aires, n. 202, 2015.

FONSECA, V. (2016). Dificuldades de aprendizagem: abordagem


neuropsicopedagógica. (5a ed.), Wak. Disponível em
https://books.google.com.br/books?
id=mTxpDwAAQBAJ&printsec=frontcover&hl=pt-
PT&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false. Acesso em
13/04/2023

GÓMEZ, A. M. S., TERÁN, N. E. Transtornos de aprendizagem e autismo.


Cultural, S.A, 2014.
MACÊDO, MARIA V. LIMA. Neuropsicopedagogia: aprendizagem no contexto
escolar com crianças com microcefalia em Caxias/MA. v. 5, n. 12 (2019):
Brazilian Journal of Development. Disponível online em: Revista Comunicação
Universitária, Belém, PA, V.1, N.2, p. 1-15. 2021
https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/5121/4673
acessado em 14/04/2023

SBNPp. Código de Etica Técnico Profissional da Neuropsicopedagogia.


2016. Disponível online em: www.sbnpp.com.br. Acesso em 15/04/2023.

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