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Ano: 2017
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FICHA CATALOGRÁFICA
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Fundamentos da
Neuropsicopedagogia
2017
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PALAVRA DA INSTITUIÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz!
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Apresentação da Disciplina
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AULA 1 – O que é Neuropsicopedagogia? Conceitos e Definições
Apresentação da Aula 01
1. Introdução à Neuropsicopedagogia
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profissionais contribuem para que a aprendizagem, em diversos contextos, seja
satisfatória e efetiva.
Os cursos de especialização em neuropsicopedagogia se destinam
àqueles profissionais que desejam um maior entendimento sobre o que é a
aprendizagem. Ademais, essa ciência, permite que as funções cerebrais sejam
investigadas, além de fornecer dados que auxiliam na tomada de decisão para
a escolha de um tratamento adequado à necessidade de cada indivíduo.
Artigo 10
CAPÍTULO II. DA DEFINIÇÃO, DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS E DIRETRIZES
Artigo 10. A Neuropsicopedagogia é uma ciência transdisciplinar, fundamentada nos
conhecimentos da Neurociências aplicada à educação, com interfaces da Pedagogia e
Psicologia Cognitiva que tem como objeto formal de estudo a relação entre o funcionamento
do sistema nervoso e a aprendizagem humana numa perspectiva de reintegração pessoal,
social e educacional. (SBNPp – 2016, p.3)
Disponível em: http://www.sbnpp.com.br/wp-content/uploads/2016/11/Codigo-de-etica-
atualizado-2016.pdf
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considerações acerca das neurociências e sua contribuição para essa área de
estudo.
O neuropsicopedagogo, por meio dos seus conhecimentos, consegue
identificar no indivíduo, seja ela criança ou adolescente, as dificuldades
relacionadas com a aprendizagem e, por meio da intervenção ele passa a
atendê-lo de maneira mais adequada para que a aprendizagem ocorra. Porém,
isso não quer dizer que a aprendizagem não ocorre para algumas pessoas, ela
sempre acontece sim, mas com a diferença que para uns ela vem
acompanhada de estimulação e com atividades orientadas de acordo com o
grau de dificuldade de cada um.
Fonte:http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Arqueologia/noticia/2015/06/solucao-
para-problemas-mentais-na-antiguidade-furar-cabeca-dos-pacientes.html
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comportamentais oriundas dessas lesões. Com esse procedimento, Luria
pretendia identificar as bases neurológicas do comportamento. Ademais, esses
estudos deram início, de certa maneira, ao elo entre a psicologia e a
neurociência.
Vídeo
Assista ao vídeo Cérebro – Máquina de aprender – Parte 01 de
05, o qual mostra sobre uma professora de Juiz de Fora em
Minas Gerais, que usa da neurociência e faz a diferença na vida
das crianças.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=nCKY3TmRX2M&list=PLxYtbI
gLQaIAJj2_7tOVKDg-nUi7wNQ_r
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neurociências. Diferentes áreas de conhecimentos constataram que os estudos
das neurociências são necessários para complementar os seus e, sendo
assim, surgiu o interesse por parte das diferentes áreas da ciência, são elas:
neurobiologia, neurofisiologia, neuroquímica, neuropediatria, neuropsicologia,
neuropedagogia e também a Neuropsicopedagogia.
Saiba Mais
Neurociências é o estudo científico do sistema nervoso de
uma forma ampla e, assim, compreende cinco disciplinas:
1) Neurociência molecular: trata a função das moléculas;
2) Neurociência celular: estuda a constituição e função das
células no sistema nervoso;
3) Neurociência sistêmica: descreve e analisa as regiões do
sistema nervoso e está ligado à neuroanatomia. Em outras
palavras, divide o sistema nervoso em partes e nomeia
essas partes e busca compreender as suas funções;
4) Neurociência comportamental: ligada diretamente à
psicologia, especialmente a psicologia comportamental.
Relaciona o estudo do organismo com o meio, centrando o
seu estudo sobre os comportamentos internos, como
pensamentos, emoções e os comportamentos visíveis
como a fala, gestos e outras ações, em geral.
5) Neurociência cognitiva: centra o seu estudo sobre os
comportamentos ainda mais complexos, como memória,
aprendizagem, enfim, a capacidade cognitiva de uma
determinada pessoa em um determinado momento.
Disponível em: http://www.psicologiamsn.com/2014/01/o-
que-e-neurociencia.html
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A Neuropsicopedagogia ainda não está devidamente
regulamentada. O Conselho Regional de Psicologia
regulamentou apenas o Especialista em Neuropsicologia.
Instituições escolares;
Centros e Associações Educacionais;
Instituições de Ensino Superior;
Terceiro Setor, como: ONGs (Organização não Governamental),
OCIPs (Organização da Sociedade Civil de Interesse público) entre
outros.
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NEUROPSICOPEDAGOGIA CLÍNICA
Observação, identificação e análise dos ambientes sociais no
qual está inserido a pessoa atendida, focando nas questões
relacionadas a aprendizagem e ao desenvolvimento humano nas
áreas motoras, cognitivas e comportamentais;
Avaliação, intervenção e acompanhamento do indivíduo com
dificuldades de aprendizagem, transtornos, síndromes ou altas
habilidades que causam prejuízos na aprendizagem escolar e social,
através de um plano de intervenção específico que prevê sessões
contínuas de atendimento
Criação de estratégias que viabilizem o desenvolvimento do
processo ensino-aprendizagem do aluno;
Utilização de protocolos e instrumentos de avaliação e
reabilitação devidamente validados, respeitando sua formação de
graduação;
Elaboração de relatórios, laudos e pareceres técnicos
profissionais;
Encaminhamento a outros profissionais quando o caso for de
outra área de atuação/especialização.
NEUROPSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL
Observação, identificação e análise dos ambientes e dos
grupos de pessoas atendidas, focando nas questões relacionadas a
aprendizagem e ao desenvolvimento humano nas áreas motoras,
cognitivas e comportamentais, considerando os preceitos da
Neurociência aplicada a Educação, em interface com a Pedagogia e
Psicologia Cognitiva.
Criação de estratégias que viabilizem o desenvolvimento do
processo ensino-aprendizagem dos que são atendidos nos espaços
coletivos.
Encaminhamento de pessoas atendidas a outros profissionais
quando o caso for de outra área de atuação/especialização contribuir
com aspectos específicos que influenciam na aprendizagem e no
desenvolvimento humano.
Saiba Mais
Acesse o site da SOCIEDADE BRASILEIRA DE
NEUROPSICOPEDAGOGIA – SBNPP e leia na íntegra a
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NOTA TÉCNICA Nº 01/2016.
Disponível em: http://www.sbnpp.com.br/wp-
content/uploads/2016/11/Nota-T%C3%A9cnica-01-2016-
agosto.pdf
Resumo da Aula 01
Atividade de Aprendizagem
Pesquise sobre a relação entre o cérebro e a aprendizagem e
discorra sobre os tópicos que foram estudados em aula.
Apresentação da Aula 02
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2 Conhecendo as Ciências que Formam a Neuropsicopedagogia
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2.1 Contextualização
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pesquisas relacionadas à educação em uma abordagem que envolve o
conhecimento e a inteligência, integrando as três áreas: a Psicologia, a
Educação e as Neurociências, e as demais áreas que se estabeleceram com a
integração dos campos: Neuropsicopedagogia, Neuropsicologia e
Psicopedagogia.
Hennemann (2015), em seu artigo Considerações sobre o Livro
Neuropsicopedagogia Clínica – Introdução, Conceitos, Teoria e Prática,
elaborou um quadro comparativo, baseado na obra de Russo (2015), das
diferentes áreas, a saber:
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próprios,
fundamentados em
diferentes
referenciais
teóricos
Semelhanças Natureza Multiprofissional, inter e transdisciplinar e o estudo do
desenvolvimento humano e dos processos de ensino e
aprendizagem.
Fonte: Russo, 2015.
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aspecto, é incabível querer que os alunos somente memorizem informações, já
que existem outros recursos para ajudá-los a assimilar conhecimentos.
É nesse contexto que a Neuropsicopedagogia pode contribuir para
auxiliar esses alunos com problemas de aprendizagem, pois é uma área que
está formada por outras áreas que contribuem para esse reconhecimento, são
elas: a Neurociência e as Ciências da Cognição. Por isso, a
neuropsicopedagogia, além de focar no aluno, ela também tem como foco
instruir o professor para que tenha conhecimento e condições de reconhecer as
dificuldades dos aprendizes que estão relacionadas ao cérebro, à inteligência e
à memória no complexo sistema cognitivo humano.
Saiba Mais
Para se compreender mais sobre a neurociência, acesse o
artigo Neuropsicopedagogia: novas perspectivas para a
aprendizagem e saiba mais sobre os princípios de Tokuma-
Espinosa.
Disponível em:
http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com.br/201
2/10/neuropsicopedagogia-novas-perspectivas.html
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Os conhecimentos neuropsicopedagógicos permitem entender como se
dá a aprendizagem em cada indivíduo e, dessa maneira, oferecem
possibilidades educacionais positivas para todos, quebrando o paradigma de
que a aprendizagem só acontece para algumas pessoas. Na verdade, ela
sempre acontece, porém para alguns com mais dificuldade devido à presença
de algum problema de aprendizagem. Considerando esse contexto, é oportuno
mencionar os princípios da neuroeducação postulados por Espinosa (2008),
que são utilizados como componentes muito importantes nas intervenções
neuropsicopedagógicas, a saber:
Curiosidade
A consolidação das memórias ocorre pouco a pouco, a cada
período de sono, quando as condições químicas cerebrais
são propícias à neuroplasticidade. O sono e o aprendizado
são importantes fatores para o processo de aquisição e
armazenamento de conhecimento.
Disponível em: http://inescozzo.com/sono-memoria-e-
aprendizagem/
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Estilos de aprendizado (preferências cognitivas) são devidas à estrutura
única do cérebro de cada indivíduo;
Diferenciação nas práticas de sala de aula são justificadas pelas
diferentes inteligências dos alunos.
Vídeo
Assista ao vídeo Cérebro – Máquina de aprender – Parte 05 de
05, e veja sobre como o cérebro funciona e duas formas que
auxiliam para se pensar melhor, que é a leitura e o exercício
físico.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JmF2B-
fuaxQ&list=PLxYtbIgLQaIAJj2_7tOVKDg-nUi7wNQ_r&index=5
2.4 O Neuropsicopedagogo
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Saiba Mais
Leia a Nota Técnica nº 01/2016 da Sociedade Brasileira De
Neuropsicopedagogia na íntegra, e saiba mais sobre as
funções do profissional Neuropsicopedagogo
Disponível em: http://www.sbnpp.com.br/wp-
content/uploads/2016/05/SBNPP-CTP-Nota-
T%C3%A9cnica-n.-01-2016.pdf
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c) Criação de estratégias que viabilizem o desenvolvimento do processo ensino-
aprendizagem do aluno;
d) Utilização de protocolos e instrumentos de avaliação e reabilitação devidamente
validados, respeitando sua formação de graduação;
e) Elaboração de relatórios e pareceres técnicos-profissionais;
f) Encaminhamento a outros profissionais quando o caso for de outra área de
atuação/especialização.
Vídeo
Assista ao vídeo indicado e saiba quais são as contribuições
da Neurociência para o processo de formação da nova
competência do professor-educador do século XXI.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=M5F2S5D5CDE
Resumo da Aula 02
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Esta aula abordou os principais temas relacionados à formação da área
da neuropsicopedagogia e do profissional neuropsicopedagogo. Foram feitas
algumas considerações a respeito das práticas aplicadas ao contexto escolar, e
apresentou-se alguns itens que são fundamentais para as intervenções
neuropsicopedagógicas.
Atividade de Aprendizagem
Discorra sobre o papel do neuropsicopedagogo e sua
importância no ambiente escolar.
Apresentação da Aula 03
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imprescindível um esclarecimento acerca do que é a dificuldade de
aprendizagem e transtorno, e qual é o papel do cérebro no processo de
aprendizagem.
Alguns teóricos da área afirmam que os problemas de aprendizagem
são decorrentes da “ensinagem”, pois a falta de estímulos pode gerar o
fracasso escolar. Portanto, é necessária uma análise cuidadosa sobre as
possíveis causas, sintomas e, também, as consequências e tratamento.
Segundo Sara Paín, os problemas de aprendizagem não devem ser
considerados erros:
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exemplo, transtornos emocionais graves ou com influências
extrínsecas (tais como as diferenças culturais, instrução inapropriada
ou insuficiente), não são o resultado dessas condições ou influências.
Saiba Mais
O QUE É A ESCALA BINET-SIMON
Consistia em um teste desenvolvido para medir a
inteligência em geral. Possui uma série de problemas que
deveriam ser resolvidos em um determinado espaço de
tempo e acompanhado pelo psicólogo.
Disponível em:
http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/39/res02_
39.pdf
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mais fácil de ser aplicada. Também foi possível a criação de scores para medir
e tabelar os vários esquemas e estruturas (ROTH, RAAB, GRECO, 1998).
Curiosidade
Ainda no século XX, foram utilizadas várias denominações
relacionadas aos problemas de aprendizagem, muitos dos
quais surgiram da descrição de problemas específicos para
a aprendizagem de leitura, escrita, cálculo ou dificuldades
comportamentais que afetam o rendimento escolar. Em
1896, Pringle Morganf defrontou-se com um adolescente de
14 anos que, apesar de parecer muito inteligente,
apresentava incapacidade com a linguagem escrita. Morgan
chamou este evento de “cegueira verbal”, mais tarde foi
chamada de “cegueira verbal congénita”, “dislexia
congênita”, “estrefossimbolia”, “alexia do desenvolvimento”,
“dislexia constitucional”, e até “parte do contínuo das
perturbações de linguagem, caracterizada por um défice no
processamento verbal dos sons”.
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Amplie Seus Estudos
SUGESTÃO DE LEITURA
Leia na íntegra o Manual Diagnóstico e
estatístico de transtornos mentais (2014),
no qual se encontrará informações
importantes sobre enfermidades e
diagnósticos.
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Para identificar se é transtorno ou dificuldade, é importante
compreender quais são os problemas que a criança está
apresentando e, se esses problemas são mais gerais ou
específicos de desenvolvimento.
Curiosidade
Os Sinais e Sintomas na primeira infância que identificam
distúrbios de aprendizagem:
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Atraso no desenvolvimento motor;
Atraso ou deficiência na aquisição da fala;
Dificuldade para entender o que ouve;
Chora muito, tímida e irritadiça;
Inquieta, agitada e muda de atividade com frequência;
Dificuldade de adaptação aos primeiros anos escolares;
Distúrbios do sono com pesadelos, terror noturno,
sonambulismo e enurese noturna.
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dificuldades desaparecem. Portanto, é a resposta à intervenção que vai ajudar
a fazer a diferença entre os verdadeiros transtornos de aprendizagem daqueles
problemas que estão muito presentes da sala de aula, ou seja, as dificuldades
de aprendizagem. Outro ponto relevante é que a formação de professores deve
ser aprimorada para que a aprendizagem seja otimizada para diminuir as
dificuldades escolares e facilitar a aprendizagem de alunos com transtornos.
Vídeo
Acesse o vídeo Veja as características específicas de cada
transtorno de aprendizagem, o qual mostra um pouco das
características específicas de cada transtorno de aprendizagem
e como se deve atuar para auxiliar o aprendizado e
desenvolvimento dessas crianças.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Zi8nJ0Jg7HI&t=109s
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As reflexões feitas sobre as dificuldades e transtornos e suas
consequências para indivíduos afetados, tiveram o intuito de proporcionar uma
maior compreensão sobre a atuação do profissional e dos familiares envolvidos
neste contexto, pois toda criança com problemas de aprendizagem deve ser
submetida a um tratamento imediato para que, futuramente, ela tenha
qualidade de vida.
Resumo da Aula 03
Atividade de Aprendizagem
Discorra sobre a diferença entre o Transtorno de
aprendizagem e a Dificuldade Escolar.
Apresentação da Aula 04
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particularidades das dificuldades de aprendizagem, como identificá-las e tratá-
las.
Inicia-se os estudos fazendo algumas reflexões sobre a avaliação
neuropsicopedagógica, sobre a importância de um diagnóstico correto das
dificuldades e o posterior encaminhamento dos indivíduos afetados aos
profissionais habilitados. Serão conhecidos também alguns transtornos mais
frequentes nas crianças e quais são os sintomas de cada uma delas.
4 A Avaliação Neuropsicopedagógica
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Por outro lado, existem os professores despreparados e desinformados,
mesmo que sua profissão exija tais conhecimentos, geralmente incorrem
exatamente no mesmo erro dos pais da criança. Sem saber como atuar nesses
casos, os professores insistem que o aluno realize algum um tipo de atividade
e, percebendo que não está obtendo resultados positivos com a ação, o
professor passa a rotulá-lo de preguiçoso e relapso, sem procurar identificar se
existe alguma dificuldade de aprendizagem.
A preguiça contumaz e a desatenção podem estar mascarando um
mecanismo de defesa que esteja escondendo uma dificuldade verdadeira. E
essa dificuldade, que tanto pode ter origem num simples bloqueio ou em
alguma patologia neuropsíquica precisa ser descoberta, pois ela necessita ser
identificada e acompanhada por um profissional. Caso não haja uma
intervenção nessa situação, certamente os resultados serão desastrosos, pois
gerará sentimentos de inferioridade na criança devido aos rótulos de
desatenciosa e preguiçosa e até mesmo de “burra”.
Para essas crianças com problemas de aprendizagem, frequentar a
escola representará um período de desespero, sacrifício, tristeza e revolta, e
desta maneira se terá, então, um aluno cujas perspectivas de vida são muito
negativas. Esse aluno pode apresentar apatia em relação à aula e à escola e,
para tentar mascarar sua dificuldade ele tenderá a demonstrar inquietude,
comportamento inadequado e, dificilmente conseguirá superar sozinho suas
dificuldades para poder crescer intelectual e emocionalmente. Geralmente esse
tipo de aluno desiste de estudar porque se sente incapaz de aprender.
É preciso que pais, professores, e demais envolvidos com a criança com
problemas de aprendizagem entendam que essa realidade pode ser revertida
e, que cada uma dessas crianças tem a sua individualidade, pois dessa
maneira as características específicas podem ser identificadas. Quando
identificadas as dificuldades e, se estão acima da média, é imprescindível a
intervenção e encaminhamento para profissionais especializados para que
deem início ao acompanhamento especial em casa e na escola.
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A partir da identificação e, dependendo do tipo de dificuldade, surgem
diversos caminhos a serem percorridos. Se for o caso, o médico identificará e
dará início ao tratamento de alguma anomalia neuropsíquica, e o psicólogo
identificará e tratará alguma dificuldade comportamental, se for o caso. De
acordo com a situação apresentada e diagnosticada em um primeiro momento,
será necessário a ajuda de outros profissionais, como: fonoaudiólogos,
nutricionista, etc. Os pais e professores devem se preocupar com o
desenvolvimento pessoal, emocional e intelectual da criança. É importante que
haja a identificação de suas habilidades atuais, mostrando-lhe, a todo
momento, a sua capacidade e inteligência, pois esse processo servirá de
auxílio para a elevação da autoestima da criança. A continuidade do processo
pode reduzir ou eliminar os sintomas que antes eram impeditivos ao seu
desenvolvimento.
Importante
O CID 10 menciona que a categoria Transtornos específicos
do desenvolvimento das habilidades escolares (F81), divide-se
em subcategorias, são elas:
CID 10 – F81 Transtornos específicos do desenvolvimento das
habilidades escolares
CID 10 - F81.0 - Transtorno específico da leitura
CID 10 - F81.1 - Transtorno específico do soletrar
CID 10 - F81.2. - Transtorno específico de habilidades
aritméticas
CID 10 - F81.3 - Transtorno misto das habilidades escolares
CID 10 F81.8 - Outros transtornos do desenvolvimento das
habilidades escolares
CID 10 - F81.9 - Transtornos do desenvolvimento das
habilidades escolares, não especificado.
Fonte: http://www.cid10.com.br/
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4.3 Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
Vídeo
Assista ao vídeo TDAH, o qual fala sobre o Transtorno de Déficit
de Atenção e Hiperatividade, mostrando como acontece, suas
causas e facilitadores, e a importância de o compreender.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=zl02W9WsbD4
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Leitura: Geralmente, devido à impulsividade e à desatenção, a criança
com TDAH apresenta uma leitura precipitada e incorreta, o que resulta
em pouca compreensão do texto. Os erros mais comuns são: omissão
de letras e/ou palavras, adição de letras e/ou palavras, repetições,
substituição de palavras, vacilações (demora para ler) e, devido a
rapidez na leitura, ocorre a vocalização incorreta das palavras que leu.
Cálculo e matemática: Apresentam dificuldades para converter o
concreto em abstrato e para utilizar o pensamento lógico, ou seja, para
interpretar e imaginar o enunciado de um problema, pois não fazem
abstração dos dados. Apresentam dificuldades nas operações básicas:
somar, diminuir, dividir e multiplicar
Escrita: Apresentam dificuldades com as atividades manuais, como:
pintar, cortar, jogar com peças pequenas. Sua caligrafia é irregular e
pouco organizada. Tem dificuldade para memorizar conteúdos e regras
e, mesmo que as saibam, cometem erros na hora de utilizá-las.
Fala: Apresentam falta de organização na fala, pensa pouco para falar,
pois seu pensamento vai mais rápido que sua fala. Falam muito e de
maneira impulsiva, falam de assuntos que não estão relacionados com a
tarefa que estão executando e se distraem com seu próprio discurso.
Importante
As manifestações do TDAH em escolares variam em torno de
9% para o déficit de atenção até 40% para a hiperatividade, mas
nem toda criança com TDAH tem dislexia ou distúrbio de
aprendizagem em comorbidade (associação entre problemas –
relação negativa com outros problemas de saúde).
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criança possuir um nível normal de inteligência e oportunidades socioculturais
adequadas.
É um problema de aprendizagem por ser patológico, que apresenta
inibição cognitiva ou sintomática, envolve a leitura e escrita, além de
dificuldades com cálculos, leitura lenta e compassada.
Segundo a IDA - International Dyslexia Association (2002) a dislexia:
Saiba Mais
Para compreender um pouco mais sobre a Discalculia, veja
o artigo do CogniFit, A Discalculia Infantil: tratamento,
exercícios, causas, sintomas, tipos de discalculia, avaliação
e definição.
Disponível em:
https://www.cognifit.com/br/pathology/dyscalculia
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Importante
1. Elogiar e premiar sempre o trabalho e esforço;
2. Supervisionar as tarefas com paciência;
3. Não fazer comparações com outros irmãos e/ou alunos;
4. Importante considerar que para essas crianças é muito difícil
estudar.
Fonte: http://www.thepicta.com/media/1378616207271646117_4029610883
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outro. Se o predomínio é do lado direito, é um sujeito destro, se é do lado
esquerdo é canhoto, e se não conseguiu um domínio lateral em alguns dos
lados, se chama ambidestro. Quando bebê a criança é considerada
ambidestra.
Segundo Gesell (1987), geralmente a lateralidade se define após os 5 ou
6 anos de idade, embora algumas crianças manifestem um predomínio lateral
mais precocemente. As crianças que apresentam alguma alteração na
evolução de sua lateralidade, geralmente apresentam transtornos de
organização na visão do espaço e da linguagem que são fatores que
constituem o eixo da problemática do disléxico. Grande parte dos casos
disléxicos se dá em crianças que não tem um predomínio lateral definido. A
lateralidade influi na motricidade, de modo que uma criança com a lateralidade
mal definida, geralmente apresenta dificuldades para realizar trabalhos
manuais e seus traço gráficos são descoordenados.
Falta de ritmo: é percebida tanto na realização de movimentos quanto
na linguagem, com pausas mal colocadas, que são evidenciadas na leitura e
na escrita.
Existem outros fatores que fazem parte dos problemas fundamentais
que se encontram no transtorno disléxico, porém foram vistos apenas alguns
devido à complexidade do tema.
Falta de atenção: Devido ao esforço intelectual que utilizam para
superar suas dificuldades perceptivas específicas, apresentam um alto grau de
fadiga. Por essa razão aprender a ler e escrever se torna um momento difícil e
desinteressante.
Desinteresse pelo estudo: A falta de atenção, unida a um meio familiar
e escolar pouco estimulantes, faz com que percam o interesse pelas tarefas
escolares e, consequentemente seu rendimento e qualificações escolares são
baixos.
Inadaptação pessoal: o disléxico, por não ter uma boa orientação no
espaço e no tempo, não possui ponto de referência ou de apoio, apresentando,
consequentemente, insegurança e falta de estabilidade em suas reações.
Como mecanismo de compensação, tem excesso de confiança em si mesmo e,
muitas vezes é vaidoso, aspectos que o levam a defender suas opiniões
radicalmente.
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O diagnóstico é feito de uma forma multiprofissional, ou seja, depende
da avaliação de vários profissionais, são eles: psicólogo, neuropsicólogo,
psicopedagogo, neurologista, oftalmologista, psiquiatra, entre outros. É
necessário avaliar se a criança apresenta disfunção visual ou auditiva,
desordem neurológica, se houve algum tipo de alteração afetiva que promoveu
o fracasso escolar e, por isso, ela apresenta dificuldade no aprendizado. São
muitos os fatores envolvidos no diagnóstico e, por isso, é importante fazer um
levantamento ou anamnese.
Uma vez traçado o diagnóstico, são vários os caminhos a serem
percorridos. Em um primeiro momento devem ser avaliadas quais são as
dificuldades que a criança apresenta, cada criança apresenta um tipo de
dificuldade. Uma criança pode apresentar dificuldade ortográfica com inversão
de letras, outra criança pode ter uma dificuldade específica no cálculo, etc. A
partir dessa observação é importante o profissional mapear as dificuldades
para poder fazer as intervenções específicas para cada dificuldade. Essas
ações podem amenizar o problema.
É muito importante que haja uma identificação precoce do problema,
pois as crianças com dislexia frequentemente fracassam na escola e perdem a
motivação. São rotulados de preguiçosos e burros, provocando a perda da
autoestima e, consequentemente o abandonam a escola.
Saiba Mais
Acesse o link indicado e leia o texto: Déficit de Atenção e
Dislexia na Escola Escrito pela ABDA (Associação Brasileira
do Déficit de Atenção) e aprenda mais sobre o assunto.
Disponível em:
http://www.tdah.org.br/br/artigos/textos/item/374-
d%C3%A9ficit-de-aten%C3%A7%C3%A3o-e-dislexia-na-
escola.html
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Algumas das consequências da negligência no correto tratamento da
dislexia são: evasão escolar, depressão precoce, baixa autoestima, transtornos
de conduta e baixo alcance ocupacional.
Assim, ao fazer uma reflexão sobre as dificuldades de aprendizagem,
percebe-se que qualquer alteração identificada nas condições internas do
indivíduo, em termos de sua estrutura neurobiológica e psicológica, bem como
interferências em sua realidade ambiental, familiar e social, pode ocasionar
dificuldades no processo de aprendizagem. Por isso, é de suma importância a
avaliação de caráter mais complexo e específico, como é a neuropsico-
pedagógica.
Resumo da Aula 04
Atividade de Aprendizagem
Faça uma comparação entre os sintomas característicos da
dislexia e o TDAH. Elabore um texto apontando as principais
diferenças de diagnóstico.
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Resumo da Disciplina
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REFERÊNCIAS
GESELL, Arnold. A criança dos 5 aos 10 anos. São Paulo: Martins Fontes,
1987.
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HENNEMANN, Ana L. Considerações sobre o livro Neuropsicopedagogia
Clínica - Introdução, Conceitos, Teoria e Prática. Novo Hamburgo, 03 nov/
2015. Disponível online
em:http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com.br/2015/11/livro-
neuropsicopedagogia-clinica.html
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