Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ano: 2017
1
Cláudia de Faria
Neuropsicopedagogia e
contextos de atuação
1ª Edição
2017
Curitiba, PR
2
FICHA CATALOGRÁFICA
3
PALAVRA DA INSTITUIÇÃO
Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz!
4
Apresentação da disciplina
5
Aula 1 – Delineamento da atuação profissional do neuropsicopedagogo e
as modalidades de atuação
Apresentação da aula 1
1.1 Conceito
6
[...] área de estudo das neurociências na qual objetiva a análise dos
processos cognitivos, potencialidades pessoais e perfil sócio-
econômico, a fim de construir indicadores formais para a intervenção
clínica frente aos educandos padrões com baixo desempenho e que
apresentam disfunções neurais devido a lesão neurológica de origem
genética, congênita ou adquirida. (ROTTA apud COSENZA, 2010)
Vocabulario
Neurociência: “[...] é a área que se ocupa em estudar o
sistema nervoso, visando desvendar seu funcionamento,
estrutura, desenvolvimento e eventuais alterações que sofra.
Portanto, o objeto de estudo dessa ciência é complexo, sendo
constituído por três elementos: o cérebro, a medula espinhal e
os nervos periféricos”. (MARQUES, 2016).
1.2 Legislação
O embasamento legal da Neuropsicopedagogia vem da Regulamentação
da Psicopedagogia, de acordo com o Projeto de Lei 3.124/97, o qual pode ser
acompanhado pelo site da Câmara dos Deputados.
O Código de Ética Técnico Profissional da Neuropsicopedagogia (2014),
em seu Artigo 3°, afirma que:
Definiu-se por parametrizar como Neuropsicopedagogo aqueles
profissionais que através de uma formação pessoal, educacional,
7
profissional e um corpo de práticas próprias da Neuropsicopedagogia
busca atender demandas sociais, norteado por padrões técnicos e pela
existência de normas éticas que garantam a adequada relação de um
profissional com seus pares e com a sociedade como um todo de
acordo com as especificidades das funções. (SBNPP, 2014, p. 1)
8
estágios evolutivos e sequenciais do crescimento humano,
qualitativamente diferentes entre si, que vão desde o nascimento à
idade adulta. Em cada estágio, a criança desenvolve um novo modo
de operar, sendo variável de indivíduo para indivíduo, obedecendo a
um desenvolvimento gradual (MENESES, 2012).
9
Vocabulario
TAS (Transtorno de ansiedade social): Fobia social,
transtorno comum e crônico. Característica principal o medo
em situações sociais; promovendo a limitação no
relacionamento interpessoal.
Importante
O especialista em Neuropsicopedagogia é um profissional
que atua em diferentes contextos sociais, buscando a
compreensão do processo cognitivo do indivíduo desde os
primeiros anos de vida e as implicações na aprendizagem,
refletindo no desenvolvimento de suas competências.
10
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
Fonte: http://www.abpp.com.br/pl3124-1997.pdf
Saiba Mais
Para saber mais a respeito das bases de regulamentação leia
a Lei 3.124/97.
Disponível no acesso: http://www.abpp.com.br/pl3124-
1997.pdf
11
A Resolução da Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia (SBNPp)
N° 03/2014, nos artigos 12º ao 21º do Capítulo II tratam especificamente da
atuação do neuropsicopedagogo.
[...]
Artigo 12º. O Neuropsicopedagogo deve exercer somente as funções para as quais ele
está qualificado e habilitado pessoal e tecnicamente.
Artigo 13º. O Neuropsicopedagogo deve estar em busca constante de sua saúde física e
mental observando as suas limitações pessoais que possam interferir na qualidade do seu
trabalho, inclusive durante a sua formação.
Artigo 14º. O Neuropsicopedagogo trabalhará para promover a saúde e a qualidade de
vida dos indivíduos e da sociedade que passarem por sua intervenção ou avaliação e
contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, omissão, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.
Artigo 15º. O Neuropsicopedagogo fará sua atuação dentro das especificidades do seu
campo e área do conhecimento, no sentido da educação e desenvolvimento das
potencialidades humanas, daqueles aos quais presta serviços.
Artigo 16º. O Neuropsicopedagogo deve ter como princípio básico a promoção do
desenvolvimento das pessoas que o recorrem sob seu atendimento profissional devendo
utilizar todos os recursos técnicos disponíveis (principalmente a interdisciplinaridade) e de
acordo com cada especificidade, proporcionando o melhor serviço possível.
Artigo 17º. O Neuropsicopedagogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica
e historicamente a realidade humana dentro dos aspectos: políticos, econômicos, sociais e
culturais e todos os contextos que de alguma forma possam ser relevantes de análise sobre
a responsabilidade e o seu papel social.
Artigo 18º. O Neuropsicopedagogo atuará com suas responsabilidades, por meio do
contínuo aprimoramento profissional, levando em consideração todos os avanços pertinentes
a área, sejam estes: políticos, econômicos, sociais, tecnológicos ou científicos, contribuindo
para o desenvolvimento da Neuropsicopedagogia e apoiando-se sempre em bases
referenciais do campo da ciência de conhecimento e de prática.
Artigo 19º. O Neuropsicopedagogo deverá ser atuante na promoção da universalização
do acesso da população às informações referentes a Neuropsicopedagogia, sejam ao
conhecimento das fontes, das necessidades, dos avanços, dos serviços, dos padrões éticos,
etc.
Artigo 20º. O Neuropsicopedagogo fará a prestação, sempre, do melhor serviço, a um
número cada vez maior de pessoas, com competência, responsabilidade e honestidade.
Artigo 21º. O Neuropsicopedagogo fará a priorização do compromisso ético para com a
sociedade, cujo interesse será colocado acima de qualquer outro, sobretudo do de natureza
corporativista.
[...]
12
Curiosidade
Alguns dos teóricos estudados pelo Neuropsicopedagogo:
Lev Vygotsky (1896-1934), foi um psicólogo, proponente da
Psicologia cultural-histórica e pensador, sendo o pioneiro no
conceito de que o desenvolvimento intelectual das crianças
ocorre em função das interações sociais e condições de vida.
Jean Piaget (1896-1980), biólogo e psicólogo, desenvolveu a
teoria da construção do conhecimento.
Henri Wallon (1879-1962), médico, psicólogo e filósofo
defendeu a tese de que a criança têm corpo e emoções na
sala de aula; considerando o indivíduo como “geneticamente
social”.
Alexander Luria (1902-1977), neuropsicólogo, fundador da
psicologia cultural-histórica, através do estudo das noções de
causalidade e pensamento lógico-conceitual.
Resumo da aula 1
Atividade de Aprendizagem
“Toda criança pode aprender a ler e a escrever, mas não em
qualquer situação. Mas está claro, também que não é em
qualquer situação para todas as crianças. As condições para
que ocorra aprendizagem vão variar de acordo com seu período
de formação, pois todo processo de aprendizagem deve estar
articulado com a história de cada indivíduo.” (LIMA, 2002, p.15).
Com base nesta citação, discorra da importância do
neuropsicopedagogo nos anos iniciais da criança.
13
Nesta aula o foco será no embasamento teórico-prático, o qual o
neuropsicopedagogo necessita para intervir, conduzir e mapear as situações que
direcionam as situações, bem como a aplicação da Neurociência para
compreender a aprendizagem, bem como seus distúrbios e/ou transtornos.
2.1 Fundamentação
Fonte: http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAABnUYAH-62.png
14
Através de modificações funcionais do Sistema Nervoso Central (SNC), o
indivíduo aprende, e essas modificações especificamente acontecem nas áreas
da atenção, memória e linguagem; estabelecendo o processo de aprendizagem,
importante que o indivíduo interaja com o elemento do conhecimento,
proporcionando que as conexões neurais realizem sinapses produtivas, com a
qualidade de memorização, de seleção, de captação, armazenamento e
consequentemente na informação dos dados, objetivando a construção do
conhecimento.
Vocabulario
Sinapses: é a região localizada entre neurônios onde agem os
neurotransmissores, transmitindo o impulso nervoso de um
neurônio a outro, ou de um neurônio para uma célula muscular
ou glandular.
15
podem inibir estes processos. A aprendizagem e a memória
necessitam de mecanismos neuronais mediados pelas sinapses
nervosas. Estas sinapses podem ser afetadas por estímulos
neuropsicológicos, eletrofisiológicos, farmacológicos e genéticas
molecular, que determinam alterações nos circuitos cerebrais.
(RELVAS, 2009, p. 37)
Vocabulario
Plasticidade Cerebral: É a habilidade que o cérebro possui em
se remodelar mediante as experiências adquiridas pelo
indivíduo, refazendo suas conexões em razão das
necessidades.
16
Dessa forma, a Neurociência veio com o objetivo de alterar concepções
do passado e, mediante diversos estudos sobre o cérebro, demonstrar que esse
apresenta diversos potenciais, na qual o profissional pode encontrar as
competências do indivíduo, seja na área social ou escolar.
Plasticidade Cerebral
Fonte:
https://s3.amazonaws.com/dynamicimages.cognifit.com/storage/cognifit/landing/brain-
plasticity-exercises-training.jpg
Saiba Mais
Leia a matéria Neurociência aplicada em sala de aula, na qual
evidenciam-se algumas escolas no Estado de São Paulo, as
quais investem em atividades de estímulo cerebral.
Link: http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-
cidadania/neurociencia-aplicada-em-sala-de-aula-
eii81gwa8jsoqy0s7xw59jfpq
Vídeo
Assista os fragmentos da entrevista com Suzana Herculano-
Houzel, no qual traz considerações importantes a respeito do
funcionamento cerebral atrelado ao aprendizado e ao excesso de
estímulos.
17
Link 1: https://www.youtube.com/watch?v=dLWiwD_YhUM
Link 2: https://www.youtube.com/watch?v=pc0eOuHwHwQ
18
importante, contribuindo para que os diversos processos e metodologias de
aprendizagem se concretizem, abordando possíveis causas; mas sem deixar de
influenciar os envolvidos (família, professores, pais), os quais juntos necessitam
da melhoria no desempenho escolar, emocional e social da criança.
19
Código Técnico Profissional da Neuropsicopedagogia, objetivando a orientação
dos profissionais no Brasil, traz as diretrizes do trabalho a ser desenvolvido pelo
Neuropsicopedagogo conforme seu contexto de atuação evidenciados em seus
artigos 29, 30 e 31.
[...]
Art. 29. A Neuropsicopedagogia tem características próprias de atuação e considera
contextos diferenciados para tal, de acordo com a característica dos espaços nos quais é
possível desempenhar o exercício da Profissão. Por isso, para definir as suas formas de
atuação, toma como base:
§ 1º A atuação Institucional, na qual tem como espaço de atuação, instituições que tem
no princípio de suas atividades o trabalho coletivo.
§2º A atuação Clínica, na qual tem como espaço de atuação o atendimento
individualizado, focado em planos de intervenção específicos.
§3º Conforme avanços nos estudos realizados por esta nova ciência, a SBNPp poderá
prever novos espaços de atuação neste código, atendendo as revisões bienais, conforme
previsto no artigo 2º deste documento.
Artigo 30. Ao Neuropsicopedagogo com formação na área Institucional, conforme descrito
no Capítulo V, fica delimitada sua atuação com atendimentos neuropsicopedagógicos
exclusivamente em ambientes educacionais e/ou instituições de atendimento coletivo.
§1° Entende-se que sua atuação na área de Institucional possa acontecer em instituições
como Escolas Públicas e Particulares, Centros de Educação, Instituições de Ensino Superior
e Terceiro Setor que tem finalidade de oferecer serviços sociais, sem foco na distribuição de
lucros, mas com administração privada, sendo composto por associações, cooperativas,
organização nãogovernamentais, entre outros.
§2º São bases da atuação institucional os fundamentos da Educação Especial e da
Educação Inclusiva, com embasamento legal e de práticas sociais, que deverão ser pensadas
através da aplicação das neurociências ao ambiente educacional. devendo contemplar as
seguintes ações:
a) Observação, identificação e análise dos ambientes e dos grupos de pessoas atendidas,
focando nas questões relacionadas a aprendizagem e ao desenvolvimento humano nas áreas
motoras, cognitivas e comportamentais, considerando os preceitos da Neurociência aplicada
a Educação, em interface com a Pedagogia e Psicologia Cognitiva.
b) Criação de estratégias que viabilizem o desenvolvimento do processo ensino-
aprendizagem dos que são atendidos nos espaços coletivos
c) Encaminhamento de pessoas atendidas a outros profissionais quando o caso for de outra
área de atuação/especialização contribuir com aspectos específicos que influenciam na
aprendizagem e no desenvolvimento humano.
Artigo 31. Ao Neuropsicopedagogo com formação na área Clínica, conforme descrito no
Capítulo V, fica delimitada sua atuação com atendimentos neuropsicopedagógicos
individualizados em setting adequado, como consultório particular, espaço de atendimento,
posto de saúde, terceiro setor, conforme características institucionais dispostas no Art. 29 e
Hospitais. Os atendimentos em local escolar ou hospitalar devem acontecer de forma
individual e em local adequado.
§1° Entende-se que sua atuação na área clínica, pode atender o aspecto multiprofissional
de acordo com o espaço no qual o neuropsicopedagogo estará inserido e deve contemplar:
20
a) Observação, identificação e análise dos ambientes sociais no qual está inserido a pessoa
atendida, focando nas questões relacionadas a aprendizagem e ao desenvolvimento humano
nas áreas motoras, cognitivas e comportamentais;
b) Avaliação, intervenção e acompanhamento do indivíduo com dificuldades de
aprendizagem, transtornos, síndromes ou altas habilidades que causam prejuízos na
aprendizagem escolar e social, através de um plano de intervenção específico que prevê
sessões contínuas de atendimento;
c) Criação de estratégias que viabilizem o desenvolvimento do processo ensino-
aprendizagem do aluno;
d) Utilização de protocolos e instrumentos de avaliação e reabilitação devidamente
validados, respeitando sua formação de graduação;
e) Elaboração de relatórios, laudos e pareceres técnicos profissionais;
f) Encaminhamento a outros profissionais quando o caso for de outra área de
atuação/especialização.
[...]
21
utilização de protocolos e instrumentos de avaliação e
reabilitação devidamente validados, respeitando sua formação
de graduação.
CLÍNICO INSTITUCIONAL
Resumo da aula 2
22
Atividade de Aprendizagem
De acordo com a SBNPq (Sociedade Brasileira de
Neuropsicopedagogia), quais as diferenças no contexto de
atuação institucional e clínica do Neuropsicopedagogo?
Apresentação aula 3
23
[...] a pesquisa em Neurociências (e os neurocientistas) pode ser
dividida em dois tipos: clínicas e experimentais. Pesquisa clínica é
basicamente conduzida por médicos. As principais especialidades
dedicadas ao sistema nervoso humano são a neurologia, a psiquiatria,
a neurocirurgia e a neuropatologia (Tabela 1.1). Muitos dos que
conduzem as pesquisas clínicas continuam a tradição de Broca,
tentando deduzir as funções das várias regiões do encéfalo a partir dos
efeitos comportamentais das lesões. Outros conduzem estudos para
verificar os riscos e os benefícios de novos tipos de tratamento. (BEAR,
2008, p.14).
24
Fonte: (BEAR, 2008).
26
O papel inicial da psicopedagogia se dá através do estudo no processo
de ensino-aprendizagem, prevenção, diagnóstico e tratamento. O
psicopedagogo analisa a situação do indivíduo, a fim de diagnosticar as causas.
Faz o levantamento de hipóteses, analisando sintomas que o indivíduo tenha
apresentado, ouvindo os envolvidos (família, escola, etc.). No entanto, para isso,
é importante obter conhecimento do indivíduo nos seus diversos aspectos
afetivos, sociais, cognitivos e neurofisiológicos; assim como entender cada
aprendizagem e a qual vínculo pertence. Cada profissional tem um modo de
fazer a intervenção psicopedagógica.
27
psicólogos, etc.; sabendo investigar os possíveis fatores que levam esse
indivíduo a não obter aprendizagem.
28
A interação se torna parte importante em todo o processo, ressaltando a
relevância no tratamento, pois o fator observação deve ser levado muito em
consideração.
Vídeo
Assista a entrevista Dificuldades de Aprendizagem, na qual são
abordadas as tipologias dentro das dificuldades de
aprendizagem.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=6S25D0xgE5Y
29
Resumo da Aula
Atividade de Aprendizagem
O papel do neuropsicopedagogo na condução de um
diagnóstico necessita muitas vezes da parceria dos demais
profissionais da área, tais como psicólogo, nutricionista,
psicopedagogo. Discorra a respeito dessas participações na
garantida de um diagnóstico.
Apresentação da aula 4
30
A neuropsicopedagogia busca promover e unir os estudos do
desenvolvimento, das funções e das estruturas, paralelamente ao estudo dos
processos psicocognitivos responsáveis pela aprendizagem e os processos
psicopedagógicos responsáveis pelo ensino. Delimita aos tipos de
aprendizagem, baseados nos processos investigativos, exclui mitos de como o
cérebro humano processa informação e aprende. Diante destas vivências, o
ensino já não mais possui o conceito de somente instruir, mas também de uma
transmissão cultural que combina a ciência com a aprendizagem, criando
possibilidades de conhecimentos mais produtivos, no qual todos aprendem,
levando em consideração a sua neurodiversidade.
Vocabulario
Neurodiversidade: É o conceito no qual as diferenças
neurológicas devem ser reconhecidas e respeitadas como
qualquer outra variação humana. Exemplos: dislexia, déficit de
atenção, discalculia, entre outras.
31
Equilíbrio (noção de homeostasia).
Tipos de Neurocientistas Experimentais
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
Vocabulario
Homeostasia: É o conjunto de fenômenos de autorregulação
que levam à preservação da constância quanto às propriedades
do meio interno de um organismo. Conceito criado pelo
fisiologista norte-americano Walter Bradford Cannon.
FUNÇÕES COGNITIVAS
32
movimento, cor, comportamentos enriquecimento de
orientação); quantitativos; instrumentos não
verbais e verbais de
precisão e perfeição exploração da
expressão;
na apreensão de evidencia lógica;
dados; avaliação e
utilização do
retroação das
filtragem, fixação e pensamento
soluções criadas.
flexibilização nas dedutivo,
fontes de inferencial, crítico e
informação criativo.
simultânea.
33
Considerar os motivos do fracasso escolar é aceitar que esse processo
se torna um desafio na qualificação da educação. Em termos institucionais, a
expressão “fracasso escolar” denomina uma situação do aluno a uma exigência
da escola.
Vocabulario
Anamnese: é a entrevista realizada pelo profissional com o
objetivo de relembrar os fatos que se relacionam com a
situação, a fim de ajudar no diagnóstico.
34
A história do paciente tem início no momento da concepção e vêm
avareforçar a importância desses momentos na vida do indivíduo e, de
algum modo, nos aspectos inconscientes de aprendizagem. (WEISS,
1992, p. 64).
35
Fonte:
http://www.douradosnews.com.br/media/images/3207/19591/4f466e02034ceaf2e982c
8a5287c6181f9657b1fce6dc.jpg
PROVAS E TESTES
Provas de nível de
Piaget.
pensamento
4.6 Acompanhamento
36
conquistas do envolvido, até que o neuropsicopedagogo conclua um resultado
mais concreto.
A avaliação psicopedagógica é:
37
voltadas à prevenção e solução das possíveis dificuldades do envolvido,
promovendo melhores condições para o seu desenvolvimento.
38
Ela é a investigação do processo de aprendizagem do indivíduo
visando entender a origem da dificuldade e/ou distúrbio apresentado.
Inclui entrevista inicial com os pais ou responsáveis, análise do material
escolar, aplicação de diferentes modalidades de atividades e uso de
testes para avaliação do desenvolvimento, áreas de competência e
dificuldades apresentadas. Durante a avaliação podem ser realizadas
atividades matemáticas, provas de avaliação do nível de pensamento
e outras funções cognitivas, leitura, escrita, desenhos e jogos. (COLL;
MARQUESI, PALACIOS, 2007).
Resumo da aula
Nesta aula abordou-se a atuação na avaliação, na intervenção, no
acompanhamento, na orientação de estudos e no ensino de estratégias de
aprendizagem; assim como atuação no diagnóstico do tratamento e na pesquisa
da cognição, das emoções, da personalidade e do comportamento sob o enfoque
da relação entre esses aspectos e o funcionamento cerebral.
A neuropsicopedagogia procura promover e integrar os estudos do
desenvolvimento, das funções, das estruturas e das disfunções do cérebro.
Nesse contexto, há duas funções importantes as cognitivas e conativas.
Importante ressaltar que a avaliação e o diagnóstico psicopedagógico
devem estar voltados ao compromisso em promover desenvolvimento,
autoestima e condições de maturidade emocional para resolver problemas; uma
vez que a avaliação psicopedagógica deve ser um processo dinâmico.
39
Atividade de Aprendizagem
[...] É importante ressaltar que a avaliação
neuropsicopedagógica não se restringe apenas à aplicação
de testes e obtenção de resultados, mas depende sobretudo
da capacidade do examinador de interpretá-los e avaliá-los
corretamente”. (FUENTES et. al., 2014, p.414).
De acordo com esta citação, contextualize a importância desse
profissional com base na teoria e prática, objetivando no
alcance dos resultados.
Resumo da disciplina
40
juntos almejam uma melhoria significativa no desempenho acadêmico, social e
emocional da criança.
Referências
41
BRITES, Luciana. Neurociência do aprendizado Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=M0do_ye-R00 Acesso em: Dez/16
CALVIN, W. Como o cérebro pensa. São Paulo: Rocco; 1998.
CAVASOTTO, Eva. CHAGAS, Eva. Intervenções Psicopedagógicas
e os avanços da neurociência. In: Aprender e ensinar: diferentes
olhares e práticas. Org RAMOS, Maria B. Porto Alegre: PUCRS, 2011.
CHEDID, Kátia. Psicopedagogia, Educação e Neurociências.
Psicopedagogia: Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia.
Vol. 10, nº 75 São Paulo: ABPp, 2007.
COGNIFIT. Avaliações neuropsicológicas e programas de estimulação
cognitiva. Disponível em https://www.cognifit.com/br Acesso em: Nov/2016.
COLL, César; MARTÍN, Emília. O construtivismo na sala de aula. 6. Ed.
Itapecerica: Editora Ática, 2006.
CONSENZA, R. M.; GUERRA, L. B. Neurociências e Educação: como o
cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed, 2011.
CORDIÉ, A. Os atrasados não existem: psicanálise de crianças com
fracasso escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
DINIZ, D.F.; DAHER, J; SILVA, W. G. da. Neurociências: termos técnicos.
Goiânia: AB, 2008.
FERNÁNDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada. 2. ed. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1991.
FLOR, D.; CARVALHO, T. A . P.de. Neurociências para educador: coletânea
de subsídios para “alfabetização neurocientífica”. São Paulo: Baraúna,
2011.
FONSECA, V. Dificuldades de aprendizagem: abordagem
neuropsicopedagógica. 5ª ed. Lisboa: Âncora;2014.
FONSECA, V. Psicomotricidade e neuropsicologia: abordagem
evolucionista: Rio de Janeiro: Wak; 2009.
FUENTES et al. Neuropsicologia: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed
2014.p.414.
GAZETA DO POVO. Neurociência aplicada em sala de aula In: Caderno de
Educação [conteúdo extraído do Jornal Estadão de São Paulo]. Curitiba: Jornal
Gazeta do Povo, 2015 [Extraído do Disponível em:
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/neurociencia-aplicada-em-
sala-de-aula-eii81gwa8jsoqy0s7xw59jfpq Acesso em: Dez/16.
GÓMEZ, A. M. S. TÉRAN, N. E. Dificuldades de aprendizagem: detecção e
estratégias de ajuda. São Paulo: Grupo Cultural, 2010.
LIMA, E. S. Desenvolvimento e aprendizagem na Escola: aspectos
culturais, neurológicos e psicológicos. São Paulo: Sobradinho, 2002.
42
LUNDY-EKMAN, Laurie. Neurociência: Fundamentos para a
reabilitação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
MARCHESI, Álvaro. Da linguagem da deficiência às escolas inclusivas. In:
COLL, César; MARCHESI, Álvaro; PALACIOS, Jesús; e cols.
Desenvolvimento psicológico e educação: transtornos do
desenvolvimento e necessidades educativas especiais. 2. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2007.
MARQUES, José Roberto. O que é Neurociência?. Goiânia: Portal IBC
Coaching, 2016. Disponível em: http://www.ibccoaching.com.br/portal/coaching-
e-psicologia/o-que-e-neurociencia/ Acessado em: Fev/2017.
MELCHIOR, M. C. O Sucesso Escolar Através da Avaliação e da
Recuperação. Porto Alegre: Premier, 2004.
MENESES, Hélem Soares de. Introdução aos Estágios de
Desenvolvimento de Piaget. 2012. Disponível em:
https://psicologado.com/psicologia-geral/desenvolvimento-
humano/introducao-aos-estagios-de-desenvolvimento-de-jean-piaget Acesso
em: Nov/16.
NOGUEIRA, Makeliny O. G. Psicopedagogia Clínica: caminhos teóricos e
práticos. Curitiba: Ibpex, 2011.
OLIVEIRA, Mari Angela C. Psicopedagogia: a instituição educacional
em foco. Curitiba: Ibpex, 2009.
PÁDUA. Elisabete M. M. Metodologia da pesquisa: abordagem
teórico-prática. 13ed. CAMPINAS: Papirus, 2004.
PAÍN, Sara. Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de
Aprendizagem. 4. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.
PINHEIRO, Raquel. Dificuldades de Aprendizagem: Entrevista Psicóloga e
Neuropsicopedagoga abordando as tipologias dentro das dificuldades de
aprendizagem. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=6S25D0xgE5Y Acesso em: Dez/16
Projeto de Lei 3.124/97. Disponível em: http://www.abpp.com.br/pl3124-
1997.pdf Acessado em: Fev/2017.
RELVAS, M. P. Fundamentos biológicos da Educação: despertando
inteligências e afetividade no processo de aprendizagem. Rio de Janeiro:
WAK, 2007.
RELVAS, Marta Pires. Neurociências e Educação: potencialidades dos
gêneros humanos na sala de aula. Rio de Janeiro: WAK, 2009.
RELVAS, Marta Pires. Sob o comando do cérebro: entenda como a
Neurociência está no seu dia a dia. Rio de Janeiro: WAK, 2014.
RUBINSTEIN, Edith. A psicopedagogia e a Associação Estadual de
Psicopedagogia de São Paulo. In SCOZ, Beatriz Judith Lima (et al).
43
Psicopedagogia: o caráter interdisciplinar na formação e atuação profissional.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1987, cap. 1.
RUSSO, Rita Margarida Toler. Neuropsicopedagogia Clínica:
Introdução, Conceitos, Teoria e Prática. Curitiba: Juruá, 2015.
SBNPp. Código de Ética Técnico Profissional da
Neuropsicopedagogia. Disponível online em:
http://www.sbnpp.com.br/wp-content/uploads/2016/11/Codigo-de-etica-
atualizado-2016.pdf Acesso em: Fev/2017.
44