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Contribuição pedagógica das oficinas de


Banda Marcial

Aline Panneitz de CARVALHO1


Lílian Sobreira GONÇALVES2
Resumo: As Bandas Marciais são oferecidas em algumas escolas públicas como
oficinas pedagógicas. Nelas, os alunos têm a oportunidade de crescimento e
desenvolvimento musical por meio do aprendizado da técnica de instrumentos
diversos, que ocorre nos ensaios individualizados e em grupos. Para tanto,
sendo a arte inserida como componente curricular obrigatório, é compromisso
do educador compreender a sua relevância dentro do processo de ensino-
-aprendizagem. Por essa razão, por meio deste estudo, busca-se a análise das
contribuições pedagógicas das oficinas de Banda Marcial aos alunos/músicos
participantes. Justifica-se a pesquisa pelo fato de que a música pode ser explorada
como processo de ensino-aprendizagem e contribuir na formação integral de
indivíduos por meio de diferentes práticas pedagógicas no ambiente escolar.

Palavra-chave: Música. Banda Marcial. Contribuições Pedagógicas.

1
Aline Panneitz de Carvalho. Licenciada em Pedagogia pela Universidade do Contestado (UnC).
Formada no curso Fundamental de Trompete e em Teoria Elementar de Música (2010) pela Escola de
Música Donaldo Ritzmann. Especializanda em Gestão e Organização da Escola pela Universida Norte
do Paraná (UNOPAR). Atualmente atua como professora de Ensino Fundamental no Colégio Bom
Jesus São José e é graduanda do curso de Licenciatura em Artes pelo Claretiano – Centro Universitário.
E-mail: <alinepanneitz@hotmail.com>.
2
Lílian Sobreira Gonçalves. Mestra em Música na área de Educação Musical pela
Universidade Federal do Paraná (UFPR). Licenciada em Educação Artística – Habilitação
em Música pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) Especialista em Educação Musical
– Coral e em Música – Regência Coral pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Dedica-
-se à pedagogia musical desde 1989. Atua como regente de coral desde 1995. De 2006 a 2012,
atuou como professora de Percepção Musical e Técnica Vocal dos cursos de Graduação da Escola
de Música e Belas Artes do Paraná. Atualmente atua como Professora Responsável, Tutora a
Distância e Presencial no Curso de Licenciatura em Música do Claretiano – Centro Universitário.
E-mail: <liliangoncalves@claretiano.edu.br>.

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Pedagogical contribution of Marching Bands


workshops

Aline Panneitz de CARVALHO


Lílian Sobreira GONÇALVES
Abstract: There are Marching Bands in some public schools, which are
pedagogical workshops. When attending these events, the students have the
opportunity of musical improvement and development as they learn the different
skills involving a variety of musical instruments. This learning happens during
the individual and group rehearsals. As Art is part of the demanded curriculum,
it’s the teacher’s duty to comprehend its important during the process of teaching/
learning. For this reason, the goal of this essay is to analyze the pedagogical
contribution of Marching Bands workshops to the students/musicians who attend
them. This research is relevant because music can be explored as a teaching and
learning process and help the complete improvement of people through different
pedagogical practices in the school environment.

Keywords: Music. Marching Band. Pedagogical Contributions.

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1.  INTRODUÇÃO

Presente em todos os lugares, seja em forma de ritmos ou


melodias, tocando no rádio do carro, em casa, no ônibus ou celular,
a música é reconhecida nos mais variados suportes em que se faz
presente.
Segundo Hummes (2004), a música está nos meios de comu-
nicação, nos telefones, na internet, em vídeos, lojas, bares, consul-
tórios médicos, recreios escolares, em quase todos os locais em que
estamos e em meios que utilizamos para nos comunicar, nos diver-
tir e também nos rituais de exaltação a determinadas entidades. A
música está presente na vida dos seres humanos nos mais variados
eventos.
Assim, a música faz parte do cotidiano, às vezes, até de for-
ma inconsciente, como por exemplo: ao entrar em uma rodoviá-
ria, os indivíduos nem prestam atenção na música que está sendo
executada, talvez nem percebam que o rádio esteja ligado, mas, ao
tomarem assento no ônibus, começam a cantarolar a melodia que
foi ouvida e que não lhe sai da mente. A música é inserida na vida
das pessoas sem nem mesmo percebermos, tendo a capacidade de
conduzir sentimentos, sendo essa propriedade definida por alguns
autores como um dos seus maiores benefícios.
A criança precisa ser sensibilizada para o mundo dos sons,
pois, é pelo órgão da audição que ela possui o contato com
os fenômenos sonoros e com o som. Quanto maior for a
sensibilidade da criança para o som, mais ela descobrirá as
suas qualidades. Portanto é muito importante exercitá-la
desde muito pequena, pois esse treino irá desenvolver sua
memória e atenção (ONGARO; SILVA; RICCI, 2006, p. 2).
A música pode ser explorada no processo de ensino-apren-
dizagem e contribuir na formação integral de indivíduos por meio
de diferentes práticas pedagógicas no ambiente escolar, como no
ensino da música propriamente dito, como parte do currículo e de
formas adicionais não obrigatórias, como no caso das oficinas de
Banda Marcial.
A música tem se configurado de inúmeras formas no es-
paço escolar. Se a educação musical ainda não é prática

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oficializada, os grupos vocais e instrumentais assumem


papel importante no que se refere à socialização, à disci-
plina e à ampliação de experiências musicais. Desse modo,
as bandas e fanfarras constituem elementos importantes
na forma escolar e podem ser analisadas como derivações
do ensino de música na escola (CAMPOS, 2008, p. 103).
Levando em consideração a música como instrumento de in-
serção social e os benefícios que ela pode proporcionar na escola
como ferramenta pedagógica ou lúdica, as oficinas de música, em
forma de Banda Marcial, podem ser uma ferramenta importante
para o crescimento e o desenvolvimento musical dos alunos. Uma
vez que a arte está sendo inserida como componente curricular, é
compromisso do educador conhecer a sua importância. Assim, o
objetivo deste estudo é analisar as contribuições pedagógicas das
oficinas de Banda Marcial aos alunos/músicos participantes.
De acordo com os objetivos deste estudo, ele foi organizado
para subsidiar as discussões e fundamentações teóricas. Para tan-
to, foram considerados os seguintes tópicos: práticas pedagógicas,
influência de diferentes práticas pedagógicas no ensino (a prática
pedagógica como ferramenta para a construção do conhecimento),
diferentes tipos de intervenção em música para a prática pedagógi-
ca (a música como prática pedagógica), Banda Marcial (definição
e funcionamento) e os benefícios do ensino de música nas escolas
(contribuições do ensino de música).

2.  PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Podemos dizer que a prática pedagógica é o exercício do pro-


cesso de ensino-aprendizagem, constitui-se das diferentes maneiras
que um professor pode utilizar para mediar o conhecimento e como
ele pode fazê-lo para contribuir com uma formação cidadã. A práti-
ca pedagógica é também entendida como prática social.
A prática pedagógica é uma prática social específica, de
caráter histórico e cultural que vai além da prática docente,
relacionando as atividades didáticas dentro da sala de aula,
abrangendo os diferentes aspectos do projeto pedagógico
da escola e as relações desta com a comunidade e a socie-
dade (SILVA; RAMOS, 2006, p. 1).

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Sendo uma prática social complexa, para que ela se concreti-


ze, é necessária a harmonia entre escola e comunidade, pois a esco-
la é parte integrante da comunidade e esta, por sua vez, compõe a
escola. Nesta relação, a escola se adequa à comunidade em que está
inserida; consequentemente, sua prática pedagógica será de acordo
com a realidade social e cultural dos alunos, visando a um processo
de ensino-aprendizado significativo.
A prática pedagógica também está ligada à práxis docente,
que pode ser resumida como “o pensamento em ação”.
A prática pedagógica se constrói no cotidiano da ação do-
cente e nela estão presentes, simultaneamente, ações prá-
ticas mecânicas e repetitivas, necessárias ao desenvolvi-
mento do trabalho do professor e à sua sobrevivência nesse
espaço, assim como ações práticas criativas inventadas no
enfrentamento dos desafios de seu trabalho cotidiano. As
ações práticas criativas abrem caminho para o sujeito-pro-
fessor refletir, no plano teórico, sobre a dimensão criativa
de sua atividade, ou seja, sobre a práxis (HELLER, 1977
apud CALDEIRA, 2010, p. 3).
Esta prática docente criativa proporciona aos alunos um
aprendizado lúdico e prazeroso, de forma que se torne mais signi-
ficativo. Além disso, a prática pedagógica, no seu sentido literal,
também pode ser colocada como o “saber-fazer” docente.
É necessário considerar que o saber docente ou conheci-
mento profissional diz respeito ao saber-fazer (entendendo
que o fazer está permeado por diferentes variáveis: sociais,
econômicas, afetivas, culturais, éticas, etc.) e que sua cons-
trução resulta da articulação entre diferentes saberes (da
formação e os saberes mobilizados na prática pedagógica)
(BRITO, 2002, p. 8).
É importante salientar a amplitude do termo “fazer”, tratan-
do-se assim do equilíbrio entre diversos fatores, de acordo com o
ambiente em que ele se aplica. O “saber-fazer” é mais do que ape-
nas uma colocação de conteúdos e informações por meio de memo-
rizações maçantes, mas algo criativo e questionador. É importante
ressaltar que esta prática pedagógica não se trata de uma receita,
algo que se for seguido da maneira traçada irá alcançar resultados

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sempre. Deve-se levar em consideração outros fatores do que ape-


nas a prática em sala de aula.
Como nem sempre as receitas se aplicam às realidades
encontradas no cotidiano das salas de aulas, as situações
tornam-se angustiantes, especialmente para os iniciantes,
desprovidos de experiência docente (SANTOS, 2010,
p. 29).
Observa-se que a prática pedagógica é bastante complexa e
se aperfeiçoa com o passar do tempo, com as experiências docen-
tes. A cada ano são outras crianças em sala de aula, outras formas
de aprender e, assim como seus novos alunos, o professor precisa
buscar o aprimoramento de sua metodologia.
Cunha (2012) descreve a prática pedagógica como a des-
crição do cotidiano do professor na preparação e execução de seu
ensino. Nesta definição, pode-se perceber o conceito de prática pe-
dagógica de uma forma mais simples e sucinta, em que a autora
salienta a importância da preparação, do planejamento de aula para
que a execução se concretize.

3.  INFLUÊNCIA DE DIFERENTES PRÁTICAS PEDA-


GÓGICAS NO ENSINO

Um ensino de qualidade requer uma prática pedagógica de


qualidade, uma boa práxis. O conhecimento não deve ser mera-
mente transmitido pronto. Requer busca, ação, curiosidade.
A produção do conhecimento é entendida aqui como a ati-
vidade do professor que leva à ação, à reflexão crítica, à
curiosidade, ao questionamento exigente, à inquietação e
à incerteza. É o oposto da transmissão do conhecimento
pronto, acabado. É a perspectiva de que ele possa ser cria-
do e recriado pelos estudantes e pelos professores na sala
de aula (CUNHA, 2012, p. 99).
Este conhecimento reflexivo, crítico, questionador, requer o
uso de ferramentas pedagógicas diferenciadas, não se fixando ape-
nas em leituras e exercícios de livros e apostilas. O uso de tecno-
logias, da ludicidade, da música, pode ser uma ferramenta muito
proveitosas no processo de ensino-aprendizagem.

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Devem-se perceber as necessidades da dinâmica e apre-


ndizagem criando novas alternativas de planejamento e
desenvolvimento curricular, ressignificando a prática em
sala de aula de forma a atender os desafios de aprendiza-
gens apresentados. Para tanto faz-se necessário articula-
ção e mudanças no contexto escolar de modo a incorporar
os resultados da análise obtida que implica na atualização
dos saberes e nas relações que definem o ideário pedagógi-
co, político e social comprometido com as mudanças do
contexto em que a escola está inserida (SILVA; RAMOS,
2006, p. 8).
Outra ferramenta que pode e deve ser muito explorada na
Educação Infantil e séries iniciais, são as atividades lúdicas, por
meio de jogos, brincadeiras e cantigas. Sobre a utilização de fer-
ramentas mais atraentes ao aprendizado do aluno, Cunha (2012,
p. 106) conclui que:
[...] é significativo observar que diversos professores afir-
mam que toda a sua prática pedagógica só tem sentido a
partir da motivação dos alunos. Um deles relacionou a
motivação do aluno ao professor, ressaltando o quanto é
influente o comportamento docente neste sentido. O senso
de humor, a preocupação de que a aula não seja maçante
foram fatores apontados. Alguns se referiram à contextua-
lização do conhecimento como forma de motivação.
Professores motivados e com vontade de atuar transmitem
este sentimento aos seus alunos, que, por sua vez, se sentem esti-
mulados a cada nova busca pelo conhecimento, seja ele qual for,
resultando em aprendizagens a serem levadas ao longo da vida.
A música pode ser uma ferramenta importante na motivação
e no interesse dos alunos para uma aprendizagem diferenciada e de
construção da cidadania. Carvalho (2011) destaca que a educação
musical pode ser compreendida como um processo de desenvolvi-
mento ao longo da vida, portanto, elemento constitutivo no desen-
rolar de atitudes apreendidas, que se incorporarão à personalidade
do indivíduo como elemento de seu cotidiano.

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4.  A MÚSICA COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA

Entre as diversas definições de música, pode-se dizer que ela


é ciência e arte, uma fusão entre raciocínios lógicos e a sutileza da
escolha das notas.
Existem diversas definições para música. Mas, de um
modo geral, ela é considerada ciência e arte, na medida em
que as relações entre os elementos musicais são relações
matemáticas e físicas; a arte manifesta-se pela escolha dos
arranjos e combinações (CHIARELLI, 2005, p. 3).
É importante salientar aqui a diferença entre a utilização da
música como prática pedagógica e o ensino de música. A primeira
refere-se à utilização da música como ferramenta para a aprendi-
zagem de conteúdos de modo geral; já a segunda é o ensino de
música, da prática musical propriamente dita, e as Bandas Marciais
seriam uma forma da inserção do ensino de música de uma forma
pedagógica nas escolas.
Um estudo amplo acerca de diferentes experiências de en-
sino da música, desenvolvidas principalmente a partir do
século XX, e de múltiplas possibilidades de inserção da
educação musical nas escolas, já experimentadas e conso-
lidadas no país, nos permite ter uma compreensão abran-
gente de perspectivas para a atuação docente do professor
de música no contexto escolar (QUEIROZ, 2009, p. 62).
A música interfere no sujeito, em suas relações com o próxi-
mo e com ele mesmo.
A pedagogia da música ocupa-se com as relações entre as
pessoas e a música sob os aspectos de apropriação e de
transmissão. Ao seu campo de trabalho pertence toda a
prática músico-educacional que é realizada em aulas esco-
lares e não escolares, assim como toda cultura musical em
processo de formação (KRAEMER, 2000 apud GODOY,
2009, p. 17).
As oficinas pedagógicas encaixam-se na exposição de Godoy
(2009) sobre o pensamento de Kraemer (2000), em que a prática
musical é realizada em espaços escolares e não escolares, mostran-
do a prática da música fora das aulas, nos ensaios da Banda Marcial
e do estudo em casa.

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Como referido anteriormente, a prática pedagógica, ao des-


pertar a motivação do aluno, torna-se mais eficiente. No ensino de
música a motivação é fundamental, é um aprendizado alegre, como
defende Gainza (1988) ao falar que se educar na música é crescer
plenamente e com alegria. Desenvolver-se sem dar alegria não é
suficiente. Dar alegria sem desenvolver tampouco é educar.
O aprendizado musical não pode ser visto como “dom” ou
privilégio de poucos, é uma arte acessível a todo aquele que se
mostrar disposto a aprender, e aprender com alegria.
Em outras palavras: a música se converte em mito naque-
les ambientes onde os indivíduos ouviram afirmar reitera-
damente que a música é patrimônio de uns poucos eleitos.
Somos nós, os educadores musicais (professores/regentes),
que devemos lutar para inculcar nas pessoas que a música
não é um mito, mas sim uma realidade ao alcance de todo
ser humano (GAINZA, 1988, p. 98).
A educação musical está ao alcance de todos, desde muito
cedo, como nas oficinas de Banda Marcial nas escolas, sendo uma
oportunidade para os alunos iniciarem o contato com a música, com
diferentes instrumentos musicais, despertando neles, ainda crian-
ças, o gosto e a sensibilidade musical.
O professor/regente, ao ajudar a criança a compreender e a
decodificar mensagens sonoras, ao interpretá-las e expressá-las sig-
nificativamente, entende que o fazer musical pode ser ampliado e
o professor é o principal mediador deste processo de aquisição e
produção de novos conhecimentos. Como consequência, entre os
principais questionamentos que surgem no desenvolver das suas
atividades cotidianas, um deles se refere à ação pedagógica, enten-
dida como ação reflexiva.
No momento em que se realizam as reflexões, compreendi-
das como planejamento das aulas, a ação efetiva do lecio-
nar ou fazer musical, ou mesmo o pensar sobre o que foi
ministrado durante as oficinas, existe a possibilidade da
utilização de todos os tipos de conhecimentos disponíveis
advindos dos diferentes padrões de produção social, pois,
podemos afirmar que a música é um conhecimento social-
mente produzido (CARVALHO, 2011, p. 185).

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5.  BANDA MARCIAL

A atividade com Banda Marcial é desenvolvida, nas escolas,


como oficina de música.
A oficina de música, tal como entendemos, é um processo
que deve ser prévio ao estudo acadêmico ou sistemático
da música tradicional, caso este queira realmente ser em-
preendido. Esse processo, através da manipulação indi-
vidual ou em equipe, de objetos sonoros, descobertos ou
inventados pelos próprios indivíduos, leva ao conhecimen-
to da capacidade criativa existente em todos nós e, assim,
ao autoconhecimento e à realização pessoal (PAZ, 2000,
p. 234).
A oficina de música parte do princípio da manipulação de
objetos sonoros, como coloca Paz (2000), da estimulação da cria-
tividade e, porque não dizer também, da ocupação das crianças. As
oficinas pedagógicas de Banda Marcial são realizadas em contra-
turno e são opcionais. Elas são responsáveis por manter os alunos
por mais tempo em contato com a escola, despertando-lhes mais
interesse nos estudos e nas atividades escolares.
Quando se refere à Oficina Pedagógica, fala-se em pedago-
gia, em ensinar/aprender, em ensino extracurricular. Além da musi-
calização, que é a iniciação musical dos alunos, a oficina pedagógi-
ca de Banda Marcial possibilita a aprendizagem de instrumentos de
sopro (metais) e percussão.
A Oficina de Banda/Música proporciona aos alunos do
ensino regular a prática de instrumentos de sopro e per-
cussão que irá desenvolver a musicalização, favorecendo
a aquisição de habilidades e competências musicais. Estas
competências e habilidades são importantes em virtude de
uma possibilidade de leitura e releitura da forma de comu-
nicação contemporânea que utiliza a música como meio de
interação social (RAMOS, 2012, p. 12).
Pode parecer que as Bandas estejam perdendo posto para ou-
tros estilos musicais ou até deixando de despertar o interesse de
alunos, mas ao contrário do que muitos pensam, ela sobrevive e
continua atraindo jovens para o seu meio, como expõe Silva (2011,
p. 128):

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A competição com a internet, instrumentos eletrônicos e


as inúmeras opções de atividades da vida moderna pode-
riam ter decretado o fim das tradicionais bandas de músi-
ca. Manter as bandas vivas preserva uma tradição, permite
que inúmeras pessoas sejam musicalizadas, contribui para
a cultura musical e para o desenvolvimento social do nosso
povo, sendo que é essencial para esta sobrevivência a cons-
tante criação de novos músicos.
Como já foi tratado anteriormente, a “disputa” das Bandas
com a internet só tende a aumentar, mas é muito importante manter
as Bandas ativas, pois, como o próprio autor coloca, “preserva uma
tradição”, possibilitando a educação musical e o desenvolvimento
social da comunidade onde ela está inserida, mas, para mantê-las
vivas, é necessário que haja bons músicos e professores para reer-
guê-las e mantê-las em pleno funcionamento.
O conceito de Banda é muito antigo, do início da Era Cristã,
em que, segundo Brum (1988, p. 9), o termo “Banda”, de grupo de
músicos, vem de bandos de musicistas que eram formados de sol-
dados destinados a estudar e executar os instrumentos rudimentares
da época. Esses soldados eram voluntários alistados aos serviços
do Rei.
No entanto, somente após mil anos da Era Cristã é que pas-
saram, os grupos de músicos, a serem chamados de Ban-
da de Músicos, os quais tocavam em serviços de caráter
guerreiro, religioso ou simplesmente divertir, tendo dessa
forma, chegado aos nossos dias como Banda de Música
(BRUM, 1988, p. 9).
Neste período, a Banda era composta por instrumentos como
flauta, fagote, trombone, triângulos, pratos, saxofones, entre outros.
Com o passar do tempo, instrumentos de madeira, como a flauta,
foram sendo deixados de lado, por possuírem pouca intensidade
sonora.
Já a Fanfarra, atualmente chamada de Banda Marcial, consti-
tui-se de instrumentos de percussão e metais.
A Fanfarra é, na atualidade, um conjunto composto de
músicos executantes de instrumentos de sopro, apenas de
metal e de percussão. Em outras palavras é uma Banda de
Metais (BRUM, 1988, p. 108).

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O grupo de metais das Bandas Marciais, hoje composto por


trompetes, trombones de vara e de pisto, tuba e trompas, nem sem-
pre teve tal variedade de instrumentos.
A Banda Marcial apresenta-se em desfiles festivos, concertos
e eventos em geral. Na formação da Banda para desfiles, os instru-
mentos de sopro/metal vêm logo à frente, seguidos pelos demais
instrumentos percussivos. Em apresentações sentadas, como em
um concerto, a formação permanece praticamente a mesma, apenas
tomando um formato popularmente conhecido como “meia-lua”,
em que os instrumentos de sopro formam um semicírculo, seguidos
da mesma maneira pelos instrumentos de percussão, como caixas,
pratos e bumbos.
Uma fanfarra pode e deve ser considerada o início de tudo
para a formação de um jovem músico, ela é o berço para
a educação musical e social do indivíduo. De formação
simples e de fácil organização, emite um grande efeito so-
noro, de características não encontradas em outros grupos
(SOUZA JR., 2013, p. 2).
Pela sua formação simples e pelo retorno rápido do aprendi-
zado, as Bandas Marciais (fanfarras, para o autor) são muito im-
portantes para o início do aprendizado musical, além de estarem
inseridas no ambiente escolar e repercutirem na comunidade local.
Assim, pode-se observar a importância do trabalho com Bandas
Marciais, tanto para o professor/regente, que tem este importante
papel da iniciação musical, como para o aluno/músico, que tem
esta oportunidade e se dedica para mostrar melhores resultados a
cada dia.

6.  OS BENEFÍCIOS DO ENSINO DE MÚSICA NAS ES-


COLAS

A música, além de ser uma das mais belas artes, traz muitos
benefícios para quem a produz e também para aqueles que a pres-
tigiam. Trata-se de algo prazeroso e gratificante, uma mostra de
sentimentos e reações, proporcionando momentos únicos e, por que
não dizer, inesquecíveis.

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A música na vida do ser humano é tão importante como


real e concreta, por ser um elemento que auxilia no bem-
-estar das pessoas. No contexto escolar a música tem a fi-
nalidade de ampliar e facilitar a aprendizagem do educan-
do, pois ensina o indivíduo a ouvir e a escutar de maneira
ativa e refletida (ONGARO; SILVA; RICCI, 2006, p. 3).
Loureiro (2008, p. 168) faz um comentário importante em
sua obra sobre quem pode vir a aprender e fazer música:
O preconceito de que é preciso possuir o “dom” inato para
fazer música não precisa mais existir. Qualquer pessoa
pode aprender música e se expressar por meio dela, des-
de que sejam oferecidas condições necessárias para sua
prática. Quando afirmamos que qualquer pessoa pode
desenvolver-se musicalmente, consideramos a necessidade
de tornar acessível, às crianças e aos jovens, a atividade
musical de forma ampla e democrática.
Ouve-se muito ainda as pessoas falarem que não tem o “dom”
para a música, ou que quem sabe tocar um instrumento tem o “dom”
para a música. A oficina de Banda Marcial oferece as condições
necessárias para que qualquer aluno possa aprender música, basta
querer.
É importante também, para que o ensino de música se efetive
de uma maneira prazerosa aos alunos, que o professor/regente utili-
ze práticas que levem o aluno a descobrir a música de sua maneira
em particular, como coloca o autor. Ao referir-se a como ensinar
música, utiliza o termo “experienciar”, frisando ser diferente de
experimentar e pesquisar, pois a música não deve ser apenas ex-
perimentada nem somente pesquisada, mas sim, “experienciada”,
como uma junção do “experimentar com criatividade”, para que
possa refletir e apenas então formar seu conceito particular, tornan-
do assim a música parte do sujeito.
Na oficina de música, não ensino. Eu conduzo o aluno
de volta às formas de aprendizagem dele mesmo, valido
a bagagem individual, existencial de cada pessoa. Dou
uma ênfase muito grande ao “experienciar” (que é dife-
rente de experimentar e pesquisar). Na criatividade e no
refletir, que é uma postura que está se perdendo. O expe-
rienciar envolve: experimentar, criar, refletir e conceituar
(CSEKO, 1987 apud PAZ, 2000, p. 235).

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Sob esta ótica, a música é vista como um meio de comunica-


ção, como prática de convívio social. Pode-se concluir com Koell-
reutter (1997, p. 38-39 apud LOUREIRO, 2008, p. 112-113) que:
Na sociedade moderna [...] a arte torna-se um meio de
preservação e fortalecimento da comunicação pessoa a
pessoa e de sublimação da melancolia, do medo e da de-
salegria, fenômenos que ocorrem pela manipulação bito-
lada das instituições públicas e se tornam fatores hostis à
comunicação. Ela se transforma num instrumento de pro-
gresso, do soerguimento da personalidade e de estímulo à
criatividade.
Na oficina de Banda Marcial, os alunos comparecem volun-
tariamente, gostam da prática e, por esta razão, este desejo de par-
ticipar torna a música um estudo agradável. Em meio a dificulda-
des e imprevistos da vida moderna, a arte, aqui representada pela
música, destaca-se, proporcionando alívio e conforto para quem a
pratica e para quem a prestigia, sendo um estímulo à criatividade.
A educação musical conciliada com a educação curricular
torna-se uma ferramenta de ação social, uma junção plena para o
desenvolvimento da criança, aprendizados que elas levarão para a
vida toda.
O ensino de música inicia-se pela musicalização, que é o ato
de musicalizar. Para Penna (1990 apud RAMOS, 2012, p. 8), mu-
sicalização é:
[...] um processo educacional orientado que, visando pro-
mover uma participação mais ampla na cultura socialmente
produzida, efetua o desenvolvimento dos instrumentos de
percepção, expressão e pensamento necessários à decodi-
ficação da linguagem musical, de modo que o indivíduo se
torne capaz de apreender criticamente as várias manifesta-
ções musicais disponíveis em seu ambiente – [...] inserir-se
em seu meio sociocultural de modo crítico e participante.
Como coloca o autor, o ensino musical desenvolve a percep-
ção, o pensamento, e também a criticidade e a participação do in-
divíduo.
O convívio social pode ser destacado como um benefício que
a música proporciona, pois é necessário que haja harmonia entre os

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integrantes da oficina de Banda Marcial para que esta possa crescer


junta e unida, como defende Ramos (2012, p. 10):
A música é um fator muito importante na vida do indiví-
duo. Todos ouvem, apreciam, compartilham, mas poucos
sabem de sua importância e em que ela pode contribuir.
Ela nos traz alegria e tristeza, sensação de vitória, recor-
dações e saudades, é lazer. A música é algo que nos toca.
É importante na vida dos seres humanos. Sendo assim, a
música possui um papel fundamental no processo de so-
cialização.
Esse processo de socialização, desenvolvido com a educação
musical de que trata o autor, é fundamental para o convívio do alu-
no em sala de aula, com colegas, com a família e a comunidade em
geral.
Ao aluno/músico, as sensações musicais vão ainda mais lon-
ge, despertando sentimentos de orgulho, conquista e elevando a au-
toestima.
Com o crescente aumento das tecnologias, as pessoas distan-
ciam-se cada vez mais umas das outras, utilizando ferramentas ele-
trônicas como formas de comunicação, considerando-as suficientes
para um bom convívio com o próximo. A música, ferramenta de
comunicação, como citado anteriormente, vem resgatar essas in-
terações sociais, incentivando o contato emocional e não apenas
verbal, pois:
[...] a importância da arte na “era tecnológica” se deve ao
fato de ser um elemento essencial de integração do homem
na sociedade, surgindo como um instrumento de desen-
volvimento da personalidade, de libertação, de estímulo à
criatividade, meio indispensável de educação (LOUREI-
RO, 2008, p. 109, grifos do autor).
A disciplina também é um benefício a ser citado no ensino
da música, o estudo e a atenção na execução musical formam um
aluno mais atento em outras áreas do conhecimento também. A se-
quências de som e silêncio que formam a música fazem com que
os alunos também aprendam a hora de falar e ouvir, assim como
coloca a professora Magali Kleber, então presidente da Associa-
ção Brasileira de Educação Musical (ABEM) em reportagem para

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a Rede Globo de Jornalismo em 2012: “Ter contato e organizar os


elementos musicais requer disciplina, e o aluno pode levar isso para
a vida” (KLEBER, 2012).
Os benefícios do ensino de música, desta vez de maneira mais
direcionada à oficina de Banda Marcial, novamente nos remetem à
socialização, como já citado por Ramos (2012) e Loureiro (2008).
Campos (2008, p. 103) também fala da socialização como um papel
importante do ensino de música, destacando também a disciplina:
Se a educação musical ainda não é prática oficializada, os
grupos vocais e instrumentais assumem papel importante
no que se refere à socialização, à disciplina e à ampliação
de experiências musicais. Desse modo, as bandas e fanfar-
ras constituem elementos importantes na forma escolar e
podem ser analisadas como derivações do ensino de mú-
sica na escola.
Na pesquisa de Campos (2008), encontra-se um depoimento
no qual se pode ver a contribuição da Banda refletir-se até a idade
adulta.
A banda de música é, para minha vida, um grupo de re-
ferência; uma experiência da qual até hoje retiro ensina-
mentos e lições de vida. Nela convive boa parte da minha
adolescência e juventude. Passava, constantemente, mais
tempo na sede da banda do que no convívio de minha
casa. A banda era a outra família, uma segunda família.
Ali aprendi a respeitar regras; a compartilhar problemas e
soluções; a construir novas aspirações, opiniões, atitudes,
ou seja, adquiri outra visão de mundo (LIMA, 2005, p. 12
apud CAMPOS, 2008, p. 107).
O contato com a música desde cedo possibilita aprendizados
para a vida, como se vê no depoimento citado anteriormente. É algo
que fica na memória e presente nas ações sociais, como exposto
por Ramos (2012), Loureiro (2008) e Campos (2008). O ensino de
música contribui no convívio social, na disciplina, no compromisso
com as responsabilidades, e isso tudo transforma-se em orgulho e
aprendizado.

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7.  CONSIDERAÇÕES FINAIS

A música tem o poder de emocionar, seduzir, entristecer, ale-


grar qualquer coração, por mais sozinho ou dependente que seja.
Tudo isso a música pode proporcionar a quem a toma como opção
de vida, como meio de comunicação. O contato não se dá apenas
com seu colega da Banda, mas com a aproximação da família, ami-
gos, escola, em que todos se unem para motivar, prestigiar, incenti-
var uma atividade tão bela, complexa (aos olhos dos leigos) e cati-
vante que é a música.
São inúmeros os benefícios que a música pode proporcionar:
ouvindo-a, cantando, tocando um instrumento musical ou partici-
pando de grupos musicais, mas o que enfatizamos aqui são os be-
nefícios dela no ambiente escolar, por meio da oficina de Banda
Marcial, bem como os reflexos da prática musical dentro da sala
de aula. Pode-se concluir que o que mais se destaca entre esses
benefícios é a motivação, a autoestima, a realização pessoal e a bus-
ca pelo sucesso pessoal, abrindo assim diversos outros caminhos
e possibilidades, em um círculo saudável no qual se adquire um
conhecimento que gera conhecimento.
Que possamos desfrutar cada vez mais e melhor de música,
do aprender e ensinar música, seja para crianças, jovens ou adultos,
independentemente de cor, raça, idade ou credo. A música é univer-
sal, e que essa universalidade a torne ainda mais bela.

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