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NSINO MUSICAL COMO FATOR IMPORTANTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Marilene Jurk Hegele Autor1

RESUMO
O objetivo desta pesquisa é apresentar a relevância da música na vida das crianças,
na educação infantil e analisar o papel da equipe pedagógica para a inclusão da
música como prática educativa nas escolas regulares. Este estudo relata a
importância da música como fator relevante na vida dos seres humanos,
principalmente para as crianças. Também demonstra como o ensino musical é um
fator de grande importância na educação infantil. A metodologia utilizada foi a
pesquisa bibliográfica descritiva, desenvolvida a partir de materiais publicados na
internet, em livros, artigos e dissertações, registrando, analisando, correlacionando
fatos sem manipulá-los, estudando e descrevendo características e relações
existentes. A abordagem metodológica será de cunho qualitativo, com caráter
descritivo, onde o pesquisador será o instrumento fundamental. Por se tratar de um
trabalho com o intuito de verificar a importância da educação musical para o
desenvolvimento infantil, viu-se a importância de se conhecer o surgimento e alguns
aspectos do histórico da música, como a música foi agregando fatos importantes na
vida das pessoas, as funções da música na educação e como forma de expressão.
Pesquisou-se a função do currículo e da música no currículo escolar. Também se
relatou algumas dificuldades encontradas para o ensino da música se efetivar nas
escolas, bem como algumas sugestões para que os profissionais da Área
Pedagógica (gestores, professores...) possam inserir e incentivar a prática da
educação musical nas escolas, principalmente na educação infantil.

Palavras-chave: Música na educação infantil, Educação musical, Currículo,


Educação Infantil, Desenvolvimento integral da criança

1 INTRODUÇÃO
A música é a primeira inteligência que o ser humano demonstra. A música está
presente em todos os lugares, no cotidiano de todos os seres humanos, até mesmo
das crianças, mesmo dos bebês. E mexe com as emoções de todo ser humano. A
1
Graduação em ............................., Especialização
em ..............................................................pela Instituição ............................................................... E-
mail do autor:.... Orientador: .....
primeira relação do homem com o mundo é através dos sons. Ao nascer, a criança
já entra em contato com o universo sonoro que a cerca, sua relação com a música é
imediata, através de sons produzidos pelos seres vivos e pelos objetos. Desse
modo, é favorável que a iniciação no mundo dos sons se inicie o mais cedo possível,
desde a educação infantil, continuando em todas as fases da escolaridade.
Conforme Tomás (2011, p.39)
O instinto musical reconhecido entre os animais é ainda mais sensível em
uma criança recém-nascida. Esta frágil criatura cuja razão está, por assim
dizer, como os membros, envolvida nos linhos da infância, 2 experimenta os
sons antes mesmo de adquirir uma ideia clara e distinta, visto que por
exemplo, o canto de uma ama-seca alivia suas dores, acalma sua
impaciência e lhe transmite uma alegria, a qual é atestada por seu sorriso
inocente.

Através de pesquisas verificou-se a importância que a música oferece para o


desenvolvimento infantil, tanto o desenvolvimento cognitivo como o social da
criança. A música proporciona momentos onde as crianças desenvolvam a
sensibilidade musical e a liberdade de expressão, podendo perceber, explorar,
identificar e ampliar as formas de entendimento do mundo em que vivem,
relacionadas ao cotidiano pedagógico. Segundo Swanwick (2003, p. 18) “A música
significativamente promove e enriquece nossa compreensão sobre nós mesmos e
sobre o mundo”. Portanto, cabe à Instituição de Ensino Escolar proporcionar estes
momentos onde as crianças desenvolvam a sensibilidade musical e a liberdade de
expressão e aos profissionais da Área Pedagógica cabe o incentivo desta prática.
Depois de realizadas pesquisas, verificamos a relevância que a música oferece para
o desenvolvimento do ser humano e percebemos que muitas instituições escolares
não oferecem a música em suas atividades pedagógicas, então, elabourou-se um
projeta com o tema “O ensino musical como fator importante na educação infantil”.
Ao observar e pesquisar sobre a realidade das aulas de música em escolas
regulares deparou-se com o seguinte problema: Como a música pode ser inserida e
valorizada corretamente no espaço institucional?
Muitas vezes as escolas oferecem as aulas de música pela obrigatoriedade
e/ou como formação de hábitos e atitudes e esta não é tratada da mesma forma que
outra disciplina curricular, muitas vezes não é dada a devida importância para as
aulas de música, ou seja, utilizando-a como ingrediente para auxiliar o
desenvolvimento integral das potencialidades da criança no seu cotidiano escolar.
2
Chabanon refere-se a uma criança recém-nascida na qual se passa bandagens no corpo.
Dessa forma, neste artigo temos como objetivo principal, relacionar a música ao
desenvolvimento, a sensibilidade musical e a liberdade de expressão da criança no
cotidiano escolar, demonstrando o quão importante é esta disciplina na educação
infantil. Como objetivos específicos relacionaram-se os seguintes itens: - Identificar
de que forma os profissionais da Área Pedagógica podem lutar e criar condições
para que a disciplina de música esteja presente no currículo escolar e seja tratada
como as demais disciplinas curriculares. - Elucidar a necessidade de o ensino da
música constituir-se como uma ampliação da apropriação do conhecimento musical
nas crianças. - Compreender as razões da desvalorização e da ausência da música
nas escolas.

Conforme Aquino (2013, p. 03) “Parece difícil negar a forte inserção da


música no ambiente escolar. Cotidianamente, professores cantam com os
alunos melodias que auxiliam o momento do lanche, da higiene pessoal,
das práticas cívicas, das brincadeiras, das festividades... A música é
explorada com finalidades lúdicas, como recurso pedagógico para outra
área do saber, como mecanismo de controle, porém dificilmente trabalhada
enquanto área do conhecimento autônoma dotada de especificidades:
objeto de estudo, conteúdos, técnicas, referenciais e metodologias
particulares. Assim, embora práticas musicais estejam presentes no
cotidiano da escola, há um esvaziamento de intencionalidade quanto ao seu
ensino sistemático.”

O envolvimento com a música começou muito cedo no autor deste artigo, aos
seis anos de idade iniciou os estudos de piano e desde então faz da música parte da
vida, estudando e trabalhando nesta área. Atuando na área da música há vinte anos
tanto com crianças, jovens ou adultos e neste tempo o autor pode perceber o quão
importante e necessária é a música na vida das pessoas. Todo este envolvimento
com música permitiu verificar a importância da música nas escolas. O interesse da
pesquisa está voltado para as práticas musicais nas escolas e mais especificamente
para a análise do papel da equipe pedagógica para a inclusão da música no
ambiente escolar. Este interesse no autor foi despertado pelo envolvimento intenso
com a música dentro da escola e através da observação de que mesmo esta prática
sendo disciplina obrigatória, como sita a lei n° 11.769, sancionada em 18 de agosto
de 2008, que determina que a música deve ser conteúdo obrigatório em toda a
Educação Básica, ainda existem muitas escolas sem a inserção desta disciplina.
Deseja-se abordar a temática da educação musical e da musicalização a partir de
uma reflexão acerca de nosso objeto: o ensino musical como fator importante na
educação infantil. A importância da música é clara e a disciplina é obrigatória, mas o
que pode fazer a equipe pedagógica para incentivar e fazer com que toda a
comunidade escolar pense e valorize a disciplina de música como qualquer outra
disciplina curricular?
A música estimula muitas aptidões no ser humano: o incentivo à criatividade,
o auxílio no desenvolvimento psicomotor, o desenvolvimento da lateralidade, além
de ser muito importante no processo de socialização. Através da música pode-se
resgatar a cultura e o folclore de um povo. O objetivo do ensino da música na escola
não é o de formar músicos, mas sim, desenvolver as habilidades citadas acima entre
tantas outras. A criança que tem oportunidade de fazer experiências musicais,
ampliar sua forma de expressão e de entendimento do mundo em que vive tem a
possibilidade de desenvolver o pensamento criativo.

Fala Balansin (2013, Blog) O ensino de música enriquece e colabora para a


formação do indivíduo. Os benefícios que ela proporciona servem como
estímulo para o aprendizado, fazendo com que o educando se aproprie da
linguagem, da concentração, fazendo que o mesmo seja ágil perante as
situações, e a socialização, pois ele aprende a conviver melhor com outras
crianças, o que contribui para uma relação interpessoal com a sociedade.
Através de exercícios de equilíbrio com bater palmas e pés, a música ajuda
a desenvolver a coordenação motora, a qual é de extrema importância para
a aquisição de leitura e escrita.

A elaboração deste trabalho foi realizada através de uma pesquisa


bibliográfica descritiva desenvolvida a partir de materiais publicados na internet, em
livros, artigos e dissertações, registrando, analisando, correlacionando fatos sem
manipulá-los, estudando e descrevendo características e relações existentes. De
acordo com Cervo, Bervian e da Silva (2007, p.61) “A pesquisa bibliográfica constitui
o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se busca o
domínio do estado da arte sobre determinado tema.”
A abordagem metodológica será de cunho qualitativo, com caráter descritivo,
onde o pesquisador será o instrumento fundamental. Afirma Manning (1979, p.668)
“O trabalho de descrição tem caráter fundamental em um estudo qualitativo, pois é
por meio dele que os dados são coletados.”
O trabalho está dividido em três capítulos. O primeiro abordando uma revisão
da literatura a respeito da música em geral (definição, influência e função da música
como forma de expressão e como forma de educação musical). O segundo capítulo
nos mostra a função do currículo, as dificuldades para a inserção da música e de
que forma inserir a música no currículo escolar. No terceiro capítulo abordamos o
papel dos profissionais da Área Pedagógica, suas funções e dificuldades para
incentivar e valorizar o ensino da música na escola em que atua.

2 A MÚSICA

Em toda literatura sobre música há muitas definições para ela: que é


considerada um privilégio exclusivo do ser humano, uma área de conhecimento,
uma linguagem com códigos específicos e uma forma de comunicação, que tem o
dom de envolver, unir, encantar, despertar emoções e desejos nos seres humanos.
Mas na maioria das vezes, é esquecido de dizer que além de todas essas, a música
é também um meio de comunicação.
Segundo Candé (2001, p.12)

A maioria das definições propostas se esquecem ou se recusam a


considerar a música como um sistema de comunicações. No entanto, uma
comunicação singular se estabelece entre os que emitem a música e os que
a recebem... Mas é um sistema de comunicações não referencial: o sentido
da música lhe é imanente.

Percebe-se que, segundo a psicologia, a música exerce grande influência nas


pessoas, nas mais variadas partes do corpo, até mesmo na concentração mental.
Determinado tipo de música auxilia a pessoa a se concentrar mais naquilo que ouve.
De acordo com Lingermann (1990, apud SCHEUNEMANN, 1998) “Do mesmo modo
como certas seleções musicais alimentam seu corpo físico e sua camada emocional,
outras obras musicais trazem mais saúde para sua mente. A música pode ajudá-lo a
conseguir mais clareza e concentração mental”.

2.1 A música como forma de expressão


A música é a mais antiga forma de expressão, começa com a voz já desde o
balbuciar dos bebês e está presente em todas as culturas e sociedades. A Bíblia nos
relata que no nascimento de Jesus Cristo os anjos cantaram anunciando a boa
nova. Segundo o livro de Lucas (2.13, 2015, p. 1.224) “No mesmo instante apareceu
junto com o anjo uma multidão de outros anjos, como se fosse um exército celestial.
Eles cantavam hinos de louvor a Deus...” A música toca nossos sentimentos, muitas
vezes mais do que palavras ou gestos, e pode ser considerada uma maneira natural
de o ser humano se expressar.
A música é considerada uma atividade básica, social e cultural da espécie
humana e oferece uma série de possibilidades para se expressar. Percebe-se que a
criança que tem a oportunidade de fazer experiências musicais e ampliar sua forma
de expressão desenvolve o pensamento criativo. Cada pessoa, ao escutar uma
melodia, interpreta-a de maneira única e pessoal, ou seja, faz uma leitura interna de
algo que está vindo de fora. A música fornece elementos para externalizar os
sentimentos. Para Alvarenga (1992, p. 251). “O poder de expressão da música se
manifesta principalmente na impressão profunda que ela produz sobre o psiquismo
humano, excitando os sentimentos e as paixões.”
Provavelmente ela já existia, de algum modo, nos primeiros tempos do
homem, pois os seres humanos nascem dotados de um grande instrumento musical:
a voz.

Encontra-se em Candé (2001, p.21). “Os testemunhos mais antigos de


civilizações musicais refinadas remontam a mais de seis mil anos e temos
razão de pensar que as origens da música são mais remotas. Pela
iconografia, pelos vestígios de instrumentos, pelos relatos lendários ou pela
tradição filosófica, sabemos quais eram suas funções e as condições de seu
desenvolvimento desde a mais alta Antiguidade...”

É bem provável que o homem tenha usado a voz para expressar-se por meio
da música muito antes de pensar em usar instrumentos e já havia quem acreditava
nela também como forma de educação. “Restrições referentes ao uso de
instrumentos aparecem em Basílio de Cesaréia (c. 330-379), que viu na música uma
função educativa.” (EBERLE, 2008, p. 30).
Durante milhares de anos, na história dos primórdios da humanidade, a
música existiu apenas como simples e naturais sons vocais. Posteriormente, o
homem começou a fazê-la com uma grande variedade de instrumentos.
Vimos com Swanwick (2003, p.18)
Creio que a música persiste em todas as culturas e encontra um papel em
vários sistemas educacionais não por causa de seus serviços ou de outras
atividades, mas porque é uma forma simbólica. A música é uma forma de
discurso tão antiga quanto a raça humana, um meio no qual as idéias
acerca de nós mesmos e dos outros são articuladas em formas sonoras.

Constata-se que no mundo todo, as pessoas tocam e ouvem música. Existem


tantos gêneros de música quanto povos e lugares diferentes. Em todos os cantos do
planeta a música desempenha um papel muito importante na vida das pessoas: nas
cerimônias religiosas, como entretenimento, como meio de comunicação,
simplesmente como um prazeroso passatempo ou até mesmo como um modo de
educar e melhorar a compreensão musical do ser humano.

2.2 A música como forma de educação


Vê-se a educação musical como algo que oportuniza às pessoas o acesso à
música enquanto arte, linguagem e conhecimento. Nem sempre a educação musical
busca a formação do músico profissional, como é o caso na escola regular; ela
busca musicalizar o indivíduo, ou seja, dar a ele condições de se expressar e
oferecer ferramentas básicas para a compreensão e utilização da linguagem
musical.
Acredita-se que o ensino da música é muito importante para a formação geral
do ser humano. Para Pereira (2001, p.34) “O ensino da música deveria preparar o
cidadão para a apreciação do bom gosto, ao desenvolvimento das paixões
ordenadas e controle dos instintos”. O ensino e a prática musicais estão a serviço da
formação geral do cidadão. A finalidade da educação musical geral não é criar
artistas nem teóricos de música, mas sim cultivar o gosto por ela e ensinar a ouvi-la.
É perceptível que a música na escola pode ser utilizada também no ensino de
uma determinada disciplina e com ela é possível ainda despertar e desenvolver nos
educandos sensibilidades mais aguçadas na observação de questões próprias e que
poderão ser lembradas quando forem adultos.
Quando falamos de música na escola, podemos perceber que a principal
vantagem que obtemos ao utilizá-la para nos auxiliar no ensino de uma determinada
disciplina é a abertura, poderíamos dizer assim, de um segundo caminho
comunicativo, que o não verbal – mais comumente utilizado. Com a música é
possível ainda despertar e desenvolver nos educandos sensibilidades mais
aguçadas na observação de questões próprias.
Afirma Pfützenreuter (1999, p.05)
O uso da música em escolas, como auxiliar no desenvolvimento infantil, tem
revelado sua importância singular, pois a criança, através de canções, vive,
explora o meio circundante e cresce, do ponto de vista emocional, afetivo e
cognitivo; cria e recria situações que ficarão gravadas em sua memória e
que poderão ser reutilizadas quando adultos.

A criança que tem oportunidade de fazer experiências musicais amplia sua


forma de expressão e de entendimento do mundo em que vive possibilitando o
desenvolvimento do pensamento criativo. A música por si só contribui para o
pensamento criativo. Cada criança ao escutar uma melodia, interpreta-a de forma
única e pessoal. É uma leitura interna de algo que está vindo de fora. Além da forma
de internalização, inversamente, a música fornece também, subsídios para
externalizar sentimentos. A música é uma arte que pode atingir de forma integral o
ser humano.

2.3 Panorama histórico do desenvolvimento da música no Brasil


O povo brasileiro desenvolveu seu próprio sistema musical. Já desde o século
XVI, em os missionários explorando o pendor do índio pela música, chegando a
desprezar o cantochão3 e sobrepor textos cristãos às melodias indígenas, com o
propósito de melhor ministra-lhes a fé.
Posteriormente, com a chegada da família real o ensino da música recebe
grande incentivo, por serem apreciadores musicais, tendo inclusive o domínio de
pelo menos um instrumento musical.
No século passado, dominava a música operística italiana. Os rapazes
talentosos do Brasil iam estudar ou aperfeiçoar-se na Europa e olhavam com
profundo desprezo tudo o que lhes lembrasse os folguedos 4 dos negros escravos ou
as melopéias5 dos índios.
Em nosso século, o grande responsável pela sistematização do ensino da
música foi Heitor Villa-Lobos, com a introdução do canto orfeônico. Villa-Lobos
consolidou a música nacionalista no Brasil, despertou o entusiasmo de sua geração
para o opulento folclore pátrio, traçou com linhas vigorosas a brasilidade sonora.
Na história da educação encontramos muitos pensadores que destacaram o
papel da música na formação do homem. Como citado no Projeto Curricular do
Curso de Licenciatura Plena em Músca do município de Petrolina/PE (2010, p. 03), é
o caso de Pestalozzi, que valorizou o ensino das canções nacionais. Para Froebel, a
arte deveria chegar às crianças por meio do canto, das práticas de pintura e
modelagem.
Neste século os modernos pedagogos musicais destacam a importância
fundamental do ritmo, elemento ativo da música; privilegiam as atividades em que a
criança tenha oportunidades de se expressar e criar.

3
Cantochão: Doutrina muito conhecida e repetida.
4
Folguedos se refere a Danças dramáticas
5
Melopéias são toadas, cantigas de melodia simples e monótona
Essa tendência já estava expressa em Platão. O filósofo grego propunha que
a educação dos guerreiros devia consistir em ginástica e música, porém não admitia
um tipo de música qualquer. A proibição ou censura a determinados gêneros
musicais esteve presente em muitos momentos da história, e mesmo no século XXI
o assunto está longe de ser encerrado. Os educadores continuam a se preocupar
com o tipo de música a que os jovens de hoje se veem expostos.

3 CURRÍCULO

Ao longo da história, o currículo passou por várias definições. Atualmente o


currículo é colocado como um documento que abrange todas as experiências
escolares tem a finalidade de construir a identidade dos alunos, observando o
contexto social em que estão inseridos.
Conceitua Rocha (2015)
Atualmente, currículo é considerado como um conjunto de experiências,
vivências e atividades na escola convergentes para objetivos educacionais,
e, por isso, estas devem ser trabalhadas de forma inter-e-transdisciplinar
por forma a facilitar o processo de ensino-prendizagem dos alunos.

A função do currículo é a de organizar a escola. Organizar no sentido de que


todas as escolas precisam trabalhar “juntas”, ou seja, seguir um mesmo conteúdo,
uniformizar o conteúdo a ser ensinado, para assim construir o conhecimento de
forma efetiva. Através do currículo os professores e escolas têm objetivos
pedagógicos claros e os alunos têm um compromisso.
Para Fogaça (2016)
Dito de forma resumida, o currículo é a organização do conhecimento
escolar. Essa organização do currículo se tornou necessária porque, com o
surgimento da escolarização em massa, precisou-se de uma padronização
do conhecimento a ser ensinado, ou seja, que as exigências do conteúdo
fossem as mesmas.

No currículo precisam-se constar normas, conteúdos a nível nacional, mas


também conteúdos complementares em que cada escola é livre para incluir o tema
que deseja, é o planejamento da parte pedagógica.
Na visão de Silva, Barreto e Costa (2007).

A legislação educacional brasileira, quanto à composição curricular,


contempla dois eixos: - Uma Base Nacional Comum, com a qual se
garante uma unidade nacional, para que todos os alunos possam ter acesso
aos conhecimentos mínimos necessários ao exercício da vida cidadã. A
Base Nacional Comum é, portanto, uma dimensão obrigatória dos currículos
nacionais e é definida pela União. – Uma Parte Divesificada do currículo,
também obrigatória, que se compõe de conteúdos complementares,
identificados na realidade regional e local, que devem ser escolhidos em
cada sistema ou rede de ensino e em cada escola. Assim, a escola tem
autonomia para incluir temas de seu interesse.

Para o currículo ser completo, precisamos constar alí todo o necessário para
o aprendizado máximo do aluno, não pensando aprendizado apenas como
conteúdo, mas sim na formação geral do aluno no seu processo educacional, tudo
aquilo que o aluno vivencia na escola, para no futuro tornarem-se pessoas
autônomas e preparadas para enfrentarem as lutas sociais.
Do ponto de vista de Ogawa (2014, p.14)
Quando pensamos em currículo, estamos nos referindo ao aprendizado em
sua dimensão macro. Isso significa dizer que não são englobados somente
conteúdos, mas também objetivos de formação, metodologias, recursos,
posturas ideológicas, relações sociais e todos os aspectos que envolvem a
educação em seu sentido mais amplo: de formação humana.

Toda a comunidade escolar tem o direito de ser ouvida, de participar, propor e


opinar na elaboração das propostas escolares, do Projeto Político Pedagógico. Ou
seja, ser elaborado de forma democrática
Como descrito por Nery (2009).

Esta democratização pode se dar também na elaboração do Projeto Político


Pedagógico da escola, em que todos podem discutir suas posições, pontos
de vistas e propostas. Mas, para isso, é preciso que a equipe de direção e
professores respeitem as posições, pontos de vistas e propostas de pais e
alunos. Isso significa aceitar que estes têm muito a nos dizer e que, se o
processo de ensino-aprendizagem busca o conhecimento e este deve
realizar-se para os alunos, os interessados diretos devem poder opinar e
propor.

3.1 A música no currículo escolar


A música está inserida no currículo escolar desde 2008. Através da lei n°
11.769, sancionada em 18 de agosto de 2008 onde diz: “§ 6o A música deverá ser
conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular de que trata o §
2o deste artigo.”
No currículo está inserido tudo aquilo que se refere ao aprendizado total do
aluno. A música faz parte do aprendizado do aluno, ela traz inúmeros benefícios
para o seu processo educacional, por isso da inclusão da música no currículo das
escolas brasileiras.
Compreendemos a escola como aquela que produz cultura, então se faz
necessária a inclusão das artes na escola e dentro destas artes, ressaltamos a
importância da música na relação entre cultura e conhecimento e o que é mais
importante, sem disfarçar o ensino por meio de profissionais não habilitados.
Já que a música traz todos os benefícios descritos anteriormente, é muito
importante a conscientização por parte de todos na escola em relação às aulas de
música inseridas no currículo escolar. Muitos profissionais da Área Pedagógica
pensam que a música é só mais uma disciplina onde as crianças têm a oportunidade
de brincar. Sim, as crianças podem despertar para a música brincando. Mas uma
brincadeira em que não está apenas o cantar músicas de qualquer forma, e sim,
uma brincadeira onde a percepção auditiva, rítmica, expressiva, a interação social, o
sensorial, a motricidade, o pensamento lógico, o raciocínio estão sendo colocadas
para a criança de forma correta através da música. Uma das formas corretas é a que
um profissional habilitado em educação musical possa estar em sala de aula, não
com a finalidade de formar músicos, mas que tenha a sensibilidade de despertr na
criança o gosto pela música, o resgate das músicas folclóricas e a cultura de
diferentes povos.
De acordo com Loureiro (2001, p.126)

O conceito de educação musical como disciplina escolar inserida no


currículo da educação básica apresenta-se diversificado. Para uns, a
música não passa de um divertimento ou de um adendo das festas e
comemorações previstas no calendário escolar. Dentro dessa concepção, a
música ocupa lugar secundário na hierarquia das disciplinas escolares e, na
maioria das vezes, é ministrada pelo professor de Educação Artística ou por
um professor de outra disciplina que, normalmente, encontra-se mais
“disponível” ou possui maior “sensibilidade” para a música. Ensaiar algumas
músicas para serem apresentadas é tarefa que qualquer professor tem
condições de executar.

4 A MÚSICA NA INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Verificamos ainda neste processo, que a música está presente no cotidiano


das crianças e que as mesmas se apropriam do conhecimento quando estabelecem
relação entre esta, mas em muitas instituições a música não está sendo
aprofundada como auxílio aprendizagem.
Assim, cabe à Instituição, já desde a educação infantil, proporcionar
momentos onde as crianças desenvolvam a sensibilidade musical e a liberdade de
expressão, podendo perceber, explorar, identificar e ampliar as formas de
entendimento do mundo em que vivem. É preciso pensar nisso ao planejar as aulas
de música. Musicalizar as crianças, é desenvolver nelas a percepção, o ritmo, a
criatividade, a concentração, o trabalho em equipe e incentivar a criança a
expressar-se através da música.
Conforme Rocha (2017)
Fazer a formação musical das crianças, isto é, musicalizá-las, conforme o
jargão da área, é desenvolver os instrumentos de percepção necessários
para que os alunos tornem-se sensíveis à música. Mais do que isso: quando
planejamos um jogo, uma brincadeira musical ou uma atividade com
instrumentos de percussão, para que a criança entenda o que é o ritmo, por
exemplo, queremos, adiante, que ela seja capaz de criar sentido para aquilo
que ouve. Podemos ir ainda mais além: queremos que este aluno consiga
expressar-se por meio da linguagem musical - seja pela produção de
sequências sonoras, seja pela apreciação e julgamento crítico daquilo que
ouve.

Há muitos pontos que precisam ser estudados, avaliados, para que possamos
ter um ensino de educação musical de qualidade. A ausência do ensino da música
no currículo escolar se deve há vários fatores. O desconhecimento do valor da
educação musical, falta de profissional habilitado, investimento por parte das
instituições em materiais de música e instrumentos musicais. Aqui o gestor escolar
tem imprescindível participação no que diz respeito ao incentivo, ao “lutar” para
conseguir através do poder público, verbas para isso nas escolas públicas, e nas
escolas privadas separar no orçamento verbas para esses fins.
De acordo com Costa (2010)
Mais uma vez fica claro que ao assumir uma direção escolar é necessário
estar atento, pois os desafios são muitos, tanto a violência, quanto a
carência qual atinge a vida da escola, encontra-se também a não
participação da família, acredita se também sobre o despreparo de
profissionais que atuam desatualizados no ambiente escolar, além disso há
também a falta de recursos físicos e materiais que são os mais necessários.

4.1 O papel da equipe pedagógica para a inclusão da música no ambiente


escolar
A inclusão da música no currículo brasileiro sem dúvida foi uma conquista
imensurável, mas assim como professores de Educação Física, Artes e Inglês
precisam ser habilitados para lecionar estas disciplinas, também precisa acontecer
com os profissionais que lecionam a disciplina de música. Muitas vezes, em escolas
privadas, há resistência dos professores regentes de turma da Instituição, pelo fato
de que estarão cedendo mais uma hora aula para professores de música, assim
deixando de ganhar esta hora no seu salário. Estes por sua vez então preferem às
vezes trabalhar a música com suas crianças, só que não são professores
habilitados, então trabalham a música apenas cantando, dançando, mas a música
deve ser trabalhada de forma mais ampla.
Com as mudanças que ocorreram muito rapidamente nestes últimos tempos,
principalmente as tecnológicas, muitas das crianças vêm tentando acompanhar esta
tecnologia, certos casos por incentivo dos próprios pais e vêm “deixando de lado” as
artes, os exercícios físicos... Na arte musical ainda temos também a problemática do
incentivo de músicas profanas, com letras de baixo nível (palavrões...), onde muitas
crianças “se deixam levar por estas” e cantam, dançam, imitam... Aí, é que nós
educadores e comunidade escolar precisamos “entrar em cena” e tentar mudar este
cenário.
A escola é vista como aquela que incentiva a apropriação da cultura do aluno,
que ajuda o aluno a se tornar um ser participativo, criativo e social. Nesta situação, a
instituição e sua equipe pedagógica precisam incentivar as aulas de música, não
apenas apoiando, o que é de grande valia, mas também investindo em sala própria
com materiais (instrumentos musicais, estantes, etc...) para tornar o ambiente
propício e agradável às crianças, capacitações nesta área aos professores para
poder atender cada vez melhor os seus alunos. É preciso do apoio de todos da
equipe pedagógica para reestruturar a escola, inserir e manter a aula de música
“viva” dentro do cotidiano escolar.
Muitas vezes, o corpo docente não tem uma visão crítica a respeito de
determinado assunto, como é o caso da música. Algumas vezes por não terem
muito conhecimento desta área. Então é preciso se informar, pesquisar, envolver-se
nesta área educacional e conscientizar-se de que a música é mesmo importante
para todo o desenvolvimento da criança e que este pensamento precisa ser incutido
em toda a comunidade escolar.
Conforme Aquino (2016)
De fato, inserir a música enquanto conhecimento especializado no ambiente
escolar pode trazer transformações importantes que vão desde uma
reorganização curricular até a construção coletiva de novas identidades
para sujeitos, entidades e instituições comprometidos com uma educação
musical democraticamente qualificada.

A equipe pedagógica necessita pensar a respeito da ação educativa que a


escola promove, com isso, inserindo, mantendo, cultivando e apoiando a educação
musical, mostrando a todos à que a música coopera para a ação educativa e tirando
a Lei do papel e inserindo-a com toda força.
Sendo assim, professores da rede de ensino devem buscar recursos para
aprofundar seu conhecimento, como: cursos de musicalização, aperfeiçoamento em
algum instrumento musical, leituras relacionadas, troca de experiências, entre
outros. Pois a Lei não poderá ficar apenas no papel. Ela deverá funcionar na prática,
para formar cidadãos sensíveis, que saibam escutar, perceber e sentir o mundo ao
seu redor.
Apesar de que a Música faz parte do currículo, infelizmente ela não se
encontra na proposta curricular de muitas escolas. Para isso acontecer, a Equipe
Pedagógica precisa procurar saber o que se considera como educação musical, seu
sentido e seu significado, qual o papel da música na educação das crianças. Um
item muito importante, a Equipe Pedagógica precisa ter em mente qual é o lugar que
a educação musical ocupa dentro do currículo e qual a formação do profissional que
irá lecionar esta disciplina. Dentro destas questões então, se poderá estar inserindo
e incentivando a música dentro do ambiente escolar.
Um dos fatores mais fortes para a não realização das aulas de música é a
falta de profissional para esta área. Aqui, a Equipe Pedagógica pode participar de
capacitações na área da música. Mas temos que ter muito cuidado, pois estes
cursos e/ou capacitações precisam ter em torno de 120 h/a. Vimos várias
instituições oferecendo capacitações na área de música com 10 h/a, ou seja, neste
período muito curto, o profissional que não tem conhecimento na área musical não
conseguirá obter conhecimento suficiente para poder estar lecionando a disciplina
de música. Para uma capacitação completa, o conteúdo precisa abranger a
formação musical dos professores enfatizando a potencialidade expressiva, o
processo de conhecimento musical, proposta de planejamentos para trabalhar nas
aulas e ter oportunidade de vivenciar as práticas sempre com a supervisão e
avaliação de professores habilitados e de preferência, a capacitação ter uma
aproximação com alguma Escola e/ou Conservatório de Música.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O interesse desta pesquisa não foi relatar os conceitos de educação musical


e musicalização de forma ampla, mas sim tratar dessa temática de forma resumida,
o que permitiu avançar na reflexão sobre o objeto deste trabalho: o ensino musical
como fator importante na educação infantil.
Neste trabalho foi possível compreender que toda a comunidade escolar
precisa se dedicar e se empenhar para aumentar o nível cultural de suas crianças
através da educação musical
Portanto, cabe aos educadores ampliar o seu conhecimento em relação à
música, para então poder inserir esta em suas práticas pedagógicas,
proporcionando assim momentos prazerosos tanto na realização do seu trabalho
como para ampliar o conhecimento das crianças.
Conforme Balansin (2016)
O ensino de música vem a contribuir na formação do indivíduo, não para
torná-lo um músico, mas para torná-lo um ser sociável e responsável, pois
através do estímulo e da experimentação ela desenvolverá a integração
com o meio. Através da busca incessante dos professores, o ensino será
algo prazeroso e de grandes benefícios aos envolvidos.

Infelizmente alguns profissionais da área pedagógica ainda pensam a música


como algo “banalizado”, pensam a música como o simples cantar nas filas, nas
brincadeiras de roda, ao fazer o lanche e em datas festivas. Ao término deste
trabalho, pôde-se observar que a função da escola, do gestor escolar e de toda a
equipe pedagógica é de garantir igualdade de oportunidades para todas as crianças,
inserindo, oportunizando e incentivando os meios para o acesso destas ao ensino da
música. Observamos também que para se incluir a música no contexto curricular da
escola, precisa ser reavaliado, pelo gestor escolar e por todo o corpo docente qual o
papel da música e sua verdadeira finalidade educativa, a fim de que esta não fique
fora da escola.

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