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Livro Projetos Mecanicos Das Linhas Aereas de Transmissao Rubens Dario Fuchs
Livro Projetos Mecanicos Das Linhas Aereas de Transmissao Rubens Dario Fuchs
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2º EDIÇÃO I o
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PROJETOS MECÂNICOS DAS LINHAS
AÉREAS DE TRANSMISSÃO
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PAULO ROBERTO LABEGALINI (
Professor Adjunto da
Escola Federal de Engenharia de ltajubá
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JOSÉ AYRTON LABEGALINI
Professor Auxiliar da c
Escola Federal de Engenharia de lt~Jubá c
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I RUBENS DARIO FUCHS c
M. Se., Professor Livre~Docente da
Escola Federal de Engenharia de ltajubá
c
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MÁRCIO TADEU DE ALMEIDA
M. Se., D. Eng., Professor Titular da c
Escola Federal de Engenharia de ltajubá c
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PROJETOS MECÂNICOS DAS LINHAS
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AÉREAS DE TRANSMISSÃO
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2~ Edição c
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EDITORA EDCARD BLÜCHER LTDA
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Os autores reconhecem que, hoje, uma elevada
porcentagem de projetos de linha é feita inteiramente por meio de ê
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computadores digitais. Isso não invalida o presente texto, pois
~tanto usuários de programas como analistas de projeto, ou c
executores de linhas, têm necessidade - e mesmo obrigação de c
conhecer os fundamentos que originam tais programas. c
E, àqueles que se vêem obrigados a projetar linhas de (
transmissão sem terem acesso às citadas máquinas, acreditamos estar
Prefácio da segunda edição c
servindo ainda mais. c
A presente publicação deve-se principalmente ao c
entusiasmo do amigo e colega, engenheiro Amadeu C. Caminha, cujo Esgotada a primeira e:ctição sua simples reimpressão c
incentivo foi decisivo e a quem os autores apresentam seus c.eria sido o caminho mais fácil, tanto._para os autores, como também
c
1:
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agradecimentos. para a Editora. Não atenderia, porém, aos interesses dos leitores e
c
Itajubá, 1981
nem aos propósitos dos autores em proporcionar um .texto atualizado
c
que abrangesse a evolução registrada nos últimos anos nessa área da
Engenharia Elétrica.
c
c
A aprovação e registro pela ABNT da norma NBR 5422/85,
em substituição à norma NB 182/72, exigiu substanciais alterações
c·
no texto. Novos tipos de condutores e novos conceitos de
c
estrututras passaram às práticas construtivas. Isso levou os
c
c"
autores a repensar-- na E>bra -em- todos os se~s aspectos_, inclusive na
ordem da apresentação dos diversos assuntos, resultando numa nova
distribuição da matéria nos capítulos, em geral aplicada em seu c
conteúdo. c
.\ A continuada experiência em cursos de graduação e de c
especiafização (estes ministrados principalmente a engenheiros sem c
formação específica em sistemas de energia elétrica), mostrou ser c
desejável uma introdução conceituando os sistemas comerciais de c
energia, corno também um detalhamento maior dos equipamentos e c
materiais que constituem as linhas elétricas em altas tensões e em c
extra-altas tensões. Disso resultou um Cap. 1 aparente~ente
c
extenso, -~a.s_ qu~ ~
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dulo de elasticidade
Variação de comprimento de um cabo
C' " mm/mm Elongação devido à fluência
"
Tj Amplitude relativa de vibração
e o( Temperatura na fluência
À m lndice de esbeltez do perfil .metálico
À m3 Comprimento da onda de vibraç-ão
p kg/m Massa especifica do ar
.c :!: Somatório de urna grandeza: por ex.,
'c LF =somatório das.forças
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Conteúdo c
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PREFÁCIO
PRINCIPAIS SÍMBOLOS EMPREGADOS
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CAPÍTULO 1- Introdução à transmissão de energia elétrica
por linhas aéreas de transmissão
c
c
1. 1
1.2
GENERALIDADES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ·7
TENSÕES DE TRANSMISSÃO- PADRONIZAÇÃO ................... 4
c
1.3 FORMAS ALTERNATIVAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELtTRICA .. 8 c
1.3.1- Transmissão em corrente contínua em AI e TEE .......... g
1.3.1.1 Esquemas de transmissão a CC ...... ·: ................. 10
c
1.3.1.2- Vantagens e desvantagens ............................ ';, í~ c
1. 3.1. 3 - Principais aplicações da tr..ansmissão em CC .......... I:: c
'~ .3. 2 - T ransm1ssao
· - po l'f'
1 as1ca · d e orem d super1or
1.4- COMPONENTES DAS LINHAS ÁREAS DE TRANSMISSãO ............. 17
· ............. . lo
c
1. 4.1 - Condutores ............................................ 79 c
1.4.1.1- Padronização de dimensões de fios e cabos ........... 23
1. 4. 1. 2 - /l;ipos de cabos para condutores de linhas de .
c
··transmissão ......................................... 2-r c
1. 4. 1. 3 Cabos para pára-raios ............................... 32
1.4.1.4- Capacidade térmica dos cabos- Ampacidade ........... 33
c
1.4.1.5- Condutores para linhas em extra e ultra-altas tensões38 c
1.4.2- Isoladores e ferragens ............................... . 42
1.4.2.1- Tipos de isoladores ................................. ~~
c
1.4.2.2- Características dos isoladores de suspensão ......... n c
1.4.2.2.1- Número de isoladores em uma cadeia de suspensão ... ~9
1.4.2.3- Ferragens e acessórios . , ............................ 51
c
1. 4. 2. 3.1 - Cadeias de suspensão .............................. 52 c
1.4.2.3.2- Cadeias de ancoragem .............................. 57
1.4.2.3.3 -.Emendas dos cabos ................................. 59
c
~I
1.4.2.3.4 Dispositivos antivibrantes ......................... 67
1.4.2.3.5 Espaçadores para condutores múltiplos .·;': ........... 62
1.4.2.3.6 Sinalizacão de advertência ........................ 63
c 1,4.3- Estruturas da linhas .................................. 64 CAPÍTULO 3- Estudo do comportamento mecânico dos condutores
c 1.4.3.1- Dimensões básicas de um suporte ..................... 65
1.4.3.1.1 Efeito dos cabos pára-raios ........................ 66 3.1 - INTRODUÇÃO ............................................... 152
I
1. 4. 3. 1. 2 Altura das estruturas .......................... . 66 3.2- COMPORTAMENTO DOS CABOS SUSPENSOS- VÃOS ISOLADOS ........ 153
1.4.3.1.3 Distâncias entre partes energizadas e partes 3.2.1- Suportes a mesma altura ................................ )54
aterradas dos suportes ............................ 69 3.2.1.1 -Equações dos cabos suspensos ................ ····)59
1.4.3.1,4 Disposição dos condutores nas estruturas .......... 72 3. 2. 2 - Suportes a diferentes alturas ......._.................... 164
1.4.3.1,5 Classificação das estruturas em função das cargas 3.2.2.1- Comprimentos dos cabos de vãos em desnível ........... )69
atuantes ......................................... . 74 3. 2. 2. 2 - Flechas em vãos inclinados ........................... 172
1.4.3.1.6 Classificação dos suportes quanto à forma de 3. 3 VÃOS CONTÍNUOS ........................................... 176
resistir .............................. _ ........... 77 3.4 EFEITO DAS MUDANÇAS DE DIREÇÃO .......................... . 191
1.4.3.1. 7 Materiais estruturais ............................. 12 3.5 INFLUÊNCIA DE AGENTES EXTERNOS .......................... . 193
c L 5 - BIBLIOGRAFIA ............................................ 14 3.5. 1 Efeito do vento sobre os condutores .................... 194
c 3.5.2 Efeito da variação da temperatura ...................... 200
3.5.2.1 -Equação da mudança de estado- vão isolado ........ ... 201
c 3.5.3 Influência da variação simultânea da temperatura e da
c CAPÍTULO 2 -Elementos básicos para os projetos das. linhas
aéreas de transmissão
carga de vento - vão isolado ........................... 206
c 3.5.4 Influência da variação das temperaturas e da carga de
vento sobre estruturas em ângulo ...................... . 210
c 2. 1 CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................. , , ..... 8 7
2.2- CONSIDERAÇÕES SOBRE A SEGUR~ÇA DAS LINHAS .............. 19
3.5.5 Efeito da variação da temperatura sobre vãos isolados
desiguais ................................. .' ............ 212
( 2.3 - DOS ELEMENTOS SOLICITANTES
DETERMINAÇAO . ................ . 92 3.5.5.1- Efeito da variação da temperatura sobre vãos
c 2.3.1 Determinação das temperaturas necessárias aos projetos 93 adjacentes desiguais ................................ ,215
c, 2.3.1.1- Método estatístico ................................. _93
2.3.1.2- Método direto ou gráfico ................. c .......... 96
3.5.6- Vãos contínuos- vão regulador ........................ ,222
3.5.7- Efeito das sobrecargas de vento sobre vãos desiguais ... 227
c 2.3.2- Determinação das velocidades dos ventos de projeto .... ~7
2.3.2.1 Efeito da rugosidade dos terrenos ............ ...... 105
3.6- BIBLIOGRAFIA ............................................. 229
c 2.3.2.2 Velocidade básica de vento ......................... 106
c 2.3.2.2.1- Método estatístico .............................. . 107
2.3.2.2.2- Método direto ou gráfico ....................... .. 110 CAPÍTULO 4- Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores
c 2.3.2.3- Velocidade do vento de projeto ................... .. 111
c 2.3.2.4- Velocidade básica com período de retorno qualquer . . 113 4. 1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................... 231
4.2- ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO DOS SUPORTES ...................... 232
c 2.3.2.4.1- Método estatístico .............................. . 113
2.3.2.4.2- Método direto ou gráfico ........................ . 113 4.2.1 -Trabalhos topográficos ................................ . 232
c 2.3.3- Determinação da pressão do vento .................... . 116 4.2.2- Fatores que influenciam o projeto ...................... 236
4 . 2 . 2. 1 - Montagem
• ' dos cabos ................................. .. 239
c 2.4- FORMULAÇÃO DAS HIPÓTESES DE CÁLCULO ................... . 117
2.5- FATORES QUE AFETAM AS FLEXAS MÁXIMAS DOS CABOS ....... .. 120 4.3- DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DOS CABOS .................... ,253
c 2. 5.1 -Temperatura máxima .................................. . 121 4.3.1 -Elementos básicos .................................... .. 254
c 2.5.2- Características elásticas dos cabos ............. ..... 121
2. 5_ 2. 1 Deformações plásticas e modificação no módulo de
4.3.1.1
4.3.1.2
Escolha da condição regente do projeto .............. 255
Vão básico ou vão de projeto ......................... 260
c elasticidade em fios metálicos ................... .. 122 4.3.1.3 Tratamento dos cabos durante a montagem ............ .. 264
c 2.5.2.2 Diagramas tensões- deformações em cabos .......... . 125
2.5.3- A fluência metal6rgica ............................... 129
4.3.1.4 Cálculo da curva de locação e confecção do gabarito .. 267
4.3.1.5- Métodos de empregos dos gabaritos ................... . 273
( 4.3.1.6- Projeto de distribuição .............................. 210
2.5.4 ~Cálculo dos alongamentos permanentes ...... : ......... . 134
c 2.5.4.1- Método convencional ............................... . 135 '-4- DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ............................... 212
4.4.1 -Enunciado específico ........................ ·..... ':'::--.. ."-.282
c 2.5.4.2- Métodos recomendados pelo ~G-22 do CIGRÉ ......... .. 141
2.5.5 Acréscimo de temperatura equivalente a um alongamento ~-~.2 Determinação da velocidade de vento do projeto e forças
c s
permanente ........................................ ... 146 4
resu"l tantes da ação do vento ........................... 285
-~.3- Dimensões básicas das estruturas ....................... 286
"\' ! 6 Características térmicas e elásticas dos cabos ....... 749
!,_4_4- Escolha do vão básico para cálculos .................. .. 289
--T....
(
4.4.5- Hipóteses de cálculo e condição regente de projeto ..... 290
4.4.5.1- Para os cabos condutores ............................. 290
6.1. 2. 2 - Galopping ou galope .................................. 366
6.1.2.3- Oscilações de rotação ................................ 367
c
(
4.4.5.2- Para os cabos pára-raios ................... : ......... 294 6.1.3- Efeitos das vibrações ....... : ........................ :.367 '
4.4.6- Confecção do gabarito ..................................
4.4.6.1- Cálculo das flechas para o gabarito ..................
296
300 1
6.2 _ ESTUDO GENERALIZADO DAS OSCILAÇOES EM LINHAS DE TANSMISSAO
COMO VIBRAÇÕES AUTO~EXCITADAS .................... ........ 368
c
304 . (
4.4.7- Tabelas ou curvas de flechamento dos cabos condutores .. 6.2.1 - Introdução ao problema ......... ·, ....................... 368
4.4.7.1- Tabelas de trações em função das temperaturas ........
4.4.7.2- Tabelas de flechas em função das temperaturas e vãos .
305·
306
6.3- ESTUDO DO FENÔMENO DAS VIBRAÇÕES POR,VÕRTICES ............ 374
6.3.1- Descrição matemática .............. : ............... ..... 374
c
4.4.8- Tabelas de flechamento dos cabos pára-raios ............ 308 6.3.2- Origem hidrodinâmica das vibrações eólicas ............. 376 (
4. 5 - BIBLIOGRAFIA ............................................. 31 O 6.3.3 - Desenvolvimento da vibração eólica em um vão de linha
de transmissão ......................................... 380
c
- AUTO-AMORTECIMENTO EM CONDUTORES ................. ........ 383 (
6. 4
CAPÍTULO 5- Estruturas para linhas de transmissão
. - 385
6.5 _INTENSIDADE DE VIBR~ÇAO ····· · ··· ······ · ·· ·· · ··· ·· · ···· · · · 388 c
5. 1 - INTRODUÇÃO ............................................... 31 5
6 6- CRITÉRIOS DE VIBRAÇAO PERIGOSA .......................... .
6:6.1- Prognóstico do nível de vibração .............. ......... 388 c
5. 1. 1 - Classificação .......................................... 375 6.6.2- Critério de vibração perigosa ........................... 389 c
5.1.2- Materiais estruturais ............................ , ..... 376
5.2- ESTRUTURAS TRELIÇADAS EM AÇO GALVANIZADO ............... .. 318 ·
6.6.3- Ruptura dos condutores ...... .' .......................... 392
6. 7 - TENSÃO MECÂNICA E DISPOSITIVOS PARA FIXAÇÃO DOS CONDUTORES 397
c
5. 2. 1 - Elementos .............................................. 323 6.8- AMORTECEDORES DE VIBRAÇÃO ............................... . 401 (
5. 2. 1.1 - Membros .............................................. 323
5.2.1.2- Conectares ou junções ./ ............................. . 325
6. 8.1 - Introdução .................................. · ......... .. 401
6.8.2- Tipos de amortecedores ................................ . 402
c
5. 2. 2 - Normas e recomendações ; ................... ·' ............ 3 2 7 6.9 ~RESUMO PRÁTICO DE VIBRAÇÕES ............................. . 413 c
5.2.2.1 -Índice de esbeltez ........................ , ........ .. 327 6.9.1- Introdução ............................................ . 413 (
5. 2. 2. 2 - Per f i lados mínimos ........................ : . ......... 3 28 6.9.2- Posição do amortecedor no vão .................. ........ 420
5.2.2.3- Conectares .......................................... 328 6.9.3- Modelo matemático de um amortecedor stockbridge ..... ... 424 c
5.2.2.4- Marcação ............................................ 329 6.9.4- Amortecedor tipo festão .............................. .. 427 (
5.2.2.5- Parafusos .......................................... 329 · 6.10- PROTEÇÃO AO LONGO DE VÃOS DE TRAVESSIAS ................. 429
6.11- VIBRAÇÕES EM SUBVÃOS .................................. .. 430 (
5.2.2.6- Proteção à corrosão .................................. 329:
5 . 2. 2. 7 - Compacidade .......................................... 3 3O i 6.12- RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE VIBRAÇÃO E DEFORMAÇÕES .......... . 432
6.13- ESTUDOS SOBRE VIBRAÇÕES NAS LINHAS DE TRANSMISSÃO
c
5.2.2.8- Esbeltez efetiva .................................... . 331 i
5.2.2.9- Formulãrio para compressão ........................... 332! NO BRASIL ....................................... · ·. ·. · .436 c
5.2.2.10- Ação do vento ....................................... 333 I 6.1.; - BIBLIOGRAFIA .................................... · · ·. · · · ·439 c
5.2.2.11 -Análise dos esforços ............................... . 334 f
5.3- PROJETO .................................................. 335 f
c
5 . 3 . 1 - Da d os pre 1'1m1nares
· ..................................... 335 t··.·.•
CAPÍTULO .(l\- Fundações
c
5. 3. 2 - Hipóteses de cálculo ................................... 338 .:
5. 3. 3 - Cálculo dos esforços ................................... 340
7. 1 - INTRODUÇÃO .......................................... · · · · · 44 3 c
5.3.4- Diagramas de carregamento ............................. . 341 ·:
7.2- ESFORÇOS NAS FUNDAÇÕES ............................... .... 444
7. 2.1 - Compressão ...................................... · · · · · · 445 c
5.3.5- Diagramas de utilização ............................ .... 343.
5.3.6- Roteiro para o projeto da estrutura metálica ....... .... 346
7.2.2- Tração ......................................... · · · · · · · ·445
7.2.3- Flexão ............................... ··················446
c
5. 4 - BIBLIOGRAFIA ............................................ 363 7.2.4- Torção ......................................... ······ ··446
C·
7.2.5- Cisalhamento ..................................... · · · · · ·446 c
7.2.6- Empuxo ..... : ......................................... · .447
7 · 3 - NOÇÕES DE GEOLOGIA ............... : . ............. · · · · · · · · ·449
c
CAPÍTULO 6- Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos
7.3.1- Tipos de terrenos de fundações ................ ·········449 c
6. 1 - INTRODUÇÃO ............................................... 364 7.3.2 - Sondagem ........................................... · · · ·452
7.4- MATERIAIS USADOS EM FUNDAÇÕES ......................... ... 460
6.1. 1 - Comentários iniciais ................................... 364
6.1.2- Dimensões e causas das vibrações ....................... 366 7.4.1 - Madeira ................................................ 460
-_~..., ·~-.--- .... li6~
c
7.4.3- Aço .................................................... 462
7.4.4- Concreto ............................................... 465
7.5- TIPOS ESTRUTURAIS DE FUNDAÇÔES ................... .' ........ 466
7. 5. 1
7.5.2
7.5.3
7. S. 4
Fundações simples ...................................... 46 7
Fundações fracionadas .................................. 467
Fundações de estaiamento ............................... 468
Fundações especiais .................................... 468
,
7.6- TIPOS CONSTRUTIVOS DE FUNDAÇÔES .......................... 469
7.6.1 Plantio de postes ................ ·...................... 470 lntroducão à transmissão de
7. 6. 2 Fundações em grelhas .................................... 4 73
7. 6. 3 Fundações em tubulão ................................... 4 7 5 energia elétrica por linhas
7.6.4
7.6.5
Fundações em sapatas de concreto ...................... . 476
Fundações estaqueadas ................................. 477
aéreas de transmissão
7. 6. 6 Ancoragem em rocha ...................................... 4 7 9
7. 7 - EXECUÇÃO ................................................. 480
7. 7. 1 Locação ................................................ 4 8 J 1 . 1 - GENERAL IDADES
7. 7. 2 Preparação de terreno .................................. 4 8 J
7. 7. 3 Execução ............................................... 482 As primeiras aplicações de caráter econômico de energia
7. 7. 4 Recomposição do terreno ................................ 486
7. 8 - MtTODOS DE CÁLCULO ....................................... 4 8 7 elétrica datam de 1870, aproximadamente, época em que as máquinas
7. 8.1 Método suíço ............... •............................. 490 elétricas (dínamos e motores de corrente contínua) atingiram o
7. 8. 2 Fundações tracionadas ... .' ............................. ..496
7.8.3 Grelhas ................................................. 500 estágio que permitiu seu uso na geração e na utilização da energia
c: 7. 8. 4
7.8.5
Tubulão .................................... , ........... 5 J 3
Stub e cleats .......................................... 524
elétrica como força motriz em indústrias
iluminação pública, com lâmpadas arco voltaico, apresentava-se como
e nos transportes. A
2 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão introduçlio à transmissão de energia elétrica por li"nhas aérea.s de transmissão 3 ~
c"
em virtude das limitações econômicas e técnicas impostas ao 1950 -entrada em serviço de uma linha de 1.000km de c
transporte da energia elétrica a distâncias maiores. Esse fato , comprimento, 50Hz e 400kV, na Suécia; r
,por si só, constituía-se em importante limitação ao uso da energia 1953 -alcançada a tensão de 345kV nos Estados Unidos; r-
'~
elétrica, sem atentar para o fato de que o potencial energético 1963 -energizada a primeira linha de SOOkV nos Estados í
hidráulico estava fora do alcance, na maioria das vezes, como fonte
de energia primária.
Unidos;
1965 -é energizada a primeira linha de 735kV no Canadá;
c
(
O emprego da corrente alternada foi
França, com a invenção dos transformadores, permitindo o transporte
desenvolvido na
A primeira linha de transmissão de que se tem registro
c
no Brasil, foi construída por volta de 1883, na cidade de
c
econômico da energia elétrica, em potências maiores e tensões
Diamantina, Minas Gerais. Tinha por fim transportar a energia
r
mais elevadas a distâncias maiores, sem prejuízo da eficiência: no
produzida em uma usina hidrelétrica, consti tu ida por duas rodas
c
uso para fins de iluminação. Os direitos de uso desse sistema, nos
d'água e dois dínamos Grame, uma distância de 2km, c
Estados Unidos, foi adquirido por George Westinghouse em 1885 e
que, já em início de 1886, instalou uma rede em CA para iluminação aproximadamente. A energia transportada acionava bombas hidráulicas
r-'·
pública com 150 lâmpadas. em uma mina de diamantes. Consta que era a li~ha . mais longa do c
Em maio de 1888, Nioo\a Tesla, na Europa, apresentou um mundo, na época [8]. c
artigo descrevendo motores de indução e motOres síncronos Uma rápida pesquisa na bibliografia disponível mostrou c
bifásicos. O sistema trifásico seguiu-se, lo"go, com o ser difícil um levantamento geral das linhas construídas no Brasil, c
desenvol virnento de- geradores síncronos e motores de indução. As suas datas e características, e, no relato que se segue, haverá, c
vantagens sobre os sistemas de CC fizeram com que os sistemas de CA por certo, omissões. (
passassem a ter um desenvolvimento mui to rápido. Inicialmente eram Em 1901, com a entrada em serviço da central c
sistemas monofásicos e, em seguida, sistemas bi e trifásicos. hidrelétrica de Santana do Parnaíba, a então San Paulo Tramway c
Registram-se:
Light and Power Co.. Ltd. construiu as primeiras linhas de seus c
sistemas de 40kV. Em 1914, com a entrada em serviço da usina
c
1886 -uma linha monofásica com 29,5km e capacidade de hidrelétrica de Itupararanga, a mesma empresa introduziu o padrão
\ c
transporte de 2.700HP, para Roma, Itália;
1888 -urna linha trifásica, em 11.000V, com um comprimento de
88kV, ~ue
Esse padrão de
até hoje mantém e que adotou também para subtransmissão.
tensão foi, em seguida, adotado pela Companhia
c
180km na Alemanha; Paulista de Estradas de Ferro, Estrada de Ferro Sorocabana e,
c
(.
1890 -primeira linha em CA, de 20km, monofásica no estado de através desta, pela USELPA, hoje integrado ao sistema CESP. Ehtr~
.,
Oregon, nos EUA, operando em 3300V; 1945 e 1947, foi construída a primeira linha de 230kV no Brasil,
c
(
1907 -já era atingida a tensão de 110KV; com um comprimento aproximado de 330km, destinada a interligar os
(
1913 -foi construída uma linha em 150kV; sistemas Rio Light e São Paulo Light, operando inicialmente em
(
1923 -foram construídas linhas de 220kV; 170kV, passando em 1950, a operar com 230kV.
1926 -foram construídas linhas com 244kV; (
Fcii também a primeira interligação de dois sistemas
1936 -a primeira linha de 287kV entrou em serviço; importantes realiza,do no Brasil ["6]. c
L
(
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5
4 Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aér~as de transmissão
ISOLADORES
7,70(NIN! 7.70(hiN) \
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30 ISOLADORES I
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,;1
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NOTA:
\ODAS AS COTAS EN METROS
o
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AUTO- PORTANTES
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i 7.85 •pro.;.
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11
a) Estaiada b) AutoPortante
,:
I' ~ : 3'5 !SOLA DORES
c: li
C!'
I,
Fig. 1.1- Estruturas das LT de CC de± 600kV, de Itaipu [7]
"
11
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c:
- I' 1.2 -TENSÕES DE TRANSMISSÃO- PADRONIZAÇÃO •o
•o
Ci i\ ~ •o
·("~·.t'~
Edison, ao escolher a tensão 110V para o seu sistema,
"• o
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o
~
praticamente iniciou uma padronização das tensões de energia .;
N
~
-
c,- - motores síncronos são mais compactos do que os mono ou bifásicos,
pela melhor utilização do espaço disponível no induzido. Os motores Estruturas- da LT de CA -d.,, Itaipu em)iOOkV
' Fig. 1. 2
'-
6 Projetos mecânicos das linhâS Béreas de transmissão Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de t~ansmissão 7 ·;~""·
(_i"
de indução, por sua vez, além da vantagem acima, também _permitiam Instituiu-se em cada categoria as "classes de tensão". c
partidas diretas, com elevado conjugado inicial. Havia ainda a Uma classe de tensão é constituída por um ou mais valores de c
vantagem de que os sistemas mono ou bifásicos podiam ser derivados "TENSÃO NOMINAL" e um valor de "TENSÃO MÁXIMA DE OPERAÇÃO EM REGIME c
dos mesmos. Nos sistemas convencionais de energia elétrica, a PERMANENTE". c
corrente alternada, adotou-se o sistema trifásico para as Para as altas tensões o caráter de padronização c
indústrias, reservando-se os sistemas monofásicos para a nacional ainda prevalece, enquanto que para as tensões
c
distribuição residencial e mesmo rural. extra-elevadas a padronização internacional está estabelecida e c
A crescente demanda da energia elétrica exigiu aceita.
c
constante ampliação das instalações, conseqüentemente a encomenda No Brasil são as seguintes as classes de altas tensões
c
pelas concessionárias e pelos usuários de novos e mais potente's e extra altas tenSões recomendadas pelo COBEI da ABNT, para
c
equipamentos, e que, por razões econômicas, deveriam operar com sistemas trifásicos, tensões fase-a-fase.
c
tensões mais altas, criava sérios problemas para os fabricantes
TABELA 1.1- CLASSES DE TENSÃO PARA USO NO BRASIL
c
desse material. Isso fez com que mui to cedo se reconhecesse a
c
necessidade
equipamento
de
e,
uma padronização
conseqüentemente/ das
das tensões
instalações
de operação
das empresas
do
TENSÕES NOMINAIS TENSÕES MÁXIMAS CATEGORIA c
(
concessionárias. A padronização das tensões não podia ser, 33 ou 34,5kV 38kV
evidentemente, individual por fabricante. Adotaram-se Padrões de 62 ou 69kV 72,5kV
altas c
tensões (
c ará ter nacional, estendendo-se também a outros países. A 132 ou 138kV 145kV
(
experiência ditava os valores mais convenientes a cada caso, em 220 ou 230kV 242kV
geral fixados por considerações de ordem tecnológica e econômica. 330 ou 345kV 362kV
tensões
c
No Brasil, que não desenvolveu sua indústria de (:
SOOkV 550kV e~tra
( CC ao sistema ponto-a-ponto.
( i
Já fora verificado, há algum tempo, que o emprego de
(- 1.3.1.3- Principais aplicações da transmissão em CC um número de fases m3.ior do que três na transmissão de energia
~:'·
elétrica poderia ser bastante vantajoso em linhas aéreas de
As discussões anteriores, referentes às vantagens e
transmissão.
desvantagens da transmissão CC, sugerem os seguintes casos de
Estas, para serem construídas,-· extgem o estabelecimento
c aplicação:
de áreas de segurança, constituídas pelas faixas de servidão, cuja
c' a - para as linhas em cabos subaquáticos com comprimentos largura é estabelecida pelas normas técnicas em função da classe de
c maiores de 35km; tensão da linha e"de suas dimensões. Visa-se, com isso, resguardar
( a segurança de pessoas e bens. Poder-se-ia dizer que uma 1 inha
b - para a interligação de sistemas de CA com freqüências
2,; diferentes ou quando for desejada uma interligação ocupa no espaço um volume de forma·· prismática de comprimento e
desempenharão
Para este
no
;
,_
1
circuito simples por outra a circuito duplo na mesma faixa.
A transmissão por ordem mais elevada de fases -- seis,
nove ou doze fases -- oferece uma combinação de vantagens, o que a
~.-1.
futuro um importante papel, pois, pelas suas baixas perdas terna especialmente recomendada para linhas que devem ocupar
e quedas de tensão em CC, poderão transmitir correntes .
-
faixas de servidão estreitas. Elas permitem maiores densidades de
L
( .
elevadas com baixas tensões.
1
~-
potência· na sua seção transver.sal, menores gradientes de potencial
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão lnuodução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas ue transmissão 17
(,
c
nos condu teres, portanto, menor atividàde de carona (perdas de c
energia, ruídos sonoros e de radiointerferência). Suas· dimensões c
~ais reduzidas permitem que sejam também mais estéticas. (
As vantagens derivam do menor defasamento existente
c
entre fases. Por exemplo, num sistema
fase-terra corresponde a 199kV. Num sistema hexafásico (6 fases),
de 345kV, a tensão
c
(
os mesmos 199kV representam igualmente as tensões fase-fase; no
c
sistema dodecafásico,
fase-a fase.
aos 199kV fase-terra,
O resultado disso é que uma
teremos apenas 103kV
linha menor pode ser
c
(~
usada para transportar uma potência maior.
A transformação para o sistema hexa ou dodecafásico, a
c
partir de um sistema trifásico e vice-versa, é possível através de
c
transformadores. Tem sido usado para a alimentação de pontes
c
retificadoras industriais há mui tos anos e é confiável. A figura Fig. 1.7 Estruturas propostas para linhas c
1.6 mostra um esquema de conexão/viável, com dois transformadores
de transmissão polifasicas
c
trifásicos ou seis monofásicos para se obter· um sistema c
hexafásico. (
A viabilidade técnica da transmissão por linhas aéreas (
de níveis mais elevados de ordem de fases, f;oi verificada em
(
= • linhas experimentais. Já há linhas hexafásiCas operando nos
c
=· (. Estados Unidos. Outras deverão se seguir, por transformação de
c
• linhas a circuito duplo trifásicas para o m~do de operação
~""
• hexafásica. Prevê-se que as linhas hexa ou dodecafásicas sejam
c
.___rmm_•
aceitas no futuro como alternativas para as linhas de tensões c
o
~""
•
ultra-eleyi:tdas. c
.,. c
60'
••
I
c
1.4- COMPONENTES DAS LINHAS AÉREAS DE TRANS~ISSÃO c
c
Fig. 1.6 -Transformação trifasica-hexafasica O desempenho elétrico das linhas está diretamente c
~elacionado com as características de seus componentes, como c
também de sua configuração geométrica. Temos, de um lado, a. (
A Fig. 1. 7 mostra a configuração de estruturas
propostas para linhas de transmissão a seis e a doze fases,
.-:.,- .. EUportabilidade
r•. elétrica de sua estrutura isolante e seu c
projetadas para mesmas tensões fase-terra (5].
.. ~:-~_óesempenho i.écnico, e do outro lado, sua capacidade de suportar as
c
c
(
-~"'i
~~.• 18 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aére~s de transmissão 19
h,L, solicitações m~nicas a que são submetidas, que devem ser Urna linha de transmissão se compõe das seguintes partes
'J~ consideradas corcomitantcmente. E, isso, sem descuidar ~e um outro principais, que serão analisadas suscintamente (Fig. 1.8):
l
fator de igual importáncia, que é o econômico. O transporte de cabos condutores de energia e acessórios;
(
energia elétriCi pelas linhas de transmissão tem, dentro de um - estruturas isolantes;
(
; sistema elétric:, o caráter de ''prestação de serviço". Deverá, - estruturas de ·suporte;
~-
?~
esforço~ c
etc.
c
De :.:~das as soluções possíveis, apenas uma .,ou poucas ,.,._ ,;;; V'
J I 'FUN DACÕES
( .· satisfazem aos :-equisi los básicos do transporte da energia, ou
'' -, verdadeiros a:.:eprojetos eletromecânicos, que são avaliados A Teoria da Transmissão mostra que os agentes do
tecnicamente. '?e i tos os orçamentos de custos e de perdas de transporte da energia elétrica são os campos elétricos e os campos
energia, por comparação é encontrada a solução mais adequada. aag~éticos, para os quais os éondutores constituem 11
guias". Sua
De um modo geral, para idênticos parâmetros de escolha e dimensionamento corretos são decisivos na limitação das
desempenho e c:.nfiabilidade, deve ser escolhida a solução para a }>erdas de energia (por efeito Joule ou por Carona), corno também
qual a parcele. .anual dos investimentos feitos,
manutenção e operação (aqui
anualmente perCida) sejam mínimos (ver item 1.4.2).
inçll:lídos
mais os custos de
os_ custos da energia
-, ·para controlar os níveis de radiointerferência.e ruídos
Problemas de natureza mecânica podem igualmente ocorrer, em casos
de solicitações excessivas.
acústicos.
"~,~""" Hcolha
~~;.,~
As perdas por efeito Joule
de condutores com áreas de seções transversais adequadas
são controladas pela
r\_::.,. .. ·"
20 Projetas mecânicos das linhas aéreas de transmissão lntroduç3o à transmissão de energia elétrica por tinhas aéreas,de transmissDo 21
(':
às correntes que deverão conduzir, concomitantemente com a escolha Na figura 1.9 é mostrado o diagrama das forças com que c
de materiais com resistividade compatíveis. As côrrentes são
as estruturas de suporte das linhas absorvem os esforços c
proporcionais às potências a serem transmitidas e inversamente transmitidos pelos condu~ores. c
proporcionais aos níveis de tensão adotados. Já as manifestações T (newton) é a força axial dO. condutor. Ela possui duas c
do efeito Carona, que dependem do gradiente de potencial nas componentes, uma força horizontal To [N], absorvida pela estrutura, c
imediações dos condutores, aumentam com o nível das tensões e
e uma força vertical P = a2p que é equilibrada pelo peso do c
diminuem com o aumento nos diâmetros dos condutores. Este fator
c
faz com que, principalmente em níveis de tensões acima de 200kV, condutor na metade do vão "a" [m].
c
a escolha das dimensões dos condutores obedeça ao critério de
c
minimização das manifestações do
consenso entre projetistas de
efeito Carona,
linhas de q_ue não
já que eXiste
se consegue,
c
c
r: economicamente, sua total eliminação.
Os condutores, corno os demais materiais empregadoS em c
I engenharia, estão sujei tos a falhas. Estas são decorrentes dos c
c
I
I
tipos e intensidades das solicitações a que
também de sua capacidade de resistir às mesmas. Os condutores das
são submetidos e
C:
linhas aéreas de transmissão, para se manterem suspênsos acima do c
solo sã9 submetidos a forças axiais. Estas variam com a mudança
Fig. 1.9 -Vão de uma linha aérea de transmissão
c
das condições ambientais: abaixamentos de temperatura provocam c
aumentos nas trações e vice-versa. O vento atmosférico, incidindo c
sobre a superfície dos condutores, exerce sobre os mesmos uma A flecha do condutor no vão "a", f [rn], pode ser
c
pressão, que se traduz também em aumento na tração axial. Quando a calculada pela equação abaixo [9], admitindo-se que a curva
c
tração resultante atingir valores maiores do que a resistência dós t assumida pelos cabos seja uma parábola,
c
condutores à ruptura, esta poderá ocorrer. O vento, por outro t ... \ f=
2
a .p ( 1. 1) c
lado, induz nos condutores vibrações de freqüências elevadas, que 8To
c
podem provocar a sua ruptura por fadiga junto aos seus pontos de na qual p, em newton por metro, representa o peso unitário do
c
fixação aos isoladores. Quanto maior for a taxa de trabalho à condutor.
c
tração nos condutores, maiores serão os problemas decorrentes das A menor distância do condutor ao solo é chamada
c
vibrações. Quanto menor a tração maior será a flecha resultante,
como mostra a figura 1.9, exigindo, pois, estruturas mais altas ou
•al tura de segurança", e é determinada em função da tensão da
c
um maior número delas. Outro fator que pode influenciar a escolha
linha e da natureza do terreno atravessado, da maneira prescrita
ea normas d~ Pr9c~dimentos (no Brasil, vigora para esse fim a NR
c
dum tipo de condutor é sua capa~idade de operar com temperaturas 5422 [10]). Na figura 1.9 estâ representada por hs.
c
mais elevadas, sem perdas acentuadas de resistência mecânica, Os condutores empregados em linhas aéreas de
c
admitindo maiores densidades de corrente. transmissão são constituídos por cabo~. Estes são obtidos pelo c
lj
(
.,
'--~~-~----- '
-'-""'--.r·- .
23
(. Projetos mecânicos das linhas ·aéreas de tranSmissão IntroduçãO à transmissão de energia elétrica por linhas aé~eas de transmissãO
22
r·.
c "encordoamento" de fios metálicos. Sobre um fio de secção
( transversal circular são enrolados, em forma espirâl, outros fios
(
envolvendo-o, formando uma, duas ou mais camadas.- O sentido de
enrolamento de cada uma das camadas é sempre oposto ao da camada
anterior. A camada mais externa é torcida para a direita. Os fios
c que compõem um cabo podem ser todos de um mesmo diâmetro, caso
c mais comum, ou podem possuir diâmetros diferentes em camadas
Fig. 1.10- Diâmetro nominal de um cabo com 3· camadas (37 fios)
(
diferentes. Podem ser de materiais diferentes, desde que
c compatíveis eletroliticamente entre si.
1.4.1.1- Padronização de dimensões de fios e cabos
( formados
Os c·abos com fios de mesmo diâmetro são
( O número de diâmetros de fios e a variedade de cabos
obedecendo à seguinte lei:
Logo, uma
( que podem ser obtidos é praticamnte ilimitado.
2 ( 1. 2)
c n = 3x + 3x + 1 padronização de medidas e composições teve que ser estabelecida,
para restringir essa variedade a um número econ~micamente e também
c na qual:
tecnicamente aceitável. Essa padronização, no entanto, foi feita
n- representa o número,{otal de fios;
x - representa o número de camadas ou capas. nacionalmente, estando em uso diversas séries de dim·ensões. Un:t
;~~i
2,
associar tolerâncias de fabricação e que também são normalizadas. numeração sucessiva é 0000, 000, 00, O, 1'
tabela.foi estendida posteriormente para acomodar fios mais finos
Para os diâmetros a tolerância é de ± 1%, conseqüentemente, para as
do que 36 e cabos maiores do que 0000.
áreas de secções transversais, 2%.
I
T~
25
Introdução à transmissão de energia elétrica po-r linhas aéreas ~e transmissão ('
24 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transm;ssão
Projetos mecânicos das Hnhas aéreas de transmissão Introdução à transmissDo de energia elétrica por linhas aéreas de transmissão-- 29 ( ..?.
28
(
Nas normas ASTM, a palavra código que identifica cada Consegue-se um aumento de diâmetro da ordem de -25% a 30% sobre os
(
um dos cabos CAA, é o nome de uma ave, também em inglês. cabos convencionais (Fig. 1.17).
(
C - LIGAS DE ALUMÍNIO - A fim de aumentar a resistência
Êxemplos:
mecânica à ttação e a estabilidade química do alumínio, recorre-se
- PENGUIN - cabos CAA com 1 fio de aço e 6 de alumínio,
correspondente ao número OOOOAWG, com uma área de 125,09 mm 2 e à adição de diversos elementos de liga como\:ferro, cobre, silício,
diâmetro nominal de 14,41mm. Tração nominal de ruptura 37,167kN. . '-.
manganês, magnésio, z1nco, etc. As suas compoSições, os processos
- KINGBIRD - cabo CAA com 1 fio de aço e 18 fios de aluminio,
com uma área de 636kCM de alumínio e área total de 340,25mm 2 e
metalúrgicos para sua obtenção e trefilação, ·são normalmente c
diâmetro nominal de 23,88mm, tração nominal de ruptura de 69,823 objetos de patentes e são por isso comercializados sob nomes c
kN. registrados como ALDREY (Suíça), ALMEC (França), DUCTALEX (
- ROOK - cabo CAA com 7 fios de aço e 24 fios de alumínio, com
uma área de 636kCM de aluminio e área total de 340,25mm 2 . e
(Suécia), etc. Suas características são variáveis. Uma coisa têm c
diâmetro de 24,81mm. Tração nominal de ruptura de 100,812kN. em comum: todos apresentam condutividades menores, de 57 a 59,5 c
- GROSBEAK - cabo CAA com 7 fios de aço e 26 fios de alumínio,
com uma área de 636kCM de alumínio e área total de 374,79mm 2 .
IACS, o que não é de todo urna desvantangem, pois, nos cabos CAA, c
Tração nominal de ruptura de 135,136kN.
se considerarmos a área bruta de sua secção transversal ao invés c
Nos cálculos elétricos, considera-se que os fios de aço apenas daquela do alumínio, sua condutividade é éie apenas 53% c
'
não participam da condução das ,·corn;ntes elétricas. Sua função é lACS, conforme a sua composiÇão.
c
apenas mecânica.
de alumínio,
C.1 -CABOS DE LIGA DE ALUMÍNIO
encordoados da forma
Empregam fios de liga
convencional; designados no
c
Em locais cuja atmosfera, por sua agfessividade, (
desaconselha o uso do zinco como elemento de proteção do. aço das Brasil por CAL, e fabricados de acordo com as normas ASTM. São (
especificados pelo tipo de liga, sua área em kCM ou mm 2 , número de
I
almas do cabo; pode-se empregar fios aluminizados ou fios (
fios e seu diâmetro nominal.
aço-alumínio ( "alumíníum clad"). No primeiro caso, a camada a
C. 2 - CABOS DE ALUMÍNIO REFORÇADOS COM FIOS DE LIGA DE
c
revestir o aço é muito fina enquanto
revestimento do alumínío é espesso, perfazendo cerca de 25% da
que. no segundo, _o
ALUMÍNIO - No Brasil são designados abreviadamente por CALA. Os
c
área total do fio. As normas ASTM designam estes cabos como fios de liga de alumínio são usados como alma para os cabos, c
ACSR/AW. O isolamento da alma dos cabos do meio ambiente por meio constituindo um cabo central, sobre o qual são enrolados os fios c
de graxas apropriadas, aplicadas durante o encordoamento dos de alumíJ;\ilo. Na primeira camada sobre a alma pode haver fios de c
cabos, é também usado para sua proteção. alumínio e de liga. Nas camadas mais externas, há apenas fios de c
A fim de reduzir o gradiente de potencial nas _alumínio (Figura 1. 12), dependendo da relação entre o número de c
imediações dos condutores das linhas, procura-se aumentar os fios de liga e o de alumínio; designados pela ASTM como cabos c
diâmetros dos cabos, sem, no entanto, aumentar a quantidade ·de _ACAR. São especificados pela área total em kCM, diâmetro nominal, c
metal condutor. Inicialmente, empregaram-se cabos "ocos 11 de cobre número de fios de alumínio e número de fios de liga. c
ou bronze. Foram desenvolvidos em seguida os cabos designados por D - CABOS ESPECIAIS [12, 13, 14] - Conforme já foi mencionado,
ua deis fa\ores que podem comprolneter a vida útil de uma linha é o
c
CAA expandidos, at~ hoje ainda em uso. Neste tipo de cabo, sobre (
sua alma de aço, são enroladas uma ou duas camadas de cordões de problema c'bm as vibrações nos cabos pelo vento,
~rego de trações mais condizentes com a resistência mecânica dos
o que impede o
c
fibra ou papel impregnado e, sobre este, as camadas de alumínio. (
c
(
i' ~
31
(~' 30 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de transmissão
c '
~ j -VANTAGENS :
(
' '.'' - menores perdas de energia, pois sua condutibilidade é de
r---.
I 63% IACS;
(~
- pode-se usar taxas de trabalho cerca de 50% mais elevadas
c do que nos cabos_ normais, reduzindo as flechas, pois a
energia das vibrações é dissipada por atrito entre os fios
'
I
•
vento, as vibrações induzidas provocam movimentos relativos a
c atritos entre elas, dissipando a energia das vibrações.
c
c·\ Fig. 1. 12 - Cabos de alumínio com alma de ligas de a"lumínio [ 11]
(
.. e.
:
1
I
1
~ I
I
I
I
Próprios para uso em li-nhas com pára-rã:ios isolados,
emprega sistema de ondas portadoras ligado
C - CABOS
camada de alumínio.
AÇO-ALUMÍNIO
confeccionado com fios de aço extra-fortes revestidos -de espessa
aQS para-raios.
(Aluminum clad ou Alumo-weld)
(
(
(
galvanizado e também quando se deseja usar os pára-raios com onda c
1.4.1.3- Cabos para pára-raios portadora. c
c
A função principal dos cabos de guarda ou pára-raios
das linhas aéreas de transmissão, é a de interceptar as descargas
1.4.1.4- Capacidade térmica dos cabos- AmPacidade c
atmosféricas e evitar que atinjam os condutores, reduzindo assim
c
As correntes elétricas, ao percorrem os cabos das (
as possibilidades de ocorrerem ,interrupções no fornecimento de
linhas aéreas de transmissão, provocam perdas de energia, como (
energia pelas linhas. Subsidiáriamente, podem ser· usados como
condutores para sistemas de telernedição ou comunicaçãÓ por onda
conseqüência do efeito Joule. Essa energia se manifesta através da
geração de calor, provocando o seu aquecimento, que será tanto
c
(
portadora. Nesse caso, deverão ser isolados dos suportes por
maior quanto maior for a densidade de corrente nos cabos.
(
isoladores de baixa tensão disruptiva, e que perdem sua condição
Esse problema deverá ser encarado sOb dois aspectos: o
isolante sob a ação das sobretensões atmosféricas, para permitir econômico e o técnico. Sob o ponto de vista econômico, é po·ssível
c
sua condução ao solo, sendo para tanto equipados com
identificar para cada linha de transmissão uma densidade de c
centelhadores. corrente .que resulte não nas menores perdas e sim num valor c
São os seguintes os tipos de cabos empregados, considerado o mais econômico. Para essa corrente, especifica-se as c
igualmente eficientes em sua função principal: ãreas das, secções
.\
transversais dos cabos condutores, conforme c
A - CORDOALHA DE FIOS DE AÇO, ZINCADA - fabricados e estabeleéeu a lei de Kelvin (1881): "a área de secção mais (_
especificados no Brasil pela NBR 5908, idêntica à normal ASTM econômica de um condutor para a transmissão de energia será (
correspondente. São de dois tipos, distinguindo-se por sua encontrada, comparando-se o valor das perdas anuais de energia em c
resistência mecânica forte, alta resistência AR (HS) e extra-forte cada condutor visado com a parcela anual de custo do investimento (
EAR (EHS). a ser feito na aquisição dos condutores correspondentes. A solução (
A zincagem, em geral a quente, é feita com 3 categorias mais econômica é aquela para a qual as duas parcelas de custos são (
de espessura, A, B e C, sendo a primeira a mais comumente usada. iguais 11 [15] (figura 1. 15). Assim posto, o problema está c.
Sua especificação é feita pelo tipo, classe de simplificado
outros custos
em excesso,
além
pois,
daquele dos
a comparação
condutores,
deveria
como
englobar
estruturas,
c
galvanização e diâmetro nominal - em polegadas ou seu equivalente
métrico. isolamentos, compensações etc, resultando, como é feito
c
( J
(
c 34
Projetos mecânicos das "linhas Béreas de transmissão
Introdução à transm_issão de energia elétrica por linhas aéreas de transmissão 35
c temperatura de equilíbrio.
c. Lembrando as leis de transmissão de calor, teremos:
o 4 4
c BITOLA
BITOLA
DOS
MAIS CONVENIENTE
CONDUTORES
q
r
T
1000
)
-
( To )
1000
] [11/m] ( 1. 4)
\
cr
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas, de transmissão c
36
c
d [rn] - diâmetro nominal do cabo.
Exemplo 1. 2
Uma linha de subtransmissão de 230kV supre de energia
c
t [°C] - temperatura final do cabo. uma região urbana onde dominam comércio e os servicos, de forma que (
to [°C] - temperatura do .meio ambiente. a ponta de carga fica deslocada para os horários de maior calor, em
virtude do uso intenso da climatização· . A demanda registrada no c
T = (273 + t) [K) - temperatura absoluta final do cabo. receptor da linha, com tensão de 220kV, ê ?e 225MVA, cos~2 = 0,88,
quando a temperatura ambiente é de 36gC, com sol. Observou-se uma
To = (273 + to) [K) - temperatura absoluta do ambiente.
V [m/s) -velocidade do vento (em geral de 0,6 a 1,0m/s).
brisa estimada em 0,8mls perpendicular aos cabos. c
Qual a temperatura que os cabos GROSBEAK usados nesta c
Exemplo 1.1
linha deverão atingir?
c
Qual a arnpacidade de um cabo CAA DRAKE, considerando-se
to= 35GC e t = 85oC, vento de 0,67m/s, coeficiente de reflexão
solução: c
c= 0,50 e c= 0,23 {cabo novo). A resist.ência do cabo e de 0',09
Podemos resolver o problema admitindo três valores ar-
bitrários de temperatura máxima dos cabos e determinar as ampacida-
c
ohm/km. des correspondentes, que-levamos a um grafico, obtendo a lei deva- c
Solução:
riação t=f (I). -.
Por interpolação e valor da temperatura correspondente, c
Fazendo as substituições teremos: a corrente da linha será achada. c
c
n
Temos:
3
= 179,2·10 ·0,5·0,02814[( ~~~ol- (~~~o =
18,76211/m to = 36oC; d 0,025146m; V 0,8m/s c
52
Admitamos: c
= 945,6·50·10- 4 [0,32 + 0,43(45946,8·0,02814·0,67)
0
' ) c = 0,5; t1 = 40oC; t2 = 50oC e t3 = 70oC
c
R<o = 0,09277nlkm; Rso = 0,1005nlkm; R7o = 0,10455nlkm. (
70,01811/m
204·0,02814 5,4056\1/m
Empregando o método usado no exemplo
pectivamente:
anterior,'~._encontraremos res-
c
Logo: I•o = 137A; Iso = 453A e I7o = 768A c
1) para c= 0,50, com sol e com vento: que permitem construir a curva da figura 1.16. Entrando nesta com: c
I= [10 3 (18,716 + 70,018- 5,406))
112
= 962,28A
I2
225000 = 590A, encontraremos tcabo = 57oC. c
2) sem efeito do sol, com vento e c = 0,50: ,13 . 220 c
I = 993,0A
c
(
Uma informação importante para a confecção dos projetos
da linhas é a temperatura máxima que um condutor pode atingir sob a
c
ação da corrente na linha em sobreposição às condições ambientais c
existentes, pois desta temperatura dependerá o valor da flecha nos
c'·
cabos e, conseqüentemente a distância dos condutores ao solo. É,
pois, o problema inverso do anterior: dadas as condições ambientais OL_~L-L-L-L-L-L-~~----~
100 300 500 800 1000 ItAJ
e a corrente no cabo, determinar a temperatura que irá atingir. A
metodologia apresentada se presta a esse fim, porém não há solução Fig. 1. 16 !. Determinação da temperatura do cabo em função
.I .
direta, podendo-se recorrer a processos iterativos .
da corrente do exemplo 1.2.
c
c
<c (
c 38 Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão Introdução à transmissão de energia elétrica Por linhas aéreas de transmissão 39
c
( 1.4.1.5- Condutores para linhas em extra e ultra-altas tensões cabos CAA convencionais de mesma resistência elétrica. A figura
( 1.17 mostra sua composição.
( O aumento progressivo das tensões das linhas de Os condutore~ CAA-expandidos têm sido usados com sucesso
transmissão de energia elétrica em CA foi uma decorrência natural em linhas de até 345kV. Seu custo, no entanto, aconselhou a busca de
outras soluções.
c da necesidade
condicões técnicas
de se transportar
satisfatórias,
economicamente,
potências cada
e
vez
também
maiores
sob
a
I
( r- F
distâncias igualmente crescentes, principalmente quando a energia E
(
primária disponível é hidráulica. t
i
A
Para uma mesma potência a transmitir em tensões maiores,
(
resultam correntes menores, conseqüentemente em perdas meneies por
t
1 l'tif 26F lOS
c efeito Joule e, igualmente, numa melhor regulação das tensões. Esse AÇO
ENCHIMENTO'
DE AL.
32 FIOS
DE AL.
aumento nos valores das tensões a partir de certo nível exigia, por
outro lado, um aumento no diâmetro dos condutores, afim de
Fig. 1.17 Condutor CAA-expandido de 1187kCM. Diâmetro
minimizar as conseqüência do "Efeito Carona". O aumento dos
diâmetros dos condutores pro'Voca um aumento em seus custos, como nominal de 0,0419m equivalente a um cabo
também daquele das estruturas das linhas que devem. suportá-los. Um CAA de 0,0330m de diâmetro.
(
(
c
c
c
.
F lg.
1.19- Condutores multiplos para linhas em EAT. c
c
conseqüentemente, a sua potência,_característica, que c
representa o ponto ideal de operação de uma linha; n
'~''
c
a redução da reatância indutiva aumenta o limite
de
c
Fig. 1.18- Campo elétrico de condutores rnultiplos. transmissão com estabilidade dinâmica e transitória c
[2.20]; c
Por questões de estabilidade mecânica, os subcondutores
d - os valores das sobretensões provocadas por descargas
ao
c
são montados igualmente espaçados sobre a periferia de um círculo,
atmosféricas nos condutores das linhas são iguais (
produto da corrente que se propaga em cada uma das
como mostra a figura 1.19. Seu número é variável, desde 2 Por fase,
impacto, pelo
prevendo-se o emprego de até 10 ou 12 nas futuras linhas em TUE
direções da linha a partir do ponto de
ou impedância
c
(1.100 a l.SOOkV). Devido à necessidade de padronização das
valor de sua impedância de surtos
natural. Esta p~de ser calculada
por
l.
(L/C) 2 cujo
c
ferragens associadas, o seu espaçamento entre si ·é igualmente (
padronizado, sendo preferido para as linhas em EAT a distância de
valor, corno se vê, é grandemente reduzido, pelos
condutores múltiplos, reduzindo, portanto,
também o c
0,40 e 0,457rn. Prevê-se o emprego de 0,61m nas linhas de UAT. A c
~~\or das ondas de sobretensão.
c
I
figura 1.19 mostra as configurações mais comumente usadas nas de
cabos
os condutores múltiplos não dependem de
linahs de EAT. e (
dos
fabricação especial, podendo-se empregar qualquer
Além da melhoria obtida na regulação das linhas longas,
tipos já descritos, e de fabricação normal, inclusive os
(
em virtude da redução do valor da impedância e o aumento das (
cabos expandidos, o que os torna mais baratos. O seu '
capacitâncias,
mencionados:
os seguintes beneficios adicionais podem ser
custo de montagem é levemente maior. c
(
A generalização do uso de cabos múltiplos ocorreu a
a menores gradientes de potencial nas superfícies dos l.
partir do inicio da década de 1950/60, não ficando limitado ao uso (
subcondutores, reduzindo com isso as atividades do EFEITO em 138 kV ou
CORONA;
em linhas de ·EAT, havendo grande .números de linhas
c
b - redução da impedância caracteristica da linha, aumentando,
Z20 kV empregando mais de um cabo por fase, inclusive no Brasil.
c
( '
.:-(. -;;-,--------~~~-------.
c 42 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de transmissão 43
c
í 1.4.2 - Isoladores e ferragens respectivas ferragens. São as seguintes as normas aplicáveis aos
í isoladores das linhas aéreas: NBR 5032, NBR 5049 e NBR 7109
Os condutores das linhas de transmissão, devem ser
' Nas linhas aéreas de transmissão são empregados
isolados eletricamente de seus suportes e do solo, o que nas linhas
aéreas é feito basicamente pelo ar que os envolve, auxiliado por isoladores cOnfeccionados com:
porcelana vitrificada
elementos feitos de material dielétrico, denominados isoladores.
- vidro temperado
Dessa estrutura isolante, que é dimensionada em função das
so"1Tcrt:a"Ções elétricas a que são submetidas, depende as dimensões material sintético composto.
em freqüências industriais têm maior duração, porem a menor t é a dificuldade na identificação de isoladores faltosos por simples
inspeção ~ distância, pois podem apresentar falhas, como trincas,
amplitude.
~Jase
.'
inVisíveis.
Como a suportabilidade elétrica dos meios isolantes
Os isoladores de vidro temperado têm um custo de
depende não só da amplitude das solicitações,. mas fgualmente
!abricaça-o bem me no r, t an t o pe 1 o cus t o d as mater1as
· · primas, como
de sua duração, a estrutura isolante pode resistir a valores
lasbêm dos processos de fabricação. Após a sua formação eles sofrem
muito mais altos de solicitações por descargas atmosféricas.
Além das solicitações elétricas, os isoladores são ua tratamento térmico que os torna mais resistentes, que porém cria
igualmente solicitados mecanicamente, podendo mesmo ser parte b. seu interior um estado de tensão- tal que, sob a ação de choques
integrante das estrUturas como na linha ilustrada na figura 1. 45. &ecánicos mais fortes, estilhaça-os inteiramente, não admitindo
"---
portanto, também resistências mecânicas trincas. Os isoladores faltosos são fáceis de indentificar à
devendo apresentar,
compatíveis com os esforços máximos esperados. A norma NBR 5422 dls-tância, por simples ~nspeção visual. Sua rigidez dielétrica é
· Jtator do que daqueles de porcelana e sua resistência mecânica,
limita esses esforços a 40% d"a carga de ruptura dos isoladores e '·'·
---'-·:-:~-
. (.'
lnuodução à transmissão de energia elétn'ca pór linhas aéreas de transmísstio 45
44 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissãc, (
isoladores
de engate permita fácil manutenção (por
com linha energizada). Os dois
( c - Isoladores de suspensão - são empregados em dois tipos:
- isoladores monocorpo;
r sistemas de enga t e em uso, Concha-bola e garfo-olhal, são hoje
( padronizados em âmbito internacional"- pela IEC ( International
isoladores de disco.
( Eletrotecnical Comission}. O mesmo acontec~~com os seus diâmetros e
Os isoladores monocorpo são feitos de uma peça longa
c de porcelana ou vidro, com comprimento adequado ao nível de
0 seu passo, permitindo
isoladores, de unidades de di versos fabricantes,
assim o -intercâmbio, numa· cadeia
mesmo de países
de
~
.. .
t rn l P I rn :J D trn l p t l
D
"' "'
In
(
48 Projetos mecânicos das linhas aéreas de tra.nsrni"são l Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de transmissão 49 c
comprador, garantidas pelo fabricante, e verificados pelos ensaios i
c
(
normalizados, são:
- carga de ruptura; ~
resistência ao impacto;
(
resistência aos choques térmicos.
c 000
•
> ·
,
,
I
, ,SOH:t
~EFICAZ ) Qual pOderá ser o número de isoladores tipo disco,
~ ; I
c ~ ~-:--t-771
! : l SECO '
~
/ em uma cadeia ·de suspensão, sendo os isoladores de 0,254m de
( 800 ~I ' ' :fi i / diâmetro nominal e o seu passo de 0,146m? A linha de transmissão e
o• -ilf--ii7-,/rA--f'--jl--J),C../-f--hf"/-1
c ' ~'
,i
w· 1/1 , v
da classe de 500/SSOkV, a ser operadà em região de ar limpo.
c 600 =: f-+--lr'-4-~,L-f----tv7'1--H
.. A i/1 '/1 Solução:
c Temos: di = 30 em de 2,3vm/kV
c Umax = SSOkV
c logo: ni c5~5~0~~2~,~3 = 24 34
·n 3o •
ou seja, 24 isoladores.
12 16
DE
0~~~~~~--~--L-~
20
UNIDADES NA CADEIA
•
ser feita através de uma análise do níve~ das sobretensões de
( manobra e da suportabilidade da cadeia a esse tipo de solicitação.
c Fig. 1.25 - Tensões disruptivas a 60Hz e de impulsos Também é usual efetuar-se a previsão do número de falhas anuais do
c em cadeias de isoladores. isolamento das linhas provocados por descargas atmosféricas, a fim
confirmar a aceitabilidade do número de. isoladores escolhido.
c de
~•. !
Urnax [kV] - a tensão máxima de operação da linha em regime durabilidade.dos cabos ou constituir-se em fortes
cprpna, com a conseqüente radiointerferência ou
permã.nente;
específica, ia em recepção de TV. Assim, as modernas ferragens e
( de [cm/kV] a distância de escoamenteo
acessórios são projetados de forma a não possuírem pontas,
(. sugerindo-se:
(;
52 Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão
Introdução à transmissão de energia elétri~a por linhas aéreas de transmissão 53
sua natural rigidez, aparecem esforços de flexão e cisalhamento uma cinta com um parafuso de aperto, ao conectar que o prende ao c
bastante elevados. t, pois, necessário que a curvatura inferior da isolador ou placa multiplicadora (Figura 1.27). c
calha da pinça se amolde perfeitamente à curvatura natural dos uma cadeia de isoladores é submetida, em condiçães c
cabos e que seu raio seja o mesmo dos cabos, para não ocorrer o de operação em regime permanente, à tensão U (kV) , de fase da (.
esmagamento dos fios que os compõem, pois sua superfície de apoio linha. Havendo ni isolado~~s. a cada isolador deveria corresponder
fica reduzida. U/ni [kV]·, teoricamente. Isso não acontece em virtude dos
l
acoplamentos capacitivos entre ferragens dos isoladores (pinos e
c
/
' o<• ~-
~·.
55
c" 54 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de transmissão
c tTE!ol ESPECIFICACÃO ainda incipiente, fazia com que ocorressem defeitos nesses
c '
,,'
ESTRIBO
OLHA L • BOLA C/ PORTA ANEL
isoladores, por perfuração do dielétrico ou a abertura de arco em
torno da primeira unidade e que podia se propagar à cadeia inteira.
( O UI AL • BOLA SI PORTA AMEL
c Fig. 1.27- Grampo de suspensão armado 1soladore9 montadas de forma a manterem com a vertical um ângulo de
c
''\
-- ---- r .r""
56 Projetos mecânicos das línhas aéreas de transmissão Introdução atransmissão de energia elétricapor linhas aéreas de tra~smissão 57 ('
GRAMPOS DE SUSP. ARMADOS tubo de liga de aluminio terminado em um olhal para a sua fixação c
CHAPA MULTIPLICADORA às chapas multiplicadoras ou aos concectoresw de ligação com os c
CONCHA OLHAL
MANILHA
PROLONGAOOR GARFC BOLA
isoladores. São equipados com chapas de conexão elétrica. O tubo c
terá paredes de espessura suficiente para resistir ao esforço
• MANILHA l
7 I SOLAOORES »ecânico; o diâmetro interno do tubo será igual ao do diâmetro
nominal do cabo, com peque4na. tolerância para mais, permitindo que
c
Fig. 1. 29 - Cadeia em "V" Seja enfiado ~obre o cabo. Empregando-se uma prensa hidráulica com
c
(
i c
(/
"\
c Introdução à transmissão de energia elétrica por linhus aéreas de transmissão 59
c 58
Projetos mecânicoS das linhas aéreas de transmissão
c Ancoragem
esforços de tração a que ficam submetidos os cabos.
Empregam-se três tipos de emendas para cabos de
c Ancoroçem do
alumínio
\ r-------; l i -
A+ A
do
~/
olmo
c A - PF<OFUNDlDADE DO FURO NA ANCORAGEM 00 AÇO extremidades dos cabos a serem emendados, como mostra a figura
c Condutor
1. 31. Empregando-se um par de chaves
torção das luvas juntamente com as extremidades dos cabos . •
apropriadas, afetua-se a
c
(r
c ~--------~·~V~OL~T~AS~------~1 "l_ _ _ _ _ _ _ _ _c4~V~OL~T~A~S--------~
c
c Fig. 1.31 - Luva de emenda de torção
c
( b - Emenda do tipo compressão - exigem para a sua aplicação um
( compressor mecânico ou hidráulico com capacidade superior a 50 Ton,
cf
(
cr
\
60 Projetos mectmicos das linhas aéreas de transmissão
I
I
B
~-~-A_,___A___,.I : A+ I • :
suas flechas.
Um razoável nümero'de dispositivos foi inventado
c
c
I . ~*------:lfl :d ~CONOUT~OR
J I
\F ALM} DE
~~"":.
e aplicado ao longo do tempo[9],com result~dos variáveis.
c
LcoNOUTOR \___ Aço __/ Há basicamente três tipos de proteção contra o efeito
LUVA DE ALUIJINIO
A- MET~ÓE DO COMPRIMENTO DA L.UVA DE AÇO
das vibrações. c
B- METADE DO COMPRIMENTO DA L.UI/A DE ALUMÍNIO
c
a) PARTES CONSTITUINTES
a Varetas Anti-Vibrantes ou Armaduras Anti c
Vibrantes já descritas em item anterior, (
representando reforços dos ~abas junto aos pontos (.
de suspensãOi- (
COMPRIMI DO
b - Amortecedores de Vibrações - há urna gama bastante c
bl CONJUNTO
grande de dispositivos conhecidos genericamente por c
fig. 1.32 - Luva de emenda de compressão amortecedores de vibrações e que tem por finalidade c
c - Emendas tipo "pré-formados" - são constituídas por jogos
/\ absorver e dissipar a
tipo mais conhecido e usado é o tipo "STOCKBRIGE"
energia das vibrações. O c
(_
de varetas pré-formadas semelhantes às varetas antívibrantes. Para
cabos CA ou CAL constituem-se por um único jogo de varetas
ilustrado
dos diâmetros
na figura
dos
1.33.
cabos.
suas
Seu
dimensões
posicionamento
depeàern
com
c
aplicadas sobre os cabos a serem emendados. Nos cabos CAA são relação ao grampo de suspensão depende do comprimento
c
usados três conjuntos de varetas: um conjunto para mendar ·a alma de das ondas das vibrações a serem amortecidas [ 9).
c
('
aço, interna, um conjunto para emendar a camada de alumínio, -'L •
.
/
COMPRIMENT APLICADO
(
VARETAS DE LIGA
DE ALUUI'NIO .
(
(
( s, Espaçamento entre subcondutores
C;
c Fig. 1.33 Amortecedor Tipo Stockbridge. ----- ' .
fi9, Tubo de alumínio'
s
( ESPACAOOR DUPLO
( ·-:--·~----..!
c . i
c, \
\ 0/
:1.
0 Gorro de
elostõmero
C•
(: ESPAÇAMENTO QUÁDRUPLO
l
( Fig. 1.34 Amortecedor Tipo Festão. 1.4.2.3.6 Sinalização de Advertência
c.··
c As linhas aéreas de transmissão devem ser equipadas
c
( 1.4.2.3.5 Espaçaàores para Condutores Múltiplos l com dispositivos
também
'\
segur.ança fisica
a segurança
de
e
sinalização afim
operacional da açã:o de terceiros
destes últimos.
de assegurar a sua
como
64
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de transmissão 65
c
do suporte. Através do dimencionamento mecânico é que r
sejam montadas esferas {na cor vermelha ou laranja) com
diâtnetros mínimos de 500 mm, espaçadas de no mínimo 40
determinamos as dimensões adequadas a cada elemento do c
suporte afim de resi_stir aos esforços a que são submetidos. (
metros, com a finalidade de advertir aeronaves que possam
A forma 'final dos s-uportes decorie da "arquitetura" mais
aí trafegar;
adequada aos materias estruturais empregados, escolhidos
c
com base em considerações de natureza operacional (confiabilidade
c - sinalizações sobre rodovias, ferrovias ou dutos.
em serviço) e de seu custo.
c
(, /
~
( Os outros dois
as quais não se tem controle algum.
c tipos são gerados no próprio sistema. A redução de seus
c I PR
( v~lores a niveis razoáveis é em geral economicamente viável.
.j
( A proteção mais eficiênte das linhas contra as b /I
. I
c descargas atmosféricas consiste em eyi tar que as mesmas atinjam
( diretamente
estrutura isolante
os cabos condutores,
resistirá,
caso em que dificilmente
facilitando a abertura de um arco
a
:\
~·
()
voltaico entre condutores e suporte, seguido de uma corrente em I : c
( H 'I
I'
freqüência industrial para o solo, caracterizando um curto-circuito
(
de fase à terra.
:li\
I
c I
lli
(
1.4.3.1.1- Efeito dos cabos pára-raios '•• de c 1
'
c
c O emprego de cabos pára~raios adequadamente localizados 11 711~ I=
c, cobertura" por eles oferecido. Está comprovado que quanto menor for
. PR
c
()
c
esse ângulo,
o plano
mais eficiente será a proteção,
aumenta os custos das estruturas. O ângulo de cobertura é definido
pelo ângulo que faz um plano vertical que contém os pára-raios, com
inclinado que contém os cabos
o que,
pára-raios
no entanto,
e os cabos
<
o
~
o
'
"
~
~
+40
+ 30
+ 20
/t
~
i\ "mw !\ Condutores? \
c condutores, como mostra a figura 1.36. A figura 1.37 mostra os
i
o
u o• e :eternos
c
It
estruturas. Normalmente, as flechas dos cabos pára-raios são ~
~
-20
c menores do que aquelas dos cabos condutores, o que faz com que, no
meio do vão-, os ângulos de cobertura sejam menores do que junto às
o
2
i<
c estruturas. I
lO 20 30 40 50 60
' t
l
-! ___ _ =:::- (
Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de transmissão 69
::'
c
68
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão -"'
ti' c
a - distância ,básica, em metros, obtida ·da Tabela n. o 5 da ' í
referida norma. Para a presente finalidade, pode-se usar
4. '
valor das flechas máximas dos condutores e das alturas de segurança ~ (
necessárias. a = 6,5m. Para fins de distribuição das estruturas
O comprimento da cadeia de isoladores (li na figura sobre os perfis (locação), as demais distâncias deverão
1. 36) é função do tipo desta (I ou V), do número de isoladores e ser observadas, face a cada tipo ---~e obstáculo (Capítulo
das ferragens que as compõem. O número de isoladores pode ser 4).
(
determinado da maneira vista em 1.4.2.2.1. As dimensões dos c
isoladores e ferragens são obtidas dos catálogos dos respectivos Exemplo 1. 4 (,
fabricantes.
Qual a altura mínima admitida para os condutores de uma
linha de 138/145kV sobre terreno agrículturável? E para urna linha c
As flechas máximas (fmax na fig. 1.36) são determinadas
de 500/550kV? c
em função do vão médio ao qual a estrutura se destina, pela Eq.
(
1. 1. A tração a ser usada deve ser calculada para a condição de
Solução: c.,
máxima temperatura, como recomenda a NBR 5422 em seu item 5 2 2, e
como será visto no Capítulo 4.
Pela equação ( 1. 8) teremos: c
As alturas de segurança.'. hs, mostradas na figura 1. 9 e a) 138kV - hs = 6,5 + 0,01 [ v'3
145
- 50 ) [m] c
1.36, representam a menor distância admissível entre co_ndutores e o (
hs = 6,84m
solo em qualquer momento da vida da linha. São fixadas igualmente c·
pela NBR 5422, em seu item n.o 10.2.1.1. Dependedendo da classe de b) 550kV - hs 6,5 + 0,01 [ 550
v'3
50 ) lml (
tensão das linhas e da natureza do terreno ou dos obstácu'los por (
ela cruzados, a referida norma apresenta dois métodos de cálculo hs = 9, 18m
c
dessas distâncias. Um método designado "Convencional" e um método
e partes
c
alternativo, que para sua aplicação depende de urna análise 1. 4. 3.1. 3 - Distâncias entre partes energizadas
c
probabilística dos valores máximos das sobretensões a que as linhas
poderão ser submetidas.
aterradas dos suportes
c
, Trata-se igualmente de distâncias de segurança, (
Para efeito de dimensionamento da altura básica dos \
c
/
portanto têm seus valores mínimos para cada classe de tensão
suportes, pode-se empregar a seguinte expressão:
estabelecidas por normas. Recomenda a NBR 5422/1985:
c
l ~ - 50 1 c
"As distâncias mínimas do suporte devem ser, obrigatoriamente,
( 1. 8)
hs = a + O 01 determinadas em função de estudos que levem em consideração as
várias solicitações elétricas a que a linha de transmissão será
c
para U > 87kV ou D a, para U ~ 87kV (.
submetida, devidamente coordenadas com as condições de vento que
Sendo: (
ocorrem simultaneamente com cada uma das referidas solicitações."
u tensão máxima de operação da linha, valor eficaz, "Caso esteja 'previsto o uso de manutenção em linha viva, todos c
fase-fase, em kV; os espaçamentos deverão ser verificados, de forma a garantir a c
Du - distância, em metros, numéricamente igual a U; segurança dos el;tricistas envolvidos nessa atividade."
( .--~----~-- ---·· _f
( 71
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de transrpissão
c 70
(
l Fig. 1.38 - Determinação da distância de seguranca mínima - Dmhn
I distâncias de segurança com a cadeia em repouso,
fig. 1.38.
O seu comportamento elétrico, face às
li e Dmin,
sobretensões,
na
(
\ deverá se;/\Verificado analiticamente e possivelmente por ensaio em
laboratório. Deverá ser analisada, igualmente, para efeito de
( manutenção em linha viva.
A distância D1 pode ser determinada, em primeira
c aproximação, tornando-a igual à "distância disruptiva reta da
De acordo com a norma citada, essa distância não poderá
c (nl - 1) pl + di [m]
( 1. 9)
Verificação da aceitabilidade da distância calculada no
exemplo anterior:
c
(
~- (
" ~
--
I Poderão aindà ser solicitadas_ por ·componentes verticais
( :I:' ll.LO ll.IO =~
o
o
dos esforços horizontais (estruturas estaia,~as - i tem 1. 4. 3. 1. 6. b)
~
-
d
(
. :
ou decorrentes de cargas adicionais de montagem e manutenção .
(
c
N
,;
o
''
'• A
;' 9,00
.. 's
•••
16.00 s.oo
••
I
'
•'•A
I 9,00
''
·r I
.:. s' b - Forças horizontais - apresentam-se em direções diferentes,
1/
i/ O '
o b.1- Forças horizontais em direção transversal aos eixos
r) D
c 2!i das linhas - decorrem da força resultante da pressão
~
II
c do vento sobre cabos e ,_isoladores, bem como sobre os
( ~ =
elementos dos suportes;
76 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Introdução à transmissão de energia elétrica Por linhas aéreas de tranSmissão n c
sobre seus próprios elementos. Excepcionalmente são d - para 11
ârigulos" são estruturas dimensionadas para
c
('
solicitados por forças verticais adicionais, como aquelas suportar, além dos esforços verticais e transversais,
decorrentes da montagem e de manutenção, como também por também as forças decorrentes da resultante das forças de
(
forças horizontais longitudinais decorrentes da ruptura de tração nos cabos nos dois alinhamentos que se cruzam
(
um ou mais cabos. (Capítulo 3). Para ângulos menores. empregam cadeias de
suspensão e- com·.-ângulos. maiores, de·,_-tensão-ó Têm sua_( .. cabeça (
Esse tipo de estruturas é, na maioria das linhas, o mais
modificada com relação às demais; a fim de assegurar as (
freqüentemente empregado, podendo haver em uma mesma linha
suportes calculados para dois ou mais vãos básicos de
distâncias de segurança necessárias. Uma "família" de (
referência. São os suportes menos reforçados da linha.
estruturas possui freqüentemente mais de um tipo delas; c
e - para "transposição" ou "rotação de fases" a fim de se (
b - tipo "terminal" ou "ancoragem total" constituem os
assegurar o equilíbrio eletr-9~agnético das linhas, e com (
suportes utilizados no início e no fim das linhas,
isso a igualdade das quedas de tensão nas três fases, (
cabendo-lhes a responsabilidade de manter os cabos·
efetua-se a transposição de fases [9], o •que exige (
esticados. São solicitados unilateralmente pelas mesmas
forças que atuam nos suportes de suspensão e
estruturas especiais. Recomenda-se que em cada trecho de
r
adicionalmente pelas forças axiais longitudinais na
linha haja pelo menos uma rotação completa, o que nos
c.
condição de maior intensidade de vento. São os suportes
níveis mais baixoS de tehsão se consegue com o emprego
duas ou três estruturas especiais;
de
c
mais solicitados, sendo, portanto os mais reforçados. São (
usados com cadeias de isoladores em tensão (de ancoragem), f - para "derivação" - freqüentemente se .efetuam sangrias nas
c
mesmo em linhas de tensões mais baixas que empregam linhas para alimentar um ramal, sem necessidade
pátio de seccionamento e manobras. Nesses
de
casos,
algum
uma
c
isoladores de pino ou pedestal;
estrutura especialmente projetada para esse fim é
c
c - tipo "ancoragem intermediária" semelhantes ao tipo utilizada. c
anterior, porém empregados no meio das linhas, com trações c
longitudinais equilibradas à frente e à ré. São menos ;'\ c
reforçados que os anteriores, pois devem resistir 1.4.3.1.6 Classificação dos suportes quanto à forma de (
unilateralmente apenas aos esforços decorrentes do resistir (.
tensionamento dos cabos durante a
ruptura de alguns deles, supondo-se ausência de ventos
montagem, ou após a
de Os esforços a que os suportes ficam submetidos são
c
(
máxima intensidade. São igualmente empregados em pontos de
ângulo relativamente
recomendam o uso desse
elevados.
tipo
regulares ao longo das linhas, a fim de
de
Muitos
,suporte a
facilitar
projetistas
intervalos
traba-
I transmitidos
estais
classificar
ancorados
as
ao
elementos dos suportes,
solo.
no
estruturas
Essa
solo.
em
transferência
Esse
dois
fato
grupos,
é
serve
feita
ou por estes auxiliados por tirantes ou
ou
de
seja,
somente
critério
estruturas
pelos
para
c
c
l
!
lhos de retensionamento de cabos quando necessário; autoportante e~estruturas estaiadas.
(
c.
t.
(
r Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de trçmsmissão
79
c 78
r a - Estruturas autoportantes são dimensionadas para
r transmitir todos os esforços ao solo através de suas fundações. São
R 5
(
de três tipos:
( a.l- Rígidas- aquelas que, mesmo sob a ação das maiores
solicitações, não apre~entam deformações elásticas
(
138 KV ~45 KV
I a fim de enrijecê-las. Com o advento
verificou-se que
suportes {ver figura ~.45) é
substancial economia
realizável
das linhas em
de custo
através de
EAT
dos
seu
500 KV estais assumem toda a
estaiamento. Nestas; os
Fig. 1.42- Suportes flexíveis (postes}
~·--==-;-:--:--;
f (r
1
com o maciço de sua fundação, o que exige de quatro a seis
tirantes por suporte, dependendo de seu tipo.
h
h
c
''
RH- RESU-[. TANTE"" OE TODAS
AS FORÇAS HORIZONTAIS
-,
c
''
'' b) ESTAlADA CONVENCIONAL
r.
'v 'r OI AUTO- PORTANTE
p = 1,00 p. 0,60
c
c
[7 c
c
r,..::;:---- j=
"I c
Fig. 1.44 -Forças atuantes em suporte estaiado c
c) SUSPENSÃO TRAPÉZIO dl SUSPENSÃO DELTA
c
p • 0,34 p. o, 36 (
Os estais compõem-se de um cabo de aço, normalmente
(
galvanizado, do tipo AR (forte) ou EAR (extra-forte). Em locais de Fig. 1.45 - Estruturas estaíadas e com suspensão flexível.
Pesos relativos p(SOOkV) (Ohio-Brass) (
atmosfera agressiva ao zinco empregam-se cabos aço-alumínio
(" alumoweld") ou aço-cobre (" copperweld"). Os estais transferem ao c
solo, através de âncoras adequadas, componentes das resultantes c
horizontais que devem equilibrar, como mostra a ffgura 1.44. As c
figuras 1.1a e l.lb mostram as estruturas estaladas empregadas no c
sistema de transmissão de Itaipu. \ c
Verificou-se, em época bastante recente, que maiores (
:;"'
economias poderiam ser realizadas com o emprego de estruturas com
susp~nsão flexível,
c
cadeias de
nas quais, como
isoladores são também suspensas. ,de cabos de aço.
mostra a figura 1.45, as
A
s c.,
' l '
figura 1.46 mostra essa suspensão em detalhes.
'(.
A aceitação desse tipo de estruturas tem sido boa, dada
(:
a grande confiabilidade apresentada, permitindo, além do mais, uma
maior compactação nas dimensões das estruturas. ••
••
••
••
c
As maio-res objeções ao sistema de suportes estaiados é (
flg. 1.46 - Jogos de forças nas estruturas isolantes [221
que estes, além de requererem espaço para os estais nas faixas de (
(
(
(~~~--o
..-
~r.
c
c 82
Projetos mecânicos -das linhas aéreas de transmissão Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de rrànsmissão 83
(
servidão, exigem também terrenos de topografia favorável à
As estruturas de aço devem ser protegidas contra a
( oxidação e corrosão, empregando-se para esse fim vários métodos. O
implantação dos estais. Em terrenos irregulares prefere-se suportes
c auto-portantes, que também são preferidos como estruturas de mais freqüente é o uso de galvanização a fogo, através do qual o
( ancoragem e terminais, levando na maioria das linhas às soluções aço recebe :uma camada de· proteção de zinco. por imersão das peças em
( mistas. um banho de zinco fundido. Empregam-se igualmente aços passivados
c Alega-se, contra os estais, sua maior vulnerabilidade a como o "COR-TEN" (U. S. STEEL) e o "NIOBRAS" (C. S. N .. ), nos quais a
( b - Concreto armado seções circulares ocas e seções em duplo TEE. Postes de seção
( b.l- com armadura convencional anular são fabricados por processos de centrifugação e por
vibração, enquanto que os de seção qualqueri· por vibração. Nos
c b.l.l- concreto vibrado;
b.1.2- concreto centrifugado. catálogos dos fabricantes nacionais relacionam-se postes
( componentes das estruturas com comprimentos unitários de até 40m e
b.2- com armadura para pré-tensionamento.
c c - Madeira
resistências nominais de até S.OOOkgf. Há experiência acumulada de
( linhas até SOOkV.
c:I c. 1 - madeira ao natural;
c.2 - madeira imunizada; ..
Dado seu grande peso e comprimento, seu uso, por razões
- ' \ fica restrito, em geral, a locais de fácil acesso por
( l econom1cas,
c.3 - laminados de madeira.
c i; meios de transporte convencionais.
c
-r~~~···------- .. ··~
-----·c:··
(
Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão Introdução à transmissão de energia elétrica por linhas aéreas de transmissão 85
84
c
- indeformabilidade com a idade; 7 - PEIXOTO, C.A. de O - Sistema de Transmissão de ITAIPÚ Rev. c
resistência mecânica satisfatória. Energia Elétrica - Set. 1979 - págs. 24 a 50.
8 - SAVELLI, M.- Do Óleo de Peixe à Lâmpada Incandescente - Diário
Esses requisitos podem ser satisfeitos por madeiras
de São Paulo, 23/08/1960,
"in-natüra" ou através de tratamento de imunização com impregnação
9- FUCHS, R.D, e ALMEIDA M.T, Projebqs Mecânicos das Linhas
c
profunda da madeira em autoclaves com creosoto ou sais de cobre (
Aérea de Transmi"ssão - Ed. EFEI /BLÜCHER 1982· - I tajubá/São
(sais de Wollmann). As madeiras que dispensam essa imunização são
hoje de obtenção muito difícil, pois, sendo de crescimento lento ,
Paulo. c
10 - ABNT - NBR 5422 - Projetos de Linhas Aéreas de Transmissão de (
não são objeto de reflorestamento. São muito conhecidas as
aroeiras, a massaranduba, o óleo vermelho e outras. Há registros de
Energia Elétrica- Mar. 1985 c
suportes de aroeira com mais de 50 anos de serviço.
11 - THE ALUMINUM ASSOCIATION Aluminum Eletrical, Conductor c
A imunização se faz ·no Brasil com algumas das mui tas
Handbood - 1ª Ed. 1971 - N. York. Estados Unidos c
12- POFFENBERGER, J.C. e outros- Over Head Conductors in the (
variedades de eucaliptos, bastante abundantes em virtude do
United States. Proc. Cigre Open Conference -Rio de Janeiro, (
reflorestamento feito com essas essências. Sua vida útil gira em
torno de 20 a 25 anoS, dependendo, do local de emprego.
Agosto 1983
13 - EDITORES New Conductors offer Greater Transmission
c
Umas, como as ou trás, são empregadas ~m suas formas (
Efficíenty - Transmíssion and Distribution - Vol. 35, n. 10
c·
o
naturais, sem torneamento para retificação.
- pag. 12 - Outubro 1983 - Cos Cob, Ct - Estados Unidos.
14 - EDITORES - Controlling Conductor Vibration and Galloping c
Transmission and Distribution - Vol 36·, n. o 2 - pag. 16
1.5 -BIBLIOGRAFIA
Fevereiro 1984 - Cos Cob, Ct. Estados Unidos. (
1 - FUCHS, Rubens Dario, - Transmissão de Energia Elétrica 2ª 15 - ~ADDICOR, H. - The Principies of Electric Power Transmission c
Ed., Livros Técnicos e Científicos Ed. S. A. - Rio de Janeiro,
1979,
Chapman and Hall Ltd, - 50 Ed. 1964 - Londres. c
16 - STELLA, M.S. - Determinação da Capaci~ade qe Transporte de (
2 - STEVENSON, William D. - Elementos da Análise de Sistemas de
Potência - 2ª Ed. ~Me Graw Hill São Paulo, SP, 1986.
Corrente de Linhas Aéreas de Transmissão - ESCOLA FEDERAL DE
\
"ENGENHARIA DE ITAJUBÁ, 1984 - Dissertação de Mestrado.
c
3 - KIMBARK, Eduard W. - Direct Current Transmission Vol. 1
(
17 - TANGEM, K.O, e ANDERSON, J.G. EHV Transmission Line
Wiley Interscience- N. York, 1971. Reference Book- Cap. 7- Edison Electric lnstitute lo
c
4 - BARNES, H.C, e BARTHOLD, LO. High Phase Order Power (
Ed. 1968 - N. York.
Transmission-Electra- n~ 24, 1973- pag.153- Paris, França. 18 - THOMAS, P.H. - Output and Regulation in Long Distance Línes. c
5 - STEWART, J. R. e GRANT, !.S. - High Phase Order - Ready for Transactions AIEE, Nova York, 1909 Vol. 28, Parte I, c
Application- IEEE. Transactions, pag 101, n. o 6 - Junho de pags, 615 a 640 (
1983 - N. York. 19 - THOMAS, P.H. - Calculation of High Tension Línes - Id. ibid, ~
6- SÃO PAUT~O LIGHT S.A. -Departamento Técnico A Interligação pags, 641 a 686, (
São Paulo-Rio. Revista do Clube de Engenharia. Rio de 20 - CENTRAL ·STATION ENGINEERS Electrical Transmission and
~
Janeiro, Jan. 1960. No 281 - págs. 1-7.
(_
(
~--~
(
Distribution Reference Book - Ed Westinghouse - 4ª Ed. 1950
- East Pittsburgh, PA. Estados Unidos.
(
- 21 - ARMS1RONG, H.R. e WHITEHEAD, E.R. Lightning Stroke
( Pathfinder - IEEE Power Apparatus & Systems - Vol. 83, 1964
( - Pag. 1223 - N. York, NY - Estados Unidos.
Elementos básicos par2l os projetos
c 22 - OHIO BRASS - Building for Tomorrow Publ · n• 2778-H -
das linhas aéreas de transmissão
( Mansfield, Ohio - Estados Unidos.
(
(
c 2.1- CONSIDERAÇÕES GERAIS
(
( Para cada transmissão de energia elétrica entre dois
(
do kWh a um custo mínimo. O estudo de otimização de uma transmissão
visa exatamente identificar essas soluções, e, dentre elas,
escolher aquela mais adequada ao caso parti01lar. Sob o ponto de
vista puramente econômico, a solução mais adequada é aquela em que
c a soma dos custos das perdas de energia, durante a vida útil da
linha mais o custo do investimento, é mínima. Decorre daí que todas
( as alternativas possíveis, consideradas aceitáveis sob o ponto de
c~
.-- tenha sido feita, com a definição da classe de tensão, tipos de
bitolas e composições dos cabos condutores e
c
(
( r l
(
Elementos básicos para os projetos das linhas aéreas de transmissão 89
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão c
88 2.2- CONSIDERAÇÕES SOBRE A SEGURANÇA DAS LINHAS
mecânico de um
a linha de \
por projeto
Entende-se
- de todos os
esforços atuantes sobre os c
transmissão, a determinaçao
elementos de que se compõe,
efetuar o seu
dimensionamento adequado,
Sob o ponto de vista da Engenharia, as linhas aéreas de
transmissão constituem tipos parti'culares de estruturas físicas,
c
montagem e as \
desenhos de detalhes construtivos e de cujos elementos básicos são os cabos (condutores e pára-raíos) e os
produzir
respectivas
especificações e instruções.
Os trabalhos de projeto
ou fases:
·suportes, que, através das fundações, devem propiciar sua amarração c
que se considerem divisões
ao terreno atravessado, ao qual devem ser adaptadas. Só esse fato
(
mecânico das linhas permitem
já seria suficiente para diferenciá-las da grande maioria de obras (
supo.rtes sobre os (
da distribuição d os de Engenharia, nas quais ocorre o inverso: o terreno é que é
a - projetos dos cabos e
perfis dos terrenos; escolhido ou adaptado às finalidades pretendidas. Enquanto, na c
b - projetos dos suportes; maioria das obras, as dimensões dos elementos estruturais são (
. t os das fundações.
c - proJe
função do comportamento mecânico desejado, face às solicitações
c
previstas, o mesmo ocorre apenas parcialmente nas linhas aéreas de
transmissão: a escolha dos tipos e bitolas dos cabos condutores
c
o projeto dos
cabos consta da determlnaç
. ão das forças
- obedece, normalmente, a critérios técnicos e econômicos [1] e, c
atuantes nos mesmos,
sob a
.
ação
das solicita.ções a .que íicarao
muito raramente, mecânicos. A escolha dos materiais para os c
bem como dos p~râmetros das curvas
submetidos quand o e
m serviço, suportes, sua configuração e dimensões básicas dependem tanto das c
a fim de permiti r,
suspensos nos suportes, solicitações mecânicas e elétricas, do terreno no qual devem ser (
que assumirão quando
os pontos maiS adequados à
através destas, que
se escolha implantados, como também de considerações:, de segurança geral. Esta (
o estudo do comportamento
na linha. implica, evidentemente, em assegurar um mínimo risco de falhas (
implantação dos suportes Capítulo 3,
será feito no
mecânico
dos cabos suspensos, que
A distribuição dos suportes
mecânicas, que, além de comprometer a continuidade do transporte da
c
fornecerá
o necessário ferramental.
objetivo do Cápítulo 4. Os
energia, poderá ameaçar vidas e propriedades.
c
sobre os perfis dos
terrenos é
serão
0
abordados no Capítulo 5 e os
das
estruturas,
Na solução de quaisquer problemas de Engenharia de
projetistas devem seguintes
c
projetos dos suportes
fundações no Capítulo 7.
os iniciar pelas
prc:v\dências básicas, que constituem as "Hipóteses de Cálculo":
c
o presente capitulo é destinado a
apresentar as
c
metodologias recomendadas para
.
a determinação
dos esforços devidos
dos
à.
fatores
pressão
a - estabelecimento das chamadas hipóteses de carga, através
das quais se procuram fixar os valores das solicitações mecânicas,
c
causadores das solicitações, ou seJa,
(
daqueles normais e anormais, que poderão incidir sobre as estruturas no
do ·vento
sobre 05 elementos
componentes das linhas e
ão feitas, inclusive, decorrer de sua vida útil -- principalmente daquelas que, por sua c
devido às variações
das temperaturas. 5 er
.nhas e o seu dimensionamento, saio r intensidade ou por sua maior duração, mais solicitam os c
considerações sobre a
" .
segurança das l l
d falha". o comportamento
elástico dos cabos aateriais empregados; c
admitindo-se rlscos e (alOngamentos) que .., .. cc b - através do conhecimento do comportamento dos materiais a \
def ormações permanentes
cond u t ores,
bem como as
t discutidos,
e rnetodologias para -'-+--·serem empregados, face aos tipos de solicitações a que serão c
irão sofrer serão igua 1men e SUbmetidos, escolher as taxas de trabalho mais adequadas a cada (
predeterminação apresentadas. taso.
(.
90 Projetos mecâilicos das linhas aéreas de transmissão Bementos básicos para os projetos das linhas aéreas de transmissão 91
Na maioria dos países, uma vez que a segurança das Por outro lado, as cargas que atuam sobre as
obras de Engenharia em geral envolve a segurança de seres vivos ou estruturas, principalmente quando decorrentes de fenômenos
~de propriedades, o projetista é limitado, em seu arbítrio para a naturais, também não podem ser previstas com precisão e, para
( escolha dos elementos acima, pelos "Códigos de Segurança" ou pelas quaisquer valores supostos, e~iste sempre um risco de que os mesmos
( "Normas Técnicas", que, para cada tipo de estrutura, procuram sejam ultrapassados durante a vida útil ·aa obra.
( estabelecer condições mínimas de segurança, fixando, em geral, Há, pois, urna tendê~cia natural de se superestimarem as
( tanto as hipóteses de carga mínimas, como também as solicitações cargas ou de se superestimarem as resistências das estruturas,
( máximas admissíveis nos diversos materiais. São elementos dé levando a superdimensionamentos, com conseqüentes penalidades
orientação para o projetista. Sua adoção pura e si_mples não o econômicas.
(
exime, no entanto, de responsabilidade profissional. Uma· vez que, tanto a suportabilidade de uma estrutura
Quando um determinado elemento estrutural é submetido a ou aquela de um de seus elementos estruturais aos esforços
(
um certo tipo de esforço,_ e se este for suficientemente elevado, mecânicos, podem ser consideradas grandezas estatísticas, como o
c poderá ocorrer sua destruição ou ruptura. Esse valor recebe o nome são as forças atuantes, o risco de falha existirá sempre para
c de carga de ruptura. Esse termo, no entanto, não deve ser entendido qualquer combinação de forças atuantes e suportabilidades, como
ao pé da letra: às vezes ele, é/associado a valores de solicitações ensina a teoria da Probabilidade.
que provocam deformações permanentes em elementos 'da~ estruturas, Seja P(L) a curva cumulativa de distribuição das
de ordem tal, a provocar o colapso da estrutura inteira. Seu valor suportabilidades de urna estrutura pertencente a um lote de
c também não pode ser considerado singular ou absoluto: nos materiais estruturas. No caso das linhas, essa distribuição pode ser
c técnicos
tanto em
usados
suas
em obras,
dimensões
aceitam-se
físicas
tolerâncias
finais, quanto
de fabricação
em suas
considerada normal, com um desvio padrão eritre 5 e 10% [3]. Seja
fo(L) uma distribuição de valores extremos - velocidades máximas
c ~
i'
características especificas (peso, resistência especifica à tração anuais dos ventos responsáveis pelas solicitações, e que pode ser
c ou compressão, etc). Admite-se, pois, um valor médio' para cada descrita pela lei de GUMBELL I. O risco de falha R é representado,
grandeza e uma tolerância. Esta será tanto menor quanto mais I' na figura 2.1, pela área hachurada. Sua expressão matemática é:
( rigorosas forem as especificações de fabricação, de controle de i
i
J~
qualidade e aceitação. Nestas condições, as cargas de ruptura devem
,. \
R P(L) ·fo(L) dL (2. 1)
I
ser entendidas como grandezas estatísticas, definíveis, por
exemplo, por seu valor médio e pelo desvio padrão ou pela O risco teórico de falha de uma estrutura pode ser
variância. Pode-se, pois, a cada valor de esforço que atua sobre um determinado pela posição relativa das duas curvas P(L) e fo(L). A
elemento estrutural, associar um risco de falha. Este será tanto pOsição da curva P(L) é determinada pela "suportabilidade
menor quanto maior for a relação carga de ruptura/carga máxima estatística garantida L1", e é definida· pela carga de 90% das
atuante. Essa relação determina o fator de segurança, para uma dada
solicitação. Por outro lado, quanto maior for o fator de- -segurança,
maiores as dimensões dos elementos estruturais e, portanto, seu l estruturas de um mesmo lote que devem resistir quando submetidas a
uma carga igual a L1.
A posição da curva fo(L) é definida pela probabilidade
l
custo. da carga L1 ser igualada ou excedida, ou pelo período de retorno T
~····
-f-··-··-·--,
! (
90 Profetas mecânicos das linhas aéreas de transmissão Elementos básicos para os projetos das linhas aéreas ·de transmissão (~
91
(>
Por · outro lado,
Na maioria dos países, uma vez que a segurança das
estruturas,
as cargas que atuam sobre as c
obras de Engenharia em geral envolve a segurança de seres vivos ou principalmente quando decorrentes de fenômenos c·
de ·propriedades, o projetista é lirni tado, em seu arbítrio para a naturais, também não . podem ser previstas com precisão e,
para (
escolha dos elementos acima, pelos "Códigos de Segurança" ou pelas quaisquer valores supostos, e~iste sempre um risco de que os mesmos
"Normas Técnicas", que, para cada tipo de estrutura, procuram sejam ultrapassados durante a vida útil d~ obra. c
estabelecer condições mínimas de segurança, fixando, em geral, Há, pois, uma tendência natural de se superestimarem as c
tanto as hipóteses de carga mínimas, como também as solicitações cargas ou de se superestimarem as resistências das estruturas, c
máximas admissíveis nos diversos materiais. São elementos de levando a superdimensionamentos, com conseqüentes penalidades c
orientação para o projetista. Sua adoção pura e siffiples não o econômicas.
c
exime, no entanto, de responsabilidade profissional. Uma· vez que, tanto a suportabilidade de uma estrutura c
Quando um determinado elemento estrutural é submetido a ou aquela de um de seus elementos estruturais aos esforços c
um certo tipo de esforço, e se este for suficientemente elevado, mecânicos, podem ser consideradas grandezas estatísticas, como o
c
poderá ocorrer sua destruição ou ruptura. Esse valor recebe o nome
de carga de ruptura. Esse termo,. no entanto, não deve ser entendido
são as forças
qualquer
atuantes,
combinação de forças
o risco de falha existirá sempre para
atuantes e suportabilidaàes, como
c
ao pé da letra: às vezes ele, ~
'
associado a valores de solicitações ensina a teoria da probabilidade. c
que provocam deformações permanen.tes em elementoS d.as estruturas, Seja P(L) a curva cumulativa àe distribuição das
c
de ordem tal, a provocar o colapso da estrutura inteira. Seu valor suportabilidades de uma estrutura pertencente a um lote de c
também não pode ser considerado singular ou absoluto: nos materiais estruturas. No caso das linhas, essa distribuição pode ser c
técnicos usados em obras, aceitam-se tolerâncias de fabricação considerada normal, com um desvio padrão en'tre 5 e 10% [3]. Seja (
tanto em suas dimensões físicas finais, quant-o em suas fo(L) uma distribuição de valores extremos - velocidades máximas (
características específicas (peso, resistência específica à tração anuais dos ventos responsáveis pelas solicitações, e que pode ser
c
ou compressão, etc). Admite-se, pois, um valor médio para cada descrita pela lei de GUMBELL I. O risco de falha R é representado, c
grandeza e uma tolerância.
rigorosas forem as especificações de fabricação,
Esta será tanto menor quanto
de controle de
mais na figura 2.1, pela área hachurada. Sua expressão matemática é:
c
(
qualidade e aceitação. Nestas condições, as cargas de ruptura devem
ser entendidas como grandezas estatísticas, definíveis, por
R J~ P(L) ·fo(L) dL (2.1) (
exemplo, por seu valor médio e pelo desvio padrão ou pela O risco teórico de falha de uma estrutura pode ser c
variância. Pode-se, pois, a cada valor de esforço que atua sobre um determinado pela posição relativa das duas curvas P(L) e fo(L). A r
~
elemento estrutural, associar um risco de falha. Este será tanto P<>sição da curva P(L) é determinada pela "suportabilidade c
menor quanto maior for a relação carga de ruptura/carga máxima ·estatistica garantida L1", e é definida pela carga de 90% das c
atuante. Essa relação determina o fator de segurança, para uma dada ·estruturas de um mesmo lote que devem resistir quando submetidas a c
solicitação. Pot:'·outro lado, quanto· inaibr for o fator de segurança,
maiores as dimensões dos elementos estruturais e, portanto, seu
carga igual a Ll.
A posição da curva fo(L) é definida pela probabilidade
c
(
custo. carga L1 ser igualada ou excedida, ou pel~ periodo de retorno T
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c
c
(
(
92 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
_r___
Bementos báSICOS para OS projetos das Jmhas aéreas de tranSmiSSãO 93
I
riscos anuais 10- 2 , 10- 3 e 10- 4 • com prucifo~cia. Essas cartas, para facilidade de consulta, foram
c
c reproduzidas neste capitulo.
(Eq. 2.2)
50
l valores das temperaturas correspondentes.
tsomax 31, 46•C ou tsomax = 32•C a - Temperatura média - da fig. 2.2 - t = 25oC
b - Temperatura máxima média - da fig. ?·3 - por interpolação
ç, d - Temperatura coincidente - não havendo registros simultâne aproximada - tmax = 31,7oC
(
os das temperaturas coincidentes com os ventos de máxima intensid~
de e como não foi possível,ainda, estabelecer uma correlação entre I c - Temperatura mínima -da fíg. 2.4- por interpolação
mada tmin = 9,5cC
aprox~
I
temperatura media plurianual das mínimas anuais. d - Temperatura máxima -da fig. 2.5 - tmax = 40oC
c Da tabela:
tmin = 11,44oC tmin ll,SOoC
e- Média das temperaturas
'imin = 19oC
mínimas diárias- da fig. 2.5 -
c OU
: \
c
c 2.3.2 - Determinação das velocidades dos ventos de projeto
2.3.1.2- Método direto ou gráfico
\
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissâf, Elementos básicos para os projetos das linhaS aéreas de transmissão 99
98 (
\
r·
(
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.. I
I
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~~·
... Fig. 2.3- Temperatura máxima média [•C) (NBR 5422/1985)
c
c
(
Fig 2.2 - Temperatura média [•C] (NBR 5422/1985) c
c
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' 100 Projetos fnecánícos das linhas aéreas de transmissão Elementos básicos para os projetos das linhas aéreas de transmissão
i ~ . 101
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( .. Fig. 2.4- Temperaturas mínimas [•C) (NBR 5422/1985) Fig. 2.5- Temperatura máxima [•C) (NBR 5422/1985)
i - '
'-
~
't
l •. I
(
~-
!;
t
l
(
[~]
sua solicitação. Assim,
tempos de resposta diferentes à
estrutural, ventos de
sobre um determinado elemento
intensidades elevadas de curta duração podem ter efeitos
menores do que outros, menos intensos, porém de maior
v.-----
(
duração. v : f (f J
se devidamente considerados, permitem
Esses fatores,
maior segurança e economia no dimensionamento das estruturas das
linhas.
A determinação da velocidade dos ventos em determir1ado f
J
local é feita por aparelhos denominados anemômetros, que, através
de mecanismos vários, informam, continuamente, as velocidades dos
( ventos. Os anemógrafos registram essas velocidades continuamente
[ •]
c para posterior consulta. Há vár.ias construções de anemômetros,
r sendo mais comuns as "de conChas", cuja velocidade de giro é
velocidade do vento medido. Suas· i_ndicações ou
proporcional à Fig. 2.7- Efeito dos tempos de integração nas ve l ocidades
outro lado, apresentam um tempo de resposta às dos ventos
registros, por
flutuações na velocidade do vento, que é função dessa mesma
(
velocidade e de seu sistema de medidas. Anemômetros sensíveis têm
( igualmente ser corrigidos, como também se deve efetuar a correção
tempos de resposta de ordem tal, que indicam velocidades médias de
c ventos integradas por períodos de 2s. A figura 2. 7 mostra um da velocidade do vento para .os cabos e estruturas situados a
c diagrama V = f(t) de uma frente de rajada de vento,. com as várias alturas maiores.
I
CATEGORIA COEFICIENTE Sua determinação obedece igualmente a dois processos:
DE
RUGOS!DADE
CARACTERÍSTICA DO SOLO DE RUGOS IDADE
Kc
um método estatístico, a partir de velocidades medidas no campo, e c
um método a ser usado na impossibilidade de se,_ empregar o anterior. (
A
Vastas extensões de água a sota
vento; áreas costeiras planas; de
-
1, 08
Baseia-se nas cartas com curvas "isótacas" publicadas no anexo da c
c
II
sertos planos. NBR 5422/1985, reproduzidas na figura 2.8.
c
(
c
Terreno com obstáculos numero-
505 e pequenos, como cercas vi-
vas, árvores e edificações.
0,85
..
! obtidas em
Sejam Vi ma>: as n velocidades
posto meteorológico, em
~~.áximas
cada um
anuais dos ventos,
dos n anos de c
Are as urbani zadas; ;terrenos com
observação.
c
I D
muitas árvores altas· 0,67 Empregando esses dados, é possível determinar o valor
da velocidade que poderá ser igualada ou excedida urna vez em T
c
c
anos, através da expressão [2,3):
J
I
Obs: - Linhas que cruzam áreas altamente urbanizadas, devem ser c
consideradas localizadas em terrenos de categoria D, pois é (
r,. muito difícil a sua real avaliação. P(Y] = 1-exp[-exp[- " (2.5) (
L
r
- Em vales que possibilitem a canalização de vento em direção c
rl
desfavorável para o efeito em questão, deve se adotar para na qual:
c
Kr uma categoria imediatamente anterior a que foi definida
P(Y]
r
1
é a probabilidade anual do vento v [m/s] a
c
com as características da tabela 2.1.
ser igUalado ou excedido; c
- As mudanças previstas nas características da região
- é o valor da velocidade do vento com uma c
atravessada devem ser levadas em conta na escolha de Kr.
probabilidade anual de P(Y); c
- Os valores de Kr da tabela correspondern a uma velocidade V [m/s] - é o valor médio da distribuição das n c
média sobre 10 minutos (período dé integração de lümin), velocidades máximas observadas; c
medida a 10m de altura sobre o solo. fJ'V - desvio padrão arnostral nas n velocidades. c
2.3.2.2- Velocidade básica de vento ~ aconselhável que esse método só seja empregado quando
c
(
se tenha um número grande de anos de observação: para V, no mínimo
Velocidade básica de vento é uma velocidade calculada 10 anos e, para o cálculo de av, seria aconselhável dispor de 20 c
para um periodo de retorno de 50 anos, medida de maneira anos de dados. (
c
l
I r
l
c Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Bementos básicos para os projetos das linhas aéreaS de transmissão 109
( 108
Exemplo 2.3
'
l
'
A tabela 2.1 fornece os valores das velocidades máximas
anuais de vento cOlhidas em um posto meteorológico por meio de ane-
( mômetro com 2s de resposta, a 10m de altura, em terreno de rugosi-
... dade B .
( ... ~·
"
... ' Qual o valor da velocidade básica,de vento, ou seja, a
velociqade com um período de retorno de 50 anos?
solução:
As velocidades de vento da tabela estão especificadas
( em km/h, enquanto que a velocidade básica é em m/s. Poder-se-ia
converter os n valo(es ou operar com km/h e fazer a conversão pos-
Ternos:
c -*--+---rf'--'1:-<ti1';;- •.
1
P(V) = 0,02
( 50
76,42km/h
<rv = 12,69km/h
Aplicando a equação 2.5 para obter o valor de V:
X
( P(V)
-e
1 - e
(
Sendo:
c X
rr (V- V+ 0,45 · <rv)
(__ v'6·G'v
(.
Temos:
(. X
-e
(
... = -e
X
= Ln[l 0,02]
( e - 0,02020
'-~f Fig. 2.8- Velocidade básica do vento [rnls1
'
cl X= 3,90194
(
·J rr
.' X
\Í6·12,69
[V- 80,1305]
(
l
·f (
Elementos básicos para os projetos das lin}?as aéreas. de. tranf>missão (
Projeros mecânicos das linhas aéreas de transmissão 111
110 (
Exemplo 2.4
(
Logo:
Qual a velocidade básica do vento a ser usada na linha
V = 120,378km/h = 33,358m/s especificada no exemplo 2.2? (
A velocidade rnax1ma de ven t o será , pois _33 • 538m/s (
para um período de retorno de 50 anos e tempo_de ínte::aâ:ol~em~n~~ Solução:
dos Para obter seu valor com um tempo de 1ntegraç . . (
gun d~vemos determinar na figura 2.9 o fator Kd para_por ele ~lVI Para as coordenadas 12oS e 48oW, obtemos aproximadamen-
tos, valor acima encontrado. Para terreno de categoria B, na Inte~ te 22,8~/s por estimativa entre as curvas de 22 e 24mls. c
~!~ã~ da abscissa de 2s com a curva B, encontramos Kd = 1,4. Logo o (
vento bâsico será de:
2.3.2.3 -Velocidade do vento de projeto (
Vb = 23,956 = 24m/s
c
li I I I
É a velocidade a ser usada na determinação das
c
'·'
I I! : I I I I i i solicitações provocadas pelo· vento sobre os· elementos das linhas.
c
L':, li I Ela é calculada a partir da velocidade··básica de vento, com as
CATEGORIA 00 I li ! (
'·' . correções devidas aos seguintes fatores:
c
TERR~NO
I
1\ I a- quando a rugosidade do terreno for diferente de "B",
'·' I I I I I I (
_::i I. ' I deve-se multiplicar a velocidade básica de vento pelo
I
.I •
··I
, I
•_l
I
' "coeficiente de rugosidade de Kr" referente ao terreno da c
'·'
_l
" f\ I I i l_l I linha Kr e obtido da tabela 2.2; (
I i 'h l ~~ li I i
~ ""1'<.1 i 1'- t\; I •
I I . (
b - os diversos elementos da linha têm tempos de resposta
., N< N ' _'b .L',
'j-._1 f'-I ').,I
WJi ' I I
_l I
(
( 112 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Elementos básicos para os projetos das linhas aéreas de transmissão
113
TABELA 2.3 VALORES DE n PARA A CORREÇÃO DA VELOCIDADE 2.3.2.4- Velocidade básica com período de retorno qualquer
DO VENTO EM FUNÇÃO DA ALTURA i
.:i
Categoria n
! O período de retorno de 50 anos é considerado
do geralmente ~atisfatório. Desejando-se, no entanto, aumentar a
terreno t = 2 s t = 30 s
segurança da linha, pode-se aumentar o pér:-íodo de retorno para
( '·
A 13 12 100, 500 ou mesmo 1000 anos, a critério dos proprietários das
linhas. Também neste caso há dois procedimentos.
B 12 11
'
l
( c 10 9,5
2.3.2.4.1 -Método estatístico
(" D 8,5 8,0
--
c Portanto, a velocidade de vento de projeto será
Empregando-se a Equação 2. 5 com valor de P (V)
( correspondente, pode-se determinar o vàlor da velocidade básica
determinada por:
c para o valor de T especificado, como foi mostrado no exemplo 2.3.
i'
Repetindo os cálculos do exemplo com T = 500 anos,
(2.7)
c P(V) = 0,002, a velocidade do vento de projeto será
ou 36,72m/s.
V= 132,19km/h
I
Exemplo 2.5
'
'
I
Qual deve ser o valor do vento de projeto para a 2.3.2.4.2 - Método direto ou gráfico
determinação da forca resultante da pressão que o vento exerce
sobre os cabos de uma linha, cuja altura média sobre o so~o é de 18
Podemos determinar Vb para um períoào àe
c m, estando a linha em terreno de categoria C. O vento bas1co de pr~
lI
retorno
jeto é de Vb = 20m/s. diferente de 50 anos pela Equação [2]:
(
Solução:
c
'
I
reção serão:
Devemos empregar a Equação 2.7. Os coeficientes de cor
,;t = ~ Ln[- Ln[1= -+-))
( (2.8)
(
Kr = 0,85 -Tabela 2.2 para categoria C "'
Kd = 1,30- t = 30s- Categoria C
n = 9,5 - Tabela 2.3 -para t = 30s e categoria C na qual:
(
(
18 1/9,5
' (lO)
(
Kh = = 1,06383 o:: - estimador do fator de escala da _distr~buiç~ de Gumbel,
que pode ser obtido da figura 2.10;
Portanto:
f3 - estíJ'!1ador do fator de p~~ição da distribuiçãq _· de Gumbel,
Vp = 0,85·1,30:·1,06383·20m/s
obtido da_figura 2.11;
Vp = 23,51m/s
T - período de retorno em anos.
I(
(
c
..._ c
... c
(
I ·\. c
c
w• (_
c
período de integração da média: 10min
per-íodo de integração da média: 10min
a 10m de altura
c·
a 10m de altura terreno. com rugos_idade B (
terreno com grau de rugosidade B
c
Parâmetro.beta da distribuição estatística (
Fig 2.10- Parãrnetros alfa da distribuição estatística de Ginnbel.(mls)
de Gumbel (m/s)-1 (
( .
l ·'.
::' 7
( 117
116 Elementos básicos para os projetos das linhas aérea·s de transmissão
Projetos mecânicos das lii'lhaS aéieas de mmsmissão
(
Ela deverá ser implantada em terreno tipo C, com condutores em al-
I
tura média de 15m, em local de altitude média de 350m, cuja tempe-
ratura coincidente é de 19eC,
Ih: h,
· '"'Hnr- a velocidade de vento básico da linha localizada Qual a pressão dinâmica que o vento irá exercer sobre
fAH111J
'' 111Hln& 12oS e 4QoW com um período de retorno de 500 anos
os seus cond~tores?
Solução:
I'Ljlj
fllnção (2. 8) teremos para o:
h 1
'J! ,._ 11 -
Ln(- Ln(1 - sàõ))
0,40
0,40 e~= 11:
I
I e
Temos que:
(Eq. 2.9)
(Eq. 2.7)
Vp
(
,. . 1,293
1+0,00367·t
16000+64·t-ALT)
[ 16000+64·t+ALT
[kg/m l
3
(2.10)
qo = 325,60N/m2
(
l ·I I - a temperatura coincidente;
AI 1 1tul - a altitude média da implantação da linha.
2.4 - FORMULAÇÃO DAS HIPÓTESES DE CÁLCULO
't
118 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Elementos básicos para os projetos das linhas aéreas de_ transmissão
119 (
restrição ao uso de materiais, para aquele tipo de solicitação. i (
TABELA 2. 4 - CARGAS MÁXIMAS RECOMENDADAS PARA CABOS NA CONDIÇÃO
Normas técnicas ou códigos de segurança impõem limites às
I DE TRABALHO DE MAIOR DURAÇÃO, SEM DISPOSITIVOS
DE PROTEÇÃO CONTRA VIBRAÇÃO [2]
(
solicitações, porém a experiência do projetista é também essencial.
Para os projetos dos cabos, como também para os demais Ii TIPOS DE CABOS % CARGA. DE RUPTURA (
(
elementos das linhas, elas devem ser formuladas a partir das mesmas
solicitações.
í
I Aço AR 16'·. c
Aço EAR 14 (
Na prática de projetos de linhas no Brasil é usual a Aço-Cobre 14
formulação,
solicitação,
solicitação:
no mínimo, das seguintes hipóteses
as quais corresponderão às respectivas limitações de
de carga ou de
I
(
Aço-Aluminio
CA
CAA
CAL
14
21
20
18 (
c
c
CALA 16
CAA-EF 16 c
1 Hipóteses de carga de maior duração
associados os esforços atuantes quando a linha estiver sob ação de
a ela estão
c
uma temperatura do ar correspondente ao seu valor médio, t, sem
c
estar sob o efeito de vento.
Obs: Mesmo com o emprego
grampos armados, os projetistas
de armaduras
de
antivibrantes
linhas
ou c
em EAT têm (
2 - Hipótese de carga de flecha mínima - conside-I-a-se a linha limitado a tração nos cabos CAA a 18% da sua carga de (
ruptura, com muito bons resultados.
sujeita
geralmente
à menor temperatura
considerando o período
que pode
de
ocorrer,
retorno de
como
50 anos,
vimos,
sem
r
(
considerar o efeito do vento. b - "Na hipótese de velocidade máxima de vento, o esforço de
(
tração axial nos cabos não pode ser superior a 50% da
3 -- Hipótese de carga de vento máximo esta condição carga nominal de ruptura dos mesmos". c·.
corresponde àquela que mais solicita os elementos da linha, pois
Obs: Na prática, neste caso, limita-se c
considera a linha sob a ação dos ventos de máxima intensidade, com
o valor
cerca de 35% de sua carga de ruptura.
de tração a
c
a tempe-ratura coincidente, que, como vimos, corresponde à média das
temperaturas mínimas. c -/~··~a condição de temperatura mínima, recomenda-se que
c
0
{
Para cada uma das hipóteses correspondem limitações nas esforço de tração axial nos cabos não ultrapasse 33% da
taxas de trabalho dos materiais nos -diversos elementos das linhas. carga de ruptura dos mesmos". c
Para os cabos condutores e pára-raios, a NBR 5422/1985 c
estabelece: c
Exemplo 2.8 (
a - "Na condição de trabalho de maior duração, caso não tenham f Admitamos que a linha a ser construída na reg 1 a 0 em que c
or~m obtidos os dados meteorológicos da Tabela 2.1 deva ser cons <..
sido adotadas medidas de proteção contra os efeitos da
!rul~a com um cab~ CAA, de 26Al+_7Fe, cuja área de secção transver=
vibração, recomenda-se limitar o esforço de tração nos al e de 468,51mm (Codigo Drake- de 79SMCM)
de ruptura e de 140.235N (14.300kgf). .
Sua
carga
nominal l
cabos aos valores máximos indicados na tabela":
Quais as hipóteses de ·cálculo? c
c
c
(
('
Projetos mecãnicos das 'linhas aéreas de transmissão- Elementos básicos para os projetos das linhas aéreas de transmissão 121
( 120
'
( \
-
d - admite-Se um fator de redução na forma de uma brisa de até
1,0mls.
·. f:
cr
(
segurança exigidas e da forma da curva que os cabos terão quando
Os alongamentos permanentes que os cabos das linhas
estiverem com sua flecha máxima. Independentemente do processo
c usado, convencional (manual) ou por computador, busca-se sempre uma podem 5;_ofrer, quando em serviço, decorrem de suas características
.\
( distribuição otimizada e que redunde no menor custo em estruturas e elásti:"cas. Seu conhecimento é importante para o cálculo de sua
c fundações.
magnitude.
Além de suas dimensões fisicas, secção, diâmetro e peso
c A flecha a ser usada para definir essa curva deverá ser
unitário, para o estudo do comportamento mecânico dos cabos, é
c a maior flecha que poderá ocorrer durante a "vida útil" da linha,
porém não maior, pois penalizaria o custo da linha. necessário que se conheçam sua carga de ruptura, seu coeficiênte de
(
O valor da flecha, como será visto, depende do térmica e seu módulo de elasticidade. Essas grandezas
c comprimento desenvolvido do cabo quando suspenso. Este está sujeito ~'~.normalmente podem ser obtidas dos catálogos dos fabricantes de
( a variações em função de sua , temperatura e também devido ao cabos condutores. Os valo.res, ai indicados são, em geral, os valores
( alongamento permanente que irá sofrer com o decorrer de seu tempo ::)t:~~;·aédios que seriam obtidos , em um número grande de medições
c·. de uso, como será visto mais adiante. izadas em lotes de amostras- de condutores, devendo-se. pois,
c.
1.
122 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Elementos básicos para os projetos das linhas "aéreas de tfõiTSmissiio
123
esperar variações nesses valores, para mais ou menos, com pela curva A"A, pas d
san o em seguida a descrever a curva AB para
tolerâncias especificadas em normas. Assim, por exemplo, as normas valores maiores que ~A. t'
a e ~ = ~B. O comprimento da amostra é, sob
'ASTM e as da ABNT [10) permitem urna tolerância no peso da ordem de essa tensão, acre · d d
_ SCl o e um valor proporcional a DB' . Uma nova
± 2% e, no diâmetro, da ordem de ± 1%. Essas tolerâncias devem ser re d uçao gradativa da t - f (
ensao az com esSe acréscimo diminua também
estendidas às demais características físicas. tornando-se proporcional a OB" d . - ' (
' quan o a t.ensao voltar a ser nula.
Os metais empregados na fabricação dos cabos usados nas
Há, portanto,
amostra. No
um aum.e.n.tn.. .. na."-.deformação."---perma.nente- sofrida-- pe-la' c
linhas, que, em outras aplicações, podem ser considerados
paralelas.
entanto, observa-se que as retas AA'' e BB" são c
perfeitamente elásticos, neste caso não o podem, pois, _em virtude (
da elevada relação
primeiro tensionamento,
comprimento/secção, apresentam,
alongamentos residuais de tal-- ordem, ·que
após o seu
[ N/m~J
cr I
c
influenciam os valores das flechas, podendo, conseqüentemente I
/E c
comprometer as alturas de segurança das linhas.
;-
f • f t cn
c
/
c
(
2. 5. 2. 1 - Deformações plástricas e modificação no módulo de
elasticidade em ·fios metálicos c
c
Os diagramas de tensões deformações obtidas em r·
'
ensaios de tração em laboratórios de resistência dos materiais, são (
conhecidos
registram-se,
dos estudantes
em ordenadas,
de Engenharia. Nesses
as tensões aplicadas às amostras de
diagramas,
c
fios e, em abcissas, os alongamentos unitários medidos. Nos
c
i (
procedimentos normais, esse teste é conduzido até o limite de
escoamento, ou mesmo à ruptura da amostra. Se, no entanto, o ensaio ALONGAMENTOS
' [mim J (
(
I
for interrompido com valor inferior ao de seu limite elástico, a Fig. 2.11 -Diagrama tenso-es x alongamentos
tração reduzida gradativamente até zero e os valores das tensões e /\ c
dos alongamentos igualmente registrados, o diagrama tomará o
No plano (~ • c). retas inclinadas c
aspecto da figura 2.11. Observamos inicialmente que a amostra, sob elasticidade dos material·s.
representam os módulos de
Como demonstrou Hooke:
c
a ação da tensão, ~A. estará com o seu comprimento aurnentadó em um
~ "
= E·e [N/m l ou [Pa]
c
valor proporcional OA'.
comprimento terá sofrido
Ao retornar
um aumento
ao estado de
proporcional
repouso,
a OA".
seu
O
ou (2. 11)
c
2
(
alongamento A' A" é fransitório, representando, portanto, uma E [N/m l ou [Pa]
deformação elástica.
c
A curva
(
Se a mesma amostra for novamente tracionada, OAB repr_esen ta
a variação do módulo de
verificaremos que, entre ~ =o e ~ = ~A, ela obedecerá à lei dada elasticidade quando
o fio é tensionado pe 1 a .Primeira
vez, sendo I.'
'\__ /
c
(
('
I
( 124 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
Elementos básicos para os projetos das linhas aéreas de transmissão
125
'I constante para os valores baixos da tensão (~l <~A), apresentando
Se, ao invés de ter permanecido sob a tensão ~A durante
um valor de E para cada valor de (j subseqüente. E: denominada "curva o tempo t, tivesse ficado durante um intervalo de tempo 2t, 0 seu
inicial" e define os módulos no estado inicial. aumento de comprimento seria proporcional a DE".
I
As curvas AA" e BB" representam os módulos de Fica, assim, evidenciado que esses alongamentos
elasticidade após o primeiro tensionamento a determinados valores adicionais não são linearmente dependen_tes
íi do tempo. Dependem, além
( de a-. Como são paralelas, representam o mesmo valor de módulo de disso, do valor da tensão e da temperatura
do material.
t'
(
elasticidade. É o módulo de elasticidade final, que é constante e
Esse fenômeno é conhecido em Metalurgia por fluência,
independente do valor máximo de (J'. ou "creep" · p o d e ser d e r·1n1'd o assim: "fluência é o escoamento ou a
Verifica-se que, quando um fio metálico é tracionado deformação plástica 'do material, que ocorre com 0 tempo, sob carga,
pela primeira vez, ele sofre uma mudança em seu módulo de após a deformação inicial, resultante da aplicação da carga".
elasticidade, devido ao fenomêno de "encruamento", ou seja, de
têmpera por trabalho a frio. Ele é acompanhado de um aumento em seu 2.5.2.2 - Diagrama tensões-deformações em cabos
comprimento. Esse alongamento depende da natureza do material e do
valor máximo da tensão a que foi submetido. Se os ensaios forem efetuados em cabos compostos de
Se uma nova amostra for submetida a um ensaio até um fios de mesmo material, os d1'agramas resu lt an t es terão o aspecto
valor de tensão correspondente a rrA e esta for' mantida constante semelhante ao da figura 2.13.
durante um razoável intervalo de tempo t, observa-se, como mostra a Se uma amostra de cabo de comprimento razoável (l >
fig_ura 2.12, que o seu comprimento original é acresciçio de um valor 10m) for tensionado pela primeira vez a uma taxa de trabalho
proporcional a OC'. Se a tensão for reduzida a zero, o comprimento
do condutor terá sofrido um acréscimo proPorcional a OC", portanto
CABOS HOMOGÉNEOS
maior do que OA"; C'C" é igual a A'Ã".
------
,.
[ Ntm2 J I
I
I
cr /
I I
l. I
I I
I
( I
I ~
w I
oO
( ~ I
z
.
w I
Ií
l ..
( :-
!
i'' ••
l_~
ALONGAMENTOS [mtm]
( ••• ••
c :t.f
( s
I
Fig. 2.12- Alongamentos por mudança de módulos Fig. 2.13- Diagrama de tensões-alongamentos
.;
de elasticidade e por fluência de cabos monometálicos
(
(
~ .. ... ( r
(
126
Projetos mecânicos das linhas· aéreas de transmissão Elementos básicos para os projetos das linhas aéreas de transmissão 127
c
(
corresponden t e a .~A
. . [MPa], o cabo se alongará de um valor OA•. Se a c
s
alongamento proporcional ao valor máximo da tensão
(
tensão for reduzida em segund a a zero, o seu alongamento ficará aplicada, O'"B. t atribuído à "Acomodação Geométrica",
r~duzido a QA" = csA' que é permanente. OA' é, pois, composto de composta de: c
duas parcelas: uma primeira DA" = c A, que se tornou permanente e a - acomodação dos fios e das caniadas de fios entre si; (
5
urna segunda, A" A', que cessou com a tensão. t, pois, elástica. b os fios que compõem as várias 'camadas cruzam-se com (
Se a mesma amostra for tracionada ·novamente, haverá um
novo crescimento de A"A' até ~ = ~A. crescimento esse que se faz de
superfície de contacto mínimas, o que provoca
c
erA/E r, sendo Er o módulo de
esmagamentos nos pontos de contato;
c- o efeito de encruamento dos fios componentes.
c
acordo com a lei de Hooke c
elasticidade representado por AA ", Prosseguindo o tensionamento até
c
valor de cr ser atingido, o comprimento do cabo ficou __acrescido
cc - é um alongamento proporcional ao valor da tensão aplicada
c
0
/3
de A' B' , atingindo o alongamento total o valor de OB' , A redução
O'"A e de duração da tensão
outros fatores, igualmente iffiportantes.
O'"A em horas. Depende
t a
ainda
componente
de
c. '
e
O'"BIEr, Os valores de r: 5A ou c 58 é que são
que é elástica. Os cabos não homogêneos, como também os cabos CAA c
importantes Para a determ inação da· 'flecha máxima dos cabos. compostos de ma ter i ais mui to di versos como o alumínio e o aço, c
se uma nova amostra do mesmo cabo fcir tensionada possuem diagramas diferenciados, como mo-stram a figura 2.15 e a
c
inicialmente ao Valor de .~s
. e em seguida sua tensão reduzida a O'"A, figura 2.16. (
como mostra a figura 2.14, e mantido :nesse valor por um det_erminado
intervalo de tempo de t horas. apo's o qual a tração será reduzida a
A curva de tensionamento inicial OA pouco se diferencia
c
zero, obter-se-á 0 diagrama indicado na referida figura. Observa-se
daquela dos cabos homogêneos, porém a curva de Oistensionamento ABC
é bastante diferente, pois, há uma ni tida mudança no valor do
c
que alongamento permanente c possui duas componentes: módulo E final do cabo, com tensões relativamente baixas O'"B. t: a c
0
região em que o alumínio e o aço dividem entre si as forças c
a'
c
[MP0] O'J; _ _ _ _ - - - B
J \
A c
Ei
C.
c
c
c
c
A
1
c' ALONGAMENTOS
ALONGAMENTOS
c
(
c
(
fenômenos causadores e o grande número de fatores que podem afetar
o resultado final. Daí a necessidade de se recorrer a métodos
empíricos, baseados em extenso trabalho experimental, principal-
mente para cabos do tipo CAA.
c São bastante conhecidos os diagramas Tensões-Deforma-
( •• ções, obtidos através de ensaios padronizados em amostras de cabos
( ALONGAMENTOS no Brasil são preparados de acordo com a norma NBR 7302 de abril
( o [mim] de 1982 [23]. Esses diagramas, como mostra a figura 2.17, contêm,
( além das curvas correspondentes, também suas equações. Para cada
Fig. 2.16- Alongamentos totais em cabos CAA composição _dos cabos é elaborado um -.diagrama com as respectivas
(
equações, com as quais se pode determinar c . Contêm igualmente
( solicitantes. A partir de certo valor da tensão (o-s) os fios de 5
curvas e equações para a determinação dos alongamentos por fluência
( alumínio, que sofreram um alongamento permanente maior do que
cc para durações de tensionamento de 6, 12 e 120 meses. Os
aqueles de aço, deixam de partU:.ipar na absorção da tração, que
diagramas publicados pela "The Aluminum Association" de N. York são.
fica inteiramente por conta do aço. Este, além do rna'is,_ deve ainda
considerados válidos para cabos fabricados de acordo com as normas
c suportar uma sobrecarga devido ao peso do alumínio. O trecho BC
ASTM.
representa o módulo de elasticidade final do aço Ea mulkiplicado
Antes de se tentar a sua aplicação ~ireta na solução do
pela relação entre as áreas das secções do aço e do alumínio.
problema da predeterminação dos alongamentos permanentes, convém
Nestes tipos de cabos a fluência se manifesta
fazer algumas considerações de ordem qualitativa referentes à
igualmente, como se verifica na figura 2.16.
fluência.
De uma forma genérica, os alongamentos permanentes
podem ser descritos por uma equação geral do tipo:
C
lol
= cs·(Tmax) + cc[T(t),t,"t} (2.13) 2.5.3 A·\.. Fluência metalúrgica
( Valendo:
O fenômeno da fluência começou a preocupar mais
c i
c
cs -
lol
alongamento permanente total;
alongamento por acomodação geométrica;
seriamente os projetistas de linhas de transmissão após o advento
( da transmissão em tensões extra-elevadas, devido ao emprego de
cc - alongamento por fluência metalúrgica;
(_ condutores múltiplos, com um número crescente de subcondutores por
Tmax - valor máximo da tração axial nos cabos;
( fase. Verificou-se que a falta de conhecimentos mais precisos sobre
T(t) - tração axial nos cabos;
( o,_ assunto poderia acarretar alongamentos desiguais nos diversos.
! ' t - tempos de duração das diferentes trações axiais nos
SUbcondutores. comprometendo a, ~onfiguração geométrica do feixe,
cabos
exigindo para seu restabelecimento operações custosas ~pós sua
( "t - temperatura.
-------------,,-------
l
(
130 Profetas mecânicos das linhas aéreas de trimsmissão Elementos básicos para os projetps Pa.s linh8s aére.as de transmissão 131 c
ancoragem definttiva. Processos
usados para empíricos eram
c
c (
compensar seus efeitos, com razoável sucesso em linhas com um cabo
por fase. c
Em anos recentes,
experimentais de trabalhos c
'' envergadura vêm sendo desenvolvidos, viSando-se, atraves de maior c
,.,
'
''
experiência, formular leis empiricas sobre a fluência e que levem c
''' em consideração todos os fatores que a influenciam. Experiências de c
longa duração foram realizadas por diversas equipes de pesquisa,
destacando-se os trabalhos realizados na Universidade do Celerado
c
(
'' '.
''
'I! 1
'
'' [14], que vieram trazer grande contribuição ao entendimento do
c
··I'U''''
fenômeno e para seu cálculo. A figura 2.18 apresenta um diagrama de
c
''
'
'' '·I'
·~ co alongamento obtido nesses ensaios em um
54 x 19 (Código Pheasant).
cabo CAA de 726,39 mm 2 ,
c
c
'' c
'' I , ..
··~
16,1150 Ul5 w 41,t; '1'. CR
,, d
15lflon.
I c
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~ 10,000
Ten~õo di!
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20'1'aCR
fluência
'"'-0
--
b(-o,C090
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v 0,0410
0,0150
c
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v
L_
I/
•,
v c
c
(
'' ',, o
o
'·" ... 0,0 0.12 0,14 0,111 0,18 O,Z2
c
"' I'\
AL0Joi8ANENTO U.l PORCENTA8EN
c
'' \•,',
Fig. 2.18- Diagrama de alongamentos por mudança de
módulo e por fluência .[2,14] c
o o
(_.
c
C} \
:1
-r-
cu Projetos mecfmicos das linhas aéreas de iransmissão Elementos básicos para os projetos das linhiJs ·aéreas de transmissão 133
( 132
(' il
Esse cabo foi inicialmente submetido a uma tensão
Experiências mostraram, outrossim, que a fluência total
nas linhas a longo prazo, tende a ser igual aos valores calculados
( correspondente a 25% de sua tensão de ruptura e assim mantido
para a chamada condição de temperatura média anual, sem vento. Nas
( ~urante 16h, quando a tensão foi reduzida a um valor correspondente
trações usuais para essa condição, ·. os alongamentos totais c
( a 20% da carga de rup~ura. Mediu-se um alongamento correspondente a
va tensão foi mantida até serem completadas 2. 160 independem da "história" de carregameni::o.. à qual o condutor foi
0,0130%. A no
submetido. A figura 2.20 ilustra bem esse fato, estando [14]
horas. Um novo alongamento de O, 0150% foi medido. Em seguida a
· t ate' atl· ngl' r 41 , 6% da tensão de representadas na mesma a curva normal de um determinado cabo CAA,
tensão foi aumentada grad a 1vamen e
t
· ut s quando foi reduzida com tração correspondente a 20 % de sua carga de ruptura, e as
ruptura e assim manti d a por 15 m1n o ,
( tensionado a 20% da curvas referentes ao mesmo condutor submetido temporariamente a
lentamente a valores quase nu l os, para s er re
c' tensão de ruptura, 0 que ocasionou um alongamento ·adicionaL de trações maiores, ·respectivamente 25 a 30% da mesma carga.
c' o, 009%. o alongamento total
medido foi de O, 038-9-%. Uma outra
cí .
amostra foi subme t i d a a um ens al o,
l·nvertendo-se as operações:
( · b t
ini~iou-se por su me er o ca o
b a' traça-o máxima de 41,6% por 15
,t
c minutos, reduzindo-se, em seguida a tração para os mesmos 20% da
\~,' ~
TenJo mcix1m0
c ''
' ' ''
,//
Fig. 2.20 - Efeito da variação de solicitação sobre a fluência [14]
c
u
(, '
! / / \1
'' ''
' ''
".
'
7 Toooóo ~moi
.
11
I
I
/\
Verifica-se que. durante o período de uma hora, em que
[~
Tei'I$Óo N:;~rmol maiores foram mantidas,:·· as taxas de variação dos
• .. ''"'"''{E?
I< •
c,
o
'' ""ôooo{ED7
•
e B
1/ Alont~olito tofl;!1
r7 reduzidas a 20% da carga de
(_, Essa redução provocou não só uma redução na taxa de
I
\I~-\
-
F lg.
\)
2 19
. -
I
'
.U.ONBAWENTO
ALONGA !.lENTO
dos alongamentos, como praticamente estabilizou os cabos
per iodo razOável: 3h na _amostra que foi_ .submetida .a 25%_ da
de ruptura e 12,5h na a~ostra submetida a 30%. Neste último
verificou-se, inclusive·,· uma "fluência negativa" durante as
,_ '( !
8,7245E-6·Y
+
(
c Xi - 7,03E 4
-
1,77E-S·Y- 4,80E-10·Y
+
2 + 2,16E-14·Y 3
X!= 6,85E-4 + 1,56E-5·Y- 2,7E..:10:y 2 + 1,14E-14·Y 3
\ 45 + 7 Xr 10,695E-6·Y
b o,
para a curva final (figura 2.17), deslocada para a origem
c Xt - 6,85E-4 + 1,56E-5·Y- 2,70E-10·Y
2 +
.
1, 14E-14·Y
3 Xr ~ 10,273E-6·Y
( 54 + 7 Para:
Xf - 10,273E-6·Y
5066 2
c Xt - -4, 76E-4 + 1,34E-5·Y - 1,5E-10·Y 2 + 8,90E-15·Y 3
ou
~ = 546 , 04 = 9,278kgf/mm
c. 54 + 19
Xr _ 9,891E-6·Y
~ = 13. 196PS! Y
c Alumínio Xt - -6,54E-3 + 1,87E-5·Y- 7,69E-10·Y 2 + 5,26E-14·Y 3 logo:
( 7 fios Xr 18,893E-6·Y . 4
X1 = 6,85·10- + 1,56·10- 5 · (13. 196) - 2,7·10- 10 ·
l Alumínio X; _ -5,60E-3 + 1, 83E-5 · Y 7,22E 10·Y 2 + 5,35E 14·Y 3
2
19 fios Xr - 11,27E-6·Y Xi O, 18571% · (13.196) + 1,14·1o-••. (13.196) 3
(
( Alumínio Xt _ -5,31E-3 + 1,-74E-5·Y- 6, 17E-10·Y 2 + 5,05E-14·Y 3 ~f 10,273·10- 6 • 03.196)
37 fios Xr - 11, 74E 6·Y ·' Xr O, 13556%
c Alumínio
. 2
Xt _ -3,99E-3 + 1 , 8E-5·Y- 4,4E-10·Y + 4,45E-14·Y 3 Portanto, 'o alongamento permanente será igual a:
( 61 fios Xr 11,83E-6·Y c,= Xt - Xc = 0,18571 ~ 0,13556
:' I
c. = 0,05015%
das equações, STRESS - STRA!N - CREEP CURVES - THE ALUMIN . como comumente é especificado:-
Origem ASSOC!ATION "' 0,0005015m/m
(-~~ l
. As 'tensões Y são em PSI Oi bras por polegada
quadrada) _ es = 501,5mm/km
3
1 PSI = 6,89476·10 MPa
. -3 2 NOTA, Para transformar [kgf/mm2] em PSI CUbras por polegada
= 0,703070·10 kgf/mm .~wqu.ra,,.),
multiplicar o valor dado em kgf/mm2 por 1. 422, 3. Valores
l!Pa devem· ser multiplicados po·r 145,038 para los em PSI. obtê~
"
'(
. .
.
c
138
Projetos mecânicos das linha§ aéreas de transmissão Elementos básicos para os projetos das linhas aéreas ·de transmissão 138
c
A tabela ·2.6 apresenta as constantes a serem empregadas c
b _ Alongamento por fluência (
- apresentam também três nas equações para o câlculo de OB' , que são do tipo para os cabos
Os diagramas tensões-deformaçoes
de uso mais freqüente: (
destinadas ao cálculo da
suas respectivas equações,
ret9-s,
fluência.
e
equações do tipo
São
Y
= a· X q ue
'
portanto, não Ct ::::; K·o- (2,14} c
representam o
crescimento exponencial dos alongamentos no tempo' c
interpretadas como "escalas.. d e t empo " • corno TABELA 2.6-- CONSTANTES DE FLutNCIA PARA CABOS CAA ECA [21] (
devendo, portanto, ser
mostra a figura 2.22.
CONDUTORES CONSTANTES "K"
c
c
TIPOS COMPOSIÇÃO 6 MESES 12 MESES 120 MESES
c
~I 6
18
+ 1
+ 1
13,676
20,202
14,286
21,277
15,625
24,691
c
'
26 + 7 15,444 16,502 18,709 (
I CAA
30
45
+ 7
+ 7
13,953
19. 157
14,424
20,619
15,463
25,413 c
54 + 7 16,878 17,762 20,794 c
54 + 19
7
16,644
23,095
17,331
24,631
19,716
30,211
c
(
19 23,585 25,510 32,051
CA
37 23,641 26,178 32,680 c
61 25,316 27,473 34,483
c
1 As tensões a- na equação 2. 14 devem ser usà·das em PSI.
alongamentos serão dados em %.
Os
c
. - do alongamento por fluência
2- Multiplicar os valores da tabela por"l0- 6 . (
Fig. 2.22 - Determ1naçao 3 - Origem' "STRESS - STRAIN - CREEP CURVES" - THE ALUMINUM
ASSOC!ATION, c
Sejaa tensa- o para a qual a fluência em um período
c
(]"A
.
Projetos mecámcos das .1m
. h
as B éreas de transm;ssão Elementos básicos para os projetos das linhaS aéreas de transmissão 141
140
2.5.4.2 -Métodos recomendados pelo WG-22 do CIGR!
Com a equação da fluência podemos calcular:
Xfl = 20, 794E-6 , cr = 20,794E-6 · 3931
Xr1 = 0,081746% Após a divulgação dos trabalhos de Wood e outros [141,
~ · em 10 anos, será: Bradbury ·e outros [17), Harvey e Larson [18]. propondo novas
( 0 alongamento por fluencla,
EclO = 0,081746 - 0,058529 = 0,02315% maneiras de calcular os alongamentos, Bugsdorf e outros [19] do
(
WG-20 do Cigré, estudando os trabalhos anteriores, concluíram por
ou
( EelO = 0,0002315m/m OU t::clO = 231,5mrn/km propor dois métodos de trabalho para o cálculo dos alongamentos
( · d · ados nas curvas,
Para tempos diferentes daqueles ln lC permanentes e que se diferenciam na maneira de se efetuar os
or interpolação em papel
( pode-se determinar outros valores d e r:c P ensaios nos cabos para se obter os diversos parâmetros de fluência.
( Di-log. O primeiro método baseia-se no ensaio dos fios de alumínio ou de
c c _ Alongamento total depende do ensaio do cabo inteiro. Pelo primeiro método é possível
determinar cs e cc separadamente, enquanto que as equações do
c dada a interação dos dois
c De acordo com
Al
FIOS
Fe
m*
trial para a
obtenção dos
fios K </>
"' il o
I Processo industrial
Valores dos coeficientes
c
c
c
0,34 0,21
Laminação a quente 1,1 0,018 2,16
K
1, 4 1, 3 0,16 c
30 7 4,28 Extrusão ou
Properzzi
2,2 0,011 1, 38 o ,18 0,037 c
(
Laminação a quente (
7 6,16 Extrusão ou 1, 9 0,024 1,38 0,23 0,030 -- COEFICIENTES PARA A EQUAÇÃO 2.16.
26
Properzzi
CONDUTORES CALA [19]
c
Laminação a quente 1, 6 0,024
1,88 o, 19 o,on 1 c
24 7 7,74 Extrusão ou
Properzzi Processo industrial
c
Valores dos coeficientes
c
.
par.a a obtenção
qu~nte
18 1 18
Laminação a
Extrusão ou 1, 2 0,023 1,50 0,33 0,13
dos fios K. </>
"' il
c
Properzzi Laminação a quente c
Laminação a quente ,66 0,012 1,88
0,27 o, 16
Extrusão ou
0,04 + 0,24 m
1, 4 1,3 0,16
c
12 7 1,71 Extrusão ou
Properzzi
Properzzi """""ffi+1
c
m= área de alumínio (
área de alumínio área de liga de alumínio
m* área de aço c
c
(
(
-~~-.
( T -
1
( 144 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
Elementos básicos para os projetos das linhas aéreas de transmissão
( 145
TABELA 2.11 COEFICIENTES PARA A EQUAÇÃO 2.17.
(
(
.
Processo
industrial
CONDUTORES CAA [19]
Laminação
(j 2,4 0,24 o 1 1' 3 1 O, 16 o, 16
~~
a quente
I
Extrusão
(. ou 0,24 o 1 1 '3 1 O, 16 0,16
Properzzi
1' 4 -.. .,, .,,
DURAC.ÃO DA FLUENCIA HORAS
( I
c m
área total do cabo
área do aço
1eq 3
c, Informações obtidas junto aos fabricantes de cabos de Fig. 2.23 - Variação dos alongamentos
( com a duração e
com a tensão. Redução da fluência pela
alumínio indicaram que no Brasil os vergalhões ("wire-bars") de fluência
í alumínio ou de suas ligas são obtidos através do proceSso conhecido
c por "PROPERZZT". Essa informação é importante para a determinação
( das constantes de fluência nas tabelas. Seja ~1 a tensão com que um cab o foi
ancorado em uma
( Um exame das expressões apresentadas mostra uma linha. Aplicando-se, por
exemplo a Eq. 2. 15 a esse caso, obtem-se a
( variação exponencial de c no tempo. Assim, para cada valor de curva E f( t)
Cil • da figura 2. 23' para um grande . número de
c tensão ~ há uma curva ~ f{t), como mostra a figura 2.23.
Nas linhas de transmissão os cabos são ancorados em
intervalos de tempo 4t. Admitamos que
o valor de ~1 atue durante um
intervalo 4t. O alongamento provocado
será C1. Este fará com que a
suas extremidades por suportes fixos. A tração nos mesmos é tração seja reduzida, correspondente
a uma nova tensão 0'2' cuja
constante, a menos que ocorram alterações em seus comprimentos. curva é E = f ( 2 t)
cr , · O alongamento c1, na tensão cr2,
só seria
Estas podem ter causas externas, como alterações meteorológicas, ou alcançado em\ um tempo ma1or . do que 4t, ou seja, em teq1.
( Ao final
internas, como aquelas causadas pelos alongamnetos permanentes. de novo intervalo ~-.t
~ ' ou seja ao fim de teql + L.l't, o a 1 ongamento
'(' Neste caso há uma continuada redução na tensão dos cabos devido ao
continuado aumento em seu comprimento. Essa redução na tensão
alcançado será .... 2 . E
.... sse novo alongamento (E 2 _ ....""l) faz com que a
tensão se reduza para ~ 3 e
ao final de um novo intervalo de tempo
provoca, por sua vez, uma redução na taxa de alongamento. A própria llt, ou Seja. em teq2 + 6t,
(! seja alcançado o alongamento total E3.
•r I fluência provoca uma redução nas taxas de alongamentos por Esse alongamento adicional
.'j
(E3 - E2) provoca nova redução da tensão
cI fluência. As equações para o cálculo dos alongamentos não tomam e aSsim sucessivamente.
de
com t = 24t ê 0'1'
l·\ para a solução do problema. figura, é maior do que c 3 .
<3' que, como mostra a
(
_J
~·
L
(
Projetos mecánicos das linhas aéreas de.·transmissão Elementos básicos para os projetos das linhas aéreas de transmissão 147
146 (
Esse método é bastante trabalhoso. pois o número de Bt = ~t· Ct2 - tl) = ~vôt (2. 18) c
intervalos de tempo a serem usados para o cálculo da fluência a na qual o:;tr [
1
cC)- é o coeficiente de expansão térmica do cabo no (
longo prazo é muito grande. O valor de ~t. que no inicio deve ser estado final. (
da ordem
alongamentos,
de uma
pode
ou
ser
duas
aumentado
horas devido
gradualmente
à elevada
à medida
taxa
que
de
o
Para qualquer valor de al<?ngamento permanente c é
c
possível encontrar um valor de variação ''de temperatura llteq, de (
cálculo avança. forma que se tenha:
(
o uso de computador digital é aconselhável. Incluímos,
Ot = a.tr·llteq = c (
no final do Capítulo 4, um programa de cálculo em linguagem "Basic"
para computadores pessoais. Nesse capítulo são apresentadas portanto c
igualmente as hipóteses a serem usadas nos cálculos ,dos bteq = ·___<__ [cC] (2.19) c
alongamentos.
~U'
c
Essa constatação indica ser possível representar nos
c
Exemplo 2.12 cálculos das trações e flechas o efeito dos alongamentos
t
Qual é o valor do alongamento permanente de um cabo CAA
de 546, 04mm2, S4Al + 7Fe (CODIGO ;CARDINAL), que permane~erá dur~n
permanentes, na forma de um acréscimo de temperatura à temperatura
máxima de projeto dos cabos.
c
te 30 anos (262.800 horas) sob cOndições médias
de 20oC e tração inicial de 3070kgf?
(de ma1or duraçao)
Exemplo 2.13
c
{
Solução: Admitindo-se que a prev1sao de temperatura máxima dos {
Será usada a Eq. 2.15 no programa de computa9or já refe condutores da linha do Exemplo 2.11, feita da maneira vista no Capi
rido. Completam os dados de entrada: tulo 1,,_ é de 57 cC, qual será o valor da temper·atura a ser utiliza=
da para o cálculo da flecha máxima da linha n~· fim de 30 anos?
- módulo de elasticidade inicial Et = 5203kgf/mm
6
-coeficiente de expansão linear at = 18,18.10- cc
2
c
-coeficientes de fluência da tabela 2.7: Solução: (
K = 1,6; • = 0,017; ~ = 1,42; p = 0,38 e B = 1,9 Para o cálculo da flecha utiliza-se o valor da .(
O resultado obtido foi
c= 727,25mmlkm empregando 663
intervalos de tempo que crescem de acordo com a lei:
temperatura final. Para
c= 727,25·10- 6 m/m calculado em 2.12,
c
ôt = INT (1,25 ** 0,8·1) sabendo/ ~ue
c
na qual I e o número de ordem do calculo anterior.
IXtr = 19,44·10- 6 cc, como mostra a tabela 2.12,
c
Se a equação tivesse sido aplicada diretamente, o resul
tado seria c = 799,534mm/km para as mesmas 262.800 horas, cerca ct€ tem-se: c
10% maior. t30 = tmax + .ó.teq
(
(
727' 25 ·10- 6
t30 = 57,0 + ,~
permanente
t3o = 57,0 + 37,4•C c
Um aumento da temperatura de um cabo de t1cC a t2cC t3o 94,4oC <~
provoca um aumento em seu comprimento, que pode ser calculado pela Portanto, ao final dos ·30 anos, quando a temperatura (
for de 57oC a flecha nos cabos'--será aquela que o cabo teria a 94,4
expressão: DC se hão tivesse havido fluência. (
·C.
c
;; '\
( - --- -- --~--
. ·,
! Projetos mecânicos das linhas aéreas de tiansmissão
t 148 Elementos básicos para os profetas das linhas aéreas de transmissão
149
f TABELA 2.. 12 -- CARACTER1STICAS ELÁSTICAS E TÉRMICAS DOS CABOS
(
l
Módulo Coef. de exp.térmica
"A" •••
in"rn2
Mudança de
rI Tipo inclinação
de
compo-L__;e~l~a~s~t~i~c~i~d~a=d~e--+-I-n_i_c_i_a_l__t----:----j
Final
' da curva A
do
s1ção inicial
O"A
----
(M cabo I nicial Final .10-6 1/•C .10-6 1/·C>----~k""""""f---{
E l kgflmm 2kgf /mm 2 ""•g/mm2
~··
1 7031 2.3,04
Alumi- 7 5343 6180 2.3,04
nio 19 5060 6080 2.3,04
duro 37 492.0 5970 2.3,04
61 4710 5870 2.3,04 E m lm
Fig. 2.24 - Curvas tensão deformação linearizadas
1 19680 11,52.
Aço 7 19330 11.52
galvn.- 19 18980 11,52
nizad'' 37 182.80 11,52
6/1 6820 8075; 18,38 19. 10 11,601 2.5.6 - Características térmicas e elásticas dos cabos
!I 4781
6117 7664 18,00 18,90 11,250
Aluml-1 2ó/7 I
!I 4922 A tabela 2.12 fornece dados característicos de cabos
nlo 1 6609 8086 16,7!:> 18,00 12,750
com 20/7 I
5484 usados em transmissão. Os módulos de elasticidade iniciais dos
alm:\ !I
de 30/19 I 6609 8086 16,75 18,00 12,750 cabos CAA foram linearizados, como mostra a figura 2.24 e serão
aço I! 5484
empregados nas "Equações de Mudança de Estado", que serão
4517 I 4500 6575 18,10 19,00 11,250
I! 2.812 desenvolvidas no Capítulo 3 e empregadas nos projetos dos cabos.
5417 I 5203 6890 18,18 19,44 9,843
Os dados desta tabela permitem, igualmente, calcular
!I 4148
54/19 I 5203 6890 18, 18 19,44 9,843 alongamentos permanentes por acomodação geométrica, da maneira
II 4148 em [24], empregando as curvas linearizadas.
10190 11950 16,92
3 9840 11950 16,92
12 9840 11950 16,92
outros 10190 11950 16,92
6 - BIBLIOGRAFIA
Cobre 9840 11240 16,92
melo 9840 10890 16,92
I
duro
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Al~a 6/1 2728 2865 11,52 11, 52.
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r
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão sementos básicos para os projetos das linhas aéfeas de transmissão 151
c
150
c
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c
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c
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Determinations" -Revista Electra,
Conductor
n.c 24, CIGRt,
Creep
Paris,
c
(
Out., 1972.
c
i
1 c
'
\.
c r·
'
c .Estudo do comportamento mecánico dos condutores 153
I
( bastante rígidas que devem ser observadas nos projetos e durante a
c construção das linhas aéreas de transmissão, a fim de assegurar
( altos índices de segurança. Essas normas têm, em geral, força de
( lei, e estabelecem critérios ·mínimos que devem ser observados pelo
projetista, sem eximi -lo de responsabilidade'',. pela sua adoção
(
c Estudo do comportamento indiscriminada, sem maiores preocupações com sua aplicabilidade ao
caso particular em estudo. E cada linha deve ser tratada como um
( mecânico dos condutores caso particular. Essas normas especificam as máximas solicitações
(
admissíveis nos elementos das linhas, os fatores mínimos de
( segurança, bem como, támbém, indicam quais os esforços solicitantes
( que devem ser considerados em projeto e a_ maneira de calculá-los.
( 3.1- INTRODUÇÃO As distâncias m"inimas entre condutores, solo e estruturas são
c representada pelos
cabos condutores, que, segundo nos ensina a
e de linhas de distribuição estão regulamentados pela ABNT [2]. Nos
c . -
cuida, po~s. na 0
so' do dimensionamento de todos os seus elementos,
3.2- COMPORTAMENTO DOS CABOS SUSPENSOS- VÃOS ISOLADOS
c ·
de forma a assegurar seu bom func~onamen o
t face às solicitações de
154 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Estudo do comportamento mecânico dos condutOres
155 c
(
sem que se altere a forma da curva, se esse fio for bastante A flecha, como veremos, depende do vão, da temperatura
flexível e inelástico, possuindo, outrossim, o mesmo peso por metro e do valor da tração aplicada ao cabo quando de sua fixação em A e
linear que a corrente. Os condutores das linhas áereas de B. A altura hs, denominada altura de seguranca, é estabelecida por (
transmissão, normalmente constituídos por cabos, podem , ser normas, em função da class_é de tensa·o d a l'nh-
1 a, d o tipo de terrenos c
considerados suficientemente flexíveis quando os pontos de e dos acidentes atravessados pelas linhas.
c
suspensão estiverem razoavelmente afastados entre si, de forma a Temos então que:
P [kgf/m] é o peso unitário do condutor, e
c
descreverem, quando suspensos, curvas semelhantes a catenárias.
Os pontos de suspensão dos condutores de uma linha L [m} o seu comprimento desenvolvido, sendo:
c
L > A. (
aérea podem
freqüentemente,
estar
a
a uma mesma
alturas diferentes.
altura ou,
Estudaremos
como ocorre
os dois
mais
casos
c,
separadamente.
Consideremos os eixos OX e OY,
aos quais iremos c
relacionar a equação de equilíbrio. Seja M um
ponto qualquer da c
3.2.1- Suportes~ mesma altura
curva limitando um comprimento de condutor OM
condutor estará em equ1'l'b
= s. Esse segmento de
· sob a ação das forças atuantes sobre c
.3·: 1,
1 r1o
ele. Essas forças são representadas pelo peso · condutor ps, a
c
Consideremos a figura
suspenso em dois suportes rígidos, A e B, separados entre si por
que representa um condutor
tração no ponto O, des · d
ao
1gna a por To e cuja direção é tangente à
c
(
uma distância A. Essa distância comumente recebe o nome de vão. curva em O, ou seja, horizontal, e a tração T, cuja direção é a da
Como os pontos A e B estão a uma mesma altura, a curva descri ta tangente à curva em M, fazendo com a horizontal um ângulo~·. (
pelo condutor será simétrica, e seu ponto mais baixo, o vértice O, Projetando essas forças sobre o e1'xo .OY , teremos: c
encontra-se sobre um eixo que passa a meia-distância entre A e B. T · seno::• p . s
[3.1)
c
A distância OF =f recebe o nome de flecha. Nas linhas (
e, sobre o eixo OX,
de transmissão, as alturas de suspensão (H) dos condutores estão (.
diretamente relacionadas com o valor das flechas e com as
[3. 2) c
distâncias dos vértices das curvas ao solo (hs). Se, ao invés de considerarmos um segmento
comprimentp\ s da curva, considerarmos todo um ramo de c
'y ponto M se deslocará para o ponto B e a f
OB = L/2, o c
~-- - - - - -- - ~- _ -- - - - l tangente à curva em B. Nessas condições,
orça T passará a ser c
~ --------------F"~ _____________ Is T
tornam (ver fig. 3. 2 ):
as eqs. 3.1 e 3. 2 se (
T·sen~ P~
c
I
HÍ e
=
[3.3) c
! T.·cos~ = To
[3.4)
c
(
Uma vez que a força T equilibra as demais, ela é
representada pela reaça·o da e_s t ru t ura ao sistema de (
forças
Fig. 3.1 - Condutor suspenso em dois suportes de mesma altura
atuantes: c
l
(_
c
,,r '1
( Estudo do comportamento meclmico dos condutores 157
~:
Projetos mecânicos das Unhas aéreas de t'ransmissão
156
Sendo T a força de tração axial no cabo, sua taxa de
T
trabalho também varia, desde um mínimo,_ junto ao vértice da
c' (CT)
curva, a um máximo, junto aos pontos de suspensão.
~~ estabelecem
Por questões
limitações
de
quanto
segurança,
aos máX:il!los
as diversas
·esforços de
normas
tração
( I
I
<1: admissíveis nos cabos condutores. Algumas normas, como a NBR
c I
I '
7
5422/85, estabelecem essas limitações em função da carga de ruptura
c I
I '
/
!/_ -----
dos cabos:
c - uma
t To - Tcosa;
força horizontal e~ __ cons t an e -
estabelecer um valor máximo para as taxas de trabalho admissíveis
( a
t' 1 V= T·sena = pL/2, por,an t t o igual ao em cada tipo de condutor [3,4].
c real.
principalmente quando os
têm valores usuais,
suporte~ estão no mesmo nível e os vãos
pois os ângulos a também são pequenos. Nos
( Da eq. 3. 1, obtemos: cálculos despreza-se, então, essa variação.
c To
(3.5)
c T=~
c~
Essas expressões mostram que, ção To= 1545kgf, calcular o valor da tração T, nos pontos de sus-
em função da
ue varia ao longo da curva, pensão, em vãos de 350m e lOOOm.
T q
c, mesmo não ocorre com •
distância s, do ponto considerado
ao vértice da catenária.
El
a se
rá
. .~
f (' .
(\\
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Estudo do comportamento mecânico dos condutores 159
158 ('
0,7816·350 pela eq. 3.8, r
= arctg pL
"
~ arctg 2·1545
tg" 2To · tg"
(fazendo L " Al
c
" 5,05925• p
c
logo:
logo
2. 1. 545. tg"
c
T = -
To 1.545
- = --::::~~~
COS« COS 5,05925
1. 551, 0428kgf A 0,78 16 = 19.393,95m
c
aumento de tração, ~T 0,391% _ . Portan~o, _com um vão da ordem de 19.400m, sem que a tra c
ça~ To, JUnto ao vert1ce da parábola, fosse superior a 1545kgf oU C·
::i~~ ~erca de 2~% ~a tração de ruptura, o cabo não resistiria 'aos
b- Para o vão de l.OOOm:
-zro-
pL 0,7816·1.000
m t ç s de traçao Junto aos apoios, e ocorreria a ruptura teorica c
" arctg = arctg 2 ·1545
en e sem conside_rar sobrecargas. '
c
14,19494• \ (.
" =
e
1. 545
r
T
To
= -cosa:.
-- = c os 14,19494
1.593,6592kgf 3.2.1.1 Equações dos cabos suspensos
c·
aumento de tração, l>T 3,1495%. Cálculo das flechas
c,
Consideremos novamente o sistema da r 1· g. 3 . 1: vimos
('
que: (
resultados assim obtidos,
Analisando os (!
ps
ver i ficamos que, no primeiro
caso, o aumento de t.ração é
perfeitamente desprezível, enquanto que, no segundo caso, já merece
tgo::•
TO (3.6)
c
sendo (i
um pouco mais de atenção. Um vão de 350m poderia ser considerado
normal em linhas com essa classe de tensão, enquanto que o vão de tg"' =
d:X
dy = z (3.10) C·
l.OOOm seria excepcional em qualquer linha. c
e podemos escrever
c
Z - ps (3. 11) (
Exemplo 3.2 \. -TO
Admitindo que o comprimento desenvolvido dos cabos seja
/
Diferenciando, encontraremos: c
aproximadamente igual aos vãos horizontais, com que valor de vão o
condutor da finha do exemplo anterior se romperá nos suportes? c··
c
Solução: ou c
Pela eq. 3.5: dZ
TO
p
dx (3.12) c
To = T ·Cosa. :. coso::
To
-T- + z
2'
c
para Integrando a eq 3.12, teremos c
To = 1.545kgf
coso::
1.545
7.735
e T = 7.735kgf(tensão de ruptura do cabo)
I f
-----
;
(
( 160
Projetos mecánicos das linhás aéreas de transmissão l Estudo do comportamento mecânico dos condutores 161
I
(
eq. J.13 podemos obter
c +Z+Vl+Z"
~
=
e(p/To)x X
A
=2 e y = f
.i
2+~
-(p/To)x
= e f = C1 , [cosh _A_ - 1] (3,16b)
( 2cL
( Subtraindo membro a membro
rc ( /T 0 )X -(p/To)x ( X ) (3,14)
\ Para a parábola, usando o mesmo raciocinio, temos:
z
e P - e = senh l To/p
(3,18b)
2
( emos, por integração
Como Z = d Y/d x, Obt \. Exemplo 3. 3
(
ê' To cosh·f~) +C
Verificar a convergência da série e calcular as flechas
c." y
p ~ To/p da linha descrita no Ex. 3.1.
c
(
para x o, y = o. coshO = 1, logo, c= - To/p, Portanto solução:
Teremos
('" y
To
p (cosh- l T~/p J 11
(3,15)
C! =~ =
p
1,545
0,7816
L 976,7144
dy X
L= 2Ct·senh ~ (3,21)
c I
dX
== senh -c 1
2 1 9 7 6 7 144
L = 2 "L 976,7144 · senh --o~..--_-,.;;7~.,., ,.,-
A
c
Como
\
a1 - Para A
c
X
2 X
---c-1 a2 - Para A
350m, L3so = 3S0,4573m
1.000m, Ltooo = 1.010,6977m
c
cosh ----c1 = senh
c
Integrando, encontraremos seu comprimento entre o b - Cálculo,pelo processo aproximado:
c
vértice e um ponto de abscissa·x: L = A + --:i/\
8f
2
(3,24)
r: :I
'
Lx = Ct•senh ----c1
X
(3,20)
Do Ex. 3.3, f3so = 7,7464 e f1ooo 63, 2363; logo
c
(
Considerando a curva inteira, no vão A tere.mos' 8(7,7464) 2
/bt - L = 350 +
3.350
(
(3,21)
L3so = 350,4572m c
(
Efetuando o seu desenvolvlmen o
. t em série, obtemos:
8(63,2363) 2
b2 - L= 1.000 +
3·1.000 (
1 A3 1 ( A )5 + +1 -( 2C1-A )n1
3T(zc1) ST 2Cl . . .
+ n!
(3,22)
Ltooo = 1.010,6635m c
es tamos frente a uma série rapidamente
.\ Comparando os resultados, verificamos que, se calcular- c
convergente.
Mais uma vez
Na maioria dos casos,
basta considerarmos apenas os
mos oslcomprimentos usando a equação simplificada, os erros serão:
- vão de 350m, erro de 0,002m, ou seja, 0,0006% c
, prl'mel'ros termos, ficando:
-vão de l.OOOm, erro de 0,03420m, ou seja, 0,00338%. c
d OlS
c - Analisando o comprimento do cabo pela equação da parábola c
L A+
, A3
= A+
(3,23) (3.18a), vem:
c
24CÍ
y
dX
dy =
C1
X c
Como f= Azp/8To (Eq. 3.18b), teremos:
Na Eq, 3.19:
c
[m]
(3,24)
!
I 2
c
L " A+ A/ 2 1/2
c
que e, a equação do comprimento
de uma parábola, desenvolvida em ~
i
L = 2
I 0
[ 1 + ( ~1 ] ] dx
(
~-
função da flecha e de sua abertura.
I (_,
·~I-
164 Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão Estudo do comportamento mecânico dos condutores I
165
(
Resolvendo:
(
A,
A ---+------1
A' '
(
c1 - L3SO = 350,4567m !. B'
c2 - L1ooo = 1.010,5635m
I
;:
I';
I
i
'
O que mostra, que os processos de cálculo aproximado em
vãos nivelados são plenamente satisfatórios, mesmo porque na mon- I '
' I
I
(
tagem mecânica não se tem esta precisão. Va
i
--- 1
'
/
Ta
I
c RESUMO DAS EQUAÇÕES DO CABO PARA VÃO NIVELADO
I
To
I
-----L--
I
I
I
fo
\ I
To - - ·-+-·--
a - Tração nos apoios: T (3.5) XI X
cos ex:
p.L
para: a: are t g -sro- (3.8) fig. 3.3- Cabo suspenso entre suportes com alturas diferentes
b - Flecha: f
p.A 2 (3. 18b)
J 81'0
que pode ser transformada em
c - Comprimento do cabo: L A+ (3.24)
h = 2C1· senh Xl + X2 X1 - X2
2C> · senh
'
\
I 2Cl
.i
ou, de acordo com a Fig. 3.3
'\... ~ A Fig. 3.3 mostra um cabo estendido entre dois suportes Desta equação, podemos obter:
(
rígidos,cujas alturas A e B são diferentes entre si, sendo o vão A' h 1
J ser,>!\ = -2Cl · - - -' - - , - - =
(
~, medido na horizontal igual a A. Seja h a diferença de alturas entre . -2Cl senh A h A
~·cosech ~ (3.26)
(
2C1
. A e B.
r'c\ Se prolongarmos a curva AB até um ponto B', situado a
uma mesma altura que o ponto A, obteremos um vão nivelado Ae,
Resolvendo essa obteremos equação,
A'' e,
conseqüentemente, o vão equivalente, que, de acordo com a Fig. 3.3
( chamado vão equivalente, e a catenária correspondente a esse vão.
será:
De acordo com a Eq. 3.16a, teremos:
(
Ae = A + A'
h = y1 - Y2 = C1 · [ ( cosh ~~ - 1) - ( cosh
X2
(3.27)
·\; ou
Xl
"C1
Da série do seno,
X
5
X2 ) senh x =
h C1· (cosh "C1 - cosh -Cl- -- +
5!
(
'
senh 2Ct
A'
2Ct
A' + ...
r·
·Quando A' > Ae/2: (
cosech x ==
'rt"e de co-secante:
Usando a Se
1
X
-6
X
+
7x
360
3
+
VB = v- ~e lp [kgf] c
c
então
To é constante em qualquer ponto da curva, mas a tração c
ZCt
A 1
A/CH~
A + "' axial nos cabos não o será. Seu valor poderá ser encontrado pela c
cosech = 12Ct
séries, e
soma vetorial de To com as componentes VA e Vs. Podemos fazer a c
Usando somen t e O
3.26,
s primeiros
teremos
termos
eliminadas
das
as funções
I, seguinte demonstração:
c
substituindo na Eq. (
rX = r8 +· vX ou
(
trigonométricas:
2h
= -A- Ct
(3,28)
Então c
A'
TA c
e o vão equivalente
será TO c
Ae = A +
2hCt
----y;:- [ml ~Desenvolvendo essa expressão em série binomial, obtemos
c
c
ou aproximadamente
(3,29) 1 + ---
2
vToA_]
1 ( ___
2
- l
--z:-4 ( VA ] '
TO +
c
Ae A +
2hTo
----'Aí)
[m] c
suspensão., A• Tomando os dois primeiro termos, temos que c
A carga Ve
rtical no ponto superior de
TA 1 + _1_ (3.!_] 2 VA
2 c
será (trecho AO) 2 To
ou TA = To +
210 c
VA T1 Ae·p = z(
1 (
+
2hTo )p
Ap J
[kgfl
J \
Note que, da Eq 3.30, c
c
I
VA = -Aep
ou
Ap hTO [kgf]
(3,30)
2-
c
VA = z- + ---p:- Portanto c
No ponto 1nfer1or
, , B
•
teremos {trecho OB)
2 2
c
. . \ =(_·~--+
(1 ~1 _ ~h ·CtJP
Ae
8T'O
p
c
VB = lZAe - A jp l 2
finalmente, para o ponto mais alto
c -~
ou c I
Ap
-z- -p:- hTO [kgf]
(3,31) TA = To + fe·p (3,32)
c
cL/
VB
r Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
Estudo do comportamento mecânico dos condutores 169
l
( 168
' Na eq 3.27:
Da mesma maneira, para o ponto de suspensão mais baixo,
Ae =A + A' = 800,2568 m
chegamos a Devido a esta pequena alteração na seqüência deste
(3.33)
TB = To + (fe - h)p exerc1c1o, será considerado o resultado obtido pela equação simpli-
c em que
ficada 3.29.
c Ae = 350 +
2·40·1545
350·0,7816
801,8204 m
c logo,
i
Consideremos o vão em desnível na Fi.g. 3. 4. Sua equação
referida ao eixo 01X1Y1 pode ser derivada da Eq. 3.16a:
(
A = 350 < zAe
l'l
c Façamos o cá.lculo exato de Aê: y1 = C1 cosh·----
Cl
X1
(i
2~ 1 2~ 1
1.,
(
.·"'<· ~
.·
(..
,,y"
(
170
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Estudo do comportamento mecânico dos condutores 171
c
laçamos a diferença L -B
2 2
,
2
lembrando, ainda, que cosh x-senh x = 1; 2 (
1Y B
! I
obtemos c
'
I (
--:--18 B
zcl[- A-xo xo A-xo
1 + cosh ---C-- - cosh ~ + senh ---C-- - senh C1
XO l (
-~-t-·_1_
' -
' 2 L_x /
Podemos
1
utilizando as
c
I
conhecidas fórmulas da adição e subtração dos arcos hiperbólicos.
c
z
A
Obteremos, finalmente c
c
---x, 1 + cosh
C!J
A (3.37) c·
\
Porém c
Fig. 3.4- Vão em desnível r\,.
cosh 2x - 1 e cosh
A
C1 - 1 c
origem coincl· d a com A . Teremos o sistema" A)f{. Sejam x e Y as c
coordenadas de um ponto qualquer da curva, relativo ao novo sistema
logo
c
de coordenadas. c
A equação da curva que substitui a 3.16a será: c
ou .I c
X - XO
- cosh ~l (3.34)
y = C1· ( cosh C! C!
L=/ (3.38)
(
zd
+ A
4
24CÍ
l c
(.
ds X - XO L2 - B2
cosh (
dX C!
c
e, conseqüentem~nte
r (3.39) c
ds = C1 (senh
A - xo
C1
+ senh ~l
C!
(3.36) c
Para essa equação, empregamos somente dois termos da (
Resolvendo simultaneamente, 3. 35 e 3. 36, obteremos o série, e ela representa o comprimento do condutor em forma c I
parabólica.
de L. Para tanto, elevemos ambas expressões ao quadrado e l. I
c-
i
-~
r·'
c 172 Projetos mecánicoS d8s linhas aéreas de transmissão Estudo do comportamento mecânico dos condutores 173
(
b - a flexa fo, medida entre uma linha horizontal que passa
c Calcular o comprimento do condutor· para a situação pelo apoio inferior e o ponto mais baixo da curva do cabo; há
c descrita no Ex.3.5, empregando as Eqs. 3.38 e 3.39. situações em que ela é importante, pois define o afastamento dos
c Solução:
cabos a obstáculos que a linha cruza nesse ponto.
c logo
L= 352,73272m (exato)
e será
substituindo
analisado
a
após
catenária
o exemplo
pela parábola.
3.7. Podemos
Para
simplificá-lo
tanto, façamos o
c b- Pela Eq. 3.39: d:esenvol vimento em série do segundo membro da Eq, 3. 34, da qual
c I empregaremos apenas os dois primeiros termos. Teremos:
c
c
portanto
L = (40)
2
l
+ (350)2 1 + (350) 2
12(1.976,7144)
2
)
y = Cl [ (x - xo)2 _ ~ = ~ _ ~
2C12 2C12J 2C1 C1 (3.40)
c L 352,73225m (aproximado)
I
c pequena, porém típica de linhas reais. No entanto, em casos de - +) (3.42)
'--· relações B/A elevadas, o erro pode ser de ordem tal a afetar
( significantemente os valores das flechas. --- -~
que é a equaçãO-da-parábo·la em aesnível, com origem nas coordenadas
( em A. Com e.ssa equação podemos construir a curva por pontos.
/\. O coeficiente angular da tangente em um ponto dessa
3.2.2.2- Flecha~ em vãos inclinados
c parábola é obtido derivando a Eq. 3.42:
c
~~ ~1 2~1 ~
No caso dos vãos inclinados, há duas formas diferentes
= -[ - ) (3.43)
de medirmos as flechas, e que podem ser de interesse prático, como
(_. mostram as figuras 3.3 ou 3.4.
r No. ponto P, correspondente a y = fs, a tangente é paralela à
a - a flecha fs, representada pela maior distância vertical reta AB; .logo, seu coeficiente angular é igual a B/A. Igualando a
entre a linha que liga os pontos de apoio do cabo e um ponto da Eq. 3. 43 a B/A, obtemos
.
'-
(
curva; esta flecha é importante quando o perfil do terreno é mais
ou menos paralelo à linha entre apoios; X
2
A
~~\
I
174 Projetos mecânicos daS' linhas aéreas de transmissão Estudo do comportamento mecânico dos condutores 175
(
Substituindo esse valor na Eq 3.42, obtemos Havendo interesse, da fig. 3.4:
I
nJ (3.50) \
fs' = fs cos!J!
~ ( 2~1
A'
YP = [SCl - (3.44)
-
(
\
Exemplo 3.7
Pela fig. 3.4, podemos verificar que / ''
Determinar os valores das flechas fs e fo para a
B situação descrita no Ex. 3.5. (
2 (3.45)
+ YP
c
Como yp é negativa, temos
Solução:
c
a - pelas Eqs: 3.18b ou 3.46, teremos c
f' = + -[8~: - ; ( 2~1 - +)] \
fs =81'0A2p (350) 2 ·0,7816
8 ·1. 545 = 7,7464m c
c
r- c
b - pela Eq. 3.49
~-
r
e, simplificando, obtemos
f o = f+ _ _
B
4fs 7,7464(1 -
40
4·7,7464
c
(3.46)
fo 0,6556m c
equação que, como vemos, é idêntica à Eq. 3.18b. Isso nos permite
(_-.
concluir que o valor da flecha máxima em um vão desnivelado tem o
mesmo valor que a flecha em um vão igual, nivelado.
' Observa~:
c
Como complemento, analisando o cálculo da flecha pela c
Caso (b)
(
/0
TB = To + pl ~tp - hj
(3.33) \
v
!
( :~ o I a o o
~~
(3.39)
l· B2 + A2ll +
.~
L
12C) j
i A
'
()
'
'''
('
d - Flecha:
fo = f, ll - 4~• r (:5.49)
I I Fig. 3.5 - Efeito da subdivisão de um vão por n apoios
intermediários igualmente espaçados
'
(
c
c !
sendo:
f,
(3.46)
I verticais e também das forças axiais T.
apoios podem ser calculadas por
divisão do vão afeta os .Valores
As forças verticais nos
das forças
I
(I pl pa
VA VB (3.51)
c -2- " -2-
c
{
J.3 _ Vãos contínuos
/ '\ As forças axiais serão, então
:I
pontos de suspensão nao
" isoladamente, pois 05 t b 0 ponto de/,
\_' - independen es so
admi times e nem os condutores sao - outro. Sobre cada estrutura intermediária atuarão apenas as
( orços são transmitidos de_ um vao para
vista mecânico. Os esf
\I
forças verticais, uma vez que as cornp~mentes horizontais To. das
essa -sucessão de vãos.
\ Daí a necessidade de se considerar
i
Primeiro caso: vãos e alturas iguais
trações anulam-se. As forças serão, então,
' ..
no vão A, V = pl " pa (3.53)
. 1 e imaginemos que,
~fi Retornemos à f 1g. 3 ·
r
.....----··
------- ~- --•- (_;.f
' - \
Estudo do comportamento mecânico dos condutores 179
c
178
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão c
e, portanto, To = STo' , donde (
Exemplo 3.8 To (
\ Imaginemos que o vão isolado de l.OOOm, cujas grandezas
To' = - -
5
(
I foram calculadas nos exemplos anteriores, seja subdividido em 5
vãos iguais de 200m, pelo acréscimo d e 4 sup artes intermediários
a - Estruturas terminais
a1 - Forças verticais: r,_
de mesmas alturas que A e B. Quais os esforços que atuam .~o~re as
7
estruturas terminais A e B e sobre as estruturas intermediarias. v=. . / p·a
-2-
0,7816·200 '·
78. 16kgf (
2
c
'',. Solução: a2 - Forças axiais:
c
[: Dos exemplos anteriores para o vão d~ ~-~DOm, a ~ração
horizontal era To= 1545kgf. Depois da subd1v1sao, precisamos
TA TB
To'
cos ex c
calcular o novo To da linha. Para isso, podemos usar o raciocínio
p-a
c
l
que segue.
Para 0 vão isolado, o comprimento do cabo é dado pela \ a= are tg
2
To, are tg o, 7816.200=
z.l545 c
Eq 3.24: 5
c
t. L = A + donde c
í depois de subdividido, teremos A' = A/5 e L' L/5; logo TA Ta = 1.545/5
= 318, 72kgf
c
il_•
0,9695
c
I[ L
5 5+
A 8(f' )
A
2
b - Estruturas intermediárias
b1 - Forças verticais
í
35
V = ap 0,7816·200 = 156,32kgf
c
ou ~ c
II L A +
8[25f'
3A
2
)
bz-Forças axiais
As mesmas que nas estruturas terminais. Comparando esses
l
i 2 25f'
2
, donde
resultados com aqueles obtidos no Ex. 3.1, verificamos que a c
e, portanto, f subdivisão do vão trouxe não só uma redução nas carg~s verticais,
c
!
como era de se esperar, mas também nas cargas axiais, ou seja, da
f'
f
5
solicitação nos cabos.
As flechas, por sua vez, ficarão bastante reduzidas,
c
Para vão isolado, a flecha do cabO é dada pela Eq.
pois ter,emos, nesse caso (
0 \
3.18b: I , f'
5
f c
c
= f/5 = AIS;
Segundo caso: mesma altur~ com vãos desiguais
Vejamos--o que··ocorre quando. o, vão·,·A é· subdivid-ido···- por
c
logo,
Depois de subdividido, teremos f' e A'
estruturas desigualmente espaçadas. Para facilidade de raciocínio
c
r consideremo-las, ainda, todas com as mesmas alturas, como mostra a c
f M--. fig. 3. 6 .. c
5 8To As forças horizontais To são constantes e iguais em G
\
I
ou
pA2
todas as estruturas e são absorvidas pelas estruturas terminais,
enquanto que,
',
nas estruturas intermediárias,. elas anulam-se. As
c;1
1
I
f 8[5To')
z
. -,
180
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão "· \ Estudo do comportamento mecânico dos condutores 181
Exemplo 3.9
T,
Calcular as forças verticais e ax1a1s nos condutores
v, junto ao ponto de suspensão de uma estrutura que é ladeada de vãos
a1 = 300m e a2 = SOOm e cujas estruturas adjacentes estejam na
mesma altura. O cabo é o· mesmo dos exemplo~ anteriores e a tração
horizontal é de ~.545kgf. Obter também as fl~chas.
o, a,
c a,
2
a,
2 2 2 Solução:
( a- Pela Eq. 3.54, temos
/,(: ~/..:;//.-7'-"-7'~!::""/, b/--//-"'77-=-/~7'/...-/.:::,.1r-;;- /.='/-=-/:-:,.ê"//..::::>",.l:/'/-=-T-/.
(
a,
I v =p ( .a1 ;a2
l= 0,7816 ( 300;500 l= 312,64kgf
( . ·visão de um vão por n vãos·--cte~iguais b - Forças axiais, lado do vão menor CT1)
Fig. 3.6- EfeiLo d a Subdl \
To 0,.7816. 300
c T1 = cos 0:: " = are tg
2·1.545
4,3395•
~logo,
c forças verticais nas estruturas
terminais são proporcionais aos
T1
1. 545
0,9971
= 1.549,44kgf
semivãos vizinhos
Lado do vão maior (T2)
a1 a3
e Vs -2- P 0,7816·500
(
-2- P
"= are tg
2·1. 545 = 7,2081•
logo,
( enquanto que as forças verticais que atuam sobre as estruturas ·-'1.557,3073kgf
( intermediárias são iguais à soma dos pesos
dos cabos dos dois T2 =
c - Flechas:
( semivãos vizinhos
2 2
pa1 0,7816·(300)
~ fl 5,6913rn
l 81'0
a2 a3 8 ·1. 545
Vc = V2 + V3 P -2- + -2-J
2 2
pa2 0,7816· (500)
, f2 = = 15,809m
ou genericamente I ' \. 81'0 8·1.545
Pelos resultados de (b), vemos que os cabos dos lados
dos vãos maiores são os mais solicitados junto às estruturas de
(3.54)
v [kgf] suspensão.
ara cada um dos condutores: As forças axiais no cabo são TED To e TEr, (
calculado pela Eq. 3 · 31 P '· aor·
respectivamente, no lado dos vãos a 0 E e c
Vao = na·p
abo (TA) pode ser calculada com o
A essa altura, cabe aqui a introdução de dois conceitos c
: \
\
A força de tração no C
da catenária equivalente.
bastante importantes para os projetos das linhas: vão médio e vão c
auxílio da Eq 3.33 e Oa é o vértice gravante de uma estrutura.
c
Estrutura intermediária B
. VBA e Vse. Como Ae/2 > aBC' O - Vão médio de uma estrutura c
Atuam as forças verticals \ (
está "atrás" do suporte B; logo, É igual à semi-soma dos-vãos adjacentes a ela.
vértice da catenária equivalente
t será, por conC or: +
c
Vsc < o. A força vertical atuan e am
a1
2
aj
[m] (3.56)
c
VB = VBA - Vsc = p(m_p·- nb) [kgfl Obs: Também denominado vão de vento c
Os cabos são solicitados por tração';
na suspensão em B, c
pela força TBA, que
solicita os .cabos do lado do
vão aAB e pela - Vão gravante de uma estrutura
c
força Tse, que
solicita os cabos do lado do vão a BC
Podem ser
unitário
É um vão fictício
d~~condutores,
(ac) que, multiplicado pelo peso
indica o valor da força vertical que um
c
(
calculadas da forma já vista. cabo transmite à estrutura que o suporta. támbém denominado vão de
_ Estrutura intermediária C peso. c
Atua sobre a estrutura
a força vertical Ve, resultante
Assim, de acordo com a fig. 3. 7, teremos ·os seguintes c
da soma de Ves e Veo, devidas a
cada um dos condutores:
vãos gravantes: c
Ve = Ves + Veo p(mc + nc) [kgf]
estrutura_ A, aGA na; c
As forças axiais nos cabos são TBC e Teo,
,eStrutura B, aGB mb - nb; c
respectivamente, nos vãos a 8 c e acn · estrutura C, aGe me + nc; c
\ estrutura D, aGD md + nd = md + a 0 E; c
Estrutura intermediária D
A força vertical sobre a estrutura
é, por condutor:
estrutura E, aGE = ne. c
\ /
Um último caso de vãos desiguais com alturas desiguais, c
VD = Voe + VoE p(md + nd) [kgfl
propositalmente não incluído na análise anterior, é aquele c
\ As forças axiais nos cabos são TOE,
ilustrado na fig. 3.8. É uma situação que deve ser evitada sempre c
I
respectivamente, do lado dos vãos aco e aoE' que possível nas linhas reais, .principalmente nas de tensões mais (
elevadas. Decorre, em gefal,., de falhas na escol?-a do traçado e
i
l
Estrutura intermediária E
ft
o vértice da catenária no vão aDE coincide com o pontO
falta de prática e oTientação adequada dos topógrafos encarregados
c
~ (
(
_r_.:__ _
-,:f-1 -~--p~~
i
( Estudo do comportamento mecânico dos condutor&s 185
Projetos mecânicos da;-linhas aéreas de transmissão
(
184
(
I,
(
(
~
.;
~o
o "o
~
(
(
®
\ Fig. 3.8 -Situação de arrancamento
( ·Í-
c
c \
~,
dos trabalhos de exploração,
fixam "pontos obrigatórios" da linha,
reconhecimento e levantamento,
como, por exemplo,
que
vértices
,I
I
"
~
entre alinhamentos em locais inadequados.
( \ el "'~
·· i I o -~
A estrutura B será solicitada, nesse caso, por duas
-----l--1 "w forças verticais, VaA e ·vac dirigidas de baixo para cima,
c ·. I I "
""' tendendo a ?U~ndê-la:
(
~1 I
~
...,
~
Vs = - (VBA + VBc) (3. 57)
c\
_____J~
~
"'
( • Essa situação é conhecida na prática como arrancamento
i " ou enforcamento. Ela é inadmissivel em isoladores pendentes, que,
ci
~
~
I "'~
,\
oi -~
sob sua ação, perdem em verticalidade. Com isoladores de pinos,
( m
'.
• poder:\ ser tolerada em pequeno grau, em caso de absoluta
( •I
I ""o necessidade. Ocorre, no entanto, em linhas primárias rurais, não
.o
'">'
•
sendo raro observar-se um ou mais isoladores arrancados de seus
j pinos e dependurados nos condutores a cerca de 0,5 ou mesmo l,Om
"o
'"m' acima da cruzeta da estrutura.
"•O'
~ Exemplo 3.10
.I No trecho de linha ilustrado na fig 3.7, foram medidas
b()
I t
as seguintes distâncias:
c
I 186
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
Estudo do comportamento mecánico dos co"ndutores 187
c
c
I
!
a co
aDE
476m;
152m;
hCD = 14,75m;
hDE 8,20m;
nc
nd
n•
197m;
152m;
214 m;
md = 290m.
m• Orn. ,
C2 - estrutura B
VB = pac = 0,7816·108 = 84,41kgf
C3 - estrutura C
Vc = pac = 0,7816·473 = 369,70kgf
(
(
na condição c4 - estrutura D (
A componente horizontal da tração nos cabos Vo = pac = 0,7816·442 345,47Kgf
(
é de 1.020kgf. Obter'
de flecha máxima, sem vento, cs - estrutura E
a - vãos médios;
b - vãos gravantes;
VE = pac = 0,7816·214 167,26kgf c
c - cargas verticais sobre as estruturas; (
d - trações nos cabos junto aos suportes.
d - Trações nos cabos, junto aos suportes devemos empregar c
Solur;ão:
' \
as Eqs. (3.32) ·para os suportes superiores e (3.33) para os
suportes inferiores, calculando, primeiramente os vãos equivalentes
c
I )
a- Vãos médios- de acordo com a Eq (3.56), teremos: (3. 29) e as flechas correspondentes aos vãos equival.entes: (
1.
I
! ol'
' ~-
al - estrutura A d1 - estrutura A - vão equivalente: c
'
am =
aA.B + o
2
234
= -2- 117m;
ÁeAB = aab +
2hab·To
234 +
2·15,45·1.020
406,00m
c
- estrutura B
aab·p 234·0,7816
c
a2
aA.B +a BC 234 + 175 204,5m;
flecha do vão equivalente (3.18b):
2 2
c
am = 2
= 2 feAB =
pAa
8'fO
0,7816·(406)
8·1. 020
15,79m c
a3 - estrutura c logo, pela Eq. (3.33)
I
aBC + aCD 175 + 476 = 325,5m; TA.B =~o + (feA.B - hA.B)p 1.020 +.(15,79- 15,45)·0,7816 (
am = = 2
2
TAB = 1.020,3kgf c
a4 - estrutura D
d2 - estrutura B - tração no cabo no vão B-A (3.32)
(
am
aCD + aDE
2
476 + 152
2
= 314,0m.
TB< = To + fep = 1.020 + 15,79·0,7816 = 1.032,34kgf c
tração no vão B-C (
I
- de acordo com a definição:
b - Vãos gravantes
bl - estrutura A 2hbcTo 2·25,30·1.020 c
aG = na = 31m; AeBC abc +
abcp
175 +
175.0,7816
= 552,34m
c
b2 - eStrutura B
ac = mb - nb = 20 3- 95 =·108m; pAeBC
2
0,7816·(552,34)
2 c
f e BC 29,22m (
b3 - estrutura C 8To 8 ·1. 020 l
I>
aG = me + nc = 276 + 197 = 473m; logo,
i c
b4 - estrutura D
ac = md + nd = 290 + 152 = 442m;
TBC To+ (feBC- hBc)p = 1.020 + (29,22-25,30)·0,7816
I c
bs - estrutura E
r TBC 1.023,07kgf c
ac = O + ne = O + 214 = 214m. d2 - estrutura C - tração no cabo no vão C-B (3.32} l
c - Cargas verticais Sobre as estruturas - por condutor: TcB =To + feBC·p f
I .__
1.020 + 29,22·0,7816 = 1.042,82kgf c
c1 - estrutura A tração no cabo no vão ~-D
V<= pac = 0,7816·31 = 24,22kgf l_; j
'
( . /
·-->-:í. :
(
Y7 ,!~"""·---c-- .... - - - - - - - ~----
- f=.-::::~,_·::--
;1
l-
I
1 Estudo do comportamento mecânico dos condutores 188
\ ' Projetos mecânicos das .linhas aéreas de transmissão
II
2·14, 75·1. 200 ~ 556,88m
I 2hcd·To 476 + 197·0,7816 22,8·1020
I AeCD acd + 476.0,7816 VaA· = = - 41,06kgf
acdp 2 197
2 154·0,7816 19,6·1020
2 0,7816· (556,88) ; 29,70m Vse = = - 69,63kgf
pAeco 2 154
f eCO 8To 8·1. 020
logo,
l
logo, Vs = - no,69kgf
min
TCD ; To + (fecD - hcd)p; 1.020 + (29,70 - 14,75):0,7816
b ~ada ponto_de fixação dos
ou seja, a estrutura deverá absorver em
TCD ; 1.031,68kgf cabos, uma força vertical, dirigida
110,69kgf.
d
e a1xo para c1ma, no total de
d4 - estrutura D: tração no vão D-C
1043,2lkgf
( TDC ; To + feco·p; 1.020 + 29,70·0,7816 b - Condição de flecha mínima:
( \ \ 197·0,7816 22,8·2120
tração no vão D-E, VBA - 168,37kgf
197'
c
~. l
2
2·8,30·1.020 292,80m
2hde ·TO ; )52 + 154·0,7816 29,6·2120
AeDE = ade + 152.7816 Vsc = ~ - 209,63kgf
( ade'P
~ 2 154
2
2 0,7816· (292,8) logo,
p·Aede 8,zom
feDE
~
.·8 ·1. azo VB - 378kgf
8To max
logo,
To+ (f.,.-h,.)P ~ 1020+(8,20-8,20)p ~ 1020 kgf; . A condição de flecha mínima é • como veremos ma i 5
adl~~te, aquela que ocorre 50 b t emperaturas amb'len t es mlnlmas da
( ',' 1026,4 kgf: reg1ao atravessada elas linhas. t: nessas ..condições que 0
(
b - Condição de flecha mínima: l.b - Força axial no lado do vão i:
To c
feAB
p(AeAB)
2
~
0,7816· (824,84)
2
31, 35m
T!
coso: " = arctg (-zT()
pa1 J (3.52) c
8To 8·2.120
,.
1. c - Flecha no vão i:
c
p.a1 2
f e BC
p(AeBC)
2
0,7816· (844,84)
2
32,86m
f!
8To (3.18b) i
c
8To 8·2.120
2- Alturas desiguais:
c
Obs: as flechas mínimas são maiores do que
fato de serem as "equivalent~s"
as máximas, pelo ~
2.a- Força vertical num apoio: c
V=± p(ml ± nJ) c
De posse dos valores acima, podemos_ calcular as forças
axiais que atuam nos cabos, junto a estrutura B. Pela Eq. 3.33, c
teremos:
2.b- Força axial no suporte superior (B):
TBA = To +
2
Ae ·p
2 c
a - Condição de flecha máxima: 8To
sendo
TBA To+ (feBA- hBA)p ~ 1.020 + (23,86- 22,8)·0,7816 2·hBA·To
(
TBA 1. 020' 83kgf aBA·p c
e 2.c -Força axial no suporte inferior (A): (
c To
também transmitem a seus suportes, que devem absorvê-los. Podemos
I
~. flecha máxima e na conalçao e .
( 3.11.
' ..
(
,,..,.... ____
--,
194 Projetos mecânicos das linhaS aéreas de transmissão I
I~
perpendicular ao eixo longitudinal dos cabos e que é transferida
'' I I c
pelos mesmos às estruturas.
As normas técnicas dos diversos países estabelecem a
l
I'
I c
maneira de se calcular essa força e as fórmulas que devem ser
p
1'
I I B c.
empregadas para esse fim, em função da velocidade do vento a ser -------- ! c.
usada no projeto_. E~tabelecem igualmente a forma de se determinar
Pr
c
esta última.
o)
b) c
No Brasil, esse tópico é r'egulamentado pela NBR Fig. 3.10- Efeito I,
da pressão do:1ênto
5422/85. De acordo com esse dispositivo, considera-se o vento de uma 1 inha aérea · sobre os condutores (
'
(.
c
c
Estudo do componamento mecânico dos corrdutores 197
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
196
Sob a ação simultânea do peso próprio e da força do
vento, o cabo sofre um aumento virtual em seu peso, que passa a
atuar no plano da catenária deslocada. De acordo com a Fig. 3.10a,
.--"
cabos.
Em vãos isolados, a força resultante horizontal (Fvl
Fv =[ al;aJ ...
]fv = [ 280+420
. 2 lo' 8202 287' 07kgf (3.64)
(
Fv = La1 ; a] 1 fv
(3.64)
f' = pr•a2
8To2
( como
/
ou seja, (3.65) 2 2
= j(o,7816) + (0,8202) (3.61)
Fv = am·fv •
pr 1;133kgf/m
I
Exemplo 3.13 1, 133· (420/ .~
(_ Qual o valor da força resultante da ação do vento sobre r· = =·12,3095m
um~
8·2.029,5
(_ os condutores da linha do Ex- 3.1? Admitindo estrutura de fim
(
(
198 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
Estudo do comportamento mecânico dos co~dutores
NOTA: A tração To2 == 2.029,Skgf sol? a ação do vent~ foi calcu-
199 c
lada da forma que será exposta no item 3.5.3. Exemplo 3.14
c
Admitamos que o trech d 1' (
iI
fI
i;
que, sob a
Examinemos agora o caso de vãos desnivelados. Já vimos
ação do peso, a curva descri ta pelo cabo pode ser
I esteja submetido à ação de
representada por um segmento da catenária de um vão nivelado maior, e B• as f orças horizontais t . ' para as estruturas A
i: ransversals nos
", pontos de s uspensao.
-
II que designamos vão equivalente Ae. Esta catenária se situa no plano
i
vertical, e a posição de seu vértice é variável, dependendo da Solução: c
relação vão/desnível. Se considerarmos agora o condutor submetido
Do Ex. 3.10 temos aAB =·234m
c
apenas à ação do vento, a catenária resultante será simétrica com hBC = 25 30m· do E
' ' X. 3
, aB c
. l3, fv = 0,8202kgf/m.
175m, hAB 15,4Sm c
relação aos suportes, e se situará em um plano incl"inã.-do de ârlgulo
\
As forças horizontais serão: c
1/J com relação ao plano horizontal (Fig. 3.3). Nessas condições, o
Estrutura A (terminal) c
cabo transmite a cada um dos suportes a metade da força total De acordo com a Eq, 3 63 ·.
· , teremos c
resultante da ação do vento, portanto, como no caso dos vãos
~ F A 234
VA = ---2 fv= -----2 0,8202 95,96kgf c
nivelados. Quando o desníve~ for mUi to acentuado, o maior
comprimento do vão~inclinado deverá ser considerado. Teremos então,
pela Eq. 3.66, consi-derando o desnível c
para vãos isolados, 1 Fv A = -oo=-:'Ac;c-- f v = -,::-c'2=:3,_4;_,~ c
i
\
A
- ~· sendo
2cosl/JAB 2cos 3 , 78 o 0,8202 96,173kgf
c
Fv ==
2cosl/J
fv [kgfl (3.66)
c
!.~
'
I
1/JAB = arctg
.,.4
15,45
= 3,78o (
I
e, para vãos ·contínuos
j[ - Estrutura B {intermediária) c
I
a) ]
-2"c"'o"'s'--I/I"'J- fv [kgfl (3.67)
Pela Eq. 3.64, sem desnível c
í A catenária resultante da ação simultânea do peso do Fvs = [ aAB ; aBc c
condutor e da força devida à ação do vento ficará em um novo plano, pela Eq.,3.67, com desnível
] f v = f--23_4---o;+--=-1
2
7.:.:5::....]
' 0,8202 = 167,73kgf c
'i
fazendo simultaneamente _um ângulo ~ com a horizontal e um ângulo r / \ c
I ~
.'
I!
com a vertical. Seu vértice se situará em um ponto entre os Fvs= [
aAB
2cos~AB
+
a
BC
2cosWBc fv
]
=[2cos3,78o
234 + 175 ]
c
"
"
vértices das catenárias decorrentes das ações individuais das 2cos8,2J• 0,8202 c
H
F
forças atuantes.
sendo
FvB 168,69kgf
c
'.
~-;·;
Conhecidos os novos valores To sob a ação do .vento,
/
(
c
l ..
podemos calcular os valores da tração axial T nessas condições, da 1/!Bc = arctg 25,30
175 = 8,2Jo
~~,, forma vista.
c
I
' !f Os esforços verticais atuantes nos pontos .de suspensão - Observação. Co
~p~rando os resultados obtidos pelas
á
a
,,,, dos condutores ficam inalterados, isto é, são os mesmos calculados
3.63 e 3 67 .
· t-- • • ver1f1camos que
., •usignificantes de f
.- llor 1 • -
t as
d"f expressões
l erenças nos valores são
arma qu_e essas f 0 r
c
Bl ma mente através de Eq 3 64 / ças podem ser calculadas (
jj na ausência do vento.
~ ·~ A bastante elevadas q . . ~ :e~ervando-se a 3.67 para relações
• ue, na pratlca, raram~nte ocorrem. (
I c
(
( "-"
c f -
( 200 Projetos mecánicos das linhaS aéreas de transmissão Estudo do componamento mecfinico dos condutores
201
c" 3.5.2- Efeito da variação da temperatura temperatura. Por outro lado, a tração To é
i inversamente
\ proporcional ao valor da flecha; portanto, 0 valor de To variará
(
Os condutores das linhas de transmissã'o estão sujeitos a também com a var1· aça-o da t empera t ura d o condutor. Aumentará com a
( variações de temperatura bastante acentuada~. Sua temperatura redução da temperatura e vice-versa.
depende, a cada instante, do equilíbrio entre o calor ganho e o A forma mais adequada de se cal.cular essa variação é
( calor cedido ao meio ambiente. O ganho de calor que experimentam através das chamadas equações da mudança d e estado. Essas equações
( deve-se principalmente ao Efeito Joule da corrente e também ao permitem igualmente concluir o efeito do vento sobre os condutores
( aquecimento pelo calor solar. Eles perdem calor para o meio e a variaÇão simultânea das temperaturas e das forças do vento.
( ambiente, por irradiação e por convecção. As perdas por.irradiação
dependem da diferença de temperatura do condutor e do ar ambiente,
( 3.5.2.1- Equação da mudança de estado- vão isolado
c
(
e as perdas por
velocidade do vento que os envolve.
convecção dessa mesma diferença
A determinação exata de sua
e também da
(1
atribuir-se aos mesmos a temperatura do meio ambiente, com L2 Lt + Lt·a:t(t2- tt) [m]
Cr (3.68)
c 't
acréscimos no caso das temperaturas externas superiores,
destas que dependem os valores das flechas máximas, que, em fase de
pois é
sendo 0:.1
coeficien~de
c
(I projeto, servem para a escolha das posições das estruturas, visando condutor.
[1/oC] o dil?.tação térmica linear do
que a altura de segurança mínima fique assegurada, mesmo na Estando o cabo preso aos suportes, a variação de
(f condição de operação mais desfavorável: sol intenso e corrente comprimento que irá sofrer e· acampanha d a de uma variação no valor
c
r f
elétrica elevada, com ausência de vento. "\
da traçãd, · que passará ao
va 1 or T02. Um aumento de temperatura
~".' Os coeficientes de dilatação térmica linear dos Provoca um aumento no comprimento do cabo e, conseqüentemente, uma
c~ materiais com que os cabos são confeccionados têm valores redução na tração, e vice-versa. E ssa variação obedece à lei de
cl: significativos, provocando contrações e dilatações consideráveis Hooke: "as deformações elásticas são proporc_ionais às tensões
(_I f, i sob variação de temperatura. Um aumento de temperatura provoca sua __;:_aplicadas".
-r-Y.f
'f'i~· ..
·_·:.~--: ------------------,------
( I
l
Estudo do comportamento mecânico dos_ condutores
202 203 (
Solução:
que, corno vemos, é uma equação incompleta do 3 Q grau,
cuja
São os seguintes os dados do cabo:
solução também necessita de processos iterativos, porém de
p = 07816kgflm
realização mais fácil·. e rápida. Segue o programa Basic para
2 sua
S = 210,3mm solução:·
2
E = 8086kgflmm
"t = 18.10- 6 1/•C
10 CLEAR:CLS
20 PRINT "Entre com os dados"
Resposta do programa: To2 = 1.779kgf
30 INPUT "E(kgf/MW2)=";E,"S(mm·2)=";S,"P(kgflm)=";P,"A(m)=";A
35 INPUT "T01(kgf)=";T
Obs: Lembrando que o P On to de partida foi a. equação da
40 PRINT "Alfa T(1/";CHR$(223);"C)=":INPUT AT
catenária, sem considerar vento. 50 PRINT "T2(" ;GHR$(223); "C)=": INPUT T2
\ \ 60 PRINT "T1(";CHR$(223);"C)=":INPUT T1
Se ao invés de calcularmos pela Eq. 3. 21 os 70 CLS: PR!NT "Confira os dados:",GOSUB 110 .
80 PRINT '~E (kgf /rnm"'Z }=";E, "S{mm '"'2}=''.;'5, "P (kgf /m)="; P, GOSUB 110
comprimentos desenvo 1 Vl· dos dos cabos, empregarmos a Eq. 3. 24 da
90 PRINT "T01 (kgf)" ;T, "A(m)=" ;A, "Alfa T{l/" ;CHR${223);" )=" ;AT
parábola, 95 GOSUB 110
'100 PR!NT "T2(";CHR$(223);"C)=";T2,"Tl(' ;CHR$(223);"C)=";Tl
2 12
. .8"'"1iTõ'l
I
r pA 105 GOSUB 110
L1 A +
8f 2
--y;-- A+ 3A
(1
= A + __r:P_2:c
A--::2]
2
110 !F INKEY$="" THEN 110
140 INPUT "Tudo certo (5/N)";X$
;24Tot
150 !F X$="N" THEN 10
160 F=((E*S*P.2)/(24*T.2)+(E*S*AT*(T2-T1)))-T
l 170 H=-(E*S*P.2*A*A/24)
180 F=F/3
l
:90 D=-(F.2)
200 M=H+2*F•3
a yariação de comprimento será, então, 210 C=4*D.3+M*M
220 !F' EXP(-8)>ABS C THEN 400 . .,.._,
p2 A3 ( 1 (3.74) 230 !F C>O THEN 310
I
L2- L1 = - - - 240 N=2*SQR(-D)
24 To22
250 B=ACS(M/(2*D*SQR(-D)))/3
260 D=ASN 1
270 G=N\SIN(D-B)
que igualamos com a Eq. 3.70, para obter 280 G=G-F
290 BEEP: PR!NT "TOl(kgf)="; G
L1 (102 - To1) (3.75) 300 GOTO 430
Ll"t(t2- t1) + ES
310 C=SQR(4*D.3+M.2)
320 N=O.S*(C-M)
330 B=-O.S*(C+M)
Como a diferença entre os valores do vão A e do 1 340 C=1/3
efetuar a 350 N=ABS N·c•SGN N
comprimento do cabo L1 é muito pequena, podemos
360 B=ABS s·c•SGN B
substituição de Lt por A na Eq. 3.75, que tomará a forma 370.C=O.S*SQR3
380 BEEP:PRINT"T01 (kgf)=" ;N+B-F
2 2 . 390 GOTO 430
T02 2[ESpA 2 (3.76)
400 BEEP:IF EXP(-8)>ABS D THfJI PR!NT"T01(kgf)=";-F:GOTO 430
24T01 410 N=-ABS(O.S*M)•(113)*SGN M.
I
Projetos mecânicos das1inhas aéreas de transmissão ...~
Estudo do comportamento mecân.ICO uos· condutores
206 207
(.
.c.·/
Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão Estudo do comportamento m ecámco
. dos condutores
208 208
Em ambas as equações, 3. 77 e 3. 79, tanto p1 como p2 420 PRJNT "T01 (kgf)=" , 2 •N-F
430 IF INKEY$="" THEN 43 0
podem representar somente o peso p [kgf/m1 do condutor como também ·440 END
'pr da Eq. 3.61. Exemplo 3.17
Segue o programa da equação 3.79:
Qual o valor d t - ·.
foi estendida a 20oC com ~ ratçao no cabo Oriole de uma linha
sem vento,
- quando es'se mesmo a cabo
ração det. 1 :s4Skgf • com vão de que
350m'
10 CLEAR:CLS pressao de vento de 43 56k f 2 es lver submetido à- ação de
20 PRINT"Entre com os dados:" pelas Eqs. 3.77 e 3 · 79, e comparar à temperatura de lOoC. Calcular
g /m e os
30 !NPUT"E(kgflmm"2)=";E,"S(mm·2)=";S,"P1(kgflm)=";P1 resu 1 tados.
35 INPUT"PZ(kgf /m)=" ;P2, "A(m)="; A, "T01Ckgfl="; T Solução:
40 PRINT"Alfa T(1/";CHR$(223);"C)=":!NPUT AT
50.PR!NT"T2(";CHR$(223);"C)=":!NPUT T2 a - Dados d~ "estado
Tol = 154Skgf de referência'':
60 PRINT"Tl(";CHR$(223);"C)=":INPUT T1
70 CLS:PRINT"Confira os dados:" t1 = 20•C
80 PR!NT"E(kgflmm"2 )=";E, "S (mm"2)="; S, P1 (kgf /m) ="; Pl, GOSUB 130 fv = Okgf/m
90 PRINT"P2 (kgf!m )="; P2, "A(m )=";A, "T01 (kgfl=" ; T, GOSUB 130 pl = P = 0,7816kgf/m
100 PRINT" Alfa T ( 1/"; CHR$(223); "C)="; AT, "T2 (" ; CHR$ (223); "C)="; T2 A = 350m
110 GCSUB 130 b - Dados d 0 " novo estado"
120 PRINT"Tl(";CHR$(223);"C)=";T1,GCSUB 130 To2 = (?)
130 IF !NKEY$="" THEN 130 ' t2 = lO•C
140 !NPUT "Tudo certo (S/N)' ";X$:CLS fv = 0,8202kgf/m (ver~
150 IF X$="N" THEN 10 pr = 1,133kgf/ ( ~xemplo 3.13)
160 F=((E•S*P1"2•A"2)/(24•T"2))+(E*S•AT•(T2-T1))-T A= 350m m ver Exemplo 3.13)
(
170 H=-(E•s•P2"2*A*A/24)
c, 180 F=F/3
c - solução _pela Eq. 3.77. Temos:
)] i~·
[[ 0,8826To2senh 1. 7652To2
270 G=N•SIN(D-Bl
280 G=G-F
llt ,.'"""'\
-
1. 976, 11 serih 350
- 1] _ [ To2- 1.545
8.086·210,3
290 BEEP: PRINT "T01 (kgf)="; G 3.952,22
300 GOTO 430
310 C=SQR(4*D"3+M"2) Resolvendo para llt = 10 - 20
-lOoC, obtemos
320 N=O.S*(C-M) To2 = 2.121kgf
330 B=-0.58*C+M) d - Solução pela Eq. 3.79
340 C=l/3
350 N=ABSN"C*SGN N Resolvendo, obtemos (programa):
360 B=ABSB"C*SGN B To2 = 2.117kgf
370 C=0.5*SQR3
380 BEEP:PRINT"T01 (kgfl=" ;N+B-F
390 GCTO 430
400 BEEP:IF EXP(-8)>ABS D THEN PRINT"T01(kgfl=";-F:GCTD 430
410 N=-ABS(0.5•M)"(1/3)*SGN M
-c
Projetos mecânicos das tinhas aéreas de transmissão Estudo do comporta mento mecânico dos
. condutores -r - F,
210
Além do mais, os
condutores nos vãos ad.
211
c
r
Exemplo 3.18 estruturas em ângulo, Jacentes às
Admitamos agora que tenhamos escolhido como "estado de transmitem a e 1 as' '
diretamente,
'I
referência" as seguintes condições: l
I
devidas à ação do vento
absorver. 5 em perigo de
sobre os mesmos • e que elas também
forças
deverão
i
I t1 = 10•C ' incorrerm~·s em grande
To1 = 2.117kgf, com vento poderá ser calculado, considerand _·-., erro, esse esforço
p1 = 1,133kgflm (do Ex. 3. 13) A o se o vento
I
O "novo estado" para o qual desejamos conhecer a traÇão u o intern. o entre os doi 1
I
como mostra a F.lg. 3.11, c o . sainhamentos,
; j
é o seguinte: ns lderando-se . (
adjacentes iguais ao vão médio t ' Igualmente vãos
t2 = 60•C a uante sobre a estrutura. '
l
c
p2: 0,7816kgf/m, sem vento
(
'' To2 = (?) '
Direção do vento (
Solução: c
Empregando a equação da mudança de estado 3.79, ter~ t (?;:'
TÕ + TÔ
2 2
l210;3·S.086(1,133) ·(350) + 18 . 10-6_ 210 , 3 . . i• c
2 (
2 24·(2.117)
2
• . 1
210,3·8:086(0,7816)
2
· (350)
2
1i c
·8.086·(60-10) - 2117] = 24 t (
I (
'
ou !' Om CO!~
2 (
9
TÕz + 1.899,5T~z = 5,30233·10
c
r·lg. 3.11 -Efeito das forças •Yf.~
Resolvendo, encontramos do .vento sobre estruturas
de ângulo c
To2 = 1.289kgf (60% de Tal) c
Esse efeito poderá ser caculado pela
c
3.5.4 - Influência da variação das temperaturas e da carga de equação c
vento sobre estruturas em ângulo Fvc = fv•a m COS ~
2 (3.80)
c
sendo fv [kgf/m] defin'd c·•··
Vimos, na seção 3.4, que as estruturas em ângulo em uma
são transmitidos peloS
1 o pela Eq. 3. 59.
I c· ..•
'I
vI
Estudo do comportamenro mecamco
. . dos condutores 213
Projetos mecânicos dãs linhas aéreas de transmissão
212
a1 + a2
300 + 430 = 365m
= 2
am = 2
Ex.3.13é
A força do vento sobre os condutores, de acordo com o
2S 55 40 .. 50 [o c]
fv = 0,8202kgf/m.
Logo Fig.3.12-Efeito da variação das tra çoes
- X temperatura,
18 ) para vãos constantes
( 18 + 0,8202·365·C05 -z--)
3l2·2.117·sen-z--
fAT 2.874,092kgf
a _ a Analisando os resultados obtidos ve ·r·
(~ variação da tração ... ~ ' rl Icamos que:
I lllenores f orem os vãos para um nos cabos será t antó maiOr
.
( quanto.
b mesmo cabo;
( 3.5.5 - Efeito da variação da temperatura sobre vãos isolados
- no caso de queda de
I cabos ·,d os vaos
_ menores . temperatura, o aumento da tração nos
( sera maior do
desiguais
J c. - no caso de elev - que nos vãos maiores.
Consideremos uma série de vãos isolados, de uma linha -nos cabos de vãos menores açao
ser- de . temperatura ' a r e duçao
- da tração
a maior do que nos dos vãos maiores
de transmissão, a1, az, a3, ... ,an, relacionados em ordem crescente
( Esse fenômeno tem algumas implicações de natureza
de valor. Seja To a componente horizontal da tração a uma
---\.._p.rática, como veremos mais
. adiante.
temperatura conhecida, igual em todos os vãos. Admitamos que a
!
temperatura passe a variar para mais ou para menos, em torno da
( temperatura de referênc~a to, e suponhamos ausência de ve6tos.
. "''4'cl:xemplo
• 3.20
I
( Se, empregando a equação da mudança de estado,
efetuarmos o cálculo das trações -- para cada valor de t~mperatur• ~~~peratura ~:l~~:car
-c·"'-··c
:,:Tas
-··- -SDC
as trações :m um cabo CAA Orl· ole . .
e SO•C • em vaos
_ uma
com . açao
tr
de 250 To =9 1545 kgf • sob as
- 450
.
• te ns1onado à
ternperatu-
l
considerada e para cada um dos vãos -- levando os valores a uJ -~-~--- • • 00 e 1. 800m. í
gráfico, obteremos as curvas mostradas na Fig. 3.12. I
\
---~----- ~~-~( \
214 - . s das linhas aéreas de transmissão
Projetos mecamco
Estudo do comportamento me'cánico dos condutores
215 \
Solução:
3.5.5.1- Efeito da variação da \
Empregaremos a equação da
São parâmetros da linha:
mudança de estado· (Eq.3.79).
adjacentes desiguais
temperatura sobre vãos r-
p = 0,7816k~/m c
s = 210,3mm
6 Consideremos o caso reprodu;;:icto na Fig. 3.14 de uma (
~t = 18·10- [1~·C]
E = 8. 086kgf/mm estrutura suportando vãos adjacentes a1 e à2 desiguais. Como vimos, r
Substituindo na equação e operando, encontraremos sob a ação da variação da temperatura, haverá valores diferentes de
tração em cada um dos vãos.
c
+ T62 [0,01815a2 + 30,608(t2.- 201 _ 1 _5 4 5] = 4,32843a
2
c
Introduzindo pares de valores para a e tz, obtemos os
valores da tabela abaixo representados graficamente na Fig. 3. 13.
c
' To22 To
c
Vão [m)
Trações To [kgf) \ \
o,
To22. > To21 c
+ 50·C I I>To(- 5 •C) L>To( 50 •C) 2
3
~T = To21- To22 c
250 1.915 1.244 370 - 301
//..;;.// -,-,.."'-/f -/r 1 =-!I ::;,11-=.'/ ~/f-
o= aumento do temperatura
i"
c
450
900
1.693
1. 584
1.1!03
.t. 500
148
39
- 142
- 45 !'-.
Tozt To To
--------....__
To22
~ c
1. 800 1.554 1. 533 9 12
o, ~----
To22 < Tozt c
.('
. •' 2
//-t/~//=-//-/r ::/1_ /=<"/..-/" =-..- t:'
3
//~
l:i.. T= To21- To22
c
To [k~ I i I I I ~ ~ ! I ' b= redução da temperatura
c
•ooo.Uc--.+\t----+:t-+1--+--,-+1-----t-ti ! \11 Fig. 3.14- Efeito da variação da temperatura em vãos (
~ ~;:_C-j-~1--[~-~
'sool---)-".,\=-'5t I I I I I adjacentes desiguais
/
(
moL-l--~-~~~"
~.-J-~~~-t--~-+!--t~~~-~~:~~ c
c
" t~~~+~2CI~'Ioc~l~~~·~,~~~~~~
00 Essas diferenças de tração devem ser absorvidas pela
estrutura
\
intermediária, que
será solicitada
no sentido do eixo
c
longi tud'irial da 1 inha, no
caso de vãos ancorados ou no
caso de
c
:::1-------+-+/"'--+..------r++t-H - isoladores rígidos (de pino ou tipo pedestal).
c
c
sooW-J
1 ;(~to':.Ç_c+-l--t-t----lr---11f i '
Quando f orem empregadas cadeias de suspensão, a
resultante das forças horizontais fará com que a cadeia de
c
20--Lol~-lL~-+--~::;:·--t~t---ÍIcTI>õe"--tf.oo-1-T.õõ-J~
/ isoladores se desvie da vertical, pendendo Para o lado do vão de
c
200 400 600 OO o IOOo 1200 1400 1&00 1&00 2000 (m]
tração maior. É como se esse vão diminuísse de um comprimento igual
à Projeção horizontal da cadeia inclinada. Ao mesmo tempo, o outro
c
(_
Vão sofre um aumento, em seu comprimento, de igual valor. A cadeia
Fig. 3. 13 - Efeito da variação da temperatura sobre vãos de
valores diferentes isoladores ficará então com.~ uma inclinação tal a assegurar o c
líbrio das forças To (Fig. 3.15). c
l'j
(
(,
){
. l
( Projetos mecânicos das Hrihas aéreas de transmissão Estudo do comportamento mecânico dos condUtores 217
~~· 216
( A diferença de comprimento do condutor .0.1 = 11' - 11
)
( :._provocará uma variação na tração, que, em primeira aproximação e
;: lt' - lt = 1 1
[
T621 : T621 )
SE (3,84)
I
(
I P; ou, introduzindo as expressões 3.82 e 3.83, teremos
( TÕ21 bT
c' ''
I b To22
Cl
=
p 2 a1 2 [ _1_ _ _ _1__] To21
(3,85)
(I I
I
a1
.
24
Tà~t Tàzt ES
'1 'I To21
'
I '· \
se admitirmos que at::: lt, comparançi_o essa equação com a 3.75,
(I I
I
Pc f
c, I
I
I
------- tpi podemos concluir que
c, r R Cl
a1
= o:t(tzt- tu)= o:t·.O.tt (3,86)
Fig. 3.15- Equilíbrio de cadeia de suspensão
;,\'.
' ~
il ~
:
entre vãos desigua~s·
o que significa que a redução relativa do vão at tem, sobre a
cc( I
podemos proceder d a forma que segue [9,10}.
do condutor no vão at, com a
Seja 11 [ml 0 comprimento
c = 11 ·seno: (3,88)
, o abaixamento da temperatura,
c: ' cadeia de isoladores em repouso. Apos
considerando rígido o suporte, pela Eq. 3.23, teremos O cabo no vão az, por sua vez, sofrerá um aumento
c--;- 2
p a1
3 (3, 82) aparent~ ~o vão, de mesmo valor c. O aumento da tração que sofrerá
c:-r l l = at +
24T82t
[m]
-.. c:orresponde, igualmente, ao aumento de tração que uma diminuição de
c, A traça.o To21 no vão at (ainda considerado isolado) "·< temperatura (.6.t) acarreta. Esse aumento de tração restringe a
( ' < az) e a cadeia de isoladores se ·---amplitude da oscilação da cadeia de isoladores, no que é auxiliado
c p a1
2 3
(m]
(3, 83)
c lt' = (at - c} + C2
a2
= o:t(tzz - ttz) = dt·fltz (3,89)
( da cadeia de isoladores após o
'..
sendo c [m] a projeção horizontal
Empregando as Eqs, 3,85, 3,86 e 3,89, o problema
desvio.
.J -~( ..., \
'
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
Estudo do comportamento mecánico- dos condutores
219
c
218
C'
poderá ser resolvido por tentativas ou de forma semigráfica, como pc =[ a
1
+ az ) p = [ _.;c2.:.5.:.0_,+___:4::5::0:.._) (-
2 2 0,7816 = 273,56kgf
mostra o Ex. 3.21. 1 I c
= -z-80
-z-P' 40kgf
c
Exemplo 3.21
" = t
g
-1 AT
273,56 + 40
' -1
tg, "T
-=~u,_:..,~
(3.87)
c
Dois vãos adjacentes a uma estrutura de uma linha de
transmissão valem, respectivamente, al ~ 250m e a2 = 450m. Os cabos c = 11 sen~ = 2,50·sena
313,56
c
Oriole foram tensionados nas condições especificadas no Ex. 3.20.
(3.88) c
Determinar a força resultante que atua na estrutura intermediária,
quando houver uma elevação de 3QoC na temperatura e- uma queda de
AT [kgf]
lO
< [m]
c
25oC, para as seguintes condições:
f 30
0,079689
0,238093 c
a - o ponto de suspensão intermediário é ríg-ido:
b - o ponto de suspensão é constituído por uma
cadeia de,
I
\'
50
70
0,393674
0,544699
c
c
isoladores
Solução:
de suspensão, com 11 ~ 2,50m e pi = 80kgf
Ii
teremos:
<1
Para os
a1C<tAt1
cabo s condutores, pelas
= 250·18·10-•At1 = 4,5·10-3At1
Eqs. 3.86 e 3.89,
c
c
As trações nos .dois vãos, considerados isolados, foram
c
calculadas no exemplo anterior, obtendo-se
- para a1 = 250m: To21 = 1244kgf a SOeC
r azatAtz = -450·18·!0-•Atz = -8,1·10-3At2
<2
~l :~ ;~i~i::~~~~-~'(';CilR$(223);"C)=":INPUT
cadeia de isoladores nos dá o valor de c procurado e que define a
redução do vão at e o aumento do vão a2, já que c = c1 = cz. AT
f 100 PRINT"Tl (': CllR$~ 23 ); "C)=": lNPUT 12
Pelo resultado gráfico (Fig. 3.16), t.T = 6, 1kgf e
110 CLS:PRINT"~ f' 223l;"C)=":INPUT Tl
c = 0,0485m, verificamos que a cadeia de isoladores tem um efeito on 1ra os dados·" "E(k f/
notável na redução do efeito da desigialdade dos vãos. O 115 PRINT"P(kgflm)=";P:GOSUB 800, g mm'2)=";E,"S(mm'2)=";5
deslocamento da cadeia de isoladores de sua vertical é igualmente 120 PRINT"A1(m)=";A 1 "A2 ( )-"· .. '·
pequeno, ou seja, da ordem de l,llo. 130 PRINT"li(m)="·L :'Pi(k mfl_;,A2 , TO(kgf)=":TO:GOSUB 800
i/': .
140 l'RINT" Alfa T( CllR$ ~ ; ; ~p • "Pc (kgf) =" ; PC: GOSUB 800
145 PRINT"Tl("·c=~r ' 2 23 ) "C)
22
Deixamos para o leitor, como exercício, a verificação
' UI"\.;1> ;
!,: 'C)=";AT,"T2(";CilR$(223)·"C)="·T2
= ·Tl·GOSUB 800 . .
( do efeito da cadeia de isoladores no caso da elevação da 150 INPUT "Tudo certo (S/N)"·YS .
160 IF Y$="N" THEN GOTO 10 '
cH temperatura de 30 oC, cuja resposta é E= -0,06 [m]. 170 PRINT"Calculando ... "
180 TT=T2-Tl .
( . '· \ 190 A3=A1
l
(l
~): \
lt \
)i
[m~ f----1+---+-r-t~i i- -~ ----u-- 1 --
I 200 GOSUB 520
210 R1=R
220 A3=A2
i'30 GOSUB 520
c
(
(!f:
i
o.os •• o,b485
o,oski--1---A' , s,?o
l
-r ---~- ~ 1 +I~-n ' I i '
240 R2=R
250 EE=O
260 S!=1:DP=O:DN=O
270 D1=EE/(Al*AT)
c 0,041--J---\-- '
1
i i
280 D2=-EE/(A2*AT)
290 A3=A1:T=R1:TT=D1:T1=R
(' 300 GOSUB 520
';' 310 L1=R
o,o3H'--+---+----1---+,-----!-
c E- =f (.~~n cadeia isoladores 320 A3=A2:T=R2:TT=D2:T2=R
I 330 GOSUB 520
C, OP2-~~,---+--r-~'--+--r-~- 340 L2=R .-- ~
350 TL=L1-L2
O, OI f-1----j-- 360 AF=ATN(TL/(PC+(IP/2)))
370 EL=L*SIN(AF)
380 DE=EL-EE
lO AT[~ 390 IF S)=SGN(DE) THEN 480
400 SI=EGN (DE)
410
Fig. 3.16- Determinação da inclinação da cadeia de isoladores !F DE>O THEN X=ABS(DE-DP)
420 !F DE<O THEN y
sob influência da variação de temperatura 430 !F X =ABS(ABS(DE)-ABS(DN))
>0.00005 THEN GOTO 450 EL
431 PRINT"Toz (KGFJ="·Tl SE IF Y>.OOOOS TIIEN GOTO 4SO
1
43
~ PRINT"T022(kgf)=":T2
440 PR!NT"E '
Programa para obtenção de e (CASIO PB 700 e 770): ~. 450 I pslon ="; (E1+E2)/2:END
•. F DE<O THEN GOTO 470
/ 460 E1=EE:DP=DE:G0TO 480
470 E2=EE:DN=DE
1O CLEAR: CLS
20 PRINT"Entre com os dados:" -~O IF ABS(DE)>O.OQ5 THEN 490
30 INPUT"E(kgflmm'2)=" ;E: INPUT"S(mm'2)=" ;5: INPUT"P(kgf/m)=" ;P - 1 PRINT"T021 (kgf )=". 11
482
40 INPUT"A1(m)=";A1 PRINT"T022(kgf)=":T2
48 3 l'RINT"E
50 INPUT"A2(m)=" ;A2: INPUT"TO(kgf)=";T: INPUT"li(m)" ;L pslon =" ;EE'
{
c-
Projetos mecânicos das fir111as aéreas de transmissão Estudo do comportamento mecânico dos condutores 223
e
222 (
equilibradas ou com pequenos desequilíbrios, e são geralmente
I
esforços mecânicos entre os vãos adjacentes. É nessas estruturas
560 M=H+2*F'3
570 C=4*D'3+M'2 (C) THEN GOSUB 760:RETURN que se processa o tensionamento dos cabos durante a montagem ou
c
580 IF EXP(-8)>ABS
(
I 'j consertos. A distância entre duas ancoragens consecutivas
I
590 lc C>O THEN GOSUB 670:RETURN
600 N=2*SQR(-Dl denomina-se seção de tensionamento. Ela limita um determinado c
610 B= ACS(M/(2*D•SQR(-Dl))/3
620 D=ASN (1 l
número de estruturas de suspens_~o. São, evidentemente, mais c
630 G=N*SIN(D-B) reforçadas que estas últimas e, portanto, mais dispendiosas. c
640 G=G-F
650 R=G
O comprimento das seções de tensionamento varia muito, c
660 RETURN
670 C=SQR(4•D-3+M-2)
~sendo menor nas linhas de menor classe de tensão e maior nas linhas c
680 N=0.5*(C-Ml
690 B=-o.5•(C+M)
de tensão mais elevadas. Constituía praxe nas linhas de até 230kV o
emprego de seções de tensionamento com comprimentos em torno de 5
c
(
700 C=l/3 Dado ao elevado custo ct'as estruturas especiais, esse
710 N=ABS(N-C*SGN(N)l
720 B=ABS(B-c•sGN(B)l
km.
r
730 C=0.5*SQR(3)
comprimento é
~ocalizar estruturas
bem maior
de
nas linhas de
ancoragem
maior
intermediárias
tensão.
nos
Procura-se
pontos ao
c
740 R=N+B-F
750 RETURN (Dl THEN R=-F:RETURN longo da linha nos quais há substanciais mwl.dar;ças da configuração c
760 IF EXP(-8)>ABS
770 N=-ABS(M/2)-(1/3)*5GN(M)
·
topográfica dos terrenos atravessados, de 1forma que os vãos de uma c
c
780 R=2*N-F
790 RETURN
800 IF INKEY$='"' THEN 800 ELSE
RETURN
I mesma
3. 17).
dos
seção
\
cábos,
de
Admitamos que,
estes
tensionamento
possam
sejam razoavelmente
durante os
deslizar
trabalhos de
livremente
Uniformes (Fig.
sobre
tensionamneto
os apoios
c
c
c
3.5.6 -Vãos contínuos-
vão regulador
c
Conf arme já men
cionamos anteriormente,
nas linhas reais
t aros - --~"
A
... -----
B
...>111 .... c
a maioria a bsoluta dos vao
- s e' con
, nua
t 1 •
sendo r ela ti vamen e r
t s r: c
I
trechos de compr~men o
- s 1. solados · É usual,
de trechos em o, Oz o, 0 n-2 0 n:..1 On
c
os vao
variáveis, oemprego de es
,
truturas especiais,
I
de amarração • que empr
denominadas de
estam às linhas
;:::,;.-_ - .-.::: - ' - -----# 77~-'-
Y,;"=>'/~
~ c
ancoragem
.
uma ma1or
intermediária ou
r'lgl·dez mecânl_._c_ a,
t
facilitando igualmen e os
t
trabalhos de
Projetos mecám
·cos d;s linhas aéreas de transmissão Estudo do comportamento mecánico dos condutores
224 225
para efeito do cálculo das trações. (Ar recebe o nome de vão regulador de uma seção de tensionamento)
total do cabo em uma seção de
A variação do comprimento
É um vãO fictício, isolado, equivalente à sucessão de
à soma das variações dos . comprimentos dos
tensionamento é igual vãos contínuo-s contidos em uma seção de tensionamento. As tensões
vãos individuais que a compõem: \ calculadas de acordo com esse vão são constantes em cad~ um dos
(3.90) vãos componentes da seção.
a1
A medida que o número de vãos de uma seção de
(3.91)
l: ai
2 an ( 1 1 -) a! 3 a!
L2 - Li = p24 L
a1
-z
To:z
--2
To1
Am
n
' (3.96)
O cálculo do vão
regulador é -·um tanto trabalhoso, e
(
E . analogamente, empregando aEq. 3.70, somente pode ser feito após o estudo de di.~tribuição das estruturas
c To:z - Tal 1 (3.92) sobre os perfis da linha (ver Cap. 4). Q vão médio pode, em geral,
c L2 - L1 = Ên ai [ a.t( t:z - tl) + ES ser estimado através do exame do perfil, com maior ou menor
c ai
aproximação, dependendo da experiência do projetista.
c ou Quando a distribuição é razoavelmente uniforme, às
c
an
l: a! 3 vezes ~refere-se calcular o vão regulador pela expressão
l
To:z - TOl
c o:t(t2 - ti) - -2-
1 a1
a;:;-
_
ES
(3.93)
Ar = lun + J(amax - Am)
2
(3.97)
T01 l: a!
a1 na qual amax [m] é o maior vão da seção de tensionamento.
- com desníveis (hi) o vão regulador é calculado pela
Se fizermos
e>cJ:>re,:sãc [ 11] :
I an an
an
L a! 3 I b1 l: (a'/b 12 J
(3.94) Ar = a! a!
a1 2
= Ar an an (3. 98)
an
l: a! I a! l: a1
a! a!
a1
~" -
226
Profetas mecânicos das linhas aéreas de transmissão Estudo do comportamento mecânt'co do s.con dutores
227
c
onde: Calcular o vão regulador c
JQoC, sendo: e as flechas para cada vão a \
E = 8086kgf/m 2 s 312,4mm 2 \
P = 0,9759kgf/m 18·10- 6 1/'c
To1 = 2215kgf '" (
Exemplo 3.22
Solução: c
Calcular o vão regulador da seção de tensionamento do
Empregamos a Eq. 3.9S: c
Ex. 3.21. Com esse vão regulador, calcular as trações nos cabos
para uma redução de 25oC na temperatura e um aumento de 3QoC. an
L aT an c
Adotar To = 1.545kgf
ai
160.575.552
ai
L ai = 2.490 c
c
Solução:
a- Pela Eq. 3.95, teremos:
1. \
Logo, o vão regupador será:
160.575.552.
c
Ar=/
2.490 = 253,95m
'•.. c
Ar
a1
3
+ a2
3 (250) 3 + (450)
3
f Na equação da mudança de estado (3.76): c
a1 + a2 250 + 450
"J TÕ2 + T62 ( ESp2 A2 + ESo:t (t2 t ) ) ç
Ar = 390,51m ! 24T012 - 1 - Tol
c
I c
b- Empregaremos a equação da mudança de estado (3.76); com os Resolvendo, y 02 = 2 . 088 kgf
mesmos dados do exemplo anterior e calculando uma:queda de ZScC e As flechas serão ca~uladas pela Eq. 3.18b, onde:
um aumento de 30oC na temperatura, a equação será
.2 c
TÕ2 + T82[1.220,2743 + 30,6087(t2 - t1ll 6,6007789 ·10
9
i
- para 25·C' fi A1 ·p
8To1 c
c - Queda de 2SoC na temperatura: l - para 30oC: fi =
.2
Al ·p c
TÕ2 + 455,0568T82 = 6,6007789·10
9 i
Em cada vão:
8To2 't
c
cujo resultado e T02 = 1.736kgf. Ai fi (25•C) [m]
c
d - Elevação de 30oC na temperatura: 220 2,67
f (30•C) [m]
2,83
c
3 2
To2 + 2.138,5353To2 = 6,6007789·10
9
247
308
3,36
5,22
3,56 c
cujo resultado e T02 = 1.372kgf .é56
208
3,61
5,54
3,83 c
Obs: Usando a equação 3.98 com desníveis de 40m, o vão
lador sofreria uma pequena variação:
regu-
212
2,38
2,48
2,53
2,63
c
1 '
:: Ar = 391,24m
257
262
3,64 3,86 c
248
3, 78
3,39
4,01
3,59
c
Exemplo 3.23
272 4,07 4,32 c
lançada
Uma seção de tensionamento de um trecho de uma
a 25•C e sem vento é composta dos S"eguintes vãos:
linha
c
'
:
a1 220m a6 = 212m
a7 = 257m
3 5 . . .
• • 7 -Efel to das sobrecargas d e vento sobre vãos desiguais c
~; .t-
J
<'
l·
I
a2
a3
= 247m
308m aa 262m Consideremos uma linha, composta de uma sucessão de
c
.fi i.
,,
~·-t-, a'
as
256m
= 208m
ao
alo
248m
272m
vãos ancorados de valores diférentes,
submetida a uma sobrecarga de
c
tl l l
c
c
r
(
~
( t
(' 228 Projetos mecânicos das linhas· aéreas de transmissão
I Estudo do comportamento mecânico dos conduto'es
--- --~-.----:::.:...
vento definida pela Eq. 3.60, a uma temperatura dada. Admitamos Solução:
(
ainda que, em todos ·os vãos, os condutores tenham sido estendidos a
~ Empregaremos a equação 3 79
uma mesma temperatura e com um mesmo valor de tração ·horizontal, os parametros usados no Ex 3 20 . ' da mudança de estado,
· · e t1 t2 20•C. com
sem vento. Empregando a equação da mudança de estado, calculamos os
2
r valores das trações em cada um dos vãos, com a linha sob a ação da tÕ2 + r8 2 [ ESp!A
24Tot
força do vento, à mesma temperatura. O gráfico resultante está sendo:
(
representado na Fig. 3.18.
E = 8.086kgf/mm 2
S = 210,3mm 2 Tot = 1. 545kgf
( Pl = 0,7816kgf/m
To [-.i - Cálculo de P2 (com vento}
(
,. .. Na tabela do f b ,
I
(l 18,83mm. Na Eq 3"59 a rlcante, o diâmetro nominal do
. . • a força de vento será cabo é
í 000 o I fv = qo·d = 39,69·0,01883
cÍ' / 't E o peso virtual na Eq. :'.,~~~474kgf/m
c ,!
000 o
/
í"- P2 = pv = / P12 + pv2 ;•-=-=-';'"""----~
•
"o o
000
oj_
v '
I -Na Eq. 3.79:
= 0,78162 + 0,74742
1,0814kgf/m
(
( 000
o I .,. ~ ~
~· - ... - ""' ~
c'! Fig. 3.18- Variação de To em cabos sob ação do vento, A [m] To2 [kgf]
em função dos comprimentos dos vã~s, com 100
( temperatura constante
1. 663
200 1.820
( 400 1. 990
800 2.089
( 1.200 2, 114
( 1. 600 2.124
Verifica-se, pela relação fiT/ba, que a tração nos cabos 2.400 2.132
cresce com o aumento nos 'valores dos vãos, sendo esse crescimento
mui to rápido para vãos pequenos, tornando-se mais lento à medida
que os vãos crescem, para, praticamente, tornar-se constante a
3 · 6 - BIBLIOGRAFIA
partir de certo valor.
1 - FUCHS, R
Exemplo 3.24 D
· · • Transmissão de ene .
, rg1a elétrica em linhas
Os condutores de uma linha de ~8kV foram tensionados a aereas (2 vol ) L"
s . lvros Técnicos e
20cC com uma tração horizontal de Tot == 1. 545kgf.. Admitindo que a de Janeiro 1977. Científicos Editora, Rio
linha seja submetida à pressão de vento de 33,27kgf/m 2 , a essa 2 ' .
mesma temperatura, determinar a variação de T02 em função dos - ABNT, NBR 5422 "Projeto de linhas
valores dos vãos da linha. Os condutores são constituídos por cabos aéreas de transmissão
energia elétrica". Assocl"aça-o de
CAA, Oriole. Brasileira de N
Rio de Janeiro, 1985 "· ermas Técnicas,
t \
Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão
c
(
230
Verlag, Berlim, (
Freileitungsban. Springer
3 - RIEGER, H. • Der
c
1960. Hochspannungs
., KON I GSHOFER E· • Di e (
4 - GIRKMANN, K. e Verlag, Viena,
1952 ·
(
Freileitungen (2. ed.). Springer " (dados técnicos)'
o
Il
indeléveis e balizas de sinalização. fixando a .poligonal que Jlle lho r a r sua qualidade e detalh t - ' '-. 1 s para
constituirá o eixo longitudinal da linha. amen o sao largamente compensados. O
trabalho do levantamento topográfico é
O levantamento topográfico propriamente dito poderá ser completado no escritório com
os cálculos das distâncias e cotas das j
executado por taqueometria que, com as tolerâncias habituais, estacas 'da poligonal e dos
pontos levantados, a fim de permiti r )
apresenta precisão suficiente ao fim. Outras técnicas topográ~icas
a elaboração dos desenhos em
I
planta e perfil pas )
escalas apropriadas. 0 .
de precisãdJ equivalente podem igualmente ser usadas. t importante s ca 1 culos necessários à
\ -sua elaboração são t.
que o topógrafo seja orientado adequadamente, a fim de que os
ro Ineiros, podem, e 0 sa-o,
mecanizados em J
compu tador~s. Cada ponto levanta do e., referido
elementos relevante's ao projeto sejam registrados e anotados em distância e por )
angu 1 os vertical e horizontal à estaca,
A
corretamente. Uma boa experiência prévia nesse tipo de serviço é I ,medido. As estacas, por sua vez,
a partir do qual foi )
t
sempre desejável e importante._ ..'A caderneta de campo deverá conter, entre si da mesma maneira d
pon os da poligonal, amarram-se )
e. ~de a estaca inicl· a1 ate·
com clareza, os registros ·das leituras efetua?-as, além de um linha. a final da )
"croquis" detalhado de cada trecho levantado. As estacas das )
f
I poligonais devem .Ser amarradas entre si por leituras de "vante" e
t usual apresentar d
o esenho topográfico através de um
corte longitudinal )
I
projetado no plano vertical ao longo do .
de "ré". A visita do projetista ao local da linrla é também àa poligonal, onde ' s e1xos )
aparecem todos os obstáCulos cortados por
recomendável, principalmente para esclarecer dúvidas nos desenhos em elevação ( F , ele,
ver ig. 4. 20). Em planta b~ixa )
ou mesmo estudar alternativas em trechos de solução difícil. O · representa-se a
proJeção horizontal desse eixo, )
ideal seria que participasse desde os trabalhos de reconhecimento. no centro da faixa, e os obstáculos
aí existentes E t b
Os trabalhos de medição alti e planimétrica devem dar ênfase aquilo com d
. s a, em como o perfil altimétr·
lco, são desenhados
)
o esenvolvimento retificado
que existe ao longo dos eixos centrais das poligonais das linhas e horizontais, . como se não houvesse deflexões .)
·
porem, os pontos em que estas
deverão também assinalar e medir os elementos existentes em toda a ocorrem e que )
represe~úam ponto b . -
. ~ . s o rigatorios para implantação d
i largura das faixas de servidão, como cercas, linhas, edificações, )
.
devidamente as . 1 d e estruturas' são
I. tipos de ·vegetação e lavouras,
I
estradas e caminhos, divisas de sentid D ('
o
Slna a os • indicando-se o valor da d f1 -
.
a direi ta) ou E (à esquerda) com
e exao e o seu _)
'f. .. propriedades, natureza· dos terrénos como brejos, rochas, cursos a1·nh relação à direção do _)
l amento de ré (anterior)
i d'água, etc, enfim, tudo o que possa interferir com a linha. Quando 4.20). (Piquete n. c 8 do desenho da figura
')
o eixo da linha fica em meia encosta, com desníveis nos sentidos de
Os desenhos em altimetria .)
seus eixos transvers~is, o topógrafo deverá levantar mais dois e também aqueles em
Planimetria, são obtidos ligando-se .)
perfis de eixos auxiliares, um de cada lado e paralelos. ao eixo os pontos isolados levantados e
calculados, lançados no papel. Este
principal da poligonal, localizadas sob os eixos dos condutores também é um trabalho que já foi '.J
· automatizado · em
computador ,)
externos da linha. Evitam-se assim erros de locação e fornecem-se equipado com "p1otador" gráfico
Continuo.
u
.J
u
)
Projetos mecânicos dás-linhas aéreas de transmissão
Roteiro dos projetos mecânicos d
os condutores
237
No método convencional, os pontos calculados por
distribuição resultante
qualquer meio são lançados sobre papel milimetrado, medindo-se as seja a mais adequada, sob o
econômico, sem deixar de ponto de vista
distâncias em escalas apropriadas e ligando-se os pontos por linhas atender as 1 imi taçX>es
segurança das l'nh impostas pela
contínuas. No caso do uso do computador, essas linhas são curvas 1 as·. No primeiro caso,
muito bem o projetista deve estar
familiarizado, não só com··
matemáticas pré-programadas. A reprodução é feita normalmente em também com o comportamento a técnica a empregar,
como
escalas bastante significativas, sendo as mais comuns 1; 2000 e mecânico dos vários
linha. Experiência de . componentes da
1:5.000, para as distâncias horizontais, e 1:200 e 1:500, - proJeto e se possível também
sao altamente deseJ'áv 1. . de construção,
e s. Pac1enc1a
A •
'o
J
-·--.
B
... ...
Considerações de ordem -econômica, por outro lado, impõem que essas '
alturas não sejam excedidas, pois, isso exigiria um espaçamento
menor ou alturas maiores que o.J suportes empregados, acarretando
aumento de custos. o- aspecto topográfico do terreno atravessado, a - Corte transversal
com morros e vales, também influencia a distribuição dos suportes e b- Corte longitudinal
4 . 1 - Pr·1Dc1p
· i o da locação
pode contribuir para uma diminuição de custos através de seu
aproveitamento racional para uma redução em seu número. A
distribuição é feita, atualmente; por dois processos. O processo
C_omo já foi mencionado, 0
convencional é gráfico, portanto manual. Computadores digitais são método convencional do estudo
dos suportes é g:r:-áfi co.
igualmente usados para esse fim. Em ambos os casos, é preciso que a Para tanto é necessária uma
""I'TE>s<>n1:ac;ão gráfica fiel dos ·"cabos
suspensos e dos suportes, nas
~-
)
J
238
Projetos mecânicos das jjnhas _aéreas de transmissão 239 I
i
mesmas escalas dos desenhos topográficos sobre os quais será número rá.zoável de imponderáveis. Estes são originados nos
efetuado o trabalho, como mostra a Fig. 4.1. Os suportes são matemáticos, nas características e propriedades dos
representados por segmentos, cujo comprimento representa, na escala s, nas técnicas de montagem e nos próprios processos de )
-vertical do desenho topográfico, a altura H dos grampos de dos projetos. )
l suspensão dos cabos, sendo que a flecha fm~ e altura de segurança
)
estão igualmente na mesma escala. A curva dos cabos deverá
4.2.2.1- Montagem dos cabos )
representar os cabos na condição de flecha máxima e determina, para
0 condutor escolhido, com o valor da componente horizontal da É durante a montagem dos cabos que fica assegurada a
)
tração calculada para essa condição, a distância "a 11 na escala )
, fiel execução do projeto, que deverá ser baseado, não só nas
horizontal dos desenhos, entre os suportes A e B. No Capítulo 3 foi condições teóriCas já examinadas, corno também em seu cOmportamento j
mostrado que a curva dos cabos, pode com restrições, ser elástico, de difícil previsão. Do ~ratamento que os cabos recebem )
u equação da parábola, pela qual, mantendo-se
;-i
representada pela durante sua montagem vai depender o. seu comportamento futuro, em J
constante a tração, . as flechas se relacionam pelo quadrado da virtude, principa'lmente, das alterações de suas características
J
relação dos vãos. Disso resulta uma forma de curva única para todos ~lásticas, que já se iniciam nessa fase. A familiaridade do
os vãos de mesma tração, como qcorre com os vãos de uma seção de projetista com as técnicas àe- trabalho no campo é, pois,
J
)
tensionamento, representável ·pelo "vão regulador_~. Foi mostrado fundamental, a fim de que possa incluir .seus efeitos nos cálculos,
)
igualmente que a curva é ainda a mesma quando os pontos de de forma realista.
)
suspensão são desnivelados. Portanto, a curva AOB da Fig. 4.1 é Independentemente das técnicas _de trabalho utilizadas,
apenas um segmento de uma curva maior, válida para todos os vãos e que serão descri tas de forma suscinta_ a;~ seguir, a fim de se )
continuas de uma secção de tensionamento, nivelados ou não. Um obterem resultados satisfatórios, é importante durante a montagem J
dispositivo auxiliar de desenho, denominado "gabarito" é empregado observar os seguintes pontos: ,)
no trabalho gráfico de locação. Será construído especialmente para a - em uma mesma seção de tensionamento, todos' os condutores )
cada linha, com a forma de uma catenária ou de uma parábola, como é devem provir de um mesmo fabrica~te e, possivelmente, de um mesmo )
mais comum, e cujos parâmetros são calculados em cada caso, pois é lote de fabricação, a fim de que, dentro das tolerâncias normais, )
necessário que a sua curva modele de forma mais fiel possível os -\
tenham! 'também as mesmas características físicas,_ mecânicas e
cabos suspensos na linha. elásticas;
J
,)
No caso da locação por computador, o gabar i to não é b - Todos os cabos de uma mesma seção de tensionamento, e
-,-_ )
empregado. A locação se faz com o uso./cia própria equação da curva. possivelmente em. ...toda __.a linha, deverão-receber··.o mesmo·· tra-tament·o
Em mui tos projetos de Engenharia pode-se esperar um )
no que diz respeito às trações a que são submetidos durante a
elevado grau de concordância entre o projeto e o produto acabado, .)
montagem e suas durações antes de sua fixação definitiva, a fim de
l\ pois os fatores intervenientes são bem definidos, modelos )
li provocar os mesmos alongamentos plásticos, observadas as instruções
.
r
~' matemáticos razoavelmente precisos e as técnicas de fabricação ou do projetista a respeito. J
construção não afetam os resultados. O mesmo não acontece com os Os trabalhos de montagem podem ser considerados :J
projetos dos cabos das linhas de transmissão, devido à existência divididos em pelo menos quatro etapas, das quais as duas primeiras )
_d
J
)
e fixação definitiva.
~ Independentemente das técnicas usadas nesses trabalhos,
', \
NEOPRENE
~
1r I I
I
"--
é fundamental que o atrito dos cabos nos pontos de suspensão 11 ~ 4
1
~
~
provJsória seja mínimo, o que irá facilitar seu desenrolamento, bem
como ~Sua distribuição nos diversos vãos da seção de tensionamento. l
As alturas em que permanecem sus~ensos devem ser as mesmas em que a - Para cabos simples ·b - Para cabos múltiplos
I
fase. Durante essa etapa dos trabalhos, os condutores estão
seguinte, ao qual deverá ser emendada. Para seu desenrolamento, as
sujeitos a sofrer danos em suas superfícies, como abrasão e
bobinas são colocadas em cavaletes apropriados, com eixos de baixo
arranhões por atrito com objetos /mais duros, principalmente os
atrito, e equipados com algum tipo de freio, para que a quantidade
cabos CA e CAA,
nas
o que deve ser evitado.
relativamente baixas (até 138kV), pequenos danos ainda podem ser
tolerados,
elevadas, quais o efeito carona
Nas linh8.s em- tensões
242 Projetos mecânicos des linhBs aéreas de transmissão Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores 243 )
)
de tração necessário ao seu desenrolamento, arrastando-a ao longo ser feito mantendo-se os cabos afastados do solo e de
)
da linha até a primeira estrutura, onde a cordoalha será passada o que requer que sejam mantidos permanentemente
)
pela roldana, para guiar o cabo através dela. Feito isso, o e que todos os cabos que compõem cada condutor múltiplo
desenrolamento prossegue para as estruturas seguintes, onde é desenrolados de uma só vez. ·)sso exige técnicas bem mais )
repetida toda a operação. A força necessária ao desenrolamento aprimoradas e equipamentos bem mais ·'C,~mplexos e sofisticados, a )
poderá ser braçal ou fornecida por veículo capaz de trafegar na começar pelas roldanas, que, como foi dito, devem ser de múltiplos -)
faixa de servidão, ou mesmo por animais (bois, mulas etc). gornes. )
Durante essa fase, as precauções são as seguintes: Um cabo de aço ou de náilon de alta resistência, .)
chamado cabo piloto, é desenrolado inicialmente, de forma
a - junto às bobinas, além do controle da quantidade de cabo )
convencional, ·ao longo do trecho em que o lance de· cabos será
desenrolada, que não pode ser maior que o lance estendido, um j
\ estendido. Por meio de dispositivos especiais, em geral chamados
operário ~az um exame visual do cabo para verificar possíveis
meias para cabos, os condutores São fixados aos cabos pilotos. No J
defeitos, que assinalará, quando ocorrerem, para posterior
caso de condutores múltiplos com o emprego de chapas
)
c_orreção;
multiplicadoras (Fig. 4. 3). O cabo' ..piloto será tracionado por meio )
b- como, nesse caso, os 1Cabos nos vãos entre estruturas são )
de um guincho especial, acionado por motores a gasolina ou diesel,
arrastados sobre o solo, pr8cauções especiais sãq tomadas quando aí
conduzindo os cabos através das roldanas até o ponto previsto para )
existem obstáculos ou áreas mais duras (cercas, mur-os,· rochas etc),
sua ancoragem provisória. )
que possam danificar suas superfícies. Empregam-se, geralmente para
)
transpô-los, cavaletes de madeira sobre os quais deslizam os cabos.
CABO CONDUTOR )
Terminado o desenrolamento do primeiro lance de todos
os condutores, eles devem ser tensionados a um valor próximo BOBINA DE
CJ.BQS
FREIO
DINAMOME.TRICO
J
)
daquele com os quais serão ancorados, nas condições de temperatura
existentes, empregando-se para isso ancoragens provisórias no solo. J
Evitam-se, assim, acidentes com os cabos deixados sobre o solo. )
e sustenta as
até que a estrutura de ancoragem seja atingida e
mesmo ultrapassada. Uma ancoragem provisória levanta o último lance
demais, l
I
!
i
)
.)
até seu tensionamento e ancoragem
; )
definitivos, que podem ser iniciados em seguida.
)
Nas linhas em tensões extra-elevadas, o desenrolamento Fig. 4.3- Desenrolamento de cabos por meio de cabo piloto
I )
)
244 Projetos mecânicos das !lh'has ·Béreas de trarismíssão -Roteiro dos projetos mecánicos dos condutores 245
Os cabos, ao sairem das bobinas, passam através de desempenho das linhas. Diversos fatores, fora do controle, tanto do
cilindros, cuja velocidade pode ser controlada por um sistema projetista como do condutor, dificultam a obtenção de valores
,hidráulico e equipado com dinamômetro, para controle da tração nos :.-~~?":reais, de flechas e trações, iguais aos previstos em cálculo.
mesmos, mantida constante e igual aos valores prefixados em fase de Citamos a.seguir alguns desses fatores '[5,6].
projeto (correspondendo em geral a 50% da tração de flechamento), a As equações usadas para descre~er um cabo suspenso são
fim de assegurar a manutenção dos cabos a determinada altura sobre a catenária e a parábola. Em ambas admite-se que os cabos são
o solo. Ao término da cada lance, os cabos são ancorados inelásticos e flexiveis. No caso da catenária, admite-se que a
provisoriamente ao solo, à espera das extremidades dos cabos do distribuição de seu peso é uniforme ao longo da curva do condutor,
lance seguinte, aos quais são emendados. A eliminação da ancoragem enquanto que na par.ábola se considera o peso distribuído
provisória ocorre então mediante um tensionamento dos cabos· na uniformemente ao longo da projeção horizontal da curva. Ambas
ancoragem t/provisória seguinte, quando o excesso de cabos deixado \ ~ hipóteses são incorretas. Os condutores são elásticos, além de
para a emenda é recolhido, e os dois lances deixados com a mesma possuírem ··um certo grau de rigidez;·· o que faz com que haja um
r
tração. E assim sucessivamente. Nesse tensionamento, pode-se deixar efeito de viga nos pontos de suspe~sãP, _principalmente quando forem
os cabos com as trações calculadas para a temperatura ambiente Usadas armaduras anti vibrantes ou grampos armados (Fig. 4. 4). Em
vigorante, o que virá facilitar seu tensionamento definitivo, vãos ancorados, o efeito do peso dos isoladores das cadeias de
l
nivelamento e ancoragem. tensão afetám igualmente os valores das curvas (Fig. 4.5).
A inspeção dos cabos à saída das bobinas é importante, Os condutores são fabricados com uma tolerância de peso
q!)Jf\1? também o é um eficiente sistema de telecomunicações entre os da ordem de ± 2% e, em seu diâmetro, de ± 1%, sendo que ambos têm
dive·rêos pontos onde os trabalhos se desenvolvem·, pois, na ausência influência direta nos valores das trações .. · Uma vez que essas
variações podem ocorrer ao longo de um mesmo vão ou vãos
l
âeS:ie, devido aos valores elevados de tração envolvidos, problemas,
adjacentes, pode-se esperar diferenças nos valores das flechas
por menores que sejam, poderão acarretar graves inconvenientes e
reais e das calculadas.
danos a equipamentos e estruturas das linhas e mesmo pessoais.
b - Tensionamento e flechamento
~
/\
Após o lançamento e seu; tEmsionamento preliminar, já
descrito,
a temperatura
o cabo
vigente
deve
no
ser tensionado
operação, a tração nos Cabos é ajustada aos valores calculados para
momento e
definitivamente.
de
r~E---+-1_ li--------=-E----jl 6-j---'
···~~~~~~
tensionamento. Em vãos isolados ou seções de tensionamento de uns
poucos vãos,
indiretamente,
flechas. t
essas trações
considerada
ser
dinamômetros. Normalmente, no entanto, esse controle deve ser feito
medidas d-iretamente
*
A necessariamente, a temperatur:-a de todo o trecho que
/-----------
·O
l
confeccionados com as curvas correspÔhdentes às máximas flechas de
fase de projeto como também na hora de seu tensionamento. Para )
projeto, decorrentes das temperaturas _calculadas da forma exposta
· -o_ da flecha máxima,
exceto para a d eterm1naça )
ef-eito de projeto, no Capitulo 1, considerando-se a atuaÇão simultânea do efeito da
como foi previsto no Cap1•t u 1o 2.,> trabalha-se com temperaturas do ar )
cor,rente, do sol e do vento.
'1
séries de
estimadas por processos probabilísticos a partir de )
Esses valores são adotados, mesmo sabendo-se que
Cabos · é . necessário um
valores medidos. Para o f l ech amen t o dos condições climatológicas mais desfavoráveis podem ocorrer, )
melhor conhecimento das temperaturas dos mesmos, o que se consegue )
inclusive coincidentemente com correntes maiores do que as nominais
- cuj'os valores são apenas aproximadDs (± 5 oC).
.,
m
através de mediçoes,
Para a sua medida empregam-se vários métodos,
sendo usados no
(ocasiões de contingências no sistema). Qual;pquer acréscimos nas )
flechas previstas são, então, absorvidos pelas alturas de )
i Brasil principalmente dois deles:
medida com termômetros de contato, que podem ser fixados aos
segurança.
As tabelas de tensionamento dos cbndutores são l)
_)
· d e saPatas e abraçadeiras
cabos a serem nivelados por melo preparadas considerando-se total ausência de vento. Este, no
l · 1 que , após determinado tempo, por
)
de .mesmo ma t er1a e entanto, não deixará de estar presente, com maior ou menor
.)
H
l
condução, atingirão a sua t emPera tura , que o
termômetro
seu
1ntensid~de, nos di versos locais ao longo de uma seção de
indicará. o termômetro
poderá ser convencional, com tensionamento, concorrendo para aumentar ainda mais as divergências ' )
! .)
bulbo inserido em alojamento feito em uma das sapatas; entre resultados do campo e dos projetos.
- a temperatura é rriedida por termômetro inserido no interior As técnicas desenvolvidas para os cálculos dos cabos em J
vãos contínuos e para seu tensionamento nesses vãos, partem da )
de uma amostra, de cerca de lm de comprimento do cabo ~ ser
nivelado, e da qual foram retirados alguns fios das camadas premissa que as roldanas, nas quais os cabos permanecem durante o .)
seu tensionamento, possuem atrito nulo. Assim, as flechas nos _)
internas para seu alojamento. Essa amostra de cabo será
\ ....;li
~-
de
dos vãos. Roldanas novas,
conservação, aproximam-se bastante
de boa
)
l igualarem.
l
1 _)
'----------------------- )
flDtBÍrD dos projetos mecánico_s dos condutores- 249
Projetos mecânicos das finhas·aéreas.de transmissão
248
uma técnica de tensionamento através da qual
dessa condição; porém, após certo tempo de uso e em decorrência do
durante · a fase de montagem, provocar o máximo do
tratamento nem sempre delicado que recebem no campo, podem
previsto, deixando-se o restante para ocorrer
~apresentar atrito considerável, fazendo com que a distribuição das
É a técnica que se ·convencionou denominar de
flechas nos diversos vãos seja irregular. Serão menores nos vãos do
pré-tensionamento dos cabos.
lado da tração e maiores do outro lado das roldanas defeituosas.
O pré-tensionamento consiste em submeter os cabos,
Estas, sempre que localizadas, o que não é fácil, deveriam ser
de seu flechamento e ancoragem, a trações maiores do que
substituídas. calculadas para as temperaturas de flechamento, durante
Quando as linhas atravessam longos trechos em declive,
intervalos de tempo preestabelecidos, provocando alongamentos
após seu lançamento e enquanto os cabos se encontram nas roldanas,
permanentes que ·não mais ocorrerão e que não precisarão ser
estes têm tendência a deslizar e a se acumular nos vãos mais
\.compensados nos projetos das linhas, resultando em flechas de
baixos, lfue apresentarão flechas maiores, ficando os vãos mais
locação menores. Também emprestará aOS cabos períodos de fluência
altos com flechas menores. Uma substancial melhora é conseguida por
nula, quando destensionados, como foi v1sto no Capítu~o 2, o que
sucessivos tracionamentos e relaxamentos dos cabos nesses trechos,
fac i 1 i ta os trabalhos de flechamento. Os valores das trações de
na hora de fixação dos condutore.s aos grampos de suspensão, cujas
pré-tensionamento, como também suas durações, variam e devem ser
cadeias de isoladores devem sei levemente inclinadas para o lado
especificados pelo projetista. Este também especificará as trações
mais baixo da linha [5,6] (veja também o Capítulo· 3·).
No Capítulo 2, foi exposto que o comportamento dos àe desenrolamento e espera, bem como a duração para essas
operações, pois· nesses intervalos também ocorre fluência e que
cabos das linhas depende de suas características elás 1ticas e da
t?mbém não precisa ser compensada.
influência que o seu t•""'1Sionamento exerce sobre as mesmas. t nas
Bons resultados tem sido obtidos com pré-tensionamento
primeiras horas em que os cabos permanecem sob tração que grande
com trações iguais àquelas que foram calculadas ou especificadas
parte das deformações plásticas irá acontecer. Suas causas são
para a condição de máximo carregamento, de curta duração.
devidas à acomodação geométrica dos filamentos nas diversas
Traciona-se os cabos das três fases ao valor da tração de máxima
camadas, ao encruamento, e aos efeitos da fluência. Enquanto que as
carga, valor que pode ser controlado por dinamômetros, deixando-os
duas primeiras dependem dos valores máximos das trações, a última
com essê\valor de tração por cerca de meia hora. Reduzindo-se a
depende tanto dos valores das trações, do tempo em que permanecem
·~ tração ao valor da tração de desenrolamento, repete-se a operação
sob tração, como das temperaturaS dos cabos. No exame feito,
,) anterior, efetuando-se o flechamento em seguida, ao ser reduzida a
mostrou-se seu relacionamento mútuo. As trações correspondentes à
~· tensão. Esse modo de operar ajuda a distribuição dos cabos pelos
condição de máxima carga em urna linha não ocorrem naturalmente na
.) di~ersos vãos, compensando os atritos nas roldanas. Para o
montagem e dificilmente nos primeiros meses após sua entrada em
) pré-tensionarnento, é necessário o emprego de forças de tração
serviço, podendo mesmo não ocorrer durante sua vida útil, caso em
relativamente elevadas, com emprego de equipamentos de capacidade
) que a deformação prevista em projeto não seria atingida. Por outro
elevada. É, além do mais, considerada urna operação perigosa, pelo
.J lado, é possível acelerar, como mostram as experi_ências, a
que, em geral, só é feita em ~abas de bitolas não muito grandes,
conseguindo-se urna deformação
.J deformação devida fluência,
à
a empregando-se trações máximas· da ordem de 5.000 a 6.000kgf, com
acentuada. Essas considerações levaram
) posterior menos
equipamentos portáteis.
)
\CJ
Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão dos projetos mecánicos dos condutores 251
250
Em linhas com cabos múltiplos e diâmetros maiores, por' a tração axial dos cabos. Deve-se, neste caso, ter 0
este motivo, prefere-se empregar o pré-tensionamento parcial, de se fazer a ancoragem provisória de tracionamento em um -~
,contentando-se em obter urna estabilização dos cabos durante urn distanciado da estrutura de ancoragem, em torno de meio vão )
período suficiente para a realização das operações de regulador; ponto em que a tração corresponderá aproximadamente ao
)
tensionamento. As trações a que os cabos são submetidos durante as valor da componente horizontal da tração'calculada. O dinamômetro
)
operações de lançamento e os períodas de·espera que se seguem, são, indicará a tração naquele ponto;· -Esta, não se.·. transrni te __ a todos os ., ;_ .
)
em geral, suficientes para esse fim. Dependendo da capacidade dos vãos devido ao atrito inevitável das roldanas, sendo tanto menor
quanto mais afastados estiverem do ponto de tracionamento. Este
)
equipamentos disponíveis, pode-se, antes do tensionamento e do
a valores método é aconselhado apenas para vãos isolados, ou, no. caso de vãos
)
nivelamento, aumentar suas trações, por tempo limitado,
contínuos, a sec"ções de tensionamento de no máximo quatro a cinco )
mais altos, conseguindo-se uma maior parcela da deformação
', \ vãos [6]. A capacidade máxima do dínamômetro não deverá exceder )
permanente a~tes da ocorrência das máximas cargas. '•
Existem muitas objeções ao pré-tensionamento, pelo muito a tração a ser aplicada, para nã~ dificultar a avaliação dos .)
aumento no custo da montagem que envolve. Porém representa uma valores entre as divisões das escalas. Os dinamômetros, quando )
contra uma eventual necessidade de ·'usados, devem ser aferidos periodicamente.
razoável segurança )
retensionamento dos cabos, em prazo maior ou menor, operação essa A medida das flechas por processos ópticos se processa
)
muito mais dispendiosa. com. o uso de um teodolito ou taqueômetro. Não há propriamente
)
As tabelas de tensionamento deverão ser calculadas limites quanto ao número da vãos que podem ser tensionados
)
considerando-se o seu efeito, ,....a fim de que as flechas,\ durante o simultaneamente por esse método, independentemente da natureza do
)
tensionamento e nivelamento, sejam menores apenas o suficiente para terreno e do atrito nas roldanas, desde que 0.' controle das flechas
seja feito, simultaneamente, em diversos vãos de controle, _)
poderem crescer até o valor final previsto para vida útil da linha.
Alguns projetistas e construtores preferem, no entanto, distribuídos no trecho, um a cada cinco ou seis vãos. Isso requer _}
deixar de considerar as deformaçães que ocorrem durante o período um eficiente sistema de comunicação e pessoal habilítado no uso de J
de lançamento dos cabos e durante o período de espera, e calculam instrumental topográfico. )
as deformações totais que o c?-bo sofreria se nunca tivesse sido Os vãos que forem escolhidos para o controle das )
!
/\
flechaS devem ter valores mui to próximos ao do vão regulador da
submetido a um tensionamento. Nessas condições, as flechas no
_, J
'' estado final serão, na realidadj, menores do que as calculadas e secção e, de preferência, pequenos desniveis. Havendo na secção que
)
usadas para a locação das estruturas. Aumentará a certeza de que as está sendo tensionada vãos muito pequenos ou muito grandes (menores
)
alturas de segurança serão· respeitadas·, porém haverá uma penalidade ou maiores do que respectivamente 50%·.-·ou·lSO% do vão--·regulador),
i ..
j
econômica, pois o custo das estruturas será maior. estes deverão merecer atenção especial e conforme as condições
,i locais, ancorados. . )
O controle das trações e flechas nos cabos por ocasião
'1' \ Foram desenvolvidos diversos métodos para o controle )
da sua ancoragem pode ser feito por dois processos:
'
!
. ·i
- dinamômetro; das .flechas por processos ópticos. O método mais comumente usado é j
aquele· que exporemos suscintamente, aplicável igualmente a vãos )
i1
jj
medida das flechas por processos ópticos.
No primeiro método, com o auxílio de um dinamômetro, nivelados e desnivelados. )
H '-)
)
f
'
. . ·cas das Jinhàs ae~eas de transmissão Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores 253
Projetos mecam
252
operador verificar que os cabos tangenciam a linha visada, os
controle representado na figura
Consideremos o vão de
4.6, para 0
qual conhecemos o valor da
flecha f' nas condições de
t das flechas.
i condutores estarão tensionados no valor desejado. O inconveniente
desse método reside no fato de que o operador deverá se acomodar
momento do ajus e
temperatura vigorante no
Necessita-se, para es Se trabalho,
de uma luneta com
estádias, t sobre a -estrutura,
trabalho tranquilo.
nem sempre em situação mui to cômoda para um
I
estruturas da linha. se distância da luneta ou a distância do alvo aos pontos de suspensão,
empregados, conforme
podem ser
Dois processos calculando-se a outra distância da luneta ou a distância do alvo
verifica pela figura 4.6. aos pontos de suspensão, calculando-se a outra em função do valor
· t~ · vertical
luneta a uma mesma dlS anela da flecha deseja"da.
1 _ Fixa-se o alVo e a de forma
cabos na própria estrutura, \ Demonstra-se que, com razoável aproximação, vale [5,6]
dos pontos(J de suspensão dos
curva. Se
de visada seja paralela à corda da
que a linha
da flecha f, quando o
distância igual ao valor (4. 1)
escolhermos essa
) B
da qual podemos obter, se medirmos o valor de E
'
~~ (4.2)
~·"'~vo~=:::::_~~LL
.) bibliog-'Í\afia indicada [6, 7], na qual se discute igualmente o
·~_) critério a ser usado na escolha dos vãos a serem escolhidos para o
controle das flechas.
i!.
o
-1)! LUNETA. • ~
4.3 - DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DOS CABOS
'ir., LINHA DE VISADA
I
"-..-, ·r·
·~ l b)
I_) i'
p
I!'·
)
Roteiro dos projetos mecânicos dos condutOres
Projetos mecânicos das linhas aéreás de transmissão )
254
b - escolher, entre as hipóteses de cálculo, aquela ~~
trabalho. Deverá constituir, dentro das limitações deste texto, um orientará os cálculos, conhecida como "condição regente• . I
roteiro para a sua realização. tnfase será dada àqueles pontos em
do projeto;
que as decisões do projetista são fundamentais. c - estimar o vão básico para o cál.culo da curva que deveré.
t oportuno lembrar, a esta altura, que os projetos de
ser usada para a locação dos supô~tes.
de transmissão em '
· ·
engenharla em gera 1 , e aqueles das linhas
de procedimentos e
particular, são regidos por normas técnicas
particulares das 4.3.1.1- Escolha da condição regente do projeto
muitas vezes também por normas ou padões )
· das ll'nhas. Se forem conflitantes, principalmente em
proprietarias )
Conforme foi visto nos capítulos anteriores, ~
questões relacionadas com a segurança, aquelas devem prevalecer. Ao
hipótese de carga define um "estado dos cabos", pois ela relacio:-.:.. I
projetista cabe a responsabilidade pelo sucesso do projeto, devendo
'· \ )
~ t Conta para isso com o seu bom valores de trações, temperaturas e _de carregamentos. dos cabos, c·.:
estar apto a tornar decisões corre as.
seja, seus três parâmetros. Conhecido ou especificado um "estadc···. )
senso e a sua experiência profissional.
pode-se determinar um novo "estado", desde que se especifiquero: cio::: }
' de seus parâmetros. Para tanto podemos aplicar a "equação C.:.
4.3.1- Elementos básicos mudança de estado", como foi exposto no capítulo 3. Nesse mestt.: )
capítulo mostrou-se também como variam as trações nos cabos, e:.
Antes de iniciar 0 projeto mecânico dos ~condutores de )
função dos vãos, calculadas para um novo "estado", definido por 5'.:.:.
uma liriha, já foram definidos e preparados, através _de estudos e )
temperatura e carregamento a partir de um "estado inicial".
trabalhos prévios, os seguintes itens indispensáveis ao seu )
Sejam, por exemplo, duas hipóteses de cálcu.:.~
)
desenvolvimento: aplicáveis a uma linha, que deverá ser construída com cabos CAA ~·
número e bitolas dos cabos condutores, por fase; )
2/0 AWG (6Al + lFe):
- número, tipo e diâmetro dos cabos pára-raios; )
serem empregadas na 1~ hipótese: - Tração máxima admissivel: TotM 4756,2N
tipos e dimensões das estruturas a )
(TOlH = 485kgf)
linha; das )
necessárias à formulação - Temperatura: t1 = 20oC, sem vento
condições meteorológicas
- Peso do cabo: p1 = 2,6703N/m )
·ra vista na capítulo 2;
hipóteses d e carga, d a rnanel
I r· (plantas e perfis) com as respectivas (pl = 0,2723kgf/rn) .)
desenhos de topogTa 1a
2~ hipótese: - Tração máxima admissível: To2H 7923,73N )
cadernetas de campo.
(T02H = 808kgf)
Cabem ao projetista, as seguintes decisões:
Temperatura: t2 = 1QoC, com vento .)
· d '1 1 associando cada um
a - formulação das hipoteses e ca cu o, - Peso do cabo e sobrecarga: p2 = 5,535N/m
máxima )
dos carregamentos considerados a uma solicitação
experiência, (p2 = 0,4644kgf/rn)
aceitável. Esta é fixada com base
na <J
respeitando 0 que está especificado nas normas técnicas ou Apliquemos. inici~lmente a equação da "mudança cie .)
estado" (Eq. 3. 79). usando n~;.·"seu primeiro membro os parâmetros da
regulamentos de segurança aplicáveis; .)
c)
J
J
.:~A~:Ó~E~S~(K~g~f~l~~~~~~~~D'_"~··~A:X~IM~D:_~cA~R=R~E~G~A~M=E~N~T!0~(~~~~~~~~~
2 do
çONDICÁO ""
260 Tmóx' 2578\Kgfl REGENTE - J'i!' HIPciTESE especificadas. Para vãos maiores ocorrerá o contrário, pois as
VENTO- CONDIÇÃO
Tot, t1
transformados em valores das trações os
2 [ PJ 2_ . P' 2]
:i~
determinaremos os . -
transformados em tz e pz, de vaos ToJ - Tot _ a (4.3)
para os
di versos v a 1 ore 5 - cn(tJ- ti)+
ES
efeito do vento, ·Nesta - "'"24 ToJ 2 To1 2
cabos, sem o c 3 da mesma figura.
~~ji\ · m à curva n.
considerad os, dando orlge . de traça-o em primeira
os limites máxlmos . da qual poderemos tirar o valor do vão a se fixarmos valores para
j estão indicados igualll)ente
(485kgf) e em segunda
( 808kgfl hipóteses. Um
exame da figura 4. 7
-
de um único vao de 243, m,
00 Tot e TOJ. Sejam Tal = TtM a tração máxima na primeir.a hipótese de
ambos valores correspon 3 cortam, cálculo, e TOJ = T JM a tração máxima na segunda hipótese, às quais
mostra que a as curvas 4 e
abscissa em que e que correspondem os carregamentos pi e pJ, respectivamente. O vão
--j-
·- ~'·;
definido pela
as retas de TolM e TozM.
No primeiro caso,
' _1 respectivamen t e
\)
I
Projetos mecânicos das linhaS aéreas de transmissão Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores 259
258 I
I
encontrado será então o vão critico, pois será o único vão para o Exemplo 4.1
qual as trações correspondem aos limites máximos admissíveis.
Te;:remos Verificar, pela Eq. 4.4, o valor do vão crítico das )
TJH - TiH l linhas que empregam os cabos CAA que deram origem as curvas 1, 2, 3 l
! e 4 da figura 4.7.
r-(i:. r
SE
acr
(i;.
(4.4)
I )
)
terão a
Os
condição
maiores que acr terão
vãos isolados
correspondente
TJH
ou reguladores
a
como regente.
TiM como
menores
regente,
do
e
que
os vãos
acr
l
1
'
Solução:
a- Linha c~m cabo CAA n.~ 2/0 AWG- 6Al + 7Fe
)
)
)
Dados: Tração máxima na condição i: ToiM = 485kgf
Para que fique definido um vão cri ti co, é necessário \ Peso unitário do cabo: p1 = 0,2723kgf/m )
~ Coeficiente de dilatação, térmica: cxt=i8 38.1Q- 6 cC-
1
que a equação precedente forneça um valor real e positivo, caso 2
Módulo de elasticidade: E = 6.820kgf/rnm )
contrário não há vão crítico, como no caso do cabo Oriole. Tanto o Área da secção transversal: S = 78,63mm 2 )
numerador como o denominador da Eq. 4.4 podem ser positivos ou Peso unitário com sobrecarga: p1 = 0,5644kgf/m
Tração máxima na condição j: TOJH = SOSkgf )
·negativos. O vão crítico existirá s~· ambos tiverem o mesmo sinal. Temperatura na condição i: t1 20~C
Temperatura na condição j: tJ = 1QcC )
A Tab. 4.1 [8] mostra "como interpretar a Eq. 4.4,· para
duas hipóteses de cálculo genéricas i e j:
Substituindo esses valores na Eq. 4.4, ter-se-a: )
TABELA 4.1 -VERIFICAÇÃO DA CONDIÇÃO VIGENTE PELA EQ. 4.4
' )
SINAIS 24 18,38·10-6(10- zoJ +·· 808- 485
CONDIÇÃO REGENTE 78,63·6.820
VÃO CRÍTICO acr
2
)
NUMERADOR DENOMINADOR 0,2723 ]
Para valores de vãos me-
485 J
nores do que acr, a con- )
dição regente é i
+ + )
Para valores de vãos ma i
ores que acr, a condiçãO 10.044,57·10- 6 J
regente é j
i\ acr 6
243m
+ 0,17·10-
f
/
EXISTE j '
Para valores de vãos me-
nores do que acr, a con- )
dição regente é j
b - Linha com cabo CAA 336 400 CM - 30Al + 7Fe (Oriole) .)
- -
Para valores de vãos mal Tração máxima na condição i: ToiH = 1.547kgf
ores que aer, a condiçãO Peso unitário do cabo: p1 = 0,7845kg/m .)
regente é i Coeficiente de dilatação térmica: cxt =16,75·10- 6 1/cC )
Módulo de elasticidade: E = 6.609kgf/mm 2
Para qualquer valor de Área da secção transversal: S = 210,28mm 2 )
+ - NÃO
vão a condição regente é
Peso unitário com sobrecarga:· pj = 1,13Skgf /m
a condiç~o i )
Tração máxima·.na .-cond-ição j: TOJH = 2.578kgf
EXISTE Para qualquer valor de Temperatura na condição i: t1 = 2QoC ,__ )
- + vão a condição regente é Temperatura na cC)ndição j: tj = lO~C
I
a condição j
r;-
260
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão -i Roteiro dos projetos mecânicos dos condutor~s 261
+ 13.778,76·10-
6 t. conseqüentemente, curvas
pela Figura 4.8a.
. d e f armas diferentes, conforme se pode ver
com t raçoes
- constantes, as flechas variarão entre
i
- 0,07·10-
6 ' \ si, de acordo com o quadrado da relação entre os vãos. A curva no
entanto, será a mesma (Fig. 4.8b), co~o ocorre nos diversos vãos de
uma mesma secção de tensionarnento.
O resultado indica que não há vão crítico. De acordo
com a Tab. 4.1, a hipótese de cálculo i será regente para qualquer
valor de vão.
Se for formulada ma~s uma hipótese de cálculo, k, além
das hipóteses de carga de maior. duração e a de carga max1ma, como
por exemplo aquela-de flecha mínima, é necessário qUe se verifique
a possibilidade desta se tornar regente, o que se faz· pelo mesmo I
processo, comparando-se i e k e- j e k.
I
J i
o crítico define a condição regente, 1,2
J vão
independentemente do fato de se tratar de um vão isolado ou de uma
)
)
.)
secção de tensionamento inteira,
representada por seu vão
regulador. Pode ocorrer que uma linha apresente valores muito
diferentes de vãos reguladores de suas secções de tensionarnento,
. ,,
'-----..,.::.C----.,
I
T1·,
)
·~~
· -i~
maiores e menores ~o que o seu vão crítico. t então necessário que
se adotem condições regentes
linhas diferentes fossem.
ladeados de vãos grandes,
diferentes em cada caso,
Vãos menores do que os vãos crí tícos,
de uma secção de tensionamento,
como
serão
se
]1
) normalmente isolados por meio de ancoragem em ambos os lados. a - Vão constante a b - Tração constante To1
I trações variáveis vãos variáveis
·-i To1 > To2 > To3 a1 < a2 < a3
·~
O estudo de locação das estruturas, bem como o preparo
Fig. 4.8 - Efeitos dos vãos e~das trações nas formas das
das tabelas de tensionamento dos cabos, qualquer que seja o método curvas dos cabos
)
I Roteiro dos projetos mecánicos dos condutoreS 263
. • ·cos das !inha·s aére'as de transmissão
Projetos mecant
262 Para o estudo de locação das estruturas, é necessário
admitido para uma
vão básico
I
Seja a = 350m o definir a forma da curva dos cabos, portanto o seu vão básico. Para
com 0 qual foi determinada a
Unha de transmissão e como condição
o cálculo das flechas e trações de montagem (de tensionamento), é
da máxima temp eratura, tendo necessário determinar o valor do vão regulador, o que só pode ser
tração na condição foram )
de maior duração. Com essa tração feito após a conclusão da distribuição -,das estruturas sobre o
regente a condição · valores de vãos, l )
Correspondentes a dlverso 5 perfil.
Calculad as as flechas a curva dos cab os )
dando origem à curva
1 da figura 4.9. Neste caso,
h
-
estão na razao
do quadrado da 1 Podem ocorrer os seguintes casos: )
valores das fl_ec as
é única e os
- como afigura 4.8b. )
relação entre os vaos, a - o vão r~gulador é menor do que o vão básico;
)
2 (4.5) b - o vão regulador é igual ao vão básico;
fl r 1 \ )
-rr- =ra:>J
al
empregando-se
c - o vão regulador é maior do q~e o vão básico~
:)
o cálculo for repetido'
Se, no entanto,
-aos básicos, para cada um destes
será obt-ido No primeiro caso, verifica-se pela curva 1 da Fig. 4.9, J
diferentes valores de V formas das )
tração. .conseqüentemente, as que as flechas empregadas na locação dos cabos são menores do que
de
um valor diferente
cabos serão diferentes,
,
. 8a e evidenciado
como na F 1g. 4 · • as flechas reais, calculadas para o tensionamento, como a curva 2. .)
curvas dos Neste caso pode-se prever falta de altura de segurança, corno mostra
.\
pela curva 2dafig.4.9. a Fig. 4.10a, o que deve ser evitado. )
O terceiro caso, quando o vão regulador for maior que o
vi1o básico, as flechas reais serão menores do que as flechas de J
FLECHAS USADAS NA
locação, corno mostra a Fig. lOb. Não haverá problemas com as )
COM VÃO sÃSICO ESTit.!AOO
A • 35 o m alturas de segurança. Há, isso sim, uma má utilização das J
estruturas, com o conseqüente aumento dos custos da linha. )
FLECHAS CALCULADAS
~'
A vida de uma linha, para esse fim, é estimada, em
. I
···.1. ·. Curva de tocooõo . .../
. . _geral, entre 20 e 30 anos, que é o período para o qual se deve
j l
j
estudar a compensação dos alongamentos. Mui tos projetistas adotam
um período de 10 anos para o mesmo fim.
j b- vÃo REGULADOR MAIOR OUE O BÁSICO
Para o cálculo do alongamento total, pode-se adotar,
."11'
,_...-~
l por estimativa, o número de horas previstas para a operação da
Fig. 4.10- Efeito da escolha inadequada do vão básico
linha na condição de temperatura máxima, o,·:número de horas para
operação sob condições de carga máxima e no restante do tempo
Feita a locação de uma secção de tensionamento, deve-se considera-se a línha submetida às condições de carga de maior
- regulador . Se este resultar mui to diferente do
calcu l ar o seu vao duração.
básico (pode-se tolerar diferenças de -5% e. +10%} convém tentar uma Os alongamentos "antes" da ancoragem são calculados a
nova locação com a mesma curva, ou mesmo calcular uma curva nova partir das especificações para a montagem dos cabos:
-
para a con f ecçao de umfnovo gabarito, evitando-se os dissabores de I ·\.
- tração de desenrolamento e sua duração;
encontrar condutores bal. xos ou excessivamente altos, pois nesta
,\ fase a correção cus t a mul·to menos, tanto em tempo como em dinheiro,
- tração de espera para nivelamento e sua duração;
- tração de pré-tensionamento e sua duração.
.Y do que no campo, após a construção da linha .
) As durações estimadas devem corresponder à média dos
.. ) 4.3.1.3- Tratamento dos cabos durante a montagem tempos normalmente empregados em tais operações. A Fíg. 4.11
apresenta um exemplo de diagrama de trações x tempos de duração,
.J
Os alongamento-s permanentes, tanto por acomodação que poderá ser especificado para o cálculo dos alongamentos
.)
permanentes. Outros valores de tração com a sua duração respectiva
,J' geométrica Como devl. do à fluência, como foi exposto no Capitulo 2,
podem ser adotados, como também sua seqüência alterada.
iniciam-se com o desenrolamento dos Cabos • e prosseguem durante o
)
.J
'J
! . T-·--·
Roteiro dos projetos mecânicos .d os condutor~s 267
Projetos mecânicos das linhas aéreas· de transmissão
266
i Tos
--;---;-,
'
--:-- -=--==-=-~~
~-------- '·
I
I
I
I
J
\ I
I
)
' )
í
\
Fig. 4. 12 - Variação dos valores das trações nos cabos
ancorados com 0 tempo
.)
t1 -
duração das operações de desenrolamento e espera;
tz -
duração do pré-tensionarnento; O alongamento to.tal em t horas será igual à soma dos
t3 -
duração da operação' da linha com temperatura máxima; '
t4 -
duração da operação da linha com carga max1ma; alongamentos parciais c3, c4 e es. A compensação das flechas deverá )
Fig. 4.11 - Tensões e tempos aplicáveis ao cálculo c •t O programa de cálculo dos alongamentos, anexo a este
dos alongamentos permanentes )
apl u 1 o' pode ser usado para esse fim Ele em a metodologia
descri ta no Capítulo 2. . prega )
)
Os tempos t1 e t2 contam antes da ancoragem dos cabos,
)
portanto os alongamentos c1 e c2, que ocorrem nesse intervalo de 4.3.1 · 4-
, Cál cu 1o da curva de locação e confecção do gabarito
.)
tempo, não mais ocorr,rão e deverão ser subtraídos do alongamento .t \
)
Conforme já foi mencionado anteriormente' a curva de
Se T~ é a tração dos cabos na condição de maior duração
total previsto para as t horas.
)
locação, com a qual se constrói o gabar i to • d eve representar os
e que admitimos ser a mesma na hora da ancoragem, ela será reduzida .
cabos na condição de flecha máxima ' a longo prazo. Nb Capítulo 2
para To3 após o intervalo de tempo t3, em virtude do alongamento c3 t
foi àpresentada a maneira recomendada pela NBR 5422 para o cálculo )
sofrido devido a operação com a máxima temperatura. A hipótese de da máxima ernperatura dos cabos. Foi visto, igualmente, que é )
por máxima carga ·no tempo t4 provoca o alongamento possível os alongamentos permanentes através de
representar
solicitação
adicional c4. A tração ao final de t4, será To4, que é a tração aUmentos de temperaturas equivalentes podendo-se determinar
J
inicial do intervalo ts e que provocará o alongamento cs, a tração nos cabos ao final do período de•
corres d ··· compensação da fluência e ,)
resultando na tração final Tos, como mostra esquematicamente a Fig. a flecha pon ente. O procedfmento e, o seguinte:
)
4.12. t)
I
Projetos mecânicos das linhaS aéreas de transmissão Roteiro dos projetos mecânicos dos cQndutores 269
268
a - determina-se a condição regente de projeto, cálculo, ou até mais vezes, dependendo da topografia. A Eq. 4.9
especificando-se a tração [kgf], a temperatura t1 [oC] e o peso pode ser usada para esse fim.
virtual unitário dos cabos, p1 [kgf/m]; Urna segunda curva deve ser adicionada aos gabaritos. ~
(4.7)
2
a ·p2 (4.8) f mO:.:
fmâx = [m]
8Tmin
2
1 (4.9)
fimax = fmax ( : )
f mó:.:
Os vãos das linhas raramente são iguais ao vão de
cálculo, podendo ser maiores ou menores. Tampouco são nivelados, o
que·, como foi visto (Cap. 3), desloca os vértices das -curvas para
perto dos suportes mais baixos, ficando a curva assimétrica com
relação ao meio do vão. t, pois, necessário confeccionar os
Fig. 4.13- Construção da parábola pelo método das tangentes
gabaritos para vãos bem maiores, em geral, de 3 a 4 vezes o vão de
r--
,
Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores 271
Projetos mecânicos das linhaS aéreás de transmissão
270
esforço de flexão· ao longo dos mesmos, deixando um vazio em forma
cuidadosamente desenhado com o
curva, cujo contorno deverá ser de meia-lua, como na Fig. 4.14. Com lixa fina, alisa-se o corte
devem ser desenhados nas
auxílio de curva francesa. Os vãos ''a" para a eliminação das rebarbas.
'ficas e as flechas,
, l s horizontais dos desenhos t opogra É de suma "importância qu~ as curvas no celulóide
mesmas esca a 1 ste
desenhos são feitos sobre pape e e acompanhem a parábola desenhada e que sejam simétricas com relação
na mesma escala vertical. Os '·,
uma prancheta. Sobre esta. fixa-se o ao eixo que passa pelos seus vértices. Lembramos que um desvio de 1
será fixado firmemente sobre
deverá ser transparente mm na escala vertical pode representar um erro de SOem na escala
ecção do gabarito. Este
material para Conf d d
acrílico), Com espe ssura de 0,5 a l,Omm, depen en o 1:500 ou de 20cm na escala 1:200. É um trabalhO que não requer
(celulóide ou
também desenhadas as
do tamanho do gabarito. Sobre o papel são especialista, mas sim capricho e senso de precisão.
curvas auxiliares mos t ra d as na Fig. 4.14. É usual incluir no gabarito algumas linhas auxiliares,
risca-se o
)
de uma curva francesa, \que são riscadas de leve e escurecidas com tinta para serem
C~m o auxílio )
das curvas
(ponta seca) os contornos facilmente visíveis (Fig. 4.14):
material-........_ com um estilete o risco )
cuidadosamente, aprofundando
quentes e frias, - sistema de eixo de referência - além do eixo de simetria, é
leve )
para rompê-lo, fazendo-se
progressivamente, o suficiente Usual marcar, nas laterais, eixos paralelos ao mesmo, bem como na )
Furosde03
parte superior e inferior, eixos ortogonais ao mesmo, representando
o· "5 mm
o plano horizontal;
Linho do cobO o 1m in
caso,como empregá-las.
Convém, neste ponto, introduzir a forma pela qual são
fixadas algumas das grandezas intervenientes:
. - ou obstáculo
. d
,iJ, Natureza da reg1ao
atravessado pela linha ou que
dela se aproxime
Distância
"a"
[m]
Ref. da NBR 5422
Secção
Figura
Anexo A
~
destres 6,0 8
~
I
o,01~~
(Eq. 1.8)
h• =a+ -5o) Obs: hs deverá ser corrigido em função da altitude local.
Recomenda-se um aumento de 3% para cada 300m de altitude acima de
1000~.\
sendo:
. · espec1' fl' cada na tabel•a a seguir
a Im) - distância b as1ca, 4.3.1.5- Métodos de empregos dos gabaritos
(para U < 87 kY, h; = a);
tensão u (máxima para a Uma vez preparado o gabarito, pode-se proceder ao
Du lml - distância numérica igual à
'·projeto de distribuição das estruturas sobre o perfil topográfico,
classe de tensão) da linha.
este, em geral, desenhado sobre pápel milimetrado.
é obtido,
comprimento da cadeia de isoladores, Deve-se empregar, de preferência, o papel milimetrado
_comprimentos
determinando-se o seu comprimentq- útil, acrescido dos
opaco, sobre o qual o desenhista de topografia executa a lápis a
Estes são obtidos dos
úteis das ferragens a elas associadas.
reprodução do terreno .
catálogos dos fabricantes.
_)
)
274
Projetos mecânicos das linhas aérf!as de transmissão Roteiro dos projetos rriecánicos. dos condutores 275 -,
t hábito das concessionárias exigirem que os topógrafos H [m], enquanto que a linha de terra deve tangenciar a linha do
forneçam os desenhos em papel copiativo (vegetal ou PVC), à tinta, perfil, como mostra a Fig. 4.16. Deve-se ter 0 cuidado de manter os
que normalmente são copiados de desenhos feitos em _papel opaco, eixos do gabarito coincidentes com os eixos do papel milimetrado.
linha as cópias
para posterior entrega ao projetista da Com um lápis de ponta bem fina, traça-se a curva ao longo do
heliográficas dos mesmos desenhos, para que o mesmo possa executar recorte para a flecha máxima. No ponto em",que a curva estiver a uma
_I
o seu trabalho. Há alguns inconvenientes nessa prática: distância correspondente a H [m] da linha do solo, será marcada uma
- a transcrição do original para o papel copiativo, à tinta, nova estrutura. Uma parábola auxiliar no gabar:-ito, traçada a uma
J
pode introduzir erros; distância correspondente a H [m] da curva da flecha máxima e
.)
- as escalas nas cópias heliográficas normalmente encontram-se idêntica a esta, facilita a localização da nova estrutura, que )
alteradas, pela deformação que o papel de cópia sofre duran~e o estará no ponto-em que esta corta a ll"nha d o solo. Daí seu nome de )
.---..,
processo cop~ativo, o q':le pode trazer surpresas desagradáveis na linha de pé. )
I
partir dos elementos topográficos
---- H·-h
/
'/
_,-" /
/
u
()
'-
I Inicialmente, deve-se ter o cuidado de marcar, de forma
destacada, os chamados pontos obrigatórios, isto é, os locais onde Fig. 4'. '16 - Locação de estruturas pela linha de terra
o
()
I. forçosamente haverá estruturas iniciais e finais, estruturas
l ___ _)
especiais para derivações, travessias importantes, etc.
Há basicamente dois processos de trabalho com os Locação pela línha de pé
gabaritos: locação pela linha de terra e locação pela linha de pé. )
Como mostra a Fig. 4.17, nos eixos das estruturas são
marcadas alturas H' = H - hs [m]. Faz-se a ;Linha de recorte da
Locação pela linha.de terra curva de flecha máxima tangenc1· ar o ponto assim determinado e a )
Segura-se o gabar i to de forma que a linha de corte linha do perfil. Com um 1,apis, traça-se então a curva do condutor.
tangencie um ponto marcado, em escala, sobre uma linha vertical que No ponto em que a curva . assim traçada estiver a um altura II u
passa pelo eixo central da estrutura, a uma altura correspondente a correspondente a H' da linha do solo, sera' o 1oca 1 determinado para '
I'
I
Projetos mecânicos das linhas ~éreas de transmissão Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores zn
276
o ponto obrigatório, como também uniformizar os vãos. Convém,
mui tas vezes, aumentar em uma o número de estruturas,
conseguindo-se, além de maior uniformidade dos vãos, a coincidência
da última com o ponto obrigatório, mesmo ,que isso acarrete alturas
livres maiores que as alturas de segurança.
') '·
t, pois, um trabalho feito por tentativas, e quanto
')
- maior a experiência do projetista, mais Tápido e perfeito será.
!) '
I
I Cada profissional desenvolve sua técnica particular de atacar o
) H -h I
.problema.
' I
) /
I
Deve-se atentar para alguns pontos, que destacamos a
·~
' Seguir, a fim de se conseguir um trabalho que possa ser aceito como
:)
-,
)
Fig. 4.17- Locação de estruturas pela linha de pé I
~
bom, tendo-se, naturalmente, em vista ~.as condições particulares do
terreno em cada caso.
I
I'
devem ser estudadas individualmente, adaptadas para atender ao que
prescreve a N
envolvidas.
BR 542~i85 e às exigências particulares das entidades
"'
adicional de topografia para a obtenção dos perfis laterais
representa urna parcela infima do custo da linha, e muitas vezes
menor do que a raspagem de um trecho, sem mencionar o dano que
\
se caUsa ao próprio terreno pela eliminação de sua camada
.)
)
)
I
)
Sendo empregadas transposições com ancoragens, procurar )
substituição a estruturas de ancoragem
localizá-las em I fERFIL LATERAL SUPERIOR )
entre estruturas de PERFIL DO EIXO QA.
intermediárias, mesmo que as distâncias )
transposição resultem irregulares. Fig. 4.19- Locação em terrenos desnivelados
I f
)
negativa.
E
) ~
m
J •w
-o
J 4.3.1.6- Projeto de distribuição
g- -~. -9".153
W\:11
.
o
,)
~
.~ I I
'"'
Ü'
·~
~L_i ~
) m
completo com a indicação, no desenho, dos seguintes elementos, corno -o
) 1
mostra a Fig. 4.20,- e que constam da caderneta de locação (Figs.
w
-o
'l
w
b - número de ordem da estrutura; -o
c - distância progressiva de cada estrutura com relação à o
Q..
'II'O'II'XI'II'S E
i primeira estrutura da linha ou pórtico de saída da w
J subestação;
X
"' I
~ I
d - vãos entre estruturas; o
N I
.J e - sua localização referida às estacas do leVantamento_ .,;. I
·~J topográfico;
-"' I
f - seções de tensionamento. "-
I
-) l I
--t--- ·-
~ _t•
282 Projetos mecánicos das linhas aéreas de transmissão Roteiro dos profetas mecánicos dos condutores
283 ')
·'; 5,40 5,40 )
Distância Estrutura 2,30
Estaca do progressiva ")
Estrutura Vão Vão Vão
levantamento desde a )
n." [m] médio gravante Alt. ~ 2,20 2,20
topográfico estaca o Tipo = 30°
[m
[km] ' " \ )
/ ---". )
1 220
o o 110 102 T 18,0 o
-. I ' I
2 3 + 16,6 0,220 175,05 207 s 22,0 )
I
131
3 5 + 12,5 0,351 109 128 A 18,0 \ )
87
4 6 - 11,3 0,438 145 88 A 18,0 )
203
5 8 .
0,641 239 235 5" 22"0 )
~ \ \ )
fig. 4.21 -Exemplo de caderneta de locação
)
)
2ESTAIS
2 ESTAIS )
4.4- DESENVOLVIMENTO DO PROJETo'
o )
)
4.4.1 -Enunciado especifico
)
s- 4,5
Efetuar o projeto dos cabos de uma linha de transmissão
N
•,: J
da classe 230/245kV, com um comprimento de 62km, para transportar s-'io )
325,6MVA, desde uma Usina Hidrelétrica a uma subestação abaixadora )
I'· de uma indústria que ~yabalha em ciclo continuo. Será construída
•+O
)
com estruturas metálicas estaiadas do tipo indicado na fig. 4.22. )
o~
Os condutores, escolhidos através do estudo econômico, serão do N
)
2 ó
tipo CAA, de 515,11mm de secção total, constituídos por 54 fios de i Fig. - Dimensões básicas das estruturas de suspensão j
II
Ale 7 fios de aço (código canary, 900kCM, da ASTM). normais da linha do exemplo
)
Os cabos pára-raios serão de aço galvanizado a 7 fios,
tipo EAR, de diâmetro norriinal de 9,525mm (3/8").
)
Dados de projeto
A linha será localizada em urna região de coordenadas )
18~5 e 46oW, não se dispondo de dados meteorológicos obtidos na a - dos cabos condutores - conforme catálogo da Albra: )
região, com altitude de 425m.
A topografia do terreno pode
l,_j
)
)
'_)
)
Projetos mecânicos das lin~as· aéreas de transmissão ·
f Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores 285
I
I
284
N 325600
módulo de elasticidade final: Er = 67.567,47MPa IM = = 817,3A
2 >'3·U >'3·230
(6.890kgf/mm )
módulo de elasticidade inicial: E1 = 51.041,43MPa estima-se que.na hora do calor máximo, a linha opere com
2
(5.203kgf/mm ) ·cerca de 85% da carga de ponta .. Logo:
coeficiente de dilatação térmica linear final:
I = 695A
-6
"tr = 19,44·10 1/•C
- coeficiente de dilatação térmica linear inicial:
-6
"t' = 18,18·10 1/•C 4.4.2 - Determinação da velocidade de vento de projeto e forças
resultantes da ação do vento
b - dos cabos pára-raios
\ \
- di~etro nominal: d = 9,525mrn De conformidade com a NBR 5422, as velocidades de vento
2
secção nominal: S 55.421mm de projeto Vp são determinadas a partir das velocidades básicas de
- carga de ruptura: R= 68.450N (6.980kgf) vento Vb, corrigidas de modo a levar em conta o grau de rugosidade
peso unitário: p = 4,021N/m (0,410kgf/m) da região de implantação da linha, o intervalo de tempo necessário
módulo àe elasticidade fJhal: ir = 189.561,5MPa para que o obstáculo responda à ação do vento, a altura do
2
(19.330kgflmm ) obstáculoe o período de retorno adotado:
coeficiente de dilatação térmica linear final:
-6 (Eq. 2. 7)
"tr = 12,56·10 1/•C
·.;
- velocidade básica do vento: Vs = 20m/s Vp = 20·1,0·1,21 ( 1101 )1/11
I - qualidade do ar: muito boa
r
l
Vp 24,41m/s
e - corrente na linha: a corrente na linha na hora da ponta de pressão dinâmica de referência qo, indicativa do efeito do vento I
I
sobre obstáculos: f
carga será
j
Projetos mecânicos das linhas ~éreas df! transmissão Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores . 287
286
qo -à- 1,166·(24,41) 2
Essa
Pode-se, pois, adotar o valor de 1,9rn acima determinado.
distância deverá ser verificada no suporte com a cadeia de
)
qo 347, 40N/m
2 J
isoladores deslocada da vertical sob a ação do vento de projeto,
)
como mostra a Fig. 4.22. O ângulo d€·' inclinação f3 é
)
4.4.3- Dimensões básicas das estruturas calculado pela expressão
.)
-1[
Como foi exp~to ~o Cap. 1, as dimensões básicas de uma
estrutura são determinadas primordialmenté em função do desempenho
I
l
~ ~ tg K· pCV/H)
ao·d ]
I
V - vão de vento (ou médio) em m;
na qual Umax = 245kV é a máxima tensão de regime permanente; de = 2,3 )
H - vão de peso (ou gravante) em m.
cm/kV é a distância de escoamento específica para região (ar )
limpo); di= 30,5cm a distâ~cia de escoamento dos isoladores. A relação V/H depende da topografia do terreno. Será
J
Na ausência de dados concretos do ni vel ceraunico da unitária para terrenos planos, decrescendo com o aumento de sua
'..)
região, adotaremos um valor um pouco mais conservador, ou seja, 12 irregularidade. Valor típico paiã terrenos ondulados é de 0,70.
)
y·
/
j
288
Projetos mecánicos das linhas àéreaS de transmissãO I Roteiro dos projetos mecfmicos dos condutores · 289
J.
K I,
) incluindo o efeito da fluência (ver item 4.4.6)
~)
: \\
o.
o, ~l-'j
fmax = 10,68m.
Portanto:
)
o. 7
o,6
'\ i H= 6,5 + o,o1(
2
;: - so) + 10,68 = 18,10m
~)
\
""'
:-) o. 5
...........
-
A Fig. 4.24 representa o diagrama das cargas na
)'--...
) o. 4 condição de carga máxima na estrutura para vãos normais
)
~)
~)
:)
o, 3
10 15 20
)
)
Substituindo os valores na equação 4.10: ~-~-
j
18,21•
/
/
Com o valor do ângulo assim determinado, que para maior /
/
segurança será aumentado paPâ 20o, mais as distâncias de segurança v 5.920[N] /
v'p
/
mínimas, determinam-se as dimensões da cabeça das estruturas, 1.408[N] /
fixando-se o ângulo de cobertura em 30o, como mostra a Fig. 4.22. H, 3.588[N]
45°
Hp 1. 425 [N]
A altura de suspensão normal será para a 1 inha em E J..-
·\
terreno plano e um vão de 330m: Fig. 4.14 ·_ Diagrama da solicitação da estrutura na
condição de carga máxima
H = hs + fmax [m]
sendo:
altura de segurança conforme NBR 5422. No item 4:4.1 foi dado um valor estimativo para a média
a - constante que depende do terreno cruzado pela linha no dos vãos da linha igual a 310m. Em terrenos ondulados espera-se
presente caso; a = 6,5m terreno agrícola mecanizável. um número razoável de vãos maiores do que a média, tendo como
Du - distância em metros, numericamente igual a tensão máxima conseqüência um valor de vão regulador levemente maior. Como os
de exercício da linha. Para a presente linha, Du = 245m.
'111 #;
Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores 291 )
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão )
290
fv = qo·Cxc·o:·dN (4, 11)
)
~"'. vãos básicos devem ter valores próximos aos dos vãos reguladores,
Cxc = 1 - Coeficiente de arrasto )
convém, neste caso, adotar um valor maior. Assim, adotaremos
~;
a = 0,89 - Fator de efetiveidade para a 330m (fig. 4.25) )
inicialmente 330m de vão básico para a linha inteira. Após a
)
locação das estruturas verificaremos o acerto da escolha. logo:
)
',,' fv = 347,40·1·0,89·0,02951 = 9,124N (0,930kgf)
)
I o peso virtual dos cabos sob ação do vento será:
.r"'~i 4.4.5- Hipóteses de cálculo e condição regente de projeto )
~.' )
~;
!, 4.4.5.1- Para os cabos condutores )
!' ... \ Pv 19,21N/m (1,960kgf/m)
)
~· A partir das condições meteorológicas podemos formular
)
l'
!,i.
I
as seguintes hipóteses de cálculo: o
a '·
)
1--- k.oteporic
I r-----
a - Hipótese de carga de maior duração do
Terreno
)
Apesar de estar pr.e\risto o uso dos grampos de suspensão t--- \-.
o
.-
armados, 1 imitaremos a tração ·nos cabos nesta condição a 20% da
---
--A
)
I carga de ruptura:
o
~ -=::::::::::::: --..... ""
~ )
'l - tração: T1 = 28419,5N (2898kgf)
o,
~
•
I
)
- temperatura: t1 = 21cC •" -..:.:
,.
~
o
o.7
:-- c
=
)
~
~
'õ )
~ b - Hipótese de carga máxima:
-
>
A tração nos cabos, na condição de carga máxima, não J
Ili deverá exceder a 35% de sua carga de ruptura a temperatura
o• 2 00 >00 400 500 600 700
o
800
)
'i!- Vão ! m I
ij )
~·~
i coincidente:
Fig'. \.z5 - Fator de efetividade de a (NBR 5422)
I ToTrnax 49.734,16N (5.071,50kgf) J
!l "'fmin = + 15cC
)
)
A velocidade do vento será aquela determinada em 4.4.2, c - Hipótese de temperatura mínima:
Nesta condição, a t raçao
- max1ma
· · dos cabos, sem )
:;.
~ t ou seja:
considerar a ação do vento, d evera· ser de 30% de sua carga de )
t: Vp = 24, 41m/s ruptura na condição de temperatura mínima. Logo: )
u ·~
E -a pressão dinâmica de referência:
To!min = 42.629,3N (4.691,4kgf) ·.J
l
t qo = 347,40N/m
2 u
tmin = + 4oC
~:'
'l que exerce por metr~ linear de cabo uma força calculável por:
'
"·
,t;
·~
,,'
i
v
/
292
Projetos mecânicos das tinhas. "aéreas de transmissão Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores
encon-
r
I
d - Hipótese de temperatura máxima:
tramas a t emperatura calculada para os condutores.
Deve ser determinada para a coincidência de calor
intenso e corrente de carga correspondente, considerando-se o tmax = 53,31 o C
efeito do sol, com incidência de vento de 0,6m/s. Na falta de dados
,. Adotaremos tmax 55 o C
sobre a radiação solar, pode-se estimar a sua contribuição como
'
í
'
sendo de qs = 244·d [W/m), ou cerca de 10% a mais do que em climas i A condição regente será determ1nada pela equação do vão
crítico (Eq. 4.4), comparando-se a condição de maior d uração com a
I condição de maior carregamento.
temperados.
A temperatura de ieferência será a média das máximas i
Teremos:
temperaturas da região:
3 f 273 +to
qc=179,2·10 ·0,5·0,02951ll 1 .000
r ~'
J- Substituindo os valores' teremo~·;
/"
(Eq. 1. 4)
fl 273 +t )'] [11/ml
1. 000 49.734,16- 28.419 5
19,44·10- 6 (15- 21) +
515,11·67.567,47,
a cc
2 2
as perdas por convecção serão: 19,21 ] 16,913 ]
( 49.734,15 - ( 28.419,5
qc = 945,6·10-'(t- to)[0,32 + / \
0 52 (Eq. 1.5)
+ 0,43·(45.946,8·0,02951·0,6) ' 1 [11/ml /--+.:._:1~12.,.".8:::98':.__
a cc
- 2,05·10-?
!
e o calor ganho pelo sol: i
(Eq. 1.6) ,' j
duração , Portanto, o vão crítico nao
- existe. A condição de maior
qs = 224·d [11/ml
i' sera a condição regente para qualquer valor de vão.
I
variando t nas Eqs. 1.4 e 1.5, devemos encontrar um valor para o ' Repetindo a verificaç-ao, porém entre a '
' maior duração e condição de
a condição de t emperatura mínima, sem vento, f
qual I = 695A.
3 ) 112
verificaremos a 1nex1
regent
· . stenc1a
~ . do vão c r,1 t.
lCO. Portanto
a condição
695
= f_ 10 (qr + qc - qs
l Tef 1 e do projeto é a condição de mal·or duração.
r
J
Roteiro dos projetos mecánicos_ dos condutore.s 295 I
Projetos mecánicos das linhas aéfeas de transmissão I
294 Corrigindo a velocidade de projeto do vento para uma
l )
4.4.5.2- Para os cabos pára-raios I altura média de aproximadamente 16,35m:
i
Vp = 25,31mls
)
Para o cálculo mecânico dos cabos pára-raios, as
\ j i
hipóteses de cálculo a serem formuladas são basicamente as mesmas. i·· I A presSão dinâmica d e re f erênC~ será
i
Elas deverão, no entanto, ser examinadas para condições de operação I
2
sob condições de curto-circuito, quando poderão ser percorridas por qo = 373,47N/m
l.
correntes elevadas. Essa verificação deverá ser feita obedecendo a \ e a força exercida sobre um metro de cabo: )
!; Dimensionamento de Cabos ' )
norma NBR 8449 de abril de 1984 fv = 373,47·0,89·0,009525: 3,166N/m (0,323kgf/m)
Pára-Raios para Linhas Elétricas de Transmissão de Energia Elétrica )
O peso virtual dos cabos pára-raios sob a ação do
- ProcedimefJto.
\ )
As hipóteses usuais para o dimensionamento mecânico, vento será:
J
2 2
são: p2 = / (4, 021) + (3, 166) )
. )
a - Condição de maior dur~ção p2 5,118N/m (0,5Z3kgf/m)
A tração nessa condição corresponde a 14% da carga de )
ttH
O peso
lS•C
(Z.094kgf)
tmax = 38,2oC
do vento
condição:
Para os cabos pára-raios também não ext·ste va-o critico
p d as condições de maior duração e de carga máxima, conforme se
u
para
0· e verificar pela Eq. 4 . 4 . Logo, a condição· regente para os
u
para :J
calculas dos cabos pára-raio-s' também é a condição de maior duração.
pt = 4,0Z1N/m (0,410kgf/ml ''-)
J
\ I
296
Projetos mecânicos das linhf!S aéreas de transmissão Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores 297 1i
a.3 - Pré-Tensionamento
4.4.6 - Confecção do gabarito duração: 03 =1 hora
e confeccionado da maneira - tração ·constante: T3 4.210N (43Skgf)
0 gabar i to será cal cu lado
d dos necessários já fora~ ..·
item 4.3.1.3. O5 a
descrita no
nos itens anteriores, exceto os b - Após a ancoragem
especificados e determinados
condutores' cuja determinação b.1- Fluência a longo prazo
alongamen t os Permanentes dos cabos l no de trações que segue, em -duração: 04 = 257.544 horas
será feita, de acordo com o p a
- na Ref. [10] aconselha-se a empregar a temperatura
computador digital pelo programa anexo.
, t. l t.1mado para a 1 inha é de 30 de maior duração, acrescida de 5•C para compensar o
o
periodo de vida u l es
será determinado o alongamento a ser compensado. êfeito do sol e da corrente. Portanto, o cálculo,
anos, para o qual e respectivas durações
U Serão assumidas as solicitações será desenvolvido com t4
'·
= 21 + 5 = 26•C
- tração no início do período: T4 28.420N (2898kgf)
abaixo indicadas e ilustradas na Fig. 4.26.
J··-~
(l,960kgf/m)
- temperatura coincidente: ts = + lS•C
~l programa.
I"'
Temperatura constante igual a 21 •C, - temperatura dos cabos sem vento: t6
a _ Antes da ancoragem -
) .,I
.) '
• . s das linhas' aéreas- de transmissão · Rote;ro dos projetos mecânicos dos condutores· 299
Projetos mecamco )
298 total·. do cabo será no fim desse intervalo de tempo, à )
antes da ancoragem:
Alongamento total, temperatura de + 15oC:
)
ca ~ 81,508mm/km
)
b - Alongamento após a ancoragem duração, com a )
272
e5 ~ 25,32145· (300.859,37)
0
alongamento na condição de maior ' •.
b.1 - de 257.544 horas
. ( + 5) •C, e duração
tempera t ura ae 21 c• ~ 780,849mm/km c5 782,715mm/km
~ )
- Calculado pelo computador digital:
b.3 - para a condição de temperatura máxima, ou seja, a )
na condição de maior
decorridas as 257.544 horas de SSoC, é necessário determinar, a tração no cabo ·ao )
b.2 - - condição carga
duração, determinou-se a traçao na ~ . foi final- das 260.172 horas, o início da contagem do tempo )
3.009,926kgf, cuja permanencla
!J'áxima igual a '· \ nessa condição. Lançando mão da "Equação da Mudança de )
alongamento total, ao final
estimada e~,2.628 horas. O Estado", podemos calcuia:r esse valor e encontrar
. calculado a seguir. )
das
257.544 + 2.628 horas, e To6 ~ 2.177kgf ou ~6 ~ 4,226kgf/mm 2 , considerando o
orrespondendo )
t intervalo a t axa C
Admitindo constan e no 2 equação efeito do alongamento produzido no cabo.
3.009,926/515,11 ~ 5,843kgflmm' pela Repetindo agora os cálculos do item b.2, porém para
)
a 0"5 = · seria necessário
2.15, P
odemos detefminar o tempo que
l a· c 4 , teqS:
~6 = 4,226 e cs, encontramos teq6 66.996 + 2.628 ~ '· )
para produzir um
alongamento igua ~ 69.624 horas e, para t6 ~ 66.996 + 2.628 ~ 69.624 '
/
no intervalo. Logo, cabos sem pré-tensionarnento. Para tanto, nos cálculos da fluência a )
longo prazo, empregou-se o módulo de elasticidade inicial e o
ts ~ teqS + 2.628 300 _859,37 horas )
o alongamento coeficiente de dilatação linea-r também inicial, ao invés dessa?
com .,. ~ 5,843mmlkm .~
i
Para essa duração e
Roteiro dos projetos mecânicos d os condutores 301
300 Projetos mecânicos das li~hasaéreas de transmissão
\ To23+To22[ Et·S·pÍ·a2
J 24To12 +SE"trl t2-t1) -To!] =
grandezas no estado final, como no primeiro caso. Os resultados
I
/
j. ~exposta no l•t em 4 . 3 . 1 . 3 . A Tab · 4.3 ilustra parte da caderneta de a - as diferenças entre o vão regulador e o vão médio, como I
•
locação resultante, referente a uma seção de tensionamento . também entre ·o vão regulador e o vão básico de cálculo são )
p~quenas, principalmente no segumdo caso. O vão regulador
! )
TABELA 4.3 - EXTRATO DA CADERNETA DE LOCAÇÃO. PRIMEIRA '
é, portanto, representativo da secção de tensionamento e
SECÇÃO DE TENSIONAMENTO )
pc·de ser usado no cálculo das tabelas de flechamento.
)
Supo~ Estaca Distância Vãos [m] No caso em que o vão regulador de uma ·qualquer ~ecção de
v Tipo )
te
No
levant. do
topogr. início H ..... v H estr.
Obs. tensionamento divergir muito do vão básico, principalmente
' "a" de vento de peso se for. menor, a locação deverá ser refeita, procurando-se, J
li •, \ com o mesmo gabarito, resultados mais satisfatórios. Caso )
01 100+0 0,0 105,0 235,0 2,24 AT Anca-
r agem isso não seja alcançado, novo vão básico deverá ser usado )
210,0 term-
minal para confecção de um novo gabarito e novas locações )
02 102-77,5 210,0 .309,0 225,0 0,73 SN tentadas. Evita-se com isso dissabores com cabos baixos )
408,0 ,' ~
I ou altos demais;
03 103-27,3 618,0 376,0 250,0 0,69 SN )
345,0
04 108-11,8 963,0 356,5 360,0 1, 01 SG b - nas várias tentativas de locação efetuadas, procurou-se
168,0
os 110+17,0 1.131,0 262,0 297,0 1,33 SN minimizar o peso de aço das estruturas, atendendo assim ao )
356,0
06 112+ 6,5 1.487,0 342,0 360,0 1,05 SG aspecto econômico;
328,0 )
07 114+42,5 1.843,0 356,0 285,0 0,80 SN
405,0 )
08 116+25,0 2.248,0 346,5 285,0 0,82 SN c - todas as estruturas, menos a n. o 03 da secção, apresenta-
09 117+24,0 2.556,0
308,0
ram relações V/H maiores do que 0,70 usada no projeto,
)
246,5 210,0 0,85 SN
assegurando ângulos de balanço menores do .)
que 18,21o. O
25 146+50,5 7.291,0 264,0 190,0 0,72 SN ângulo de balanço da estrutura n. o 03, ;)
com V/H 0,69,
216,0 deverá ser de 18,97o, ainda bem abaixo
26 147+65,8 7.507,0 306,5 260,0 0,85 SN dos 20c fixados. J
27 149+ 0,0 7.904,0
397,0
344,5 356,0 1,03 SN ; '\ Quando ocorrerem valores de {3 maiores
do que o máximo )
292,0 fixado, deve-se restringir o balanço
28 150+44,0 8.186,0 341,0 294,0 0,862 SN das cadeias. Para
:!190,0
i
29 152+29,0 8.586,0 363,0 300,0 0,826 SG l tanto, podem ser usados "lastros" fixados aos grampos de
')
30 154+00,0 8.922,0
336,0
299,5 235,0 0,785 SN I suspensão ou mesmo cadeias de isoladores em ancoragem,
J
I
Anco-
quando o peso dos lastros for considerado excessivo,
263,0 '
r agem )
in- portanto, impraticável. O valor mínimo de V/H para que ~
31 156+41,0 9.185,0 308,0 267,0 0,867 A term. )
' não seja maior do que 20o, é 0,52. Se admitirmos em uma
l:a = 9.185;
l:a
3
na= 30; ã = 306,17m
= 1. 027. 097. 562 :. AR = 334, 4m
I
J
das estruturas da linha em projeto
137,6/320 = 0,43, encontraremos um ângulo de balanço igual
.,'
a 23,78o, que reduziria a distância Dt.
a relação V/H =
')
u
I J /
:(
-r---~-·
.
Projetos mecâmcos
das 7/nhaS aéreas de transmissão
Roteiro dos projetos mecânicos dos condu~ores 305 1
304 As prime i r as são válidas para todos os vãos de sua
empregado em uma das
do lastro a ser secção de tensionamento e podem ser usadas para o nivelamento dos
S eJ'a Lo [Nl o peso A fig. 4. 11 po de ser
- da estrutura acima. cabos, quando se empregam dinamômetros, e para preparar as tabelas
cadeias de suspensao Para o valor limite do
0 seu efeito. ou curvas das flechas.
modificada para incorporar
Essas tabelas, em geral, s·ão representadas para valores
ângulo ~.teremos:
-t[ K·qo·d·H l
(4. 12) de temperaturas crescentes de grau em grau ou de dois em dois '
= tg L p. v + LG J graus, em uma faixa limitada pelas temperaturas ambientes, mínimas
e máximas, que poderão ocorrer na região, na época da montagem das
donde: (4.13)
K·qo·d·H - p·V linhas.
LG ::: tg ~max.
caso da Su~ elaboração é bastante trabalhosa, sendo conveniente
correspondentes ao
Substituindo os valores o emprego de calculadoras programáveis ou computadores digitais. As
u 1 encontraremos: equações das parábolas podem ser usadas para a maioria dos casos.
linha do projeto-exemp o,
o 38·347,40·0,02951·320 - 16,913·137,6
LG tg 20·
4.4.7.1 -Tabelas de trações em função das temperaturas
( 112, Okgfl
LG = 1. 097' 82N
ido atrav. .és de ·um bloco de Escolhido o intervalo de temperaturas para o qual devem
0 bt
Esse peso Poderá ser f central de ser preparadas, emprega-se urna equação da mudança de estado para
0,16m de altura. Um uro
de diâmetro por
chumbo d e 0,20 a uma ferragem q ue deverá calcular o valor da tração To nos cabos para cada uma das
permitirá sua fixação
O,OZm de diâmetro temperaturas, admitindo-se corno "vão para cálculo" o próprio "vão
grampo de suspensão.
ser articulada ao regulador" e empregando a "condição regente". anteriormente
flechamento dos cabos condutores determinada e usada. corno o "estado 1" do cabo. O "estado 2"
Tabelas ou curvas de considera o cabo sem ação de vento, na temperatura correspondente à
4.4. 7 -
ou nivelamento são tração desejada.
de flechamento
As tabelas ou curvas de
das linhas aéreas, a fim No caso da linha do projeto exemplo, teremos:
na montagem dos cab o S condições de
empregadas
- corretas, sob quaisquer ·/'~Estado 1- Condição regente:
flechas e traçoes
assegurar de sua vida útil.
.
carregamento' e em
qualquer época
tabelas são
- E1 = 51.021N (5.202kgf) -módulo de elasticidade
d tensionamento, essas
Para cada secção e inicial do cabo
ão impede, no
regulador, o que n -3 2 2
em função de seu vão , . secções de S = 0,51111·10 m (511,11mm)- área da secção
elaboradas servir para var1as
e uma mesma tabela possa transversal
entanto, qu vãos reguladores
t nh m valores
e a
tensionamento, desde
que seus - a = Ar ::: 334,4m - vão regulador
a - p1 = p2 = 16,913N/m (1,7247kgf/m) -peso unitá-
razoavelmente próxJmos. (ou) curvas para
tabelas e ri.o do cabo
São elaboradas
To1 = 28.419,5N (2.898kgf) - tração na condição
determinação de: t dos cabos;
função das tempera uras regente
a - trações em dos vãos
temperaturas dos cabos e .
em função das
b - flechas
J
'co~- das linhas aéreas de transmissão Roteiro dos projetos mecánicos dos condutores 307
Projetos mecám
306 condição regente Com as trações calculadas para cada temperatura da )
ZloC- temperatura na
- tl = n temperaturas esP
eci- maneira vista, empregando-se as equações das flechas (parábola ou I
_ t2 = t1 ± r ~t (variável ) - catenária), determina-se os valores das flechas. )
No caso -de nosso exemplo, escolheremos os vãos entre
ficadas para as
flechas )
de dilatação
-6 1/oC - coeficiente estruturas no 6 e 7, de 328m; entre rl\_P 14 e 15, de 216m e entre
- O:.tl.
=18,18·10 )
~~ n ... 26 e 27; cotil,-"3-9--1m1' obtendo os--: valores-..constantes .da--: Tab.' 4.·5-;
térmica inicial .,~ )
e stado" teremos, para TABELA 4. 5 - TABELA DE FLECHAMENTO )
a "equação d a mudança de FLECHAS = f (TEMPERATURA, VÃOS)
Montando
\ Cabos condutores )
Toz em kgf: 9
)
~
6(t2- tlll = 36,8567·10 FLECHAS [m]
2(1 490 538 +48, 34 \ )
Toz · • encontraremos as a
da tabela 4.. 4., 6 - 7 14 _.'15 26 - 27 29 - 30 ~)
z valores
Dando a t 05
l 328 [m) 206 (m] 397 [m] 336 (m] )
(TEMPERA~
orrespondentes.
trações C
. - - f 15 7,80 3,08 11,43 8,19 )
FLECHAMENTO - TRAÇOES - 17 7,87 3,10 11,53 8,26
TABELAm;. )
TABELA 4. 4 - 19 7,94 3,13 11,63 8,33
To2
21 8,00 3,16 11,72 8,40 )
To2 t (o C] 23 8,07 3,18 11,82 8,47
i (Nl (kgfl
i t (o C] 25 8,14 3,21 11,92 8,54 )
(kgfl
(Nl 2828 ·. 27 8,20 3,24 12,02 8,61
27 27731 29 8,27 3,26 ,, 12,11 8,68 )
2972 27506 2805
29143 29 31 8,33 3,28 12,21 8,75
15
17 28898 2947
31
27290 2783
2762 33 8,40 3,31 12,30 8,81 J
2922 27084
19 28653
2898 33 2740 35 8,46 3,34 12,40 8,88 .:)
28418 26868 37 8,53 3,36 12,50 8,95
21 35 2719
28182 2874
37
26663 ~)
23 2851
25 27957 .)
As tabelas 4.4 e 4.5 foram calculadas, empregando-se os )
\
t e vãos módtllOs de elasticidade e coeficiente de expansão linear iniciais.
m runçao
- das tempera ura 5 ~)
I
Tabelas de flechaS e Nessas condições, está se desprezando o efeito que o
4.4.7.2- )
das tempera t ura 5 ' • são pré-tensionarnento produz sobre essas grandezas e alterando
As tabelas de flechas em funçã~ os f lechamentós. Em ' igualment~ os valores. das~trações.e flechas a serem medidas durante
~)
q uais serão fei:tos seu comprimento, .)
elaboradas para os vãos nos as montagens. No presente exemplo, em vãos de cerca de 335m, as
dependendo do
~ de tensionamento, fim. Deve-se preferir flechas das tabelas são cerca de 5 {em] menores do que aquelas ,)
cada secçao - ara esse
'dos vários vaos p c)
- er esco lh l próximos ao dos vãos calculadas corno módulos de elasticidade e coeficientes de expansão
deverao s . · com comprimentos
V-
a os pouco
desnivelados e
. f,. car as flechas em um dos lineares finais. Pode-se compensar esse fato, empregando-se flechas .)
também verl
É conveniente flechamento foi das tabelas, correspond en t es as
' t ernpera t uras d os cab os na h o r a do )
reguladores· A técnica de
em vãos menores.
vãos maiores e flecharnento, acrescidas de um grau centigrado. ·~)
'tula (item 4.2.2.1.b).
capl
descrita no início deste
~)
(
..
')
308 Roteiro dos projetos mecânicos dos condutores 309
) Projetos mecânicos das lin"'has ·aéreas de transmissão
I~
FLECHAS [m]
NBR 5422) a
2 2
-E= 189.550N/m (19.330kgf/mm ) 6 - 7 14 - 15 26 - 27 29 - 30
6
- ttt = 12,56•10- 1/oC
. 328 206 397 336
- d = 0,009225m o diâmetro do cabo
- S = 55,421·10- 6 m2 a área de sua secção transversal 15 5,23 2,06 7,66 5,84
17 5,53 2,18 8,10 5,80
Toz [N1 (ou kgf) é a tração no cabo na condição de máxima 19 5,59 2,20 8,18 5,86
21 5,64 2,23 8,27 5,92
carga 23 5,70 2,25 8,35 5,98
Substituindo os valores na equação da "mudança de 25 5,75 2,27 8,42 6,03
estado", para a condição de máximo carregamento, ter-se-á: 27 5,81 2,29 8,51 6,10
29 5,87 2,31 8,59 6, 16
31 5,92 2,33 8,67 6,21
33 5,97 2,36 8,75 6,26
.J 35 6,03 2,38 8,84 6,33
cuja solução é 37 6,09 2,40 8,92 6,39
.)
To2max = 1. 203kgf
l
Projetos mecânicos das linhas "aéreas· de transmissão Roteiro dos projetos mecânicos dos con dutores 311
)
310
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Computador" - Publ. BHIGTR/i3. I! Seminário Nacional de CONDUTORES DAS LT POR ACOMODAÇÃO GEOMÉTRICA
E POR FLUJ':NCIA I
Produção e Transmissão de Energia Elétrica, E. Horizonte,
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1973. )
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S CLEAR )
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40,DIM P(6)
Transmission Conductor Str.inging Sheaves" Subcomittee 50 DIM A(3) )
60 DIM.B(3)
Report - IEEE - PES Su~mer Meeting EHV/UHV Conference 70 DIM iC(3) )
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110 CLS )
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and Field 130 INPUT "COEF ~~~Tli. FINAL (kgf?mm"2)";EE )
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AIEE, PAS Vol. 78, Part III B - Pg. 1532 a 1547 N.
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7 -OLIVEIRA NETO, J. I. de e outros- "Curso Básico
Noções com 200 INPUT "ALFA= "·AL
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de
Gerais de Linhas de Transmissão" - Fases de Construção 210 INPUT "MU = "·MV )
Centro 220 INPUT "DELTA~ "·DE
LTS" - Módulo 6 - Furnas Centrais Elétricas S/A - 230 CLS ' J
de Treinamento de Fiscais de Linha -Rio de Janeiro. 240 REM DURAC - TEMP
250 REM TEMP - TEMP~DE DURACAO DO ESTUDO EM HORAS )
Projeto
outros - "Condição Regente no 260 REM TRAC _ TURA DO CABO EM GRAUS CELSIUS
8 - FUCHS, R. D. e 270 REM PEVI - ~;Ao INICIAL DE FLUENCIA EM kgf )
Linhas de Transmissão" - Mundo Elétrico - Nc 284, Pg. 21 a 280 REM DPIN - DURA VIRTUAL DO CONDUTOR EM kgf/m )
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300 CLS ANTES DA ANCORAGEM" ; N . :.;. _)
9 - FUCHS, R. D. e outros - "Considerações Sobre o Vão Básico no
Projeto das Linhas de Transmissão" - Mundo Elétrico
310 INPUT "NUM. DE ESTADOS DEPOIS DA ANCORAGEM"; M
320 CLS J
264, Pg. 47 a 51, São Paulo, Set. 1981.
I ··.)
J
)
·./ r
l Roteiro dos projetos mecamcos dos condutores
A •
313
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão \
870 IF I=N+1 THEN C -
312 \ 880
890 REM
J=O.OCALCULO DA 0-AA
VAR!ACAO DA TENSAO x ALONG
900 J=J+1 · AMENTO
330 If N=O THEN 410
' 340 PRINT "ANTES DA ANCORAGEM" 910 CC=(BB*lP(l)' 2 )/( .•
345 PR1NT 1
920 EP=(AA~ED)* E-G R(!) 2)
360 PR1NT "DURAC l"; I;")";: INPU~Dlll
350 FOR !=1 TO N 930 FF=EE*S*EP
370 PRINT "TEMP [";1;")";:1NPUT Tll), 940 GG=BB*P(!)'2
380 PRINT "TRAC l"; I;")";: INPUT Rlll ,-,. 950 LL=CC+FF-R(l)
960 RR=R(!)
390 PRINT "PEVI l";I;")";:INPUT p[I)
970 SS=3*(RR' 2 )+2* •
980 R(I)=RR-(( • LL RR
400 NEXT I
410 If M=O THEN 610 990 IF ABS (RR~tii;LL*(RR'2)-GG)/SS
1000 MM=KK*EXP * > 1.0 THEN 960
415 CLS
420 PRINT "APOS A ANCORAGEM" \1010 QQ=((R(l);~~~~g~~((R[l)/S)'AL)
425 PRINT 1020 TE=(AAIMM)'QQ
430 J=1 ~ 1030 DT=(0.8*J)'1 25
440 FOR 1=N+1 TO N+M 1040 TT=TE+INT DT.
450 PR1NT "DURAC l";1;")";:INPUT Dlll
460 PRINT "TEMP l";1;")";:INPUT Tll) 1050 TH=TH+INT DT
1-060 !f TH >-- D(!) THEN 1110
1070 EO=AA
465 If J>1 THEN 475
470 PRINT "TRAC l"; 1;" )";: 1NPUT Rli)
1080\AA=MM*(TT'(
475 PRINT "PEVI l";l;")";:1NPUT Plll 1o9o co- 1. o/QQ ll
480 PRINT "DPIN l";I;")";:INPUT A[I-N) -CO+(AA-EQ)
1100 -'GOTO 900
485 J=J+1 1110 B(!-N)=J
490
600 CLS:NEXT I DO ALONGAMENTO ANTES DA ANCORAGEM
REM CALCULO 1120 BO=BO+CO
610 REM TE~PERATURA E ALONGAMENTO CONSTANTES 1130 CT=CT+D(l)
1140 G(I)=CO
620 AO=O 1150 E(!-N)=R(l)
630 BO=O 1160 F(!-N)=TH
640 CT=O 1170 CO=O
650 If N=O THEN 730 1180
660 FOR 1=1 TO N 1190 REM CALCULO
IF I=J THENDA MUDANCA DE ESTADO
670 MM=KK*EXPlfi*Tli))•llRll)/S)'AL) 120 1 1330
680 QQ=llRll)/S)'DE)/MU 121~ ii=~~~;~lil~~~/(R(I)'2)
690 AA=MM*lDli)'[1/QQ)) 1220 GG~~B*P(I+1)'21+1)-T(!))
700 AO=AO+AA 1230 LL~CC+FF-R(l)
710 Gl Il=AA 1240 R(!+ll=R(!)
730 NEXT
720 I
REM cALCULO DO ALONGAMENTO APOS ANCORAGEM 1250 RR=R (! +1 )
1260 SS=3*(RR'2)+2* *
740 BB=lEE*S*[VC"2))/24 1270 R(J+ 1 )-RR LL RR
1280 IF ABS-(~~~~=3)+LL*lRR'2)-GG/SS
750 J1=N+M
1290 MM=KK*EXP(FI*T 1)) > 1.0 THEN 1250
1
QQ=((R(l+ )/S)~I+1))*((R(l+1)/S)'AL)
760 EO=O 1300
770 TE=O
780 If M=O THEN 1330 1310 TE=(AAIMM)'QQ DE)/MU
790 I=N 1320 GOTO 800
800 !=1+1 1330 AC=BO-AO
810 TH=A[I-N) 1500 REM
820 C[I-N)=Rlll 1510 REM s AIDA DE DADOS
830 MM=KK*EXP(FI*T(I))*((R(I)/S)'AL)
1520 CLS
840 QQ=((R(I)/S)'DE)/MU
850 TT=TE+A(I-Nl
860 AA=MM* ( TT' ( 1/QQ) )
.ll!f. . .' ·.· '· .)
I~~t
. . . s da~ /in. ha~ aéreas de transmissão l
ProJetos mecamco ·
314 )
1680 REM TINI - TRACAO ~~ ~INAL DE CADA ESTADO As estruturas de uma linha aérea de transmissão de )
1690 REM TFIN - TRACAO TOTAL DE HORAS CALCULADAS
1700 REM NHOR - NUMERO energia são os elementos de sustentação mecânica dos cabos )
1710 CLS (condutores e pára-raios}. São os elementos da L. 1. responsáveis
1720 FOR I=N+1 TO N+M ' )
1730 PR!NT 'fESTADO"; I pela manutenção das distâncias de segurança entre os cabos, das )
1740 PRINT ALONG." ;G(Il
al'turas de segurança entre os cabos e o solo ou obstáculos
1750 PRINT "NITE" ;B(I-N) )
1760 IF !NKEYS='"' THEN 1760 transpostos e ainda dos distanciamentos mínimos entre toda parte
1770 CLS )
1780 PRINT "TINI" ;C( I-N) energizada da L.T. de qualquer elemento estranho à mesma.
.)
1790 PRINT "TFIN" ;E( I-N) Pode-se imaginar que o conjwito de condutores de urna
1soO PR!NT "NHOR";F(I-N) L.T., envolto pelo espaço necessário ao isolamento de seu nível de )
1810 IF INKEY$="" THEN 1810
1820 CLS:NEXT I tensão, constitui um prisma condutor de energia. Desde que os cabos )
183 CLS •'""NTO TOTAL APOS A ANCORAGEM" ;BO suportem às solicitações mecânicas a que são submetidos, cabe às )
1840 PRINT "ALONG,.,.·•~
1850 IF INKEY$="" THEN 1850 )" estruturas {suportes da linha) a respOnsabilidade de manter a ~)
1860 CLS MP EM". cT· "HORAS EM"; AC;" (mm/km
1870 PRINT "O ALONG. A SER CO . ' ' integridade desse prisma condutor, absorvendo todos os esforços .)
1880 IF INKEY$='"' THEN· 1880 / '
mecânicos gerados nos pontos de sustentação, em todas as situações .)
1890 END de uso, ao longo de toda a vida da linha e transmiti-los com
)
segurança às estruturas de fundações, que por sua vez implantarão a
)
. L. T. no terreno·.-
.)
;: )
5.1.1- Classificação _)
_.}'
Vários critérios permitem classificar as estruturas
j
de urna L. T., conforme vistC/-no capítulo 1, ou seja:
J
)
)
',/ r--
~ 317
' Estruturas para linhas de transmissão
.· · aéreas de transmissão '
316
Projetos mecânicos das lmhas
l
l
A grande vantagem do uso do eucalipto é que por ser
função estrutural: uma árvore de crescimento acelerado, o plantio de espécies
Classificação segundo a
adequadas em condições ideais dão retorno relativamente rápido, e
Estruturas de suspensão
d e ancora~m ~T
\ com poss_ibilidade de se conseguir peças retilíneas com até 20
_ Estruturas metros de comprimento e diâmetros variados. Os troncos devem ser
- Estruturas para ângulos '·
descascados logo após abatidos, os extremos cintados com arame de
Estruturas de derivação aço para evitar rachaduras longitudinais, e então tratados com
ansposição de fases
_ Estruturas de tr óleos especiais em autoclaves de alta temperatura e pressão.
O concreto armado ·usado como estrutura de L.T. tem a
. t"r das estruturas:
de res1s 1 grande vantage~ de permitir a prefabricação das peças próximo aos
segundo a f arma
Classificação
\ locais de uso. No entanto, exige equipamentos especiais para o
U- Estruturas autoportantes transporte, manuseio e montagem, aiem de ser extremamente pesado e
·lgidas (F\g. 1.2b)
_ Estruturas r frágil.
. (F\g. \.42)
Estruturas flexívelS Metais para o uso estrutural em L. T. devem ter alta
semi-rígidas (Fig. 1.43)
- Estruturas mistas ou_
· (F\g. \.2a; F\g. 1- 451 resistência mecânica, alta resistência à corrosão, baixo peso
- Estruturas estaiadaS específico e baixo custo de produção. Atualmente, os mais usuais
_.--/
)
I
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Estruturas para linhas de transmissão 319 )
318 )
- Estrutura SD _ torre d e suspensão simples _ 0 o
atendem às solicitações padrões de algumas classes de tensões e
Vão médio 430m • vão de peso 700m
filosofias de transmissões. Por exemplo:
' -~
T para circuito - Estrutura S1D _ torre de suspensa-o, reforçada - o 0
}
)
BASE ± 0.0
K
IÍ K
ESCALA 1:400
ESCALA 1:400
- :!:. 0,0
(m] - BASE!. 0,0 PE5
I
I
DlMEt,St:lES
I Rl1 • •- ' BASE ± 0,0 Pf.:S ± 0,0 i
I '"'
DIHENS0ES
I .-1
J N R2
F G H I K
TORRES\ A c D E
~ l
,_ J
-~----~/'
./
lí!I:T
,;:
••
l
!
Estruturas para linhas de transmissão
I .f . mecânicos das ;inhaS ~éreas de transmissão 323 l
Projetos
322 )
I
G I
H
\I )
)
l . )
j
l )
)
)
'
":. \ )
Fig. 5.4 - Pés desnivelados )
)
)
< 5.2.1- Elementos )
)
I
?\23 3 t3 o s,o 4,64 zo,o\n.o(t3,S z.s a,63 )
TR 46,0 4, ' '
TR
BASE-3,
15804
- '
17094
tS184 I 19204 20574
21834
! Nas torres treliçadas em aço galvanizado, os membros )
I
invariavelmente são construidos de cantoneiras de aço carbono e J
de transposição - tipo TR
Fig. 5.3 - Torre _ circuito duplo
\i galvanizadas a fogo depois de furadas, cortadas e usinadas. '.. )
46DkV '.)
I )
I .. I r~--
~)
I Estruturas para linhas de transmissão 325
linha~ ·a.éreas de transmissão
.
ProJetos me
cánicos das
\ 5.2.1.2- Conectares ou junções
I
--~
ou barras da
324 pernas
·~ também chamadoS de de esforços: tração e
o membros, apenas a dois tipos São os elementos responsáveis pela conexão entre os
real idade se
treliça, são
sujeitos que a
dimensionados. Para devem ser aplicadas membros da .treliça, bem' como ancorage~ das cargas externas à
) _
compressao • com 0
tal são
as cargas estutura: penca de isoladores, suportes dOs pára-raios e conexão
h' óteses de cálculos' . se~ criados sempre ',
') aproxime das ~p nós deverão • dos cabos de estaiamentos (Fig. 5.6 e 5.7).
das treliças, logo os
:) ap enas nos nós e sltuar
. no meio de uma
ba•ra
~ .. rio e açao
- de vento,
~) que uma carga s .
distribuldas,
de peso prop
- desprezados no
cargas ue sao
') ·onos membros, q
esforços de flexa
) introduzem de carregamento •
. to próprio. em uma situação
dimenslonamen carga se ', \
,) ~ Um mesmo membro' que situação de
pode em
outra
) tra tracionado, cng. 5.51.
se encon descarregado,
. ido bem como
J apresentar comprlm '
''
··-,.
128mm
,..
)
) Fig. 5.6 - Detalhe de fixação de cadeias
.)
,)
Qualquer que seja a finalidade, são construídos por
J pedaços de cantoneiras ou chapas cortadas, convenientemente furadas
.J e conexÕ'es garantidas por parafusos e porcas, igualmente
J galvanizados.
-f As cantoneiras dos montantes são emendadas por pedaços
de cantoneiras convenientemente projetadas como conectares, de tal
-( forma que todos os esforços mecânicos sejam transmitidos com
-1: .
segurança, (Fig. 5.7).
As conexões entre os demais membros, ou entre estes e
l
Ação do vento nos
fig. 5.5-
!
-1
Estruturas para Hnhas de transmissão 327
. _-. éreaS de transmissão
, •nicos das lmhas a )
Projetos meca
5.2.2 - Normas e recomendações )
326
-1
Embora as barras componentes da estrutura sejam
DO MONTANTE
dimensionads apenas aos ·esforços de tração e/ou compressão, )
desprezando-se o flexionamento devido ao peso próprio e esforço de )
•·.
vento, a flexão deve ser verificada nos elementos que servem de )
suportes ao pessoal da montagem e da manutenção. Como tal, estes )
elementos devem ser verificados para resistirem uma carga de 100 )
kgf (980,665 N) dentro do .limite elástico do material e aplicada )
verticalmente na pos~ção mais desfavorável.
)
O dimensionamento à tração considera apenas a área
coNEXÃO )
líquida de seção (descontada a área corr.espondente à furação para
os parafusos) e a tensão de escoamento do aço em uso. )
O MONTANTE O dimensionamento à compressão leva em conta a )
MEMBRO D
flambagem, que por sua vez considera o tipo de aço em uso, a .)
i
esbeltez da peça, a compacidade da seção do perfil, o grau de )
fixação e a excentricidade na aplicação dos esforços. )
Conexão de montantes )
fig. 5.7-
)
5.2.2.1- Índice de esbeltez
)
Os índices de esbeltez máximos admissíveis são os )
indicados na Tab. 5.1 )
)
~--- TRELlç.AMENTO
1
\ TABELA 5. 1 - ÍNDICE DE ESBELTEZ J
QUADRO HORlZ.ONTAL. Elementos Índice de esbeltez - À 'J
)
Montante 150 ··.. )
250
')
Redundantes não cale. .J
os membros
te e ou tr
entre montan )
fig. 5.8-
Conexão
)
1
Estruturas para linhas de transmissão 329
Projetos mecânicos das Jinhàs aéreas de transmissão
328
Onde:
5.2.2.2 - Perfilados mínimos D = diâmetro do parafuso
t = espessura do material puncionado
Os perfilados mínimos indicados para a construção de
d' = diâmetro do furo
estruturas de torres de L. T. são: L1 distância entre o centro do furo e a borda
11 •.
Pernas ou montantes: L 2 x1/4" L2 distância entre centros de furós
DiagOnais e outros : L 1 3/4"x3/16"
Quanto à espessura mínima dos perfis utilizados,
Espessura - t
\__ ' Cada elemento da estrutura deve ser marcado, de tal
~
I
)
. das fi~-has aéreas de transmissão Estruturas para Hnhas de transmissão 331
Projetos mecámcos
~ _______T_AB
__ E_L_A_5_.~~--MA~S~S:A~D~A~~~~~~~~~~~~~~
peças
Valor médio das
Valor individual
da cada peça
peças ensaiadas
.j, Grupo Aço --->
cre
Aço comum
= 2500kp/crn2 cre
Aço AR
= 3500kp/ Crn2
305 1. Grupo
13 ·. 11
~~----~~----~3~8~0------r-----~~----~
b/t " 663/,lõ';
parafusos e porcas
550
' )
2. Grupo
. 5 de espes. 610 663/v'cre ::5 b/t
13 - 20 11 - 20 )
f
Chapas a s,omm
e per
inferior ~ ~~_:~~--~------~~-------r-------:~------~ " 994/lcre
610 3. Grupo
)
· de espes · 700 994/v'O"e ::5 b/t )
Chapas e perflS~~~~----_L
a S,Omm _________________l------------~----~ " 20 " 20
" 20
igual ou sup. )
• \
)
5.2.2.8- Esbeltez efetiva )
5.2 .2. 7 - compacidade ~. )
- relação Denomina-se esbeltez À, de uma haste perf~lada e
cantoneira a )
comp~cidade de uma birrotulada à relação:
Denomina-se seguinte relação:.
5.9, onde é válida a )
mostra a Fig. /'- = l/r
\
l
b/t, como
a = b .,. d + t Onde:
l = comprimento de flambagern do perfil
)
)
J
\I r = raio de giração da seção do perfil
)
Na realidade, a grande maloria dos membros de uma
,)
estrutura não são birrotulados, mas sim engastados,
,)
semi-engastados, etc. Logo, o comprimento real de cada perfil da
estrutura não é o valor 1 a ser considerado no cálculo da
)
\ O que se faz na prática é considerar o comprimento real
flambagern. .)
' 1 e corrigir a esbeltez À para um novo valor 1\e, denominado de J
' esbeltez efetiva, a ser considerada no cálculo do perfil à u
compressão. .)
cantoneira de abas iguais Ligações com apenas um parafuso são consideradas )
Fi&· 5.9-
rotuladas. Quando a conexão é feita por mais de um parafuso, deve
)
da cantoneira e da, ser considerada parcialmente engastada, porém com a ressalva de que
- da
compacidáde (b/t) )
Em runçao___
. . . do (a-e)' ·as perfis são; o elemento analisado esteja sendo conectado a outro suficientemente
t do aço utlllZa _)
de escoamen o "' de flambagem local' t rigido e o desenho da chapa de conexão minimize a excentricidade do
tensão mínima prevençao
·.)
os em três grupos para a superior a zo. carregamento transmitido.
separad ·t compacidade
5 5 Não se adml e )
conforme a Tab. . .
,)
':,..___ __ _
)
Projetos mecânicos das linhas aéreas· de transmissão Estruturas para linhas de transmtssão 333
332
2
Para as várias alternativas de carregamentos e uc = tensão limite de compressão (N/m )
conexões, os índices de esbeltez efetiva são os da Tab. 5.6. u é definido para os vários grupos de perfis:
1. grupo: a- a-e
TABELA 5.6 - !NDICE DE ESBELTEZ EFETIVA
..
Elementos rotulados nos dois Os perfis da estrutura ficam sujeitos à pressão q
extremos (À " 200) 2 ';
' (kgf/m ) do vento, que por sua vez é função da velocidade V (m/s)
'·,__)
~! À > 120
Elementos parcialmente engastados
em um extremo e rotulado no outro
Àe = 28,6 + o' 7 6 2À
(À " 225) do mesmo_;· segundo a relação:
. í
j Elemento parcialmente engastado Àe = 46,2 + 0,615À
(À " 250) q
nos dois extremos
I
c nY 2E/~e -valor crítico da esbeltez efetiva considera-se que a incidência_seja normal em apenas uma das faces e
.)
2 Variável segundo a tabela 5.7.
) E módulo de elasticidade do aço (N/m )
._) ·l
.)
-------------~·--'
~-
,.
.-,-
334 Projetos mecfmicos-âas linhas aéreas de transmissão
r-
;
Estruturas para linhas de transmiSsão
c')
335 I
-~ TABELA 5. 7 - PRESSÃO DO VENTO x ALTURA SOBRE O TERRENO 5.2.2.12- Resolução das treliças )
I
o terreno vento - q nos elementos conta com vários métodos algébricos, gráficos e
(m) (km/h) (m/s) (kgflm')
computacionais.
100 27,8 48 Considerando a grande quantidade de elementos em uma
o- 40 110 30,6 60
120 33,5 70 estrutura, a distribuição espacial dos mesmos e a disponibilidade
de softers adequados, torna-se conveniente o uso computacional na )
40 - 100 135 38,0 90
resolução das treliças, que permite além de agilidade uma certa ' )
100 - 150 150 43,0 115 otimização no dimensionamento dos perfis. :)
150 - 260 160 45,0 125
j' Depois de resolvida a treliça
dimensionados os
elementos da mesma, parte-se para ~a padronização dos perfis, de
tal forma que garanta uma certa simetria da estrutura.
e
)
:)
)
:, )
5.2.2.11- Análise dos e~forços
5.3- PROJETO
J
Todo o carregamento aplicado à estrutura é absorvido
nos nós e transmitidos de nó a nó pelos membros até as fundações.
Para a absorção dos vários esforços, as seguintes r~gras devem ser
I No projeto
mecânico de uma Linha de Transmissão,
variáveis de naturezas elétricas, geográficas e climáticas permitem
)
)
I
verificação dos esforços mecânicos que vão solicitar determinada
7.50 7,50
estrutura da L..T. 4.75 4,75
o
N
Exemplo 5.1
Verificar o dimensionamento mecânico da torre tipo S3R
da L.T. possuidora das seguintes características:
o
- Cabos: o
6
Três conutores ACSR, 636 MCM, 26/7
Dois pára-raios de aço galvanizado, EHS 3/8", 7 fios
- Vento:
Velocidade máxima: 130krnlh (ABNT)
Velocidade reduzida: 72km/h (vento médio máximo)
J
338 Projetos mecânicos das linhaS aéreas de transmissão 1------ Estwturas para fmhas de transm1ssão 338
Sobrecarga vertical .de montagem: sobrecarga existente Várias hipóteses de cálculo são então formuladas para
apenas por ocasião da montagem dos cabos, de acordo com a Fig. que se verifique as máximas solicitações possíveis de cada elemento
I
5. 11.
constituinte de cada estrutura de sustentação da L.T.
T Desta forma, cada elemento , de cada estrutura é
dimensionado à maior solicitação de compressão possível de ocorrer )
dentre todas as hipóteses de cálculo. Em seguida, suas dimensões
são verificadas para o maior esforço de tração pos~ível de ocorrer
dentre as mesmas hipóteses.
Não existe uma normalização que indique o número de
Fig 5.11 -Esforços de montagem
hipóteses de cálculo que devem ser consideradas no dimensionamento
\. )
de uma estrutura. Normalmente cada ___L. T., ou cada estrutura
R "
TEDS.cos a+ 0,75 agp + 400 (condutor), ou
especial, faz jus a um conjunto de considerações que definem o J
R TEos.cos a+ 0,75 agp + 200 (pára-raios)
conjunto de hipóteses de cálculo.
onde:
Para o exemplo em desenvolvimento, as seguintes
TEDS = tensão EDS
~ = ângulo mínimo permitido para posicionamento do freio
hipóteses de cálculo serão consideradas:
(cos a =: 0,316)
ag = vão gravante
-Hipótese 1: )
p = peso unitário do cabo - todos os cabos intactos, )
400 = peso de 4 homens mais equipamentos
200 = peso de 2 homens mais equipamentos - alinhamento reto ou ângulo de até 3° ____ )
0,75 =coeficiente adotado pelo modelo - vento máximo
Esforço longitudianal para o cabo pára-raios intacto:
será admitido esse esforço devido ao desequilíbrio de tensões, em Hipótese 2:
vãos adjacentes desiguais, às temperaturas max1mas e m1n1mas. - um cabo pára-raios rompido
Considerar a simultaneidade de vento médio máximo com a
situação de cabo rompido. - alinhamento reto ou ângulo de até 3°
- vento médio
\
- HiPótese 3:
5.3.2 - Hipóteses de cálculo
um condutor rompido em qualquer pos1çao
,_;
Durante toda a vida útil da L. T., a mesma passa por - alinhamento reto ou ângulo de até 3°
(_)
inúmeras situações de carregamento mecânico. Quer seja em função vento médio
.)
das condições climáticas (variações de temperatura, velocidade de - Hipótese 4: )
ventos, etc.), quer seja em função da taxa de utilização (potência - desbalanceamento vertical de montagem
)
transmitida), quer seja ainda em função de situações anormais - vento nulo
.. )
(montagem, rompimento de cabos, etc.);- as estruturas devem sofrer
- Hipótese 5:
deformações apenas no regime elástico de seus materiais c)
- carga vertical de montagem
constituintes e garantir a integridade da linha. )
- vento nulo
c)
)
_;
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fstruturas para linhas de transmissão 341
340
• •
.j •
5.3.5 -Diagramas de utilização
)
COHDICÃO :1
CARGA VERTICAL DE MON.TAGé.N será a deflexão permitida na linha, para a mesma estrutura )
VENTO NULO
Com este raciocinio e algun~:, cálculos, é possível se chegar a )
Fig. 5.12- Diagramas de carregamentos diagrama de utilização das estrutUras. )
j
_)
)
:)
) o-
-~~--o
~
1\39 347
~i-
!'! ~
o-
-347
~~-
~ ~
i.-~~ção para definir a mai~r força transversal na estrutura:
)
J
'; I Fr = 3150·n/180 + 1,46·am + 30 = 690,
3
·•. )
I am = 450- 37,6a- vãos médios para os cabos condutores
Analogamente:
I
)
2J.36,8~1rfl2 am = 450- 48,4a- vãos médios para Os cabos pára-raios
)
.) Com esta análise feita, podemos concluir que quando uma
) HIP. 3 HIP. 4 estrutura S3R for usada como suspensão em pequenos ângulos, o vão
'.) lllédio correspondente será determinado pela segunda equação, ou
) seja, pela equação definida pelo cabo pára-raios. Assim, para os
/\o o
~) ângulos de O , 1 , 2° e 3° temos os respectivos valores de vãos
J médios definidos: 450, 402, 353 e 305 metros.
J
'~) - Balanços de cadeias: os ângulos de balanço das cadeias de
) "'lsoladores são funções da relação entre os esforços horizontais
.) transversais e esforços verticais que atuam na penca de isoladores .
--Conforme já analisado, os ângulos de balanço das cadeias (-rmax para
HIP. 5
.)i _vento máximo e -rm para vento re~uzido), podem ser calculados pela
300
MEDI O I ml
400 500
I
I,
""" ~".,
Para vento máximo: ! )
l .......
ag = 0,796am + 38,la- 30
""' )
20
~~
o "
E ['.._ )
Para vento reduzido: w 30 o"'-
" i'
~~~
ag 0,834am + 91,7a- 29
"<z )
>
• 40 )
~
•
~
['-
A segunda equação conduz a maiores valores de ag, ', \ )
~ o 500
dificultando com mais intensidade o balanço das cadeias. Logo é •<
> )
esta a equação predominante na análise dos vãos gravantes da linha
nas deflexões da mesma.
60 o
,. ,. 1" o• )
)
Variando-se os valores 1 'de o:, leremos uma família de 70 o
)
retas paralelas que nos darão os v'alores de a 9 . = f(am) __ . 305 353 402 450
l
5. 3.-6 - Roteiro para o projeto da estrutura metálica )
condições de treliçar o esquema da estrutura da Fig. 5.10 ao nível
)
de detalhes da Fig. 5.15.
Os seguintes dados são fornecidos ao projetista da '
! 7!!100 ~ 7500 .
7,50 eoo
H
!SZl::::éoo
• VER aôTALHE"S" CORTE MM
N
o •
••
g
~I
S3Rt--O DETALHE "A"
i
hiOOALIOADE DE PREENSÃO
8 DOS GRANPOS 00 CABO PÁRA- RAIOS
..;
53 R+ 3
o
o
..;
o
S3R+E •.
~I
~I
o
..;
S3R+9
o
o DETALHE "B" g
..;
IIIOOALIOAOE DE PREENSÃO o
S3R+12
DAS C~EIAS tE ISOLADORES
•
o
o
" S3R+I5
.) PÉH,~
PE+2
:_)
~) "CLEATS"
·)
Fig. 5.16- Silhueta da estrutura
J
... '.L
l
Projetos mecânicos das linhas ~éreas de transmissão Estruturas para linhas de transmissão 351 )
350
1
~
o
. PÉ- 2..0
fl,
o
o
VISTA - N
L2 /12 "x 3/16"-~\'t
VISTA- l
I o
o
o
o
~
-- o
o
)
7t
x 3/16" o o
- --\.
L2"
\
I --
'
-/~
I I i 'I .
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'"'/ j / . '\
..... 1/ _i :.
'
\
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~\'*'/
+ .
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I
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I-
11
I
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PÉ:t.OO .)__
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v.
\,.J?"\' I '
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)
M
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CORTE-DO -'- )
CORTE- Ff
CORTE- HH
17
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PÉ+ 1.0
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H \
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-
L2"x 3/16"
::::-..<\ . )
\' )
f\
1 )
i )
)
I
CORTE·GG
CORTE-KK
Fig. 5.18- Detalhes da estrutura )
)
)
;\
~ Além dos diagramas de carregamento da Fig. 5.13, mais )
dois conjuntos de esforços têm influências nos cálculos de
L E G E N DA )
verificações dos perfis pré-dimensionados: forças devidas a ação do
L 1 J/2" X \/6" )
1 1/2" x· 3/Hi" '-vento na estrutura e peso próprio da mesma.
L
L 1 3/4" X
,, e .. Para o cálculo da ação do vento, a estrutura é dividida
J
1 3/4" l 3/16"
)
L em módulos de alturas compatíveis com a geometria da torre. Para
L 1 112" X 1/8"- Á 572
cada módulo as barras são contadas, medidas e suas áreas expostas )
L 1 3/4" x 1/8"- A572
calculadas. Calcula-se então os esforços acumulados e os braços de )
,, h, MÓDULO 1
,,
Fr
,, h,
,, r; h
2
Mo'DULO 2
F* a,
2
,, -;
h. k'\-'\ h
3
MÓDULO 3
'•
1\ t7 F2
h 4 MÓDULO 4 a*
T:ll i\ 2 h2
~I '
/'
. I
, I
=t1 =- =
1 1 c7TT'.3S7T
~/I\~ Fig. 5.20- Ação do vento no módulo 2
'" ~/
J
) 1--
V1~
hn MÓDULO n
'o
)
·' ' =-
- Área exposta do módulo 2: A2
Fíg. 5.19- Forças de vento nos módulos da estrutura - Área exposta acumulada: A2* = At + A2
- Força de vento no módulo: F2 = C·q·A2
Os cálculos podem seguir o mecanismo abaixo: - For;~ de vento acumulada:
Módulo 1: F2* = F> + F2 = C·q· (At + Az)
- Área exposta do módulo 1: At
- Braço de alavanca ou ponto de aplicação de F2:
Área exposta acumulada: At* At
a2.. = h2/Z...
- Força do vento no módulo 1: F1 = C·q·At
- Braço de alavanca ou ponto de aplicação de F2*:
- Força de vento acumulada: Ft* = Ft
-Braço de alavanca ou ponto de aplicação de Ft: Ft·(at + h2) + F2·a2
a2* = (Ft + F2)
a1 = ht/2
É prático fazer estes cálculos, e os sucessivos, até o
- Braço de alavanca ou ponto de aplicação de Ft*: módulo "n", montando-se tabelas.~_ corno a Tab. S. 9 e a Tab. 5.10,
]
.)
-r~-- )"'
)
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transinissão 1 Estruturas para linhas de transmissão 355
354 )
TABELA S. 9 - FORÇA DE VENTO E BRAÇO DE ALAVANCA - VENTO REDUZIDO TABELA 5.10- FORÇA DE VENTO E BRAÇO DE ALAVANCA- VENTO MÁXIMO !
Secção
Altura
[m]
Largura
Comp.
Área
ào perfil [m] exposta 1 [k f
~ Força ' Braço
Pressao
2 l total alavanca
I d'l Secção
AlturaiAltura do
lml perfil
[m).
Comp.
lml
Are a
exposta
PressãO,
{kgf/m2]
Força Braço de
total alavanca -)
lml [m2J g /m [kgf] [m) lm?l [kgfl. Lml.
' 1 \ I
I 1 1.861
0,044
0,038
4,00
5,00
1 '86 0,044
0,038
4,00
5,00
2 10,00
0,051
0,076
8,00
20,00
0,774 73,6 S7
I 0,930
2 10,00
0,051
0,076
' 8,00 0,074
20,00
240 186 0,930 )
)
16,00 0,064 16,601
0.064
5,50 5,50
0,044
55,00 55,00 )
0,038
4,914 240 1179 5,000
4, 914 73,6 362 '5,000
5,807
' \ 1365 5,808 )
~ 419
3 1,00 0,076 2,00
3 1 '00 0,076 2,00
0,051 2,90
0,051 2,90
0,300 73,6 22 0,500 0,300 240 72 0,500
i 441 6,492 1437 6,492
4 2,00 0,076
0,051
I 4,00
6,20
I 4 2,00 0,076
0,051
4,00
6,20
1 .ooo
0,<';.20 73,6 I 48746 1,000
7' 784
0,620 240 149
1586 7' 788
5 2,00 0,076 4,00 5 2,00 0,076 4,00 )
0,051 0,051 6,70
6,701
0,646 73,6 48 1,000 0,646 240 155 1,000 )
535 8,996 1741 9,006
6
2,001
0,076 4,00\ 6 2,00 0,076
0,051
4,00
7,30
J
0,051 I
7,301 0,676 0,676
.. )
73,6 50 1,000 240 162 1,000
I
2,00 0,076
0,064
4, 00'
7,90[
0,810 73,6 60
645
1,000
11,106
I I
7 2,00 0,076
0,064
4,00
7,90
0,810 240 1941 1' 000
2097 11' 122
.J
.)
I 8
1.001
0,076
0,064
2.001
7,90
0,658 73,6
•
48
I
I 11,302
0,500
j 8 1' 00 0,076
0,064
2,00
7,90
0,658 240 158 0,500
)
)
I I 2255 11,308
I' 9 J,oo\ O, 076 6, ao!
10. ao
I
I
693
9 3,00 0,076
0,064
6,00
10,00 J
0,064 1 I\ 0,038
I O,OJS 11 ,20!
1,522 73,6
I 112 1 '500
11' 20
1, 522 240 365 1,500 .)
I
I 10 3,00 o, 076 6,001'
805 12.521
10 3,00 0,076 6,00
2620 12,523
)
I' I 0,064
0,051
7,40
12,301
0,064
0,051
7,40
12,30 _)
II 0,044 ·z Jo'
. I I' Q, 04.4. 2-,3Q
I I
0,038 4,40,
l, 825 73,6
I
I 939
134 1,500
0,038 4,40
1,825 240 438 1,500
.)
I
I
I
! I 33,520
11 5,00 0,076 10,00
3058 13,515
)
I:~: ~~I
s,ooi
11 0,076
0,064
0,038 '· 13,30
I 0,064
0,038
10,50
13,30
../'
)
_)
"
Projetos mecânicos das linhas aér~as de transmissão .Estruturas para linhas de transmissão 357
356
jl
Tendo agora todo o conjunto de cargas atuantes, Os esforços nos mon-tantes podem ser determinados em uma
.) determina-se todas as forças nas barras da treliça e verifica-se os série de cortes transversais na estrutura, como mostra a Fig. 5.21.
) seus dimensionamentos à tração (limite de escoamento) ou à e os valores da Tab. 5.12.
) compressão (flambagem). Também aqui é conveniente trabalhar com
I) 1 1 1732 6a 1 6715
,. 2 1753 3 9642
c
) la 1 1948 6a 1 10974·
2 22S2 3 14897
2 6 5357 7a 3 1688 Fig. 5.21 -Esforcas nos montantes
1693 • I
j 2a 6 S075 7b 3
2b 1 3726 6649 7c 3 1579
) 2c 1 2277 4046 7d 3 686
3 1 4206 7e 3 619 Onde:
J 3 9303 7f 3 573
7g 3 S06
J 3a 1
3
S142
8368 7h 3 481
:ZF = soma das forças na mesma direção, na hipótese corres-
.··) 7i 3 437 pondente, inclusive força de vento.
'· 3b 1 5111
3 7248 8 1 7888 h = a;.\ura do ponto de aplicação da força. Para a força de
4 3614 3 66S5
S111 9 3 741 vento será~o braço de alavanca correspondente e já calculado.
,) 3c 1
3 6424 9a 3 685 :ZF·h = momento das forças com relação à seção em análise.
·')
.. 4 4970 9b 3 611
3d 1 2S30 9c 3 SS6 a-= largura da caixa da torre na seção em análise.
~J S055 9d 3 500
3 I:p = carga vertical total sobre a estrutura até a seção em
.)· 4 3601 10 1 3598 41Sl
4 1 4874 11 1 7849 análise, incluindo-se as cargas verticais da hipótese de cálculo
4a 1 3295 4708 3 6927 considerada.
2 2600 4013 12a 2 171S
4b 1 1977 13 1 823 199S
4c 1 1174 1977 12 s 1088 As forças normais nos montantes são distribuídas na
Sa 4 7S6 forma de um conjugado, acarreta~:;.o tração em dois montantes e
Se 4 824
Se 4 824 compressão nos outros dois.
('
}"'--
I
~strutu~as para linhas de transmíss_iio
!
359
358
Projetos mecânicos das linhas aéreaS de transmissão I
TABELA 5.13- ESFORÇOS NAS FUNDAÇÕES )
Os esfo~os totais podem ser calcUlados pelas seguintes
'
express?es:
.' .,• .I
F h Fh 2a Fh/2a p P/4 N ~ Fb + !'.
...
Nc* = Nc + ~ =~ ~p
+ ---4- ' ' 2a - 4
4 2a '
''
o
[kgf] [m] [kgf·m] [m] [kgf]
.
1~gf] [kgf] [kgf]
l
~p ~F·h ~p ESFORÇOS NAS '- FUNDAÇÕES
NT - ---4- ~ ~ - ---4-
Torre mais baixa
1 2x396 13,86
2x313 13,~6
TABELA 5.12- ESFORÇOS NOS MONTANTES 3x1139 12,00
\ 1586 6,79
.
• ..'
'
.
·-·~ F
li
'
ESFORÇOS NOS .MONTANTES I 2x347
281
1938
12,00
12,00 I-._-
6,78
50151 4,075 1'0659 7124 1781 12440
20 '1 2x396 12,78
10659 1767 442 10217
2x313 12,78
I
,•,,
I
1741 9,01 .,8829 )
90512 5,737 15777 2208 17985 210301 11,400 18447 9850 2463 20910
18447 4314 1079 17368
22 - 1 2x396 23,25
3 2x116 32,86 J
2x313 23,25
21,39 2x313 32,86 _)
3x1139 z_.347
10,93 31,00
2620 281 )
134696 8,014 16808 9669 2418 19226 31,00
1938 31,00
23 1 2x396 27,86 )
27,86 1081 16,42
2x313
3x1139 26,00 136248 11,400 11952 9850 2463 14415 _)
3058 13,52 11952 4314 1079 10873
2567 20174 )
169693 9,638 17607 10268
)
Determinados os esforços dOs monta~tes, verificam-se 05 )
valores p~é~dirnensionados •na Fi~ . : ?~ 16.- Os perfis comprimidos são )
O mesmo raciocínio pode se prolongar até as fundações:
verificados ·à ·flambagem e os per,-fis tracionados são verificados à _)
Da mesma forma os resultados ficam mais visíveis se forem tabe1ados
tensão de escoamento.
confOrme a Tab. 5.13.
)
)
~
Estruturas para linhas de transmissão 361
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transfnissão
360
#'
o próximo passo é a determinação dos esforços nas Algumas treliças usuais são as mos t ra d as na Fig. 5.22.
O tipo mostrado em S. 22(a) e' d enonuna
· d o de treliça simples e 0
treliças (barras de intertravamento) das faces. Usa-se o método das
seções e organiza-se a Tab. 5.14. Da mesma forma que os demais mostrado em 5.22{b) é denominado de treliça cruzada.
lo I
B
'' Fm "'
a
a b/l 2na·b/1 F m Fm N =
2na·b/1
r
r
2n
'o [kgf] Fig. 5.22 - Esforços nas treliças
a
[m] [m] [m] ' ·1kgfl .[m] [kgf·m]
H. o :
30 4 2,000 0,796 6,368 3 1938 0,238 461
1938 7,500 14535
14996 '• O formulário que permite os cálculos dos esforços nas
3 2x347 0,238 treliças é o seguinte:
281 0,238 14767
1938 7,500
441 1,032 455
15222 2390
N = (f·a + Mt)
2~c para treliça simples
813 ).
4 2,352 1,000 9,410 1 3x1139 0,238
1586 1,156 1833 )
2646 T 281
3 15330 Tl629 )
1 2x313 0,090 56 L 6
3 14996 Ll594
)
)
Para fundações em gralhas metálicas, os cálculos são
)
prosseguidos como uma extensão dos cálculos da própria estrutura.
Detalhes no Capítulo referente às fundações.
I _)
.J
j
Vibracões e tensões dinâmicas fio, passou a ser mui to mais preco_ce, a ponto de se tornar a
\
· nos cabos condição-limite nos projetos.
Nos últimos quarenta anos, o problema vem sendo
estudado em todas as partes do mundo, e as soluções mais variadas
vêm sendo examinadas. Isso tem permitido a ampliação das dimensões
\
6.1- INTRODUÇÃO nos projetos e o prolongamento da vida_ útil dos condutores. Não se
chegou até agora, porém, a um resultado completamente satisfatório
e talvez mesmo nunca se chegue, porque o homen é insaciável e,
6.~.1- Comentários iniciais resolvido um problema, passa à etapa segUinte com novas exigências.
As soluções hoje existentes são de vários tipos, mas, quanto a
A importância da vibração nas linhas cte transmissão elas, não há acordo' completo entre os especialistas no assunto,
mui tas vezes é esquecida, levando-se em consideração nos cálculos algumas vezes devido a interferências dos interesses comerciais dos
apenas as tensões estáticas. Embora os esforços estáticos d~ tração inventores e fabricantes - tentando provar que a sua é a melhor
.)
nos condutores sejam muito maiores que os esforços dinâmicos, estes solução -, mas, na maioria das vezes, devido'' à complexidade do
.J podem ser altamente prejudiciais, em virtude de sua qualidade tema, à dificuldade de execução de experiências coerentes e
.) alternativa. completas e à diversidade de situações.
) Desde a construção das primeiras linhas de transmissão ~ tão importânte o problema das vibrações, que a norma
~) de energia elétrica, observa-se a ruptura dos fios e cabos, depois alemã para a construção de linhas de transmissão VOE 0210 diz, em
) de algum tempo de serviço, sem razão aparente. A linha projetada seu parág:r;-afo 7, i tem (e): "A experiência demonstrou que os
f\
sem sobrecargas mecânicas ou elétricas em seus diversos elementos, condutores podem ser danificados principalmente em regiões planas e
0
portanto sem tensões anormais ou aquecimento exagerado dos expostas aos ventos. O perigo consiste na possibilidade de
.)
condutores, deveria ter durabilidade praticamente ilimitada. aparecerem, especialmente nos pontos de fixação, tensões alternadas
.)
Isso, no entanto, não acontece. Na procura das causas adicionais, as quais podem ocasionar a ruptura dos fios. Tal perigo
possiveis, observou-se que aparecem vibrações nos di versos pode ser evitado por medidas que reduzam a formação dessas
·)
elementos, principalmente nos condutores. Elas podem ser vistas do vibrações (por exemplo: redução da tensão máxima_ admissível) ou que
solo, ouvidas e medidas, fazendo tremer ferragens e estruturas. São eliminem os efeitos danosos das mesmas".
produzidas pela passagem do vento continuo através da linha. E As ___·-:n_o.rmas de diversos outros países, embora não se
chegou-se à conclusão de que elas são uma das grandes respon - refiram diretamente às vibraçõe~.' estabelecem cargas de trabalho
sáveis pela ruptura dos cabos. para os condutores, condizentes com a máxima redução desses fios.
)
.··J
)
Projetos mecânicos das linhas a-éreas de transmissão
Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 367 )
366
condutores e. suportes, capazes de destruir a linha. O galope ocorre )
6.1.2- Dimensões e causas das vibrações
tão somente nos trechos de linhas com cadeia de suspensão. No vão )
ancorado. a oscilação liJ~Ii ta-se somente a este e geralmente não )
A ação do vento sobre as linhas de transmissão provoca
ocorrem maiores danos [4]. )
oscilações dos condutores, as quais, se não forem amortecidas,
"
poderão chegar a valores críticos, culminando com o rompimento dos )
cabos, seja pela fadiga, seja pelo efeito -de grande amplitude, e 6.1.2.3- Oscilações de rotação )
até a afetar seriamente os suportes. )
As oscilações típicas observadas nas linhas são eólicas A oscilação rotativa ocorre na zona de ar rarefeito ou )
(de ressonância}, longitudinais (galopping) e de rotação. de vácuo parcial .rormado por ventos de grand e ve 1 ocidade (ou
)
', t~fões) na proximidade da 1 inha. Quando a rarefação do ar equivale
)
t ao peso do condutor, os esforços normalmente atuantes perdem a
6.1.2.1- Vibrações eólicas provocadas por vórtices de Karman )
componente vertical, ocorrendo assim, conforme a variação do vento,
)
originadas pelos ro~ações incontroláveis dos cabos.
oscilaçõe eólicas são
Essas . Como o galope, as oscilações rotativas poderão provocar )
redemoinhos de ar a sotavento do cqridutor - causando· as vibrações
curtos-circuitos e introduzir esforços mecânicos consideráveis, )
dos cabos no sentido vertical - no momento em que se; igualam as
tanto sobre o condutor como sobre os suportes. )
freqüências do vento e do condutor, que, por essa razão,- entra em
Dos três tipos de oscilações, a mais freqüente é a )
ressonância.
eólica, sendo habitualmente adotados os sis.temas prev.enti vos )
Oscilações desse tipo ocorrem com os ventos de
descritos mais adiantes. )
velocidades constantes entre 2 e 35km/h, que se verificam em
As oscilações galope e rotativas ainda não foram
terrenos planos ou levemente ondulados, principalmente ao amanhecer J
assinaladas no Brasil. O controle da primeira está sendo estudado
ou ao entardecer [2,3). )
Essas vibrações produzem flexões alternadas de pequenas para 1 inhas com condutores múltiplos, por meio de distanciadores
)
especiais, não existindo, no momento, proteção adequada para
amplitudes nos pontos de suspensão do condutor, causando esforços
)
condutor 5:I~ples. A prevenção de oscilações rotativas exigem um
alternativos que provocam a ruptura do cabo pela fadiga.
estudo específico das condições climáticas de passagem da linha. )
)
6.1.2.2- Galopping, ou galope )
6.1.3- Efeitos das vibrações
)
O galope corresponde a uma oscilação de baixa
São várl· os, naturalmente, os e r e1· t os d as v1"b raç-ões, )
freqüência e de grande amplitude que provoca a movimentação do
sendo o mais importante o prejuízo que trazem às ferragens, )
ponto de suspensão no sentido longitudinal dos condutores, portanto
isoladores, estruturas e, especialmente, aos cabos condutores. )
uns contra os outros. Conforme o comprimento do vão, a amplitude de
Entre es t es, os ·
ma1s afetados ... são os cabos ACSR, pela maior _)
oscilação vertical alcança vários metros, podendo dar origem a
fragilidade dos fios de· alumíni~'":" Os fios isolados sofrem danos
curto-cicuito entre fases, e introduz perigosos esforços nos .J
J
~)
:r_
.. )
r~-
~
\ Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 369
368
) no Canadá, quando a temperatura gira em -torno de o •C, e quando
mais rápidos que os cabos. A ruptura dos condutores é por fadiga do
.) sopra um vento transversal relativamente forte. Na maioria dos
.., material de que são feitos os fios, seja ele o aço, o cobre ou o
.) casos, encontra-se gelo sobre o fio. Um cálculo grosseiro mostra
alüminio. Disso se ·tem prova cabal, pelo exame das regiões de \
que a freqüêricia natural do vão é~m~·,,prdem que a freqüência
J
)
fratura dos cabos rompidos. As fraturas localizam-se nos pontos de
fi~ção dos cabos, exatamente onde uma seção vibra e a seguinte é
I observada. O fato de a perturbação. uma ~z i'rticiada, ser bastante
persistente, continuando as vezes por 24h com grande violência.
-) forçada, pela ferragem de fixação, a permanecer em posição rigida.
torna a explicação baseada na vibração "forçada>~ bastante
I
,) As ondas vibratórias refletem-se nesse ponto, retornando em sentido
improvável. Tal explicação implicaiia em rajadas de vento com
) inverso [5, 6].
freqüência igual à freqüência natural da 1 inha. em um grau de
) '
fr~cisão "milagroso"·. Por exemplo. considerando t = 1s, se em 10
') u - min não houvesse 600 sopros de vento igualmente espaçados. mas sim
6.2 - ESTUDO GENERALIZADO DAS OSCILAÇÕES EM LINHAS DE TRANSM!SSAO
') 601, a vibração cresceria durante Srnin e seria destruída nos Smin
COMO VIBRAÇÕES AUTO-EXCITADAS
) restantes. Para manter a linha vibrando por 2, seria necessário um
'·
erro no sopro do vento menor que 1 parte em 7.200. Essa explicação
6.2.1 -IntroduÇão ao problema pode, portanto, ser abandonada {8].
J
Temos um caso de vibração auto-excitada causada pelo
j' As linhas de transmissão elétrica de alta-tensão, sob
., vento que age sobre o fio, o qual, devido à acumulação de gelo, foi
j certas condições de tempo, vibram com grandes amplitudes e numa considerado de seção transversal não-circular. A explicação envolve
.) freqÜência muito baixa. uma argumentação aerodinâmica elementar. dada em s·eguida.
) Um vão de linha vibrará com uma ou duas meias-ondas
Quando o vento sopra sobre um cilindro circUlar (Fig.
(Fig. 6.1), com amplitude até 3m no centro e à razão de 1Hz ou
) 6.2 a), ele exerce uma força sobre o cilindro na mesma direção que
menos. Devido à sua característica, esse fenômeno dificilmente é
) 0 vento. Isso ocorre. evidentemente, pela simetria. Para uma barra
descrito como vibração, sendo, em geral conhecido como "galope" .
.) de seção transversal não-circular (Fig. 6.2 (b)). isso em geral não
Não se tem observado tal fenômeno em climas quente, mas ele ocorre,
) é verdadeir~\· havendo um ângulo entre a direção do vento e a da
uma vez cada inverno, nos estados do nordeste dos Estados Unidos e I .
,) força. Um exemplo bem conhecido é dado por uma asa de avião, em que
a força é aproximadamente perpendicular à direção do vento (Fig.
j
6. 2 c).
)
.)'
y~e·~
_}Focço
)
I v~~
,, )
.)
) . la)
Fig. 6.1 ~OS dois primeiros modos naturais de movimento da 'b)
.) vibração de um cabo uniforme. ( w = frequência
Fig 6.2 - As direções do vento e â~força decorrente incluem
natural; T = tensão no cabo; M = densidade linear
) ângulo para seções transversais assimétricas {7].
do cabo [7].)
I
)
l_ J
~-- . )
! )
Projetos mecánicos das Hnhas aéreas de transmissão Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 371 )
370
por qualquer razão, o fio adquire urna pequena velocidade )
Visualizemos a linha de transmissão no processo
ascendente, a ação do vento empurra-o ainda mais para cima, até que )
atenção sobre ela, durante um curso
vibratório e fixemos nossa )
a ação elástica ou de mola do fio pare o movimento. Então essa
descendente. Se não houver vento, o fio sentirá o ar vindo de
força elástiCa move o fio para baixo, em cuj.o proceso o vento ajuda )
baixo, devido a seu próprio movimento para baixo. Se houver um
de novo, e pequenas vibrações transform~m-se rapidamente em )
vento horizontal (de lado) de velocidade V, o fio, movendo-se para
vento soprando de um grandes. ~'· . ')
velocidade v, sentirá um
bai~ com
O fenômeno discutido até o momento tem freqüência muito
ângulo arctg (v/V), ligeiramente de baixo. Se o fio tiver urna seção )
baixa e grande amplitude na linha de transmissão. Esse caso,
circular, a força exercida pelo vento terá uma pequena componente )
entretanto, não acontece no Brasil, onde não ocorre deposição de
para cima (Fig. 6.3). Como o fio se move para baixo, essa )
gelo e, em conseqüência, a seção do condutor permanece estável.
componente para cima (do vento) exerce uma força oposta à direção \ )
~ O que acontece em nosso pa~s é uma vibração por alta
do movimento do fio e, dessa forma, amortece-o. Entretanto, para
freqüência e ·pequena amplitude, que é mais comum, e cuja ocorrência )
uma seção não-circular, pode ocorrer que a força exercida pelo
vento tenha uma componente para baixo e, desse modo, fornece
depende apenas da existência qe um vento lateral. A explicação do )
fenômeno é encontrada no chamado trem de vórtices de Karman: I )
amortecimento negativo (Fig. 6. 2 b) •'
Vórtices de Karman: Quando um fluido escoa em torno de )
maneira: U
1
2
o índice K corresponde a Karman, .sendo FK. a força de Karman e CK o
coeficiente de força de Karman (adimensional). O valor _de C!:: é
conhecido com- grande precisão; entretanto um valor satisfatório
para ele é CK = 1 (bom para um~ larga faixa de número de Reynolds,
Fig. 6.5 - Amortecedor para linha de transmissão
de 10 2 a 10 7 ). ou, em palvras, a intensidade da força alternada por
unidade de área projetada lateral é aproximadamente igual à pressão
de estagnação do escoamento. Uma peça de cabo de .aço, com pesos em suas
O mecanismo de formação de vórtices em um cilindro extremidades, é fixada à linha. O cabo age corno uma mola e é
estacionário é auto-excitado porque não há propriedades alternadas ajustado grosseiramente pa~a a freqüência de vibração esperada.
na corrente de aproximação, e os vórtices são formados na Qualquer movimento da linha no ponto A provocará movimento relativo
freqüência natural de Strouhal. A vibração auto-excitada geralmente nas p;~as do cabo, e o atrito entre seus cordões dissipará energia.
é perigosa. Como regra, isso tem mui tas conseqüências, quando a O ponto A de fixação é escolhido ao longo da linha, de forma tal a
freqüência auto-excitada de formação dos vórtices (Eq. 6.1) não coincidir com um nó do movimento, em cujo caso o amortecedor
coincide com a freqüência natural do cabo sobre a qual ela age. seria inútil. Esse dispositivo, embora primitivo, provou ser
Ocorre então, urna ressoriância que pode ser destrutiva. inteiramente eficierite na proteção das linhas contra avarias
Uma linha de transmissão de lpol de diâmetro, na provocadas pela vibração decorrentes dos vórtices de Karman.
presença de um vento de SOkm/h, tem freqüência de Strouhal (Eq. Uma tentativa de projeto desses amortecedores, para o
6.1) igual a 116Hz. A· vibração das linhas com essas elevadas caso de oscilações tipo galope (.caso discutido em 6. 1. 2. 2), onde a
freqüências e pequenas amplitudes·, foram observadas: -..no- Bras"il, freqüência é cem vezes menor e a ampli ttide: cem vezes maior,
havendo, repetidamente, terminado em falhas por fadiga. A resultaria em um peso de ·Várias toneladas, o que é totalmente
ressonância, obviamente, ocorre num alto harmônico de linha, em que impraticável.
.-r
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
l Vibrai;ões·e rensões dinâmica!mos cabos 375
374
está em
Uma freqüência normal de vibração em linhas, no Brasil,
torno de 10Hz. Nesse intervalo, podemos encontrar
0,2 o
.)
-- -
r--t-r! /rTr ---r--
I.
I
I
LI-
I I
1,0
) I ',, i, I
I i /
I
.~
~
freqüências ressonantes como: •:r. 0,1 8 ! I I I I I
o
) I i ' i
1/
I
9,55; 9,70; 9,85; 10,00; 10,30; 10,45; '.' 5 I I I I
"... II I II '
i I I I '
i
•') •w
o I
I
I
I
1--s
I I !
II I
I I
I Esse exemplo dá a ordem de grandeza das diferenças 0,16
i
J
1/
I' I !
I
I'
entre as freqüências acarretando modos vizinhos de vibração em um I
) I I
-, I I .'
'
I i ..
e to"~
) lO 4 6 8 10
;
2 4 4 6
l
Fig. 6.6 - Número de Strouhal em função do número de Reynolds.
curva obtida experimentalmente para escoamento
J Tem sido aceito, por um longo tempo, qUe ~ causa da sobre cilindros circulares.
) vibração eólica é a esteira de vórtices periódicos. Os nomes mais
( U velocidade do fluido (velocidade do vento) [mls]; do cilindro, resultando em um movimento harmônico. Esse fenômeno é
_)
Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 379
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
378
onde
A esteira de vórtices pode também ser controlada pelos
CK - é o coeficiente dinâmico de sustentação, isto é, o
distúrbios periódicos. Tem Sl.do
mostrado que ondas sonoras de urna
coeficiente de sustentação que é válido quando a freqüência
governar a freqüência do
rreqüênc~a apropriada são capazes de
~-T ----
____:.----- estabelecida, Steinman [16], contudo, propôs a função
~~·
q ~ 1 + 0,77·7}
onde:
!n::::::t3D _ __
--·---~ 71 é a amplitude relativa dupla (=Y/D) e Y:, a amplitude dupla
<l I
'I (pico a pico)
Solução:
.)
) Projetos mecânicos das linhas aéieas de transmissão
l-·.- Vibraçl)es e tensões dinâmicas nos cabos 381
380
-2
pico de força de aproximadamente 2,5·10 N/m , para urna velocidade
Logo: 1 de vento de lmls.
)
fs =
0,185·10
0,0254
J
)
Fk = Ck 1
---
2
2
pU Dq sen wt.
I Uma" vez· que::- as··. forças· hidrodinâml-caso:· ao_,. .-longo,. do ..-.- vão.,; -:,
são muito pequenas e distribuídas aleatoriamente, a vibração está
)
)
Tomemos Ck = 1
fatorl de amplificação, será
e w = 2rrf 2n·72,8 = 457,4rad/s; o I iminente.
Por outro lado, como mencionado anteriormente, tão logo
) y 0,5 a vibração comece, o efeito de sincronização entra em ação e
) q = 1 + 0,27·~ 1 + o,77
0
=1 + 0,7 7 -------
25,4
1,02.
\
u co"manda a esteira de vórtices, de tal maneira que as forças
) hidrodinâmicas sejam harmônicas e tenham uma componente suficiente
Logo,
) em fase com a velocidade trasnversal do condutor vibrante.
Fk 1·--1__ .~. 10 2 ·0,0254·1,02 sen (457,4t),
2 9, 81 A transição do estado de vibração irregular para o
estado de vibração estável ou permanente, em que os vórtices são
Fk 0,17 sen (457,4t)kgf/m.
regulares, deve, portanto, ser iniciada por um impulso de partida.
Note que o maior valor da força de sustentaçãó é 0,17 Diferentes fenômenos podem servir como impulso de
kgf/m,' que representa somente 21% do peso do cabo. investigado
partida. o mecanismo está ainda para ser
c -Da Eq. 6.6, posteriormente. Contudo, pode ser dito que qualquer evento que
) cause um movimento do condutor favorecerá o efeito de sincronização
1.650·9,81
)
n
fn - ~ Utr =
n
--za-
n
SãO / 0,825 em alguma parte do vão e, então, inicia-se um processo para levar a
4
----'
I
383
Projetos mecânicos das linhas aéreas de tTansmissão Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos )
382
)
I
explicado, desde que suponhamos o vento mudando gradualmente de um 6.4 - AUTO-AMORTECIMENTO EM CONDUTORES
)
estado de turbulência para uma corrente de ar mais ou menos capaz
d~ gerar vibrações. Quando a frente da corrente de ar passa pelo Quando um condutor ~sionado
,
.. .
é sujei to
ele dissipará alguma
a uma )
)
vão, haverá numerosas tentativas de início de vibração. Porém, pelo deformação na sua condição estática normal,
\ .
fato de a corrente de ar variar com o tempo, em vorticidade e energia. Tal dissipação de energia se rel8.ciàna diretamente à forma
velocidade, vibrações instáveis ocorrerão até que a corrente de ar de deformação e, portanto, será relacionada aos parâmetros que )
se torne suficientemente laminar e com variações de velocidades descrevem a deformação. )
Como urna sim~lificação, as oscilações ou vibrações de
dentro do intervalo critico em que o efeito de sincronização )
condutor podem ser admitidas como um harmônico e em ressonância. A
ocorre. )
I d\storção, então, pode ser expressa por uma função harmônica
A- vibração no período estacionário raramente está na
~
)
forma de ondas puras. Um batimento-padrão é a forma mais comumente simples,
Fig. 6.9. -Registro da vibração em uma linha de transmissão condutor normal tensionado são: .J
J
)
1~--,-·--··--
·}
)
385
) 384
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
) amortecimento material tem sido comprovadamente pequena. Existem diferentes métodos para as medidas de
) l 1 , . 000 newtons
I 2 •• <00
'J
Se o amortecimento do sistema e a potência do vento
•• 00800
55650
em um condutor vibrante são conhecidos, é possível calcular-se o 5 73700
) nível de vibração em estado permanente pelo conceito do balanço de • 93300
)
-)
Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 391
390
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão )
a Para tomar como amplitude de vibração um parâmetro )
feitos em vários países, cobrindo diferentes condutores, sob vários
adimensional, KA, igual à razão das amplitudes observadas para seus )
'valores de tensões mecânicas e de amplitudes de vibrações.
valores máximos ou à razão do maior âng~servado para seu valor )
EQtretanto, esse método tem dois sérios inconvenientes. Em primeiro
lugar, para se determinar esses valores com certeza, é necessário máximo: )
realizar um grande número de testes, reduzindo paulatinamente a )
(A/O, 5·;\.)
KA=-r~T~
(A/O,S·t\)max
" (6.14)
tensão e a amplitude de vibração num condutor não-ferroso; este O::max
)
pode suportar sem danos 100 a 200 milhões de ciclos de vibração.
)
Para um condutor de aço, teríamos 10 milhões de ciclos sem que Onde:
A - amplitude de vibração;
)
ocorressem danos. Obviamente, esse procedimento consome muito
O,S·t\ - meio Comprimento de onda de vibração; )
tempo.
Em
..
Q segundo, as condições de laboratório jamais
\
a - ângulo de vibração. )
reproduzem fielmente as condições a que uma linha em serviço está
)
b - Para expressar a variação do valor KA como função de um ')
sujeita. Os resultados das investigações em laboratório podem,
parâmetro (f·D), onde f é a freqüência de vibração e D o diâmetro )
portanto, ser relacionados às condições reais, e isso causa certas
' do condutor.
dificuldades. Dessa maneira, devemOs coletar dados sobre danos nas )
próprias linhas em serviço, em adição às inveStigações em fóo-120 )
KA ~<(,.=:;' :::o,0106(fd·120)e·· 2oO
laboratório. 1.0 ~ma• )
As vibrações nos condutores aparecem para vel0cidades 0,8
)
0,6
de vento de 0,6-0,8 a lOm/s ou mais. Contudo, quando a velocidade
0.4 '
NIVEL DAS
)
do vento e a freqüência de vibração aumentam, o número de 0,2 AMPLITUDES PERIGOSAS
)
meia-ondas no vão aumenta, e também a perda (dissipação de i 200 400 600 800 1000 Hz• mm
)
energia), limitando o aumento da amplitude de vibração. Isso
explica por que, com um aumento na freqüência de vibração, há um
(t.'o), Fi'lixa Perigosa (f.oh )
decréscimo nas amplitudes de oscilações e deslocamento angular. )
Fig. 6.1.!3\- Relação generalizada KA F (f·D) [26]
Portanto, comumente as vibrações geradas pelas velocidades de J
vento, excedendo S-6m/s, não alcançam níveis perigosos.
A fórmula que expressa a Eq. 6.13 torna-se:
J
A análise dos resultados das medidas das amplitudes de )
vibrações feitas em linhas, para várias freqüências, mostram que a 1201 200
KA = 0,0136 (f·D - 120) e-(r·D - / )
relação entre a amplitude e a freqüência pode ser expressa por urna )
Um gráfico generalizado (Fig. 6.13), estabelecido desta
fórmula empírica, do seguinte tipo:
maneira, ajuda na determinação dos lirni tes da faixa perigosa de )
(6.13)
frequência d~ vibrações. Por exemplo, se tomarmos como a menor )
Para ser capaz de generalizar os dados obtidos com amplitude de vibração perigosa.~= 0,15, que, para ttmax = 30-35' ~
condutores de diferentes diâmetros, para diferentes intensidades de corresponde a a de aproximadamente 5', os valores do número (f·D) )
vibração, ela parece ser aplicável em dois casos, corno segue.
)
392 Projetos mecánicos das linha~ aéTeas de transmissão
nos
I
fatalmente ocorrerá. a· fadiga -do·. mater-iaL: (fig ... 6 .. lSJ.
relativas aos grampos, quando suas características dinâmicas são
)
conhecidas.
)
;
) I
Exemplo 6.2
) \
\
) ~
uma certa linha, foram observados ângulos de
vibração de 8' , para valores máximos de 40'. Sabendo que o diâmetro
) do cabo nessa linha é de 18,52mm, determinar o nível das amplitudes
) perigosas, bem como o intervalo dessas frequências.
Solução: I
I
)
O nível perigoso é dado por:
8
_) KA =
O:.max 40
0,20
divididos em duas
Os danos resultantes das vibrações eólicas podem ser
categorias, respectivamente fadiga e
Ambos os tipos de avarias são. progressivos e podem ocorrer ao mesmo
tempo. A abrasão, entretanto, em geral, evidencia-se muito mais
abrasão.
I Fig. 6.15- Vista de um condutor após a remoção do grampo
rapidamente [27). de suspensão. A alma de aço ainda está intacta
j
.J --- ~--
-, .I
394
O condutor ACSR
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
em
)
)
alma de aço), é formado por camadas de fios, que agem, sob flexão, instalações especiais, e medições das vibrações naturais,
de um modo diferente de um cilindro sólido estático. A camada realizadas em vãos experimentais na URSS, mostraram que vibrações
inferior, e a abrasão resultante do atrito entre os fios de camadas Com pequenas tensões de estiramento, as dissipações de
)
diferentes tende a formar entalhes nos mesmos. energia, através de atrito interno, entre os fios que formam os
cabos, são tão altas que a vibração não pode ser considerda )
Assim, a camada inferior, embora não seja teoricamente
a mais carregada, sob os efeitos adicionais dessas pressões e perigosa. )
entalhes (Fig. 6.16), torna-se a zona onde freqüentemente ocorrem A vibr'ação dos cabos ACSR aumenta também quando a )
\
os primeiros POmpimentos. temperatura desce, pelo aumento de tensão n0s fios de alumínio com )
! relação aos fios de aço. Para as tensões ·e diâmetros de cabos
Esse pormenor elimina a possibilidade de se evitarem )
interrupções na operação da linhas de transmissão, por meio de usualmente adotados, encontramos velocidades dos ventos que
)
manutenção preventiva, já que os Pt i me ir os fios rompidos, estando permitem o aparecimento do fenômeno das vibrações eólicas.
)
Porém, em umas poucas regiões dos Estados Unidos, onde
I
cobertos pela camada externa de fi'Ós, não podem ser detectados. Uma
)
inspeção visual revelará apenas as quebras que já atingir~m a quase são usados altos valores de tensíonamento de cabos condutores e
I
)
totalidade da seção do condutor. onde são comuns ventos estáveis de altas velocidades, têm sido
notadas vibrações em condutores sob velocidades de vento acima de )
A solução do problema reside, então, em cont,rolar as
SOkm/h [28, 29]. )
vibrações, ou seus efeitos, de uma maneira preventiva, controlando
a intensidade das vibrações. Uma vez que já está comprovada a justificativa teórica )
A intensidade das vibrações depende essencialmente da que impõe ventos leves e estáveis como condição básica para o )
tensão do condutor e das condições locais de cada vão da linha. aparecimento de vibrações eólicas, um terreno plano e sem vegetação )
será o mais apropriado para que o vento ocasione vibrações. J-. )
mudança de direção dos ventos, devido a irregula.ridades do solo ou
presença I
\
de árvores, modificará o fluxo laminar do vento,
I )
)
O?cilações eólicas podem ocorrer entre 2 e 70Hz.
determinaram
Edwards
o limite
e Boyd,
crítico
através
de
de
deformação
experiências
dinâmica
de
dos
campo,
cabos
It A tendência para -~o de condutores de diâmetros
cada vez maiores e de vãos cada vez mais l-ongos, implicando, muitas
vezes, aumento do tensionamento, tem como cOnseqüência facilitar o
')
ACSR, na boca do grampo de suspensão, como sendo de 150 aparecimento·· das vibrações·-,·. eólicas· ·-·e~·, embora·-·· as·· causas~·_...:,- das··"·-·
:)
microdeformações [30,31]. J. Pullen [31,32], num estudo teórico das vibrações dos condutores já sejam bastante conhecidas, os cálculos
·J vibrações dos cabos condutores, partindo do limite estabelecido por que permitiram trabalhar com altos valores de tensão dentro de uma
) faixa de segurança razoável demandam levantamentos minuciosos,
Edwards e Boyd, e relacionando as amplitudes e as freqüências das
) oscilações com as deformações dos fios, estabeleceu a condição complexos e precisos das condições de cada vão. Devido à alta
\
.) básica para~ uma linha ser adequadamente amortecida em função do frequência e pequena amplitude da os_~ilação eólica, verificou-se
) produto da amplitude pela freqüência. Esse valor não deve ser economtcamente viável controlá-la por meio de dispositivos
.~l
Esforços
) diniSmicos admissÍveis
J 20
.)
j lS
1
I
lO
I
·IL_~·.:=:::::;:=:~
5 15 20 25
"'
.)
Fig. 6.17- Hipérbole; Af 30,4Hz·mm Fig. 6.18- Diagrama de Goodman modificado
I
)
Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 399 I
Projetos mecânicos das linhas' aéreas de transmissão )
398
As presilhas devem ser curvas, permitindo uma saída do
)
A tensão mecânica é considerada como um dos meios
cabo o mais tangencialmen~vel, reduzindo assim a tensão
eficientes para prevenir o aparecimento de vibrações nos cabos. De
i
estática de flexionamento no cabo daqueles pontos críticos, visto
acordo com a Fig. 6.10, o aumento de tensão reduz o valor do \
auto-amortecimento dos cabos, e por esse motivo a tensão deve ser
\ que os esfor.ços de compressão devem ser o . mais baixos possíveis.
)
l Costuma-se capear os cabos com '·t~ras de alumínio junto
tão baixa quanto economicamente viável. às presilhas de suspensão, com o objetivo de' reduzir e distribuir )
As normas ABNT para projetos de linhas aéreas de )
os esforços estáticos e dinâmicos do cabo, e protegê-lo de
transmissão (P-NB 182) estabelecem:
I
"queimaduras" ocasionadas por descargas elétricas·. Esse capeamento )
"13.2.1. Na pior condição, a carga atuante num cabo deve ser, aumenta a rigidez do cabo·, diminuindo, dentro de certos limites, a )
no máximo, igual a 40% de sua carga de ruptura para cabos de amplitude de vibrat;ão. Uma sofisticação dessa técnica de capear o )
alumínio, ACSR ou aço, e 50% para cabos de cobre." cabo \deu origem ao emprego de armaduras {em inglês, armour
q )
"13. 2. 2. Na condição de trabalho de maior duração, a carga rods)(Fig. 6.20).
)
atuante no cabo deve ser, no máximo, 25% de sua carga de ruptura." )
Observação: Esses 1 imites basearam-se no uso de )
dispositivos especiais para evitar' falhas por fadiga e o desgaste )
do cabo por atrito com os grampos. Quando tais práticas não são
seguidas, tensões menores devem ser empregadas. )
Uma boa norma de projeto é evitar transições àbruptas, Fig. 6.20 - Grampo de suspensã.o tipo curto, com,.,armadura )
utilizando-se presilhas de suspensão e de ancoragem que possuem )
terminais de abertura suave e progressiva. Essas presilhas devem
)
Atualmente os tipos de armaduras em maior uso são as
apresentar baixo momento de inércia e uma articulação que
acompanhe, o mais fielmente possível, os movimentos do cabo e cônicas e as pré-formadas (Figs. 6.21 e 6.22). J
A diferença básica consiste no fato de as primeiras )
reduza as solicitações nas seções próximas à fixação. O corpo das
serem conS~,truídas de tiras retas, que são instaladas em volta do )
presilhas deve ser longo para que as tensões introduzidas nas I
~~
Projetos mecânicos das linhas a.éreas de transmissão Vibrações e tensões dinãmiças nos cabos
) 402
~I
casos, uma seleção
amortecedor perfeito, mas, na . maioria dos Fig. 6.26 - Amortecedor Bretelle tipo II
adequada dos mesmos proporciona uma solução sati·sfatória. Sua
função é suprimir as vibrações eólicas nas proxiffiidades das
fixações dos cabos.
A suspensão das vibrações reduz os níveis de esforços
dinâmicos no condutor e reduz também a quantidade de energia
transmitida para a estrutura ou para vãos adjacentes. M
.,
,,
404
Projetos mecânicos das linhas"Béreas de transmissão Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 405
rI . ·-·"~ .!""'
O princípio de funcionamento baseia-se nas propriedades impacto .fixados ao~~condutor (Fig. 6. 30). O impacto de ·uma
de dissipar energia por fricção que um cabo não-tensionado possui, extremidade do oscilante com o anel dissipa eriêrgia,
além de modificar as características de vibração entre os pontos reduzindo as amplitudes de vibração.
onde está engastado.
Esse .dispositivo é de instalação mais demorada que os
I'
demais, não podendo ser instalado com linha viva. Sua eficiência é
discutível [33}.
Sua única vantagem consta ser a economia, pois pode ser
Porém, computando-se as ):
contruido com sobras de condutor.
dificuldades de instalação, certamente seu custo supera 0 dos
)
Fig. 6~30 - Amortecedor de braço oscilante }
outros tipd;S.
Uma· variante desse dispositivo é conhecida como festão. )
t formado por vários laços de sobra do próprio condutor, conectados Amortecedor de impacto (massa-mola) )
paralelamente ao mesmo (fig. 6.29). )
Uma massa suportada por uma mola desliza sobre uma )
barra, com uma plataforma de impacto na extremidade inferior (Fig.
' )
i
J
Foi um dos primeiros dispositivos adotados para reduzir
)
'
!
J
.t
as oscilações eólicas. Consta de um braço oscilante e um anel de Fig. 6.31 -Amortecedor de impacto (massa-mola) ,);
t ~
·' '·-'-;.,:
·' ~
~-a .i
r' '
Amortecedor Helgra
-- =
Esse amortecedor, mostrado na Fig. 6.32, foi
desenvolvido pelos engenheiros de Swedish State Power Board, e tem
sido mui to usado na Península Escandinávia. Consiste em discos de
ferro e neoprene, com furos centrais, dispostos alternadamente
sobre uma haste cilíndrica articulada. O impacto entre as massas
provoca dissipação de energia.
A energia mecânica é transformada em calor pela
Fig. 6.33 Amortecedor Bouche
compressão das arruelas de neoprene, na fricção interna desta·s. O
calor é ~issípado no ar circundante. Quando aplicado corretamente, l- Presentemente, tal dispositivo encontra-se em testes de campo em
absorve 90% das vibrações, reduzindo-as a valores sem perigo para
diversas loCalidades dos EUA.
os condutores. Não tem freqüência própria, não havendo, portanto, o
risco de introduzir vibração nos cabos. Não sofre fadiga, podendo
ter uso por tempo ilimitado. ,Nb Bras i 1,
Amortecedor Bouche
o condutor, tendo seu movimento amortecido por discos de fricção. A
vibração torcional do condutor possibilita ao dispositivo
Fabricado pela Vibration Control Co., Pasadena,
introduzir um amortecimento na direção da torção.
Califórnia, é essencialmente um sistema massa-mola. Consiste numa
\
'J massa de concreto e duas molas helicoidais (Fig. 6, 33).
J
,)
J
)
) i.
)
)
I
I
i 'i
) ·:-1
'- ~
Fig. 6.32- Amortecedor Helgra
J _J
!;r
Fig. 6.34- Amortecedor torcional
.) ;::~
i.c..:._ __ ,)
-~---j
r~·
)
Projetos mecânicos das linhas aêreas de rranimissão Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 409 (j
I
408
'-'~
Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 411
410 Projetos mecimicos das linhas aéreas de transmissão
Observa-se que o amortecedor trabalha em contrafase, em Fif. 6.38- Amortecedor Dulmison ES-1
relação ao condutor. Ele possui duas freqüências ressonantes, nas
quais é muito efetivo. Porém a sua eficiência diminui muito Amortecedor Dulmison ES-2
rapidamente, fora da região entre essas freqüências. Isso implica a
\
necessidade Wo conhecimento prévio das características de vibração Nesta outra versão ES da D.l!lmison, um segundo sanduíche
do condutor, de modo a coordená-las com as do amortecedor. Da de elastômero é introduzido entre o condutor e a armação
qualidade do material da cordoalha (cabo mensageiro) e do modo com pré-formada que substitui a presilha convencional. O disposí ti v o
que as massas são a ele conectadas, depende a vida útil do apresenta, em seus dois sanduíches, uma dissipação de energia
dispositivo. O tipo de presilha .uSado é outro detalhe importante, através de amortecimento viscoso, em adição aos amortecimentos
cuidando-se para não "ferir" o cabo condutor. coulombiano e histerético, característicos do amortecedor
Stockbridge.
Amortecedor Dulmison ES-1 O uso de armaduras pré-formadas sobre uma camada de
neoprene inibe o aparecimento de falhas por':· fadiga do material
As letras ES, abreviatura de elastomer sandwich, junto ao ponto de fixação do Stckbridge (Fig. 6.39).
designam um novo arranjo para o amortecedor Stockbridge, que
consiste num completo envolvimento do cabo mensageiro com uma
camada de neoprene. Trata-se de uma nova técnica de isolamento e
absorção de vibrações. Segundo informações do fabricante, recentes I \.
pesquisas realizadas pela DuPont mostraram que a amplitude de
vibração de uma placa pode ser dividida por 30, com a adição de uma
camada viscoelástica envolta por uma outra camada rn~tálica de
compressão. Foi também descoberto que a vida até a fadiga pode ser
Fig. 6.39 - Amortecedor Dulmison ES-2
aumentada em mais de cem vezes, substituindo-se a placa metálica
por um coxim composto, de igual peso, contendo uma camada de
material viscoelástico, numa forma de sanduíche. Amortecedor Varispond Dulmison
)
~)
)
Fig. 6.42 - Amortecedor Vibless )
\ )
Amortecedor Haro )
)
Fig. 6.40 - Amortecedor Varispond
Desenvolvido na Finlândia, esse dispositivo é uma outra )
variante do Stockbridge. Consiste em três massas unidas por um cabo )
Amortecedor Salvi 4-R flexível conectado ao condutor por duas presilhas. Possui cinco )
freqüêDcias de ressonância (Fig. 6.43). -)
Foi desenvolvido na Itália, e possuí diferentes \
.)
comprimentos de cabo mensageiro e massas de geometrias diferentes
)
em cada lado do grampo de suporte. Esse arranjo fornece quatro
frequências de ressonância (Fig. 6.41). )
)
Fig. 6.43 - Amortecedor Haro _)
)
6.9- R~ PRÁTICO DE VIBRAÇÕES )
)
6.9.1- Introdução )
Fig. 6.41 -Amortecedor Salvi· 4-R )
A intensidade de vibração dos condutores depende )
Amortecedor Vibless essencialmente da tensão mecânica a que os mesmos estão sujeitos e )
das características topográficas das regiões atravessadas pela
Desenvolvido no Japão pela Furukawa Co. Ltd., Tóquio, é linha de transmissão.
um Stockbridge modificado. As massas inerciais são tubos Como dispositivos, ~ecomendam-se, pela eficácia, os
cilíndricos curvados para baixo (Fig. 6.42). amortecedores Stockbridge e as pontes antivibratórias tipo festão.
'
) necessário, conforme o t1'po de te r r eno e a t ensao
- ·
dos cabos de quando fixados próximos ao centro do ventre de vibração
diferentes materiais, segundo a prática russa (Bolentim 2304,
J
') sessão de 1968 da CIGRE). As dimensões dos Stockbridges variam com
o cabo.
)
-,
')
) TABELA 6.2- SELEÇÃO DE AMORTECEDORES STOCKBRIDGE
)
Proteção recomendada para
=
I
) tensão média de serviço em:
.) u Condutor ACSR
I
)
~
)
Sabemos que a velocidade de propagação da onda )
correspondente à componente horizontal da tensão no condutor é dada )
por: )
)
Solução:
)
f
~~
.. ~~---To
( fn = ~A Y Co·g
( 1.200
~ ~-J
Co = = 1.538,5
0,78
{
j fn
100
2·400
-1 1. 538, 5·9,81
será de 15,4Hz.
Fig. 6.48 - Cabo com comprimento de onda calculado pela Eq. 6.21
'")
Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos
421
420
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão )
>
Exemplo 6.~
20
)
u 3,6
5, 56m/s.
Sabemos da Eq. 6.21 que: )
D 1.200 1.538,5 )
.,! Co·g Co
À
0~19·U 0,78 À= ~::;D~~ (6.21)
O, 19·U .
0,01883 I
À .,! 1. 538' 5. 9' 81 2,2m
o, 19·5,56 Substituindo (6.22) em (6.21), vem )
Então o comprimento de onda mostrado na Fig. 6.48, será
D (6.23) )
_de 2,2m, ou seja, cada ventre terá l,lm. 5=2,24--u~
Observação: A freqüência-'de Strouhal (dos vórtices), na :1
condição do exemplo, será: S é a posição de colocação do Stockbridge a partir do grampo de )
u -,C::.;·~;;:,- ~
5 56
5 6Hz suspensão. Se usarmos U = 20km/h e g = 9,81m/s
2
a Eq. 6.23
f,= 0,19 -o-= 0,19 0,0883 )
torna-se:
)
S = 0,0013·D ~ (6.23.a)
')
com Sem [m], D em (mm] e Co em [m]. .)
6.9.2- Posição do amortecedor no vão
)
Exemplo 6.5 )
Teoricamente, o 'mortecedor deve ser colocado no ponto
do cabo, o qual possui maior amplitude de vibração e o mais próximo C~lcular para o vão do exemplo 6.4: \
.J
a - Po~i~ão do Stockbridge;
do grampo de suspensão. Este ponto deve ser obviamente o centro do b - Qual deve ser a freqüência natural do amortecedor? )
primeiro ventre (Fig. 6.49 (a))
' )
De acordo com a experiência de membros da CIGRt, o .)
amortecedor, juntamente com o cabo, altera a freqüência natural do )
a.
cabo. Em outras palavras, o conjunto possui freqüências naturais D 0,01883
u v Co·g
s = 2,24 = 2,24. .,! 1. 538,5 ·9' 81
5,56
diferentes das do cabo sozinho. Portanto, o ponto (i\/4) não deve
ser usado para colocação. A posição recomendada pela CIGRÉ (Fig. s 0,93m a partir do grampo.
.. ) .
I "---
.)
)
) DEFÓEXÃO M t'NIMA
N'O CABO
J c,
) CABO
)
) me
~FK I .,
I' l
's
I
- - RESSONÃNCIA DO
)
., Ai.!ORTECEDOR
)
) c,
AMORTECEDOR
J .,
) f Noturol do Amortecedor 's
Fig. 6.51 -Resposta em freqüência do conj~~to cabo-amortecedor
) FK= (+ pU2D) sen {2Trfst) -Excitação
J
freqüência natural próxima de 56Hz, para que ele seja eficiente,
veja Fig. 6.52.
-----~/
Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 425
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
424
Chamamos de m a massa de cada contra-peso, J o momento
6.9.3 ~Modelo matemático de um amortecedor Stockbridge de inércia de m em relação ao eixo normal, passando por O (ponto de
engastamento do cabo), L o comprimento do cabo, r a distância entre
A eficiência de um amortecedor Stockbridge pode ser
o centro de gravidade G e o ponto O, e -E! a rigidez flexional do
medida através de ensaios de laboratório, onde são levantadas )
cabo.
curvas características para a resposta em freqüência ou energia )
As coordenadas adotadas são y1, deslocamento vertical
absorvida em um ciclo. O Centro de Pesquisas da Eletrobrás - CEPEL,
de O, yz, deslocamento angular do contrapeso e u deslocamento )
no Rio de Janeiro, realiza estes tipos de ensaios (47]. )
vertical do grampo de suspensão.
A maioria dos trabalhos publicados [48,49,501, estuda a
Fazendo o bálanço de forças e dos momentos sobre o )
interação entre o amortecedor e a linha de transmissão, onde a
contrapeso, com o ~uxílio da Fig. 6.53 {b) e (c), onde as forças e )
determinação da força total exercida pelo amortecedor sobre a linha
momentos unitários são os coeficientes de influência de rigidez, as )
e as condlç5es.l'ide instalação são os objetos principais.
equações de --movimento se escrevem como-~- )
Podemos também relacionar as tensões máximas no cabo
com o deslocamento no grampo de )
mensageiro
suspensão.
(fig, 6.52.al,
[MJ{ Y1
Yz }
+ [cJ{ Y' y2- u. y1 - u
y2
(6.24) )
e utilizando uma
Partindo de um model·o simplificado !
solução analítica, podemos prever algumas cGnclusões interessantes. onde:
I
L
I oi
mostraram que é possível estabelecer a seguinte relação entre os
segUintes elementos da matriz de amortecimento e de rigidez: )
)
= (6.24bl
Clj
nJi k 'l
1
- _j
IoI onde
)
~ 0/n, sendo O o decrem:~to logarítmico do amortecedor e
)
n = a freqüência de vibraçãO forçada.
Fig. 6.53 - Esquema de corpo livre de um amortecedor simétrico
]
. .~ ..
Frequências naturais
I
2
det ( [K] - w · [M] ) = O
Wl tf'
1
2 J
(6.26)
II
sistema, que ocorrem quando o ângulo de fase entre eles for 90o O comprimento de onda mínimo pode também ser usado para
(Fig. 6. 54). calcular o tamanho do amortecedor, tipo festão ou Bretelli. Pela
Fig. 6.55, o comprimentos: entr.e.._os_ dois ponto~.d~ fixação, ~sél:ndo
Resultados
Os valores característicos do amortecedor foram:
l a Eq. 6.23a, é dado por:
(6.27)
S' 2S + e = 0,0026·D·~ + e
2
m = 2,4kg J = 0,03kg·m
onde:
2
E! = 23N·m L o, 183m D diâmetro do condutor [mrn];
C parâmetro da catenária-= TEDsiP [m];
r= 0,03m
r~- )
Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 429
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão )
428
logo : )
e= comprimento do grampo [m}; 1 S 0,0013·16,4·Y 1977- 0,95m )
b espaçamento, tomado aproximadamente em torno de 250mm; li S 95cm a partir da boca do grampo. I
S' =distância entre os pontos de fixação [rnl.
s
I c - Da Eq. 6.27:
S' 2S + e ~ 0,0026·D·~ + e •.
)
)
S' o,oo26·16,4·v 1.977 + o,200 2,08m
)
s·
I
208cm de fixação a fixação.
)
i )
fixados perto de uma torre intermediária de travessia, onde os 6.57), em antifase; na direção predominantemente horizontal. Essas
condutores são suportados por um grampo de suspensão em roldana, vibrações ocorrem, em geral, para ventos com velocidades entre 8 a
20rnls, com amplitudes na faixa 50-80mm e' frequências de 1 a 2Hz.
'
) são de um tipo especial chamado de "releasable"
-) As posições dos amortecedores são calculadas pelas l,
seguintes fórmulas: para o primeiro amortecedor,
~ '
f-.----.--...: '- I
-3
Q
~ br~ 1c-={)
J S1 = 0,0013·D·~ (6.28)
I
.) Fig. 6. 57 - Modo el·iptico de oscilação
logo
J ~
S2 = 0,0022·D·~ (6.29)
J No caso de oscilações de subvãos, os recursos de
.) Medidas de verificação foram feitas repetidamente sobre
J proteção são disponíveis, embora não se disponha de processo
) vãos de travessia de 800 a 1. SOOm, e mostraram que essa proteção
prático para a determinação de sua ocorrência no campo. Isso se dá
introduz um bom amortecimento às ":Yorações.
) em virtude de diversos fatores:
Para travessias em torno de 2. OOOm, ~om _condutores de
) l - a ocorrência de oscilações em posições intermediárias dos
SOmm de diâmetro e tensionados com 20 a 35t, empregam-se
) vãos, dificultando o acesso ao mesmo;
amortecedores gêmeos especiais, pesando de 10 a 20kgf.
) - a inexistência de dispositivos apropriados;
!
JI a baixa incidência do fenômeno, " exigindo períodos
excessivamente longos de observação.
i 6.11- VIBRAÇÕES EM SUBVÃOS
Tais fatores geram a necessidade de testes que Permitem
de acessórios especiais, entre os quais os dispositivos /\ Com relação às vibrações, um feixe de condutores
espaçadores, que mantêm os cabos de cada fase à distância ótima de comporta-se de maneira substancialmente diferente, comparado com um
projeto e melhoram as condições de estabilidade do feixe. A condutor simples. As modificações podem ser classificadas como
espaçadore-amortecedores, de forma a reduzir a solicitação dos - modificação da resposta do sistema, isto é, modificação do
cabos a níveis convenientes. Especial atenção tem sido dedicada ao amortecimento do sistema, e dos possíveis modos de vibração;
) estudo desses fenômenos e aos danos que causam, como a ruptura de modificação do fluxo de ar ao redor· dos condutores,
J. cabos e até a destruição de componentes das torres [37]. particularmente sobre aqueles protegidos contra o vento; isto
J Oscilações de subvão ocorrem quando da presença de um resulta em uma modificação da potência de entrada do vento no
cabo na esteira de outro. Os cabos assumem movimento elíptico (Fig. sistema.
~· ''
J
L. .J
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
)
432 Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 433
)
Ambas as modificações tendem a reduzir o nível e a A máxima deformação ocorrida no vão em antinós é, )
duração da vibração. Tem sido relatado que medidas sobre linhas de portanto, )
transmissão indicam urna redução no nível de vibração de
= 2 n2 -2-
Yo À-2 D )
aproximadamente 50%, e uma redução do tempo de vibração de (6.31)
)
aproximadamente 20% para feixes de condutores geminados, em
Se admitirmos as ' . do
extremidades· ' cabo rigidamente )
comparação com condutores simples [38]. Outras investigações
fixas, a deformação máxima Ci, no final do vão, ocorrerá à
encontraram que o nível máximo de vibração foi de mesma ordem tanto )
distânciaD/2 do eixo do condutor, sendo dada pela expressão
para o simples como para o feixe de condutores geminados, enquanto )
que o número de amplitudes máximas foi menor para o feixe [391. Cl )
! Cv
= função [ À _..:.r_ ) (6. 32)
Para feixes com mais de dois condutores, a tendência de redução é I
v'El' )
maior. ~
l- onde:
T tensão no condutor; )
)
<1 = 3,27 / T
E! - Yo
- À
-1
D (6.34) )
a máxima deformação cxt ocorrida no vão, na distância D/2 do eixo 2
\ )
do condutor sólido, ou em uma seção reta do condutor, no plano de onde e~a mostra que as deformações e os ângulos de vibração (Yo/À)
vibração, é dada por podem ser diretamente relacionados.
,J
Se olharmos agora para um condutor real, veremos que
)
(6.30)
seus fios individuais descrevem uma hélice sobre o eixo do J
onde: condutor. Pode ser, portanto, entendido que, em um cabo vibrante, J
cada seção de um fio, em um comprimento do passo, estará sujeita a '
_j
xt = distância entre o primeiro nó e a seção reta; deformações dinâmicas, que não diferirão somente em valores
Yo amplitude dupla do antinó; absolutos, mas também em sinal. Contudo, os valores das deformações
D diâmetro do condutor; serão também diferentes nas diferentes camadas do cabo, devido às
À = comprimento de onda. suas diferentes distâncias ao plano neutro.
Projetos mecânicos das linhas Béreas de transmissão Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 435
434
fatores de deslizamento, ou escorregamento, e o diâmetro devem ser
27~-.-,-,,-,-~~-,
20 H++l-1-t-- Ht-t---i apropriados para a camada considerada.
25
Um grande .número de testes experimentais comprova a
I
validade das Eqs. 6.35 e 6.36, tão \;>em·,guanto a relação entre K1 e
Ei
o auto-amortecimento do condutor. __'-- \",
Os valores de K1 serão afetados pela tensão mecânica no
Tv
condutor, pela .compactação do cabo e também pelo diâmetro do cabo.
Valores normais nos fios externos estão compreendidos entre O, 7 e
0,5, embora K =1 tenha sido encontrado em grandes cabos de aço.
Os válores do escorregamento dos fios internos não têm
40 60 80 100
20
).ffr sido extensivamente medidos,
tais testes,
devido às dificuldades inerentes de
porém testes especiais·· de fadiga e amortecimento e
Fig. 6.58 _Deformações na extremidade fixa no antinó resultados de medidas tendem a confirmar o f a to óbvio de que as
~
camadas internas, tendo atrito nos pontos de contato (ambas, a
vérsus
externa e a próxima interna), teriam valores de K1 maiores que a
Como as camadas do·· ca b o es t-ao t ran çadas
, em -direção
camada do lado de fora de um condutor.
oposta, cada fio, em um comprimento de passo, terá um número finito
de pontos de contato com as camadas mais altas e mais baixas, e a
II Os valores de K2 na extremidade do vão estão mais
afetados pela pressão do grampeamento do que pela tensão no cabó, e
carga de tensão estática resultará em uma pressão exerCida pelos
são geralmente maiores que os valores :de K1. Com grampos
fios da camada superior naquelas da inferior.
proporcionais aos tamanhos dos condutores, tomamos um valor prático
Como conseqüência de tal distribuição de deformação, as
de 0,7.
· · sera- 0 desenvolvidas nos pontos de contato entre
forças tangenc1a1s Mencionamos anteriormente que as Eqs. 6.30, 6.31 e
fios. Essas forças são equilibradas pelas forças de atrito devidas
,_ 6.35, que relacionam as deformações no vão com um condutor simples,
à pressão radial. são independentes das condições de apoio. As Eqs. 6.32, 6.33, 6.34
portanto, é facilmente entendido como um -\
Isso, e 6.3'6' são válidas para vãos com extemidades grampeadas
escorregamento entre fios. O fenômeno do deslizamento é não-linear,
rigidamente, o que significa que tanto os deslocamentos verticais
porém, dentro dos valores usuais de T, À e Yo encontrados nas como qualquer rotação da extremidade do cabo não são permissíveis.
linhas de transmissão, expressões linearizadas dão a~ deformações
As condições reais de grampeamento diferem um pouco de
reais ocorridas em um condutor com fios individuais; usam-se:
um "grampo rígido", resultando em deformções mais baixas e, muitas
(6.35) vezes, também em valores mais altos de defor.mações.
O estudo do comportamento real do grarnpeamento está
sendo feito pelo Grupo n. ~ 2 do CIGRE. Tem-se oPservado que o
(6.36) deslocamento e a rotação nas,extremidades do vão não são comandadas
K2 :=s 1 são chamados de fatores de deslízamento. Os apenas pela capacidade do grampo de executar tais movimentos, porém
onde K1 :=s 1 e
l.
________ )
)
436 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Vibrações e tensões dinâmicas nos cabos 437
.)
que é possível um acoplamento entre os dois vãos adjacentes. Tal )
acoplamento dependerá das condições de ressonância do sistema
formado pelos dois vãos e das forças do vento que agem sobre ambos
)
os vãos. Quando todas essas condições são preenchidas, uma redução
)
de aproximadamente 50% nas deformações, relativamente às obtidas
)
com um grampo rígido, parece ser possível.
Embora não haja possibilidade de relacionar diretamente J
o deslocamento e a rotação nas extremidades do vão, é necessário )
mencionar aqui o efeito do aumento da rigidez de fixação com )
.."""
1::1> I 1
011 o "' ~
armour rods. ..... -o "" ...
" o ' )
"'
... 011 ~
trabalhos experimentais provaram
t:Estudos anal i ticos e o",
__ _,o
:::> UI :::> J;l,
UI:: I..-<
J
que as deformações reais sobre os fios dos condutores são reduzidas .... o..., ... ~
.... u "'
u ~ o~
u )
de 20 a 40% em relação àqueles valores, considerando a fiXação 0>
"~
011 C-' 011
- ' O <O-<
-ote"'
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u
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.c: o o"""'>=
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de onda.
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J;l,.o.> "'
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Este capítulo trata mais das vibrações eólicas de .....
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e, com espaçadores inconvenientes, podem atingir valores 60%
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superiores aos de um grampo rígido [40,41,42,43,44 e 45).
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...,-o..,,_ o-o...,._,
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6.13- ESTUDOS SOBRE VIBRAÇÕES NAS LINHAS DE TRANSMISSÃO NO BRASIL ~~
% "~
'-'<--i<I..OII'IIWCl::l
I 1.. !I) to .... fl 1:: I ..... UI
)
)
A Tabela 6.3 apresenta um resumo do que as empresas
brasileiras estão realizando sobre estudos e pesquisas em vibrações I ,)
.j
nas linhas aéreas de transmisr-;.o (elaborada pelo CEPEL - 1990).
.J
)
)
438 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão v;brações e tensões dinâmicas nos cabos 439
6.14- BIBLIOGRAFIA
~
u
works, pp 224-258, Butterworths, London, 19.56.
12 STROUHAL, V. "On aeolian tones" Ann. of Phys. 5(1878) p.216
J
_J_._
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'
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42 - STEIDEL, R. F.
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JR -
of point
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of suports". AIEE Trans. , 78 HI pp
Il- 7 . l - INTRODUÇÃO
)
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1207-,p, 1959.
43 - SEPPA, T. - "Dynamic behaviour of suspension clamp and fatique
44 -
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I terrestre,
Toda
necessita
obra de
de
engenharia,
uma estrutura
assentada
de
na
transição
superfície
entre os
)
)
)
bei hoher mechanischer b~anspruchung".
506, 1964.
45 - SCANLAN, R. e S'WART, R. -
VDI Forschungsheft,
46 -
stranded cables". IEE, 68, CP 4, PWR.
ARRUDA, A. C. F.
transmissão, Unicamp, 1975.
- Análise de amortecedores para linhas de II cava para a fixação de um mourão de cerca, ou tão complexa quanto
as fundações de grandes obras de engenharia Civil.
Normalmente, o projeto de- fundação de uma obra de
)
)
)
engenharia é a última fase do projeto estrutural da mesma. Deve
I
47 OLIVEIRA, A.R.E. e NETO, A. P. R. "Estudo analítico e
'
anteceder ao dimeÚ~ionamento da fundação duas fases de estudos:
)
experimental do amortecedor Stockbridge". Proceeding COBEM
)
-83, Uberlândia, C1 pp 1-10, 1983. ! 1- Cálculo de todas as cargas possíveis de serem suportadas
t )
48 CLAREN, R. e DIANA, G. "Mathematical analysis of pela ~É\rutura e transmitidas à fundação,
transmission line vibration". IEEE, Tran. Power Apparatus )
2- Estudo das características geotécnicas do terreno.
and Systems, 88, pp 1741-71, 1969. )
De posse desses pré-requisitos passa-se à escolha do
49 - DEHOTARAD, M.S. - "Transmission line vibration". Journal of J
tipo ideal, dimensionamento e detalhamento da fundação, que
Sound and Vibration, 60 (2), pp 217-37, 1978. )
transmitirá com segurança toda a solicitação ao terreno suporte.
50 - HAGEDORN, P. "On the conputation of damped wind-exi ted )
Assim se procede na construção de uma fábrica, de um
vibration of overhead transmission !ines". Journal of )
edifício,.. . de uma LINHA DE TRANSMISSÃO, sendo que para esta
Sound and Vibration 33 (3), pp 253-71, 1982. )
última, cada torre ou cada trecho , é caso de um estudo específico,
51 - DURVASULA, S. "Vibration of a uniform cantilever beam .)
pois ao longo de quilômetros de extensão as características
carrying a concentraded mass and moment of inertia at the )
geotécnicas do ,ter;reno -·podem-. ser as- mais.·.var.iadas ,poss.íveis..·
tip". Report No AE 1335, Indian Institute of Science,
J
Bangalore, 1965.
--r- 445 )
444
Projetos mecãnicos daS linhas aéreas de transmissão
I Fundações
I
Para o cálculo das fundações das torres de uma L. T., I
detalhá-la.
apenas após o projeto de locação das estruturas, da exata definição
Cada tipo de solicitação transmite um tipo de esforço
I
das posições das fundações, é que se tem condições de definir as )
variáveis do projeto:
estruturas, ângulos,
esforços solicitantes,
travessias, vãos,
alturas e
natureza do
tipos de
terreno e
II
ao terrenO. t responsabilidade da estrut~ra de fundação distribuir
tais solicitações, de forma que os esforçoS- transmitidos ao terreno
)
vegetação, nível do lençol freático, etc. Passa-se então à fase de I sejam inferiores aos limites do mesmo.
)
projeto da mesma. )
TIPOS DE ESFORÇOS DE REAÇÃO DO TERRENO
)
7.2.1- Compressão )
7.2 -ESFORÇOS NAS FUNDAÇÕES
)
1: Tem a tendência de causar um afundamento do terreno, e )
H Todos os esforços provenientes da montagem, sustentação
H conseqüentemente um afundamento da estrutura (Fig. 7.1). )
g dos condutores e equipamentos eletromecânicos, esforços devidos a
J
da L. T.: potência a ser transmitida, classe de tensão,' tipo de )
corrente (CA ou CC), número de circuitos, etc. Conseqüentemente )
tem-se uma predefinição do número e bitola de condutores por fase, .)
Fig. 7.1- Esforço de;compressão e reação do terreno
distâncias de afastamentos, tipos básicos de torres, etc. )
Cabe ao projetista mecânico da L. T. a definição dos
)
cabos, dos equipamentos eletromecânicos suspensos e de suspensão, 7.2.2- Tração )
considerações de fenômenos naturais, sobrecargas acidentais e I
·\.
)
condições de montagem e manutenção da L.T .. Como resultado dessas Tem a tendência de levantar o terreno devido ao
)
considerações e cálculos, determina tal projetista as posições e arrancamento Ça estrutura (Fig. 7.2).
)
os esforços a serem absorvidos pelas estruturas suportes da linha.
Cabe ao projetista mecânico das estruturas de t )
7.2.3- Flexão
7.2.6 -Empuxo
Tem a tendência de bascular a estrutura e provocar Em· fundações abaixo do nível freático local, deve-se
compressões diferenciais no te rreno, ou a t e· mesmo uma descompressão
considerar o empuxo sobre a mesma, poLs este tem a tendência de
parcial (Fig. 7.3).
empurrar a fundação para cima, e virt~almente diminuir o peso
próprio (Fig. 7.6).
p
r-NT
-------L
(J
NA
Fig. 7.3~ Esforço de flexão e reação do terreno
t' ·-·-r
7.2.4 -Torção
------~'
flexão).
------ - Empuxo - dependendo da geometria da fundação este esforço
,, pode provocar na estrutura da mesma uma descompressão uniforme ou
flexo-descompressão.
I
vertical do eixo da linha, mas assimétricos em relação ao plano
vertical perpendicular ao eixo da linha: provocam um esforço de seja capaz de realmente suportar, sem rompimentos, os esforços
)
)
flexão na fundação, no sentido do eixo da linha. solicitantes da fundação.
- Esforços horizontais anti-simétricos em relaçãO ao ' Ê então, de suma importância, que o projetista das ~)
eixo da li~ha: provocam urr, esforço de torção na fundação, segundo
1-· fundações de uma L. T. tenha conhecime~tos básicos· ·de geolo~ia, que :J
o eixo vertical da estrutura.
1 saiba identificar os vários tipos de "solo.s", que saiba interpretar )
\"
-Sedimentares - originadas pela cimentação e consolidação de mais ou menos diferenciadas, desde a rocha sã até o produto
depósitos sedimentares, que por sua vez se originaram do transporte superficial e final de decomposição, o solo residual (Fig. 7.7).
de produtos de decomposição de outras rochas. Solo residual - é a camada mais superficial do terreno e não
- Metamórficas - originadas pelas alterações estruturais e/ou mostra mais nenhuma relação com a rocha Original
mineralógicas de outras rochas sob a ação de temperatura, pressão e - Solo de alteração de rocha - ainda mostra elementos da rocha
soluções químicas. original, grânulos minerais ainda não decompostos, linhas
estruturais, etc.
b - Solos - São materiais proveriientes da meteorização de
Blocos de rocha, matacões e pedras são volumes
rochas originais, pela ação de agentes físicos, químicos ou
remanescentes da rocha original, que devido à sua maior
biológicos.
resistência, ainda não foram decompostos e sobram imersos nas
Com a degeneração da rocha original, decomposição
u camadas superiores de solos.
química ou desagregação mecânica, os produtos finais ou
- Rachá aletraàa - guarda aspecto da rocha original (estrutura
intermediários podem ser classificados, de acordo com a
e composição), mas com dureza e resistência inferiores à matriz,
granulometria resultante, em:
por exemplo o saibro.
Blocos diâmetros superiores a 1 metro
- Rocha sã - é a própria rocha ainda inalterada.
- Matacões - diâmetros entre 1 metro e 25cm.
b.2 Solos transportados também chamados de solos
- Pedras - diâmetros entre 25cm -e 7, 6cm.
sedimentares, são aqueles em que os produtos originados pela.
-Pedregulho ou Cascalho- diâmetros de 7,6 a 0,5cm
decomposição da rocha original são transportados e depositados "em
- Areia grossa - diâmetros de 5 a 2mm
- Areia média - diâmetros de 2 a 0,4mm
outros locais, formando depôs i tos mais fofos -é menos consolidados
que os solos· residuais.
- Areia fina - diâmetros de 0,4 a 0,05mm
pependendo do meio de transporte, localização ·
- Silte - diâmetros de 0,05 a 0,005mm
geográfica ou-~omposição, estes solos são chamados de:
- Argila - diâmetros inferiores a 0,005mm
Solo aluvião são sedimentos transportados por cursos
Dependendo das posições geográficas dos corpos de d'água e, acumulados ao longo do tempo nos fundos e margens dos
solos, estes se classificam em: /\
mesmos.
b. 1 - Solos residuais - são os solos que se encontram nos
locais originais das rochas matrizes, isto é, as .rochas foram
) meteorizadas e os produtos não foram transportados.
Solo
Solo de
Residual
A!terocã'o <te
i
!
R o o:: h o
) t regra que toda rocha forma um solo residual, a
Blocos. Matocões e Pedras
) composição deste é_ função direta do tipo e composicão mineralógica
) da rocha mãe. Assim os basaltos, filitos e calcários originam solos Rocha I Decomposicõo
---Cabo
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
r Fundações
1I
459
informam para cada furo executado: as cotas, profundidades, nível NúmerO e profundidade dos furos de sondagens
da água, tipo de solo, perfil geológico, granulometria do material
J escavado, número de golpes e resistência à penetração (para j São itens variáveis em função do tipo da. obra, e muita
economia pode ser fei'ta com reconhecimentos prévios, com
sondagem a percussão) ou recuperação do material escavado e
observações superficiais ou consulta a mapas geológicos da região
diâmetros do furo (para sondagem rotativa). I '·
L a ser estudada.
BARRAGEM DE ILHA SOLTEIRA
i As sondagens para viabilizar -o projeto de fundações de
I
~ RECUPER.~ÇAt
"' ""
21'3<;
DESCRIÇÃO DO W.TERI Al
255075 10
uma L.T. adotam normas que diferem daquelas adotadas na construção
1,29 de uma barragem, estrada, ou um grande edifício, pois
~ p
~!
~
-::.--.
;<
.
'.. '
: -;,
/
15
R
1-
h
I I
!
diferentemente de uma barragem ou estrada,
continuamente no terreno, uma L.T, embora seja uma obra de grande
que se assentam
&
•u
' .
:,1:1
BASALTO VESICUL Afl
I são concentradas exatamente nestes pontos.
·~· .,_, Quando uma L. T. atravessa uma região de topografia e
~ '.'
~ .-,'
,. geologia uniformes, os levantamentos são espaçados na média de 4 em
-
..
:' - 4 torres. Por outro lado, em regiões-de topografia acidentada, ou
~
rt: v v
220)
-~
yy
YV
importância da estrutura em estudo, e esta i~portância é definida
vv
~ v_v pelos esforços que serão transmitidos ao solo.
v
vv
BASALTO
Ir
I ~ "' MICROCRISTALINO
As sondagens Borro, por serem de baixo custo, podem ser
I
VY
vv
V>
COMPACTO
; executadas para ~odas as torres de uma L.T .• e quando impenetrável
I ~ ~:
v
~:
. além de 3 metros rio_ piquete central, deve ser repetida para cada pé
da estrutura. Normalmente, considera-se impenetrável quando são
I rªº' v
necess~rios 50 golpes ou mais para penetrar 30crn.
~
'/··
I .CO
I, l As sondagens S.P. T., segundo a norma MB-1.211/79 da
~ ~:~~.
~.-::.
BASALTO VESICULAR
I
! ABNT, são indicadas para todas as estruturas fim-de-linha,
1 ~
~~
...
r.--" ""
i
•
'
~
e topografia, recomenda-se o espaçamento de 5 a 10 torres para o
I
_i[
\l' ·:·.: BASALTO VESICULAR
!55
IL
,_ levantamento, no entanto, nunca se deve desprezar nas estruturas
j;
:::r
..... I
R assentadas em aterros, fundos de vales, e encostas íngremes, ou
~
BASALTO VESICULAR
";~{:
J
.I ·':"-
Co.< ARENITO
locais com lenÇol freático a pouca prOfundidade (até 2 metros para
~~
L. T. de tensão inferior a 230kV e 3 metros para L. T. de tensão
I I
Fig. 7.10- Exemplo tipico de folha de dados de
sondagem rotativa superior a 230kV.
. )I
ji
c. J
/
/
I,__
460 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundações 461
As sondagens rotativas são programadas para fundações ataque por bactérias e microorganismos. Embora tenha apenas
_$ qual idades que a indique para tal uso, seu emprego é altamente
específicas, tais como: grandes travessias, ancoragem e
antiecológico, pois trata-se de madeira. só conseguida graças ao )
fim -de -linha. Nem sempre são executadas em locais de· afloramento
rochoso ou rochas a pouca profundidade. É comum o uso dos furos de desrnate, mui tas das vezes ilegais, de·\. florestas naturais, pois )
ancoragem de blocos, como dados para a avaliação das qualidades da sendo uma árvore de crescimento lento~ não é cultivada em )
rocha existente. reflorestamentos. )
A determinação do nível do lençol freático não é a cota Madeiras não de lei podem, e devem, substituir as de )
do encontro com a água, mas sim a cota do nível da água medido lei, porém com alguns cuidados. As mais utilizadas nesses casos são )
depois de um tempo de estabilização de pelo menos 1 hora. A água ,algumas espécies de eucaliptos (citriodora, polipticornius e alba), )
encontrada deve ser quimicamente analisada para comprovar sua não espécies de alta resistência mecânica, fibras entrelaçadas, )
agressividadft aos materiais utilizados nas fundações. bastante cerne e pouco albume. Qualquer que seja a espécie, deve )
ser tratada e impregnada de substâncias químicas que lhe aUmente as
.)
resistências mecânicas e aos ataques bioquímicas e do intemperismo.
)
7.4 -MATERIAIS USADOS EM FUNDAÇÕES A grande vantagem do uso do eucalipto é que, por ser
)
uma árvore de crescimento acelerado, o plantio de espécies
É relativamente pequena a quantidade,.' de materiais )
adequadas em condições ideais dá retorno relativamente rápido, e
disponíveis e realmente usados na execução das fundações das L.T .. )
com possibilidade de se conseguir peças retilíneas com até 20
Consta basicamente de : aterro, madeira, aço e concreto. )
metros de comprimento e diâmetros variados. Os troncos devem ser
Alguns dos materiais são usados na confecção\ de peças
descascados logo após abatidos, os extremos ctntados com arame de
estruturais da fundação, é o caso do aço, do concreto armado e até )
aço para evitar rachaduras longitudinais, e então tratados com
mesmo da madeira. Já o aterro e às vezes o próprio concreto são
óleos especiais em autoclaves de alta temperatura_e pressão. Isto J
usados simplesmente para aumentar o peso sobre a estrutura da .)
tudo, adequadamente executado, permitirá ao poste ou contraposte
fundação.
ser "plantado" no terreno, fazendo do pé a própria fUndação da .)
estrutura. )
7.4.1 -Madeira
;'\ Tanto o eucalipto devidamente tratado, quanto as )
i
I
madeiras de lei usadas como estruturas da L. T., têm alta )
A madeira po~e ser usada nas fundações de uma L. T., resistência ao ataque bioquímica do solo na parte enterrada, esta
J
tanto quando sendo o pé de um poste ou contraposte da linha, ·como resistência sempre é proporcional ao indice de umidade do terreno,
também fazendo papel de âncora nas ancoragens e estaiamentos de
estruturas. Um caso de uso de madeira, não comum, mas possível
chegando a .ser ideal o uso da madeira em regiões pantanosas.
o problema crucial do uso da madeira como
I )
)
)
para fundações, é usá-la como estacas em regiões pantanosas.
Para qualquer caso de uso, a madeira deve ser de lei,
por exemplo a aroeira, que é uma madeira bastante dura, densa,
estrutura-fundação, é a secção transversal entre elas , pois é o
local
bioquímica.
mais sujeito tanto ao intemperismo, quanto ao ataque I
!
l
J
)
resistente ao intemperismo, fibras entrelaçadas, e de .difícil O uso da madeira como âncora, (toras vulgarmente 0
1 J
)
462 Projetos mecânicos das !Ji}has aéreas de transmissão Fundações 463
denominadas de "morto" - Fig. 7.13), é altamente vantajoso em com base concretada. Nestas condições, é necessãrio que o aço seja
relação ao concreto, ·pois a madeira além de ser de menor densidade, galvanizado ou seja de alta resistência à corrosão.
dispensa cuidados no manuseio, por ter alta resistênCia ao choque - Stub-cleat - São peças estruturais que ancoram a torre no
mecânico. Estas vantagens são niul tiplicadas quando a ancoragem é concreto ·cta fundação (fig. 7. 12). São· executados com cantoneiras
executada em terreno úmido ou pantanoso, quando então as condições que devem ser galvanizadas.
de preservação da madeira se tornam ideais.
I
Estacas de madeira tem vantagens no transporte e
manuseio, porém devem ser de uso restrito às fundações de
estruturas de suspensão, devido as dificuldades da transmissão de
esforços diferentes dos de compressão entre estaqueamento' e
sapatas. ti Seu uso deve ser restrito, quando totalmente cravadas
abaixo do' lençol freático e evitado para terrenos secos. Fig. 11 -·Instalação
7.4.2 -Aterro
/_-
Sempre usado como elemento estrutural das. fllildações, o Hastes de âncora: são peças que trabalham à tração e
aço permite várias modalidades de aplicações: que ancoram os cabos de estaiarnento nas âncoras ou blocos de
.- Pé de poste - estruturas· tubulares ou perfiladas usadas como ancoragem. Normalmente são executadas em vergalhões galvanizados,
..) suporte de linha (postes tubulares, treliçados ou mesmo trilhos de providos de rosca, arruela e. ,porca em um dos extremos e olha! no
.) linha férrea) são plantados como postes,_ di_retamente no solo, ou outro (Fig. 7.13).
)
'c'Jco.
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundações 455
464
Concreto
I :).
Fig. 7.13 -Âncora e haste de âncora
ou E poxi
I
I
Bucho I' )
II'
Grelha - são estruturas construídas com perfilados de
Pino )
aço galvaniz~do (Fíg. 7.14) e servem de suporte aos pés das torres, ChumDcdor
Sue ho
•• ellponscio
·r ~~
com a finalidade de absorver esforços de tração ou compressão. DETALHES
)
' "
GreI h a
.JDDDDDDC
1nnnnnnr- 7.4.4- Concreto
\ )
)
----Sapata
loco", é o caso das peças de concreto
estascas strauss, sapatas, blocos de fundação, blocos de ancoragem,
das estacas franklin,
I _)
)
_,___ _ _ _ Estocas
Para qualquer que seja
fundações, desde que sujeitos ao nivel do lençol freático local, ou
ao internperismo aéreo, cuidados especiais devem ser tomados. Assim:
o material empregado nas
I J
)
J
- Estacas de madeira. _ou concreto devem ter preferência em
)
Fig. 7.15- Estacas regiões pantanosas.
.)
)
467
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundaçõe~
466
I
Tuoulão -------~ I
Esfo c os
! 7.5.1 -Fundações simples
u -;.
São as fundações de estruturas constituídas por postes
Fig. 7.17- Peças de concreto
(concreto, madeira ou metálicos) únicos ou duplos, ou mesmo por
torres treliçadas, esbeltas, de pequenas dimensões de base. Nesses
- Peças metálicas não devem ~ér usadas quando sujeitas a ação casos, cada torre ou poste tem uma estrutura de fundação que é
de marés ou maresias. única e dimensionada de acordo com carga a suportar e
- A madeira não deve ser utilizada fora do lençol freático características do terreno (fig. 7.18).
- O concreto armado, quando usado em locais úmidos, pa.ntanosos
ou agressivos, deve ter um recobrimento mínimo de 3cm. Pe's dc
~Torre .....
- Em peças metálicas de fundação de estruturas de L. T. com _,.
-\ -
I
cabo pára-raio aterrado, deve-se ter precauções extras contra a '
corrosão galvânica.
- Uma análise química da água do lençol freático, quando
----~IUI \
atingido pela fundação, sempre deve ser feíta·para prever possíveis Se p o to
agressividades.
'
Plcr'ltiio
\ ele Poste
.
:
~TUO.JIÕC
ou econômica do que outra, mas sempre existe mais que uma solução dependendo. das qualidades do têrreno, é mais econômico e, portanto,
/
/'',.' ·---
r·rcI 468 Projetos mecãnicos das linhas aéreas de transmissão Fundações 459
)
1:
I
i
!
indicado, dimensionar as .fundações particularmente para cada apoio Algumas são classificadas de especiais, devido à
)
no terreno. Assim cada pé da torre tem sua fundação própria, importância da estrutura (travessias, ângulos, fim-de-linha, etc), I
I
-)
podendo mesmo ter diferentes formas construtivas entre si para uma outras tem tal classificação devido às características geológicas
mesma torre, e executadas em posições topográficas dependentes da do local, ·outras ainda pelas dificuldades de execução ou mesmo de )
topografia do terreno na base das mesmas. acesso, e te ... )
Outros tipos de estruturas que forçam o uso de
Por exemplo:
l
fnndações fracionadas são as estruturas não autoportantes, logo )
- Em uma L. T. com 120 estruturas, das quais apenas 3 são
I estaiadas.
dimensionada
Essas
à compressão
para as ancoragens dos estais.
estruturas
para os
exigem
pórticos
uma
e
fundação
fundações
central
isoladas
executadas em rocha, estas serão classificadas de especiais, pelo
menos para para
-
~ssa
A fundação
linha.
Fundações em sapatas de concreto Para esforços compressivos nas bases dos postes,
- Fundações estaqueadas superiores à resistência do terreno, lança-se mão da concretagem
- Ancoragem em rocha dos fundos dos furos, que equivale a um aumento da bases dos postes
.) {Fig. 7. 20). Esforços laterais e/ou transversais normalmente são
Assim, para explicar as alternativas construtivas para
-) absorvidos por estaiamentos. Sempre que ~O~sivel, as fundações de
uma fundação simples, ela pode ser simplesmente um poste cravado no
) "postes plantados 11 trabalham exclusivamente à compressão.
terreno, como pode ser uma única grelha de aço, ou um único tubulão
Alguns casos de impossibilidade do estaiamento direto
) para o engaste do poste, ou uma única sapata de concreto que pode
da estrutura, o uso de um contraposte pode resolver a situação
) ou não ser estaqueada, ou finalmente uma estrutura ancorada numa
, (Fig. 7.21). A fundação de um contraposte segue as mesmas regras da
) superfície de rocha sã. A alternativa escolhida será definid?
fundação de um poste .
.) principalmente pelas características locais do terreno.
ij
)
."
J 7.6.1 - "Plantio de postes" :;.,;::-- - - N T
) ~
~Reaterra
J t: errônea a idéia de se pensar que "postes" são peças
estruturais apenas para linhas de distribuição. Temos muitos I
i!li
exemplos de L.T. executadas com posteamento de madeira ou concreto,
por exemplo L.T. de 69 e 138kV da CPFL e de até SOOkV em L.T. nos
Fig. 7.20- Base concretada
' )
.
EUA, executadas com postes de madeira .
Quando se refere ao "plantio de postes", não significa
)
que cada estrutura da L.T. seja um poste único. Existem L.T.
)
executadas com postes em que alguns ou todas as estruturas são
.J
postes duplos ou mesmo quádruplos. Nestes casos, cada poste
)
componente da estrutura é cravado independentemente no terreno. Es !O' ,
) /\.
Embora os projetos e execução de linhas de distribuição
) Cont r' o - Pos! e
e subtransmissão, de tensões inferiores a 34,5kV, já sejam
) / p os 1 ~
normalizadas e tabeladas, e mesmo considerando-se .que tensões
(
-( inferiores conduzem a estruturas e vãos menores, conseqüentemente a Fig. 7.21 - Contra poste
\
, __,) estruturas de fundações menos solicitantes e menos robustas, as
fundações das estruturas sempre são executadas com os mesmos Para postes implantados em faixas estreitas ou
materiais, com as mesmas técnicas e cuidados. margeando vias públicas, quando estais laterais são impossiveis
O plantio de postes, sejam eles de concreto, aço ou mesmo com uso de contrapostes, as fundações devem ser adaptadas
madeira, consiste em engastar os pés dos mesmos em um furo para absorverem esforços l.~terais da estrutura, que tendem a
"cilíndrico" aberto no terreno. provocar flexões laterais._-nas fundações.
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão 473
472 Fundações
TUBULÁO NORMA~
.) TUBULÃO INCLINADO
/
.)
------- - - - - - - - - - - - - NT
Fi. 7.27 - Tubulões
.)
j Em todos os casos, os esforços verticais são absorvidos
por atrito lateral e por compressão da base do tubulão, os
L L.. L L
arrancamentos são vencidos pelo peso próprio do tubulão e pelo peso·
L
do tronco de cone de terra, , cuj,a base menor é a própria base do
J Fig.7.26 -Fundação simples em grelha
tubulão e geratriz inclinada, do ângulo de talude do solo. Para
l ····~
-"'""'~ . )
476
Profetas mecânicos das linhas aéreas de transmissão
.;
. ·. '
c~~r ~$:
~~··.
-~~ m
qualquer esforço vertical, um alargamento da base aumenta em muito ,,..._ O fuste da sapata pode ser vertical ou inclinado. Os )
rI
a capacidade de carga do ~ubulão. verticais devem ser mais robustos, para absorverem esforços de
Para terrenos consistentes, a escavação pode ser manual flexão, porém são de execução mais fáceis. Já os fustes inclinados
e em terrenos de baixa consl"ste"ncl·a, e prlncipalrnente
· com a são dirnens.ionados apenas à cornpresão Ôq. tração, porém devem ser
P resença de água, recomenda - se o uso d e cannsa,
· que tem diâmetro alinhados com os montantes das estruturas,_ fato que dificulta e
igual ao do fuste para escavação normal, ou diâmetro da base para onera a construção. )
escavação total. Os esforços verticais são vencidos pela compressão da ')
Denomina-se escavação normal àquela que tem as base ou peso próprio, acrescido do peso do tronco de pirâmide do
)
dimensões do proJ· e to da peça de
concre t o; denomina-se escavação solo sobre a sapata. Os esforços horizontais são absorvidos pelo
)
total quando o volume escavado e· bem ma1or · que o volume de cisalhamento do terreno, e as sapatas em si dimensionadas à
)
concretagem. ~ escavação normal é a mínima possível; flexo-compressão ou flexo-tração
a escavação
total exige forma para a concretagem, e perml· t e escoramento da
)
escavação, e exige reaterro posterior. )
7.6.5 -Fundações estaqueadas )
Embora antieconômicos, , ou pelo menos de execução mais
complicada, os tubulões inclinados sa·o mal·s
· d'1çad os )
1n que os
verticais para a absorção de esforços horizontais. São fundações indicadas para terrenos de baixa
resistência (regiões pan.tanosas, alagadiças, mangues, etc), onde o
.. ·'\
!'{
)
11 ,~
·,
·::) i Vigamento
)
'( E. VERTICAL
este c cs
:)
')
l
) Fig. 7.31 -Blocos isolados íntertravados com vigamento
i
)
:!
.,) '
Fig. 7.29- Estacas
7.6.6-- Ancoragem em rocha
q.. ) Em locais de afloramentos ou pequenas profundidades de
.~~ Fundações de grandes es'truturas em terrenos de péssima rocha sã ou em decomposição, impossíveis de serem escavados sem
"1
. [ qualidade, são dimensionadas como fundações simples- es_taqueadas . auxílio de explosivos, opta-se pela ancoragem da base da estrutura
j
Quando as estacas são curtas, os blocos de fundação podem ser diretamente na rocha ou através de um bloco de ancoragem.
substituídos por caixas estaqueadas (Fig. 7.30), cheias de Featerro No caso de rocha sã aflorante, ch~mbadores ou buchas de
.)
compactado, em substituição ao concreto não estrutural. Quando as fixação são instalados em furos abertos por perfuratrizes especiais
.)
estacas são profundas e as dimensões do bloco atingem tamanhos (Fig. 7. 32). Qualquer tipo de esforço é transmitido por uma base
.) descomunais e pesos excessivos, estes devem ser substituídos por um especialmente projetada e absorvido pela rocha. No máximo é feita
) conjunto de vigamento de concreto armado, responsável pelo uma regularização superficial da rocha, com o uso de concreto de
) intertravamento das estacas e formação de uma base para a estrutura alta resistência mecânica.
) (Fig. 7.31).
)
; Bcse
.
_ _ _ Concreto
)
Re9ulcr
)
R ocho
!
Fig. 7.32- Ancoragem em rocha
_)
)
Para rocha sã enterrada, o ideal é o uso de uma treliça
Fig. 7.30 - Caixa estaqueada piramidal, fixa à rocha e reaterrada (Fig. 7.33).
r~,
481
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transm;ssão Fundações
480
~j
7.7.1 -Locação
, - - - - - - - - - - - Reate r r o
I A definição dos locais das fundações é feita com a
definição dos posicionamentos das estruturas, durante o projeto
mecânico da linha.
) '
Feita a locação das estruturas, através dos piquetes
centrais das mesmas, passa-se ao levantamento das características
Fig. 7.33- Ancoragem em rocha enterrada do terreno nos locais de implantação das torres ao redor do )
referido piquete, quando então levanta-se planial tirnetricamente o )
P~a rocha em decomposição, usa-se chumbadores de vegetação, existência de rochas ov_ matacões, nível do lençol )
grandes comprimentos, que ancoram os blocos de ancoragem, que por freático, proximidade de córregos, possibilidades de alagamento ou )
sua vez suportam os arranques de espera para os pés das estruturas erosão, etc, tudo com a finalidade de fornecer subsídios ao projeto
( Fig. 7.33). das fundações. )
Os dados geológicos definem os tipos estruturais e
)
construtivos das fundações, os dados topográficos definem a
')
combinação de pés desnivelados das fundações necessários par2. o
)
elo Terreno
nivelamento da base da mesma.
)
A construção da L. T. inicia-se com·._ a locação do piquete
)
central de cada torre, posição que define o eixo central de cada
)
estrutura, que é o próprio eixo vertical da fundação quando se
trata de uma fundação simples, ("plantio de postes", tubulão único, )
sapata estaqueada ou não, bloco de fundação, etc). Para fundações
)
Fig. 7.34- Bloco de ancoragem em rocha
fracionadas ou estaiadas, o piquete central é o centro de radiações J
I \
de demarcação das várias partes constituintes das obras de J
fundações -;da estrutura da torre. )
7 . 7 - EXECUÇÃO
)
- Remoção de pedras, blocos e matacões superficiais, isto para permitir uma cura parcial do concreto. Em terrenos de boa
- Se for o caso, construção de ensecadeira. consistênci.a, pode-se optar por um concreto seco e apiloado, que
imediatamente suporta o. poste e o reaterro.
O reaterro de pés de posteS deve ser feito por camadas
7.7.3 -Execução
preferencialmente umidecidas, ' sem pedras e apiloado
finas,
manualmente.
É a fase do implante da fundação no terreno, quando,·--
Para fundações fracionadas, tomar mui to cuidado tanto
então, em função do tipo estrutural ou ccnstrutivo , técnicas e
no posicionamento quanto no afloramento relativo das fundações,
cuidados especiais devem ser tomados.
pois apenas a execução perfeita possibilitará o "encaixe" da base
Para o "plantio de postes" (madeira, concreto ou aço),
da estrutura nos stubs da fundação'· e conseqüentemente o
exige-se apenas a abertura de um furo cilíndrico de diâmetro pouco
alinhamento e prumo das estruturas J_fig. 7.36).
superior às ~imensões transversais da base do poste, para facilitar
o reaterro compactado. A perfuração do solo pode ser feita por:- da Estrutura
manual
NT----
.) .. I
Fig. 7.37 - Posicionamento das hastes de âncora
YL.. - ~~~·~/'--.-.
. ..
·---,-·--··-~.-...--.---,-
r
-~
-'1
Fundações 485 )
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão . ..
484 )
As emendas de estacas, tanto metálicas quanto de
A escavação para tubulões ou blocos pode ser normal ou )
concreto armado, devem ser ef e t uad as com peças que garantam a
total (Fig. 7.38). A escavação normal é aquela que tem as dimensões )
transmissibilidade de esforços de compressão e/ou tração.
de.- projeto da peça de concreto, e a total tem dimensões mínimas )
O concreto, quando não est~utural, dispensa maiores
iguais às dimensões do alargamento da base do tubulão ou bloco. )
cuidados, porém quando estrutural, um '-'Tigoroso controle de
Volume o ser qualidade deve ser feito, principalmente quando se usa água local )
Recferrado
ou em estruturas especiais. )
I forma
A armação de concretos estruturais deve ser afastada da
ou solo com o uso de pastilhas de concreto amarradas à
)
)
armação, para garântir o recobrimento mínimo da ferragem, evitando )
Escavacõo To to I
assim futuras corrosões (Fig. 7.40). J
)
Fig. 7.38- Escavação normal e total j
j '
Para a escavação de qua:'lquer tipo de fundação (grelha,
sapata, tubulão, etc), dependendo da naturaza do teT-reno a cava
pode ou não ser escorada, para se prevenir contra possíveis )
desmoronamentos, principalmente em épocas de chuva (fig.\ 7. 39). .)
caso dos tubulões, o
Quando se trata de cava cilíndrica, J
escoramento pode ser substituído por um encamisamento, que pode ou Fig. 7.40- Recobrimento
~
não ser recuperável. ~)
o arrasamento das estacas cravadas pré fabricadas J
Escoromen!o
(metálicas ou concreto), ou arranque das estacas fundidas in loco ~)
Escoromen!o Escovacõo deve ser 1Úil que garanta um engaste perfeito nas sapatas ou blocos )
de fundação (fig. 7.41).
J
j
Fig. 7.39- Escoramento I-- Bloco J
/ Arrasamento Arranque
_)
L- ,--- )
Em caso de se atingir o nível freático, a água deve ser Estoco fundido
Estoco pré~tobr ic·odo
no local
bombeada para possibilitar .a continuidade dos trabalhos. J
As estacas de concreto pré-fabricadas devem ser J
verificadas quanto ao alinhamento de seus eixos e quanto ao j
Fig. 7.41 -Arranque e arrasamento )
fissuramento que possam comprometer a armadura à corrosão.
Fundações 487
486 Projetos mecânicos das linh.as aéreas de transmissão
u
Fig. 7.42- Encamisamento <J----Trónsifo
---=-
Sentido do FIUJ.O
Em terrenos íngremes, uma vegetação rasteira deve ser
I ·\
replantada.
- Cortes e aterros, se indispensáveis, devem ser protegidos Fig. 7.45 - Paliçamento de proteção
.J com canaletas para o escoamento de águas pluviais .
.) Em locais de trânsito motorizado, os pés das estruturas
) devem ser protegidos de acidentes por elevações, estacas ou
,) proteções especiais (Fig. 7.43 e Fig. 7.44). 7.8 - MtTODOS DE CÁLCULO
~~.~-
489
..
-~·
)
Projetos mecânicos das Hnhas aéreas de transmissão Fundações
488 )
qualidades e topografia do solo definidas pelo projeto de Solução: )
t transversal aplicada na
locação das estruturas e sondagens, calcular as estruturas de - Fve = 3.280kgf -força de ven o )
estrutura a 15m da base
fundações tal que os esforços sejam absorvidos com segurança pelo )
- FV ::::: 2. 780kgf -- carga devido ao··. _peso dos condutores e e qui-
terreno, bem como verificar suas estabilidades para as várias undo o eixo vertical, da estrutura )
pamentos aplica d a Seg ,
carga horizontal ·lateral devida a ação do
alternativas de carregamento. - FH = 1.800kgf -
icada a 27m da base
J
O dimensionamento é sempre feito para uma alternativa vento nos cond u t ores e apl J
de carregamento, preferencialmente a mais solicitante, e verificada - FL : : : 1.480kgf - carga horizontal longitudinal devida ao an-
coramento dos condutores e aplicada a 27m ·da base J
para as outras.
J
Para fundações fracionadas, quando cada fundação tem um
Esfor_ços devl"do às cargas verticais: J
tipo e um módulo de esforço, procura-se uma padronização eÍltre
ZFv + P )
todas. Nestes casos o dimensionamento é feito para as condições de I: Cv : : : Dv : : :
Av Bv 4
~ )
uma das fundações e as verificações feitas com as condições de I Av : : : Bv Cv ::::: Dv 1.320kgf
)
outra, porém sempre procurando os valores mais solicitantes.
transversais:
J
Esforços devido às forças )
Exemplo 7.1
Uma torre de altura total de 32 metros, base quadrangu-
lar de 5,0 x 5,0 metros, tem peso-próprio de 2.500kgf. Nas coridi-
I Br = Dr
Br
-Ar
Dr = -Ar
ZhFr
-c r - 2b
-C r = 9.780kgf
)
J
ções de projeto fica sujeita aos seguintes esforços, confOrme Fig.
.)
7.4.6: .do às forças longitudinais:
Esforços devl J
ZhFL
J
CL = DL = -AL = -BL 2b )
Eixo Vertical - - - i 1 F v • 2 . 7 8 0 Kgf
v CL = DL = -AL -BL = 3.996kgf J
FH• 1,800Kgf
FL• 1,480Kgf /
__._ ---------, J
/\ em cada fundação: .)
27m
FA
Esforço vertical ·total
Av + Ar + f.. L = 1.320 - 9.780
FA = -12.456
- 3.996 )
)
osm 9.780 - 3.996
)
FB: Bv + Br + BL = 1.320 +
J
r) 7.104kgf
Eixo
__._ ·.:___
Transversal __ --,L--- -----,,!"--·--·-,L--
~
'1r
) para a compressão de 15. 096kgf e verificadas para o arrancamento
•) de 12. 456kgf.
ll
) O exemplo foi apenas didático, mas na realidade as
') fundações fracionadas de uma mesma torre são padronizadas,
·~
calculadas e verificadas para as condições mais solicitantes de um
i]
J 7.8.1 -Método suíço
c)
.·.·~ Este método permite a verificação da estabilidade de '
•
... ) blocos enterrados e sujei tos a esforços de flexocompressão; foi
·
F1g. 7 . 47 - cen tro de rotaça- 0 do bloco segundo a classe do terreno
1 estabelecido pela Comissão para a Revisão das Normas Suíças, cujas
J
: esperiências chegaram aos
Um bloco em
resultad~s comentados abaixo.
forma de paralelepípedo, ·.de
axbxt, enterrado, sujei to ao carregamento dado por P (peso próprio
dimensões A tabela abaixo dá os valores
L-------lf-'-L
) o • b : 1, 2m \
3- Ordinários ou velhas planícies
)
) M = 0,65P ~ + l,10bt 3 Fig, 7. 49 - Exemplo 7. 2
.)
·... ·:]
~~ -~-~-~- ~
497 )
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundações
496
)
Experimentos práticos têm mostrado que o peso da terra
Solução: )
levantada com o arrancamento, juntamente com o peso próprio da
Peso do bloco de fundação 0V = 2.500x1x1,2x1,2 = 3.600kgf i
Peso do poste. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2. 200kgf estrutura da fundação, tem um valor inferior ao do esforço
Carga axial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4. 800kgf )
realmente necessário ao arrancamento. Esta diferença é atribuída
Carga vertical total na fundação ............ P = 10.600kgf )
aos esforços de cisalhamento do solo e ,_ao atrito lateral entre
Cálculo do momento do tombamento M terreno e superfícies verticais da furidação, prumadas com o )
perímetro da base da mesma, (Fig. 7.50) )
M = F(h + ; t) = 4.053kgf·m
)
O atrito lateral pode ser calculado pela fórmula:
Cálculo do momento resistente MR )
2 • e )
MR = 0,70P ~ + 1,80bt
3
= 6.610kgf·m Fa = õY L tg 2
)
~ij = 1,63 > 1,5 Onde:
)
O bloco de fundação tem estabilidade ao tombamento. õ - peso específico da terra sobre a expansão da base )
3
("'1. 600Kgf/m ) )
y - profundidade da parede vertical prumada com o fundo (m)
)
7.8.2 -Fundações tracionadas L perímetro da superfície de contato
,) )
I"I e - ângulo de atrito ( gera 1 men t e 45
)
As componentes verticais das forças de tração\sobre as
fundações têm a tendência de arrancá-las do solo. Estas componentes t N{llel do Terreno
)
)
j ~:-"=0~
são vencidas pelo peso próprio das fundações, pelo atrito lateral
.)
entre o solo e as superfícies verticais das mesmas e ainda pelo L2 ~ 2 x I o2+ 02)
)
peso da terra disposta sobre a expansão da base, que tem a 2
1----:--1 )
tendência de ser levantada juntamente com as estruturas. ,, I
I~ f3•Angulo de Talude )
O método por ora descrito, aplica-se para fundações ~ Região da fundação sujeite
~ ao cone de arrancamenfo
)
rasas: grelhas, sapatas, blocos e até mesmo tubulões. Para estas,
usa-se normalmente um alargamento da base com a finalidade de J
Con!orno da base maior do )
aumentar o volume de solo influente na reação ao arrancamento da
I cone- de arrancamenfo
)
estrutura. O volume de solo, comprovadamente infuente nas reações
)
de arrancamento, consiste no volume incluso entre a superfície "-.._contorno lateral do cone
externa da fundação e a superfície de um tronco de cone (nas de arrancamento )
fundações de bases circulares), ou tronco· de pirâmide (para J
fundações de bases poliédricas), cuja base menor é a própria base ~)
expandida da fundação e inclinação lateral dada pelo ângulo (3, ~/ J
Fig. 7.50 -Cone de arrancamento e força de atrito
ângulo de talude do terreno. j
-'f('
Fundações 499 \
CJ 498 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão '\
()
J ! '" "
o
2
" .l
'
Onde: I '- ao '
:) I
o
o
II
" ~
o
o
Vc = volume do concreto (m 3 ) .~
) l2
L
) I
C)
O peso do volume de terra do cone de arrancamento .é
I gl
<
oo 1\
o
~ ~l ~
calculado pela fórmula generalizada:
:J ~ 1__1 " 8 <
J - o
o
v
Pt ;rvVt
)
)
Onde:
)
Fig. 7.51 -Exemplo 7.3
) peso específico do solo C= 1.600Kgd/m3 )
Vt volume da terra do cone de arrancamento
J
,) Vc volume do concreto da fundação dentro do cone
Volume total do concreto:
h profundidade da fundação
.J vc = 1,4·1,4·0,6 + 1,0·1,0·0,5 + 0,7·0,7·1,0 + 0,5·0,5·0,35
A1 área da base da fundação (m 2 ) = base menor do cone
.) Vc = 2,252m
3
,)
Vcc = Vc - 1,4·1,4·0,6 = 1,076m3
h= (0,5 + ·1,0 + 0,1) = 1,6m
~)
Exemplo 7. 3
I
l
r~
I I
' )
Força de atrito lateral
e
Fa = rt ( :E /L ) tg2 I, ---Perfi~ 1..
'
)
e = 45· J
2
Fa = 1.600·tg22,5· [4·2,2 ·1,4 - 2·1,6 2 (1,4 + 0,4) -
!
!
)
i
2
- 2·1,1 ·0,3- 2·0,1 ·0,2)]
2 i J
Fa = 11.371kgf ' )
)
Somatório das forças de oposição ao arrancamento:
Ft Ü Pc + Pt + Fa = 8.446 + 4.960 + 11.371
)
Ft = 24.777kgf
I p~·r·f i s U )
Verificação da estabilidade ao arrancamento
9 9 )
Ft 24.777 _)
T 14.500 = 1,71 > +.s (valor mínimo normalizado) Fig. 7 . 5 2 _Esquema de montagem de uma grelha
)
.)
7.8.3 -Grelhas
j
- Para terrenos pouco consistentes, pode-se 1 ançar mão de. uma
camada de concreto sob ou sobre a grelha, para um aumento virt.ual
)
Quando as condtções geológicas indicam o uso de da superfície de contato da mesma com ':o solo e conseqüente )
fundações fracionadas em grelhas, as mesmas são padronizadas para diminuição de tensões )
cada torre e calculadas para situações 'extremas {Fig. 7. 52).
- A grelha é dimensionada para o maior esforço de compressão e J
O dimensionamento das pernas, )
quer seja membro verificada Para o maior esforço de arrancamento, f azendo uso do
edificante, quer seja piramidal, segue as mesmas regras do )
método do cone de arrancamento
dimensionamento das peças das torres e são dimensionadas à tração
e/ou compressão. ..J"\ Para os cálculos, parte-se das cargas das estruturas )
forn~cidas pelo calculista das mesmas )
. No presente capítulo veremos o dimensionamento da - As carga S d evem ser majoradas de um fator K - coeficiente de )
grelha em si, quando então. as seguintes considerações devem ser
feitas: variável entre 1,1 e 1,3 d )
segurança. .d pelos resultados as
- As características do .solo fornecl as )
- A espessura mínima dos perfis enterrados deve ser de 3/16"
sondagens e ensaios de laboratório, sa
- 0 as seguintes:
)
- A área bruta da grelha não deve ser maior que o dobro da
área líquida )
-rr _ peso específico d o so lo (kgflm 3 ) )
3 .)
- Não se considera a contribuição dos primeirçs 30cm de terra -~s - me'd'a
_ compressao 1 admissível no solo (kgf/m f/ 3]
da superfície do terreno -~sh _ cornp. máxima horiz. admissivel no solo (kg m )
-~ _ ângulo de talude. .J
)
'i
.·r
502
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão
Fundações 503
Como normalmente os
já fabricantes
tem grelhas
padronizadas para atender ao -Pressão média sobre o solo (Fig. 7.53) - razão entre
mercado, é comum, parti~do~se destas
medidas padronizadas e das a compressão máxirna·e a área líquida da grelha:
características locais do
verificar quais as grelhas que atendem às terreno,
solicitações.
- Verificação ao arrancamento
Pt = õtVt = ~,_E_
' 3 (BC + bc + v BC·bc
K = (Pt + 1, 1P 9 )
FT i =:: 1' 5
Fig. 7.53- Compressão do solo
Onde:
- h -
brofundidade da grelha (m)
Fci + 1,1Pg
- b, c - dimensões da grelha {m) IJ'a ::5 O'"s
Al iq
- B, C - dimensões superficiais da
base maior do cone de
arrancamento, calculadas . Onde
a partir d~ b, c, h e f3
- Pg - peso estimado d a grelha'· ( kgf) Fci - força de compressão máxima de acordo com a hipótese i
- Pt - peso da t d 1;1- fator de majoração do peso da grelha (1,1 ~ K ~ 1,3)
erra o cone de arrancamento
- FTi ~ maior força de tração de acordo com - Pressão máxima sobre o solo: como cada fundação tem
a hipótese i
- K - fator de segurança ao arrancamento que absorver esforços horizontais .. longitudinais e transver:sais,
- 1,1 -fator de majoração do peso da grelha além dos carregamentos verticais; estas ficam sujeitas a esforços
de flexo-compressão, que .descomprimem um dos lados da grelha ao
- Verificação ao afundamento
mesmo tempo _que sobrecarregam o lado oposto. Esta tensão máxima
- Cálculo da área líquida da grelha
contato com 0 - área realmente em pode ser calculada pela expressão geral:
solo e responsável em compri~í-lo
Aliq = Zlblb + Z2b2c - 2Zlblb2 ~ = (a-t + UL + a-c)R ~ O'"sh
bc ,/\ Onde:
R=
Aliq "' 2 - crt - tensão na base da grelha provocada pelos esforços
Onde horizontais transversais - Ft, (Fig. 7. 54)
- 21 -número de cantonel'ras L usadas na grelha - O'"L - tensão na base da grelha provocada pelos esforços
- bl - largura da can t oneira (em) horizontais longitudinais - FL, (Fig. 7. 55)
- b - comprimento das cantoneiras (em) - ()c - tensão de compressão' provocada pelas cargas verticais
- Z2 - número de travessas em U usadas Fc correspondente à hipótese de carregamento de Ft e FL, (Fig.
na grelha
- b2 - largura das travessas (em) 7.56)
- c - comprimento d as travessas
IJ't
R - coeficiente de área líquida
---------·_··-·::
/
505
504 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transrr.:ssão Fundações
' /
I
i
a-L ~
6hfL "/
/
ML e • h. tg (!J
EIXO V c • b
[ ~-'' j" ,)
oc~
_)
-ei~:oL )
Fig. 7.57- Verificação do reviramento
)
momento resistente devido ao cone de
Fig. 7.55- Flexo-cornpressão lateral Cálculo de MR )
arrancamento. )
Fc + l,lPg
+
b J
bc I\ MR = 2
J
Cálculo do momento Ma causado por Ft e/ou FL (forças )
horizontais no topo do pé da grelha )
J
)
Verificação: KR = ~ 1,5
)
Até agora foram verificadas apenas a estabilidade do
)
terreno para as várias hipót.eses de carregamento do mesmo. Passemos
,)
Fig. 7.56 - Compressão uniforme agora ao dimensionamento da grelha em si.
51!1
506 Projetos mecânicos das linha$ aéreas de transmissão
Fundações.
- Dimensionamento das grelhas: Ml, M2 e M3 são os momentos máximos que ocorrem nos
Dimensionamento das vigas L - cada viga '-L da grelha i-ec~be \ perfis L. Tomemos para os 21 perfis L de dimensões b1xt1 (onde t é
3
das 2 vigas u e a transmite ao terreno, que reage ! a espessura do perfil), o momento de resistência w1 (cm ) retirado
i-
uniformemente em condições de simetria. A seguinte distribuição de da tabela de perfis cantoneiras. Log"o 1 . o momento de resistência
esforços e diagrama de momentos fletores po· d em ser considerados, total de ser absorvido pelas Zt cantoneiias será:
-~
(Fig. 7.58):
W1 = Z1·w1
Lembrando-se que as tensões de flexão máxima para o aço
r-~---- c o f 90s ----~-j 3
ASTM A36 é de 2.530kgf/cm , chegamos a:
=i====])= (J' = .M1, 2,3
\11
< Z.530kgflcm
3
momento de resistência ~2
]
número de 4, que compõem as arestas da pirâmide da grelha,
Teremos: denominados de pernas da grelha.
2 De acordo com a geometria da pirâmide e hipóteses de
Ml = M2 = M3 = q·g2 (Fc + l,lPq)·b· (yz- 1)
-2-- carregamento, determina-se os esforços F de compressão das pernas
.Jj 8
J ou através da expressão:
=1~
.)
I
ª::::j\ =Ilt= c:::
Exemplo 7.4 .)
)
Seja dimensionar uma fundação em grelha padronizada
para fundações fracionadas de torres de uma mesma família, tal que
atenda as solicitações das seguintes hipóteses de cálculo:
===4·
Torre tipo 1
IC
Hipótese 1:
Compressão ............ 23.000kgf
t 9 ! )
2 2
bc 206·206
6h' ·Fl 6·235·1753 2
~L = = = 0,283kgf/cm
2 2 . I'
cb 206·206
b ' '
· Fc + l,!Pg 13.684 + 1, 1·236
Fig. 7.60 - Dimensões do cone d e arrancamento
~c
bc = 206·206
= 0,329kgf/cm 2
~
~m = (0,298 + 0,283 + o' 329). 1' 992 = 1, 79
B c = b + 2h' . tg/3 ~m 1,79 > 1,50 = (T'sh
B c 20 + 2·23S·tg20·
B = C
Até o momento, comprovamos que o solo aguenta ao carre-
3,77m gamento transmitido pela grelha adotada. É necessário ·agora verifi-
car a resistência da própria grelha.
Volume do cone de arrancamento
h'
Vt =~ (se+ bc + vBC·bcl)
4 - Verificação das dimen~ões da grelha
Vt 20, 54m 3 Verificação da viga L
Momento fletor máximo:
Peso do cone de arrancamento 2 2
Pt = ;rt ·Vt M1 = -q·g
2-- - (F c + 1, 1P 0 ) ._L
b 2
.)
p
Pt + 1, !Po
= 28.757kgf
Verificação:
M1
M1
=
(F c + l,lPg)._l_(~·v'Z
b
(F c + 1, 1P 9
2 2
- 1
) •b
=
23.001 + 1,1·236
r
·206
K
FTi
= 28.757 + 1,1·236
1,52 > l,S:verificado \
" 50 50
19. lOS J
M1 = 102.574kgf·m
2 - veri~icação quanto ao afundamento
Da tabela de perfis temos para o perfil L 4,45 (1 3/4)
Calculo da área líquida da grelha 3
€ espessura e = 3 1/16 o momento de resistência Wl = 2.30cm
Aliq Zlblb + Z2b2b + 2Zlblb2 Logo:
A11q =
22·4,45·206 + 2·5,00·206 - 2·22·4,45·5,00 W1 22·wl = 22·2,30
A11 q = 21.298cm 2 W1 50,60cm
3
- - - - . ._. -_:__-_-
512 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundações 513
=
A = 9,48cm
Logo:
1,24
2
À = 105 J
Tensão de flexão: de tensões máximas )
para este valor de À, na tabela
M1 102.574
(J'
W2 75
temos:
O'a = 1.501kgf/crn2 J
O'= 1.350kgf/cm
2
< 2.530kgf/cm 2
J
Tensão de flambagem
~)
·.. 2
5- Dirnens~onamento das pernas. Fig. 7.61 F 7.233
(J' = 1:'- 9,48
= 763kgflcm ~)
O'= 763kgf/crn 2
< 1.501kgf/cm
2
J
)
7.8.4 - Tubulão :)
._._)
Estas peças de concreto armado (Fig 7.62), classifica-
J
das corno fundações profundas, são construídas na verdade em ·duas
)
versões. )
Fig. 7.61 -Pernas da grelha Em terrenos de boa consistência, à peqUena profundida-
)
de, os tubulões são dimensionados com as seguintes regras:
absorvidos pela compressão do
)
Esforço de compressão das pernas Esforços de compressão
)
terreno na base do tubulão e pelo atrito lateral do mesmo com o
F = F = Fci ·b FLI + Ft!
4h'
+
2a
·h' )
terreno.
~- \
13.648·2,06 ( 1. 753 + 1. 792) ":.. Esforços de arranCamento - absorvidos pelo peso próprio do )
F + ·2,35
4·2,35 2·206
concreto e pelo peso do_ volume de terra do cone de arrancamento J
F 7.233kfg )
- Esforços de flexão - absorvidos pela res-istência do terreno
Índice de esbelt~z Em terrenos de baixa resistência por grande prfundida- )
lf de, alto nível do lençol freático, os tubulões são realmente )
rk fundações profundas e dimensionados com as bases de: J
Como existe um contraventamento entre as pernas, o - Esforços de compressão - absorvidos pela compressão do
j
comprimento de flambagem é dado por:
terreno na base do tubulão e pelo atrito lateral do mesmo __)
li1 + li2 133,2 + 127,6
lr = - Esforços de tração . ~ absorvidos pelo peso próprio do
2 2 ~)
lr 130,4cm concreto mais o atrito lateral do mesmo com o terreno. Em caso de )
<'r
---~--. --~.~.~~.-.-~.J· ·_-
I
515 i
~·>
514 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão . Fundações
'J
um conjunto de dimensões da
·.~ solo, do concreto e do aço}, chegar a
;:, peça de concreto - tubulão ---tal que
seja. capaz de transmitir com
:)'
•J
;J /
absorvê-las também com segurança.
Roteiro para dimensionamento
) 9
) _ Cargas na·hipótese i:
- - ~----NA
.:) L
I,. .I
Fci _compressão máxima
I I I Fu -.esforço horl. zontal transversal
J ,v I fu - esforço horl·zontal longitudinal
9
.)
.J L
I
• 'o
"" ' .
_Cargas na hipótese j:
) ' Fr J - tração máxima
,) rc - peso específico
especia_l de estaca Neste i tem discutiremos apenas os tubulões
.J rasos. - Caracteristicas do aço Tipo - CA
,) O dimensionamento de um tubulão de concreto . consiste Fyk _ tensão de escoamento
:..) em: partindo-se dos dados de projeto (_cargas, características do Fyd - resistência de cálculo do aço à tração
.J
"';')....__ __ _
517
516 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundações
Cálculos
l
Cargas de cálculo - todas as cargas devem ser majoradas de
um f a to r K1 CK1 ~ 1, 1 a 1, 2).
I
•
. _)
Ci ~ K1· Fci
ti ~ K1·Fti
d )
TJ K1·FTJ )
tJ ~ K1·FtJ Fig. 7.63 - Atrito lateral )
LJ K1·FLJ )
- ma'xl·ma do solo (Fig. 7.64)
Compresao
Dimensionamento à compressão as forças verticais de )
~ 4(Fcm - Ra)
compressão (Cl e peso próprio) serão absorvidas pelo atrito lateral )
n:·D2 \
e compressão do terreno na base do tubulão. Embora o empuxo .alivie _)
.)
Onde:
2
rrd
Vcl ~ --4- (a + h 1 )
)
Yc2 rrb (Dz
-yz- + d•2 + D·d• )
)
Fig. 7. 64 - Compressão da base do tubulão
)
Vc3 as forças verticais àe
Dimensionamento ao arrancamento - \
b ) - 0 abvsorvidas
Sa -'
2 traçãd;. (arrancamento e empuxo da parte su mersa ,
rrd )
Vc.4 ~
-4- g ' ·
pelo ~ peso propr1o
. . do concreto e pelo peso d o vo 1 ume do cone de
.)
arrancamento.
Peso do concreto .)
Volume de concreto abaixo do NA
Pc ~
õc•Vc )
Vcs = Vc3 + Vc2 + Vcs
J'
Carga de compressão máxima Onde )
2
Fcm = Ci + Pc rrd para f .j
Vcs ~
- 4 - (hl - f)
" hl
)
Resistência devida ao atrito lateral (Fig. 7.63}: rr·b (d•2 + D2 + Dd')
Vc2 ~
--rr- .)
Ra ~ rr·d·h·n 2 )
rr·D
Vc3 ~ c
4
---~-- ~-
_ __f"
519
518 Projetos mecânicos das lin~as aéreas de transmissão Fundações_
- V~rificação ao reviramento:
Volume de solo estabiliz~nte: I Momento de reviramento:
!
Vs = Vsl - Vs2 - Vs3 - Vs4 J
M = Ftmax. (11 + h)
Onde:
Momento resistente lateral
=
VSl
~
rr. h [ 2
D + (Zh·tg/3 + D)2 + D· (2h·tg/3 + D)]
MR
(D + d) · Chz' + h1
2
3
J + D· (h3 3- h231)
n:·D2
Vs2 -4- c
2 Coeficiente de segurança
rr·d
Vs3 - 4 - hl
;\ KR = ~ 1,5
rr·b (D2 + d2
Vs4 + Dd)
~
Os tubulões devem ser
Volume de solo abaixo do nível da água: Dimensionamento da ferragem
dimensionados à flexo-cornpressão, segundo as normas do cálculo
Vss = Vss - Vs6 - Vs2 - Vs4
estrutural .
Onde:
.)
__) Vss =
rr · (h-f)
+ [2 (h - f)·tgf3 + d]2 + D·[2(h- f)·tg/3 + d]} Exemplo 7.5
12
,)
Verificar a estabilidade do tubulão mostrado abaixo
~) (Fig. 7.66), para as seguintes hipóteses de cálculo:
VS5 = (hl - f)f " hl
~
. ·1)
:-.......-~,--.
. -~- _.f.~
521 /1
520 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundações ,j
)
Tensão carac. d o concre to a compressão:
I d • 0,6
2
)
! Fck = 150kgflcm
J
I/ '\ ,..- NT 9 ~o, 5 6• 0,8 ··~
Peso específico:
-r- o •0.3
.
<c = Z.ZOOkgf/cm
2
.)
_)
l ----- _ .:sJ:: NA
tll: 2, 7
h2•36
h•
Coeficiente de segurança:
õ*c = 1,4
características do aço
Tipo de aço -. CA 50
lj
)
)
'
_)
~
_)
Tensão de escoamento:
I 2 )
/~ b•O,B Fyk = 5.000kgf/cm
)
I """I c •0,1
Resist. cale. escoamento:
..J
o ',, 6 2
Fyk = 5.000 = 4.348kgf/cm
fyD =~ 1. 15 ~_)
j _
.
__)
Fig. 7.66 - Exemplo 7.5 Coeficiente de segurança:
f -;r*s = 1,15
)
Hipótese 1
Compressão máxima -Fel 46.789kgf
I Cálculo
1 _ cargas de cálcu 1o nas
fundações - majoradas de 10%
Esforço transversal - Ftl 08.062kgf
Esforço longitudinal - F11 04.23ó1kgf ·_)
Esforço transv. máx F t max 1 = 09. 1 08kgf FL1=1,1 ~11=04.662kgf
Hipótese 2 tt = 1,1·Ftl = 08.868kgf
Tração máxima - TT2 32.230kgf )
Esforço transversal - Ft2 06.052kgf F tmax 1 -_ 1 • 1·Ftmax1 = 10.109kgf
Esforço longitudinal F12 = 02.928kgf .)
T2 = 1,1·Fc2 = 35.563kgf
Esforço transv. máx - Ft max 2 = 06. 727kgf /
·\ )
FL 2 = 1,1·FL2 = 03.221kgf
t 2 = 1 ,1·Ft 2 = 07.395kgf )
Características do solo
3 ~)
Peso específico ........... GN = 1.400kgf/m
3 F tmax 2 _- 1 ' 1 . Ft max 2 = 07. 395kgf
Peso específico saturado .. õs = 1.700kg~/m )
Tensão de compressão ...... ~s 2kgf/crn
Tensão de aderência ....... Ta 2kgf/crn 2 2 - Dimensionamento à compressão:
)
Ângulo de atrito .......... ~ 20•
NA abaixo do terreno ...... f= 2m _ Volume de concreto J
__ __)
Vc Vct + Vc2 + Vc3 + Vc4
Característ-icas do concreto
c + )
.
Resist. cálculo a compressão: Vc -
- nd2
4
(a+hll +
-rz-
Vb (D2+ d2+ Dd' l +
150 2 2
Fco = FCk = - - = 107kgflcm Vc = 2,104m )
~ 1.4
c
. /
") I(
522.
Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão Fundações.
r-~ul,..,
GERÉUCIA DE INfOR~O
E OOCUi~EtiTACAO
il
I
\ ••.. ,,
' •,
'
}
- Peso de concreto
Po = ro•Yo = 2.200•2,104
V'".JV\ '1:1 BIBLIOTECA
CENTRAL ,
)l p, = 4.629kgf
:~
- Resistência devido ao atrito lateral 7r(h-t)
VsS
+ D[2(h-fltg/3+d]}
Ra nd·h·Ta 12
Ra 13.949kgf 7rD2
') Vs2 ----- C
4
)I - Compressão máxima do solo
Q nb (D2 + d2 + Dd)'
·) ~.
4 (Fom - Ra)
= _c~~~--~~
. Vs4 =
--rz
I 2
7rD2 nd
,J Ys6 = - 4 - (h! - f )
'·l ffs 2,1kgf/cm
2
=~s aceitável
il 3
Vss = 2,354m
3 - Dimensionamento ao arrancamento
- Volume de concreto abaixo do NA
t
.!
- Volume de solo acima do NA
VsE ::: Vs - Vss
Vo. Yo2 + Vc3 + Vcs VsE 22,764m
3
7rb 2 7rD2
Vo. = (d' +D 2 +Dd') + - 4 - c + 7rd2 (ht-f)
) --rz -4- Peso do solo estabilizante
1,---:-_'--'---
-1. j)
525
524 Projetos mecânicos das linha~ aéreas de. transmissão
Fundações ')
.')
1
Estas peças, normalmente em aço ASTM 36 galvanizado
- Momento resistente lateral /1
(~fl = 2.530kgf/cm2 ), são executadas em cantoneiras e posicionadas J
3 3
(D+ d). (h2 +h1
MR = - 'te- [ a·h1
. 3+ )
com exatidão durante a concretagem da parte superior das fundações. )
l
2 2 i
Dados necessários ao proje.to dos "stubs" e "cleats": ' )
MR = 52.663kgf
•• Esforços nas fundações: I'
!
)
I
- Coeficiente de segurança ao reviramento FTi - maior esforço de arrancamentoconforme a hipótese i I
J
KR = ~R = 1,56 > 1,5
Fci - maior esforço de cornpresão conforme a hipótese i I
I
)
- Características do concreto: I )
~ ~R - (kgf/cm2 ) tensão admissível de ruptura do concreto I )
-ra - (kgf /'Cm 2 ) tens.ão de aderência entre concreto e aço
)
7 • 8.5 - "Stub" e "cleats"
- Dimensionamento do "stub" - considerando o esforço de tração )
FTi faz-se uma pré-escolha do perfil cantoneira, tal que: )
A transição dos esforços en t re estrutura metálica de
uma torre e o co ncre t o d as fundações, sempre é feito por uma peça 1,5 Fn J
metálica, denominada "stub"' que é .engastada no concreto e deixada
O"fl )
na forma de arranque acima d o-· · arrasamento da fundação. Para Isto levará a um perfil L de dimensões bn~tl. Em )
diminuir o empuxo e melhorar a aderência no concreto, usam-se seguida, determina-se o comprimento 11 de engastamento do "stub" no )
reforços metálicos, denominados de "cleats", parafusados nos concreto, considerando a tensão de aderência e a área de contato )
"stubs" (Fig. 7.67). entre concreto e aço. )
)
~ _ _:0:;,,_7_:5::._:_f:_T:_!_
11
(2+.f2 )"ta )
)
- Dimensionamento dos "cleats" - considerando-pe o esforço de
)
compressão Fci e a tensão admissível de esmagamento do concreto,
)
determina-se a cantoneira de "cleat", tal que:
J \ )
0,75fc!
bz ?:.
N·lz·crR
)
)
Onde:
)
N é o número de "cleats"
11 )
12 ::: b1 é o comprimento de cada cleat"
)
seguida, adota-se a espessura tz da cantoneira, coerente com as
)
outras dimensões transversais, de tal forma que fique verificada a
)
./
relação prática abaixo, que garante o não dobramento das abas dos
Fig. 7. 67 - "Stub" e ''cleat"
"cleats". / ..
I
"1
526 Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão 527 '
2
(7,62x7,62 em) e secção 11,48cm
Onde: Comprimento de engaste:
R é o raio de concordância da cantoneira O, 75•FTmax
"'55,08cm
3, 41·Ta·b1
crn é a tensão admissível de f-lexão do aço ASTM A36 (2.530)
Caso necessário, o valor de b deve ser revisto. Comprimento adotado= 55,08/0,75 ~ 75cm
d "'/4·K·Fc! e
n·N·n·v Perfil adotado:
L 1-1/2x1-1/2xl/4" (3,81x3,81cm)
K•Fc1
n·N·tz·a-c Verificação final:
b2 "'R+ t 2 ~~
;a:f1l "'3,02cm (R= 1,43cm)
Onde:
v é a tensão admissivel de cisalhamento (1.500Kgf/cm2 )
Dimensionamento dos parafusos: usando-se dois parafu-
crc é a compressão admissível no aço da cantoneira sos por cleat, e fator de segurança de 1,5: ,',,
Desprezou-se a força de atrito entre os "cleats" e o "stub",
4·K·Fc1 = 1,56cm
devido ao aperto dos parafusos. N·n·r.:·v
Parafusos adotados: parafusos de alta resistência - padrão ame
Exemplo 7.6 ricano- A-325 diametro 5/8" .
.J
<J Dimensionar os stubs de uma torre
esforços máximos são:
de uma L. T., cujos /I i
7.8 -BIBLIOGRAFIA
o FT max = 19. 105kgf
F c max = 23. OOOkgf
j
\__.)
i<] Usar:
2
1 - BALLA, A., "Uplift resistance of bulb type foundations for
overhead line foundations". Minutes of the 5th International
I
·:J
O'R = 135kgf/cm
Congress on Soil Mechanics and Foundatiops Wo_rks, Paris,
I
= 10kgf/cm 2
j
"ta
2
(~ (J'fl = 2.530kgf/cm
1961.
'~) -Dimensionamento-do perfil do stub:
2 - BARRAUD, Y., "Fondations de pylônes classiques on hawbannés.
o Definição do perfil:
Recherches expérimentales".
(classlcal
Bulletin sté.
and guy
frança:lse"
anthor
des
fondations,
rc_) 1,5 FTmax electrlciens,
' A"' Ta experimental research), outubro de 1958.
t ~)
..-·
....
_;-
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