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Educação Bilíngue
Me. Marina Savordelli Versolato

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AULA 1
História da Educação dos Surdos

Por que conhecer a história da educação dos surdos?

• É importante conhecer sobre a história, bem como as


filosofias e métodos educacionais criados para os alunos
com surdez.

• A história serve de base para que seja feita uma análise


crítica das consequências de cada filosofia ou método de
ensino no desenvolvimento destas crianças,
contextualizando as práticas vigentes;

• Compreender a qualidade das interações e o seu efeito no


desenvolvimento cognitivo;

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História da educação dos surdos:

Ao longo da História foi proposto uma variedade


de abordagens e métodos para a educação dos
alunos com surdez.

Muitos deles fundamenta-se em substituir a


audição perdida por um outro canal sensorial,
como a visão, o tato, ou aproveitando os
resíduos da audição existentes. Fonte: https://www.portaldotransito.com.br/opiniao/e-
quando-o-condutor-do-veiculo-e-surdo/

História da educação dos surdos:

BILÍNGUISMO
a partir de 1993
COMUNICAÇÃO
TOTAL
1985-1992

ORALISMO
1969-1984

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O oralismo

• O oralismo ou filosofia oralista visa a integração


do aluno com surdez na comunidade de ouvintes,
dando-lhe condições de desenvolver a língua;

• Essa concepção oralista tinha como objetivo


principal a normalização das pessoas surdas, tidas
como deficientes, isto é, pregava-se a
aproximação dessas com os ouvintes buscando a
reabilitação oral desses sujeitos;

• Havia também a concepção única da integração


dos surdos à comunidade ouvinte

O oralismo

Acreditam assim que para a criança surda se Rejeitavam qualquer forma de gestualização,
comunicar é necessário que ela saiba oralizar; especialmente a Língua de Sinais.

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O oralismo

“oralização,
Apesar do investimento de anos da vida de uma criança surda na sua
ela somente é capaz de captar, através da leitura labial, cerca
de 20% da mensagem e, além disso, sua produção oral, normalmente, “
não é compreendida por pessoas que não convivem com ela.
(QUADROS, 1997, p. 23)

Comunicação Total:

• Define-se como uma filosofia que requer a


incorporação de modelos auditivos, manuais e orais
para assegurar a comunicação eficaz entre as
pessoas com surdez;

• Os defensores da filosofia da Comunicação Total


recomendam então o uso simultâneo de diferentes
códigos como: a Língua de Sinais, a datilologia, o
português sinalizado, etc.

• O objetivo é fornecer à criança a possibilidade de


desenvolver uma comunicação.

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Comunicação Total:

• BIMODALISMO: Tal proposta caracteriza-se pelo


uso simultâneo de sinais e fala. Português
sinalizado.

“ (...) não é possível efetuar a transliteração de uma língua falada


em Sinal palavra por palavra, ou frase por frase – as estruturas

são essencialmente diferentes.
(SACKS, 1990, p.47)

• Todos esses códigos manuais são usados


obedecendo a estrutura gramatical da língua
oral, não se respeitando a estrutura própria da
Língua de Sinais.

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Comunicação Total:

• Tal abordagem compreende, então, que a criança


seja exposta:

- ao alfabeto digital;
- a língua de sinais;
- a amplificação sonora;
- ao português sinalizado.

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Comunicação Total:

• Paralelamente ao desenvolvimento das propostas


de comunicação total, estudos sobre língua de
sinais foram se tornando cada vez mais
estruturados e com eles foram surgindo também
alternativas educacionais;

• OBSERVA-SE um cenário de caos na área da


educação dos surdos.

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Educação Bilíngue:

Foi na década de 1990 que avançamos para o bilinguismo, abordagem essa que
utiliza da Libras como primeira língua para o surdo e o português, na modalidade
escrita, como segunda língua.

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Educação bilíngue:

• A educação bilíngue não é algo simples, e que


basta que as duas línguas circulem nos espaços
educativos, uma vez que há questões que dizem
respeito à organização do trabalho pedagógico.

• Uma proposta bilíngue e bicultural especifica para


a aplicação em escolas voltadas para o ensino de
pessoas surdas.

“ Para além da questão da língua, portanto, o bilinguismo na educação de


surdos representa questões políticas, sociais e culturais. Nesse sentido, a
educação de surdos em uma perspectiva bilíngue deve ter um currículo “
organizado em uma perspectiva visoespacial para garantir o acesso a todos
os conteúdos escolares na própria língua da criança, a língua de sinais
brasileira.
(QUADROS, 2015, p. 197)

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Referências Bibliográficas:

GOLDFELD, Marcia. A criança surda: linguagem e cognição


numa perspectiva sócio-interacionista. 2ª ed. São Paulo: Plexus
Editora, 2002.

QUADROS, Ronice Muller de. Bilinguismo In: QUADROS, Ronice


M. de. Educação de Surdos: a aquisição da linguagem. Porto
Alegre: Artemed, 1997.

QUADROS, Ronice Müller de. O “BI” em bilinguismo na


educação de surdos. In: LODI, Ana Claudia Balieiro; MÉLO, Ana
Dorziat Barbosa; FERNANDES, Eulália (Orgs.). Letramento,
bilinguismo e educação de surdos. Porto Alegre: Mediação,
2015.

SAKCS, Oliver. Vendo Vozes, Rio de Janeiro: Imagino, 1990.

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