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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

UNIDADE ACADÊMICA DE SERRA TALHADA


CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM QUÍMICA

PRÁTICA 02
Análise por Via Seca: ENSAIOS NA CHAMA

Discente:
Disciplina: Química Analítica A
Docente:
Período: 2019.2
PRÁTICA 02
Análise por Via Seca: ENSAIOS NA CHAMA

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4
2. OBJETIVOS 5
2.1. Objetivo Geral 5
2.2. Objetivo Específicos 6
3. METODOLOGIA 6
3.1. Materiais 6
3.2. Reagentes 6
3.3. Procedimentos 6
3.3.1. Amostra 1 6
3.3.2. Amostra 2 6
3.3.3. Amostra 3 7
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 7
4.1. Amostra 1 7
4.2. Amostra 2 8
4.3. Amostra 3 9
5. CONCLUSÃO 10
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 10

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1. INTRODUÇÃO
O ensaio na chama é uma técnica analítica baseada em espectroscopia atômica.
Nesse caso, a amostra contendo cátions metálicos é inserida em uma chama e analisada
pela quantidade de radiação emitida pelas espécies atômicas ou iônicas excitadas. Os
elementos, ao receberem energia de uma chama, geram espécies excitadas que, ao
retornarem para o estado fundamental, liberam parte da energia recebida na forma de
radiação, em comprimentos de onda característicos para cada elemento químico
(SKOOG; et al, 1994)
A teoria de Bohr consistia que a explicação da estrutura de um átomo seria
encontrada na luz, quando estes são submetidos a descargas elétricas ou a altas
temperaturas (LEE, 1999). De acordo com a espectroscopia atômica, pode-se dizer que
o átomo emite radiação devido a absorção de energia e depois a emissão de luz
(CHUNG, 2001). Esta luz pode ser explicada por um espectrômetro, em que as ondas
eletromagnéticas de luz branca pode ser vistas no espectro visível que vai do violeta (≅
350𝑛𝑚 − 400𝑛𝑚) ao vermelho (≅ 700 𝑛𝑚 − 740 𝑛𝑚).
Figura 1. As regiões do espectro eletromagnético

Fonte: SKOOG, 1994. Pág. 674.

Uma vez que um átomo de um determinado elemento origina um espectro


característico de raias, conclui-se que existem diferentes níveis energéticos, e que estes
são característicos para cada elemento. Além das transições entre os estados excitados e
o fundamental, existem também transições entre os diferentes estados excitados. Assim,
um espectro de emissão de um dado elemento pode ser relativamente complexo.

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Considerando que a razão entre o número de átomos nos estados excitados e o número
de átomos no estado fundamental é muito pequena, pode-se considerar que o espectro
de absorção de um dado elemento é associado às transições entre o estado fundamental
e os estados de energia mais elevados. Desta forma, um espectro de absorção é mais
simples que um espectro de emissão (SKOOG; et al, 1994).
O teste de chama equivale a indução de determinada amostra em uma chama
para observar a cor que esta proporciona. Para obter as análises relacionadas as cores
são preciso que a alça metálica esteja limpa pois é o lugar que irá conter a amostra. A
limpeza da alça consiste em induzir a mesma com o ácido clorídrico (HCl), utilizado
para a experimentação, na porção mais quente que é localizada no meio da chama, como
apresenta a imagem conseguinte.
Figura 2. Queimador de gás (Bico de Bunsen)

Fonte: VOGEL, 1981. Pág. 156.

Esses elementos emitem radiação eletromagnética na região do visível em uma


chama ar-gás combustível (GLP), que chega a uma temperatura de 1000 ºC (VOGEL,
1981). Dessa forma, a energia fornecida é suficiente para excitar os elementos químicos
em questão. Em que a concentração da amostra irá influenciar na intensidade da
coloração da chama de acordo com os fotoelétrons.

2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Realizar ensaios na chama por análise de via seca

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2.2. OBJETIVO ESPECÍFICOS
• Analisar o processo de emissão atômica e reconhecer o analito.
3. METODOLOGIA
3.1. MATERIAIS
• Alça de platina;
• Béqueres;
• Bico de Bunsen;
• Capela de exaustão
3.2. REAGENTES
• Ácido Clorídrico (HCl)
• Amostra 1
• Amostra 2
• Amostra 3
3.3. PROCEDIMENTOS
3.3.1. Amostra 1
Inicialmente foi descrito, seguindo o roteiro, as instruções para realização da
prática, bem como, antes da realização da prática ficou acordado que os béqueres que
continham a solução de ácido clorídrico (HCl) para limpeza da alça de platina, ficaram
dispostos da seguinte maneira: os béqueres da esquerda seria para limpeza da alça de
platina, e os béqueres da direita seria para as amostras. Assim, deu-se o início com a
verificação da limpeza da alça de platina, em caso negativo, deve-se limpa-la imergindo
a alça no béquer contendo a solução de HCl concentrado, e logo em seguida, leva-se a
alça de platina ao bico de Bunsen, e introduzi a alça no meio da chama, na sua zona
redutora, até não haver mais formação de cor. Repetiu esse procedimento várias vezes
até a cor da alça não mudar na chama.
Em seguida, após a limpeza da alça de platina, foi umedecido a alça de platina,
no béquer que estava a direita (com ácido clorídrico concentrado para as amostras) e
depois no béquer que continha a amostra 1, consecutivamente a amostra foi
encaminhada para o bico de Bunsen e introduzida na chama. Observando e fazendo
anotações do que ocorria.
3.3.2. Amostra 2
Como após o uso da alça de platina na amostra 1, a alça ficou com resíduos da
amostra, teve-se que realizar a limpeza da alça novamente, utilizando sempre o ácido

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clorídrico que estava no béquer da esquerda. Terminado a limpeza da alça de platina, o
mesmo era introduzido na solução de ácido clorídrico (direita), e prontamente era
inserido no béquer que continha a amostra 2, essa amostra foi levada ao bico de Bunsen
para analisar seus efeitos a partir da queima.
3.3.3. Amostra 3
Novamente antes de realizar o procedimento foi feito a limpeza da alça de platina, a
fim de se obter melhores resultados na observação da amostra. Após a realização da
limpeza da alça de platina, a alça foi introduzida na solução de ácido clorídrico (direita),
e imediatamente posto na amostra 3, que foi levada para a chama do bico de Bunsen.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Amostra 1
Os compostos de certos metais são volatilizados na chama de Bunsen,
comunicando-lhe cores características. O ensaio foi conduzido com a imersão de um fio
de platina em ácido clorídrico concentrado e numa porção da amostra em exame, em
seguida esse mesmo fio umedecido é levado à chama. A tabela 01 abaixo foi fornecida
no roteiro da prática, para que a partir das amostras de cores, pudéssemos identificar os
diferentes sais.
Tabela 01: Coloração da chama de alguns cátions
PRESENÇA DE: COR
Potássio [ 𝑲+ ] Violeta
Bário [ 𝑩𝒂𝟐+ ] Verde Claro
Cálcio [𝑪𝒂𝟐+ ] Alaranjado
Sódio [ 𝑵𝒂+ ] Amarelo
Lítio [ 𝑳𝒊+ ] Vermelho Carmim
Fonte: Roteiro da prática (prática 02)
Após a experimentação, notou-se que esse íon metálico propiciou uma cor verde
claro ao entrar em contato com a chama do Bico de Bunsen. De acordo com a tabela foi
possível identificar o elemento, que neste caso era o Bário [𝐵𝑎2+], como apresenta a
figura 03, a cor que este propiciou está no espectro visível com aproximadamente 535,5
nm.

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Figura 3. Experimentação com a Amostra 1

Fonte: Autoria Própria

Percebe-se que na imagem acima, não se consegue identificar a cor verde claro, pela
má qualidade da imagem, e os ajudes de cor e brilho que estavam alterados, propiciando
a imagem a cor amarelada. Porém, na experimentação pode-se observar nitidamente a
sua cor verde claro quando realizada a experimentação, podendo assim identificar o
elemento químico pertencente a amostra 01.

4.2. Amostra 2
Este íon metálico possuía caráter higroscópio, propriedade a qual alguns elementos
tendem a absorver a umidade do ar (ATKINS, 2012), A amostra em questão, ao entrar
em contado com a chama do bico de Bunsen, permitiu-nos a observância da cor
vermelho carmim, no qual diante da tabela pode-se identificar que o elemento presente
na amostra 02 era o Lítio [𝐿𝑖 +], como pode ser analisada da imagem 04. A cor que este
propiciou está no espectro visível com aproximadamente 670 nm.
Figura 4. Experimentação com a Amostra 02

Fonte: Autoria Própria

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4.3. Amostra 3
A amostra 03 quando introduzida na chama, liberou uma coloração laranja, na qual
mediante a tabela pode-se identificar que o elemento presente na amostra 03, era o
Cálcio [𝐶𝑎2+ ], observada na imagem 05. A cor que este propiciou está no espectro
visível de aproximadamente 618,2 a 620,3.
Figura 5. Experimentação com a Amostra 03

Fonte: Autoria Própria

Dessa forma, encontra-se, na literatura, a ocorrência das linhas características do


espectro devido às transições eletrônicas para alguns elementos conforme pode ser
observada na tabela 02.

Tabela 02: Ocorrência das linhas do espectro visível para alguns elementos.

Elemento Descrição da Linha Comprimento de Onda em nm


Sódio Amarela, dupla 589,0 – 589,6
Vermelha, dupla 766,5 – 769,9
Potássio
Violeta, dupla 404,4 – 404,7
Vermelha 670,8
Lítio
Laranja (fraca) 610,3

Tálio Verde 535,0

Faixa laranja 618,2 – 620,3


Cálcio Verde amarelada 555,4
Violeta (fraca) 422,7
Faixa vermelha 674,4 – 662,8
Estrôncio
Laranja 606,0

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Azul 460,7
Faixa verde 553,6 – 534,7 – 524,3 – 513,7
Bário
Azul (fraca) 487,4
Fonte: VOGEL, 1981. pág. 160.

5. CONCLUSÃO
Alcançou-se os objetivos traçados, isto é, foram identificadas as cores que se obteve
através da combustão dos elementos químicos propostos. Assim foi descrito os dados
coletados e concluiu-se que os íons metálicos produzem distintas cores devido à
mudança de nível eletrônico.
Ressalta-se, que para as observações da mudança na chama foi preciso que
realizasse a limpeza da alça metálica. Tem-se também, que a quantidade da amostra
influência, pois existe elementos que produzem cores muito fortes que tendem a
mascarar sinais mais fracos.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ATKINS, P. W.; JONES,L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o


meio ambiente. 5ª ed., Porto Alegre, 2012.
CHUNG, K.C. Introdução à Física Nuclear. Ed. UERJ, Rio de Janeiro, RJ, 2001.
LEE, J. D. Química inorgânica não tão concisa. Tradução da 5ª ed. inglesa. Editora
Edgard Blücher Ltda. pp. 24, 217, 360-370. 1999.
SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.; Fundamentos de Química Analitica,
6ª ed., Saunders: Chicago, 1994.
VOGEL, A.I. Química analítica qualitativa. Tradução por Antônio Gimeno. 5ª ed.
rev. por G. Svehla. – São Paulo: Mestre Jou, 1981.

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