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Universidade Federal do Oeste da Bahia

Centro das Ciências Exatas e das Tecnologias


Disciplina: Química Analítica – 1º/2023
Prof. Dr. Jonatas Gomes da Silva
Discente: Izabelle Ramos Pereira

História da Química Analítica.

1) Faça um histórico da química analítica da antiguidade aos dias atuais,


em duas páginas.

A Química Analítica é um conjunto de princípios e metodologias que atua em


todos os campos da ciência. É responsável pela determinação da composição
química das substâncias e/ou de suas misturas, ou seja, com o auxílio da
Química Analítica tornou-se possível a identificação de elementos e a
respectiva quantificação, o que contribuiu diretamente para o avanço da
ciência. É utilizada desde a antiguidade. Exemplos de sua utilização remontam
do antigo Egito, visando o controle da qualidade (pureza) do ouro e da prata,
fazendo uso de soluções ácidas. Foi descoberto também que o ácido nítrico
era capaz de dissolver a prata. Esse fato foi muito importante para a época,
pois permitiu a utilização desse processo na separação da prata do ouro.

Os primeiros processos analíticos foram de natureza física e aplicados


especificamente aos metais, com o objetivo de identificar a presença de ferro
(sulfato de ferro II) em acetato de cobre (II). Com a descoberta de que os ácidos
minerais tinham a capacidade de dissolver metais, eles passaram a utilizar nos
trabalhos as soluções ácidas.

Muitos foram os pesquisadores que ajudaram no desenvolvimento e evolução


da Química Analítica, um deles foi Robert Boyle. Boyle utilizou as reações
químicas na identificação de vários elementos e introduziu a utilização de novos
reagentes na análise de águas. O desenvolvimento da análise química em
soluções aquosas passou por um grande desenvolvimento nos séculos XVI e
XVII. De acordo com relatos da literatura, Boyle utilizou de sulfeto de hidrogênio
para indicar a presença de chumbo e estanho em água.

Outro nome de grande importância foi Otto Tachenius, farmacêutico e médico,


que realizou estudos envolvendo a utilização da noz de galha em soluções de
sais metálicos, objetivando verificar a cor desenvolvida por vários metais. Outro
pesquisador muito importante neste século foi Eberhard Gockel (1636 – 1703).
Gockel propôs a adição de ácido sulfúrico na detecção de chumbo no vinho.
Assim, a ocorrência de turbidez branca indicava a presença do elemento.

Já no século XVIII, muitos métodos foram desenvolvidos em razão do aumento


das atividades mineradoras na Europa. O químico alemão Sigismund Andreas
Marggraf (1709 – 1782) foi o responsável pela adaptação da reação do “azul da
Prússia” (hexacianoferrato (II) de potássio) para testar a presença do metal ferro
nas águas. Outra descoberta realizada por Marggraf foi a diferença do nitrato de
sódio e do nitrato de potássio. Ambos apresentavam cristais com diferentes
formas quando evaporados e também quando colocados em carvão
incandescente produziam chamas de cores diferentes: chama amarela para o
nitrato de sódio e azulada para o nitrato de potássio. Esse é o registro mais
antigo relacionado ao teste de chama na análise.

Uma das obras mais importantes da história, que permitiu a separação da


Química Analítica da Química foi o livro Opuscula physica etchimica, escrito por
Torbern Olof Bergman. Este livro contém a descrição detalhada do uso do
maçarico de sopro e a classificação e descrição de reagentes e processos
analíticos. De acordo com vários autores, Bergman foi o responsável por
fornecer a base para a introdução da análise sistemática.

Com a utilização dos estudos de Bergman, os autores alemães Heinrich Rose e


Carl Remigius Fresenius elaboraram esquemas de análise qualitativa
sistemática, que se tornou mais forte nas últimas décadas do século XVIII e
início do século XIX, quando, a partir daí os métodos gravimétricos passaram
por processos de refinamento visando o aumento da precisão analítica.

A partir da segunda metade do século XIX houve a utilização da espectroscopia


como ferramenta da Química Analítica. Um dos trabalhos mais importantes da
época foi o realizado pelos cientistas Gustav Robert Kirchhoff (1824-1887) e
Robert Wilhelm Eberhardvon Bunsen (1811-1899). Eles obtiveram espectros de
diferentes compostos de sódio, potássio, lítio, estrôncio, cálcio e bário em
diferentes temperaturas e tipos de chamas, utilizando um espectroscópio visual.
De acordo com os resultados, verificaram que estes fatores não afetavam a
posição das linhas espectrais produzidas pelo mesmo metal. Dessa forma, foi
proposto um método de análise qualitativa baseado na observação das linhas
espectrais produzidas pela amostra sendo este mais sensível que os métodos
químicos. De acordo com o experimento, puderam provar a importância da
espectroscopia na descoberta de novos elementos químicos. Um exemplo foi a
descoberta, pelos mesmos cientistas, dos elementos césio e rubídio, em 1861.
Wolcott Gibbs (1822 - 1908) realizou a determinação eletrolítica de metais por
via indireta.

O avanço das técnicas analíticas foi cada vez mais visível. No final do século
XIX a utilização do microscópio possibilitou uma análise mais minuciosa dos
elementos, que ficou conhecida como microanálise qualitativa. Estudos e
aplicações envolvendo espécies reagentes foram realizados visando testes
qualitativos mais seletivos e sensíveis. Paralelamente, vários estudos
envolvendo a análise quantitativa foram realizados.

Os principais objetivos dos estudos da química analítica é a incessante busca


de métodos cada vez mais sensíveis, seletivos e rápidos, buscando sempre o
aprimoramento, e nunca valorizando mais uma técnica do que a outra.
Referencias:

https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/breve
historico-da-quimica-analitica/37044

https://www.google.com/search?q=1137279_Quimica_analitica_basica_uma_vi
sao_historica_da_analise_qualitat&oq=1137279_Quimica_analitica_basica_um
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