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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II – ESTUDOS DIRIGIDOS

4º ENCONTRO – 15.10.21

PROCEDIMENTO COMUM

-4 fases: 1ª fase – postulatória

2ª fase – ordinatória

3ª fase – instrutória

4ª fase – decisória

FASE INSTRUTÓRIA

-direito probatório: disposições gerais

Produção antecipada de prova

Meios probatórios propriamente ditos

Audiência de instrução e julgamento

III – MEIOS PROBATÓRIOS

1. Ata notarial

2. Depoimento pessoal

3. CONFISSÃO

-definição: admissão, por uma das partes, de fatos que sejam contrários aos seus interesses e
que sejam favoráveis aos interesses da outra parte

-“rainha das provas”: não é mais considerada o meio probatório mais importante

-direitos indisponíveis: não se admite confissão

-espontânea ou provocada: espontânea – por iniciativa da própria parte

provocada – resultado do depoimento pessoal

4. EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA

-documento ou a coisa podem estar com a outra parte ou com terceiro, alheio ao processo

1. exibição requerida em face da outra parte

-requerimento: I – individualização e descrição o mais completas possíveis da coisa ou


documento
II – finalidade dessa prova

III – circunstâncias que levam a crer que a coisa ou doc está com a outra parte

-requerido: 5 dias para se manifestar – apresentar a coisa ou o doc

Se manifestar no sentido de que a coisa ou o doc não


está com ele

Se recusar a exibir a coisa ou o doc: recusa justa

Recusa injusta

a. recusa justa – 404: doc ou coisa se refere à sua intimidade ou privacidade ou de sua família

para preservar sigilo profissional

quando houver motivos graves que justifiquem a não exibição

...

b. recusa injusta – decisão judicial considerando verdadeiros os fatos que se pretendia provar
pela coisa ou pelo doc

depende do caso concreto: busca e apreensão da coisa ou documento

2. exibição requerida em face de terceiro

-petição contra o terceiro: necessidade da prova, motivos que levam a crer que o terceiro está
com o doc ou coisa

-citação do terceiro: apresentar resposta em 15 dias – exibir o doc ou coisa

Negar que tenha o doc ou coisa

Negar que ele tenha o dever de exibir

Se recusar a exibir: juiz determinar


busca e apreensão do doc ou coisa e seu respectivo depósito + auxílio policial + crime de
desobediência + imposição de multa

5. PROVA DOCUMENTAL

I - força probante dos documentos

-documento público X documento particular: doc público – fé pública (emanados de


autoridades públicas em geral. Com relação à forma. Conteúdo: depende das declarações de
alguém. Ex: escritura pública – tabelião: “Certifico e dou fé que nesta data Fulano de Tal
compareceu em Cartório e declarou o que segue: ...”

doc particular – quaisquer meios de transmissão


de declarações (cartas, e-mails, mensagens de whatsapp...), registros domésticos, livros
empresarias...

-arguição de falsidade
-documento autêntico X documento não autêntico: doc autêntico – certeza quanto ao autor
material (ex: firma reconhecida)

Juntado no processo e não


impugnado pela parte contrária

Doc não autêntico – não há identificação


do autor

-cópias autenticadas: reproduções autênticas do suporte material

-declarações de autenticidade por parte do MP, DP, procuradorias, autoridades públicas,


advogados

II – arguição de falsidade

-falsidade: formação de doc não verdadeiro

Alterar documento verdadeiro

-não necessita de procedimento especial: feita dentro do próprio processo – arguição de


falsidade pode ser feita na própria contestação, se o doc que se acredita falso foi juntado com
a PI

Em demais
situações – manifestação da parte contrária em 15 dias

Exposição das razões + indicação de provas a serem


produzidas para comprovar a falsidade (perícia)

Juiz decide se o doc é falso ou não

III – produção da prova documental

-em regra: A – PI

R – contestação

-fatos ocorridos após a PI ou a contestação: apresentados ao longo do processo (fatos novos)

IV – documentos eletrônicos

-se autos forem físicos: docs eletrônicos deverão ser passados para o papel (degravação)

-preservação: adequadamente preservados

6. PROVA TESTEMUNHAL
-definição: pessoas relatam oralmente para o juiz (audiência de instrução e julgamento) a
verdade dos fatos que presenciaram

-se há prova documental, não é necessária a prova testemunhal para corroborar

-oitiva na sede do juízo ou por meio eletrônico de tempo real

-prestam compromisso: de dizer a verdade

-não podem ser testemunhas: incapazes, impedidos, suspeitos (mas podem ser ouvidas como
informantes – sem prestar compromisso)

-limite do número de testemunhas: até 10 testemunhas por parte, sendo que não pode
ultrapassar 3 testemunhas sobre o mesmo fato

-acareação: divergências entre os depoimentos das testemunhas sobre fato relevante

7. PROVA PERICIAL

-definição: matéria técnica que exige conhecimento que o juiz não tem

-espécies: exame – perícia feita em pessoas ou coisas

Vistoria – perícia feita em imóveis

Avaliação – perícia para fixação de valores

-assistente técnico: contratado pela parte para acompanhar a perícia

Pode responder quesitos

-falam no processo através de laudos

-se forem necessários esclarecimentos: comparecer na AIJ (audiência de instrução e


julgamento)

-decisão judicial não fica adstrita à perícia: juiz pode julgar diferente do laudo pericial (livre
convencimento motivado – o juiz deverá explicar porque ele está julgando contra o laudo)

8. INSPEÇÃO JUDICIAL

-definição: juiz, de ofício ou a requerimento das partes, pode entender que ele necessita ver a
situação fática pessoalmente (coisa, local)

-reconstituição dos fatos

-partes podem acompanhar

-auto circunstanciado: descrição detalhada do que o juiz presenciou

-manifestação das partes sobre esse auto circunstanciado

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