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PACOTE

ANTICRIME
LEI 13.964/19
AULA 05
CÓDIGO
PROCESSUAL PENAL
CONTINUAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DO CÓDIGO
PROCESSUAL PENAL
• Regramento específico para casos que envolvam uso letal da
força por agentes de segurança pública e militares em G.L.O.
• Novo regramento para arquivamento do Inquérito Policial
(suspenso pelo Supremo Tribunal Federal, ADI 6298).
• Acordo de não persecução penal (ANPP).
CÓDIGO PROCESSUAL PENAL

Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições


dispostas no art. 144 da Constituição Federal figurarem como
investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e
demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação
de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício
profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações
dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940 (Código Penal), o indiciado poderá constituir defensor.
CÓDIGO PROCESSUAL PENAL

§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado


deverá ser citado da instauração do procedimento investigatório,
podendo constituir defensor no prazo de até 48 (quarenta e oito)
horas a contar do recebimento da citação.

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CÓDIGO PROCESSUAL PENAL

§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência


de nomeação de defensor pelo investigado, a autoridade
responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que
estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos,
para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique
defensor para a representação do investigado.
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CÓDIGO PROCESSUAL PENAL

§ 3º (VETADO). 
§ 4º (VETADO).
§ 5º (VETADO).

§ 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos servidores


militares vinculados às instituições dispostas no art. 142 da Constituição
Federal, desde que os fatos investigados digam respeito a missões para
a Garantia da Lei e da Ordem.
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SEGURANÇA PÚBLICA
CF/88 – ARTIGO 144
• integrantes da polícia federal,
• Integrantes da polícia rodoviária federal,
• Integrantes da polícia ferroviária federal,
• integrantes das polícias civis,
• Integrantes das polícias militares e corpos de bombeiros militares,
• Integrantes das polícias penais (agentes penitenciários em todos os âmbitos da federação)
REGRAMENTOS ESPECIAIS PARA AQUELE AGENTE DE
SEGURANÇA PÚBLICA OU MILITAR EM G.L.O. QUE FEZ USO DA
FORÇA LETAL

• O indiciado poderá constituir defensor.

• O indiciado deverá ser citado da instauração de procedimento


investigatório.

• Intimação da instituição que estava vinculado o insvestigado para


que indique defensor caso o suspeito não o faça em 48h.
Novo regramento para arquivamento do
Inquérito Policial (Suspenso pelo
Supremo Tribunal Federal, ADI 6298).
CÓDIGO PROCESSUAL PENAL

Art. 17.  A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos


de inquérito.
CÓDIGO PROCESSUAL PENAL

Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela


autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a
autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de
outras provas tiver notícia.
CÓDIGO PROCESSUAL PENAL - ART. 28
PGJ/PGR

• ele próprio oferecer a denúncia;


 
• designar outro promotor de justiça para fazê-lo;

• Insistir no arquivamento.
CÓDIGO PROCESSUAL PENAL
NOVO ARTIGO 28.

Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de


quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do
Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à
autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de
revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei.
CÓDIGO PROCESSUAL PENAL
NOVO ARTIGO 28.

§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o


arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30
(trinta) dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria
à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme
dispuser a respectiva lei orgânica
CÓDIGO PROCESSUAL PENAL
NOVO ARTIGO 28.

§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento


da União, Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do
inquérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a
quem couber a sua representação judicial
ENTÃO COMO FICOU O NOVO
REGRAMENTO?
• o próprio Ministério público ordena o arquivamento do Inquérito Policial.
• Ordenado o arquivamento o ministério público comunicará a vítima, investigado e
Delegado de polícia,
• Também o Ministério público encaminha os autos para instância de revisão ministerial
para fins de homologação,
• Também a vítima ou seu representante legal, não concordando com o arquivamento,
poderão submetê-lo a revisão da instância superior ministerial.
• Nos crimes contra a Administração direta, a chefia do órgão a quem couber a
representação poderá provocar a revisão do arquivamento por instância superior.
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL
ANPP – ARTIGO 28-A
CÓDIGO PENAL
EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO
 

Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem,
qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate:

Pena - reclusão, de oito a quinze ano


(...)
§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à
autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de
um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 9.269, de 1996)
• Crimes contra o Sistema Financeiro – Lei 7.492/86 (art. 25, § 2º);
• Crimes contra a Ordem Tributária – Lei 8.137/90 (art. 16, parágrafo
único);
• Lei dos Crimes Hediondos – Lei 8.072/90 (art. 8º, parágrafo único);
• Convenção de Palermo – Decreto 5.015/2004 (art. 26);
• Lei de Lavagem de Dinheiro – Lei 9.613/98 (art. 1º, § 5º);
• Lei de Proteção às Testemunhas – Lei 9.807/99 (arts. 13 a 15);
• Lei de Drogas – Lei 11.343/2006 (art. 41);
• Lei Antitruste – Lei 12.529/2011 (art. 87, parágrafo único).
ART. 4º DA LEI 12.850/13:

O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão


judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de
liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que
tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e
com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha
um ou mais dos seguintes resultados:
(...)
ART. 4º DA LEI 12850/13:

§ 4º. Nas mesmas hipóteses do caput deste artigo, o


Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia se
a proposta de acordo de colaboração premiada referir-se
a infração cuja existência não tenha prévio conhecimento
e o colaborador: (redação dada pela Lei no 13.964/19)
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL (ANPP)

Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o


investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de
infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena
mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá
propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e
suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as
seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL (ANPP)

Art. 28-A …………………………………………………


III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas
por período correspondente à pena mínima cominada ao
delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado
pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal);
NECESSÁRIO PARA O ACORDO

• Pena mínima inferior a 4 anos.


• Que o crime tenha sido praticado sem violência ou grave
ameaça.
• Não ser caso de arquivamento.
• Existir a necessidade e suficiência do ANPP.
• Confissão formal e circunstanciada
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL (ANPP)

§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a


que se refere o caput deste artigo, serão consideradas as
causas de aumento e diminuição aplicáveis ao caso
concreto.
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL (ANPP)

§ 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não


persecução penal não constarão de certidão de
antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no
inciso III do § 2º deste artigo
 
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL (ANPP)

§ 2o O disposto no caput deste artigo não se aplica nas


seguintes hipóteses:

I - se for cabível transação penal de competência dos


Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei 
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL (ANPP)

II - se o investigado for reincidente ou se houver


elementos probatórios que indiquem conduta criminal
habitual, reiterada ou profissional, exceto se
insignificantes as infrações penais pretéritas
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL (ANPP)

III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos


anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não
persecução penal, transação penal ou suspensão
condicional do processo;
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL (ANPP)

IV - nos crimes praticados no âmbito de violência


doméstica ou familiar, ou praticados contra a mulher por
razões da condição de sexo feminino, em favor do
agressor
CONDIÇÕES

Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o


investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de
infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena
mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá
propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e
suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as
seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente
CONDIÇÕES

I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo


 
II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como
instrumentos, produto ou proveito do crime;
 
III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à
pena mínima cominada ao delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado
pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 (Código Penal);
CONDIÇÕES

IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do


Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade
pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que
tenha, preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou
semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; ou  
V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério
Público, desde que proporcional e compatível com a infração penal
imputada.
PROCEDIMENTO DE FORMALIZAÇÃO

§ 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito


e será firmado pelo membro do Ministério Público, pelo investigado
e por seu defensor
 
§ 4º Para a homologação do acordo de não persecução penal, será
realizada audiência na qual o juiz deverá verificar a sua
voluntariedade, por meio da oitiva do investigado na presença do seu
defensor, e sua legalidade
§ 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições
dispostas no acordo de não persecução penal, devolverá os autos ao
Ministério Público para que seja reformulada a proposta de acordo, com
concordância do investigado e seu defensor.
 
• § 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos
requisitos legais ou quando não for realizada a adequação a que se refere o
§ 5º deste artigo
• 
• § 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao Ministério
Público para a análise da necessidade de complementação das
investigações ou o oferecimento da denúncia.
ADIMPLEMENTO E COMPETÊNCIA

§ 6º Homologado judicialmente o acordo de não


persecução penal, o juiz devolverá os autos ao
Ministério Público para que inicie sua execução
perante o juízo de execução penal.
ADIMPLEMENTO E COMPETÊNCIA

§ 9º A vítima será intimada da homologação do


acordo de não persecução penal e de seu
descumprimento.
CUMPRIMENTO = EXTINÇÃO DA
PUNIBILIDADE

§ 13. Cumprido integralmente o acordo de não


persecução penal, o juízo competente decretará a
extinção de punibilidade
RECISÃO
§ 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no acordo de não persecução
penal, o Ministério Público deverá comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e posterior
oferecimento de denúncia.

§ 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado também


poderá ser utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o eventual não
oferecimento de suspensão condicional do processo.

 § 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução penal não constarão de


certidão de antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no inciso III do § 2º deste
artigo

§ 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor o acordo de não
persecução penal, o investigado poderá requerer a remessa dos autos a órgão superior, na
forma do art. 28 deste Código
OBRIGADO!

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