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1. Sinopse teórica.
Os sais são compostos sólidos em que íons positivos (cátions) ligam-se eletrostaticamente ou ionicamente a íons
negativos (ânions). Além dessa interação iônica, um certo número de moléculas de água pode participar da
cristalização, através de uma interação do tipo íons-dipolos permanentes. Assim, a fórmula geral de um sal resulta:
Cc+ – cátion de valência iônica c+
Aa– – ânion de valência iônica a–
CaAc x H2O a e c – quantidades de cátions e ânions
x – número de águas de hidratação
Determinar a fórmula de um sal significa portanto identificar os cátions, os ânions e o número de águas de
hidratação.
Alguns cátions podem ser identificados pelo chamado
ensaio de chama. O processo consiste em se umedecer a
ponta de um fio de platina (ou pedaço de grafite) com
ácido clorídrico concentrado; agregar alguns cristais do
sal em estudo na parte úmida do fio de platina; introduzir
o sal na região mais quente da chama oxidante de um
bico de bunsen; e observar a coloração da chama.
O ácido clorídrico concentrado converte uma parte do sal – que pode ser um sulfato, nitrato, fosfato etc. – em
cloreto, porque os cloretos são voláteis ao fogo. Na chama, o cloreto metálico se decompõe em átomos. O átomo
metálico, correspondente ao cátion, por ser mais facilmente ionizável, recebe energia da chama, e os elétrons do
nível de valência fazem uma transição eletrônica para outro nível mais externo. Quando esse átomo excitado passa
por regiões de menor temperatura na chama, o elétron excitado volta ao seu nível de origem, e a energia absorvida é
liberada na forma de luz visível (comprimento de onda entre 400 e 760 nm).
Alguns elementos químicos metálicos e respectivas colorações transmitidas à chama
Li – vermelho carmim Na – amarela K – violeta
Ca – vermelho tijolo Sr – vermelho carmesim Ba e Mo – verde amarelado
Cu e Tl – verde As e Sb – azul Pb e Bi – azul pálido
A maioria dos cátions não é identificada pelo ensaio de chama, ou porque a chama não tem energia suficiente para
excitar o átomo, ou porque a energia libertada na transição do elétron para o seu nível fundamental não cai na região
do espectro visível. Conseqüentemente, os ensaios por via seca, como é o ensaio de chama, acabam sendo limitados
a alguns elementos.
Já os ensaios por via úmida – empregando usualmente água como solvente e meio reacional – são mais abrangentes,
servindo à identificação de cátions e ânions, através da formação de um precipitado sólido (), ou através do
aparecimento de uma coloração específica (sem partículas sólidas).
2
Fe
Fe3[Fe(CN)6]2
-
Cl
azul AgCl branco
Fe3
Fe[Fe(CN)6] bege AgNO3 AgBr branco amarelado
Br -
Cu 2
K3[Fe(CN)6] Cu3[Fe(CN)6]2 verde
I-
AgI amarelo
Co 2
Co3[Fe(CN)6]2 vermelho BaCl2 BaSO4 branco
SO 24-
Ag
Ag3[Fe(CN)6] laranja AgNO3 e BaCl2 NO3–
sem precipitação
3. Relatório:
Após assistir as vídeos aulas selecionadas para esta aula prática, responda o seguinte:
a) Por que os ânions não são identificáveis por ensaio de chama?
b) Equacione o processo por via seca ou por via úmida, que permitiu a identificação do cátion.
[Dica: a) átomo X + energia átomo excitado X* e b) átomo excitado X* átomo X + h ou luz visível]
c) Equacione o processo por via úmida, que permitiu a identificação do ânion.
d) Quais foram as modificações visíveis, sofridas pelo sal, ao se desidratar?
e) Descreva o experimento, o cálculo da água de hidratação e a fórmula do sal hidratado
apresentado na vídeo aula.