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Mévio Crispino, brasileiro, casado, portador do RG n. ..., inscrito no CPF sob o n. º ...,
residente na Rua ...., endereço eletrônico..., através de seu advogado, que este subscreve
(procuração em anexo) vem à presença de Vossa Excelência, propor a presente
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Requer, inicialmente, a concessão dos benefícios da Assistência Judiciária Gratuita, nos
termos do artigo 98 do NCPC e art. 1º, §§ 2ºe 3º da Lei 5.478 de 1968, pois o Requerido
não tem condições de arcar com as custas do processo sem prejuízo próprio ou de sua
família, por ser pobre na forma da lei, conforme declaração firmada em anexa.
Prevê o art. 273 do Código de Processo Civil, a antecipação dos efeitos da tutela
pretendida quando, havendo prova inequívoca, o juiz se convença da verossimilhança
da alegação e haja fundado receio de dano irreparável.
No caso em tela, não há qualquer dúvida a respeito do direito do autor, posto que sendo
pai, a lei lhe confere dever/direito de ter o filho em sua companhia e ainda fiscalizar sua
manutenção. De toda sorte, a maior, provados fatos alegados, é a necessidade de
ajuizamento da presente para ver seu filho.
III - DOS FATOS
O Autor foi casado com a requerida durante nove anos. Deste relacionamento nasceu o
filho Vitorino, atualmente com 11 anos de idade, certidão de nascimento anexo. Vale
ressaltar que o menor nasceu quando eles ainda eram namorados.
Embora tenha o requerente e a requerida colocado um fim na convivência, se faz
imprescindível regularizar questões referentes ao filho comum do casal, no que diz
respeito à regulamentação das visitas, tendo em vista que a guarda legal pertence à
requerida, e esta não deixa o autor manter contato com o seu filho, motivo pelo qual o
requerente propõe a presente ação.
O requerente cumpre com as obrigações financeiras, arca com as necessidades do
menor, se preocupa com a saúde e o bem estar da criança. É bem sabido, que o direito
de visitas regulares pelo pai, ao filho, é um dever/direito ao qual este não pode ser
privado, sendo sua presença fundamental para o desenvolvimento do filho.
Não existe diálogo entre as partes cabendo ao autor buscar o judiciário afim de que
estipule datas e horários para as visitas.
IV - DO DIREITO
1 - Seja deferida ao autor os benefícios da justiça gratuita, vez que se declara pobre no
sentido no jurídico do termo, conforme declaração de pobreza anexa;
Maria Berenice Dias (Manual de Direito das Família, 2011, p. 447) esclarece que:
“A visitação não é somente um direito assegurado ao pai ou à
mãe, é direito do próprio filho de com eles conviver, o que
reforça os vínculos paterno e materno-filial. (…) Consagrado o
princípio proteção integral, em vez de regulamentar as visitas, é
necessário estabelecer formas de convivência, pois não há
proteção possível com a exclusão do outro genitor.”
V - DOS PEDIDOS
a) A antecipação dos efeitos da tutela de urgência (art. 300 do Novo CPC), inaudita
altera parte, para que o autor exerça de pronto seu direito, nos termos delineados supra,
porquanto presentes, como demonstrado acima os requisitos de verossimilhança das
alegações, de prova inequívoca, bem como o fundado receio de dano irreparável;
b) A citação da ré, por correio (art. 246, I, do Novo CPC), para que compareça em
audiência instrução e julgamento, a ser designada por este Douto Juízo, onde, se quiser,
poderá oferecer resposta, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia (art. 344 do Novo
CPC);
Salvador/Data
Advogado/Oab
MP
244 cpc
Valor da causa: o salário mínimo