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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DE

FAMÍLIA DA COMARCA DE SALVADOR – BAHIA

Mévio Crispino, brasileiro, casado, portador do RG n. ..., inscrito no CPF sob o n. º ...,
residente na Rua ...., endereço eletrônico..., através de seu advogado, que este subscreve
(procuração em anexo) vem à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS COM PEDIDO DE TUTELA


ANTECIPADA

em face de Claudina Sinésio, brasileira, casada, residente e domiciliada na Rua...


portadora do RG n. ..., inscrito no CPF sob o n. º ..., residente na Rua ...., endereço
eletrônico..., pelos fatos e fundamentos a seguir alinhados:

I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Requer, inicialmente, a concessão dos benefícios da Assistência Judiciária Gratuita, nos
termos do artigo 98 do NCPC e art. 1º, §§ 2ºe 3º da Lei 5.478 de 1968, pois o Requerido
não tem condições de arcar com as custas do processo sem prejuízo próprio ou de sua
família, por ser pobre na forma da lei, conforme declaração firmada em anexa.

II- DA TUTELA ANTECIPADA

Prevê o art. 273 do Código de Processo Civil, a antecipação dos efeitos da tutela
pretendida quando, havendo prova inequívoca, o juiz se convença da verossimilhança
da alegação e haja fundado receio de dano irreparável.
No caso em tela, não há qualquer dúvida a respeito do direito do autor, posto que sendo
pai, a lei lhe confere dever/direito de ter o filho em sua companhia e ainda fiscalizar sua
manutenção. De toda sorte, a maior, provados fatos alegados, é a necessidade de
ajuizamento da presente para ver seu filho.
III - DOS FATOS

O Autor foi casado com a requerida durante nove anos. Deste relacionamento nasceu o
filho Vitorino, atualmente com 11 anos de idade, certidão de nascimento anexo. Vale
ressaltar que o menor nasceu quando eles ainda eram namorados.
Embora tenha o requerente e a requerida colocado um fim na convivência, se faz
imprescindível regularizar questões referentes ao filho comum do casal, no que diz
respeito à regulamentação das visitas, tendo em vista que a guarda legal pertence à
requerida, e esta não deixa o autor manter contato com o seu filho, motivo pelo qual o
requerente propõe a presente ação.
O requerente cumpre com as obrigações financeiras, arca com as necessidades do
menor, se preocupa com a saúde e o bem estar da criança. É bem sabido, que o direito
de visitas regulares pelo pai, ao filho, é um dever/direito ao qual este não pode ser
privado, sendo sua presença fundamental para o desenvolvimento do filho.

Resta ainda que, conforme preceitua o Art. 1.584


“A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser”:
“II – Decretada pelo juiz, em atenção à necessidade especificas do filho, ou em razão da
distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe”.

Não existe diálogo entre as partes cabendo ao autor buscar o judiciário afim de que
estipule datas e horários para as visitas.

IV - DO DIREITO

1 - Seja deferida ao autor os benefícios da justiça gratuita, vez que se declara pobre no
sentido no jurídico do termo, conforme declaração de pobreza anexa;

2 - É direito fundamental da criança e do adolescente ter consigo a presença dos pais, o


carinho, a companhia e amizade e não se pode negar que é direito do autor poder
desfrutar da convivência com a menor, e de lhe prestar visitas nos termos do art. 19 da
Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Maria Berenice Dias (Manual de Direito das Família, 2011, p. 447) esclarece que:
“A visitação não é somente um direito assegurado ao pai ou à
mãe, é direito do próprio filho de com eles conviver, o que
reforça os vínculos paterno e materno-filial. (…) Consagrado o
princípio proteção integral, em vez de regulamentar as visitas, é
necessário estabelecer formas de convivência, pois não há
proteção possível com a exclusão do outro genitor.”

3 - É certo que o convívio da figura paterna é necessário para o desenvolvimento


psicológico e social da criança.
Desta forma em relação à visita estabelece o art. 1.589, caput do Código Civil, cuja
leitura por si só é esclarecedora: “o pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos,
poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com o outro
cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e educação”.

IV – Diante da disponibilidade dos dias de trabalho do autor, com o intuito de preservar


os direitos do mesmo e de seu filho com a Requerida, requer seja regulamentado o
regime de visitas da seguinte forma:
- Com aviso de véspera que as visitações sejam livres e ao menos 2 (duas) vez ao
mês o pai poderá retirar seu filho com a mãe no domicílio da mesma, sexta-feira
após seu horário e trabalho e devolver no domingo às 21h00m.
- Nos períodos de férias escolares, cada um desfrutará de metade do tempo de
interrupção das atividades escolares do menor, sendo 15 dias no mês de julho e 15
dias nas férias de final de ano letivo.
- Cada ano o filho do casal passara as festividades do Natal na casa do pai e Ano
Novo na casa da mãe.
- No domingo referente ao Dia das Mães, o menor passará com a mãe, e no
domingo referente ao Dia dos Pais, o menor permanecerá com o pai, observado o
horário estabelecido.
- Caso a mãe do menor queira se ausentar do Estado, nos períodos em que o
mesmo permanecer com os menores, somente será permitido com autorização do
pai, desde que informe o endereço e nº de telefone do destino.

V - DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer:

a) A antecipação dos efeitos da tutela de urgência (art. 300 do Novo CPC), inaudita
altera parte, para que o autor exerça de pronto seu direito, nos termos delineados supra,
porquanto presentes, como demonstrado acima os requisitos de verossimilhança das
alegações, de prova inequívoca, bem como o fundado receio de dano irreparável;

b) A citação da ré, por correio (art. 246, I, do Novo CPC), para que compareça em
audiência instrução e julgamento, a ser designada por este Douto Juízo, onde, se quiser,
poderá oferecer resposta, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia (art. 344 do Novo
CPC);

c) Seja, ao final, julgada procedente a presente demanda, para regulamentar de forma


definitiva as visitas do autor ao menor, na forma proposta;

d) A intimação do representante do Ministério Público para intervir no feito ad finem


(art. 178, II, do Novo CPC.

Dá-se à causa o valor R$ 1,100.00 (Mil e Cem Reais)

Termos com os quais

Pede e aguarda deferimento.

Salvador/Data

Advogado/Oab

MP
244 cpc
Valor da causa: o salário mínimo

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