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Físico-Química

Agrupamento de Escolas de Infias, Vizela (100377)

Fontes de energia e transferências de energia


Ao longo de biliões de anos, a conjunção de múltiplos fatores tornou possível o aparecimento
da vida na Terra.

Quando a espécie humana surgiu sobre a Terra, o planeta atingira um certo equilíbrio,
recebendo energia do Sol e radiando para o espaço uma grande percentagem dessa energia.
O nosso planeta oferece fontes de energia como o Sol, o interior da Terra, o vento, a água…
Todas fontes de energia renováveis e inesgotáveis. Mas também oferece energias poluentes e
não renováveis como o petróleo bruto, carvão, urânio….

Inicialmente, o ser humano não alterou esse equilíbrio, pois era dependente da energia que a
natureza fornecia, da que utilizava a partir dos seus músculos e da obtida a partir dos
alimentos. Depois começou a utilizar a energia dos animais, mais tarde a roda hidráulica para
extrair parte da energia corrente da água dos rios, concebeu moinhos de vento, velas para
impulsionar os barcos. Há cerca de dois séculos, o homem evoluiu e aumentou o consumo de
carvão e no século passado o do petróleo bruto e seus derivados.

Sendo assim, o homem tornou-se dependente da energia, e tem vindo a usá-la em


quantidades exageradas e sempre crescentes, o que nos preocupa e leva a questionar a forma
de gerir corretamente esses recursos ou a procurar alternativas.

Mas afinal o que definimos como energia? O conceito científico de energia só pode ser
entendido mediante a análise de dois sistemas físicos em interação. Em Física, o sistema é o
objeto que está a ser estudado. Tudo o que não faz parte do sistema é designado como
exterior ao sistema. Pode ser caracterizado por várias grandezas, tais como a massa, o
volume, a temperatura…

A energia de um sistema é uma grandeza do mesmo e designa-se por energia interna. Um


sistema possui uma quantidade de energia no início, caso ocorra alguma alteração a sua
energia pode aumentar ou diminuir. Para que ocorra variação de energia, é necessário haver
trocas de energias entre o sistema e tudo o que é exterior a ele. Mas existem sistemas que não
trocam energias com o exterior – sistemas isolados.

Os sistemas que trocam energia com o exterior podem ser sistemas não isolados fechados (se
trocarem energia) ou sistemas não isolados abertos (se trocarem energia e matéria).

Um sistema pode receber energia de outro, logo existe


transferência de energia de sistemas. O que recebe energia
(recetor) aumenta a sua energia total. O que fornece energia
(fonte) perde a sua energia total. Mas a energia global dos
sistemas mantém-se. A nível universal, pode-se afirmar que
“A energia não se cria nem se destrói, apenas se transfere ”. Transferência de energia Sol-Terra

Na imagem, o Sol é a fonte de energia. A Terra é o recetor de


energia e existe transferência de energia do Sol para a Terra.

A energia pode ser caracterizada pela letra E, como se pode observar na famosa equivalência
massa-energia de Einstein, E = mc².

Vasco Moreira
Nº: 22 7ºA
Físico-Química
Agrupamento de Escolas de Infias, Vizela (100377)

A unidade SI da energia é o joule, em homenagem a James Joule, físico britânico que ficou
conhecido pelos avanços na Primeira Lei da Termodinâmica e pela Lei de Joule, duas leis
importantes para o estudo da Física.

A caloria é outra unidade representativa de energia, quando associada ao valor energético dos
alimentos. Uma caloria corresponde a 4,18 joules, ou seja qualquer produto alimentar pode ter
o seu valor energético expresso em quilocalorias (múltiplo da caloria) ou em quilojoule (múltiplo
do joule) .

Ao analisar o rótulo alimentar destas bolachas Oreo concluimos que 30 g deste produto
fornecem 130 kcal de energia, o correspondente
a 546 kj.

No nosso dia-a-dia, todos nós utilizamos grandes Rótulo de uma embalagem de bolachas Oreo
quantidades de energia. Essa energia pode ser
obtida a partir de outras que ocorrem na
Natureza (fontes de energia secundárias) como a
eletricidade, o gás butano, a gasolina e o gasóleo.

Todas essas fontes, exceto a eletricidade, provêm de uma fonte de energia primária, o petróleo
bruto. A eletricidade pode ser produzida numa central hídrica, através da movimentação da
água, numa central solar, através da radiação do Sol, numa central eólica, através da
circulação do vento pela ventoinha eólica, numa central térmica, através da queima de carvão,
gás natural ou petróleo ou numa central nuclear, através das reações produzidas pelo urânio.

O Sol, a água, o carvão, o urânio, o vento e o petróleo bruto são fontes de energia primárias.
As energias primárias são energias que ocorrem na natureza e podem ser classificadas em
renováveis, pois estão naturalmente sempre reabastecidas, ou seja, são ilimitadas ou em não
renováveis, energias que dependem de processos muito demorados para o seu
reabastecimento natural.

Atualmente, o humano tem vindo a utilizar mais as energias renováveis como a energia
proveniente do Sol, da água, do calor vindo da Terra, do vento, das marés, das ondas, da
biomassa e do biogás. Estas energias não produzem emissão de gases de efeito estufa, sendo
benéficas para o humano e para o planeta. Porém, a produção de energia elétrica exige um
elevado custo económico de suporte para as infraestruturas que permitem captar a energia
proveniente do Sol. A energia proveniente da água pode ter um grande impacto ambiental,
como o caso da barragem de Alqueva e a energia eólica pode ter um impacto visual na
paisagem e afastar espécies do seu habitat natural.

Em contrapartida, existem as energias não renováveis como o petróleo bruto, o gás natural, o
carvão e o urânio, as mais utilizadas pelo humano. Estas energias são mais acessíveis, estão
enraizadas no nosso sistema e existe um enorme monopólio financeiro sobre elas, sendo difícil
serem substituídas pelas energias renováveis. As principais desvantagens são o facto de não
serem renováveis, gerarem poluição na atmosfera e em casos de acidentes nucleares, os
riscos para a população e para o meio ambiente serem elevadíssimos.

Vasco Moreira
Nº: 22 7ºA

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