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CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM

Gabinete da Ve
ereadora Lívia Duarte – PSOL

PROJETO DE LEI Nº

ALTERA O REGIME JURÍDICO DOS AGENTES


COMUNITÁRIOS DE SAÚDE E AGENTES DE COMBATE
ÀS ENDEMIAS NO MUNICÍPIO DE BELÉM, ALTERA E
ACRESCENTA DISPOSITIVOS À LEI MUNICIPAL Nº
7.502 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1990 E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO MUNICIPAL DE BELÉM, faço saber que a CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM, estatui
e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1°. Fica instituída a criação, na estrutura da Secretaria Municipal da Saúde, dos cargos
efetivos de Agente Comunitário de Saúde e de Agente de Combate às Endemias, todos sob
Regime Jurídico Administrativo.
§ 1º Os atuais ocupantes dos empregos públicos de Agente Comunitário de Saúde e de Agente
de Combate às Endemias que tenham ingressado no emprego mediante processo seletivo
público ou na forma da Emenda Constitucional nº 51/2006, têm assegurado o direito a optarem
pela mudança de seu regime jurídico laboral, hipótese em que serão providos nos cargos
criados, observada a correlação de atribuições do seu emprego extinto e dos cargos criados
por esta Lei.
§ 2º A opção a que se refere o parágrafo anterior deverá ser manifestada no prazo de 120 (cento
e vinte) dias a partir da promulgação da presente Lei, conforme assinatura de Termo de Opção.

Art. 2°. Ficam extintos os atuais empregos públicos de Agentes Comunitários de Saúde e
Agentes de Combate às Endemias constantes da Lei nº 9.218/2016 daqueles que fizerem a
opção na forma do art.1º e seus parágrafos, desta Lei.
Parágrafo Único - Os ocupantes dos empregos públicos de Agente Comunitário de Saúde e de
Agente de Combate às Endemias que tenham ingress
ingressado
ado no emprego mediante processo
seletivo público ou na forma da Emenda Constitucional nº 51/2006, que não optarem pela
mudança de seu regime jurídico laboral constituirão Quadro de Empregos em Extinção e
continuarão regidos pelo regime contratual e pelo disposto na Lei nº 9.218/2016.

Travessa Curuzu, 1755 – Marco – CEP: 66.023-570


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E-mail: vereadoraliviaduarte@gmail.com
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Art. 3º. Os Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias passam a


integrar, no que couber, o Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Belém, instituído
pela Lei Municipal nº 7.502
7.502/1990.
Parágrafo Único – O exercício das atividades de Agente Comunitário de Saúde – ACS e Agente
de Combate às Endemias – ACE, nos termos desta lei, dar-se-áá exclusivamente na execução
das atividades de responsabilidade do Município e no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS,
não cabendo cessão, permuta ou qualquer outra forma equivalente de desvio das funções
legais.

Art. 4º. O Subgrupo I do Grupo de Nível Médio do Quadro de Cargos de Provimento Efetivo da
Lei Municipal nº 7.507/1991 passa a contar com as alterações constantes no presente projeto
de lei, com a criação dos cargos efetivos de Agente Comunitário de Saúde (ACS) e de Agente
de Combate às Endemias (ACE).

Art. 5º. A investidura nos cargos de Agent


Agentee Comunitário de Saúde (ACS) e de Agente de
Combate às Endemias (ACE) depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou
de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade de suas atribuições e requisitos
específicos para o exercício de suas atividades, que atenda aos princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Art. 6º. A presente alteração do Regime Jurídico dos servidores que ocupam o cargo de Agente
Comunitário de Saúde (ACS) e de Agente de Combate às Endemias (ACE), tem os seguintes
objetivos:
I. Valorização dos agentes e a garantia de prestação de serviços de qualidade aos
cidadãos do município;
II. Assegurar a continuidade da ação administrativa e a eficiência no serviço público;
III. Estabelecer padrões e critérios para reconhecimento dos agentes com melhor nível
de desempenho e qualificação profissional para desenvolvimento na carreira;
IV. Manter a administração dos vencimentos dentro dos padrões estabelecidos por lei,
considerando as características do mercado e os critérios de evolução profissional.

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Art. 7º. São requisitos básicos para investidura em cargo de Agente Comunitário de Saúde -
ACS e de Agente de Combate às Endemias – ACE:
I. ter sido aprovado e classificado dentro das vagas do concurso público, conforme
estipular o edital;
II. ter nacionalidade brasileira ou, no caso de nacionalidade Portuguesa, estar
amparado pelo estatuto de igualdade entre brasileiros e portugueses, com
reconhecimento
cimento do gozo dos direitos políticos, na forma da Constituição da
República;
III. ter idade mínima de 18 (dezoito) anos completos na data de efetivo início do
exercício no cargo de ACS ou de ACE;
IV. estar em dia com as obrigações eleitorais;
V. estar em dia com as obrigações militares, para os candidatos do sexo masculino;
VI. estar regularmente inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas;
VII. ter concluído o ensino médio e realizado em instituição reconhecida pelo MEC;
VIII. ser considerado apto física e mentalmente para o exercício das atribuições do cargo
através de exame médico admissional e entregar os documentos que se fizerem
necessários por ocasião da contratação;
IX. ter disponibilidade de tempo conforme a carga horária estabelecida para o cargo;
X. concluir, com aproveitamento, o curso introdutório de formação inicial e continuada,
sendo essas etapas eliminatórias do concurso público e de realização obrigatória
pelos candidatos convocados.
§ 1° A investidura e permanência no cargo de Agente comunitário de Saúde – ACS exige
residência na área da comunidade em que o candidato pretende atuar desde a data da
publicação do edital de abertura do concurso público;
§ 2° À Secretaria Municipal de Saúde compete a definição da área geográfica a que se refere o
inciso VIII desta lei, observados os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde e demais
normas, devendo ser publicado periodicamente, inclusive antes da publicação do edital do
concurso público;

Art. 8º. O Agente Comunitário de Saúde tem como atribuição o exercício de aatividades de
prevenção e promoção da saúde, a partir dos referenciais da educação popular em saúde,

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mediante ações domiciliares ou comunitárias, individuais ou coletivas, desenvolvidas em


conformidade com as diretrizes do SUS que normalizam a saúde preventiva e a atenção básica
em saúde, com objetivo de ampliar o acesso da comunidade assistida às ações e aos serviços
de informação de saúde, de promoção social e de proteção da cidadania, sob supervisão do
gestor municipal.
Parágrafo único - Para fins desta lei, entende
entende-se
se por Educação Popular em Saúde as práticas
pedagógicas que decorrem das ações voltadas para a promoção, a proteção e a recuperação
da saúde, estimulando o autocuidado, a prevenção de doenças e a promoção da saúde individual
e coletiva.

Art. 9°. O Agente Comunitário de Saúde tem como atribuição o exercício de atividades de
prevenção de doenças e promoção da saúde, mediante ações domiciliares ou comunitárias,
individuais ou coletivas, desenvolvidas em conformidade com as diretrizes estabelecidas pelo
Ministério da Saúde e pelo Sistema Único de Saúde – SUS e sob supervisão do Gestor
Municipal, e em especial:
I. a utilização de instrumentos para diagnóstico demográf
demográfico
ico e sócio-cultural
sócio da
comunidade;
II. a promoção de ações de educação para saúde individual e coletiva;
III. o registro para fins exclusivos de controle e planejamento das ações de saúde, de
nascimento, óbitos, doenças e outros agravos à saúde;
IV. o estímulo à participação da comunidade nas políticas públicas para a área de saúde;
V. a realização de visitas domiciliares periódicas para o monitoramento de situações
de risco à saúde da família;
VI. participar de capacitação, treinamento e aprimoramento da função proposto pela
Administração Pública Municipal, Estadual, Federal ou Secretaria Municipal de
Saúde;
VII. a participação em ações que fortaleçam os elos entre o setor saúde e outras
políticas que pr
promovam a qualidade de vida.

Art. 10°. O Agente de Combate às Endemias (ACE) tem como atribuição o exercício de
atividades de vigilância, prevenção e controle de doenças e promoção da saúde, mediante ações

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domiciliares ou comunitárias, individuais ou coletivas, desenvolvidas em conformidade com as


diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Saúde e pelo Sistema Único de Saúde – SUS e sob
responsabilidade do gestor municipal, e em especial:
I. pesquisa de vetore
vetores nas fases larvária e adulta;
II. eliminação de criadouros/depósitos positivos através de remoção, destruição,
vedação, entre outros;
III. tratamento focal e borrifações em equipamentos portáteis;
IV. discernimento e execução de atividades dos programas de controle de zoonoses;
V. registro das informações referentes às atividades executadas em formulários
específicos;
VI. orientação da população com relação aos meios de evitar a proliferação de vetores;
VII. encaminhamento aos serviços de saúde dos casos suspeito de doenças endêmicas.

Art. 11º. O período anterior ao ingresso dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de
Combate às Endemias no quadro de pessoal do Município, na forma da Emenda Constitucional
nº 51/2006 não será computado para fins de aquisição de quaisquer dos direitos previstos na
Lei Ordinária nº 7502/1990 e na Lei nº 9.218/2016, ressalvados aqueles concernentes aos
direitos previdenciários.

Art. 12º. Além das hipóteses de demissão constantes na Lei Ordinária nº 7502/1990, aplica
aplica-se
ao ocupante do cargo de Agente Comunitário de Saúde e Agente de Combate às Endemias o
disposto no art.10 da Lei Federal nº 11.350/2006.

Art. 13º. Ficam instituídos os repas


repasses
ses da Assistência Financeira Complementar, conforme
disposto na Lei Federal nº 11.350, de 05 de Outubro de 2006, aos Agentes Comunitários de
Saúde e aos Agentes de Combate às Endemias, referentes ao custeio de pessoal, em 12 (doze)
parcelas e 1 (uma) parcela adicional, conforme previsto na Lei Federal nº 12.994, de 17 de
Junho de 2014, que cria o incentivo financeiro para fortalecimento de políticas afetas à atuação
de Agente Comunitário de Saúde e de Agente de Combate às Endemias.

Art. 14º. Os servidores investidos nos cargos de Agente Comunitário de Saúde e Agente de
Combate às Endemias, tanto em decorrência da opção pela mudança no regime laboral quando

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de investidura originária pela aprovação em processo seletivo público, somente farão jus à
percepção de quaisquer vantagens remuneratórias advindas da presente alteração do regime
jurídico, a partir de junho de 2022, desde que respeitados os limites da Lei de Responsabilidade
Fiscal.
Parágrafo Único – Até que sejam implementadas as condições referidas no caput, os servidores
ocupantes dos cargos criados pela presente Lei serão remunerados unicamente com o
vencimento básico, em valor correspondente ao salário base atual, e desde que preenchidos os
pressupostos legais, ao adicional de insalubridade, com auxílio
auxílio-refeição
refeição e com auxílio-
auxílio
transporte.

Art. 15º. Fica revogada, a partir da extinção de todos os empregos públicos de Agente
Comunitário de Saúde e Agente de Combate às Endemias, a Lei nº 9.218/2016
9.218/ e suas alterações
posteriores.

Art. 16º. As despesas decorrentes da presente lei, estarão contempladas na lei Orçamentária
anual, bem como serão compatíveis com a lei de Diretrizes Orçamentárias e o plano Plurianual.

Art. 17º. - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Salão Plenário Vereador Lameira Bittencourt, 22 de setembro de 2021.

Vereadora Lívia Duarte


PSOL

JUSTIFICATIVA
O presente Projeto de Lei visa alterar o regime jurídico dos Agentes Comunitários
de Saúde e Agentes de Combate às Endemias no município de Belém, altera e acrescenta
dispositivos à Lei Municipal nº 7.502 de 20 de dezembro de 1990.
O Agente Comunitário de Saúde (ACS) é o profissional responsável por realizar
visitas domiciliares, ouvir os relatos da comunidade, identificar os problemas e agravos de
saúde e informar a demanda da população à equipe do programa Estratégia de Saúde da Família.

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Ele se destaca pela capacidade de se comunicar com as pessoas e pela liderança natural que
exerce.
Já o Agente de Controle de Endemias (ACE) é o profissional responsável por
identificar as condições favoráveis à existência de focos para a proliferação de enfermidades.
Além de promover ações de educação em saúde junto à comunidade e de informar à população
sobre os riscos das doenças, o ACE também realiza visita aos imóveis e outras localidades com
o objetivo de prevenir e controlar doenças como dengue, malária, leishmaniose e doença de
Chagas. Ele também atua no controle de roedores e na prevenção de acidentes por cobras,
escorpiões e aranhas e participa das ações de vacinação de cães e gatos para prevenção e
controle da raiva.
O histórico de luta dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate
às Endemias de Belém começa antes mesmo de seu ingresso no Serviço Público Municipal.
Iniciou com a luta para a convocação dos aprovados no processo seletivo, com manifestações
que tomaram as ruas da cidade por inúmeras vezes pelos então candidatos, que reivi
reivindicavam
o direito de serem convocados após sua regular aprovação no Processo Seletivo Público de
2011. O movimento continua até hoje, tendo em vista a falta de reconhecimento e a
desvalorização profissional, sobretudo pela falta do reconhecimento de direitos básicos que
poderiam trazer mais de respeito e dignidade a esses trabalhadores e trabalhadoras tão
importantes para o bem estar de nossa população.
Para entender melhor o histórico de luta dessa categoria, é necessário compreender
quais são e quaiss foram os elementos principais que contribuíram para esse enredo. Para isso,
é muito importante analisar dois aspectos fundamentais: o primeiro trata da complexidade das
questões legais que envolvem essa categoria profissional, sobretudo pela ausência de um
entendimento consolidado nos Tribunais Superiores, principalmente no que tange à natureza
jurídica da relação de trabalho e à forma de admissão/contratação desses trabalhadores e
trabalhadoras.
Outro ponto essencial para que se possa entender melhor o histórico de lutas dos
ACS e ACE de Belém diz respeito ao tratamento que essas questões tiveram nos últimos anos
pela gestão anterior. A categoria foi negligenciada no que se refere a uma resolutivi
resolutividade das
problemáticas decorrentes dos conflitos jurídicos, gerados principalmente pela falta de uma
análise mais aprofundada sobre as leis e normas que regem as atividades dos ACS/ACE, pela

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falta de entendimento, por interpretações equiv


equivocadas
ocadas dos atores envolvidos ou ainda
simplesmente pela falta de interesse de se resolver esses conflitos por parte de quem compete
o poder, sendo esse último nitidamente prevalente nos últimos anos.
O primeiro Processo Seletivo Público em Belém para contratação de ACS/ACE após
a regularização das atividades da categoria, com a criação da lei 11.350/2006, foi no ano de
2011. Desde a publicação do edital já se sentia a insegurança jurídica provocada pel
pela
excepcionalidade das recém
recém-criadas
criadas normas regulamentadoras da profissão à época, sendo a
prova cabal dessa insegurança a retificação do edital por 7 (sete) vezes.
Após grande mobilização da categoria, a gestão anterior fez, enfim, a convocação
de parte dos
os aprovados em Outubro de 2011 e, com a continuidade das manifestações, fez a
convocação de outra parcela dos aprovados em Dezembro do ano seguinte, ficando somente
para Outubro de 2015 a convocação do restante dos aprovados, que só se deu por conta de
uma determinação do Ministério Público Estadual.
No ano de 2013, com os Agentes trabalhando de forma precária, com falta de EPI’s
e demais materiais básicos de trabalho, e sofrendo com práticas constantes de assédio no
ambiente de trabalho, os Agentes iniciaram uma grande mobilização em busca de melhorias de
condições de trabalho, e também melhorias salariais. A reação institucional foi imediata e, talvez
por desconhecimento das garantias legais dos ACS/ACE, os Agentes foram ameaçados de
demissão em massa. A resposta foi uma greve geral com a adesão de quase 100% dos
trabalhadores, que tomaram o Centro da capital em manifestações que duraram duas semanas.
A Justiça foi acionada, motivo pelo qual a gestão foi obrigada a recuar com a ideia de demissão
e o então Prefeito foi pressionado a criar uma lei que regulamentasse as atividades dos ACS/ACE
no Município.
Em que pese a Lei Municipal ser datada de 2016, os Agentes Comunitários de Saúde
e dos Agentes de Combate às Endemias continuam enfrentando dificuldades para exercer seu
trabalho com dignidade. Um grande exemplo é a problemática relativa à nomenclatura constante
de seus cargos, as quais permanecem com o termo ‘Temporário’, o que causa inúmeros
prejuízos a esses trabalhadores e trabalhadoras, inclusive a marginalização desses profissionais,
que são tratados com preconceito e discriminação em relação aos demais servidores do Regime
Estatutário.

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Sem dúvidas, a mudança do regime celetistas para a integração ao Estatuto dos


Servidores do Município de Belém é o maior anseio dessa categoria, pois além de sanar os
conflitos históricos pertinentes ao vínculo de trabalho dos Agentes, acarretará também na justa
isonomia no quadro do Serviço Público de Belém, beneficiando esses trabalhadores e
trabalhadoras que todos os dias são responsáveis por levar saúde preventiva a milhares de
cidadãos e cidadãs do nosso Município. Portanto, essa mudança representa mais do que uma
simples conquista, representa a materialização do sonho de centenas de trabalhadores e
trabalhadoras de ter um mínimo de respeito e dignidade e o reconhecimento por tão importantes
serviços prestados à população de nossa Cidade.
Dessa forma, diante da importância que se reveste o assunto, apresento o presente
Projeto e conto com o apoio dos meus pares para a sua aprovação.
Salão Plenário Vereador Lameira Bittencourt, 22 de setembro de 2021.

Vereadora Lívia Duarte


PSOL

Gerffeson Machado de Sousa


Presidente da Associação dos Agentes de Saúde de Belém –
Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias

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