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Faculdade de Guarantã do Norte - UNIFAMA

Mantida pela UNIFAMA – União das Faculdades de Mato Grosso


Curso de Farmácia

PCR – Proteína C Reativa

Acadêmico (a): Jeizian Nascimento de Almeida


Docente: Tatiana G. Pegoraro Faleiros

GUARANTÃ DO NORTE – MT
2021
Faculdade de Guarantã do Norte - UNIFAMA
Mantida pela UNIFAMA – União das Faculdades de Mato Grosso
Curso de Farmácia

I - Introdução

A proteína C-reativa, também conhecida por PCR, é uma proteína produzida pelo
fígado que, geralmente, está aumentada quando existe algum tipo de
processo inflamatório ou infeccioso acontecendo no corpo, sendo um dos primeiros
indicadores a estar alterado no exame de sangue nessas situações (CLINICARX, 2021)
Essa proteína é muito utilizada para avaliar a possibilidade de existir alguma
infecção ou processo inflamatório não visível, como apendicite, aterosclerose
ou suspeita de infecções virais e bacterianas, por exemplo. No entanto, a PCR também
pode ser usada para avaliar o risco que uma pessoa tem de desenvolver doenças
cardiovasculares, já que, quanto mais alta, maior o risco deste tipo de doenças (GERAL,
2018).
Este exame não aponta exatamente qual a inflamação ou infecção que a pessoa
possui, mas um aumento nos seus valores indica que o corpo está combatendo algum
agente agressor. Dessa forma, o valor de PCR deve ser sempre analisado pelo médico
que pediu o exame, que poderá pedir outros exames e avaliar o histórico de saúde da
pessoa, para chegar no diagnóstico mais correto.
O valor normal de PCR pode variar de acordo com o laboratório em que o exame
foi realizado. De forma geral, em relação ao risco cardiovascular, os valores que indicam
a chance de desenvolver uma doença cardíacas são:
 Muito alto risco: acima de 10 mg/L ou 1 mg/dL;
 Alto risco: 2,0 mg/L ou 0,2 mg/dL;
 Médio risco: entre 1,0 e 2,0 mg/L ou 0,1 e 0,2 mg/dL;
 Baixo risco: menor que 1,0 mg/L ou 0,1 mg/dL.
Em relação a inflamações de fase aguda, é considerado inflamação quando os
níveis de PCR estão iguais ou superiores a 10 mg/L ou 1 mg/Dl (CLINICARX, 2021).
Valores baixos da proteína C-reativa também podem ser observados em algumas
situações, como em pessoas que tiveram grande perda de peso, prática de exercícios
físicos, consumo de bebidas alcoólicas e uso de alguns medicamentos, sendo
importante que o médico identifique a causa (GERAL, 2018).
A interpretação do resultado deve ser feita pelo médico, pois para que se chegue
à conclusão diagnóstica, é importante que outros exames sejam analisados em
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conjunto, sendo assim possível identificar melhor a causa do aumento ou diminuição da


PCR (AMADO, 2021).
II – Importância Clinica
Existem dois tipos de exame que podem ser realizados: o Teste PCR (tradicional)
e o Teste PCRus (de alta sensibilidade). Cada um deles mede intervalos diferentes de
níveis de PCR no sangue, mas ambos ajudam na avaliação dos riscos de um paciente
desenvolver doenças cardíacas ou vasculares (BIRCK, 2021).

Além disso, esses exames são essenciais no diagnóstico de infecções


bacterianas, pós-operatórias ou ocultas; bem como casos agudos de pancreatite e
necrose, por exemplo. Por ser mais específico e conseguir detectar com precisão uma
quantidade menor de PCR no sangue, o Teste PCRus pode ser feito quando a pessoa
se encontra saudável, sem nenhum sintoma ou infecção aparente (BIRCK, 2021).

III – Tipos de amostra


Soro obtido livre de hemólise e lipemia intensa. As amostras são estáveis entre 2
e 8°C por até 8 dias ou 3 meses a -20°C9. Amostras com presença de fibrina devem ser
centrifugadas antes da realização dos testes (COLLARES; PAULINO, 2017).
IV – Princípio do teste
O teste também ajuda a determinar o risco de um segundo ataque cardíaco, já
que as pessoas com alto nível de PCR-us que tiveram um ataque cardíaco são mais
propensas a ter outro evento do que aquelas com um nível normal.
V – Precauções, cuidados especiais, armazenamento e estabilidade
Seguir com rigor a metodologia proposta para obtenção de resultados exatos. A
água utilizada na limpeza do material deve ser recente e isenta de agentes
contaminantes. Colunas deionizadoras saturadas liberam água alcalina, íons diversos e
agentes oxidantes e redutores, que podem alterar de forma significativa os resultados. O
reagente Nº 3 deve ser manuseado cautelosamente, pois é passível de contaminação
biológica. Manusear com cuidado todos os reagentes que contêm Azida Sódica, pois
são irritantes para pele e mucosas.
Os materiais de origem biológica foram testados para HIV e HBsAg usando
métodos de última geração e apresentaram resultados negativos. O risco de infecção
não pode ser excluído e o reagente deve ser manuseado com o mesmo cuidado
observado para o soro do paciente. Potencialmente infectante. Recomendamos aplicar
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as normas locais, estaduais e federais de proteção ambiental para que o descarte dos
reagentes e do material biológico seja feito de acordo com a legislação vigente. Não
utilizar o produto em caso de danos na embalagem.
É imprescindível que os instrumentos e equipamentos utilizados estejam
devidamente calibrados e submetidos às manutenções periódicas. Para obtenção de
informações relacionadas à biossegurança ou em caso de acidentes com o produto,
consultar as FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos)
disponibilizadas no site www.bioclin.com.br ou através de solicitação pelo SAC (Serviço
de Assessoria ao Cliente) da Quibasa.
A temperatura de armazenamento deverá ser de 2 a 8°C. O transporte, em
temperaturas entre 15 e 30°C, não deverá exceder a 72 (setenta e duas) horas. Manter
ao abrigo da luz e evitar umidade. Não congelar
VI – Procedimento técnico
A interpretação do resultado deve ser feita pelo médico, pois para que se chegue
à conclusão diagnóstica, é importante que outros exames sejam analisados em
conjunto, sendo assim possível identificar melhor a causa do aumento ou diminuição da
PCR.
O PCR é realizado por meio de uma amostra simples de sangue. Antes da
inserção da agulha, o profissional coloca um elástico ao redor do braço para que as
veias se encham de sangue. O local da punção é limpo com antisséptico (COLLARES;
PAULINO, 2017).

Depois que a agulha é inserida, uma pequena quantidade de sangue é coletada


em um frasco ou seringa. O elástico é então removido para restaurar a circulação e o
sangue continua a fluir para o frasco. Uma vez que sangue suficiente é coletado, a
agulha é removida e o local da punção é coberto com um band-aid. Este procedimento é
relativamente indolor e geralmente leva apenas alguns minutos.

VII – Limitações do teste


A testagem da proteína C-reativa (PCR) no ponto de atendimento e o adiamento
das prescrições são estratégias para reduzir a prescrição de antibióticos, mas ambas
possuem limitações. Estes pesquisadores holandeses avaliara o efeito da assistência da
PCR nas estratégias de prescrição de antibióticos ao conduzir um ensaio clínico
randomizado envolvendo IVAI e rinossinusite.
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VIII - Referências

AMADO, Filipe. Proteína C reativa (PCR): o que você precisa saber para sua prática clínica. [S. l.],

13 out. 2021. Disponível em: https://pebmed.com.br/proteina-c-reativa-pcr-o-que-voce-precisa-saber-


para-sua-pratica-clinica/. Acesso em: 19 out. 2021.

BIRCK, Andre. Exames de Proteína C-Reativa: quais os tipos e para que servem?: Blog -
Laboratório de Análises Clínicas - Saúde, Bem estar, Prevenção.. [S. l.], 8 out. 2021. Disponível em:

https://birck.com.br/blog/pcr/. Acesso em: 20 out. 2021.


Clinacarx. PROTEÍNA C REATIVA (PCR) EM PROCESSOS INFECCIOSOS. [S. l.], 9 fev. 2021. Disponível em:

https://clinicarx.com.br/blog/proteina-c-reativa-em-processos-infecciosos/. Acesso em: 22 out. 2021.


COLLARES, Guilherme Birchal; PAULINO, Urquiza Helena Meira. Aplicações clínicas atuais da

proteína C reativa: Revista Médica de Minas Gerais. [S. l.], 10 jul. 2017. Disponível em:
http://rmmg.org/artigo/detalhes/579. Acesso em: 19 out. 2021.

GERAL, Santa paula. PROTEÍNA C-REATIVA: O QUE É O EXAME PCR E QUAIS OS RESULTADOS? [S.
l.], 21 dez. 2018. Disponível em: https://www.santapaula.com.br/proteina-c-reativa-o-que-e-o-exame-pcr-e-

quais-os-resultados/. Acesso em: 20 out. 2021.

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