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Faculdade de Guarantã do Norte - UNIFAMA

Mantida pela UNIFAMA – União das Faculdades de Mato Grosso


Curso de Farmácia

ESTÁGIO DE ANÁLISES CLÍNICAS ATIVIDADE EXTRA


VALENDO ESTÁGIO PROF.: ESP. PABLO JUNIOR PEREIRA

1- Descreve controle de qualidade internos e externos de um laboratório


de análises clínicas?
Introdução
O controle de qualidade para laboratório de análises clínicas é um conjunto de
ações que têm como objetivo principal a manutenção da regularidade do
empreendimento em diversas frentes. Precisão dos resultados, rastreabilidade dos
procedimentos, confiabilidade transmitida aos usuários são apenas algumas
situações.
O conjunto vai além de uma boa prática que pode proporcionar qualidade,
segurança e eficiência nos exames. É também uma exigência da Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária), prevista na Resolução da Diretoria Colegiadas
(RDC) 302/2005, que define requisitos para a realização de exames de análises
clínicas, citologia e patologia pelo laboratório, padronizando critérios sanitários para
o atendimento em laboratórios.
A importância do controle de qualidade para laboratório de análises clínicas
não se resume a ter um empreendimento confiável, que presta serviços de
excelência, esse controle não beneficia somente o negócio, é fundamental para que
os profissionais de saúde adotem condutas médicas coerentes para melhorar a
condição de seus pacientes.
O exame laboratorial é, em muitos casos, a fonte de informação primordial na
hora do médico tomar decisões para melhorar a saúde de uma pessoa. Com os
dados fornecidos pelo laboratório, consegue delimitar tratamentos mais adequados.
Por isso, o controle de qualidade para laboratório de análises clínicas é, antes de
tudo, uma forma de contribuir para a promoção da saúde.

Desenvolvimento
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O controle de qualidade para laboratório de análises clínicas depende de fatores que


devem ser mensurados e acompanhados para atingir os resultados. Cada setor do
laboratório predetermina padrões e analisa métricas para garantir a qualidade na
prestação dos serviços. E são 4 os pontos principais que devem ser considerados:

Controle Interno da Qualidade (CIQ): de acordo com a RDC nº 302/2005, CIQ são
“procedimentos conduzidos em associação com o exame de amostras de pacientes
para avaliar se o sistema analítico está operando dentro dos limites de tolerância
pré-definidos”.
O laboratório deve monitorar o processo analítico por meio da análise das
amostras controle. Essas análises devem ter seus resultados registrados para
comprovações posteriores. Além disso, devem ser determinados seus critérios de
aceitação.
É importante lembrar que as análises das amostras controle devem ser feitas
da mesma forma que as das amostras de pacientes, para garantir a confiabilidade
do processo.
Controle Externo da Qualidade (CEQ): conforme definição da norma RDC nº
302/2005, CEQ é a “atividade de avaliação do desempenho de sistemas analíticos
através de ensaios de proficiência, análise de padrões certificados e comparações
interlaboratoriais”, para todos os exames realizados na sua rotina. Assim como no
controle interno, as amostras controle são analisadas da mesma forma que as
amostras de pacientes.
A diferença é que os resultados são submetidos a uma empresa externa,
regulamentada pela ANVISA, assim é possível garantir uma avaliação imparcial e
confiável.
Biossegurança: com papel fundamental no controle de qualidade, a biossegurança
é um conjunto de ações relacionadas à integridade do ambiente laboratorial, como
tratamento do ar, esterilização dos equipamentos, manuseio correto de resíduos,
uso de EPIs e EPCs, treinamentos para emergências, etc.

Otimização de processos e padronização de técnicas: maneira de se obter


resultados fidedignos, consistentes e condizentes com a situação clínica do
paciente.
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São ações que evitam interferências no processo e garantem um resultado


sem alterações. Para tanto, utiliza-se POP (Procedimentos Operacionais Padrão) ou
instruções de trabalho (IT).

O objetivo do controle da qualidade nos laboratórios de análises clínicas


é estabelecer a melhoria contínua para obter resultados condizentes com a
realidade vivida pela instituição. 
As certificações e acreditações são consequência e exigem esforço de todos
os colaboradores, independentemente do nível hierárquico. Mas a qualidade tem
tudo a ver com processos otimizados, padronizados, automatizados e controlados –
só assim é possível observar, identificar e, ao fim, consertar falhas e fazer ajustes
para que as consequências de possíveis deslizes sejam minimizadas e a segurança
e a qualidade sejam preservadas ao máximo.
O controle da qualidade é parte de um espectro maior do laboratório, a gestão
da qualidade. Laboratórios que possuem um setor de gestão da qualidade,
destinado exclusivamente para cuidar desse departamento, saem à frente. 

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