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 COLESTEROL ALIMENTAÇÃO E FATORES RELACIONADOS

                                                                                        BORTOLINI, Tayuana1 

                                                                                               DORIGON, Elisangela Bini2

RESUMO

O colesterol é um composto químico essencial para o bom funcionamento do


organismo, é o responsável pela reprodução e pelo crescimento, estando presente nas
membranas das células de todo o corpo, é classificado como colesterol ruim (LDL) e
bom (HDL), o excesso de colesterol ruim causa muitos problemas além de acarretar em
outras doenças. O presente artigo evidencia uma revisão de literatura com o objetivo de
estudar e conhecer as causas do alto colesterol no corpo humano além de esclarecer sua
profilaxia. A principal causa do colesterol ruim é uma alimentação rica em gorduras e
açúcares além da falta de atividade física na rotina diária.

Palavras-chave: Colesterol ruim. Gorduras. Triglicérides.

1 INTRODUÇÃO 
  
Com a globalização, a industrialização, a tecnologia e os novos acessórios da vida
moderna, os seres humanos se tornaram sedentários e com maus hábitos alimentares.
Com isso vem acarretando doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, derrame
cerebral entre outras. Uma das doenças que mais vem crescendo junto com a obesidade
é o colesterol, que se dá decorrente da má alimentação e sabe-se que a elevação dos
níveis do colesterol lipoproteína de baixa densidade (LDL-Colesterol), é um dos
principais contribuintes para doenças cardiovasculares (DCV) ateroscleróticas.
(BERNAL,2021).
O último relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2009, mostrou que os
níveis aumentados de colesterol alto causaram 2,6 milhões de mortes e 29,7 milhões de
anos de vida perdidos por morte prematura e incapacidades. Especificamente para os
1
Acadêmica na Universidade do Oeste de Santa Catarina curso superior em Biomedicina,
tayupzo@hotmail.com
2
Professora na Universidade do Oeste de Santa Catarina.
riscos atribuídos ao LDL-Colesterol aumentado, em 2017, estimativas apontaram a
ocorrência de 4,3 milhões de mortes globais (BERNAL, 2021).
Quanto aos fatores associados às dislipidemias, são apontados os sociodemográficos,
como sexo, idade, escolaridade, local de residência, estilos de vida, sobrepeso,
obesidade, doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, e auto avaliação de saúde
ruim (BERNAL,2021).
Assim, considerando-se a relevância supracitada das repercussões negativas na saúde,
ocasionadas por aumento dos níveis de LDL-Colesterol e que, por isso, na prática
clínica, essas estruturas moleculares circulantes têm tido tanta importância, torna-se
necessária a realização de estudos que investiguem os fatores associados ao LDL-
Colesterol aumentado no Brasil. (BERNAL,2021).

2 MÉTODO
Este artigo se configura em uma compilação de literatura resultante de uma seleção de
pesquisas originais na categoria de artigos científicos e trabalhos de conclusão de curso
relacionados ao nível elevado de colesterol, com o intuito de entender melhor a doença,
suas causas e seu tratamento.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Após os dados apresentados conclui-se que há várias maneiras de ter colesterol alto,
portanto a melhor opção é fazer exames frequentes para controlar os níveis. A prática de
atividade física é essencial e uma alimentação saudável é indispensável, o uso de
medicamentos em casos extremos também é valido.

O colesterol (C₂₇H₄₆O) é um composto químico essencial para o bom funcionamento


do organismo, tem importantes funções, sendo, portanto, essencial manter um
suprimento contínuo desse lipídio. Ele compõe as membranas das células, onde ajuda a
regular sua fluidez. A partir dele são formados os hormônios esteroides (hormônios
sexuais, como progesterona e testosterona), os ácidos biliares (bile) e a vitamina D. As
lipoproteínas são responsáveis pelo transporte do colesterol no sangue até os tecidos .
Apresenta dois tipos de colesterol HDL High Density Lipoproteins (lipoproteínas de
alta densidade) classificado como colesterol bom, LDL Low Density Lipoproteins
(lipoproteínas de baixa densidade) classificado como colesterol ruim. O colesterol é
obtido através da dieta em alimentos de origem animal, como carnes e ovos. Além da
alimentação o colesterol também é sintetizado no corpo, principalmente no fígado, mas
também em outros tecidos onde é necessário. O fígado acondiciona os triglicérides na
forma de VLDL e os liberam pela corrente sanguínea para as células juntamente com
pequenas quantidades de colesterol e proteínas, as células armazenam a quantidade de
gordura e a utilizam como combustível, sendo assim o VLDL fica sem gordura então se
torna LDL que é composto basicamente de colesterol e proteínas, elevadas
concentrações de VLDL e o LDL estão associados à deposição de gordura na parede
dos vasos sanguíneos, levando à formação de placas. Quando nosso corpo tem mais
colesterol do que precisa, as moléculas de LDL ficam circulando no sangue à procura
de algum tecido que esteja precisando de colesterol para o seu funcionamento. Se
esse colesterol não for entregue a nenhum tecido, a molécula de LDL acaba se
depositando dentro da parede dos vasos sanguíneos, acumulando gordura nos
mesmos. Este processo é chamado de aterosclerose (LYRA, 2007).  
A alimentação é um dos principais fatores para o controle dos níveis de LDL e HDL,
uma dieta pouco saudável com grandes teores de gorduras saturadas, falta de exercício
físico, excesso de peso, fumar e beber grandes quantidades de álcool são os principais
fatores para o excesso de colesterol, algumas doenças também podem causar um
colesterol elevado como a hipertensão, diabetes, problemas no fígado e rins, inflamação
aguda do pâncreas.  
Apesar da alimentação ser um dos principais fatores, tem-se que levar em conta o
histórico familiar, pois se na família existe parentes com os níveis de colesterol elevado
poderá este ser um fator de risco, neste caso, o próprio organismo fabrica
excessivamente o colesterol, independente se a pessoa tem uma alimentação saudável
ou não, indica-se exame de sangue frequente para controlar os níveis de colesterol
(ERICKSSON,2020). A idade e o sexo também são fatores, as mulheres são pré-
dispostas aos níveis altos de LDL-colesterol desde a puberdade até a menopausa, porém
é depois da menopausa que os níveis tendem a aumentar em relação aos homens
(ERICKSSON,2020).

Os sintomas do alto colesterol não são evidentes, porém quando está excessivamente
alto pode causar acúmulo de gordura no fígado, percebe-se, pois, pode desencadear
alguns outros sintomas como a xantelasma, que é deposito de gordura e de colesterol
logo abaixo da superfície da pele em formato de bolinhas ou placas que apresentam uma
coloração amarelada, bordas bem definidas e seus tamanhos podem variar. Surgem
principalmente em torno dos olhos, podem aparecer no antebraço, nas mãos e nos
tendões. Outros sintomas que podem aparecer é inchaço e dor abdominal, como já dito
anteriormente quando o colesterol se encontra elevado pode acontecer acumulo de
gordura no fígado aumentando-o de tamanho e causando seu inchaço, o baço também
pode aumentar, o aumento desses órgãos causa dor e inchaço na região abdominal em
alguns casos pode ser acompanhado de náuseas. (ERICKSSON,2020).

O LDL-colesterol alto é uma das principais causas de enfartes do miocárdio, acidentes


vasculares cerebrais (AVC) e de doenças coronárias, é de salientar que, este risco
aumenta em pessoas com hipertensão arterial ou até mesmo com diabetes. As doenças
cardiovasculares (DCV) ou doenças coronárias, são a maior preocupação no que toca ao
colesterol alto. Contudo, reduzir os fatores de risco e ter sempre em conta um estilo de
vida saudável, irá contribuir para que o seu colesterol esteja dentro dos valores normais
(MILHEIRO,2018).

Indica-se fazer a análise do colesterol em alguns casos quando apresentam doença


coronária, acidente vascular cerebral (AVC), idade superior a 40 anos, doenças nas
artérias periféricas, hipertensão arterial, excesso de peso e histórico familiar
(MILHEIRO,2018). Normalmente testa-se o colesterol através de uma análise ao
sangue. Antes da coleta de sangue, poderá ter de ficar sem comer durante as 12 horas,
para que todos os alimentos sejam completamente digeridos e não afetem o resultado do
teste. A análise ao sangue será usada para determinar a quantidade de LDL (“colesterol
ruim”), HDL (“colesterol bom”) e triglicérides no sangue.

Como a dislipidemia é um dos principais fatores de risco para doenças


cardiovasculares, a medicina tem tentado estabelecer, através de estudos, quais são os
níveis ideais de colesterol HDL e LDL. Atualmente classificamos os resultados da

seguinte maneira:

LDL
 Menor que 100 mg/dL – Ótimo.
 Entre 101 e 130 mg/dL – Normal.

 Entre 131 e 160 mg/dL – Normal/alto.

 Entre 161 e 190 mg/dL – Alto.

 Maior que 190 mg/dL – Muito alto.

HDL

 Menor que 40 mg/dL – Baixo (ruim).

 Entre 41 e 60 mg/dL – Normal.

 Maior que 60 mg/dL – Alto (ótimo).

Conclui-se que o essencial para ter os níveis de LDL no sangue bons, necessita-se de
uma alimentação saudável, as gorduras são classificadas em três categorias: poli-
insaturadas, monoinsaturadas e saturadas. As poli-insaturadas, encontradas
principalmente em óleos vegetais líquidos, como os de girassol, milho e soja, baixam os
níveis de LDL, mas não na mesma proporção em que as gorduras saturadas aumentam
esse índice. Por isso, um indivíduo não pode contrabalançar os problemas causados
pelas gorduras saturadas, simplesmente aumento o consumo das poli-insaturadas. Outro
fato que merece ser destacado é que as dietas ricas em gorduras poli-insaturadas tendem
a baixar um pouco os níveis de HDL, podendo, ainda, diminuir a imunidade do
organismo. Já as gorduras monoinsaturadas, presentes na azeitona, no amendoim e seus
respectivos óleos, e no abacate, ao substituírem as saturadas, fazem baixar o LDL, sem
diminuir o HDL, e parecem não afetar a imunidade (LYRA,2007).

O peso acima do normal ou a obesidade aumentam o risco de ter níveis elevados de


colesterol. Para determinar se o seu peso está num nível adequado, os médicos
podem calcular o seu índice de massa corpórea (IMC). A prática de atividade física tem
o intuito de manter um peso saudável e reduzir os níveis de colesterol e de pressão
arterial. Para adultos, recomenda-se 30 minutos de exercício de intensidade moderada
por dia, como andar a pé (LEITE, 2015). Em alguns casos que melhorar alimentação e
continuar com atividades físicas não diminuem os níveis de colesterol, tem-se que usar
medicação, a sinvastatina, pravastatina e atrovastina são alguns exemplos de
medicamentos que ajudam a regular o colesterol, vale ressaltar que a ida ao médico é a
melhor escolha para não causar mais problemas no organismo por alto medicação.

4 REFERÊNCIAS

BERNAL, Regina Tomie Ivata. Fatores associados ao LDL- Colesterol aumentando na


população adulta brasileira, 12 de fevereiro de 2021. https://doi.org/10.1590/1413-
81232021262.37102020. Acesso em 4 de maio de 2021.

LYRA, Ruy. Colesterol, 28 de maio de 2007. Colesterol (endocrino.org.br). Acesso em


4 de maio de 2021.

ERICKSSON, Rafaella Eliria Abbott, quais os sintomas do colesterol alto? O que


aumenta e o que fazer? 20 de janeiro de 2020. Quais os sintomas de colesterol alto? O
que aumenta e o que fazer? - Médico Responde (medicoresponde.com.br). Acesso em
17 de junho de 2021.
MILHEIRO, Catarina, Colesterol fatores de risco, doenças associadas e controle de
níveis, 28 de novembro de 2018. Colesterol: fatores de risco, doenças associadas e
controlo dos níveis (e-konomista.pt). Acesso em 18 de junho de 2021.
LEITE, Fernando B.T, Prevenção e tratamento de colesterol alto, 28 de outubro de
2015. Prevenção e tratamento de colesterol alto | AHF Colesterol . Acesso em 21 de
junho de 2021.

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